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1 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto RELEMBRANDO A ANATOMIA ➢ ESQUELETO DA CRIANÇA: • O esqueleto da criança apresenta algumas particularidades que o diferem do esqueleto do adulto • Particularidades do esqueleto da criança: ▪ Presença da cartilagem/fise de crescimento (partes roxas na imagem acima) → é por onde ocorre o crescimento ósseo. Além disso, se estendem desde a calota craniana até a falange distal ✓ Nem todas as fises estão presentes desde o nascimento → Ex: a fise da cabeça do rádio só é vista ao raio-x a partir do 5° ano de vida da criança ✓ Geralmente, o fechamento dessas fises ocorre por volta dos 21 anos de idade ▪ Periósteo mais espesso → o periósteo é uma camada que recobre todo o osso. Assim, esse periósteo mais espesso faz com que a criança tenha um poder maior de remodelação óssea ✓ Devido a isso, os ossos das crianças podem tolerar desvios mais acentuados. Além disso, quando o osso for consolidando e crescendo, esse osso vai retornando ao seu aspecto normal, sem continuar com a deformidade ✓ Já o adulto, ele não consegue tolerar grandes deformidades ósseas, pois sua remodelação óssea é bem menor ▪ Maior plasticidade óssea → devido a isso, é mais fácil o osso da criança deformar do que quebrar, pois ele é mais maleável ➢ HISTOLOGIA DO OSSO DA CRIANÇA: • Epífise • Fise de crescimento → apresenta algumas camadas e pode predispor o surgimento de fraturas • Diáfise → apresenta a medula óssea • Periósteo espesso: ▪ É formado por duas camadas de tecido conjuntivo: ✓ Camada Externa → é nela onde se insere todos os tendões e musculaturas ✓ Camada Interna → é responsável pela formação das células osteoblásticas ▪ Maior poder osteogênico → o osso da criança apresenta um maior poder osteogênico, fazendo com que as consolidações ósseas ocorram mais rapidamente do que nos adultos, pois a formação óssea é maior ▪ Maior poder de remodelação óssea ▪ Determinada estabilidade à fratura → o periósteo confere maior estabilidade à fratura, o que auxilia a mantê-la no lugar ✓ Assim, as fraturas nas crianças são bem mais difíceis de sofrerem desvio do que no adulto, devido ao fato de o periósteo das crianças ser mais espesso DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO DEFINIÇÃO ➢ Trata-se de um descolamento que ocorre na epífise (camada de crescimento) ➢ É uma patologia comum de ocorrer ANATOMIA ➢ Placa Fisária ou Fise → é a cartilagem de crescimento • Localização → entre a epífise e a metáfise • Determina o crescimento longitudinal do osso • É específica do tecido ósseo infantil • É formada por 4 camadas com aspecto de coluna (o que fortalece essa fise): 2 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto ▪ Camada Germinativa (G) → é uma camada mais densa que apresenta células e vasos ▪ Camada Proliferativa (P) → é uma camada mais densa que apresenta células ✓ Essa camada proliferativa e a germinativa são camadas mais estáveis, pois seu tamanho é pequeno, apresentam grande quantidade de células e vasos, que proporcionam a estabilidade ✓ Essa camada proliferativa, assim como a hipertrófica, é responsável pela produção de colágeno, que é essencial para a formação óssea → sem o colágeno a criança poderia desenvolver a Síndrome dos Ossos de Vidro ▪ Camada Hipertrófica → é a maior camada ✓ É formada por 3 zonas: o Zona de Maturação (ZM) o Zona Degenerativa (ZD) o Zona de Pré-Calcificação (ZPC) ✓ É composta por células gigantes, espaçadas umas das outras, o que causa uma instabilidade ✓ Atenção → é nessa camada hipertrófica que ocorrem o descolamento epifisário e a epifisiólise do fêmur proximal, por exemplo, pois é a maior de todas as camadas e apresenta células gigantes e espaçadas umas das outras, o que confere a instabilidade dessa camada ▪ Camada Calcificada (C) → é o osso propriamente dito EPIDEMIOLOGIA ➢ O descolamento epifisário é responsável por 15% de todas as lesões que comprometem o esqueleto da criança: • 10% desse total evoluem com alteração do crescimento ➢ É mais comum no sexo masculino (1:0,8) → na proporção de 1 menino para cada 0,8 meninas com descolamento da epífise nos membros superiores ➢ Faixa etária → é muito comum de acometer crianças ao final da infância e início da adolescência: • Meninos → 13 a 14 anos • Meninas → 11 a 12 anos CLASSIFICAÇÃO DO DESCOLAMENTO EPIFISÁRIO ➢ CLASSIFICAÇÃO DE SALTER-HARRIS → sempre que há acometimento