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13 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS AO RN 1

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ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS AO RN 
 
Professora Especialista: 
Enf. Laricy Rodrigues de Oliveira 
 Administração de medicamentos refere-se ao ato de 
preparo e introdução de um fármaco no organismo 
humano, visando efeito terapêutico para esse organismo. 
 
 Todos os cálculos das doses dos medicamentos 
em crianças são baseados em seu peso e idade; por isso 
os pacientes das unidades neonatal e pediátrica devem ser 
pesados diariamente. 
 Um dos objetivos da terapia medicamentosa 
neonatal é o tratamento de afecções ou a oferta de 
elementos necessários a sobrevivência e manutenção da 
homeostase orgânica do recém-nascido (RN). 
 
 Os profissionais de enfermagem neonatal devem 
colocar em prática os princípios técnicos e científicos 
relacionadas à terapêutica medicamentosa, incluindo 
àqueles relacionados aos “9 Certos” na administração de 
medicamentos. 
Os “9 Certos’’ advertem fatores que 
podem ocasionar os erros de medicação 
 
 Devem ser verificados: 
1. Medicamento certo 
2. Paciente certo 
3. Dose certa 
4. Hora certa 
5. Via certa 
6. Orientação certa 
7. Documentação certa 
8. Compatibilidade medicamentosa 
9. Direito do paciente em recusar o medicamento 
 O RN tem imaturidade hepática e renal, o que 
interfere nos mecanismos de metabolização e excreção de 
fármacos. 
 
 Soma-se a estes fatores sua baixa tolerância ao uso 
de medicamentos orais, devido a incapacidade de 
absorção de medicamentos pela mucosa 
gastrintestinal, principalmente quando enfermos. 
 
 Assim grande parte da administração de 
medicamentos em RN é realizada por via parenteral. 
 
 O Enfermeiro Neonatologista deve ter conhecimento 
sobre o uso de fármacos na unidade neonatal, a fim de 
administrá-los de modo terapêutico, observando seus 
efeitos no RN, minimizando e controlando riscos possíveis 
e eventos adversos na sua administração. 
 
 Na administração de fármacos a clientela neonatal, 
devemos considerar que a resposta orgânica ao 
medicamento vai depender da dose, da gravidade da 
doença, da presença de alterações nas funções 
cardíaca, renal, e hepática do RN, além de conceitos 
importantes de farmacologia, como biodisponibilidade e 
mecanismos de farmacocinética dos fármacos. 
Farmacocinética 
• Absorção: ocorre a transferência do fármaco do local de 
administração para a circulação. 
 
 A via de administração do medicamento e o 
princípio ativo interfere no percentual de absorção. 
 
Ex.: 
- Via IV: é totalmente absorvido 100% com 
biodisponibilidade = 1,0 
- Outras vias: é parcialmente absorvido 80% com 
biodisponibilidade = 0,8 
 
 
• Distribuição: ocorre a transferência do fármaco do local 
de maior para o de menor concentração. 
 
 O fármaco livre é rapidamente metabolizado e 
excretado, e é a fração que efetivamente produz efeitos 
farmacológicos no organismo. 
 
 O fármaco ligado está nos tecidos ou ainda circula 
no plasma conjugado à albumina (fármaco ácido), ou a 
proteína plasmática (fármaco básico). 
• Metabolização: ocorre processos de biotransformação 
antes que fármaco seja efetivamente excretado do 
organismo. 
 
 Os fármacos lipossoluvéis necessitam ser 
convertidas em hidrossolúveis, geralmente esse processo 
acontece em nível hepático, para serem eliminados pelos 
rins. 
 
• Excreção: ocorre remoção do fármaco e dos seus 
metabólitos pela via renal. 
 
 Os fármacos podem ser excretados in natura ou 
podem ser excretados após biotransformação. 
Vias de Administração de Medicamentos 
no RN 
 
 A escolha da via dependerá das propriedades 
fisíco-químicas do fármaco, da finalidade terapêutica, 
da IG, do peso do RN e de sua condição clínica. 
 
• Pele: Tópica 
• Mucosa: Nasal; Ocular; Auricular; Brônquica; Vaginal 
• Enteral: Sublingual; Oral; Retal; Gástrica; Entérica 
• Parenteral: Intradérmica – ID; Subcutânea – SC; 
Intramuscular – IM; Intravenosa – IV 
Tópica 
 Consiste na administração de medicamentos na 
pele para evitar ou tratar lesões. 
 Administração deve ser realizada com a criança 
posicionada confortavelmente, aplicando a quantidade 
adequada na região indicada. 
 
