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Bruna Larissa imagem Membros Superiores -Ao se pedir um exame de imagem dos membros superiores, é preciso definir qual é a área que se quer estudar e dar mais informações de uma hipótese diagnóstica, não se limitar apenas a dor CINTURA ESCAPULAR OSSOS: ● Escápula ● Úmero ● Clavícula ● Esterno ● Primeira costela ARTICULAÇÕES: todas são sinoviais, o ● Glenoumeral ● Esternoclavicular ● Acromioclavicular O processo de envelhecimento pode levar a uma degeneração dessas articulações, causando dores, que podem irradiar ao longo dos membros “Muitas vezes, a dor que o paciente sente que se refere ao braço, por exemplo, não se refere a musculatura do braço em si e, sim, oriunda da coluna cervical, do ombro.. Sendo assim, precisa-se estar sempre atento ao detalhamento” MANGUITO ROTADOR: -É composto por 4 tendões e seus respectivos ventres musculares: supraespinhoso, infraespinhoso, subescapular e redondo menor -Na visão anterior, é possível identificar um ventre muscular do subescapular: único tensão que vai se inserir na tuberosidade menor do úmero ● Faz com que ele tenha uma função de rotação externa ● Lança algumas microfibras que fazem conexão com a tuberosidade maior -Os demais, inserem-se na tuberosidade maior do úmero ● Eles se interligam, por isso, não é muito difícil acontecer uma ruptura do tendão, que pode ou não atingir os outros -Não se consegue ver o interior do conteúdo da articulação em um estudo radiográfico simples ● Dentro da articulação se tem a cartilagem (fica revestindo a superfície óssea), cápsula sinovial (líquido sinovial), ligamentos e discos → não são visualizados em um estudo radiográfico simples ● Esses conteúdos das articulações podem fazer com que se tenha sinais indiretos de que se tem alterações naquela articulação (aumento desse espaço articular, focos de calcificação..) -Os métodos de imagem são complementares entre si, sendo o raio-x o método de triagem mais comum ● Para cada método, se tem estruturas que são melhores estudadas ● Em um exame só não é possível estudar tudo -A sobreposição que a escápula faz sobre o tórax tem que ser bem diferenciada ❖ O checklist que é feito em termos de estudar determinada articulação (serve para todas) ● osso está bem alinhado? ● como estão as bordas? ● as superfícies articulares estão lisas? ● existe alguma alteração na borda desses ossos? ● como estão as partes moles? ● como está o alinhamento da articulação? ● como está a textura? mais radiotransparente ou menos? ● existe alguma alteração dentro da articulação, que seja um aumento ou redução desse espaço? ● há aumento ou redução dos vasos? ● há formação de bicos? ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR “Muitas vezes, o paciente sente uma dor no peito e não é uma dor por causa da respiração é, justamente, por conta de alterações degenerativas que podem ocorrer nessa articulação” -Possui um disco no interior, que pode degenerar -Alterações na sua morfologia e alterações degenerativas indicam um processo de envelhecimento dessa articulação -Além do raio-x, faz-se uso da TC na figura: - Reconstrução coronal e bordas escleróticas → representando um cisto subcortical, onde se pode encontrar em alterações degenerativas dessa articulação figuras dos slides 15 e 16: representação de como é feito a radiografia AP das articulações esternoclaviculares - angulação em direção cefálica (40º): para que se consiga diferenciar as clavículas e se tenha um melhor detalhamento da articulação - se for feito em reto, em termos da ampola do raio-xe, pode-se ter uma sobreposição e não conseguir um bom detalhamento - articulações esternoclaviculares são equidistantes → serve como um critério para que se tenha o bom posicionamento em um raio-x de tórax figura do slide 17: - quando se fala em osso, está se identificando alterações de descontinuidade que possam a levar ao diagnóstico de fratura - a figura mostra um exemplo de normalidade, em uma reformatação 3D e coronal figura do slide 18: - outras imagens do cisto subcondral - mesmo alterações