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Osteocondroses: causas, fases e sequelas

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Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
Osteocondroses 
 
 
 
 
 
Osteocondrose é uma doença em que ocorre 
uma isquemia na área da epífise. Isquemia 
mesmo por tempo curto provoca necrose epífise. 
A partir disso, começa a todo um processo de 
revascularização epifisário e substituição do 
tecido necrótico por um tecido novo. Depois, há 
um período de cicatrização onde ocorre 
remodelação da epífise. 
Atenção para sequela que essa remodelação 
pode causar! 
 
 
 
Radiografia em AP panorâmica em bacia. 
Do lado direito, cabeça esférica dentro do 
acetábulo corretamente, dá para ver 
ainda a linha de crescimento. Do lado 
esquerdo, várias áreas necróticas, 
parecendo que está faltando alguma 
coisa. Evidente que há alguma doença, e 
pode ser uma necrose avascular 
(osteocondrose) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Etiologia é diversa, mas o denominador comum 
sempre a necrose avascular do centro epifisário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
Dividimos ela em fases para ver quanto 
tempo está faltando para evolução da 
doença. 
Na fase da necrose. Vemos que o tecido 
está com uma coloração diferente na 
radiografia, além de áreas porosas. 
No período de revascularização, vemos 
focos de tecido mais densos. 
Passa para fase de reconstrução óssea, 
ainda na fase de criar cartilagem e depois 
ocorrer a consolidação. 
E a última fase de remodelação, é a fase 
que vai deixar o formato. Precisamos fazer 
com que esse formato seja mais 
anatômico possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da esquerda para direita, uma fase de necrose 
onde as felicidades da cabeça sumiu. A seguir, 
tem uma fase de fragmentação, onde a necrose 
está exacerbada. Na terceira imagem, você tem 
a consolidação, onde a linha epifisária já sumiu. A 
última temos uma remodelação catastrófica, que 
não ficou no formato adequado, tem mais o 
ângulo femoral de 135° apenas uma coxa plana. 
Varo ou plano. 
 
 
 
Doença de scheuermann é uma 
osteocondrose que acomete o núcleo 
secundário de crescimento do corpo 
vertebral. O corpo é o núcleo primário de 
crescimento da coluna vertebral. Na parte 
superior do platô de cada vértebra, está o 
núcleo secundário de crescimento. Na 
região dorsal tem uma sequela aonde não 
tem mais a altura que deveria ter. 
 
 
 
 
 
 
 
Acomete o núcleo secundário de crescimento 
das vértebras, principalmente na região torácica, 
podendo promover o acunhamento anterior pela 
necrose. 
Cada vértebra sustenta a posição fisiológica da 
nossa coluna. Toda vez que ocorre um 
achatamento anterior, eu posso ter uma 
hipercifose. 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
 
Isso vai cursar com dor, deformidade com 
hipercifose e testes positivos como a 
manobra do muro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pede o paciente para encostar as costas na 
parede. E na manobra de Thomas que pede para 
encostar as mãos no chão, a hipercifose se 
acentua, já que ela não tem bases de 
sustentação anterior, uma vez que já ouve 
necrose naquele núcleo. 
 
 
 
 
Para evitar sequelas no scheuermann, 
lança mão do colete. Só quando termina 
o período de crescimento ósseo, ou se já 
ocorre a consolidação do núcleo, é que 
pode ficar sem o colete. Tempo médio de 
3 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eventualmente as hipercifose são tão graves, 
ultrapassam muito os 60° fisiológicos, é preciso 
fazer o tratamento cirúrgico. Precisa de algo a 
mais além da própria vértebras para segurar. É 
preciso fazer uma artrodese para segurar as 
articulações, pois o paciente pode ter 
acometimento cardíaco e pulmonar pelo alto 
grau da cifose. Mas não é muito frequente ter 
esse tipo de evolução. 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
A segunda doença, passando para os 
membros inferiores. Doença proximal do 
fêmur. 
Pode deixar sequelas para o futuro: 
1. Encurtamento do membro 
2. Dor 
3. Artrose precoce 
4. Indicação de prótese muito 
precocemente. 
Bilateralidade ocorre em 15% dos casos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma doença que afeta vascularização 
epifisária. A região proximal do fêmur é uma 
circulação terminal. Uma vez bloqueada a origem 
do vaso toda a região vai sofrer. 
 
Teorias de alteração de enfermidade da 
doença: Trauma precoce, sinovite 
transitoria do quadril, geralmente de 
origem virótica, que aumenta a 
densidade e o volume da membrana 
sinovial dentro da articulação. 
Teoricamente, ocorreria uma obstrução 
dos vasos, obstruindo as artérias 
circunflexos, promovendo uma 
possibilidade de necrose avascular. 
 A primeira setinha verde, o núcleo de 
crescimento parece igual de um lado de 
outro mas, com passagem de tempo, nós 
temos o quadril direito normal. 
Na setinha vermelha, vemos a 
deformação do núcleo de crescimento 
da cabeça femoral. 
 Mais para frente, na seta verde abaixo, já 
vemos que o formato dele, que não é 
muito parecido mais com quadril direito. 
 Na seta amarela, ele já fragmenta e no 
final das contas, na última setinha verde 
tem uma resolução boa, a esfericidade da 
cabeça femoral foi mantida. Esse é um 
caso de evolução mais positiva possível 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
 
 
O grande problema do tratamento é ter que 
manter esse quadril congruente e centrado, ou 
seja bem centrado dentro da articulação. 
 