da fise de crescimento, deve-se classificar essa lesão por essa classificação de Salter-Harris • Tipo 1 → o traço de fratura passa apenas pela fise de crescimento ▪ É responsável por 5% das lesões • Tipo 2 → traço de fratura que passa pela fise de crescimento e, quando chega próximo ao final dessa fise, o traço sobe para a região metafisária, formando um triângulo chamado de Fragmento de Thurston-Holland (pequeno fragmento metafisário) ▪ É a lesão mais frequente, ocorrendo em cerca de 75% dos casos • Tipo 3 → o traço de fratura se inicia na fise de crescimento e desce para a epífise ▪ Ocorre em 10% dos casos • Tipo 4 → é um traço de fratura que acomete a região metafisária, a fise de crescimento e a epífise ▪ Ocorre em 10% dos casos • Tipo 5 → traço de fratura na fise de crescimento, em decorrência de uma compressão ▪ É mais rara de ocorrer ▪ Como diferenciar dos demais tipos → comparando-se o tamanho da fise de ambos os lados (lado bom com lado acometido). A diminuição do espaço da fise significa que há uma fratura tipo 5 ✓ Exemplo: em uma criança com trauma no punho, que está sentindo muita dor e tem limitação do movimento → radiografa-se o punho e não se identifica como sendo tipo 1, 2, 3 ou 4. Porém, essa criança apresenta a dor e a dificuldade de movimento do punho, por isso deve-se radiografar também o punho contralateral, para que se compare os dois raios-x, comparando-se a altura da fise do lado normal com o lado afetado. Assim, se a fise estiver com o espaço diminuído, significa dizer que houve uma fratura tipo 5 • Quanto maior a classificação, pior o prognóstico → Ex: o prognóstico do tipo 3 é melhor que o prognóstico do tipo 4 IMPORTANTE Quando uma criança sofre uma queda, por exemplo, na qual há uma lesão da extremidade da fise de crescimento, a camada mais atingida é a Camada Hipertrófica, pois ela é a maior camada da fise e apresenta células gigantes que vão se separando umas das outras. Assim, esse maior espaçamento entre as células faz com que essa camada hipertrófica se torne mais frágil e instável. E é devido a isso que essa é a camada mais acometida no descolamento epifisário Ressonância Magnética do Joelho (em T2, pois o líquido está com hipersinal) Classificação: Salter-Harris tipo 2 - Todo o líquido presente na fratura é sangue - O traço de fratura se inicia pela fise de crescimento e depois sobre para a região metafisária (setas pretas) - Nem sempre o raio-x evidencia uma fratura assim. Por isso que, quando há dúvidas diagnósticas, solicita-se a ressonância magnética 3 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto ➢ Atenção → nem sempre o raio-x proporciona o diagnóstico imediato. Assim, às vezes, em casos de dúvidas diagnósticas, pode-se solicitar a Ressonância Magnética (RM), se disponível • Quando não se tem a RM disponível → pode-se imobilizar a provável fratura do paciente, mandando-o voltar para a casa e só retornar ao hospital cerca de uma semana depois. Assim, faz-se uma nova radiografia e consegue-se visualizar a fratura no raio-x, pois nesse período em que o paciente esteve em casa ocorreu uma reabsorção óssea da fratura, e no lugar fraturado houve essa absorção de osso TRATAMENTO ➢ Princípios do Tratamento → a classificação de Salter-Harris é responsável por nortear o tratamento dos descolamentos epifisários: • Tipo 1 e Tipo 2 →não há acometimento da articulação (o traço de fratura não desce para a epífise). Assim, apesar de desejável, essas fraturas: ▪ Não é obrigatória a Redução Anatômica → porém, por se tratar de uma criança e por ainda ter a fase de crescimento, os ortopedistas sempre irão tentar reduzir anatomicamente, mas não há obrigatoriedade • Tipo 3 e tipo 4 → são fraturas que acometem a articulação (o traço de fratura desde para a epífise) ▪ A Redução Anatômica é mandatória → tem a finalidade de evitar o fechamento da placa ✓ Geralmente, é uma Redução Cruenta ▪ Caso não seja feita a redução anatômica, pode-se ter as seguintes complicações: ✓ Fechamento precoce da fise de crescimento → criança pode ficar com o membro mais curto ✓ Deformidade da fise → pode-se ter uma deformidade em valgo ou varo, por exemplo ➢ Sobre a passagem dos fios de Kirschner na redução anatômica: • Quando se tem um fragmento metafisário → passa-se o fio por esse fragmento, evitando-se passar pela fise para que se evite deformidades ou limitação do crescimento, caso a fise seja lesada • Quando há acometimento da