leves precisam ser citadas, já que são avaliadas no segmento: dizer qual é o lado, a característica dela (hipodensidade com bordas escleróticas) figura do slide 19: - pela tomografia, tem-se uma reformatação no plano coronal, demonstrando, na linha mais inferior passando pelo meio da lesão cística, é possível vê-la na correspondência do plano axial - é sempre importante correlacionar um plano com o outro para que veja se todas as estruturas estão dentro da normalidade figuras dos slides 20 e 21: -as articulações esternoclaviculares devem estar no mesmo plano no indivíduo normal: se tiver algum aumento ou desnível é sinal de alguma alteração e isso tem que ser melhor identificado → se não for tão bem identificado, corre o risco de formar uma patologia maior, podendo ter degenerações se não for visto com precocidade (no caso, uma subluxação ou alteração degenerativa dessa articulação) -figura 21 mostra o desnivelamento das articulações figura 22: -luxação posterior da esternoclavicular -A luxação posterior pode levar a complicações sérias (lesões vasculares, lesão do nervo laríngeo recorrente, pneumotórax, lesões do esôfago e traquéia) ESCÁPULA -A articulação da escápula acaba sendo sobreposta pelos arcos costais, pelo próprio parênquima pulmonar.., sendo assim, é difícil, através de um estudo radiográfico, se fazer uma avaliação precisa da escápula -Em uma suspeita de uma fratura ou de algo que aconteça na escápula, a TC é o método de escolha → consegue-se fazer um estudo detalhado, uma reformatação, sendo importante para visualizar se vai ser preciso ter uma abordagem cirúrgica ÚMERO -Serve como exemplo dos ossos longos -Tem uma extremidade distal e outra proximal ● epífise- cabeça do úmero ● região metafisária ● região diafisária ● metáfise -Qualquer alteração em termos de fratura: descreve-se o fragmento distal do foco da fratura “Por exemplo, eu tenho uma fratura no terço médio da diáfise umeral, esse segmento distal é o que eu vou colocar no meu laudo: se ele está deslocado, o que está acontecendo em relação a localização daquele fragmento. Isso é padrão ortopédico!” “Quando se tem fraturas na região proximal do úmero, tem que levar em consideração que são locais que se tornam perigosos: se tem o suprimento sanguíneo que vai para a cabeça umeral (esses vasos tem relação por essas regiões). Uma fratura no colo anatômico é rara, mas ela tem um mau prognóstico, pois vai ter o rompimento do suprimento sanguíneo para a cabeça umeral.” “No colo cirúrgico, essas fraturas são mais comuns e vão preservar esse suprimento para a cabeça umeral” COMO EXAMINAR O OMBRO? 1. Incidências básicas- Rx ● AP ● Posição neutra ● Rotação externa ● Rotação interna ● Perfil ● Axilar Quando for preciso solicitar um raio-x, não é preciso dizer as incidências, pois já existe o protocolo! No entanto, se quiser algo mais detalhado, não apenas a rotina para aquele exame, tem duas situações: ● O próprio médico solicitante acompanha o exame juntamente com o técnico e, conforme for preciso, o técnico realiza algumas incidências adicionais, seguindo as necessidades do médico ● Em clínicas, existe um protocolo e, com base nas incidências, o protocolo é feito figuras dos slides 34 - 41 -foco central na região do espaço articular -esses ossos são locais de inserção por origem de ligamentos e tendões -sulco occipital é o local onde vai ser encontrado o tendão da cabeça longa do bíceps -colo cirúrgico é uma sede maior de fraturas quando comparado com o colo anatômico “Nem sempre vamos lembrar qual é o ligamento que vai se inserir em determinada região, mas setiver a descrição bem detalhada daquela região, o médico ortopedista que pegar o laudo, vai saber o que está acontecendo” figuras dos slides 42 - 44 -posicionamento para criar a realização de uma rotação externa, onde vai ter mudanças no posicionamento do tubérculo maior e menor -apenas pela imagem já se sabe que foi uma rotação interna, porque se vê o deslocamento do tubérculo maior e menor em comparação com as outras projeções -conforme a movimentação que o paciente faça