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Professor: José Wanderlan Pontes Faculdade Estácio do Recife Curso de Farmácia Disciplina: Química Analítica Quantitativa Recife, 2018 resolver problemas analíticos que irão surgir ao longo do curso em disciplinas mais específicas dos eixos medicamento, indústria, análise de alimentos, análises clínicas e toxicológicas. Introdução a análise química ? gravimetria, tritimetria e volumetria. Aparelhagem comum e técnicas básicas. Cálculos empregados na química analítica. Erros em análises químicas. Erros aleatórios em análises químicas. Tratamento e avaliação estatística de dados Amostragem, padronização e calibração. Separação. Titulação de neutralização. Titulação de precipitação. Titulação de complexação Titulação de óxido-redução. Métodos gravimétricos de análise. Análises espectroquímicas. Unidade 1. Introdução a análise química quantitativa. Introdução. Aplicações. Etapas da análise. Classificação dos métodos. Como selecionar o método. Apresentação da literatura clássica: Coleções de referência - Kolthoff e Elving, Treatise on analytical chemistry; Wilson e Wilson, Comprehensive analytical chemistry; ou Fresenius e Jander, Handbuch der analytischen Chemie Compêndio de métodos: Meites, Handbook of analytical chemistry. Entidades oficiais: Sociedade Americana de Testes Materiais (ASTM), Instituto Inglês de Padrões (British Standards Institution). Principais técnicas utilizadas em análise quantitativa. Métodos instrumentais. Fatores que afetam a escolha do método analítico e interferências. Unidade 2. Amostragem e preparação de amostras para análise. Amostragem: Tipos de amostras e métodos. Amostras reais. Obtenção de uma amostra representativa. Incertezas na amostragem. Amostra bruta. Preparação de uma amostra para análise. Manuseio automático de amostras:métodos discretos e métodos em fluxo contínuos. Preparação de amostras para análise: dissolução da amostra. Decomposição de compostos orgânicos. Precipitação. Filtração. Papéis de filtro. Cadinhos com placas porosas permanentes. Lavagem dos precipitados. Secagem e calcinação dos precipitados. Unidade 3. Erros e tratamento de resultados analíticos. Erros e tratamento de resultados analíticos: algarismos significativos. Erro de uma medida: absoluto e relativo. Desvio. Exatidão e precisão. Tipos de erros: determinados e indeterminados. Precisão de uma medida. Limite de confiança da média. Propagação de erros. Rejeição de resultados. Distribuição Gaussiana. Intervalos de confiança. Comparação da média com o Test t de Student. Comparação dos desvios-padrão com o teste F. Método dos mínimos quadrados. Curvas de calibração. Unidade 4. Princípios de análise volumétrica. Princípios de análise volumétrica: princípios gerais. Titulações. Reagentes Químicos. Padrões primários. Cálculos volumétricos. Titulações espectrofotométricas. Curva de titulação por precipitação. Titulação de uma mistura. Detecção do ponto final. Unidade 5. Titulação ácido-base. Titulação ácido-base: introdução ao método. Construção das curvas de titulação. Fundamento do uso dos indicadores. Escolha do indicador. Cálculo do erro de titulação. Titulação de ácidos fortes com bases fortes. Titulação de ácidos fracos com bases fortes. Titulação de bases fracas com ácidos fortes. Titulação de ácidos polipróticos. Unidade 6. Titulação por precipitação. Titulação por precipitação: introdução ao método. Construção da curva de titulação Fatores que afetam a curva de titulação. Detecção do ponto final. Método de Mohr. Método de Volhard. Método de Fajans. Unidade 7. Titulação complexométrica. Titulação complexométrica: introdução ao método. Curvas de titulação. Tipos de titulação com EDTA. Titulação de misturas. Inidcadores de íons metálicos. Soluções padronizadas de EDTA Determinação de cátions, de ânions e outras titulações com EDTA. Unidade 8. Titulação por oxidação-redução. Titulação por oxidação-redução: introdução ao método. Curvas de titulação. Detecção do ponto final. Padronização de soluções oxidantes e redutoras. Unidade 9. Análise gravimétrica. Análise gravimétrica: introdução ao método. Métodos gravimétricos de análise. Gravimetria por precipitação. Cálculo dos resultados a partir de dados gravimétricos. Aplicações dos métodos gravimétricos. Unidade 10. Espectrofotometria UV/visível. Espectrofotometria UV/visível. introdução ao método. Teoria da espectrofotometria. Lei de Lamber-Beer. Coeficiente de absorção molar. Aplicação da Lei de Lambert-Beer. Sensibilidade do método. Curva