epífise (Ex: Salter-Harris tipo 3) → passa- se o fio a partir da epífise e o mais centralmente possível na fise de crescimento ▪ O fio não pode ter mais que 2mm ▪ Passa-se pelo centro da fise porque, caso se tenha uma lesão dessa fise, o máximo de sequela que se tem é a diferença no tamanho de um antebraço para o outro, o que é fácil de ser corrigido por meio de uma osteotomia ▪ Se o fio não passar pelo centro da fise → Ex: quando o fio passa pela lateral (radial) do rádio, toda a região medial (ulnar) do rádio irá crescer e a lateral não. Assim, a criança terá um desvio radial do punho FRATURA SUPRACONDILIANA DO ÚMERO ANATOMIA ➢ Tem-se o côndilo lateral (seta amarela) e o côndilo medial (seta vermelha), com a fratura ocorrendo acima desses côndilos ➢ As fraturas supracondilianas são as fraturas mais comuns no cotovelo das crianças EPIDEMIOLOGIA ➢ Incidência: • É mais comum na 1ª década de vida (10 anos) • Pico de incidência → dos 5 aos 8 anos de idade ➢ É mais comum no sexo masculino (3:2) → na proporção de 3 meninos para cada 2 meninas ➢ Acomete mais o cotovelo esquerdo do que o direito: • Foi feito um estudo que mostrou que, pelo fato de a grande maioria das crianças serem destras, elas possuem uma cortical óssea do braço direito mais espessa que a dor esquerdo, devido ao maior uso do braço direito nessas crianças, sendo por isso que o lado esquerdo é mais frágil e mais acometido ➢ As fraturas supracondilianas correspondem a cerca de 55 a 75% das fraturas de cotovelo na criança Raio-x de Punho em AP e Perfil - Trata-se de um osso imaturo, pois consegue-se ver a fise de crescimento - No Perfil → tem-se um “batente” (seta azul) impedindo a continuação normal da epífise. Isso se deve ao fato de que toda a epífise deslocou para a região dorsal (seta verde) e levou parte da região metafsária, formando o triângulo de Thurston-Holland (seta roxa) - Classificação → Salter-Harris tipo 2 - Tratamento → Redução anatômica, se possível (pois não é obrigatória) - No AP → após o tratamento com fio de Kirschner através do triângulo de Thurston- Holland, a cortical se encontra uniforme, mas ainda com um pequeno desnível (seta amarela), o que mostra que a redução não foi totalmente anatômica, mas é aceita, pois se trata de uma região metafisária (não há acometimento de articulação, por isso que a redução anatômica não é mandatória). Optou-se por esse tipo de fixação porque quando se tem um fragmento metafisário, tenta-se ao máximo fixar a fratura por esse fragmento, para que não se atravesse a fise de crescimento com o fio de Kirschner, pois pode haver uma lesão na fise, comprometendo o crescimento ou causando uma deformidade Essa não é uma Salter- Harris tipo 3, é apenas um exemplo de como o fio é colocado (linha amarela) Fratura 4 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto MECANISMO DE TRAUMA ➢ Queda com a mão espalmada e cotovelo totalmente estendido (98% dos casos decorrem desse mecanismo) → como um reflexo para se apoiar durante a queda • Com esse apoio do braço, o desvio da fratura é para posterior ➢ Trauma em flexão (2% dos casos): • Pode ser devido a trauma direto ou queda com o cotovelo fletido • Devido a esse trauma, o desvio da fratura é para anterior ➢ Mão Pronada (75% dos casos) → criança cai com a mão espalmada e pronada, em extensão • O desvio da fratura é póstero-medial (é o polegar quem indica o desvio da lesão) ➢ Mão Supinada → criança cai com a mão supinada, em extensão • O desvio da fratura é póstero-lateral (pois é o polegar quem indica o desvio) • Há risco de lesão da Artéria Braquial EXAME FÍSICO ➢ No exame físico vê-se os seguintes: • Equimose na região anterior do cotovelo • Perda do contorno normal do braço ➢ Além disso, também deve-se avaliar os nervos, os pulsos arteriais e o preenchimento capilar: • Pulsos: ▪ O preenchimento capilar e os pulsos estão ausentes em até 12 a 15% dos pacientes ▪ A primeira medida a ser tomada é a palpação do pulso distal: ✓ Pulso ausente → trata-se de uma emergência, sendo necessário levar essa criança para a sala de cirurgia urgentemente, para que seja feita a redução e a fixação, e, em 99% dos casos, cerca de 1 a 2min depois, o pulso retorna. Porém, se o pulso não voltar, deve-se solicitar uma Arteriografia e o parecer dos cirurgiões vasculares • Nervos: ▪ Como se faz → Ex: o médico fornece um objeto à criança e pede para que ela segure ▪ Nervos testados: ✓ Nervo Radial → realiza a