para a realização do exame, vai se ter a modificação da posição -posição em perfil: escápula em “y” → úmero deverá estar ao longo do corpo da escápula para formar um “y” verdadeiro ● cabeça umeral tem que estar bem posicionada, principalmente na parte superior do “y” ● quando se tem algum deslocamento ou incongruência nessa região, vai ter uma luxação: articulação está fora do lugar ● exame indicado para pacientes que relatam luxações frequentes no ombro ● na maioria das vezes se tem uma luxação anterior do ombro ● paciente com luxação posterior está relacionado com um quadro convulsivo ou choque elétrico figuras dos slides 49 - 51 -vista axilar: deve ser muito bem orientada e realizada pelo técnico, porque pode, ela mesma, levar a uma luxação (dependendo da patologia do paciente) -pacientes que possuem luxação recorrente, essa incidência nem é realizada IMAGENS NORMAIS -Incidência em AP: ● Posição neutra ● Rotação externa ● Rotação interna -Axilar: NO OMBRO DA CRIANÇA -O raio-x de uma criança há uma divisão: PLACA DE CRESCIMENTO ou FISE → onde se vai ter todo o crescimento ósseo -Vascularização é muito grande obs.: tem que tomar cuidado para não confundir essas modificações com patologias -A medida que a fise do úmero proximal vai se desenvolvendo, seu contorno se torna piramidal, de forma que muitas vezes veremos duas linhas representando a fise, o que deve ser conhecido para evitar diagnóstico errado de fratura figura do slide 62: -raio-x do ombro em incidência AP -tem-se epífise, metáfise e diáfise do úmero -é uma criança: presença da placa de crescimento -tem-se uma fratura na região do colo cirúrgico -fise é a linha transparente figura do slide 63: -é preciso se ter em mente sempre o “jeito” normal -calcificações estão em tendão e bursa, mas no laudo do raio-x tem que colocar: “calcificações adjacentes ao tubérculo maior do úmero ou tubérculo menor” figura do slide 64: -há redução do espaço articular glenoumeral redução do espaço entre o acrômio e cabeça umeral -tem formações osteofitárias (bicos) na extremidade da cabeça umeral -úmero está deslocado para cima porque não se tem mais o espaço subacromial livre, que é o normal → sinal indireto de que houve ruptura dos tendões do manguito rotador (não são envolvidos por bainha sinovial, então, não se vai ter uma tenossinovite supraespinhal ou infraespinhal, vai ter uma tendinopatia) obs.: tendinopatia pode ser uma inflamação ou um processo degenerativo -Manguito rotador conecta o úmero a esses 4 músculos -Muitas vezes o paciente apresenta dificuldades em realizar algumas posições como: ➔ abdução: M. supraespinhoso ➔ aproximar o braço: M. subescapular ➔ afastar o braço: infraespinhoso e redondo menor -Ultrassom é o melhor método para estudar o manguito rotador -Supraespinhal é o que mais tem lesão -Classificação de rupturas parciais: ● Quando tem uma interrupção das fibras que está em extensão com comunicação com a superfície articular: ruptura parcial com extensão articular ● Se tem uma extensão bursal, a bursa é o espaço virtual que não se deve ter em pessoas quando estão normais ou com pouco líquido. Quando se tem uma ruptura de fibras que se estendem para essa região: ruptura parcial com extensão bursal ● A partir do momento que se tem uma lesão que é intrasubstancial, é intratendínea: ruptura parcial intrasubstancial ● A partir do momento que se tem uma ruptura total: ocorre retração dos cornos e se tem um intervalo: ruptura transfixante ou ruptura completa, onde não se tem mais nenhuma conexão de um corno com outro -Presença de calcificações no manguito rotador → a presença dessas calcificações pode gerar um processo inflamatório muito intenso, é uma tendinopatia calcária, que pode migrar até para dentro do osso, como para a bursa também (melhor identificável pela RM que pela US) -A grande maioria dos tendões são envoltos com bainha sinovial. Entre a bainha e o tensão, se tem uma pequena quantidade de líquido sinovial, o qual vai lubrificar as regiões -As bursas são recessos que podem ser envoltas de sinóvia e que, quando distendidas pelo