Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA Aula 05/08/2020 Introdução ao estudo da patologia Ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam. Estudos das lesões comuns as diferentes doenças CAUSAS (ETIOLOGIA) Transtornos funcionais (FISIOPATOLOGIA) Mecanismos patogênicos (PATOGÊNESE) Alterações patológicas (ANATOPATOLOGIA) Doença relaciona-se com o conceito biológico de adaptação. Adaptação: propriedade dos seres vivos que se traduz pela capacidade de ser sensível às variações do meio ambiente (irritabilidade) e de produzir respostas (variações bioquímicas e fisiológicas) Capacidade variável e depende de mecanismos moleculares vinculados, direta ou indiretamente, ao patrimônio genético. Doença é o estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social no qual o individuo sente-se mal (sintomas) e apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais). Considerar o local em que o individuo vive. Ex.: Nº de eritrócitos elevado – POLICITEMIA – ao nível do mar Saúde é o estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, sentindo-se bem (saúde subjetiva) e sem apresentar sinais ou alterações orgânicas evidenciáveis (saúde objetiva). Elementos de uma doença Todas as doenças possuem causas que agem por ... Diagnóstico (através de conhecimento) História do paciente e sinais e sintomas que ele apresenta; Estudo da morfologia de células e tecidos removidos do organismo; Imagem obtidas por exames radiológicos. Paradigma da Patologia Diagnostico – natureza do processo Grau- intensidade da variação do normal Estágio – Extensão da doença Grau+Estágio = gravidade Homeostase normal A célula é confinada dentro de uma estreita faixa de função e estrutura por seus programas genéticos de metabolismo e diferenciação, por limitação... Estresses fisiológicos um pouco mais excessivos ou alguns estímulos patológicos podem acarretar uma serie de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas, preservando a viabilidade da célula e modulando sua função como resposta a esses estímulos. Se os limites da resposta adaptativa a um estimulo forem ultrapassados, ou, em certos casos, quando a adaptação é impossível, sobrevem uma sequencia de eventos, chamada de... A lesão celular é reversível ate certo ponto, mas se o estimulo persistir ou for intenso o suficiente desde o inicio, a célula atinge o “ponto sem retorno”, e sofre lesão celular irreversível e morte celular. BIOPSIA E PROCESSAMENTO LABORATORIAL Exame clinico Exames complementares: biopsia, citologia esfoliativa, punção. Citologia complementar microscópico de esfregaços obtidos a partir de raspado da superfície do tecido epitelial (mucosa bucal) Estuda ao microscópico as células esfoliadas da superfície epitelial Vantagens: diagnostico precoce dos carcinomas bucais, bem aceita pelo paciente, custo reduzido, fácil execução e fidelidade nos resultados. Desvantagens: não substitui a biopsia (falso + ou -), não oferece noção do conjunto estrutural do tecido, falha na obtenção do esfregaço. Indicações: lesões com ulceração sem diagnostico definido, detecção precoce de neoplasias, acompanhamento de lesões propensas a malignização, lesões múltiplas ou muito extensas = melhor local para biopsia, avaliação de áreas que sediaram lesões carcinomatosas, pacientes debilitados, pacientes que não permitiram realizar biopsia... Passos da técnica para citologia esfoliativa · Realizar bochechos com agua ou proceder limpeza com gaze · Avaliar criteriosamente o local a ser raspado · Utilizar laminas de vidro para microscopia lavadas e conservadas em álcool absoluto · Manipulação das laminas pelas bordas · Marcar as laminas com lápis ou broca diamantada · Material obtido com espátula de metal ou madeira umedecida · Recipiente de vidro com ranhuras e rotulado contendo solução fixadora cobrindo o esfregaço · Usar somente fixador adequado a preservação do esfregaço · Encaminhar material para o laboratório acompanhado de relatório com procedimentos de coloração e avaliação · Após fixação de 30 minutos procede-se a coloração Punção aspirativa Agulha penetra na lesão e realiza-se