analítica. Cálculo quantitativo e instrumentação. Prática 1. Calibração de vidrarias (Ref. Unidade 3) Prática 2. Preparação e padronização de soluções padrão secundário e determinação da acidez em vinagre comercial (Ref. Unidade 5) Prática 3. Determinação de cloreto de sódio em amostra de soro fisiológico - Método de Fajans (Ref. Unidade 6) Prática 4. Determinação de cálcio em leite. (Ref. Unidade 7) Aulas teóricas expositivas. Estudo dirigido e seminários com intuito de incentivar a participação dos alunos. Aulas teórico-práticas realizadas no laboratório de química conforme necessidade específica, onde os conceitos teóricos serão exercitados e exemplificados em experimentos práticas e/ou simulações. Três etapas: AV 1, AV 2 e AV 3 Para aprovação na disciplina o aluno deverá: ◦ 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores nota obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. ◦ 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. ◦ 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. MENDHAM, J; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M.J.K.. VOGEL ? Análise Química Quantitativa, Ed. LTC, 6ª edição, 2002. HARRIS, D.C. Análise Química Quantitativa. Editora LTC, 7 edição, 2008. Estuda o conjunto de princípios, leis, métodos e técnicas cuja finalidade é a determinação da composição química de uma amostra natural ou artificial; É o ramo da química que se ocupa da identificação e quantificação de um ou vários dos componentes químicos de uma dada amostra. Aplicação de um processo ou de uma série de processos para identificar e quantificar uma substância, ou os componentes de uma solução ou mistura, ou ainda, para determinar a estrutura de compostos químicos. Análise Qualitativa O quê? Análise Quantitativa Quanto? Identificação de um ou mais componentes de uma amostra Determinação da quantidade de um componente na amostra Química Analítica? Envolve separação, identificação e determinação das quantidades ou teores dos componentes que constituem uma amostra. Química Analitica Qualitativa informa a presença ou ausência de elementos, íons ou moléculas. Os resultados são expressos em palavras e símbolos. Exemplos: - Presença de sódio, colesterol e gorduras trans em alimentos. - Cloro e mercúrio em água. Química Analítica Quantitativa trata da quantificação dos analitos na amostra. - Sódio (5,0 mg/L ou ppm) - Colesterol (25,0 mg/L) - Gorduras trans (0,2 mg/L) - Cloro (1,0 mg/L) - Mercúrio (0,01 mg/L) - Grau alcoólico: 40 % Vol Analisam-se amostras e determinam-se espécies químicas (ANALITOS) Por exemplo, uma amostra de sangue é analisada para que se determine o teor de colesterol Vamos expressar as concentrações?? % peso (%m/%m): massa de A/massa da amostra % volume (%v/%v): volume de A/volume da amostra % peso/volume(%m/%v): massa de A/volume da amostra ppm ( parte por milhão) – mg/L ppb (parte por bilhão) - μg/L ppt (parte por trilhão) - ng/L A natureza interdisciplinar da QUÍMICA ANALÍTICA a torna uma ferramenta vital em laboratórios industriais, médicos, governamentais e acadêmicos. Determinação da composição, pureza e qualidade: matéria prima até o produto acabado; Controlar e otimizar processos industriais; Controlar impurezas e subprodutos; Assegurar a conformidade com a legislação quanto a composição máxima e mínima; Monitorar e proteger o meio ambiente: local de trabalho, residência e natureza. Determinação do teor de nitrogênio, fósforo e potássio em fertilizantes (NPK). Avaliação da qualidade do ar para determinação de CO, NOx e de hidrocarbonetos presentes nos gases de descarga veiculares. Determinação de teores de metais pesados no sangue para avaliação de exposição do indivíduo. Determinação do teor de cloro residual em água potável para atendimento aos requisitos da Portaria 518/04 MS. Análise do aço durante sua produção permite o ajuste nas concentrações de elementos, como o carbono, níquel e cromo, para que se possa atingir a resistência física, a dureza, a resistência à corrosão e a flexibilidade desejadas; Teor de mercaptanas no gás de cozinha deve ser monitorado com freqüência, para garantir que este tenha um odor ruim a fim de alertar a ocorrência de vazamentos; Estudos farmacológicos, toxicológicos, farmacocinéticos e de estabilidade; P&D de novos princípios ativos e medicamentos; Desenvolvimento de kits de diagnóstico; Fabricação de cosméticos e outros produtos de higiene pessoal; ◦ ①É necessário garantir a qualidade de cada um dos componentes; ◦ ②Durante o processo de elaboração, os parâmetros