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AD2_ALFABETIZAÇÃO 1_2021_1 - WORD (1)


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	Nome: 
	Matrícula: 
	Polo: 
Disciplina: Alfabetização 1 
Coordenação: Carla Sass Sampaio 
Mediadoras pedagógicas: Maria Cristina Corais e Tânia Mara Barreto Alves 
 AD2 – 2021.1
Avaliação Escrita à Distância - Valor: 6,0 
 
Caro estudante, 	
 	
Para responder às questões propostas, 
- utilize a linguagem formal e desenvolva respostas claras, coerentes, objetivas e completas; 
- respeite os comandos; 
- lance mão do material da disciplina e de outros textos acadêmicos complementares, fazendo a referenciação, se for o caso, de acordo com as normas da ABNT; 
- não faça plágio, porque essa atitude implicará nota zero à sua resposta.
A equipe de Alfabetização 1 lhe deseja um excelente trabalho!
LEIA OS TEXTOS ABAIXO: “Alfabetização sem receita e receita de alfabetização”, apresentados por Marlene Carvalho em seu livro “Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática”.
Receita de alfabetização 
Pegue uma criança de seis anos e lave-a bem. Enxugue-a com cuidado, enrole-a num uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula. Repita o processo com as demais crianças da mesma turma.
Nas oito primeiras semanas, alimente-as com exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha uma cartilha nas mãos das crianças. Tome cuidado para que elas não se contaminem no contato com os livros, revistas, jornais e outros perigosos materiais impressos. Abra a boca das crianças e faça com que elas engulam as vogais. Quando as tiverem digerido, mande-as mastigar, uma a uma, as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo 60 vezes, como na alimentação macrobiótica. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.
Mantenhas as crianças em banho-maria durante quatro meses fazendo muitos exercícios de cópia. Em seguida, faça com que elas engulam algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao final do oitavo mês, espete as crianças com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se elas devolvem pelo menos 70% das palavras engolidas. Se isso acontecer, considere-as alfabetizadas. Enrole-as num bonito papel de presente e despache-as para a série seguinte.
Se alguma criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão.
Repita a receita quantas vezes forem necessárias. Ao final de três anos, caso não obtenha sucesso, embrulhe a criança num papel pardo e coloque um rótulo: aluno renitente.
P.S.: Cuidado! Não se envolva muito com essas crianças ou elas poderão se tornar seres pensantes.
 