extensão e supinação ✓ Nervo Ulnar → responsável pela abdução dos dedos ✓ Nervo Mediano → responsável pela flexão ▪ Nervo interósseo anterior (ramo do nervo radial) → é o nervo mais acometido nas fraturas supracondilianas ✓ Teste de Kiloh-Nevin → testa a função desse nervo interósseo anterior o Não é feito assim que a criança chega ao hospital, ele é feito posteriormente o Como é feito → pede-se para que a criança segura uma folha com a ponta dos dedos ❖ Na lesão do nervo → a criança não consegue segurar com a ponta dos dedos. Assim, ela segura a folha com a polpa dos dedos CLASSIFICAÇÃO ➢ CLASSIFICAÇÃO DE GARTLAND → classifica com base na radiografia de perfil do cotovelo, devendo-se observar dois critérios: a fise de crescimento do úmero distal (é uma bolinha que se assemelha a um feijão) e a cortical posterior do úmero. Assim, é essa classificação a responsável por nortear o tratamento do paciente • Tipo 1 → fratura sem desvio e incompleta ▪ O traço de fratura só acomete a cortical anterior (seta azul) ▪ Quando se traça uma linha imaginária na cortical anterior, essa linha cruza a fise de crescimento (linha amarela e linha vermelha na figura ao lado) → isso significa dizer que essa fratura não tem desvio • Tipo 2 → fratura com desvio e com a cortical posterior intacta ▪ Ao se traçar a linha imaginária na cortical anterior, ela não cruzará a fise de crescimento (linha roxa), indicando que há desvio ▪ Não há lesão na cortical posterior → pode haver deformidade, mas não há fratura • Tipo 3 → fratura com desvio e com acometimento cortical posterior ▪ A linha não cruza a fise de crescimento, indicando o desvio (linha verde) ▪ Há o acometimento da cortical posterior TRATAMENTO ➢ É baseado na classificação da Gartland: • Tipo 1 → Tratamento Conservador: ▪ Gesso Axilo-palmar (vai da axila até a palma da mão) → durante 4 a 6 semanas • Tipo 2 → a escolha do tratamento depende do perfil socioeconômico dos pais da criança 5 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto ▪ Tratamento Conservador → quando os pais entendem a gravidade da fratura da criança, têm condições de retornarem ao hospital semanalmente (não morammuito longe) e irão cuidar bem dessa criança ✓ Faz-se uma redução incruenta, para transformar esse grau 2 em grau1, colocando-se o gesso axilo- palmar posteriormente ▪ Tratamento Cirúrgico → é indicado quando os pais são pouco esclarecidos e não entendem a gravidade do quadro, não irão cuidar muito bem da criança e não tem como irem ao hospital novamente (moram longe) • Tipo 3 → Tratamento Cirúrgico: ▪ Inicialmente, tenta-se uma Redução Fechada/Incruenta e posteriormente faz-se a Fixação Percutânea COMPLICAÇÕES ➢ COMPLICAÇÕES PRECOCES: • Neurológicas: ▪ Estão presentes em 10 a 20% dos casos ▪ Lesão do nervo radial → ocorre quando há o desvio medial ▪ Lesão do nervo mediano → decorre do desvio lateral ▪ Lesão do nervo ulnar → ocorre quando há desvio anterior ▪ Lesão do Nervo Interósseo Anterior → esse é o nervo mais comumente acometido • Vasculares: ▪ 10 a 20% dos pacientes com Gartland III apresentam- se com ausência de pulso ▪ O desvio dos fragmentos pode causar lesão vascular: ✓ Fragmento desviado para póstero-lateral → lesão da Artéria Braquial • Síndrome Compartimental → ocorre em 1% das fraturas ▪ Deve-se avaliar os 5 P’s → Palidez, dor (Pain) fora de proporção, ausência de Pulso, Parestesia e Paralisia ▪ Pode ocorrer tanto pela fratura quanto pela utilização do gesso ➢ COMPLICAÇÕES TARDIAS: • Deformidades → as complicações tardias mais frequentes são as deformidades, que decorre do tratamento mal feito ou pela falta de tratamento ▪ Em decorrência do tratamento: ✓ 14% dos casos de deformidade decorrem do tratamento apenas com a imobilização (tratamento conservador com o gesso) ✓ 3% dos casos são devido ao tratamento cirúrgico ▪ A criança pode desenvolver: ✓ Cubitus Varus → é o mais comum ✓ Cubitus Valgus SUBLUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO INTRODUÇÃO ➢ Essa pronação dolorosa é bastante comum de ocorrer e o seu tratamento pode ser feito em qualquer hospital, sem necessidade de realização de raio-x. É necessário saber apenas a história clínica do paciente e fazer o exame físico, para que se trate com a manobra correta ➢ Até os 6 anos de idade, o cotovelo da criança ainda não está totalmente formado, pois ainda não apresenta todas as fises de crescimento: • Ligamento anular → é um ligamento responsável