de produção devem ser checados constantemente; ◦ ③O produto final é submetido a uma série de análises para comprovar se está apto para administração. É encontrada a descrição de todas as análises às quais devem ser submetidos tanto as matérias primas quanto os produtos finalizados Critério de qualidade • Matérias primas e produtos importados; • Armazenamento Determinação em amostras biológicas (sangue, urina,etc.) de Cálcio, Sódio, Potássio, Cálcio, Ferro, etc. Análise de alimentos para determinar o teor resíduos de pesticidas e o valor nutricional. Através da determinação do teor percentual de álcool em amostras de sangue, coletadas de infratores. Um teste comumente utilizado para a detecção de vestígios de disparo de arma de fogo nas mãos de um possível suspeito consiste na pesquisa de íons ou fragmentos metálicos de chumbo, em decorrência da maior quantidade desta espécie metálica em relação a outras. Acesse: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc24/ccd2.pdf conjunto de operações físicas e químicas que permite identificar e/ou quantificar um componente (os analitos) no sistema material que os contém (amostra); A complexidade da composição (matriz) da amostra determina o processamento ao qual deverá ser submetida para alcançar os melhores resultados para a análise discernimento claro de qual é a amostra, quais são as características da matriz e qual é o analito; • Exemplo: comprimidos de KCl - determinação da pureza da matéria-prima KCl; - controle de qualidade de um lote de comprimidos de KCl. Reprodutibilidade de reações químicas adequadas; Medidas elétricas apropriadas; Medida de propriedades espectroscópicas; Deslocamento característico de uma substância em um meio definido, em condições controladas; Processos cromatográficos; Dois ou mais desses princípios em combinação. Ex: Cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas De acordo com a natureza da medida final: •Métodos clássicos Envolvem a aplicação de uma reação química da qual o composto que se deseja determinar participa. •Métodos instrumentais Conjunto de procedimentos baseados na medida instrumental de alguma propriedade físico- química das substâncias que proporciona informação sobre a estrutura ou composição química. Determinação quantitativa de espécies químicas na matéria Métodos químicos (Clássicos) Métodos instrumentais gravimetria volumetria volatilização precipitação neutralização complexação precipitação óxi-redução espectroscopia de absorção eletrônica turbidimetria cromatografia espectroscopia de Absorção atômica espectroscopia de massas potenciometria ressonância magnética nuclear Em geral mais rápidos e sensíveis; É necessário calibrar o equipamento usando uma amostra de material de composição conhecida como referência; Um analista nunca deverá investir tempo e recursos para obter mais exatidão e precisão em uma análise cujos resultados já estejam à altura do nível de exigência requerido com um procedimento mais simples. De acordo com os dados gerados: Análise aproximada ◦ quantidade de cada elemento em uma amostra, mas não os compostos presentes; •Análise parcial ◦ alguns constituintes da amostra; •Análise de traços ◦ constituintes presentes em quantidades muito pequenas; •Análise completa ◦ proporção de cada componente na amostra. Macro: ≥ 0,1 g Meso (semimicro): entre 10-2 e 10-1 g Micro: entre 10-3 e 10-2 g Submicro: entre 10-3 e 10-4 g Ultramicro: < 10-4 g Traços: entre 102 e 104 μg g-1 (100 a 10.000 ppm) Microtraços: entre 10-1 e 102 pg g-1 (10-7 a 10-4 ppm) Nanotraços: entre 10-1 e 102 fg g-1 (10-10 a 10-7 ppm) • 1 a 100%: constituinte principal • 0,01 a 1%: constituinte secundário • < 0,1%: constituinte traço Seletividade e especificidade significam a capacidade de distinguir o analito de outras espécies na amostra (evitando interferências); Um método específico deve ser capaz de medir com acurácia a quantidade da substância de interesse, sejam quais forem as outras substâncias presentes; Um método seletivo pode determinar um grupo limitado de substâncias na presença de muitas outras substâncias; A sensibilidade é a capacidade do método de responder de forma confiável e mensurável às variações de concentração do analito. 