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GE - Prática Profissional II (ADM)_01

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Prática Profissional II (ADM)
UNIDADE 1
1
Para início de conversa
Olá, caro(a) aluno(a), tudo bem?
É um imenso prazer estar com você em mais um módulo de conhecimento. 
Hoje tenho o prazer de compartilhar um pouco da minha experiência profissional e também do meu 
conhecimento acadêmico. 
As empresas, como você já estudou, estão em um sistema aberto e complexo, realizam constantes trocas 
com o meio, influenciam e são influenciadas por fatores externos. 
 
Logo, o profissional da área de administração e o empreendedor, além da versatilidade e da visão 
sistêmica, precisam conhecer suas ferramentas de trabalho, de tal forma que suas atividades agreguem 
valor e contribuam para o alcance dos objetivos organizacionais.
Ao longo desta disciplina, vamos abordar as principais teorias da administração com uma dinâmica 
bastante lúdica, pois o conteúdo será apresentado com exemplos que apontam a aplicabilidade do 
conhecimento que você está adquirindo. 
Além disto, o material possui um corte transversal sobre os principais assuntos relacionados à prática da 
administração, meu objetivo é ampliar a sua visão em relação à gestão de um negócio!
Você verá que os assuntos abordados nas disciplinas de Empreendedorismo e Prática Profissional II 
serão novamente apresentados neste material, desta vez com uma dinâmica prática e com maior nível de 
aprofundamento.
Bons estudos!
orientações da disciPlina
Caro(a) aluno(a),
Apresento a seguir os assuntos que serão abordados nas unidades da disciplina Prática Profissional II:
Unidade i – o desaFio de eMPreender eM UM cenÁrio de MUdanças
•	 Inovação: 
Revisão do conceito de inovação incremental e de ruptura
O aprendizado organizacional e inovação sob a perspectiva do MEG (Modelo de Excelência da Gestão)
Jugaad: “Fazendo muito com pouco”
2
•	 O empreendedor:
Sustentabilidade e Responsabilidade Social
O intraempreendedor
Unidade ii – GestÃo de QUalidade aPlicada Às orGaniZações
•	 As etapas do desenvolvimento do produto
•	 Como garantir a confiabilidade dos processos através da metodologia Seis Sigma
•	 Padronização
•	 Certificação de qualidade e reconhecimentos voltados à qualidade
Unidade iii – avaliaçÃo da PerForMance do neGÓcio
•	 Matriz Ansoff
•	 Gerenciamento pelas Diretrizes
•	 Gerenciamento da Rotina do Dia a Dia
•	 Net Promoter Score: “A pergunta final”
•	 Estratégias de Marketing:
 Canibalização de produtos
 Marketing verde
•	 Sustentabilidade: o papel social das organizações
Unidade iv – o eMPreendedor e o adMinistrador na BUsca de MelHoria contínUa 
das orGaniZações
•	 Reestruturação de Processos
•	 Metodologia Canvas
•	 BPM
•	 A importância da consultoria externa e suas limitações
Palavras do ProFessor
Prezado(a) aluno(a),
Peço para que você lembre-se da última vez em que precisou fazer um exame de sangue. Agora, lembre-se 
da última vez em que você precisou chamar um eletricista para realizar algum reparo em sua residência. 
Agora vou pedir para você “refinar” estas lembranças! 
Certamente o profissional que coletou o seu sangue utilizou luvas de proteção, tinha em mãos uma seringa 
adequada aos seus vasos sanguíneos, após a coleta, ele identificou o material coletado, não foi este o 
processo realizado?
3
E o eletricista? Antes de iniciar o conserto, é bem provável que ele tenha desligado o disjuntor, 
interrompendo o fluxo de corrente elétrica; ele também deveria estar utilizando um sapato especial, para 
evitar o risco de um choque elétrico ou um curto circuito. 
Sua maleta deveria estar repleta de alicates, fitas isolantes, chaves de fenda, dentre outros. Após a 
realização do serviço, acredito que ele tenha realizado algumas checagens para identificar se o problema 
foi resolvido. Também é possível que este profissional tenha utilizado um multímetro ou um equipamento 
similar para medir a voltagem e/ou a corrente elétrica.
Agora, peço para que você avalie as atividades do administrador e do empreendedor dentro de uma 
organização. Assim como os profissionais que citei, temos uma série de ferramentas ao nosso dispor e 
uma imensa variedade de problemas a serem resolvidos.
Eis a questão, qual a ferramenta mais adequada para cada problema? O eletricista sabe quando deve 
utilizar um alicate de corte, a chave de fenda comum ou a do tipo “estrela”. O técnico em enfermagem 
também sabe qual agulha utilizar em um bebê e qual utilizar em um adulto. Este conhecimento foi adquirido 
através de conhecimento teórico e prático.
Meu objetivo ao longo desta disciplina é apresentar uma série de situações inerentes a uma organização 
e as ferramentas que o gestor tem ao seu dispor para resolver os problemas que surgem a cada dia! 
Para isto, nossos estudos permearão os conceitos de inovação, passarão pelas práticas de desenvolvimento 
de produtos, certificações de qualidade, conceitos de gestão mercadológica e chegará às ferramentas de 
melhoria contínua.