por manter a cabeça do rádio articulada ▪ Quando é feita uma tração no braço da criança, pelo fato de a estrutura óssea do cotovelo ainda não estar totalmente formada, o ligamento anular acaba saindo do lugar e indo para a articulação, causando a Subluxação da cabeça do rádio ANATOMIA ➢ Ligamento anular: • A estabilidade primária da articulação radioulnar proximal é conferida pelo ligamento anular, que mantém a cabeça do rádio articulada • Esse ligamento fica: 4 semanas de pós-operatório Fixação Cruzada - Passa-se os fios medial e lateralmente - Toda essa “sombra” ao redor do osso representa o calo ósseo formado no pós- operatório (seta azul) → isso significa que já está na fase de retirar os fios Fixação com dois fios laterais - Hoje em dia, vem-se usando cada vez mais esse tipo de fixação - Na região medial do cotovelo passa o nervo ulnar. Assim, às vezes, quando se passa os fios cruzados causava-se uma iatrogenia, que é a lesão do nervo ulnar. É por isso que atualmente opta-se cada vez mais pela fixação com dois fios laterais - Tem o mesmo benefício que a fixação cruzada CASO CLÍNICO Criança com fratura supracondilianas do úmero, classificada como Gartland tipo 3, apresentando ausência de pulso: - Conduta → encaminha-se a criança para o centro cirúrgico urgentemente, após a radiografia ter sido feita para avaliar a fratura, para que seja feita a redução (preferencialmente incruenta, mas, se não for possível, pode fazer a redução cruenta) e posteriormente faz-se a fixação. Após a realização do procedimento, espera-se 1 a 3min e palpa-se novamente o pulso dessa criança: ✓ Se o pulso voltou → o que estava causando a ausência de pulso era o desvio da fratura ✓ Se o pulso não voltou → deve-se solicitar a Arteriografia e o parecer do cirurgião vascular 6 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto ▪ Tenso quando a antebraço está em supinação, devido ao formato cabeça do rádio ▪ Frouxo na pronação do antebraço • Até os 5 anos de idade, a inserção do ligamento anular é muito instável, podendo sair do lugar a qualquer momento → assim, até os 5 anos é muito comum a criança apresentar a pronação dolorosa • Após os 5 anos de idade, a inserção distal do ligamento anular no colo do rádio se torna mais forte e estável, o que previne lacerações e subluxações EPIDEMIOLOGIA ➢ Mais comum no sexo feminino (2:1), devido à frouxidão ligamentar → na proporção de 2 mulheres para cada 1 homem acometido ➢ 70% dos casos ocorrem no cotovelo esquerdo: • Isso é explicado pelo fato de que essa lesão, geralmente, é ocasionada pelos pais, que na maioria das vezes são destros, quando a criança vai se jogar no chão e o pai está segurando o seu braço. Assim, para que a criança não caia no chão, o pai acaba puxando/tracionando o braço da criança e realizando a pronação, o que faz com que o ligamento anular entre sobre a articulação, causando a Subluxação da cabeça do rádio ➢ É comum dos 6 meses aos 6 anos de idade ➢ Pico de incidência → dos 2 aos 6 anos de idade • Pois nessa idade as crianças, geralmente, são muito ativas (correm, brincam...) ➢ Índice de recorrência → 5 a 30% MECANISMO DE LESÃO ➢ Tração longitudinal sobre o cotovelo estendido: • O braço pode estar supinado ou pronado, mas há um consenso de que é mais fácil de ocorrer a Subluxação quando o braço está em pronação • Ex: rodar a criança pelo braço • Ex: fazer tração e pronação do braço da criança quando ela vai cair ou quando se vai levantar essa criança AVALIAÇÃO CLÍNICA ➢ Anamnese: • É muito importante conversar com os pais para que eles contem como esse trauma ocorreu • Cerca de 33 a 50% dos casos decorrem de uma tração longitudinal • Ex: levantou a criança abruptamente pelo braço → com essa história, não há necessidade de se solicitar o raio-x, pois ela já é característica da pronação dolorosa ➢ Quadro Clínico → a criança chega com os seguintes sinais: • Extremidade superior pendente • Antebraço em pronação • Cotovelo ligeiramente flexionado • A criança se recusa a utilizar o membro (devido à dor) ➢ Exame Físico: • Geralmente, não se tem: ▪ Equimose ▪ Derrame articular (é raro de ocorrer) • A criança apresenta dor à palpação na face anterior e lateral do cotovelo • Sempre se deve realizar o exame neurovascular, mas, na maioria dos casos, não há alterações TRATAMENTO ➢ Atenção → na ortopedia, toda redução é feita realizando-se o movimento contrário do mecanismo de trauma. Assim, por exemplo, se