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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL 
UNIDADE UNIVERSITÁRIA EM PORTO ALEGRE – CAMPUS CENTRAL 
ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA 
 
 
 
JOYCE HELENA DA SILVEIRA 
 
 
 
CLASSE ANTHOZOA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
2017 
JOYCE HELENA DA SILVEIRA 
 
 
 
CLASSE ANTHOZOA 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado como 
requisito parcial para aprovação na 
disciplina de Biologia Geral do curso de 
Engenharia de Bioprocessos e 
Biotecnologia na Universidade Estadual 
do Rio Grande do Sul. 
Professor: Daniel Sander Hoffmann. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
2017 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3 
FILO CNIDARIA .................................................................................................................................... 5 
Considerações Gerais sobre o Filo ............................................................................................... 5 
CLASSE ANTHOZOA .......................................................................................................................... 7 
Aspectos Gerais ............................................................................................................................... 7 
ANÊMONA DO MAR ....................................................................................................................... 7 
Morfologia e Fisiologia ................................................................................................................. 8 
Interações Ecológicas .................................................................................................................. 9 
CORAIS PÉTREOS ....................................................................................................................... 11 
Morfologia e Fisiologia ............................................................................................................... 12 
Interações Ecológicas ................................................................................................................ 14 
OCTOCORAIS ................................................................................................................................ 16 
Morfologia e Fisiologia ............................................................................................................... 17 
Interações Ecológicas ................................................................................................................ 18 
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 20 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 21 
 
 
3 
INTRODUÇÃO 
 
Cada organismo desempenha um papel importante dentro da organização 
biológica, para a manutenção do equilíbrio da vida. 
Segundo Araújo e Bossolan (2006, p.1): 
Num determinado momento da história evolutiva, o homem começou a 
utilizar animais e plantas para sua alimentação, cura de doenças, 
fabricação de armas, objetos agrícolas e abrigo. A necessidade de 
transmitir as experiências adquiridas para os descendentes forçou-o a 
denominar plantas e animais. 
A classificação dos organismos começou nos tempos de Aristóteles, que 
agrupou os animais e plantas com características similares. Desde então a ciência 
de catalogar e sistematizar os organismos passou por diversos avanços 
proporcionados pelo descobrimento e exploração de novos territórios, necessitando 
assim que estes métodos fossem atualizados. 
Os esforços de um grande grupo de cientistas foram extremamente 
importantes para a construção do que chamamos hoje de Taxonomia. Entretanto, 
podemos destacar o nome de Carolus Linnaeus (1707-1778), por sua contribuição 
com a criação do sistema binomial de nomenclatura. 
A taxonomia proposta por Lineu começou a ser desenvolvida em 1735, 
quando foi lançado pela primeira vez seu livro Systema Naturae (“Sistema da 
Natureza”), que teve outras doze edições. Nessa obra, Lineu estabeleceu sua 
organização dos seres nos reinos animal, vegetal e mineral. 
Agrupar os organismos de forma simples e organizada possibilitou entender e 
estudar a diversidade existente, também trouxe à tona a questão do quão pouco se 
sabe do mundo vivo e permite acompanhar as constantes mudanças e descobertas 
na área. 
A classificação mais recente e aceita propõe cinco reinos: Monera, Protista, 
Fungi, Plantae e Animalia, e foi elaborada por Robert Harding Whittaker em 1969. 
Neste contexto de classificação sugerido por Lineu e aperfeiçoado por 
Whittaker, de maneira hierárquica, encontramos o objeto de pesquisa deste trabalho, 
a Classe Anthozoa, que está inserida no Filo Coelenterata, dentro do Reino Animal. 
O termo mais adequado para designar este filo é Cnidaria, o filo composto de 
animais exclusivamente aquáticos, onde se encontram os antozoários, que 
4 
abrangem as anêmonas do mar e os corais formadores de recifes. Segundo Araújo 
e Bossolan (2006, p. 34): 
O termo “Coelenterata” (celenterados), comumente utilizado como 
sinônimo de Cnidaria é atualmente empregado para abranger dois filos 
distintos de animais: o Filo Cnidaria e o Filo Ctenophora. Assim, o termo 
celenterado passa a não ter mais valor taxonômico de filo, sendo 
apenas utilizado como um coletivo do grupo. 
Ao longo deste trabalho encontram-se descrições gerais sobre morfologia, 
fisiologia, reprodução, interações ecológicas e outros aspectos relevantes sobre a 
classe Anthozoa, tomando como base a pesquisa em livros de zoologia, apostilas de 
taxonomia e diversos sites e documentos eletrônicos encontrados na internet. 
Objetivando o aprofundamento sobre o tema e reflexões acerca da importância 
destes animais dentro dos ecossistemas marinhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
FILO CNIDARIA 
 