Ex.: SF a 0,9% e álcool a 70%, óxido de zinco e ácido 
graxo essencial - AGE. 
Nasal 
 Consiste em instalar medicações sob a forma de 
gotas diretamente na mucosa nasal, onde ocorrerá a 
absorção. 
 Administração de medicamentos para assepsia, 
tratamento e alívio da congestão nasal. 
 Tapar uma das narinas e instalar as gotas na outra; 
em seguida, a criança deverá permanecer nessa posição 
por aproximadamente 1 minuto, para que o medicamento 
entre em contato com as superfícies nasais. 
 
Ex.: Soro fisiológico. 
Ocular 
 Consiste na aplicação de medicamentos no saco 
conjuntival, sob a forma de gotas ou de pomadas. 
 Administração de medicamentos para profilaxia, 
tratamento ou diagnóstico. 
 Coloca-se a criança deitada ou sentada, com a 
cabeça inclinada para trás. Com uma das mãos, puxa-se a 
pálpebra inferior para baixo e aplica-se a medicação, 
nunca direto no globo ocular. Posteriormente a pálpebra 
deve ser fechada. 
 
Ex.: Nitrato de prata a 1%, cloranfenicol e fenilefrina a 
2,5% ou tropicamida 0,5 a 1%. 
Auricular 
 Consiste na aplicação de medicamentos no canal 
auditivo. 
 Administração de medicamentos para profilaxia, e 
tratamento. 
 Puxa-se o pavilhão externo para baixo e para trás, 
para que a solução alcance todas as partes do canal 
auditivo. No caso de crianças maiores, segurar o pavilhão 
auricular para cima e para trás. A criança deve permanecer 
nessa posição por aproximadamente 3 minutos, para que 
as gotas não voltem. 
 
Ex.: Sulfato de neomicina. 
Enteral 
 Alguns medicamentos admitem a administração 
concomitante com leite. Entretanto outros devem ser 
administrados 30 minutos antes da dieta. 
 
 O que determina a possibilidade de administração 
oral ou o uso de sondas é a capacidade de coordenação 
dos reflexos de sucção e deglutição do RN, o peso do RN 
e a existência de patologias de base. 
Oral 
 Consiste na administração de medicamentos pela boca a 
fim de serem introduzidos no sistema digestório. 
 Para a administração de fármacos VO, podem ser 
utilizados conta-gotas, copos, medidores próprios para xaropes 
ou seringas, quando o medicamento estiver sob a forma líquida. 
 Se a mãe preferir administrar o medicamento ela 
mesma, pois a criança o aceitará melhor, isso não é contra 
indicado, mas nunca se deve deixar o medicamento com a mãe 
sem se certificar de que a criança o recebeu todo, auxiliando e 
orientando caso necessário. 
 
Ex.: Polivitamínicos, domperidona, bromoprida, sulfato ferroso, 
simeticona e noriporum. 
Retal 
 Consiste na introdução de medicamentos no reto, sob a 
forma de supositórios, clister ou outros. 
 A administração deve ser feita com o próprio recipiente 
da medicação ou por sondagem retal. 
 Deitar a criança em decúbito lateral direito. Afastar as 
nádegas com o polegar e o indicador. Com a outra mão 
introduzir o supositório, empurrando-o lentamente até que esteja 
inteiramente introduzido, e comprimir as nádegas por cinco 
minutos. 
 Geralmente utilizada para promover o estímulo da 
peristalse intestinal, seguido de evacuação e liberação de gazes 
intestinais. Indicado para: 
• RN em pós-operatório tardio de cirurgias abdominais 
• RN prematuro que apresenta icterícia 
• RN que permanece longos períodos sem evacuar 
 
Ex.: Supositório de glicerina. 
Parenteral 
 Cabe ao enfermeiro o planejamento dessa ação, 
que engloba as técnicas pelas diferentes viasde 
administração, orientação, e supervisão do pessoal 
técnico, interpretação terapêutica, preparo da criança e 
observância das possíveis reações adversas e sintomas 
de toxicidade. 
 