FiQUe atento
Este material que você está lendo agora é um guia de estudos que irá norteá-lo no estudo da disciplina 
de Prática Profissional II. Também teremos questionários, leituras complementares, dentre outros. Desta 
forma, “fique ligado” nos recursos que estão disponíveis no seu portal:
Guia de estudos: há um guia para cada unidade (quatro guias). Oriento que você leia todos os guias com 
bastante atenção, pois o conteúdo será abordado nas atividades e avaliações.
vídeos: para cada unidade há um ou mais vídeos. Eles foram preparados com bastante cuidado para que 
sejam objetivos e abordem os pontos principais da unidade em questão. Será um imenso prazer poder 
expressar através da minha voz e imagem os assuntos que escrevi nos guias de estudos! Recomendo que 
você os assista do início ao fim. Ah! Não me deixe “falando só”, viu?! Preste bastante atenção nos vídeos!
leitura complementar: ao longo do guia de estudos, eu citarei algumas fontes de leituras (livros, sites, 
artigos, dentre outros). Eu avisarei quando a leitura for obrigatória para que você direcione maior atenção 
ao conteúdo tendo em vista que ele poderá ser abordado nos questionários e avaliações da disciplina.
4
desafio colaborativo: trata-se de um fórum no qual você irá expressar a sua opinião, baseada na teoria 
aprendida, e também poderá (deverá, acredito que seja o melhor termo!) interagir com os seus colegas. 
tutor: ele(a) está à sua disposição para tirar dúvidas, esclarecer algum ponto da disciplina que você 
venha a ter dificuldades para assimilar.
Biblioteca virtual: sabe aquele momento em que você tem uma dúvida em um determinado assunto e 
sente que precisa de uma segunda “visão” a respeito? Ou quem sabe, você gostou tanto de um assunto 
que sentiu a curiosidade de aprofundar seus conhecimentos. Lá na Biblioteca Virtual você irá encontrar 
títulos que irão te ajudar neste processo de desenvolvimento.
Viu? Não faltam fontes de conhecimento para o seu desenvolvimento. 
Então vamos lá? Mãos à obra!
1. inovaçÃo
A inovação é uma importante diretriz nas organizações. Diante de um ambiente cada vez mais imprevisível 
e diversificado, o grande desafio é gerar crescimento e inovação com recursos cada vez mais escassos. 
Desta forma, a “fórmula da inovação” tradicionalmente utilizada: caros projetos de Pesquisa e 
Desenvolvimento de Produtos (P&D), processos de inovação rígidos que partiam da alta administração e 
eram absorvidos pelos níveis mais baixos estão passando por um processo de adaptação!
GUarde essa ideia!
É isto mesmo, caro(a) aluno(a), a volatilidade do mercado exige do empreendedor um maior nível de 
criatividade, ao passo que, os recursos disponíveis são cada vez mais limitados, é o que chamamos de 
“fazer mais com menos”.
A vantagem competitiva está associada à capacidade das organizações inovarem em seus produtos e 
processos. Estamos na Era do Conhecimento, ou seja, é necessário que o capital intelectual da organização 
seja direcionado ao atendimento das necessidades do público-alvo com baixo custo, flexibilidade e 
qualidade.
Inovaré criar algo novo. Mas você sabe a diferença entre inovação incremental e de ruptura?
A inovação incremental é aquela em que há uma melhoria, um aperfeiçoamento de um produto ou um 
processo já existente. Vou citar um exemplo, as baterias dos celulares tiveram sua performance melhorada 
com o passar do tempo. As primeiras baterias duravam apenas duas horas, hoje algumas baterias já 
duram cerca de dois dias. Através da tecnologia, o produto já existente foi melhorado considerando a 
necessidade do público-alvo.
5
Fonte: http://sereduc.com/3qbm6Z
Já a inovação de ruptura, representa uma quebra de paradigma em algo que não existe. Algo novo é 
criado. Assim, a inovação de ruptura também pode ser chamada de inovação radical. Trata-se de uma 
inovação que revolucionada um determinado mercado, pois introduz um novo produto ou uma solução por 
meios diferentes dos habituais.
exeMPlo
Vou utilizar como exemplo de inovação radical, os tablets. Os usuários destes produtos prezam pela 
portabilidade, navegabilidade, peso leve e facilidade no transporte. Até então, não tínhamos um 
equipamento com estas características! 
Acrescento que normalmente os produtos frutos da inovação de ruptura são lançados no mercado com 
preços altos e um desempenho razoável. Posteriormente, sofrem inovações incrementais de modo que 
sua performance seja melhorada, seus custos de produção e preços sejam reduzidos.
http://sereduc.com/3qbm6Z
6
Fonte: http://sereduc.com/v4meou
Destaco que nem sempre é fácil classificar nas organizações se uma inovação é de ruptura ou incremental, 
contudo é uma tarefa extremamente necessária, pois é preciso identificar o impacto da inovação nas 
estratégias organizacionais e sua representatividade nos ganhos e no fluxo de caixa. 
Além disto, para inovar as empresas dependem de informações que estão dentro dela e fora, no 
macroambiente, logo se espera que o empreendedor e sua força de trabalho, caso haja, possuam uma 
visão sistêmica do negócio.
Logo, o processo de inovação é baseado em uma relação de interação entre os contextos sociais, pois 
uma inovação tem como objetivo atender a uma demanda da sociedade; mercadológicos e econômicos 
tendo em vista que nesta relação de troca acontece mediante a circulação de capital.