1. Formular uma questão 2. Selecionar o método analítico 3. Amostragem 4. Preparo da amostra 5. Análise 6. Apresentação dos resultados Traduzir questões gerais em questões específicas que possam ser respondidas por meio de medidas químicas Encontrar na literatura procedimentos apropriados ou, se necessário, desenvolver um novo procedimento para realizar a análise desejada. •Compêndio de métodos: Handbook of Analytical Chemistry (Meites); •Coleções de referência: Treatise on analytical chemistry (Kolthoff e Elving), Comprehensive analytical chemistry (Wilson e Wilson); •Métodos padronizados publicados por entidades oficiais: ASTM, British Standards Institution, ABNT. Revisões seriadas: • Analytical Chemistry, Fundamental Review (ACS): revisão de desenvolvimentos mais significativos nos últimos 2 anos nos mais diversos ramos da Química Analítica. • Analytical Chemistry, Application Review (ACS): trabalhos recentes em áreas específicas como análise de água, química clínica, produtos de petróleo, poluição do ar. Periódicos especializados: • Analytical Chemistry • Analytica Chimica Acta • Analytical Letters • Applied Spectroscopy • Journal of Electroanalytical Chemistry • Spectrochimica Acta • Talanta • The Analyst www.periodicos.capes.gov.br • Exatidão x custo. • Quantidade de amostra disponível: métodos clássicos e métodos instrumentais. • Complexidade da amostra e possíveis interferentes. • Teor do analito na amostra. • Recursos disponíveis no laboratório, equipamentos analíticose reagentes químicos; • Experiência do analista. É o processo de seleção do material a ser analisado; Coleta de uma quantidade suficiente de um material que seja representativo da composição química de todo o material, evitando contaminações e preservando adequadamente o analito. Etapa inicial crítica – pode significar o sucesso ou comprometimento de todo o processo analítico “porcaria gera porcaria”; Amostras homogêneas Gases e líquidos: Qualquer porção é representativa. Apenas realizar agitação. Sólidos: analito apresenta-se bem distribuído por toda a amostra. Material heterogêneo analito apresenta-se não tão bem distribuído por toda a amostra, a amostra apresenta diferença quanto ao tamanho de partículas. Obs: um material é heterogêneo se suas partes constituintes podem ser distinguidas visualmente ou com auxílio de um microscópio (ex. carvão, tecidos animais e solo). • Contaminação • Oxidação • Alteração na umidade • Perda de compostos voláteis Amostras Heterogêneas É o processo em que uma amostra representativa é convertida em uma forma apropriada para a análise química. Natureza química do analito; Concentração do analito na matriz; Caracterísitica da matriz (homogeneidade, estabilidade, volatilidade, solubilidade); Natureza química dos interferentes; Características do método analítico selecionado. Análises químicas são realizadas com soluções das amostras. Solvente deve dissolver a amostra, não levar a perda ou alterar o analito. Tratamentos com soluções aquosas de ácidos fortes, bases fortes, agentes oxidantes, agentes redutores. Diluição; Extração sólido-líquido; Clarificação; Destilação; Incineração; Digestão. Réplicas de amostras são as porções de um material que possuem o mesmo tamanho e que são tratadas pelo mesmo procedimento analítico exatamente da mesma forma; Melhoram a qualidade dos resultados e fornecem uma medida da confiabilidade; São geralmente expressas em termos da média e vários testes estatísticos são executados para estabelecer a confiabilidade. Interferência ou interferente é uma espécie que causa erro na análise pelo aumento ou atenuação da quantidade que está sendo medida; Buscar diferenças em propriedades físicas e químicas; Não há regras claras e rápidas para a eliminação de interferências, pode ser o aspecto + crítico da análise; A condição fundamental é que a propriedade X que está sendo medida deve variar de forma conhecida e reprodutível com a concentração do analito. CA α X CA = kX O processo de determinação de k é chamado calibração. Caderno de laboratório ◦ Descrever o que foi feito; ◦ Descrever o que foi observado; ◦ Estar escrito de maneira compreensível para outros. Representação de dados numérico Os resultados estão sujeitos a alguma incerteza e é necessário estabelecer a grandeza da incerteza para que os resultados tenham algum significado. Média ± Desvio Padrão A matéria prima está apta para utilização na elaboração das formulações correspondentes? Deve ser efetuada alguma correção no processo tecnológico de fabricação do medicamento? O medicamento produzido está apto para distribuição à população ou exportação? O novo fármaco apresenta impurezas em níveis de concentração que possam ser prejudiciais à saúde? O medicamento armazenado manteve a sua qualidade e pode ser distribuído?
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