a aspiração de seu conteúdo Impossibilidade de aspiração – a massa é solida Conteúdo: liquido cítrico – lesão cística Pus – processo infeccioso Sangue – granuloma de células gigantes Indicações Lesões de conteúdo liquido [ exceto mucocele ] Lesões inflamatórias Diagnóstico de metástase de lesão maligna (linfonodos) Lesões de glândulas salivares (distinção benigna ou inflamatória) Biopsia cirurgica Indicações: Lesões persistentes + de 15 dias Lesão não responde ao tratamento depois de eliminado o fator etiológico Alterações hiperqueratósicas persistentes Lesões que interferem com a função (fibromas) Contraindicações Processos infecciosos agudos Pacientes com problemas de coagulação Tumores vasculares Lesões patognomonicas (sinal ou sintoma característico de determinada doença que permite um diagnóstico certo.) Grânulos de fordyce Língua geográfica Biopsia Excisional Remoção completa da lesão com margem de segurança para exame histológico Lesões com menos de 1cm Parecem benignas ao exame clinico Mucocele : Biopsia incisional Remoção de um fragmento de tecido vivo para exame histológico Indicado nas lesões extensas ou com grande suspeita de malignidade Colheita em forma de cunha Evitar áreas necróticas Incluir tecido sadio Informações da biopsia Datada e assinada, contendo numero de registro, informações pessoais do paciente e dados clínicos da lesão. Informações referentes ao serviço: data, nome cirurgião, endereço do serviço, telefone, fax e e-mail. Descrição da lesão LOCALIZAÇÃO – limites bem definido ou imprecisos – cor – inserção – consistência DISTURBIOS DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR 19/08 Conceitos: Manter a população celular dentro de limites fisiológicos Alterações no controle do ciclo celular (sistema regulatório) · Distúrbios do crescimento · Distúrbios da diferenciação · Os dois ao mesmo tempo Crescimento – aumento do tamanho ou do numero de células resultante da ação coordenada de agentes estimuladores e inibidores da divisão celular Diferenciação – especialização morfológica e funcional das células durante a embriogênese Tipos de células Após a formação de tecidos as células podem continuar a se dividir continuamente (céls, lábeis) eventualmente (céls estáveis) ou perderem a capacidade de se dividir (céls. Permanentes). Esta capacidade está geralmente associada a diferenciação celular. As células nervosas não se dividem Crescimento celular Ação coordenada de numerosos agentes estimuladores e inibidores da divisão celular · Fatores de crescimento: · Polipeptideos · Produzido por diferentes células · Agem em células especificas ou vários tipos celulares Diferenciação celular Depende de sinais provenientes de hormônios, da matriz extracelular, contato entre células. Repressão de genes e ativação de outros Alteração na forma, estrutura, moléculas de superfície. As células podem permanecer no mesmo local, proliferar ou migrar para outros tecidos ou outras regiões do tecido. Distúrbios do crescimento Alterações do volume celular – hipotrofia | hipertrofia Alterações da taxa de divisão celular - hipoplasia | hiperplasia Hipotrofia/atrofia Diminuição quantitativa dos componentes estruturais e funções celulares Redução do volume – tamanho – das células e do órgão atingido Diminui função celular e componentes estruturais Ação de enzimas proteolíticas [ vacúolos autofágicos ] Destruição dos componentes celulares Novo equilíbrio é atingido, permitindo a sobrevivência das células FISIOLOGIA = senilidade (envelhecimento) | útero pos-parto PATOLÓGICA= desuso(células musculares – imobilização), perda de estimulo(poliomielite), diminuição do suprimento sanguíneo, deficiências endócrinas, compressão, deficiência nutricional(diminuição do metabolismo e consumo de organelas celulares) PERDA DA ESTIMULAÇÃO ENDÓCRINA Menopausa – perda da estimulaçãoestrogênica resulta em atrofia do endométrio, epitélio vaginal e seios = patológica Hipertrofia Estímulos funcionais ou hormonais que aumentam também o tamanho do órgão Exigências: fluxo sanguíneo e de oxigênio adequado, nutrição, etc.. Maior exigência de trabalho