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Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) Antagonistas muscarínicos ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS = PARASSIMPATOLÍTICOS; o O que esse fármaco poderia fazer no coração? Efeito ionotrópico + (taquicardia), lembrar do agonista beta-1 (agonista simpático antagonista muscarínico, efeito sinérgico); Essa dupla é explorada, sobretudo, no tecido pulmonar; OBSERVAÇÕES DA PABLINNY SOBRE A IMAGEM: 1) ATROPINA; 2) ESCOPOLAMINA; Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) Os dois primeiros fármacos antagonistas muscarínicos que foram isolados. O segundo é comercializada na forma de butilbrometo de escopolamina, mais conhecido como buscopan, essa formulação torna esse fármaco uma amina quaternária, logo apesar de a escopolamina possuir a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, sua forma comercial não permite isso. 3) HOMATROPINA (alcaloides) aminas, atropina e escopolamina são aminas terciárias (atravessa a barreira hematoencefálica, efeito central e periférico) ATROPINA REDUZ ESTIMULAÇÃO COLINÉRGICA; o Homotropina – gera um efeito de pupila dilatada por um longo tempo; 4) IPRATRÓPICO (mais experimental), TIOTRÓPIO são aminas quaternárias (alcaloide) baixa capacidade de absorção, absorvido topicamente (inalação, por exemplo); 5) PIRENZEPINA (seria usado para inibir a transmissão ganglionar, inibindo a liberação de acetilcolina, era usado para tratamento de antiácido, porém gerava muitos efeitos adversos desnecessários – existem melhores tratamentos como o inibidor da bomba de prótons; PARASSIMPÁTICO – CLASSIFICAÇÃO ALCALOIDES (NATURAIS) Atropina e escopolamina (hioscina); Atropa beladona Fator histórico, atropa era uma das 3 irmãs que costuravam o fio da vida de acordo com a mitologia grega, atropa era a irmã que cortava o fio. Historicamente, usava-se para estética (a fim de dilatar a pupila), as mulheres da elite usavam como forma de atrair pretendentes, porém não enxergavam nada, por isso havia a necessidade de uma dama de honra acompanhando-a. Aminas terciárias: Homatropina, pirenzepina, diciclomina, tropicamida e benzatropina; Aminas quartenárias: Ipatrópio, tiotrópio, propantelina e bultibrometo de escopolamina; PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS CARDIOVASCULARES: AUMENTO DA FC POUCO UTILIZADO NA CLÍNICA; Atropina era usada como fármaco de ressuscitação, porém não é mais utilizada, passando por um protocolo para haver seu uso; Não pode ser utilizada em pacientes recém-transplantados com o coração. EM PEQUENAS DOSES, INICIALMENTE OCORRE UM EFEITO OPOSTO (discreta redução da FC, inibição da sudorese), REDUZ A ATIVIDADE NEURONIAL, CULMINA NO AUMENTO DA ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA (0,5 mg) = primeiro efeito no SNC e depois no SNP; Deve-se utilizar atropina cautelosamente na presença de síndrome coronariana aguda. O aumento da frequência cardíaca pode piorar a isquemia (ausência de chegada de oxigênio) ou aumentar a área do infarto. A atropina provavelmente será ineficaz em pacientes que se Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) submeteram a transplante cardíaco, porque o coração transplantado não possui inervação vagal e pode causar BAV de alto grau (desregulação elétrica). EFEITOS NO TGI: Redução do peristaltismo e da motilidade intestinal; Redução da secreção glandular; SISTEMA URINÁRIO: Redução da micção (usado para bexiga hiperativa) e aumento da capacidade vesical. OLHOS Midríase provocada por antagonistas colinérgicos; EFEITOS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO: Relaxamento dos músculos lisos da árvore brônquica (agonista simpático + antagonista muscarínico); Redução da secreção glandular; GLÂNDULAS SUDORÍPARAS (RECEPTOR PÓS-GANGLIONAR MUSCARÍNICO/ACH) E LACRIMAIS Redução das secreções; o Exceção do simpático no caso de glândulas sudoríparas, se usado um antagonista muscarínico, sobretudo, em indivíduos muitos jovens ou muitos velhos pode gerar febre atropiníca, termo que era usado para caracterizar cólicas no recém-nascido, reduz-se a quantidade de xixi, porém esse efeito na redução de secreção além de elevação de temperatura); PRINCIPAIS USOS CLÍNICOS: 1. Midríase provocada por antagonistas colinérgicos; 2. Oftalmologia; 3. Asma e DPOC; 4. Distúrbios gastrointestinais, urinários; 5. Envenamento com colinérgicos; 6. Cinetose – enjoo com movimento, nos EUA usa-se um adesivo transdérmico (reduz a estimulação do nervo vestibular); Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) PARASSIMPATOLÍTICO Oftalmologia midriático e cicloplégico; o Colírios: Tropicamida, ciclopentolato (cicloplégico e midriático) e homatropina; TGI e urinário: Antiespasmódico, cólicas intestinais e nefrética; o Escopolamina (hioscina) – buscopan; Incontinência urinária: Darifenacina – seletivo M3; Oxibutinina; Tolterodina – maior afinidade M2; Trospium; Propiverina; Asma e DPOC: Ipatrópico (Atrovent) e tiotrópio; Uso neurológico como antiparkinsoniano – benzotropina (agonista muscarínico, estimula transmissão colinérgica); Quando coloco pequenas doses de ACh promovo vasodilatação liberação de óxido nítrico redução da FC: efeito transitório, visto que no sangue há muitas esterases que degradam rapidamente a Ach; Quando coloco altas doses de acetilcolina Redução da pressão sanguíneo ainda maior; Atropina + Ach = manteve inalterado efeito muscarínico bloqueado por saturação de receptores; Ach em alta dose, após aplicação de atropina reversão vasomotora da acetilcolina o que você espera normalmente é uma queda rápida da pressão sanguínea porém, quando usou a atropina (antagonista muscarínico não seletivo), os receptores muscarínicos foram saturados, levando a Ach a conectar-se com receptores nicotínicos (SIMPÁTICOS) começa a chegar em gânglios simpáticos, nervos periféricos aumento da pressão por liberação da NA, além do aumento da estimulação da glândula adrenal levando à liberação da epinefrina. Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) RESUMINDO... Bloqueadores neuromusculares e ganglionares HISTÓRIA Índios, bacia amazônica veneno na extremidade das flechas que causavam paralisia e morte da caça. Ausência de sintomas de intoxicação e morte de quem consumia; 1850 – Claude Bernard mostrou efeito periférico entre junção nervosa e muscular. 1906 – Langley sugere interação com substância receptiva na placa motora. 1935 – Elucidada da estrutura da d-tubocurina; 1942 – Griffth e Jonhson, d-tubocurarina e uso clínico em anestesiologia para relaxamento muscular durante cirurgia. COMO FUNCIONA A FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR? Potencial de ação do nervo (PA) liberação de acetilcolina da vesícula despolarização (PPT) /aumento da permeabilidade ao Na+ e K+ hidrólise da acetilcolina pela colinesterase potencial de ação do músculo disseminação da excitação pelo músculo contração muscular. Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) BLOQUEADORES SÃO DE DOIS TIPOS PRINCIPAIS: 1) Competitivo (antagonista, vai se ligar ao receptor nicotínico, não permite despolarização, não tem muito o que estudar não permite a Ach ser conectada na placa motora) – mantém o receptor fechado; o Pancurônico (Pancuron ®); o Atracúrio (Tracrium ®); o Galamina (Flaxedil ®); o Alcurônio (Alloferine ®); o Cisatrúcrio (Nimbium ®); o Pipecurônio; o Vecurônio; o Mivacúrio; o D-tubocarina; 2) Despolarizantes – liga-se a um local diferente do agonista gera abertura do receptor; o Succinilcolina (Quelicin ®) ou suxametônio; o Decametônio; OBSERVAÇÕES PABLINNY: Receptor nicotínico facilmente gera dessensibilização, levando à redução do seu efeito RECEPTOR NO NEURÔNIO PÓS-GANGLIONAR. Bloqueadores neuromusculares podem funcionar como antagonistas/competitivos(desde o início bloquear qualquer tipo de despolarização que levasse à liberação de Ach) ou como despolarizantes (geralmente na clínica só usa a succinilcolina) que causam um bloqueio tônico, pequena contração (pode aparecer como fasciculação) para depois aparecer como um relaxamento flácido (despolarizante em essência ele é um agonista nicotínico). Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) AGENTES NÃO DESPOLARIZANES/COMPETITIVOS Antagonistas nos receptores nicotínicos da placa terminal, ligando-se a uma ou ambas unidades α do receptor. Bloqueia a ativação do canal. Prática do Adryano com os pintinhos (o pitinho primeiro travava e depois fica mole); Degradado por metabolização hepática ou renal, atracúrio pode sofrer hidrólise espontânea no plasma; AGENTES DESPOLARIZANTES Ligam-se ao receptor nicotínico (funcionam como agonistas nicotínicos), despolarizando-o: BLOQUEIO DE FASE I Abertura do receptor; Despolarização da placa terminal; Propagação e despolarização da membrana adjacente; Contração muscular generalidade e desorganizada. BLOQUEIO DE FASE I I Exposição continuada ao bloqueio neuromuscular: repolarização