 Para garantir a segurança do cliente e o efeito da 
droga, o profissional deve elaborar a assistência de 
maneira a respeitar os preceitos técnicos da administração 
de medicamentos e o preparo psicológico de acordo com a 
faixa etária. 
 Ângulo da agulha: 
 
Intradérmica (ID) 
 Consiste na aplicação de solução na derme. 
 Os locais de aplicação da injeção intradérmica em 
pediatria são: face interna do antebraço, região escapular, 
porção inferior do deltóide, locais onde a pilosidade é 
menor e há pouca pigmentação, oferecendo um fácil 
acesso à leitura da reação dos alérgenos e da vacina. 
 
Ex.: Vacina BCG e testes de sensibilidade. 
Subcutânea (SC) 
 Consiste na aplicação de solução na tela 
subcutânea, isto é, na hipoderme. 
 Os locais para aplicar-se a injeção recomendados 
são: a parede abdominal, a face anterior e externa da 
coxa, a face anterior e externa do braço, a região glútea e 
a região dorsal, logo abaixo da cintura. 
 
Ex.: Insulina 
 Locais de administração de injeção subcutânea: 
Intramuscular (IM) 
 Consiste na aplicação de solução no tecido 
muscular. 
 A escolha do local deve respeitar os critérios 
baseados na quantidade e na característica da droga, 
condição da massa muscular, quantidade de injeções 
prescritas, locais livres de grandes vasos e nervos em 
camadas superficiais, acesso ao local e risco de 
contaminação, local apropriado, a inserção necessária da 
agulha, o tamanho apropriado da agulha e o ângulo 
apropriado para inserção. 
 Os locais da injeção intramuscular são: vasto lateral 
da coxa, ventrogútea, dorsoglútea e deltoíde. 
 Recomendações para administração de injeção IM: 
- Área de administração: vasto lateral da coxa 
- Até 0,25 ml para RN com peso < 2.000g 
- Até 0,5 ml para RN com peso > 2.000g 
- Agulha 13x4,5 ângulo de 45° 
- Agulha 25x7 ângulo de 45° com introdução apenas do 
bisel 
 
Ex.: Vitamina K e vacina Hepatite B 
 Local e volume de medicamentos intramuscular de 
acordo com a idade: 
 Locais de administração de injeção intramuscular: 
Intravenosa (IV) 
 Consiste na introdução de medicamentos 
diretamente na corrente venosa. 
 Não passa pelo processo de absorção e sua ação é 
imediata. 
 A seleção dos locais de punção venosa deve ser 
feita dos locais mais distais para os mais proximais. 
 Veias dos membros superiores: dorso da mão, 
antebraço, braço. 
 Veias dos membros inferiores: dorso do pé, 
tornozelo. 
 Veias da cabeça: região frontal, temporal e auricular 
posterior. 
 Recomendações para administração de injeção IV: 
- Terapia maior que 6 dias 
- Necessidade rápida de alto volume de medicamento 
- Via mais utilizada em neonatologia 
- Área de administração: brações e mãos, pernas e pés, 
cabeça e pescoço 
- Apresenta risco de flebite 
- Dispositivos intravenosos: acesso venoso periferico, 
cateter venoso periférico, cateter central de inserção 
periférica, cateter umbilical, flebotomia 
 
Ex.: Soros, hemoderivados, soluções com osmolaridade > 
450 ou pH < 6 e > 8, antibióticos, quimioterapicos e 
nutrição parenteral. 
 Locais de administração de injeção intravenosa: 
 
 Fluxograma de planejamento da administração de 
medicamento por via intravenosa em crianças: 
 A administração de medicamentos é uma das 
atividades mais sérias e de maior responsabilidade da 
enfermagem, e para realizá-la, faz-se necessário o 
conhecimento dos princípios científicos que a 
fundamentam como a farmacologia, a terapêutica médica 
no que diz respeito a ação, à dose, os efeitos colaterais, 
aos métodos e às precauções na administração das 
drogas. 
Referência 
• ARAÚJO, L. Almeida. Enfermagem na prática materno-
neonatal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
Obrigada! 
Proposta para Estudo: 
1. Qual o objetivo da terapia medicamentosa neonatal? 
2. Por que o Enfermeiro Neonatologista deve ter 
conhecimento sobre o uso de fármacos na unidade 
neonatal? 
3. Na administração de fármacos à clientela neonatal, o 
que devemos considerar sobre a resposta orgânica ao 
medicamento? 
4. Conceitue cada fase pelas quais o fármaco passa pelo 
organismo do RN: 
5. Do que depende a escolha da via de administração de 
medicamentos no RN? 
6. Comente sobre cada via que os fármacos podem ser 
administrados ao RN:

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