Considerações Gerais sobre o Filo 
 
Nos cnidários nota-se o início de uma organização tecidual. Existe uma boca, 
circundada por tentáculos, e uma cavidade digestiva, chamada cavidade 
gastrovascular. O antigo nome celenterados provém de cele, que significa cavidade 
e entero que quer dizer intestino. Já a denominação Cnidaria provém de estruturas 
(células) de defesa características do filo, chamadas cnidócitos. 
A presença de boca e cavidade digestiva tem importante significado evolutivo. 
Os alimentos podem ser ingeridos em maiores proporções e digeridos na cavidade 
antes de penetrarem nas células. 
Figura 1 – Resumo com características do Filo Cnidaria. 
Fonte: “Princípios Integrados de Zoologia”. 11ª Ed, 2004. 
 
6 
Os membros deste filo podem apresentar-se em duas formas estruturais 
distintas: medusa, a qual é de vida livre e pólipo, que vive fixo em substratos 
(rochas, conchas, etc). O pólipo pode, em certas circunstâncias, se deslocar através 
de movimentos tipo “mede-palmos” e por cambalhotas (por exemplo, as hidras). 
A célula característica do filo é chamada cnidócito. Esta tem a função de 
defesa e captura de alimento. Localiza-se por toda a epiderme, mas é 
particularmente abundante nos tentáculos. Os cnidócitos são células ovóides que 
contêm no seu interior uma cápsula com um tubo enrolado chamada nematocisto. 
Quando ocorre algum tipo de estímulo mecânico ou químico, os cnidócitos 
descarregam os nematocistos que podem prender, paralisar ou inocular substâncias 
tóxicas na presa. Existem vários tipos de nematocistos, entre eles os penetrantes, os 
volventes e glutinantes. 
 
Figura 2 – Formas estruturais presentes nos cnidários. 
Fonte: “Biologia Atual”, vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. 1997. 
Sobre o sistema nervoso pode-se dizer que é um exemplo de sistema difuso, 
não possuem uma concentração de células que possa sugerirum sistema nervoso 
central, os neurônios são arranjados como uma rede nervosa na base da epiderme e 
gastroderme. A transmissão de impulsos tende a ser irradiante. 
 
7 
CLASSE ANTHOZOA 
 
Aspectos Gerais 
 
Os antozoários são a maior classe dos Cnidaria, contendo mais de 6.000 
espécies e distinguem-se do restante do filo por terem uma vida inteiramente séssil, 
sem estado livre de medusa. Anêmonas e corais são os representantes mais 
conhecidos dessa classe. 
Esta classe tem três subclasses: Zoantharia (ou Hexacorallia), 
Ceriantipatharia e Alcyonaria (ou Octocorallia). 
Segundo Ruppert e Barnes (1996, p. 134) “Uma maneira de simplificar o 
estudo desta classe é concentrar-se separadamente em anêmonas do mar, corais 
pétreos e corais octocoralinos”. 
Adotando esta lógica proposta pelos autores do livro “Zoologia dos 
Invertebrados”, seguem descritas as características destes três tipos de organismos: 
 
ANÊMONA DO MAR 
 
Pertencem a subclasse Zoantharia e ordem Actiniaria. Receberam este nome 
em função da flor terrestre de nome Anemone. São pólipos solitários que medem em 
torno de 1,5 a 10 cm de comprimento e 1 a 5 cm de diâmetro. 
 
Figuras 3 e 4 – Anemone (flor terrestre) e Anêmona do mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes: Flower Info e National Geographic. 
3 4 
8 
São muito coloridas e podem ser encontradas no mundo inteiro nas áreas 
costeiras, principalmente em águas mais quentes. 
Conforme Hickman (2004, p. 251): 
Elas se prendem por meio de seus discos pedais às conchas, pedras, 
madeira ou quaisquer substratos submersos que possam encontrar. 
Algumas escavam no lodo ou areia. 
 
