introdução à microbiologia

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introdução à microbiologia
1. Definição e histórico da microbiologia
o que é microbiologia ?
É o estudo dos microrganismos, que são as formas de vida que, originalmente, só
podem ser vistas com o microscópio, estes incluem bactérias, fungos, vírus e
protozoários.
O vírus não é considerado organismo vivo, mas, sim, uma partícula viral, sendo
formado apenas por uma capa proteica com dna ou rna.
De forma geral os organismos são microscópicos, mas quando eles estão em
quantidades muito grandes é possível observá-los a olho nu.
ex colônia de bactérias
A microbiologia nasceu da especulação do homem sobre a origem da vida,sobre as
fontes das doenças epidêmicas e transmissíveis ,da putrefação da matéria e
processos de fermentação
microbiologia: definição
A palavra microbiologia deriva de três palavras gregas:
mikros: “pequeno”
bios: “vida”
logos: “ciencia”
Os microrganismos são *ubíquos na natureza, podendo ser encontrados em
diversos habitats e condições ambientais, sobrevivendo desde temperaturas
negativas na Antártida até solos desérticos.
*que está ou existe ao mesmo tempo em toda parte; onipresente
A maioria dos microrganismos é capaz de causar doenças em humanos?
Os microrganismos desenvolvem funções importantíssimas no meio em que
vivemos e em nosso corpo. Apenas uma pequena parcela é capaz de nos causar
doenças.
Alguns até vivem uma relação benéfica com os humanos, trocando favores
(ex:bactérias que produzem vitaminas, ajudam na digestão etc). Outros (não
patogênicos), não produzem nada para auxiliar o funcionamento do organismo, mas
competem por espaço e nutrientes com outros que podem ser prejudiciais
(patogênicos). Muitos são oportunistas, só atacam quando há um desequilíbrio no
organismo, se aproveitando dessa brecha.
É possível viver sem micro-organismo?
De certa forma, sim. Os microrganismos não são uma condição essencial para
nossa sobrevivência. Experimentos realizados em ratos de laboratório estéreis
(nunca tiveram acesso a nenhum microrganismos) mostram que é possível
sobreviver, contudo, eles tiveram que permanecer no ambiente estéril, recebendo
alimento esterilizado e etc.
Sua presença no nosso corpo é necessária por vivermos em um ambiente que não
é controlado e entramos em contato com microrganismos constantemente. O corpo
só vai saber reagir a algo que ele conhece. Eles nos defendem, auxiliam na nossa
formação e em várias funções no corpo.
quais exemplos de uso benéfico dos microrganismos que temos no dia a dia
Alguns exemplos
1. indústria farmacêutica;
2. fermentação microbiana: vinho pão cerveja;
3. síntese de vitaminas e auxílio na digestão;
História da microbiologia
Tudo começa com robert hooke, cientista francês (1635-1703). entre 1663 e 1664,
começou a fazer registros e observações com os microscópios que ele produzia. em uma
dessas observações, percebeu que o material que ele via através do microscópio possuía
pequenas “caixas” ou “celas” e, eventualmente, evoluiu para células. tudo isso serviu para
fundar a teoria celular.
Apesar de todo esse conhecimento, ele ainda não tinha consciência do mundo microbiano
(diversidade morfológica, metabólica etc) foi um outro cientista que descobriu o mundo
microbiano
Antony van Leeuwenhoek, viveu na Holanda de (1632 -1723) apesar de não ter formação
científica era muito curioso e detalhista. E então, começou a produzir lentes de aumento
para enxergar a qualidade dos tecidos que comercializava. Nesse processo, reparou que,
em todas as amostras que ele observava, estavam presentes uma diversidade gigante de
seres vivos (bactérias e protozoários) e os chamou de animálculos. Ele relatou suas
observações com descrições e desenhos. Leeuwenhoek é considerado o fundador da
microbiologia.
A Microbiologia como Ciência começa a ter um verdadeiro avanço a partir de meados
do século XIX, com o desenvolvimento de microscópios de alta qualidade juntamente
com o aperfeiçoamento de técnicas de esterilização e cultivo de microrganismos.
abiogênese X Biogênese
abiogênese (teoria da geração espontânea): Até meados do século 19, os
cientistas acreditavam que a vida surge espontaneamente de objetos inanimados ou
de matéria sem vida.
ex alimentos ou caldo de carne
Biogênese: Outros pesquisadores defendiam que um ser vivo só poderia se
originar a partir de outro ser vivo da mesma espécie.