o mecanismo foi uma extensão com pronação, o movimento de redução deve ser uma flexão com supinação ➢ Redução Fechada: • O mecanismo do trauma foi → extensão/tração e pronação do cotovelo • Manobra de redução → faz-se uma supinação do cotovelo, e, ao mesmo tempo em que se faz essa supinação, vai-se realizando a flexão do cotovelo ▪ O antebraço é colocado em pronação dorsal, com pressão sobre a cabeça do rádio. Além disso, realiza- se, quase simultaneamente, a supinação do antebraço com a flexão do cotovelo ▪ Como fazer → com um braço segura-se o punho da criança e com o outro braço fica-se segurando o cotovelo e sentindo a cabeça do rádio ✓ Sente-se um “estalido/click” (click palpável durante a redução) → significa que o ligamento anular está voltando para o seu local de origem e a cabeça do rádio está voltando para a articulação • Após a redução: ▪ Deixa-se a criança quieta por 5 a 10min, pois ela ainda estará sentindo dor. Mas após esse tempoela voltará a brincar, sem apresentar mais qualquer tipo de dor ▪ Não há necessidade de realizar raio-x: ✓ Porém, em casos que ocorreram há mais de 12 a 24h, a radiografia pode ser necessária ▪ Não é necessário imobilizar: ✓ Só se imobiliza quando, na manobra de redução, não se sente o click palpável. Assim, pede-se o raio-x e ele não mostra qualquer fratura, retornando-se à hipótese de pronação dolorosa. Dessa forma, imobiliza-se o braço da criança e pede-se para que ela volte depois de alguns dias, para que se retire a imobilização e se veja como a lesão se encontra. Geralmente, o quadro estará 7 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto resolvido, mas, ainda assim, repete-se a manobra de redução COMPLICAÇÕES ➢ Subluxação cronicamente não reduzida: • Geralmente, ocorre redução espontânea → com os movimentos do cotovelo, a própria criança coloca o cotovelo no local de forma espontânea ➢ Recorrência: • Ocorre em 5 a 39% dos casos • Pode cessar após a criança passar dos 4 a 5 anos de idade, que é o período em que o ligamento anular se fortalece ➢ Subluxação Irredutível: • É muito rara de ocorrer • Decorre da interposição do ligamento anular → o ligamento fica interposto e, por mais que se faça o movimento de redução, o cotovelo não volta para o lugar • Nesses casos, é necessário o Tratamento Cirúrgico → faz- se uma incisão próxima à cabeça do rádio e retira-se o ligamento da articulação com uma pinça de Kelly FRATURAS DO ANTEBRAÇO ANATOMIA ➢ Diáfise radial e ulnar → se ossificam durante a 8ª semana de gestação (já é possível visualizar essas diáfises no ultrassom) ➢ Epífise distal → a do rádio aparece no 1° ano de vida e a da ulna só aparece entre os 5 a 7 anos de idade ➢ As fises distais da ulna e do rádio → são responsáveis por 80% do crescimento do antebraço ➢ Periósteo mais espesso: • Geralmente, se rompe no lado convexo da fratura, enquanto que o lado intacto fica côncavo → assim, o periósteo pode entrar na fratura e, caso não seja reduzido, pode continuar nesse mesmo local, podendo causar uma pseudoartrose. Dessa forma, na maioria das vezes, é necessário hiperdeformar a fratura, para retirar o periósteo de dentro, tracionando um pouco (Manobra de Lambotte) MECANISMO DO TRAUMA ➢ Trauma Indireto → a maioria são causadas por esse tipo de trauma • A criança cai com a mão hiperestendida • Ex: a criança cai com a mão espalmada no chão, fazendo com que a energia transmitida para o antebraço cause a fratura • A rotação do antebraço determina a angulação: ▪ Pronação → lesão em flexão ✓ Angulação dorsal → quando a criança cai com a mão pronada, os fragmentos desviam para a região dorsal ▪ Supinação → lesão em extensão ✓ Angulação volar (anterior) ➢ Trauma Direto: • É raro na criança, ocorrendo mais no adulto • Ocorre um trauma direto sobre o rádio e/ou a ulna • Ex: brigas, trauma direto por cassetete ou vassoura... AVALIAÇÃO CLÍNICA ➢ Quadro Clínico: • Dor • Edema • Deformidade variável • A criança evita usar o membro lesionado ➢ Exame Neurovascular Criterioso → é essencial! • Lesões mais distais: ▪ Nessas lesões, deve-se analisar se há Síndrome do Túnel do Carpo (nervo mediano): ✓ Síndrome do Túnel do Carpo Presente → configura o quadro como uma emergência o Deve-se levar a criança para a sala de cirurgia, para ver se há algum fragmento lesando o nervo mediano • Lesões mais proximais: ▪ Podem ocorrer lesões do Nervo Interósseo Anterior ou Posterior: ✓ Deve-se realizar o Teste de Kiloh-Nevin ➢ Síndrome Compartimental → nos casos de edema acentuado, deve-se analisar os 5 P’s para saber se a criança está ou não com essa síndrome: • (Pain) Dor desproporcional • Palidez • Ausência de pulso • Parestesia • Paralisia - Fise de crescimento do olecrano (seta azul) e da ulna distal (seta amarela) - Fises de crescimento do rádio (setas roxas) - Quando se está em duvidas que se uma lesão ou a fise de crescimento , solicita-se um raio-x contralateral para comparar Fises de Crescimento - Deve-se ter bastante cuidado para não as confundir com fraturas - Tração → essa tração é dolorosa quando é feita, mas é necessária, e ela alivia um pouco da dor após ser realizada. Após essa tração, deve-se colocar uma tala e passar uma faixa, deixando-se o membro o mais esticado possível. Só após isso é que se deve encaminhar o paciente para o serviço de ortopedia Fratura do Antebraço - Quando se está em um hospital do interior para encaminhar ao centro de ortopedia → deve-se realizar pelo menos uma Tração, para diminuir essa deformidade, pois essa deformidade, se não for tracionada, pode causar a interrupção do fluxo sanguíneo, por exemplo, e, se o local for muito distante do centro de referência, pode-se ter a isquemia desse membro, fazendo com que a criança perca esse antebraço 8 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA ➢ RADIOGRAFIA: • Incidência → sempre solicitar as duas incidências: ▪ Anteroposterior (AP) ▪ Perfil CLASSIFICAÇÃO ➢ Nas fraturas de antebraço das crianças não há classificação AO ➢ Assim, a classificação é descritiva, devendo-se descrever o que se está vendo no raio-x em AP e em Perfil ➢ CLASSIFICAÇÃO DESCRITIVA: • Localização → terço proximal, médio ou distal • Tipo: ▪ Deformidade plástica ▪ Fratura incompleta (galho verde) ▪ Fratura por compressão (Tórus ou Impactada) ▪ Fratura completa • Desvio → dorsal ou volar • Angulação → quantos graus de angulação ▪ A angulação é importante, pois, dependendo dela, o tratamento pode ser conservador ▪ Crianças de até 10 anos toleram até 15° de angulação TRATAMENTO ➢ TRATAMENTO CONSERVADOR: • A grande maioria das fraturas precisam apenas de tratamento conservador • Quando não se realiza o tratamento conservador: ▪ Fraturas expostas, instáveis, irredutíveis ou associadas a síndrome compartimental ▪ Síndrome do Túnel do carpo associada • Redução Fechada + Aplicação do Gesso Axilopalmar → é realizado para a maioria das fraturas ▪ A redução deve ser mantida com pressão do lado intacto do periósteo (lado côncavo) → sempre que se realiza a redução é necessário colocar uma pressão maior do gesso na região do lado côncavo, pois quando se deixa reto o periósteo fica enrugado, e quando se fornece essa pressão, esse periósteo alisa e fica mais rente ao músculo ▪ Em alguns casos, é necessário aumentar a deformidade, fazendo a Manobra de Lambotte → aumenta-se a deformidade para que o periósteo saia de dentro da fratura, conseguindo-se fazer a redução correta ▪ Devido às forças musculares deformantes, o nível da fratura determina a rotação da imobilização do antebraço: ✓ Fratura do 1/3 proximal → imobiliza-se com o antebraço supinado ✓ Fatura do 1/3 média → neutro ✓ Fratura do 1/3 distal → pronação ✓ Isso é feito para que se equilibre as forças musculares, fazendo com que o fragmento não saia do lugar e não tenha uma deformidade ▪ Gesso: ✓ Deve ser mantido por 4 a 8 semanas até a evidência radiológica: o Gesso axilopalmar → deixa-se apenas por 4 a 6 semanas Fratura de Monteggia - Fratura diafisária da ulna + luxação da cabeça do rádio - É muito comum de ocorrer nas crianças Fratura de Galeazzi - Fratura diafisária do rádio + luxação radioulnar distal - É muito comum de ocorrer nas crianças Fratura completa do rádio e da ulna - Classificação → fratura diafisária do antebraço, com traço completo e com desvio volar - O rádio encontra-se com desvio volar, pois está deslocado para frente (seta azul) Fratura em Galho verde (incompleta) - Muitas vezes, é necessário “quebrar” a outra cortical para que se consiga a redução → isso faz com que se diminuam os riscos de pseudoartrose, pois, às vezes, o periósteo fica interpostono fragmento e acaba não ocorrendo a consolidação - Assim, se não for feita essa quebra da outra cortical, uma fratura que antes era estável passa a ser instável, não se conseguindo uma redução e havendo a necessidade de operar Fratura de Tórus (por compressão) - Seguindo-se a cortical, vê-se