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@braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 1 Metabolismo de fármacos Também chamado de biotrasnformação, são as modificações químicas nos grupos substituintes dos fármacos com o intuito de facilitar a excreção renal, deixando mais hidrossolúvel. ✓ Gerar metabólitos mais ativos. ex: morfina em morfina 6-glicuronídeo ✓ Ativar pró-fármacos. ex: prednisona em prednisolona ✓ Inativar metabólitos tóxicos ex: n-acetil- pbenzoquinonaimina A biotransformação vai ter o intuito de causar a inativação do fármaco para favorecer o processo de eliminação, no caso de pro- fármacos: produzir a molécula farmacológica; potencializar o efeito levando a toxicidade. Locais Fígado-principal TGI Pulmões Pele Rins A capacidade do fígado de modificar os fármacos depende da quantidade que penetra nos hepatócitos + hidrofóbico + metabolização Hidrofílicos entram pelos transportadores SLC Metabolismo de primeira passagem Sempre que temos via oral, terá esse tipo de metabolismo, antes de chegar à circulação sistêmica, com uma perda significativa dessa molécula. Tipos de reações do metabolismo Reações de fase 1 (catabólicas- funcionalização) 1. oxidação (mais comum) CYP’S 2. redução 3. hidrólise Reação de fase 2: conjugação (anabólicas) 1. glicuronidação – UGT’s – mais comum 2. sulfatação @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 2 3.; glutationização 4. metilação 5. acetilação Esse processo não é sequencial, mas na maioria das vezes, sim. Há fármacos que podem ir direto para a fase 2. Reações de Fase 1 Normalmente adiciona-se um grupo polar ou reativo (OH, NH2, COOH, SH) Pontos de ataque para que aconteça as reações II Aumento da hidrossolubiidade Inativação parcial do fármaco Formação de metabólito mais ativo ou tóxico As enzimas são tipicamente oxidases (principal reação é a oxidação) Oxidase dependentes de CYP450 e independentes de P450. Localização das enzimas metabolizadoras ✓ Enzimas microssomais: RE liso (hepatócitos, ex.: CYP) ✓ Enzimas não-microssomais: mitocôndria, citoplasma e plasma (ex: colinesterase plasmática, monoamina oxidase, álcool desidrogenase) ✓ Enzimas da flora intestinal (bactérias do intestino). Enzimas P450 Hemeproteinas superfamília de enzimas relacionadas, cada uma chamada de CYP, seguida por um conjunto de números e uma letra). Elas se diferenciam entre si pela sequência de aminoácidos, sensibilidade a inibidores e agentes indutores e na especificidade das reações que catalisam. 74 familias de genes CYP (CYP1, CYP2 e CYP3 são as envolvidas no metabolismo de fármacos em fígado humano). CYPS: 1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 3A4 → 95% DO METABOLISMO DE FASE 1. Os polimorfismos genéticos nos ajudam a designar/descobrir a forma como cada pessoa metaboliza um fármaco. Os fármacos administrados podem competir por essas isoenzimas gerando efeitos adversos. Dependentes de P450 Deixar a molécula mais polar e adicionar uma molécula de oxigênio servindo como ponte de ataque para as reações de fase 2 Não dependentes de P450 Álcool desidrogenase e monoamina oxidase • Mesmo fármaco, várias CYPs • Mesma CYP, vários fármacos • Existem fármacos que podem inibir CYP’s (inibidores) • Existem fármacos que podem aumentar a expressão de CYP’s (indutores) Indutores enzimáticos Fármacos ou moléculas que podem agir como indutores enzimático que vão ser @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 3 capazes de aumentar a síntese de determinadas enzimas. Aumento da transcrição genica- aumento da expressão genica (aumentando a quantidade). Inibidores Principal mecanismo: Competição por sítio ativo (sítio de ligação)→ (Formação de um complexo com o ferro