mecânico/estimulo hormonal estimulo que atua no núcleo síntese de proteínas e estruturas citoplasmáticas aumento volumétrico de células FISIOLOGICA = fisiculturismo, gravidez PATOLOGICA – musculo cardíaco (hipertensão) Fatores limitantes da perpetuação da hipertrofia: · Suprimento vascular limitado para as células hipertrofiadas · Diminuição da capacidade oxidativa(utiliza o oxigênio como principal fonte de energia) da mitocrondria · Alterações na síntese e degradação de proteínas · Alterações do citoesqueleto HIPOPLASIA Diminuição do número de células de um tecido ou órgão, acompanhado da perda da função Rejeição afetada menor, menos pesada, mas conserva padrão arquitetural CAUSAS Durante a embriogênese – defeito na formação de um órgão ou parte dele Após o nascimento – diminuição do ritmo de renovação celular Aumento da taxa de destruição das células – ex: hipoplasia de esmalte e condilar DEFEITOS DO ESMALTE Hipoplasias do esmalte: Adquirida, congênita, hereditária Hiperplasia condições necessárias: células lábeis e estáveis; suprimento sanguíneo; integridade morfofuncional; estimulo adequado hiperplasia Células lábeis são células que são encontradas no tecido que estão em constante renovação TIPOS: · Hiperplasia fisiológica: hormonal – proliferação do ep glandular da mama na puberdade e na gravidez; útero gravido · Hiperplasia compensatória: fígado*rim hepatectomia parcial · Hiperplasia patológica: hormonal, reacional, .... DISTURBIOS DA DIFERENCIAÇÃO Alterações da diferenciação celular · METAPLASIA: Alteração reversível na qual um tipo celular é substituído por outro (epitélio ou mesenquimal) Ex.: metaplasia adaptativa do epitélio das vias respiratórias devido a irritação crônica em fumantes Representa uma alteração indesejavel e pode predispor a transformação maligna no epitelio metaplasico se o estimulo persistir. Aplasia Consiste na formação de rudimentos do órgão com comprometimento total Agenesia É um distúrbio que ocorre no período da organogênese, decorrente da ação de agentes teratogênicos Alterações do crescimento e diferenciação celular -Displasia: Conjunto de alterações no processo de proliferação e diferenciação celular que resulta na organização ANORMAL do tecido Exemplo: displasia do epitélio pavimentoso estratificado displasia em áreas de metaplasia escamosa Principais características de uma célula displasica: · Núcleo aumentado e irregular · Hipercromatismo · Volume celular modificado · Disposição atípica · Parte da espessura é substituída por outras com vários graus Tipos: depende do grau de atipia das células Displasia leve: discreta alteração da arquitetura Displasia moderada: alteração mais acentuada (dois terços do epitélio) Displasia severa (carcinoma in situ=no local) -Neoplasia *26/08/20 Etiopatogenese geral das lesões Lesões reversíveis e irreversíveis Homeostasia normal: equilíbrio atendendo a todas as demandas fisiológicas normais da célula Adaptações celulares fisiológicas e morfológicas --> estresses fisiológicos estímulos patológicos, a célula deve se adaptar aos estímulos para não ocorrer a morte Crescimento muscular hipertrofia muscular aumento do tamanho das fibras musculares Se os limites da resposta adaptativa a um estimulo forem ultrapassados ou quando adaptação não é possível temos a LESÃO CELULAR Sendo reversível ou não reversível Lesão e morte celular “A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo de lesão, sua duração e intensidade” Lesão celular -> estimulo persistente ou intenso -> reversível ou irreversível (morte celular) Ex.; isquemia das células do miocárdio 10 a 15 min Após 1 hora lesão irreversível e morte celular CELULA NORMAL—estimulo—adaptação—lesao celular reversível—celula normal CELULA NORMAL—estimulo—lesao celular reversível---lesao celular irreversível---morte celular Introdução As causas das lesões celulares variam da grande violência física externa de um acidente de automóvel (exógenas) as causas como mutações genéticas sutis (endógenas), causando ausência de uma enzima vital que altera a função metabólica normal. Sistemas intracelulares vulneráveis IMPORTANTE