Morfologia e Fisiologia 
 
Os tentáculos estão organizados em um ou mais círculos ao redor do disco 
oral, este por sua vez dá acesso a faringe, por onde passam os alimentos, oxigênio, 
e correntes de água que mantém a pressão do fluido interno e promovem a remoção 
dos restos. A faringe leva até a cavidade gastrovascular, que é dividida em câmaras 
que promovem a circulação da água, e no filamento septal ocorre a digestão através 
de nematocistos e células glandulares. 
 
Figura 5 – Estrutura de uma anêmona do mar. 
Fonte: “Princípios Integrados de Zoologia”. 11ª Ed, 2004. 
9 
As anêmonas do mar são carnívoras, alimentando-se de invertebrados e 
peixes. A presa é capturada pelos tentáculos e levada até a boca, ao passar pela 
faringe já está em processo de digestão e chegando à cavidade gastrovascular é 
envolvida pelos filamentos septais, que promovem a digestão intracelular e a 
absorção. 
Os músculos são bem desenvolvidos, proporcionando expansão e 
estiramento de seus tentáculos, e algumas espécies podem deslizar lentamente 
através de seus discos pedais, apesar de a maioria ser conhecida como séssil. 
De acordo com Hickman (2004, p. 253): 
Quando perturbadas, as anêmonas do mar contraem-se e recolhem 
seus tentáculos e discos orais. Algumas anêmonas podem nadar por 
uma extensão limitada através de movimentos de torção rítmicos que 
podem ser um mecanismo para fuga de inimigos como estrelas do mar e 
nudibrânquios. 
O sistema nervoso segue o padrão dos cnidários em geral, e não há nenhum 
órgão sensorial especializado. Algumas delas podem apresentar comportamento 
agressivo em relação a espécies diferentes ou a seus clones, este comportamento 
proporciona certa separação espacial, algo semelhante a uma delimitação territorial. 
Tratando-se de reprodução, os pólipos podem se reproduzir tanto 
sexuadamente quanto assexuadamente. A reprodução assexuada se trata do 
método de laceração podal, onde partes do disco podal são deixadas para trás 
conforme a anêmona se move. Estas partes se regeneram formando novas 
anêmonas. De maneira sexuada, por serem hermafroditas, ocorre a produção de um 
único tipo de gameta e a fecundação interna ou externa, na água do mar. 
 
Interações Ecológicas 
 
Um dos mais conhecidos exemplos de protocooperação é a associação entre 
a anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo, também 
conhecido como ermitão. 
O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas 
abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha, costumam instalar-se uma ou mais 
anêmonas-do-mar (actínias). Dessa união, surge o benefício mútuo: a anêmona 
possui células urticantes, que afugentam os predadores; o paguro, ao se deslocar, 
possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em busca de alimento. 
10 
Figura 6 – Exemplo de interação ecológica envolvendo a anêmona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MEC – Portal do Professor. 
 
 
11 
CORAIS PÉTREOS 
 
Constituem a maior ordem da classe Anthozoa, ordem Scleractinia. De acordo 
com Hickman (2004, p. 253), “Os corais pétreos poderiam ser descritos como 
anêmonas do mar em miniatura, que vivem em taças calcárias que eles próprios 
secretam”. Produzem este esqueleto de Carbonato de Cálcio (CaCO3), alguns 
pólipos podem ser solitários mas a grande maioria é colonial, medindo em torno de 1 
a 3 mm de diâmetro, entretanto as colônias podem ser muito grandes. 
 
Figura 7 – Exemplo de coral pétreo. 
Fonte: Instituto Ciência Hoje/Divulgação UFRJ. 
 
Segundo dados divulgados pelo Projeto Coral Vivo1, os recifes de coral 
distribuem-se formando um anel na região equatorial/tropical do globo terrestre. Eles 
também ocorrem principalmente do lado ocidental dos oceanos Atlântico e Pacífico 
e, em geral, em águas rasas e quentes. Há diversos fatores ambientais que 
influenciam a distribuição dos recifes de coral pelo mundo, como temperatura da 
água, salinidade, sedimentação, luminosidade, nutrientes e hidrodinamismo. 
 