Esses cientistas faziam experimentos para provar aquilo em que acreditavam:
● Francesco Redi, 1668: Colocou alimentos em frascos e deixou alguns
abertos e outros fechados com uma tela. Observou que, os abertos
acumularam moscas que colocaram ovos e geraram larvas, diferente dos
fechados.
● John Needham: acreditava na geração espontânea e queria desacreditar o
trabalho de Redi. No seu experimento ele colocou caldo de carne em um
frasco, ferveu e deixou esse frasco em um ambiente aberto. Depois de um
certo tempo esse caldo foi contaminado por microorganismos. Para ele, o
problema do experimento de Redi é que não havia ar nos frascos, que é
necessário para a geração espontânea.
● Lazzaro Spallanzani: Com a intenção de desbancar o experimento de
needham, repetiu todo o processo, mas dessa vez lacrou os frascos, que não
foram contaminados. Needham usou o mesmo argumento: não havia ar,
portanto, não poderia existir abiogênese.
Louis Pasteur, 1861: Pôs fim aos argumentos sobre Geração espontânea com uma
série de experimentos que demonstraram que: Os microrganismos estavam
presentes no ar e podiam contaminar soluções estéreis, embora o próprio ar por si
não criasse micróbios.
EXPERIMENTO PESCOÇO DE CISNE
Pasteur construiu frascos que tinham uma curvatura no pescoço, preenchendo-os
com caldo de carne e então ferveu a mistura e quando ela esfriou, observou que
não havia nenhum crescimento. Nesse caso os microrganismos ficam depositados
na região do pescoço do frasco e não conseguem entrar em contato com o líquido.
Para o outro frasco, repetiu o mesmo experimento, mas, no final, quebrou o
pescoço do recipiente e observou que depois de um tempo houve a contaminação
do caldo. Isso aconteceu porque os microrganismos no ar entraram em contato com
o caldo.
Seu trabalho sobre o processo de fermentação e sobre a geração espontânea,
aliados à sua descoberta de que a pasteurização poderia evitar que os alimentos
estragassem, o levaram a conclusão de que as doenças são causadas por germes.
com isso recomendou o uso de filtração, exposição ao calor ou produtos químicos
como meio de remoção de germes.
Pasteur e o vinho
Pasteur conseguiu explicar o porquê acontecia a contaminação por álcool durante o
processo de fermentação. Ele descobriu a presença de diversos micróbios,
denominados leveduras, que utilizavam o açúcar presente nas frutas e os
convertiam em álcool na ausência de oxigênio. Já na presença do oxigênio o
azedamento das bebidas se dá pela presença de micróbios diferentes, que
transformam o álcool em ácido acético, vulgarmente conhecido como vinagre. Como
forma de solucionar este problema que afligia os comerciantes e produtores de
vinhos; Pasteur aqueceu essas bebidas o tempo suficiente para matar esses
micróbios, que ocasionavam o problema e este processo recebeu o nome de seu
criador Pasteurização.
Teoria Microbiana da Doença
Por muito tempo acreditou-se na história de que a doença era causada por fatores
vagos, tais como o ar ou sangue ruim. A Revolução na indústria do vinho trouxe
uma nova teoria sobre a origem das doenças.
Pasteur estudou o papel dos microrganismos nas doenças dos seres humanos e
dos animais. Muitos cientistas começaram a achar a relação entre a doença e a
presença de microrganismos. Mas, apesar de pasteur ter formulado a teoria
microbiana da doença, quem a comprovou foi robert koch (1843-1910), médico e
rival de Pasteur- postulou que microrganismos são capazes de causar doenças e
apresenta as primeiras evidências em 1876. Também foi o primeiro a provar que um
tipo específico de micro-organismo causa um tipo definido de doença.
A partir do conhecimento de que os microrganismos causam doenças, os
cientistascomeçaram a dar maior atenção a sua prevenção e tratamento,
surgindo conceitos como antissepsia, imunização e quimioterapia
Descoberta da penicilina
A descoberta da penicilina se deu de forma acidental, pelo médico e bacteriologista
escocês Alexander Fleming, em 1928. Pesquisando substâncias capazes de
combater bactérias em feridas, esqueceu seu material de estudo na bancada por
muito tempo. Ao retornar, observou que suas culturas de Staphylococcus aureus
estavam contaminadas por mofo e que, nos locais onde havia o fungo, existiam
halos transparentes em torno deles, indicando que este poderia conter alguma
substância bactericida.
Ao estudar as propriedades deste bolor, Fleming percebeu que ele fornecia uma
substância capaz de eliminar diversas bactérias, A substância recebeu o nome de
“penicilina”.
Tal achado foi isolado, concentrado e purificado em laboratório alguns anos depois,
por Howard Florey e Ernst Chain.