Para que as organizações gerem vantagem competitiva, alguns velhos conceitos precisam ser 
“chacoalhados”. Não se pode condicionar o processo de inovação a uma área da organização, ao setor 
de Pesquisa e Desenvolvimento, por exemplo. Assim, temos uma nova perspectiva, em que há uma 
valorização do conhecimento e do capital intelectual de tal forma que toda a força de trabalho, além 
das competências necessárias para desempenhar suas atividades de rotina, possua a capacidade de 
identificar, reportar e implantar melhorias em suas áreas.
Falo isto porque nem todas as empresas possuem capital para contratar engenheiros, designers e outros 
profissionais para integrar um núcleo de desenvolvimento de produto. Tal circunstância não implica em 
desuso das técnicas de planejamento e desenvolvimento de produtos.
Deixo bastante claro que a metodologia de desenvolvimento de produtos deve ser aplicada garantindo 
o sucesso da estratégia empresarial. Este assunto será abordado na segunda unidade desta disciplina.
Estamos falando do aprendizado organizacional. Dentre as tantas vertentes da literatura, escolhi a linha 
de raciocínio do MeG - Modelo de excelência da Gestão para tratarmos deste assunto.
http://sereduc.com/v4meou
7
você saBia?
O MEG fornece uma série de diretrizes, que podem e devem ser aplicados em empresas 
dos mais diversos portes e segmentos de atuação, cujo objetivo é a melhoria contínua 
dos seus processos, atendimento às necessidades da sociedade e, por fim e não menos 
importante, o aumento da lucratividade do negócio.
 
Fonte: http://sereduc.com/6FSDEt
Como você pode ver na figura acima, os oito Fundamentos da Excelência do MEG são:
1. Pensamento sistêmico; 
2. Aprendizado organizacional e inovação; 
3. Liderança transformadora; 
4. Compromisso com as partes interessadas;
5. Adaptabilidade;
6. Desenvolvimento sustentável;
7. Orientação por processos;
8. Geração de valor.
???
http://sereduc.com/6FSDEt
8
Como você pode ver, o fundamento “Aprendizado organizacional” faz a conexão dos demais fundamentos 
do MEG. Com isto, podemos dizer que o MEG preza pela busca e alcance de um novo patamar de 
conhecimento nas organizações por meio do compartilhamento de experiências, percepção, reflexão e 
avaliação dos processos pela força de trabalho. Além disto, preza por um ambiente propício à criatividade, 
a experimentação e implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial competitivo às 
organizações.
Praticando
Agora você deve estar se perguntando: Tenho a minha empresa, como posso colocar em prática o 
fundamento Aprendizado Organizacional? Como esta teoria se aplica a minha realidade? Ou então, você 
pode estar pensando, como posso colocar em prática este fundamento na empresa na qual trabalho?
O primeiro ponto, caro(a) aluno(a), é importante que a sua força de trabalho esteja capacitada. Isto mesmo! 
É necessário que sua equipe esteja “por dentro” das principais novidades do seu segmento, que conheça 
ferramentas e teorias que podem ser aplicadas no seu dia a dia. 
 
visite as PÁGinas
Prezado(a) aluno(a), com o acesso à internet, temos ao nosso dispor uma infinidade de 
fontes de informação e cursos gratuitos. Deixo abaixo alguns links de cursos gratuitos 
nos quais você pode ampliar o seu leque de conhecimentos e também pode direcioná-
los aos seus colaboradores, caso atue como empreendedor. 
 SEBRA EAD FUNDAÇÃO BRADESCO ENDEAVOR
Além da capacitação, é importante que haja um ambiente que possibilite a inovação e o aprendizado. Para 
isto, cito alguns pontos importantes:
•	 os dirigentes devem compartilhar informações com seus colaboradores: é importante que 
todos conheçam a missão, a visão, a estratégia do negócio, as metas e os resultados. Só assim é possível 
que a força de trabalho (todos os níveis organizacionais, estratégico, tático e o operacional), direcionem 
suas forças para alcançar os objetivos organizacionais.
•	 os dirigentes devem ampliar os seus conhecimentos e aplicá-los na organização: este 
conhecimento pode ser adquirido através de cursos acadêmicos, cursos livres, participação em feiras e 
congressos, cursos on-line, dentre outros. Em suma, trata-se do constante investimento em conhecimentos 
que auxiliem os dirigentes na gestão da empresa.
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ead
http://www.ev.org.br/Paginas/Home.aspx
https://endeavor.org.br/cursos/
9
•	 identificação de oportunidades de inovação em fontes externas: é importante que se esteja 
atento às tendências de mercado que podem afetar o negócio. Vou citar um exemplo, nos últimos anos 
tivemos um “boom” no uso de smartphones, com isto, os fabricantes destes aparelhos perceberam 
que havia um segmento paralelo que poderia ser explorado, trata-se do segmento de acessórios. Logo, 
passaram a produzir fones de ouvido, capas de celulares, óculos 3D, dentre outros.
•	 incentivo para que os colaboradores apresentem ideias que se convertam em inovações: 
muitas vezes o colaborador que está em contato com o cliente ou na linha de produção tem uma ideia 
que pode “mudar” o negócio, contudo, não tem a abertura para falar desta ideia. Quando uso o termo 
“abertura” me refiro aos canais de comunicação, participação em reuniões e livre acesso aos superiores 
hierárquicos. As oportunidades de inovação devem ser incentivadas formalmente, de forma que as ideias 
apresentadas pela força de trabalho possam ser convertidas em inovação incremental e de ruptura. 