Manutenção da integridade das membranas celulares - homeostasia iônica e osmótica Respiração aeróbica -Fosforilação oxidativa e produção de atp(mitocôndria) Síntese de proteínas enzimáticas e estruturais (retriculo endoplasmático) Preservação da integridade do conteúdo genético celular (membrana nuclear) Membrana celular · Lesões reversíveis -alteração das vilosidades -aumento da agua intracelular e alterações no citoesqueleto -formação de bolhas na superfície · Lesões irreversíveis - Formação de figuras em bainha de mielina - figuras em impressão digital / alteração dos componentes de membrana – lipídeos e proteínas - Ruptura - enfraquecimento decorrente da redução da síntese proteica e alteração nos ácidos graxos dos fosfolipideos - Junções intercelulares frouxas ou desaparecem - alterações estruturais da membrana MITOCONDRIAS - Condesação da matriz mitocondrial - deficiencia de O2 -Tumefação mitocondrial - expansão da câmara interna leva a redução do numero de cristas, que vao achatando até o desaparecimento completo (se desaparece as cristas já é lesão irreversível) - Cristólise Granulos eletrodensos na matriz como material flocular (formados a partir do material lipoproteico originado da destruição da membrana interna) ou cristais de sais de cálcio Tumefação mitocondrial, conservando a arquitetura das cristas, é uma lesão reversível. Perda das cristas e aparecimento de estruturas amorfas são indicativos de lesão irreversível. Tumefação: A tumefação é o aumento de volume de uma célula tecido, órgão ou parte do corpo, podendo ser provocada por um processo inflamatório de ordem tumoral, ou por uma infiltração edematosa. Lisossomos Nas lesões reversíveis, ocorre apenas tumefação, mas sem modificação na permeabilidade para as hidrolases. Quando a lesão celular é irreversível (morte celular), as enzimas lisossômicas são liberadas no citosol. REL – reticulo endoplasmático Nas lesões reversíveis ocorre dilatação das cisternas e a proliferação induzida por substancias metabolizadas no REL, pois os sistemas enzimáticos aumentam suas atividades quando sobrecarregados com o substrato NÚCLEO Membrana nuclear: · Dilatação da cisterna perinuclear em consequencia da expansão osmótica da célula · Espessamento da membrana interna · Invaginação e tortuosidades · Inclusões na cisterna perinuclear · Variações quantitativas e qualitativas nos poros Alterações na cromatina A redução do pH intracelular induz ao aumento do espiralização da cromatina, promovendo seu agrupamento junto a membrana. CAUSAS DE LESAO CELULAR Hipóxia Agentes físicos Agentes químicos e drogas Desequilíbrio nutricionais Agente infecciosos Reações imunológicas disturbios genéticos HIPOXIA E ANOXIA Respiração aeróbica oxidativa Perda de suprimento sanguíneo (fluxo arterial impedido por arteriosclerose ou por trombos) Perda da capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue (anemia) Anoxia: interrupção do suprimento de oxigênio para as células Hipoxia: redução do fornecimento de oxigênio para as células · Causas por obstrução vascular (anoxia) parada do fluxo sanguíneo: isquemia | (hipóxia) redução do fluxo sanguíneo: oligoemia. REPERFUSÃO Lesões: Formação de radicais livres de oxigênio na parede dos vasos Transforma O2 em superóxidos – capazes de lesar a membrana Choque osmótico – tumefação súbita da célula e ruptura da membrana LESÕES IRREVERSIVEIS Elevado nível de ca++ Vacuolização das mitocôndrias (perda de cristas) Tumefação dos lisossomos e posterior ruptura com vazamento das enzimas – hidrolases acidas – rnases, dnases, proteases, fosfatases, para o citoplasmaAUTOLISE – lesões irreversíveis: observado em microscopia eletrônica ALTERAÇÕES NUCLEARES – LI Picnose: núcleo corado (dna condensado) e pequeno Cariolise: perda do conteúdo genético (lise do dna) Cariorrexe: fragmentação do núcleo MECANISMOS DE LESAO IRREVERSIVEL Quais seriam os mecanismos envolvidos na lesão hipoxica letal para celula? Incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial Diminuição de ATP Alterações na membrana celular Ex.: hipóxia (fígado 1-2h, coração 1h, cérebro 3-5min