Alfabetização sem Receita – Marlene Carvalho
Pegue uma criança de seis anos – ou mais –, no estado em que estiver – suja ou limpa – e coloque-a em uma sala de aula junto com outras crianças do mesmo formato e onde existam muitas coisas escritas para olhar e examinar. Servem jornais, revistas diversas, propaganda eleitoral, rótulos de enlatados e de caixas, sacolas de supermercados e de lojas, panfletos, encartes, manuais de eletroeletrônicos. Enfim, tudo que estiver entulhando os armários da escola e da sua casa. Convide as crianças para brincar de ler, adivinhando o que está escrito: você vai descobrir que elas já sabem muitas coisas.
Converse com as crianças, troque ideias sobre quem são vocês e as coisas que gostam e não gostam. Escreva no quadro algumas coisas que foram ditas e leia para elas. Peça às crianças que olhem as coisas escritas que existem por aí, nas lojas, no ônibus, nas ruas, na televisão, nos outdoors. Escreva algumas dessas coisas no quadro e leia para elas. Deixe-as recortar letras, palavras e frases dos jornais e das revistas, mas não se esqueça de pedir para que limpem o chão depois para não criar problemas na escola.
Todos os dias leia para as crianças alguma coisa interessante, em voz alta: uma história, uma poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação. Mostre a elas alguns tipos de coisas escritas que talvez elas não conheçam: um catálogo telefônico ou um livro de receitas, por exemplo.
Desafie as crianças a pensarem sobre a escrita e pense você também. Quando as crianças estiverem tentando escrever, deixe-as perguntar ou ajudar o colega.
Não se apavore se uma criança estiver comendo letras: até hoje não houve caso de indigestão alfabética. Acalme a diretora e a supervisora se elas ficarem alarmadas.
Invente sua própria cartilha. Use sua imaginação e sua capacidade de observação para ensinar a ler. Leia e estude você também.
P.S.: Você corre um grande risco de se envolver demasiadamente com todas essas crianças e torná-las seres pensantes.
TEXTO DISPONÍVEL EM: https://pactosllirios.wordpress.com/2013/06/22/receita-de-alfabetizacao-e-alfabetizacao-sem-receita/
RESPONDA ÀS QUESTÕES ABAIXO:
QUESTÃO 1 (Valor: 2,0 pontos)
Os textos “Alfabetização sem receita e receita de alfabetização”, apresentados por Marlene Carvalho em seu livro “Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática”, foram publicados sem indicação de autoria no Boletim Informativo n.1, da Secretaria Municipal de Educação em julho de 1989 e pelo Boletim Carpe Diem, do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte (ano IV, n.4), na edição de janeiro-fevereiro de 1994.
A partir da leitura do material citado acima, reflita sobre o processo de alfabetização e escreva um pequeno texto apresentando o seu posicionamento em relação à constante busca por uma receita de alfabetização, trazendo argumentos claros, coerentes e fundamentados em leituras acadêmicas.
 	A alfabetização de crianças é um processo no qual as professoras e professores muitas vezes se sentem intimidados, tendo em vista o peso e a responsabilidade desse momento da formação intelectual dos indivíduos. Logo, pensar em qual a melhor forma de se alfabetizar uma criança é um grande desafio, e que realmente precisa ser debatido não só durante a formação dos profissionais de educação, mas depois, quando já estamos em sala de aula. 
Sou levada a concordar que o ideal é que as educadoras não devem se prender a um método, entretanto, acredito que os métodos não podem ser simplesmente descartados, pelo contrário. O processo de ensino / aprendizagem precisa ser guiado por métodos que possibilitem a organização de objetivos, instrumentos de trabalho, e competências que devem ser estimuladas. Devemos aprender as vantagens e deficiências de cada um dos métodos, para que possamos utiliza-los de maneira versátil dentro da sala de aula. 
QUESTÃO 2 (Valor: 4,0 pontos)
Reflita sobre o seu processo de alfabetização e escreva um pequeno texto a partir das questões abaixo:
a) Neste espaço, você deverá narrar como foi a sua alfabetização e como o processo que viveu influenciou em sua formação como sujeito ativo, que lê e escreve textos. Queremos muito ouvir sua história! Caso não se lembre, você pode narrar sobre como foi ou sobre como tem sido a alfabetização de alguma criança próxima: filhos, sobrinhos, netos, etc. 
Recordo-me muito pouco do meu processo de alfabetização. Das poucas memórias que ainda tenho, lembro-me da utilização do caderno de caligrafia, da repetição do alfabeto, do ditado a partir das palavras copiadas no quadro e repetidas pela professora, e do esforço das tentativas de escrever as primeiras frases. Hoje, ao observar as crianças da minha família, vejo que o acesso as tecnologias, seja o smartphone ou o tablet, estimulam um aprendizado muito mais intuitivo e autônomo dos pequenos, que por vezes chega a assustar. Alguns dos meus sobrinhos estão em processo de alfabetização, mas hoje enfrentam a interrupção das atividades por conta da pandemia. Percebo que essa questão será um grande desafio para as professoras e professores quando as aulas presenciais retornarem, pois o que vejo é que as crianças estão imersas numa rápida “alfabetização” digital, mas algumas se sentem frustradas por ainda não saberem ler e escrever – digo isso ao recordar de uma sobrinha que após um ano fora da escola, veio me perguntarse nunca mais ela aprenderia a ler e escrever.
b) A partir de suas lembranças, você acredita que a professora que lhe alfabetizou seguia uma “receita”? Conte-nos qual (quais) método(s) apareceu(ram) em sua história de alfabetização e a respaldaram, mostrando o que foi positivo e o que foi negativo. Para isso, ancore-se no texto indicado para realização desta AD e também naqueles já lidos nesta disciplina.
Apesar das poucas lembranças, acredito que foi um processo de alfabetização seguindo uma “receita”, pautada nos métodos tradicionais de soletração ou focada nas sílabas. Não dizer o quanto esse estilo de alfabetização interferiu no meu desenvolvimento cognitivo, entretanto, acredito que não interferiu na minha curiosidade e prazer infantil pela a leitura. Penso isso pois com meus 8 ou 9 anos gostava de frequentar bibliotecas infantis com minha mãe e tomava emprestado os primeiros livros.

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