Destaco que estas melhorias podem acontecer no serviço ou produto final que é entregue ao cliente e 
também podem estar relacionados aos processos organizacionais. 
exeMPlo
Numa das empresas na qual dei consultoria,identifiquei que os colaboradores tinham várias ideias, 
contudo não tinham acesso ao seu superior hierárquico para apresentá-las. 
Tratava-se de uma empresa de pequeno porte do ramo de móveis planejados para indústria. Por questões 
contratuais e éticas não posso citar nomes ou dar maiores detalhes, contudo você irá perceber a 
aplicabilidade do fundamento do MEG que acabei de explicar.
 
Após algumas análises do ambiente organizacional implantei o programa “O meu negócio”, a ideia chave 
deste programa foi envolver toda a força de trabalho nos objetivos organizacionais, tendo como princípio 
o fundamento do Aprendizado Organizacional e Inovação. 
Seguem abaixo as ações implementadas:
1. O setor de RH ficou responsável por comunicar o programa aos colaboradores, implementar e manter 
o plano de incentivo que citarei mais à frente. 
2. Foi instalada no pátio fabril da empresa uma caixa de acrílico e junto dela havia um cartaz chamado 
“Minhas contribuições”. Os colaboradores poderiam a qualquer momento escrever sugestões de melhoria 
nos processos e produtos da empresa em um papel e depositarem na caixa.
3. Mensalmente a caixa deveria ser aberta em uma reunião conduzida pelo dirigente da empresa. Ele 
era o responsável por ler as sugestões nesta reunião e realizar um brainstorming, ou seja, refinar as ideias 
apresentadas.
4. Nestas reuniões mensais o dirigente relembrava à equipe a missão e a visão da empresa. Além disto, 
apresentava os resultados do mês anterior e o quão próximo à empresa estava das metas propostas para 
o ano.
10
5. Neste encontro o empreendedor deveria apresentar a sua força de trabalho as melhorias que 
implantou na empresa no último mês considerando os cursos ou outros meios de capacitação no qual 
participou recentemente.
6. Os colaboradores que tivessem suas ideias implementadas receberiam uma bonificação financeira 
conforme descrito no plano de incentivo apresentado pelo setor de RH.
Agora vou contar para você a melhor parte da história, os resultados! Destaco os três principais ganhos 
da empresa com este projeto que implantei nesta organização:
a) Após um congresso realizado no Rio Grande do Sul, o gestor da empresa adquiriu um equipamento que 
aumentou a capacidade produtiva da empresa.
b) Uma ideia de mudança de layout na linha de produção dada por um colaborador, além de eliminar os 
riscos de acidente, contribuiu para a eficiência operacional.
c) Um colaborador havia trabalhado como eletricista em uma indústria anteriormente, e nesta época 
sentia a necessidade de um tipo de bancada que além de ser isolada eletricamente fosse resistente aos 
impactos mecânicos. Esta bancada era vendida apenas por dois fornecedores, um europeu e outro norte 
americano. Logo a relação custo-benefício nem sempre era viável, além disto, as barreiras do idioma e 
alto tempo de entrega faziam com que ele trabalhasse na época com uma bancada improvisada. 
Diante disto, escreveu esta sugestão de produto na caixa de “Minhas sugestões”. A ideia foi bem 
recebida pelo dirigente da empresa na reunião mensal, posteriormente o produto foi desenvolvido e 
quando lançado no mercado foi bem recebido, pois além do baixo custo, os clientes poderiam dar detalhes 
na especificação, ou seja, o produto era personalizado. Com isto, a lucratividade do negócio aumentou.
dicas
Destaco que você irá estudar no final desta unidade sobre o intraempreendedor. Logo, 
recomendo que você guarde na sua memória o conteúdo desta leitura para que possa 
fazer a relação com este novo conceito mais à frente!
Você conhece o conceito de inovação ou engenharia frugal? 
Não? Vou explicar a seguir.
GUarde essa ideia!
A inovação frugal ou engenharia frugal é um tipo de inovação baseada no processo de redução de custos 
e mitigação de recursos que não são essenciais em um bem durável. Ficou complicado? Não se preocupe, 
vou dar mais detalhes!
11
Nossa sociedade é marcada pela desigualdade social, de um lado temos poucas pessoas com muito 
dinheiro, do outro, temos muitas pessoas com pouco dinheiro. Acontece que por um tempo as empresas 
estavam focadas em atender às necessidades das pessoas com maior renda e “deixando de lado” o 
público das classes mais baixas.
Acontece que todos nós temos necessidades que precisam ser supridas, alimento, vestuário, abrigo, 
água potável, etc., e como vimos, não há um equilíbrio social que permita que todos tenham acesso aos 
mesmos produtos e serviços.
Pensando no público de baixa renda, surge a inovação frugal, ou engenharia frugal, cujo objetivo é 
simplificar produtos, tornando-os acessíveis às classes mais baixas. 
exeMPlo
Vou citar um exemplo, na imagem abaixo, a renda de um morador de um dos apartamentos é “n” vezes 
superior quando comparada a de um morador da comunidade vizinha. O espaço do apartamento é 
planejado, ou seja, há um lugar para a máquina de lavar, outro para o fogão e assim por diante.
Vamos para as semelhanças, tanto o morador do apartamento como o morador da casa simples da 
comunidade precisam utilizar roupas limpas, correto? 