 
1
 Dados extraídos do site do Projeto Coral Vivo em 27/06/2017. 
12 
Morfologia e Fisiologia 
 
O referido esqueleto de CaCO3, é secretado pela epiderme da metade inferior 
da coluna bem como do disco basal. Com isso, é produzida a taça esquelética, onde 
o pólipo se encontra fixado. Os pólipos podem se retrair para ficarem seguros dentro 
dessa estrutura calcária. 
 
Figura 7 – Parte de uma colônia coralina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: “Zoologia dos Invertebrados”. 6ª Ed, 1996. 
 
Ao observar a figura acima, percebe-se que alguns pólipos estão contraídos e 
outros expandidos, todos conectados por meio de uma camada de tecido lateral. 
Este tecido, por se tratar de uma dobra da parede corporal, contém a extensão dos 
órgãos de cada pólipo. 
Conforme Ruppert e Barnes (1996, p. 141): 
As configurações esqueléticas de várias espécies de corais devem-se 
em parte ao padrão de crescimento da colônia e em parte ao arranjo dos 
pólipos na colônia. Algumas espécies formam massas esqueléticas 
chatas ou redondas; outras têm uma forma de crescimento vertical e 
ramificada. 
 
Reproduzem-se assexuadamente por meio de brotamento extratentacular e 
intratentacular, conforme as figuras a seguir: 
13 
Figuras 8 e 9 – Brotamento extratentacular e intratentacular em pólipos de corais 
pétreos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: “Zoologia dos Invertebrados”. 6ª Ed, 1996. 
 
E também de forma sexuada, por meio da fecundação do gameta feminino 
(ovócito) pelo gameta masculino (espermatozoide). Daí se origina uma plânula, que 
se desloca livremente até encontrar um local para se fixar. A partir de então, passa 
por uma metamorfose, formando o que se chama de recruta ou pólipo fundador. 
É interessante ressaltar que esta é a única maneira na qual os corais, que são 
organismos sésseis, podem se mudar para novos locais. 
Assim como nas anêmonas, os pólipos de corais tem uma cavidade 
gastrovascular subdividida por septos organizados em múltiplos de seis (hexâmero). 
Os pólipos são uma estrutura cilíndrica em forma de saco com uma cavidade 
interna que se abre apenas em uma extremidade: a boca. Rodeada por tentáculos, a 
boca age tanto na ingestão de alimentos, quanto na eliminação de resíduos. Os 
tentáculos são estruturas com grande quantidade de célulaschamadas cnidócitos, 
que contêm substância urticante e paralisante que serve para capturar presas e 
defender o pólipo. 
No interior do tecido do coral vivem várias algas microscópicas chamadas 
zooxantelas. Estas algas possuem uma relação de simbiose com o coral, na qual a 
alga fornece ao pólipo alimento – através do processo de fotossíntese – e, em troca, 
recebe proteção e nutrientes. 
A seguir, trata-se com maiores detalhes a questão da simbiose entre corais e 
zooxantelas. 
 
8 
[Digite uma citação do documento 
ou o resumo de um ponto 
interessante. Você pode posicionar a 
caixa de texto em qualquer lugar do 
documento. Use a guia Ferramentas 
de Desenho para alterar a 
formatação da caixa de texto de 
citação.] 
9 
14 
Interações Ecológicas 
 
Simbiose de corais e zooxantelas. 
 
As zooxantelas são protistas que vivem como endossimbiontes nos tecidos de 
vários organismos marinhos. Essa simbiose possibilita que os produtos da 
fotossíntese fornecidos pelas zooxantelas deem suporte a funções vitais do coral 
hospedeiro, contribuindo para o aumento da calcificação do coral. Em contrapartida, 
essas microalgas encontram nos corais proteção e bom posicionamento em relação 
à luz. Devido à fotossíntese realizada pelas zooxantelas, as espécies de corais 
envolvidas nessa simbiose ocorrem em regiões rasas. 
 
Figura 10 - Simbiose de corais e zooxantelas e branqueamento dos corais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Blog “Ema não é uma avestruz”. 
Postagem de Rita Robalo Sobreiro em 16/10/2010. 
 