líquido sinovial, elas podem gerar processos inflamatórios, a bursite COTOVELO -3 articulações: ● Umero-ulnar ● Radio-umeral ● Radio-ulnar -TC e RM permitem observar a articulação em múltiplos planos -US permite avaliar os tecidos moles periarticulares e visibilizar líquido intra-articular, corpos estranhos -Raio-x permanece como o recurso de imagem número 1 -Incidências: ● AP e lateral ● Supinação ● Pronação ● Neutra figura do slide 74 -mostra o cotovelo em supinação -é feito o estudo ântero-posterior, verifica toda a relação dos ossos (cabeça radial, capitélio…) figura do slide 76 -quando se faz em incidência perfil: paciente sentado, com o cotovelo em perfil -não se pode avaliar apenas em uma incidência figuras dos slides 79 e 80: -existe a necessidade de se estudar, muitas vezes, a cabeça do rádio: algumas situações se tem fratura do rádio, mas quando se faz a incidência em perfil verdadeiro, ela pode ficar sobreposta a linha e não conseguir visualizar bem a linha de fratura -por isso, a incidência para o rádio é diferente (radiocapitelar), precisando angular a ampola em 45º em direção cefálica -Cotovelo possui algumas fossas: ● Fossa coronóide é mais anterior ● Fossa olecraniana é mais posterior obs.: essas fossas são sedes de reumatologias patológicas, porque se tem como conteúdo porções gordurosas que podem inflamar - no raio-x, vai ser possível identificar o que for cálcio - na ultrassom se faz pesquisa para ver se tem algum líquido (derrame articular) - coxins gordurosos fazem relação com estruturas adjacentes, servindo como um amortecedor (no caso de atrito) “Coxins gordurosos são verdadeiras esponjas, são localizados nas fossas e tem como, em algumas situações, tem-se o deslocamento deles, demonstrando que existe alguma alteração intra-articular (como o aumento de líquido, derrame intra-articular) → é feito de maneira indireta através do raio-x ” -fratura devido a uma hiperextensão: cotovelo ficou bem extendido, isso leva a uma ruptura de vasos sanguíneos regionais (leva a uma hemartrose: quantidade de sangue intra-articular) -coxins gordurosos acabam sendo deslocados, quando se tem a presença de sangue intra-articular -a distensão da cápsula, normalmente associado ao derrame intra-articular, pode ser causado por fraturas intra-articulares figura do slide 91: -é preciso verificar se tem alguma fratura que possa justificar o aumento do líquido intra-articular -os exames são encaminhados para uma TC -qualquer fratura em extremidades: é preciso sinalizar se foi em extensão intra-articular ou não, se a linha de fratura atinge a superfície intra-articular ou se ela é apena a parte metafisária figura do slide 97: -além da parte óssea, no cotovelo, também se tem as bursas -a bursa do cotovelo é a que mais inflama “A bursa é uma bolsinha e sua parede é uma camada sinovial, que inflama e pode distender de líquidos que pode infectar.” “Pelo raio-x só é possível observar um aumento das partes moles. Como é uma topografia que se tem a bursa e que, se ela inflama, pode levar ao aumento do volume, deve-secitar: volume das partes moles aumentado, em região olecraniana. A confirmação de que existe uma bursite se dá através de uma US e RM” COTOVELO DA CRIANÇA -Possui 4 núcleos secundários de ossificação -Para cada núcleo de ossificação se tem um tempo que é a média que ele surge (vai depender da idade da criança) -Os núcleos de ossificação podem parecer com fraturas, que ainda não se fundiram ao úmero -Se não estiverem presentes na idade esperada, significa que houve um retardo na idade óssea -Se não souber que esse núcleo de ossificação do olécrano fica afastado da ulna, pode-se dizer que é uma fratura PUNHO -Incidências: ● PA ● Oblíqua ● Lateral “Todo raio-x é levado em consideração a posição anatômica que o paciente tem” -Nas fileiras dos ossos do carpo tem que ter um alinhamento ➔ Desnível indica que há uma instabilidade na articulação -Nas crianças: tem placa de crescimento -Em meninas, com puberdade precoce, faz o raio-x da mão para verificar as epífises (tanto do punho como das falanges) figuras