iniciada, porém a membrana fica incapaz de repolarizar-se novamente; Bloqueio da ativação do canal dessensibilização; Repolarização parcial depois fármaco se solta e sofre degradação pela acetilcolinesterase (outros fármacos que utilizam essa enzima; Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) SITUAÇÃO FEITA POR PABLINNY: Bloqueador não despolarizante (antagonista, efeitos mais rápidos e tempo maior de duração); Bloqueador despolarizante (agonista, metabolizado pela acetilcolinesterase uma vez que fica no sítio do mediador) ambos sendo usados com iAchE (inibidores do receptor para acetilcolina) VOCÊ TEM O CENÁRIO DA SINAPSE JUNÇÃO MUSCULAR E MOTORA: a. Inibidor da enzima COMPETITIVO o efeito da acetilcolina começa a ser percebido porque não há degradação da acetilcolina, o BNP é um antagonista Ach não se liga relaxamento flácido usado em cirurgias; COMO VC REVERTE? COM O iAchE; b. Inibidor da enzima tipo DESPOLARIZANTE - FASE 2 (succinilcolina) BD é agonista mantém o bloqueio, para passar o efeito é necessário esperar um tempo (degradado rápido pela acetilcolinesterase), não tem nada que é feito para realizar reversão de efeito. COMO VC REVERTE? ESPERANDO. USOS CLÍNICOS 1. Cirurgias: relaxamento muscular durante cirurgia – ação duradoura e reversível; 2. Afecções que geram espasmos tétano 3. Controle da ventilação – bloqueador para não mexer muito; 4. Manobras ortopédicas; 5. Laringoscopia, brancoscopia, etc. Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) 6. Controle das convulsões – contrações tonico-crônicas podem ser melhor controladas. A Eletroconvulsoterapia, antes do uso desses fármacos, podia levar à ferimentos, hoje o paciente recebe a sedação + bloqueador neuromuscular (NÃO GERA A CONVULSÃO QUE ANTES ERA OBSEVADA), porém continua a corrente elétrica pelo sistema nervoso central. OUTROS USOS Sinergismo com inibidores de acetilcolinesterase para tratamento de Miastenia gravis, envenenamento com antimuscarínicos; Levam à liberação de histamina como efeito colateral, por exemplo; Podem levar a diminuição da atividade simpática ganglionar; VECURÔNIO É MUITO UTILIZADO PELOS POUCOS EFEITOS COLATERAIS; Suxametônio gera muitos efeitos adversos (aumento da secreção de potássio na corrente arritmias, bradicardia contração dos músculos no globo/elevação da pressão intraocular, dor após bloqueio; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Inibidores da colinesterase reversão dos efeitos dos BNM não-despolarizantes, prolongamento dos efeitos dos despolarizantes; Anestésicos gerais efeito aditivo com esses fármacos, ação estabilizadora da junção neuromuscular (p.ex. halotano); AAG (Antibióticos aminoglicosídeios) sinergismo com BNM competitivos prolongamento do efeito acima do esperado, efeito aditivo; Bloqueador de canal de cálcio gera efeito aditivo bloqueio ganglionar (taquicardia); SUGAMADEX Captação do fármaco – estratégia de reversão, hoje em dia, melhor que o inibidor da acetilcolinesterase, uma vez que esse é seletivo; EFEITOS ADVERSOS DOS BNM DESPOLARIZANTES Bradicardia; Liberação de K+ arritmias queimados, traumatismos; Aumento da pressão intraocular contratura da musculatura extraocular (músculos extrínsecos ao olho); Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) Paralisia prolongada AchE geneticamente modificada, antiAchE (organofosforados, glaucoma), hepatopatias; Hipertemia maligna (congênita rara) geralmente descobre após o uso espasmo muscular e aumento súbito da temperatura corporal; EFEITOS ADVERSOS DOS BNM COMPETITIVOS D-tubocurarina: bloqueio ganglionar (taquicardia), liberação histamina (hipotensão, broncoconstrição); Galamina: bloqueio muscarínico (taquicardia, hipertensão); Pancurônio: bloqueio ganglionar (taquicardia); FÁRMACOS QUE ATUAM NA TRANSMISSÃO GANGLIONAR NICOTINA: primeira fase de estimulação ganglionar estimulação simpática e do SNC (ativação de áreas de recompensa no telencéfalo); o Hoje fala-se muito da ação da nicotina; Quando penso em receptor nicotínico, eu penso na primeira fase dessa transmissão que envolve o pico do potencial de ação, posteriormente outros receptores serão ativados. Hoje não se usa mais para nada por gera muitos efeitos adversos, eram usados em estratégias arcaicas. Lavínia Prado Artiaga – Medicina 2018.1 (21/05/2019) NÃO COBRA EM PROVA!!!!!!!! NÃO É MAIS USADO!!!!!! Foi falado para dar uma noção desse termo; EFEITO DO BLOQUEIO GANGLIONAR
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