Conforme informações publicadas pelo Portal CPRM - Serviço Geológico do 
Brasil2, os corais formadores de recifes vivem em simbiose com algas unicelulares, 
as zooxantelas. Essa associação permite que eles cresçam num ritmo até dez vezes 
mais rápido, e são as zooxantelas que lhes dão as cores vivas que exibem. Por isso, 
quando as condições ambientais tornam-se adversas, os corais zooxantelados 
expelem total ou parcialmente essas algas, ficando esbranquiçados. Esse 
branqueamento tem ocorrido em larga escala nos últimos vinte anos, embora nem 
15 
sempre seja completo e nem sempre leve à morte da colônia (depende do tempo de 
duração do desequilíbrio ambiental). 
São muitos os fatores que levam ao branqueamento, entre eles o excesso de 
iluminação ou de raios ultravioleta e variações na temperatura da água ou na sua 
salinidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
 Dados extraídos do site do Portal CPRM em 27/06/2017. 
16 
OCTOCORAIS 
 
Os octocorais, que incluem as gorgônias, os corais tubo e os corais moles, 
são assim chamados por apresentarem exclusivamente oito tentáculos em seus 
pólipos. Podem produzir um eixo córneo, que lhe dá grande flexibilidade. 
Recebem este nome por apresentarem oito tentáculos em seus pólipos, que 
são pequenos e semelhantes aos dos corais-pétreos. Cada um destes tentáculos é 
coberto de ramificações laterais, lembrando penas (tentáculos pinados). Em sua 
maioria formam colônias de formas bastante variadas. 
A variação de formas entre as espécies da uma grande variedade de formas 
das colônias. Os indivíduos mais familiares dentro desta subclasse são os corais 
moles, chamados Alcyonacea ou Gorgonacea. 
 
Figura 11 – Octocoral Dendronephthya klunzingeri. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikipédia – Versão em Inglês. 
https://en.wikipedia.org/wiki/Dendronephthya_klunzingeri
17 
Morfologia e Fisiologia 
 
Os pólipos se conectam para formar colônias através de uma massa tecidual 
chamada cenênquima. 
Possuem esqueleto interno que pode ser constituído de escleritos calcários 
ou de material córneo. 
Confome cita Zágari (1996), “Uma característica típica desse grupo de 
animais é que quase todos os indivíduos têm pequenas estruturas esqueléticas 
calcárias entranhadas em seus tecidos. Sua alimentação básica é o plâncton”. 
De acordo com Ruppert e Barnes (1996, p. 147): 
Os membros da ordem Alcyonacea são conhecidos como corais macios 
ou corais de couro. Esses octocorais possuem colônias coriáceas ou 
carnosas macias que podem atingir um grande tamanho. As colônias 
são irregulares em forma, com algumas incrustantes e outras massivas. 
 
Figura 12 – Representação da estrutura de um Octocoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Research Gate. 
18 
A reprodução sexuada ocorre da mesma forma que ocorre nos corais pétreos, 
e a reprodução assexuada se dá por brotamento. Nesse tipo de reprodução o pólipo 
“mãe” se divide para formar um ou mais novos pólipos (clones) que permanecem 
presos ao tecido do pólipo de origem. A partir de um único pólipo fundador 
(originado após a metamorfose da plânula – reprodução sexuada), surgem outros 
pólipos por brotamento para formar uma colônia juvenil. A colônia se desenvolve 
através do constante adição de novos brotos. Quando atinge um tamanho 
específico, se torna madura e cada pólipo da colônia começa a produzir gametas. 
Reinicia-se assim o ciclo de vida. 
 
Interações Ecológicas 
 
 
Figura 13 – Peixe em coral mole. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Ideias e Dicas. 
 
A relação entre os diferentes tipos de corais. 
 