Agora eu pergunto: Será que o morador de baixa renda possui condições financeiras para adquirir uma 
máquina de lavar de alta performance, que lave e seque as roupas? Será que cabe uma máquina de lavar 
potente em sua residência? Será que o consumo de energia elétrica de uma máquina de lavar cabe em 
seu orçamento mensal?
Fonte: http://sereduc.com/J9vRnM
http://sereduc.com/J9vRnM
12
Foi pensando nesta parcela da população que estava “à margem” do mercado, que muitas empresas 
passaram a produzir produtos mais simples com menor custo e menor preço de venda. Neste caso, como 
produto similar à máquina de lavar, temos os populares “tanquinhos” que apesar de não terem funções 
mais avançadas como a secagem de roupas atende à necessidade de lavar roupas com baixo esforço 
manual. 
Fonte: http://sereduc.com/VSjm6f
O foco da empresa que realiza o processo de engenharia frugal é alcançar a população que está na base 
da pirâmide possibilitando que estas pessoas usufruam de produtos e serviços que antes não tinham 
acesso, reduzindo assim as desigualdades sociais e possibilitando a integração social.
Seguindo esta linha de raciocínio apresento a você um novo termo para o seu dicionário: Jugaad é uma 
palavra de origem hindu que significa “um conserto inovador, uma solução improvisada com base na 
engenhosidade e inteligência”.
leitUra coMPleMentar
No livro “A inovação do improviso” os autores Radjou, Prabhu e Ahuja, explicam por que menos é mais na 
construção de riquezas e resultados. 
Para os autores a inovação jugaad está apoiada em seis princípios. São eles:
1. Buscar oportunidade na adversidade
As restrições do meio ambiente devem ser encaradas pelo empreendedor jugaad como um fator 
condicionante à inovação. As inovações improvisadas, na maioria das vezes, surgem em países com baixa 
infraestrutura e poucos recursos. É o caso da inovação jugaad de Kanak Das, um indiano que cansou 
de andar de bicicleta “aos solavancos” provocados pelos buracos nas estradas e resolveu utilizar esta 
adversidade ao seu favor.
Kanak improvisou um dispositivo na sua bicicleta de modo que o impacto provocado pelos buracos se 
converta em energia de aceleração. 
http://sereduc.com/VSjm6f
13
Fonte: http://sereduc.com/VtPDKC
2. Fazer mais com menos
Sabemos que os recursos naturais estão cada vez mais escassos. Estamos pagando um alto preço pela 
exploração ambiental desmedida provocada pelo homem desde a Revolução Industrial. Diante disto, todas 
as empresas, de microempresas a grandes companhias, precisam reutilizar e recombinar os recursos que 
já utilizam. Vou citar como exemplo a Safaricom que lancou em 2007 um serviço chamado M-PESA no 
Quênia.
A empresa percebeu que no Quênia apenas 10% da população tinha acesso aos serviços bancários, 
contudo, 50% da população possuía aparelhos celulares. Com os recursos já disponíveis, as redes 
telefônicas, a empresa criou um serviço de SMS que permite que as pessoas paguemcontas, poupem e 
transfiram dinheiro pelo celular sem precisar de uma conta bancária! 
Fonte: http://sereduc.com/AaZFdU
3. Pensar e agir com flexibilidade
Os inovadores jugaad questionam constantemente o status quo das coisas e este comportamento acaba 
os direcionado à inovação. Muitas empresas de comunicação impressa, jornais e revistas, se viram em 
apuros mediante a expansão e a velocidade das informações com o surgimento da internet. Não foi o caso 
da NYTC (New York Times Company) que, em vez se se amedrontar e for “engolida” pelos blogs e redes 
sociais decidiu se reinventar.
A empresa criou um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento no qual busca se antecipar às 
tendências de consumo e tecnologia. Dentre os produtos desenvolvidos, destaca-se o vínculo do site da 
companhia com o Google Earth no qual permite que o leitor veja no mapa o local citado nas notícias.
http://sereduc.com/VtPDKC
http://sereduc.com/AaZFdU
14
As empresas, independente do seu tamanho, localidade ou segmento de atuação, precisam ser flexíveis 
de modo a identificar as mudanças no contexto social e se adaptarem que continuem atendendo às 
necessidades do seu público-alvo.
4. Manter a simplicidade
Steve Jobs foi um dos mestres da simplicidade no desenvolvimento de produtos. Jobs acreditava que era 
necessário dizer “não” a uma série de coisas para garantir que a empresa não tome o caminho errado ou 
tente fazer demais.
5. incluir os marginalizados 
O termo “marginalizados” está relacionado às pessoas que estão às margens do mercado comum, a 
exemplo dos consumidores de baixa renda que optam em comprar um tanquinho em vez de uma máquina 
de lavar de última geração e os quenianos que passaram a ter acesso aos serviços bancários mediante a 
proposta de valor entregue pela Safaricom.
6. seguir seu coração
É impossível falar de inovação e empreendedorismo sem citar este “lado emocional”. Os empreendedores 
utilizam a intuição, a emoção e a empatia para iniciar e tocar seu negócio.