isquemia lesão irreversível e morte celular) Agentes físicos Força mecânica (lesão traumáticas) Abrasão (arrancamento de célula da epiderme) Laceração (rasgo de tecidos) Contusão (impacto transmitido através da pele aos órgãos adjacentes) Incisão (corte – são mais extensos que profundos) Perfuração (são mais profundas que extensas) Fraturas (ruptura ou solução de continuidade de tecidos duros – osseos ou cartilagionsos) As lesões traumáticas provocam alterações locais e sistêmicas Locais: estimula das terminações nervosas: vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, atração de leucócitos A partir do sangue extravasado se forma fibrina que é digerida e atrai células fagocitarias Células fagocitarias liberam fatores de crescimento Hemorragia: perda sanguínea variável Espasmo vascular: trauma sobre o vaso ou sua invervação Trombose de vasos adjacentes: por agressão da parede vascular Sistêmicas: choque, embolia gordurosa, embolia gasosa Variação da pressão atmosférica O organismo suporte melhor o aumento do que a redução da pressão atmosférica Síndrome da descompressão mergulhadores os gases diluídos formam bolhas no sangue, tecidos e células embolia gasosa Grandes altitudes Hipóxia adaptação aumento do numero de mitocôndrias, de capilares no musculo estriado e cardíaco e no cérebro aumento do hematócrito síndrome das grandes altitudes Variação da temperatura Ação local: vasoconstrição | oligoemia | hipóxia anoxia NECROSE Baixa temperatura: desaparece o controle da vasomotricidade reduz a velocidade da circulação HIPOTERMIA T < 35ºc Redução da atividade metabólica, palidez acentuada Vasoconstrição da atividade do encéfalo e medula espinhal Bloqueio do centro respiratório e cardiovascular Bulbo=parado cardiorrespiratória ALTA TEMPERATURA – queimadura Profundidade mais grade maior extensão 1 grau: hiperemia, dor, edema 2 grau; 3 grau: MORTE E NECROSE CELULAR – 02/09/2020 Necrose: morte celular patológica ou acidental Injurias e agressões causadas por fatores ambientais, mecânicos ou por microrganismos e outros patógenos, que levam a ruptura da membrana plasmática Conjunto de alterações morfológicas após a morte celular, num tecido ou órgão vivo, resultante de ação degradativa progressiva de enzimas sobre uma célula letalmente agredida, as alterações da necrose são resultantes de dois processos: Digestão enzimática das células e a desnaturação de proteínas Apoptose: morte celular programada, é fisiológica e controlada Controle e regulação de tecidos embrionários adultos: remoção de células infectadas, danificadas ou transformadas sem ruptura da membrana plasmática Morfologia das células necróticas · São mais eosinofilicas (mais rosadas) – cora citoplasma · Após digestão das organelas, o citoplasma fica com vacúolos · Descontinuidade das membranas e organelas · Dilatação da mitocôndrias · Figuras mielínicas no citoplasma CELULA EM NECROSE NÃO TEM NUCLEO, ficando mais rosa!!! Nucleo com 3 padroes Picnose: retração nuclear e aumento de basofilia Cariolise: perda do conteúdo genético (lise de DNA) Carriorrexe: fragmentação do núcleo Tipos de necrose Coagulativa Liquefativa Gangrenosa Caseosa Gordurosa Fibrinoide Necrose de coagulação Frequentemente resultado da interrupção de sangue ocorrendo a desnaturação das proteínas. Arquitetura geral preservada (contorno básico), pelo menos por alguns dias Aumento da acidose desnatura proteínas estruturais e enzimáticas Ocorrem alterações nucleares e citoplasma com aspecto de substancia coagulada (acidófilo, granuloso – algo geleificado) Observado em orgçao com circulação arterial Características macroscópicas: Área atingida fica esbranquiçada Saliência na superfície do órgão Circundada por halo avermelhado (compensação) **Também chamada de isquêmica Necrose liquefativa Liquefação enzimática do tecido necrótico, obserdao frequentemente no cérebro, supra-renal e mucosa gástrica Grande liberação de enzimas lisossômicas Causada pela interrupção vascular; também ocorre em áreas de infecção bacterina(purulentas] Zona de necrose adquire consistência mole, semifluida ou mesma liquefeita Necrose