hêmico do citocromo P450); Segundo mecanismo: pela depleção de co- fatores. Terceiro mecanismo: Diminuição da síntese das enzimas microssomais (diminuição da quantidade) Consequências: níveis elevados de outro fármaco → possível toxicidade, principalmente durante adm crônica. Para evitar ou reduzir a toxicidade de fármacos que causam interações farmacocinéticas pode-se espaçar as doses ou substituí-los por outros fármacos. As interações só acontecem em fármacos com substratos da mesma enzima (isoenzima). Conclusão: Em casos de inibidores enzimáticos: diminui o metabolismo, a excreção é mais lenta e pode potencializar o efeito do fármaco, causando efeitos adversos, consequentemente aumenta a biodisponibilidade. Para os inibidores enzimáticos o pensamento é contrário. Reações de Fase 2- conjugação É a combinação de farmacos e/ou seus metabolitos com moléculas pequenas endógenas hidrofílicas, visando tornar mais hidrossolúveis Substratos: metabolitos das reações de oxidação e compostos que já contem grupos químicos apropriados para conjugação como hidroxila, amina ou carboxila Conjugação com ácido glicuronico + comum. Ex: bilirrubina conjugada. Nas reações de conjugação, um fármaco (representado por D) ou metabólitos desse fármaco (representados por D-OH e DNH2) são conjugados a um componente endógeno pela ação de transferases; ✓ O ácido glicurônico, um açúcar, é em geral o grupo mais conjugado a fármacos; porém, as conjugações com acetato, glicina, sulfato, glutationa e grupos metila também são comuns. UGT’s (UDP-glicuroniltransferase): superfamília de enzimas que catalisam a conjugação do ácido glicurônico OBS: não precisa saber desse detalhe • Alguns fármacos podem inibir UGT’s (afetam excreção) ou ↑ sua expressão • Recém-nascidos tem níveis deficientes de UGT (pode acumular metabólitos da fase 1 no organismo desses e causar efeitos tóxicos) Metabolismo de paracetamol Em uma dose muito alta os metabólitos intermediários tóxicos reativos podem se acumular e causar hepatotoxicidade , não pode exceder 2g diárias. Tratamento: adm de glutationa exógena. @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 4 Fatores que interferem na bitransformação 1. polimorfismos genéticos- enzimas que tem isoformas diferentes, ou seja, variação na capacidade de metabolizar fármacos entre indivíduos, por ex: tem pessoas que são acetiladores rápidos ou lentos de isoniazida. 2. doenças HEPATOPATIAS: diminuem metabolização CARDIOPATIAS: podem reduzir o fluxo sanguíneo para o fígado e comprometer metabolismo de substâncias como amitriptilina, morfina, verapamil e lidocaína; 3. Idade: FETOS E RECÉM-NASCIDOS: menor conjugação e atividade enzimática reduzida; IDOSOS: atividade metabólica reduzida. 4. Nutrição A glicina (conjugação), originam-se da dieta; Determinados alimentos podem ser indutores ou inibidores enzimáticos: - Brócolis, couve de bruxelas e carne grelhada: indutores CYP1A2 Suco de toranja (grapefruit): inibidor da isoforma CYP3A4. Caso clínico Um homem de 61 anos que sofria de epilepsia estava recebendo carbamazepina, um fármaco anticonvulsivante metabolizado para uma forma inativa pela isoenzima CYP3A4. Poucos dias atrás, o paciente sentiu uma azia irritante se automedicou com cimetidina, um inibidor da maioria das isoenzimas do citocromo P450. Começou a ficar desorientado, sonolento, com a visão borrada e fala alterada. O que explica esse quadro? A cimetidina inativou o metabolismo do anticonvulsivante no qual aumentou a concentração plasmática (biodisponibilidade) da carbamazepina que potencializou o efeito dessa e com isso gerou os efeitos colaterais apresentados pelo paciente. Referencias
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