Nos guias das próximas unidades abordaremos um livro que está bastante relacionado com este princípio 
jugaad, trata-se do livro “O segredo de Luísa”. Nele o autor Fernando Dolabela conta como uma jovem 
estudante de odontologia percebe que sua felicidade não está nos consultórios, e sim na cozinha. Este 
livro é um clássico quando o assunto é empreendedorismo e desenvolvimento de produto, mas não fique 
ansioso, em breve iremos conhecer esta história mais de perto.
Para reFletir
Nas disciplinas anteriores você aprendeu que o termo empreendedorismo significa resolver um problema 
ou uma situação complicada. Para isto, o empreendedor deve possuir uma série de características e 
também buscar o seu constante desenvolvimento.
A atual conjuntura econômica do nosso país torna cada vez mais árdua a tarefa de empreender, contudo, 
como já estudamos as adversidades devem ser uma mola propulsora à inovação. 
Uma das vertentes para que o empreendedor tenha sucesso atualmente é o investimento em práticas 
sustentáveis e sociais. Mas não se preocupe, estudaremos este assunto nos próximos tópicos deste guia 
de estudos.
2. o eMPreeendedor coMo aGente social
Caro(a) aluno(a), você já parou para pensar sobre o impacto das organizações na sociedade? As empresas, 
como você já sabe, estão inseridas em um ambiente, desta forma, sua existência impacta nos seus 
fornecedores, clientes, acionistas, bancos, governos, na natureza, concorrentes, dentre outros.
15
Logo podemos dizer que a responsabilidade de uma empresa está relacionada ao seu poder de modificar 
algo. Se você observar, verá que a missão de uma organização traz consigo a sua reponsabilidade enquanto 
agente social. Veja os casos abaixo: 
exeMPlos
Casas Bahia: 
A empresa tem como missão realizar os sonhos de seus consumidores, oferecendo acesso facilitado ao 
crédito e trabalhando com um modelo de gestão focado na simplicidade, no respeito e na dedicação total 
aos colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros comerciais. Fonte: http://institucional.casasbahia.com.
br/empresa/nossa-historia
Natura: 
Nossa missão é promover o bem estar bem. Fonte: http://www.natura.com.br/a-natura/sobre-a-natura
Hospital Samaritano São Paulo: 
Somos comprometidos com a segurança e assistência à saúde, eficiência operacional e alto desempenho, 
respeito à diversidade e acolhimento diferenciado, atuando com responsabilidade social. Fonte: http://
samaritano.com.br/institucional/missao-visao-e-valores/
Para resUMir
Você percebeu? Cada missão traz consigo o propósito da organização na sociedade. A importância do 
papel social da organização também se estende em uma visão legal. 
Desta forma, as empresas são consideradas como instituições sociais, pois são responsáveis por abastecer 
a sociedade com seus bens e serviços, gera emprego e renda, além disto, geram receita ao Estado através 
das tributações.
Percebemos então que as empresas tomaram para si a responsabilidade de proporcionar o bem-estar da 
população. Logo, a responsabilidade social está atrelada ao compromisso da organização em relação à 
sociedade expressa através de atitudes que afetem de modo amplo um segmento em específico.
Com isto, a organização assume um papel moral que busca o desenvolvimento sustentável. Em linhas 
gerais, podemos considerar a responsabilidade social como qualquer ação que contribua para a melhoria 
da qualidade de vida da sociedade.
A Constituição de 1988, também chamada de Carta Magna, foi o marco para garantir a função social da 
propriedade. Em seu artigo 5º está descrito o seguinte: 
http://institucional.casasbahia.com.br/empresa/nossa-historia
http://institucional.casasbahia.com.br/empresa/nossa-historia
http://www.natura.com.br/a-natura/sobre-a-natura
http://samaritano.com.br/institucional/missao-visao-e-valores/
http://samaritano.com.br/institucional/missao-visao-e-valores/
16
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…]
XXII - é garantido o direito de propriedade
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social”.
Veja este outro artigo em que a Constituição aborda a função social da propriedade:
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios:
[...]
II - propriedade privada
III - função social da propriedade”.
Estes dois artigos nos mostram a intervenção do Estado com o propósito de garantir que os interesses 
sociais e coletivos sejam preservados, e por consequência, que a ordem econômica do país seja mantida.
visite as PÁGinas
Recomendo que você acesse o link e leia a Constituição Federal 
na íntegra. Esta leitura não é obrigatória, contudo, o conteúdo 
ampliará a sua visão em relação às organizações no contexto 
social. Clique aqui para acessar.
Além da Constituição Federal, trouxe para você um trecho do 
Código Civil no qual define quem pode ser empresário.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Recomendo também que você acesse o link e leia o Código 
Civil na íntegra. Esta leitura não é obrigatória, contudo, você irá 
aprender sobre as classificações das sociedades empresariais e 
suas particularidades. Clique aqui para acessar.
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
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Para reFletir
Muitas vezes, caro(a) aluno(a), um novo negócio surgeda necessidade do empreendedor e não do mercado. 
Por exemplo, algumas pessoas ao serem demitidas optam em abrir um negócio e iniciar sua jornada no 
empreendedorismo. 
Contudo, é importante que este profissional busque conhecimentos e apoio junto às instituições como 
o SEBRAE, de tal forma que o negócio além de gerar recursos para o empreendedor seja sustentável, 
impactando positivamente no meio onde está inserida. Além disto, a visão do empreendedor precisa ser 
ampliada de modo que consiga enxergar e atender às necessidades de um segmento alvo.
O conceito de sustentabilidade está apoiado no tripé das perspectivas ambientais, sociais e econômicas. 