Os recifes de coral são comunidades regidas pela variedade de organismos e 
processos químicos responsáveis pela sua formação e preservação. 
19 
A relação entre as diferentes espécies marinhas também influencia no 
equilíbrio dessas comunidades, pois a simbiose animal-vegetal é a chave para a 
reciclagem interna de nutrientes e manutenção da alta biomassa em oceanos 
oligotróficos, ou seja, pobres em nutrientes. 
Em contrapartida, a antibiose ou defesa química do espaço, é usada por 
organismos como os corais moles para evitar a predação e o crescimento excessivo 
dos corais duros. 
Os corais duros competem por espaço usando tentáculos limpadores e 
filamentos de mesentério, enquanto os corais moles liberam toxinas capazes de 
causar necrose nos tecidos dos corais duros mesmo sem contato real. Estas duas 
táticas de autoproteção são a base do mosaico de organismos que é o recife de 
coral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
CONCLUSÃO 
 
Ao realizar a pesquisa para este trabalho pode-se perceber que a Classe 
Anthozoa abriga espécies de animais marinhos extremamente importantes, que 
agregam em suas colônias outras espécies que buscam alimento e proteção, e, 
portanto colaboram para a preservação da diversidade marinha. 
Os estresses ecológicos observados pelo branqueamento de corais são 
evidências claras da ação do homem sobre o ambiente, tendo em vista que o 
aumento da temperatura da água do mar é agravado pela poluição, além de outros 
fatores como a pesca excessiva e o lançamento de esgotos. 
Além de sua relevância como agentes protetores da biodiversidade, os recifes 
de corais e as anêmonas do mar são objetos de estudo, pois produzem e 
armazenam grandes quantidades de substâncias químicas, que são utilizadas nas 
interações ecológicas no ambiente marinho, como repelir predadores, competir e se 
comunicar. Cientistas do campo da Ecologia Química Marinha realizam pesquisas, 
fazendo uso do que se chama bioprospecção, para utilizar essas substâncias a favor 
do homem, como produção de fármacos, cosméticos, entre outros. 
Um exemplo do desenvolvimento de novas drogas a partir das substâncias 
repelentes é um estudo feito na Universidade da Califórnia, que levou à criação de 
um potente anti-inflamatório, a pseudopiterosina-A, produzida por octocorais. 
Por fim, pode-se dizer que os antozoários apesar de primitivos, são 
portadores de uma química fina, e que os estudos de biologia marinha estão em 
constante avanço, levando-nos a conhecer cada vez mais as variedades de 
espécies, comunidades e interações existentes entre elas. Isso só é possível graças 
ao trabalho dos primeiros taxonomistas, como Lineu, que ao sistematizaro saber e 
agrupar as espécies semelhantes colaborou para a compreensão dos fatores que 
moldam a estrutura e a função dos ecossistemas. 
 
 
21 
REFERÊNCIAS 
 
Livros: 
 
ARAÚJO, Ana Paula Uilian de. BOSSOLAN, Nelma Regina Segnini. “Noções 
de Taxonomia e Classificação: Introdução à Zoologia”. Instituto de Física de São 
Carlos. Biologia II, 2006. 
 
CURTIS, Helena. “Biologia”. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977. 
 
HICKMAN Jr.,CLEVELAND, P. / ROBERTS,Larry S. / LARSON,Allan. 
“Princípios Integrados de Zoologia”. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2004. 
 
PAULINO, Wilson R. “Biologia Atual”, vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São 
Paulo: Ed. Ática, 1997. 
 
RUPPERT, Edward E., BARNES, Richard D. “Zoologia dos Invertebrados”. 
6ed. São Paulo: Roca, 1996. 
 
Documentos eletrônicos e Websites: 
 
AMARAL, A.C.Z., LANA, P.C., FERNANDES, F.C. & COIMBRA, J.C. 2003. 
Biodiversidade bêntica da região sul-sudeste da costa brasileira. REVIZEE 
Score Sul – Bentos. Disponível em: 
http://www.mma.gov.br/estruturas/revizee/_arquivos/biobentic.pdf Acesso em: 
06/06/2017. 
 
BLOG EMA NÃO É UMA AVESTRUZ. “Branquemento no fundo do mar”. 
Disponível em: http://emanaoeumaavestruz.blogspot.com.br/2010/10/estudos-de-
investigadores-da-national.html Acesso em: 27/06/2017. 
 
BLOG SEGUNDO ANO BIOLOGIA. “Cnidários”. Disponível em: 
http://segundoanobiologia.blogspot.com.br/2013/07/cnidarios.html Acesso em 
26/06/2017. 
 
FLOWER INFO. “Anemone Flowers - Pictures & Meanings”. Disponível 
em: http://flowerinfo.org/anemone-flowers Acesso em: 26/06/2017. 
 
GPA – Grupo de Pesquisa em Antozoários – UFPE 
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