um abaulamento ósseo, que configura a fratura por compressão - Os ossos das crianças têm uma plasticidade maior, deformando com uma maior facilidade Fratura de Galeazzi Fratura de Monteggia 9 FRATURAS EM CRIANÇAS Gizelle Felinto o Luva gessada → coloca-se 4 a 6 semanas após a colocação do axilopalmar, caso já se tenha uma consolidação adequada ✓ Cuidado! → crianças não podem ficar muito tempo com o gesso axilopalmar, pois pode-se causar uma artrofibrose (ocorre a consolidação, mas o cotovelo fica rígido/duro, fazendo com que a criança não consiga esticar o cotovelo). É por isso que, depois de 4 a 6 semanas, troca-se o gesso axilopalmar pela luva gessada ➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO: • A estabilização cirúrgica é necessária em 1,5 a 31% dos casos • Indicações: ▪ Redução instável/inaceitável da fratura após a redução ▪ Fartura exposta ▪ Síndrome compartimental ▪ Refratura com desvio ▪ Fratura segmentar ▪ Idade → > 10 anos com angulação significativa persistente • Fixação Intramedular ou Aberta: ▪ Inserção percutânea das hastes ou fios intramedulares • Fixação com Placas: ▪ Indicação: ✓ Fraturas gravemente cominuídas ✓ Fraturas associadas à perda óssea segmentar ✓ Fraturas com instabilidade rotacional → Ex: tenta-se reduzir, mas o rádio fica em pronação e a ulna em posição neutra. Assim, quando a criança for fazer o movimento do antebraço, esse movimento não é uniforme • Fraturas Supracondilares Ipsilaterais: ▪ Resulta no “Cotovelo Flutuante” ▪ Ocorre quando se tem uma fratura de antebraço associada a uma fratura supracondiliana ▪ Tratamento cirúrgico: ✓ Realiza-se a fixação supracondilar e depois vê-se a necessidade ou não da fixação do antebraço: o Quando não há necessidade de fixação do antebraço → Pinagem convencional da fratura supracondilar + Imobilização com gesso da fratura do antebraço o Quando há necessidade da fixação do antebraço (presença de instabilidade ou desvio) → Pinagem convencional da fratura supracondilar + Estabilização da fratura do antebraço ❖ As fraturas mais distais são mais instáveis que as diafisárias COMPLICAÇÕES ➢ Refratura → ocorre em 5% dos pacientes e é mais comum após fraturas em galho verde ou após a remoção das placas (a cortical onde estavam a placa e o parafuso fica mais frágil, podendo ser mais fácil de ser quebrada) ➢ Sinostose: • É uma complicação rara em crianças • Os fatores de risco são trauma por alta energia, manipulações repetidas, fraturas proximais, traumas cranianos ou pela utilização de uma estabilidade relativa (Ex: fios de Kirschner) • Geralmente, a fratura é no mesmo nível. Assim, começa-se a formar o calo ósseo do rádio e o da ulna, que se unem, fazendo com que a criança perca a capacidade de fazer a pronosupinação ➢ Pseudoartrose → normalmente, está relacionada a um tratamento incorreto Fratura diafisária completa do rádio e da ulna - Provavelmente, trata-se de uma fratura instável e/ou exposta - Trata-se de uma fratura cominuída, pois tem um fragmento a mais (seta vermelha) - Tratamento → optou-se pela colocação de fios intramedulares - Posteriormente, após o tratamento, houve a formação do calo ósseo (seta azul) - Atenção → o antebraço se comporta como uma articulação e deve-se fornecer uma estabilidade absoluta (para isso é necessário que se tenha apenas dois trações simples de fratura, para que se dê compressão no foco de fratura). Porém, nem sempre isso é possível, como nesse caso da imagem, pois trata-se de uma fratura cominuída, por isso não se consegue fornecer uma estabilidade absoluta, optando-se por uma estabilidade relativa - A utilização de placas no procedimento cirúrgico em crianças é um pouco restrita, pois posteriormente seria necessária uma nova cirurgia para retirar essa placa. Porém, com a utilização dos fios metálicos intramedulares (fios de Kirschner) não é necessário realizar uma nova cirurgia, pois as pontas do fio ficam fora do osso, e, quando ocorre a consolidação, o ortopedista pode retirar esses fios com o porta-agulha Fixação com Placa Cotovelo Flutiante - Fratura Supracondiliana (seta azul) + Fratura do antebraço (seta roxa) - Fixou-se a fratura supracondilianas com dois fios laterais e, pelo fato de a região distal do rádio ser muito instável, fixou-se o rádio, e não houve necessidade de reduzir a ulna cirurgicamente, pois ela reduziu- se anatomicamente de forma espontânea
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