Um negócio que visa o lucro do acionista, mas destrói o meio ambiente e não paga o salário dos 
colaboradores em dia não pode ser considerado como um negócio sustentável, pois um dos pilares não 
está equilibrado. 
Fonte: http://sereduc.com/Fe3mxd
Estamos na Era da Economia da Sustentabilidade na qual preza pela produção continuada e o consumo de 
bens e serviços, de modo que haja desenvolvimento econômico com as condições ambientais preservadas. 
É necessário que a interferência do homem no meio ambiente não comprometa o acesso das gerações 
futuras aos recursos ambientais!
http://sereduc.com/Fe3mxd
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veja o vídeo!
Sugiro que você assista ao vídeo “A história das coisas” (Duração 
00:21:17). Nele você irá verificar a importância da sustentabilidade 
para os negócios e para a sociedade. Este vídeo é obrigatório, pois 
seu conteúdo poderá ser abordado nas atividades ou avaliações 
desta disciplina. Depois volte aqui, pois estamos chegando ao fim 
do conteúdo desta unidade. Clique aqui para assistir.
Para reFletir
De forma complementar trago para você, caro(a) aluno(a), a visão do filósofo brasileiro Mario Sérgio 
Cortella quanto à ética organização, fator diretamente relacionado ao tripé da sustentabilidade.
Caso você não o conheça, Mario Sergio Cortella  (Londrina,  5 
de março de 1954) é um filósofo, escritor, educador, palestran-
te e professor universitário brasileiro mais conhecido por divul-
gar com outros intelectuais como  Clóvis de Barros Filho, Lean-
dro Karnal, Renato Janine Ribeiro e Luiz Felipe Pondé, questões 
sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea. Fonte: 
http://sereduc.com/hetVXR
No livro “Qual é a tua obra”, Cortella afirma que as empresas que querem optar por sua perenidade, 
ou seja, as que querem ser duráveis precisam estabelecer uma forte relação entre a ética e a visão 
estratégica do negócio. O autor traz a ética venerada nos livros de filosofia para o dia a dia das organizações, 
apontando que empresas que optam por mão de obra infantil ou não registram a carteira de trabalho de 
seus colaboradores estão fadadas ao fracasso. Segundo o autor, os temas: transparência na gestão, 
responsabilidade social, ética empresarial e governança corporativa vieram à tona nos últimos anos por 
dois fatores. 
O primeiro é que muitas empresas precisaram abrir o seu capital e ficaram submissas aos controles 
governamentais acerca de sua lisura e honestidade. 
GUarde essa ideia!
Quando uma companhia decide abrir seu capital quer dizer que ela vai deixar de ser uma sociedade 
fechada (cujos títulos circulam de forma particular) para ser uma empresa que negocia seus títulos de 
forma aberta. Caso você tenha lido o Código Civil brasileiro, viu que há um tópico da lei destinado às 
particularidades da Sociedade Anônima.
https://www.youtube.com/watch?v=Iajta7OZLX8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Londrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/5_de_mar%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/5_de_mar%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/1954
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palestrante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palestrante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor_universit%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%B3vis_de_Barros_Filho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leandro_Karnal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leandro_Karnal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renato_Janine_Ribeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Felipe_Pond%C3%A9
http://sereduc.com/hetVXR
19
O segundo fator é que em sociedades democráticas o lema “fazemos qualquer negócio” já não é mais 
aceito, ou seja, estamos enquanto consumidores, preocupados a respeito da origem dos produtos que 
consumidos, da atuação das empresas em relação ao meio ambiente e à sociedade.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) existem 168 milhões de crianças trabalhadoras 
em todo o mundo. O mapa abaixo elaborado pela consultoria britânica Maplecroft, aponta a concentração 
deste problema. Vemos que o problema da mão de obra infantil não está concentrado apenas nos países 
subdesenvolvidos, ao passo que vemos muitos países desenvolvidos sinalizados na cor vermelha. 
Fonte: http://sereduc.com/niDAvM
A OIT estima que o boicote dos consumidores às empresas que utilizam mão de obra infantil pode reduzir 
a exploração da mão de obra infantil.
Para resUMir
As empresas que se envolvem em crimes ambientais, que não cumprem os seus prazos, que não cumprem 
a legislação trabalhista têm vida curta no atual contexto social. Neste sentido, vem à tona o comportamento 
e a ação da empresa em relação aos seus stakeholders (partes interessadas). 
Diante disto, as ações de responsabilidade social só podem existir dentro do que consideramos como 
padrões éticos de comportamento, de forma que o resultado da equação: o que eu quero e o que o outro 
precisa, seja positivo para ambos os lados e não afete negativamente terceiros.
Peter Drucker, considerado o pai da administração, afirma que o desempenho econômico é a principal 
responsabilidade de uma empresa. Uma organização que tem constantes prejuízos, que utiliza seu capital 
de forma irresponsável, que agride ao meio ambiente e não paga seus impostos, é irresponsável, pois não 
cumpre a sua função na sociedade.
Compete ao empreendedor, direcionar os seus esforços para que a missão da sua empresa seja alcançada. 
Além do empreendedor, as pessoas que compõem a organização também devem assumir este papel, 
estamos falando do intraempreendedor.
http://sereduc.com/niDAvM
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intraempreendedor
O intraempreendedor é aquele colaborador que observa constantemente o seu local de trabalho e está 
satisfeito, pois acredita que é possível encontrar uma maneira melhor de fazer as coisas. 