do slide 112: -Criança recém nascida só é possível visualizar o núcleo de ossificação do capitato -O núcleo de ossificação do pisiforme só aparece entre 8-12 anos -As fileiras devem estar bem alinhadas, pois o desnivelamento representa uma instabilidade da mão/punho ESCAFÓIDE -Suspeita-se de uma fratura no escafóide quando se tem dor na tabaqueira anatômica -Pacientes que sofrem algum trauma, onde se tem uma queda em hiperextensão, é muito comum sentir dor na tabaqueira -Tem dois polos onde o suprimento arterial da parte proximal acaba sendo prejudicada se há a presença de uma fratura -Há incidências radiográficas especiais para o escafóide e se não se demonstra fratura na radiografia, indica-se uma TC ou RM Membros Inferiores -Radiografias simples demonstra OSSO em Incidências Ortogonais -TC demonstra OSSO em “fatias” (plano axial) ➔ reforma em múltiplos planos -RM demonstra OSSO, MEDULA ÓSSEA, CARTILAGEM e TECIDOS MOLES em múltiplos planos CINTURA PÉLVICA -Ao solicitar um exame de imagem do MMII, com exceção do doppler, é preciso definir qual a articulação a ser estudada -Na parte tornozelo e pé são dois exames, precisando especificar qual o membro a ser estudado ou se são os dois BACIA, QUADRIL ou PELVE -RM de pelve fica uma dúvida: a parte a ser estudada são os ossos da cintura pélvica ou serão os ossos intracavitários da pelve? ● Bacia: parte óssea ● Quadril: articulação coxo-femoral ● Pelve: órgãos internos -Articulações: ● Coxo-femurais ● Sacro-ilíacas ● Sínfise púbica INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS DO QUADRIL -É utilizado como referência a posição anatômica do paciente, onde a mão é virada para frente -Há a possibilidade de fazer exames com carga: em pé, a articulação está submetida ao peso do corpo → pés virados para dentro, o que faz com que as articulações coxo-femurais fiquem mais abertas -O perfil do quadril (axiolateral): paciente é colocado deixado sobre um dos lados vai superpor o quadril direito com o esquerdo ➔ pode ser feito de um lado ou bilateral (incidência axiolateral de Lowenstein) figura do slide 10: -posição de rã, muito utilizado em crianças -não dá pra visualizar bem o trocanter menor, fica sobreposto figura do slide 11: -incidência específica para o quadril -quando se tem condições, é colocado o protetor de gônadas (tem chumbo, não permite a penetração dos raios) -objetivo é o perfil, ou um quase perfil, do fêmur e conseguir ver ambos os trocanteres figura do slide 12: -incidência axiolateral de Ducroquet -quando se tem condições de mexer com a perna do paciente, consegue-se identificar melhor o colo femoral -flexão a 90º e abdução de 45º -só tem condições de fazer essa incidência se não tiver suspeita de fratura figura do slide 13: -incidência axiolateral de Laquesne -demonstra bem o espaço articular (anterior e posterior) -utilizada, principalmente, quando se tem suspeita de impacto femoroacetabular: vai ter redução desse espaço -também dá pra identificar artrose “Quando se está diante de uma situação que não se sabe qual foi a origem do trauma e se depara com uma pessoa idosa no chão, onde é observado um certo encurtamento e rotação lateral, é preciso lembrar que pode ser uma possível fratura de fêmur → não se deve manipular a perna do paciente e ter cuidado na mobilização, para que não ocorra um deslocamento ou piora do caso” -Checklist: ● alinhamento ● bordas ● como está a parte medular óssea ● partes moles ● partes adjacentes ● superfícies articulares figura do slide 19: -se há alguma quebra nas linhas, é sinal de descontinuidade -descontinuidade tem como diagnóstico fratura figura do slide 20: -pode-se ter uma obtenção de vários graus em termos de raio-x, dependendo da angulação que se faz com a ampola ➔ isso é feito para que haja uma dissociação: ● 0º: não se vê o colo femoral ● 25º: já é possível visualizar -Tem que conhecer a anatomia, se sabe onde se localiza a lesão e sabem o que estão procurando, podem otimizar o exame de imagem -Cooperação entre radiologistas e especialistas: um ajuda o outro e quem se beneficia é o