gangrenosa Forma de evolução da necrose resultante de ação de agentes externos sobre o tecido necrosado Três tipos: Seca Úmida ou pútrida Gasosa Gangrena Seca A desidratação da região atingida, especialmente quando em contato com o ar origina a gangrena seca (aspecto de pergaminho) Ocorre principalmente em extremidades (dedos e nariz) Lesões vasculares (diabetes) Cor escura, azulada ou negra (pigmentos da hemoglobina) Reação inflamatória entre tecido morto/vivo Gangrena Úmida [pútrida] Invasão do tecido necrosado por microorganismos anaeróbios produtores de enzimas que tendem a liquefazer os tecidos mortos e a produzir gases de odor fétido que se acumulam em Bolhas entre o tecido morto e o não lesado Comum em necroses do tubo digestivo, pele e pulmões Pode provocar choque septico Gangrena Gasosa Gangrena gasosa é secundaria a contaminação do tecido necrosado com germes do gênero CLOSTRIDIUM que produzem enzimas Necrose caseosa Area necrosada assume o aspecto macroscópico de massa de queijo, divide características da necrose coagulativa e liquefativa Comum na tuberculose Características · Massa homogênea e acidófila · Núcleos picnoticos · Núcleos fragmentados na periferia · Células sem detalhes estruturais · Apoptose maciça de células inflamatórias Necrose gordurosa (esteatonecrose) Ácidos graxos liberados sofrem processos de saponificação, originando depósitos esbranquiçados Ocorre principalmente no fígado e pâncreas Pode ocorrer em tecido adiposo após traumas Evolução: · Depende do órgão acometido e extensão do dano · Regeneração · Cicatrização · Encurtamento · Eliminação · Calcificação Regeneração Restos celulares são reabsorvidos Liberador fatores de crescimento (células vizinhas e macrófagos) Ex.: fígado: pouca alteração – regeneração completa Extensa- regeneração dos hepatócitos mas não da malha de fibras reticulares Cicatrização Tecido necrosado é substituído por tecido conjuntivo cicatrical Reduz o volume da área atingida Encistamento Material necrótico não é reabsorvido Reação inflamatória somente na periferia Formação de capsula e reabsorção lenta Eliminação Comunicação com o meio externo (canalículos) ... copiar o resto CELULAS CARDIACAS NÃO SE REGENERAM Apoptose: a célula é induzida por um programa intracelular no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu dna e proteínas citoplasmaticas Proliferação celular regulação do numero de células nos organismos morte celular programada Situações fisiológicas Morte das células do hospedeiro que já cumpriram seu proposito - neutrófilos (infl. Aguda) e linfócitos (*resp. imunológica) Eliminação celular em populações celulares em proliferação - epitélio da cripta intestinal (pop. Constante) Involução dependente de hormônios (ADULTOS) Colapso endometrial (ciclo menstrual) e atrésia folicular ovariana CONDIÇÕES PATOLOGICAS Estímulos nocivos (radiação, e drogas citotóxicas) Mecanismos de reparo não conseguem lidar com a lesão, a célula ativa a vida da apoptose Algumas doenças viróticas Hepatite Atropia de órgãos parenquimatosos após obstrução dos ductos Pâncreas, parotida e rins Características morfológicas Encolhimento do citoplasma e ou perda do volume celular Formação de grandes vesículas na superfície intracelular Condensação da cromatina Não ocorre ruptura da membrana nem extravasamento Características bioquímicas Ativação de proteasesespeciais – CASPASES Degradação da lamina nuclear, com agregação da cromatina e fragmentação do dna Ativação de enzimas que clivam DNA Degradação de muitas proteínas essenciais para a sobrevivência e metabolismo celular Reconhecimento fagocitaria · Receptores nas camadas externas da membrana plasmática, permitindo o reconhecimento precoce pelos macrófagos · Resulta na fagocitose sem liberação de componentes celulares que induzam inflamação Inflamação Inflamação ou flogose (do latim inflamare e do grego phagos, que significam pegar fogo) Reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizada pela saída de líquidos e de células do sangue para o intersiticio. Reação complexa a vários agentes nocivos como os microorganismos e células