É através dele que as inovações acontecem e ocorrem, os custos baixam e a qualidade aumenta. O grande 
desafio para os empreendedores está em fazer aumentar o número de colaboradores com este tipo de 
visão no seu quadro de funcionários.
GUarde essa ideia!
Caro(a) aluno(a), sempre que falo do intraempreendedor, gosto de usar a expressão “dor de dono”. Parece 
estranho, mas você vai entender:
Imagine que você está passando pelo pátio da sua empresa e vê que a tinta utilizada para pintar as peças 
está sendo desperdiçada devido a um furo na mangueira que leva a tinta até os jatos. Imediatamente você 
irá lembrar-se do custo desta matéria-prima e irá mover todos os meios para eliminar este desperdício. 
O colaborador que tem “dor de dono” também terá esta atitude, ele se vê como dono dos seus processos 
e sabe que a manutenção da sua renda está condicionada à existência da organização, portanto, fará de 
tudo para que não haja desperdícios.
leitUra oBriGatÓria
Prezado(a) aluno(a), recomendo que você leia a matéria disponível 
na página do administradores.com e identifique a relação do 
intraempreendedorismo com a competitividade das organizações. 
Esta leitura é obrigatória, pois seu conteúdo poderá ser abordado 
nas atividades e avaliações desta disciplina. Clique aqui para 
acessar.
Palavra Final
Olá, aluno(a)!
Chegamos ao final da primeira unidade da disciplina Prática Profissional II. Espero que o conteúdo visto 
até o momento tenha sido proveitoso para o seu desenvolvimento acadêmico e profissional. 
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/afinal-de-contas-o-que-e-um-intra-empreendedor/55872/http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/afinal-de-contas-o-que-e-um-intra-empreendedor/55872/
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Antes de fazer uma breve revisão do que foi apresentado nesta unidade, quero trazer para você dois 
conceitos que muitas vezes são empregados como sinônimos, mas possuem significados diferentes, me 
refiro ao crescimento econômico e ao desenvolvimento econômico. O crescimento econômico é o aumento 
da capacidade produtiva de uma economia que é medido a partir do Produto Interno Bruto (PIB). 
Já o desenvolvimento econômico está diretamente relacionado à qualidade de vida da população e pode 
ser medido através de indicadores voltados à educação, saúde, renda, pobreza, dentre outros. 
Destaco que o crescimento e o desenvolvimento econômico não estão relacionados, ou seja, um país 
pode ter um alto PIB e permanecer uma desigualdade social gritante tendo em vista que o crescimento 
econômico só favoreceu uma parcela pequena da população.
Tratando-se de responsabilidade social, competem às organizações, privadas e públicas empenharem 
esforços para que o meio ambiente seja preservado, as relações mercadológicas sejam pautadas na ética 
e que haja uma busca constate na melhoria de vida da população.
Para que este contexto filosófico que apresentei agora aconteça na prática, compete ao empreendedor 
e ao o profissional da área de administração, aplicarem todo o conhecimento disponível, de forma que, 
os recursos disponíveis sejam utilizados de forma eficiente e que os colaboradores se sintam como parte 
importante da organização tendo sua capacidade intelectual preservada e estimulada pela alta gestão.
Além disto, a inovação deve estar presente no dia a dia das organizações. É através de melhorias incrementais 
e de ruptura que os processos e produtos são melhorados com vistas a atender satisfatoriamente os 
clientes internos e externos. 
Vimos também que o Modelo da Excelência da Gestão preza pelo intraempreendedorismo ao passo que 
orienta os gestores a estimularem sua força de trabalho a propor melhorias, bem como, os orienta a 
divulgar e persistir na busca de resultados positivos da organização através da transparência na gestão 
corporativa.
Você estudou também sobre o conceito do jugaad. Viu que existe uma grande parcela da população 
mundial que não consegue ter acesso há alguns serviços básicos e com um pouco de criatividade e 
improviso, muitos empreendedores estão lucrando em segmentos de mercado que são desprezados pelo 
mercado tradicional.
O conceito do jugaad, como você viu, está bastante relacionado à sustentabilidade. A ideia central é 
fazer mais com menos de forma que a sociedade seja cada vez mais igual, equilibrando o tripé: meio 
ambiente, economia e sociedade. 
Ufa! Vimos muitos assuntos nesta unidade e só estamos começando! Na próxima unidade, você irá 
aprender sobre as fases de desenvolvimento de um produto! 
Depois que você leu todo o material no guia de estudo, links sugeridos e livro-texto, agora você pode fazer 
as atividades disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para consolidar o aprendizado. 
22
Lembre-se: 
Caso você tenha alguma dúvida, entre em contato com o seu tutor. Ele está à sua disposição para orientá-
lo(a).
Encontramos-nos na próxima unidade.
Até lá!
reFerências BiBlioGrÁFicas
Neste guia citei alguns trechos dos livros abaixo. Recomendo a leitura destes livros de forma complementar, 
e não obrigatória.
Qual a tua obra: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética.
Mario Sérgio Cortela. Editora Vozes, 2013. 21ª edição.
a inovação do improviso: jugaad inovation. Por que menos é mais na construção de riquezas e 
resultados. Navi Radjou, Jaideep Prabhu Simone Ahuja. Editora Campus, 2012.

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