 
 
 
75% das vezes o médico não fazendo 
nada vai evoluir com bom resultado. 
Porém em 25% dos casos vão deixar uma 
cabeça plana com mau resultado e 
deformidade, e lá na frente com uma 
necessidade de prótese total de quadril 
 
 
 
 
 
 
 
 
No passado, na década de 70/80, o tratamento 
era com gesso, colocando o quadril em dupla 
abdução para fazer a centralização da cabeça 
femoral, era dito como tratamento adequado. 
Problema que gerava é que diminui a mobilidade, 
o que faz com que o líquido sinovial também seja 
diminuído, e é o líquido sinovial que nutre a 
cartilagem das articulações, começou haver um 
grande número de condrólise por falta de 
movimento. 
 
 
 
 
 
Em Atlanta foi desenvolvido uma órtese ( 
órtese de Atlanta) presa na cintura e na 
coxa o que faz com que a criança ande 
numa dupla abdução, mas que permitia 
movimento. 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
 
Quais as condições que mostram que esse quadril 
tem tudo para evoluir mal? 
1. O núcleo de crescimento quando necrótico 
começa a fazer uma sub luxação lateral. 
2. Alargamento da metáfise 
3. Cistos subcondrais. 
Passou a ser chamado de cabeça em risco, 
quando tinha esses 3 pontos. Soa se fazer cirúrgico 
chamado de osteotomia. Existe as osteotomias 
acetabulares onde aumenta o tamanho do 
acetábulo, para cobrir a cabeça. Ou o que é 
mais comum as osteotomia do fêmur fazendo a 
centralização da cabeça. A segunda Imagem 
mostra uma cabeça mais vara, trouxe do valgo 
para ovário diminuindo ângulo, jogou a cabeça 
do fêmur dentro do acetábulo cobrindo-a. 
 
 
Uma das enfermidades mais comuns é a 
doença de Osgood-Schlater. É comum no 
sexo masculino. Um carocinho na região 
anterior do joelho exatamente onde tem a 
inserção do tendão patelar. Na Tíbia, nós 
temos essa língua anterior chamada de 
tuberosidade anterior da tíbia, serve para 
quando crescemos, a patela não fique 
puxada para baixo. O tendão patelar está 
inserido ali, mas depois que crescemos 
tudo aquilo ali se consolidifica. 
Você vai ter dor nesse carocinho do 
joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A teoria é de que pela tração excessiva que 
ocorre nesse local (uma epífise de tração), traz 
uma possibilidade de má circulação, necrose e 
toda a doença que é desenvolvida. 
Pode ter tendinite crônica na inserção do tendão 
patelar e dor nesse local. Ronaldo Fenômeno teve 
essa doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
Aqui, temos uma ressonânciacom 
espessamento do tendão patelar. Notar 
na epífise da imagem da direita aquela 
área branca com edema, e a área mais 
escura está normal. Na imagem da 
esquerda, ela está enegrecida na região, 
evidenciando uma tendinite associada a 
essa doença. 
Características: 
1. sexo Masc. 
2. Projeção da tuberosidade anterior do 
joelho. Com aumento da região e edema. 
3. Dor anterior do joelho 
4. Mas como uma dor depois do Esporte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
1. De gelo ou calor no local, o que o adolescente 
melhor suportar 
2. Alongamento do quadríceps que 
consequentemente vou alongar essa região. A 
tração no local vai ser menor, e quanto menor a 
tração, mais tempo eu tenho para o processo 
inflamatório da doença melhorar. 
3. Uso de banda pré-patelar. Ele aperta o tendão 
e diminui atração anterior. 
4. Não ajoelhar sobre o caroço formado. 
5. Pode usar anti-inflamatórios também 
 
 
 
 
 
 
Necrose na região pela tração excessiva e 
fratura da tuberosidade anterior, 
envolvendo a parte anterior da epífise. 
Trata-se de uma fratura articular com 
desvio e o tratamento é cirúrgico. Caso 
extremo e mais raro. 
LEMBRAR: O tratamento nessa doença 
não é para imobilizar! Mobilizar mas sem 
carga e tentar o alongamento e uso de 
anti-inflamatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra doença muito comum no adolescente é a 
doença de Sever. 
A mais comum de todas, porém é pouco 
diagnosticada. 
O calcâneo tem o núcleo primário que é o 
calcâneo em si, e o núcleo secundário é o local 
de inserção do tendão de Aquiles. 
A teoria é a mesma: tração em exceção do 
tendão. 
No raio-x mostra o osso mais branco, com fase de 
deposição do tecido novo, porém já tem 
fragmentação da região e tem processo 
inflamatório. 
Clínica: Dor quando corre, joga ou brinca, e chora 
dizendo que não quer mais praticar o esporte. 
Melhora a dor com analgésicos e anti-
inflamatórios. 
Tratamento: Repouso quando muito dolorido, 
analgésicos e pé na água morna para melhorar a 
circulação do local. Alongamento da panturrilha 
(musculatura que começa antes do joelho e 
termina depois do tornozelo). Com alongamento 
eu diminuo atração. É uma doença que demora 
uns três anos para consolidar. Fazer tratamento 
sintomático. 
É uma doença que deixa pouca sequelas.

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