paciente ➔ o pedido de exame tem que ser bem especificado QUADRIL DA CRIANÇA: Criança = recém nascido -Manobras: ● Ortolani e Barlow: verifica se tem instabilidade nos quadris, se tem uma suspeita de displasia de desenvolvimento Displasia do quadril: anormalidade (tamanho, morfologia, orientação anatômica e organização) da cabeça femoral, da cavidade acetabular ou ambos -No raio-x de um RN: a cabeça femoral ainda é cartilagem (não identificável no rx, só US) -US pediátrico: figura do slide 41 ● Método de Graf: baseado em um corte coronal da cabeça dos fêmures para medir o ângulo alfa - Diagnostica a displasia do quadril ao nascimento, quando o tratamento é mais eficaz e não agressivo - A angulação entre o ilíaco e o teto acetabular, formam o ângulo alfa, tem que ser >60º em casos de crianças normais - Quando se forma quase 180º: quadril displásico - Teto acetabular não deve ser >55º (ângulo beta) - Quadril maduro ou quadril 1a: alfa >60º e beta <55ª - Quadril imaturo: ângulo alfa 50-59º (até os 3 meses a criança não tem o núcleo de ossificação) - A partir do 4º mês, essas medidas não são mais feitas → pode-se observar o quadril da criança através do raio-x - US: permite definir se tem ou não aumento de líquido intra articular, que faz com que se diagnostique sinovite transitória do quadril - A US por esse método não deve ser utilizada isoladamente, pois sua interpretação não tem alta confiabilidade, especialmente para observadores inexperientes CARTILAGEM TRIRRADIADA -Também vista pela US -Tem convergência do ilíaco, ísquio e púbis, que são os ossos que formam a bacia LINHAS DO QUADRIL -Auxiliam a observar as relações anatômicas NORMAIS entre as estruturas ósseas, permitindo detectar precocemente alterações de alinhamento que ocorrem nas displasias do quadril (crianças) e fraturas (adultos) figuras dos slides 32 - 38: -traçado da linha: tem como referência as cartilagens trirradiadas -Linha de Hilgenreiner: linha que passa nas bordas das cartilagens trirradiadas -Linha de Perkins: linha que passa no bordo lateral do acetábulo, perpendicular a linha de Hilgenreiner. Tangencia o bordo lateral do núcleo secundário de ossificação -Linha de Shenton: traçado do bordo inferior do ramo púbico, superior ao bordo medial do fêmur proximal. É uma linha contínua -Ângulo acetabular: traçado tangencialmente ao teto acetabular, intersectando-se com a linha de Hilgenreiner ● não deve ultrapassar 30º ● diminui progressivamente ● ângulo alfa é complementar desse ângulo -essas linhas, no adulto, se estão descontínuas:diagnóstico de fratura, quando elas se mostram quebradas, literalmente Radiografias utilizam radiação ionizante indesejada principalmente no organismo imaturo da criança LINHAS DO QUADRIL NO ADULTO -Arco gótico do ilíaco: fica acima do teto acetabular. ● Quando se tem a perda desse arco, tem suspeita de alguma anormalidade -Lágrima acetabular: é um conjunto de estruturas que formam a imagem ● Essas referências estão presentes em radiografias normais ● Corresponde à margem óssea do acetábulo, que tem aspecto em “U” ● Quando se tem a perda dessa imagem, há suspeita de alguma descontinuidade e, principalmente, fratura ● Linha Iliopectínea: coluna anterior do acetábulo ● Linha ilio isquiática: coluna posterior do acetábulo - em uma radiografia AP bem feita, a linha passa em cima da lágrima “Na bacia é muito difícil só ter um traço de fratura, quebra sempre em outro lado” -Tem duas linhas que não se cruzam, ficam uma do lado da outra: parede anterior do acetábulo com a parede posterior ● essa relação não deve ser invertida ● se forem cruzadas, vai ter retroversão da cabeça femoral -Pacientes que tem fratura de bacia: não se mexe com eles Esses locais são inserções ou origens de músculos que vão para a região da coxa ● Em crianças ainda não estão ossificadas e acaba tendo, também, avulsão óssea (se tem um quadril imaturo) ● Em adultos isso não acontece, já que a fise está fechada Divisão anatomo-funcional: -Através de um raio-x é possível diferenciar a pelve a partir da sua abertura: ARTICULAÇÃO COXO FEMURAL -Não se pode esquecer os processos degenerativos que ocorrem pela própria idade do paciente ● feito através de um estudo radiográfico é possível avaliar se tem alteração na altura da fenda articular, conformações osteofitárias ● há perda de espaço articular (quilose), tem tanto desgaste articular que o osso subcondral acaba batendo em outro osso, pois não se tem mais a capa cartilagínea (linha azul) FÊMUR e JOELHO -Nas extremidades se tem origens e algumas inserções -O conjunto de todas estruturas vai levar em algumas alterações visualizadas nos métodos de imagem figura do slide 68: incidência em AP do fêmur figura do slide 69: incidência em PERFIL JOELHO: -3 articulações com uma única cavidade sinovial: ● Femorotibial medial: côndilos mediais do fêmur e tíbia ● Femorotibial lateral: côndilos laterais do fêmur e tíbia ● Patelofemoral: patela e superfície patelar do fêmur -Incidências: ● AP ● Perfil ● Fossa intercondilar ● Axial de patela obs.: AP e perfil são fixos nos exames de joelho; fossa e axial são adicionais, devem ser solicitados pelo médico figura do slide 74: -lado esquerdo: adulto → se tem quase por completo o fechamento da fise -lado direito: jovem → fise está bem evidente -em estudos onde se tem fraturas, pode ter fraturas que acometem a região da placa epifisária -existem tumores que são mais propensos a afetarem infantil, o adulto jovem ou o idoso os espaços articulares são livres e não se tem calcificação ● meniscos, cartilagem e líquido sinovial não aparecem no raio-x porque são radiotransparentes figura do slide 83: -incidência axial de patela -paciente é colocado com o joelho em flexão de 30, 60 e 90º -dependendo do grau de flexão, se tem uma redução no espaço articular, permitindo ver as superfícies articulares da região troclear -só pelo exame não dá pra saber se foi realizado com carga ou não, isso precisa ser sinalizado -Existem variações anatômicas que uma variação é muito confundida com fratura: PATELA BIPARTIDA -Falou em joelho, o método de imagem que traz mais informações é a RM (é possível estudar as partes ósseas e moles, além de todos os ligamentos) -US: tem como informar se teve derrame articular e se as estruturas mais superficiais (ligamentos colaterais, tendão patelar e tendão patrício fiscal) estão alteradas -TC: método para estudar ligamentos, não se vai ter a mesma sensibilidade para estudar as partes moles figuras dos slides 91 - 101: representação de imagens em TC seccional RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: -As indicações da RM para o joelho são as principais, porque é possível se dar informações das superfícies superficiais e das profundas: ● Osso/ Medula óssea ● Cartilagem ● Ligamentos ● Discos e meniscos ● Vasos -Método mais caro, por isso que muitos pacientes são submetidos a TC e US Sobre as ponderações T1 e T2: figura do slide 108: -tendão quadricipital que se continua com o tendão patelar -presença do ligamento cruzado anterior, cruzado posterior… -ligamentos e tendões nas imagens, tanto em T1 como em T2 ficam em baixo sinal -Ligamento são melhores vistos no plano coronal MENISCOS DO JOELHO: -Tudo que for co fibrocartilagem, vai ter baixo sinal e qualquer alteração pode ser visto como lesão (imagem preta na ressonância) -Se tiver uma lesão no corno posterior do menisco, essa lesão precisa ser sinalizada para o ortopedista: se ela estende-se para a superfície articular tibial ou femoral -Se houver algum destacamento do fragmento do menisco, pode bloquear o joelho -O corno posterior do menisco lateral é mais largo que o corno anterior -Menisco medial: cornos posterior e anterior quase simétricos -US não dá muitos detalhamentos do menisco -TC não tem tanta sensibilidade e dá pra visualizar um pouco PERNA, TORNOZELO e PÉ: -Na incidência perfil é possível ver as estruturas e não somente as incidências -O tornozelo é diferente do pé -O retropé é igual ao tornozelo, sendo assim, ao pedir um exame de imagem, é preciso sinalizar qual a área deve ser estudada: antepé, mediopé ou retropé
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