danificadas, geralmente necróticas, que consiste de respostas vasculares, migração de leucócitos e reações sistêmicas. Principal característica.: reação dos vasos sanguíneos, que leva ao acumulo de fluidos e leucócitos nos tecidos. Histórico: Egicipios (3000 a.C) Celso (sec I d. C) primeiro a lista os 4 sinais cardinais da inflamação: calor,rubor, tumor e dor. Galeno (antiguidade) ou virchow – sec XIX – adicionou perda de função 1793 – john Hunter : a inflamação por si mesma não deve ser considerada uma enfermidade, mas sim uma condição saudável, consequencia de alguma violência ou padecimento. Etiologia · Infecção · Trauma · Injuria física (extremos de temperatura ou radiação ionizante) · Injuria química · Injuria imunológica · Tecido morto (alterações inflamatórios ocorrem no tecido viável adjacente a áreas necróticas) Após desenvolvida a reação inicial a injuria, a extensão da lesão local dependerá da intensidade, natureza e duração do estimulo lesivo. Se este for de curta duração, ou rapidamente anulado pelos mecanismos de defesa do organismo, as alterações inflamatórias sofrerão rápida resolução ou deixarão uma quantidade variável de tecido cicatricial na área lesada. Inflamação aguda É a resposta imediata e inicial a um agente agressor. Inflamação crônica Predomínio de linfócitos e macrofragos, proliferação de vasos sanguíneos(neoangiogenese) e fibras do tec. Conjuntivo(fibroplasia). Duração mais longa. A inflamação como uma resposta benéfica Se não existisse o processo inflamatório, os microrganismos estariam livres para penetrar nas mucosas e feridas, proliferar, disseminar e finalmente comprometer de tal forma o organismo do hospedeiro que fatalmente o mataria. Alterações vasculares na inf. Aguda A inflamação é estudada de forma compartimentada Diversos aspectos: · Vasculares · Celulares · Mediadores/reguladores Vasos da microcirculação (primeiras horas após a injuria subletal) · Modificação no calibre dos vasos e no fluxo sanguíneo · Aumento da permeabilidade vascular · Exsudação de plasma e de células para o meio extravascular. Microcirculação normal Arteríolas, capilares e vênulas <100um Compostos por: · Túnica intima e espaço subendotelial (endotélio) · Túnica media (fibras musculares) · Túnica adventícia (fibras elásticas e colágeno) Capilares são desprovidos de fibras musculares, e possuem somente um endotélio e membrana basal. Alterações no fluxo e calibre vasculares · Iniciam logo após a lesão em graus variáveis na seguinte ordem: · Vasodilatação após uma constrição transitória (segundos) · Aumento do fluxo sanguíneo (calor e rubor) · Induzida pela histamina e oxido nítrico (cels endot) · Aumento da permeabilidade na microcirculação · Extravasamento do fluido rico em proteínas. Lei de Starling: sob condições normais, a quantidade de fluido filtrado para fora dos capilares arteriais é aproximadamente igual a quantidade de fluido que retorna aos capilares venosos. Regulada pelo balanço entre a pressão hidrostática intravascular e a pressão osmótica. Mecanismos que causam o edema · Formação de fendas no endotélio · Mais comum · Desencadeado por mediadores vasoativos (histamina,) · Rápida, reversível e de curta duração (15-30min) Lesão direta: · Necrose e separação das células endotelias · Dano direto pelo estimulo nocivo · Inicia logo após a lesão e mantido ate que os vasos sofram trombose ou são reparados · Agressão endotelial mediada por leucócitos · Extravasamento a partir de capilares em regeneração Eventos celulares · Aderência e transmigração leucocitária · Diapedese · Quimiotaxia e ativação dos leucócitos · Fagocitose Diminuição do fluxo sanguíneo -> marginação -> rolamento -> pavimentação (leucócitos no endotélio) Quimiotaxia Capacidade dos leucócitos de se locomoverem através de uma gradiente químico, em direção ao local da injuria. (cachorro sente o cheiro do churrasco que vc trouxe da rua, ele foi correndo em vc) Granulócitos, monócitos, e linfócitos respondem ao estimulo quimiotatico com diferentes velocidades. Agentes quimiotaticos São pequenas proteínas – peptídeos – de origem endógena (sist.. complemento) ou exógena (prod. Bacterianos), solúveis em agua e capazes de difundir nos tecidos Direcionam a migração dos leucócitos Neutrófilos e macrófagos: capazes de capturar bactérias e materiais estranhos sem ligação de receptores específicos Principais receptores: receptores de manose Opsoninas São substancias que aumentam a fagocitose ex: Imunogs cobrem a superfície da bactéria Liberação de substancias e lesão tecidual · Espaço extracelular · Conteúdo dos lisossomos · Enzimas: intermediários reativos do 02 · Produtos do ac. Araquidônico Mediadores químicos · Histamina · Cininas · Citocinas · Prost. Leucot · Sistema fibrinolítico · Sistema complemente Substancias liberadas durante diferentes estágios da reação inflamatória. A maioria dos mediadores desempenha funções biológicas pela ligação a receptores específicos Sistema complemento, cininas, e fibrinolítico Vem do sangue, vem do plasma, vao ter alguns mediadores químicos que fazem vasodilatação e aumentam permeabilidade vascular. Conjunto de proteínas pro enzimas que ativam em cascata. Aula 30/09/2020 Reparação celular · Habilidade importante para sobrevivência · Injuria (serie de eventos): · Eliminar o agente · Conter o dano · Preparar células para reaplicação Dois processos: · Regeneração · Substituição (cicatrização, fibrose) Substituição Tecido original é substituído por tecido fibroso, também acontece em lesões, processos inflamatórios e necroses. Como exerce seu controle? - Induz celular em repouso a entrar em seu ciclo celular - equilibra fatores estimulatorios ou inibitórios - encurta o ciclo celular - diminui a perda celular Proliferação celular · Estimulada por condições fisiológicas e patológicas · Apoptose · Hiperplasia · Metaplasia/displasia Células permanentes, perenes – não se dividem Permanentemente removidas do ciclo celular Células Tronco · Terapia recente · Capacidade de se renovarem por períodos prolongados e em qualquer tipo · Dois tipos: células troco embrionárias e cels tronco adultas Adultas: Encontradas em locais e tecidos específicos São mais restritas Medula óssea – podem existir inespecíficas Fora do tecido ósseo (nichos) · TGI · FOLICULO PILOSO · CORNEA Determinantes do reparo Fatores de crescimento Matriz extracelular: · Intersticial/memb basal Sinalização intercelular Autócrina: células tem receptores para seus próprios fatores secretados Parácrina: células respondem a secreção de células vizinhas Endocrina: células respondem a fatores (hormônios) produzidos por células distantes. Cicatrização · Fenômeno complexo, porem ordenado, envolvendo diversos processos · Indução do processo inflamatório agudo pela lesão · Proliferação de cels 3-14d (reepitelização> em feridas incisais esta fase ocorre entre 24/48h após; nas primeiras 24h células basais presentes nas bordas da ferida, proliferam-se e se alongam, e começam a migrar para o outro lado da superfície da ferida até que ocorra inibição por contato) · Formação do tecido conjuntivo/ síntese de proteínas da MEC · Contração da ferida · Remodelação · Fase inflamatória ou exsudativa: sua duração é de aproximadamente 48/72 h · Fase proliferativa (3-4dias)migração de fibroblastos; os fibroblastos surgem na ferida no terceiro dia e atingem o pico em 7 dias · Formação de tecido de granulação: aprox., 4 dias após o inicio da lesão, a ferida é invadida por tecido de granulação, fibroblastos, células infl e capilares neoformados · Angiogenese · Fase de remodelagem (7 dias a 1 ano) – começa a predominar a partir de 21 dias após a lesão, ocorre equilíbrio entre taxa de síntese e degradação de colágeno. Este processo é controlado por mediadores presentes na lesão. A remodelagem é essencial para a formação de uma cicatriz resistente. Cicatrização de feridas Primeira intenção ou cicatrização primaria: tem que ter sutura, reaproxima a ferida superficial Segunda intenção ou cic secudária: pode ter sutura ou não, mas não aproximo os bordos uma da outra. Lesão é maior, uma ferida aberta se fecha pela formação de tecido de granulação com consequente reepitelização e contração da ferida Aula 07/10/2020
Compartilhar