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ESTÁGIO ANA PAULA NUNES

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FACULDADE FUTURA
ANA PAULA NUNES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 PROJETO PRÁTICO 
EXTREMA 
2021
FACULDADE FUTURA 
ANA PAULA NUNES
PROJETO PRÁTICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO INTERDISCIPLINAR
A IMPORTÂNCIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NO AMBIENTE ESCOLAR SOB A ÓTICA DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, da Faculdade Futura, no Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação.
EXTREMA 
2021
A IMPORTÂNCIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NO AMBIENTE ESCOLAR SOB A ÓTICA DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II
RESUMO
De acordo com a complexidade do mundo atual, vemos o quanto é necessário que o professor tenha o seu olhar voltado para todos os alunos de forma igual, pois uma sala de aula é formada por diferentes culturas e conhecimentos que precisam ser respeitadas e trabalhadas pelos professores. O presente estágio traz à Teoria das Inteligências Múltiplas em ambiente escolar. Baseado nos estudos de Howard Gardner passará por um breve histórico sobre a origem dos testes de inteligências. As ideias de outros autores também nos ajudarão a compreender melhor esses estudos. Considerando-se a necessidade de uma nova visão de ensino/aprendizagem, este estágio tem como objetivo auxiliar professores a reformularem suas práticas de ensino ao trabalharem os conteúdos em sala de aula, conquistando os alunos evitando assim o fracasso escolar. Os resultados obtidos com esses estudos sugerem que tanto as escolas como os educadores, devem levar em conta os interesses dos alunos a fim de haver uma aprendizagem efetiva. O processo de aprendizagem é uma das maiores capacidades do ser humano. É através da possibilidade de adquirir e construir conhecimento que o indivíduo consegue se superar e se evoluir na vida, uma vez que a educação se faz ao longo da vida. Intencionalmente (ou não), aprendemos sem ser ensinados e essa aprendizagem não resulta apenas das matérias escolares, mas das experiências de vida, aliadas a todo um processo formativo de construção do indivíduo que contribuem para a aprendizagem deste. Portanto, o centro do processo de aprendizagem está na pessoa que aprende. 
Palavras-Chave: Inteligências. Múltiplas. Potencial Humano. Habilidades. Competências. 
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	DESENVOLVIMENTO	6
3. RELATO DE ESTUDO .....................................................................................................................14
4. CONCLUSÃO...................................................................................................................................17
5. REFERÊNCIAS.............................................................................................................................18
1. INTRODUÇÃO
 Todos nós sabemos que um ser humano se difere do outro em vários aspectos, essas diferenças, portanto, é que faz a nossa convivência, pois sempre estamos precisando das pessoas para alguma coisa. Nós não somos seres perfeitos, cada um desempenha um papel dentro da sociedade de acordo com aquilo que faz de melhor.
 Como educadores, precisamos saber que cada pessoa possui facilidades em diferentes áreas do conhecimento, ou seja, dentro das inteligências cada pessoa tem a possibilidade de desenvolver-se. Neste sentido os professores devem aproveitar os interesses dos alunos para desenvolver os conteúdos, tornando possível a aprendizagem. Através da compreensão sobre o potencial humano, podemos entender a nós mesmos e aos outros.
 Pode-se afirmar que aprendemos e ensinamos ao mesmo tempo, o processo de ensino e aprendizagem exige envolvimento, discussões, reflexões, saber ouvir, respeitar as vivências e contribuições do aluno e sua família. O Estágio Supervisionado promove uma formação continuada, já que nos convida a refletir sobre nossa prática sustentada por uma teoria. Sendo assim, o estágio contribui para a nossa formação humana, independente da experiência em sala ou não, mesmo porque ser professor é pensar e repensar sua prática constantemente. Desse modo, estagiar na própria prática permite o aprimoramento do olhar, o desejo de fazer algo novo, de ampliar os fazeres, partindo dos novos saberes. O que certamente contribui não apenas com a formação, mas, principalmente com uma educação voltada para as máximas apropriações humanas.
2. DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO I
AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E SUAS ESPECIFICIDADES 
	 Em 1904, o ministro da educação de Paris solicitou ao psicólogo francês Alfred Binet e a um grupo de colaboradores que criassem um método para identificar quais alunos do ensino fundamental estavam e em risco de fracassar, para assim poderem receber uma atenção especial. De seus esforços surgiram os primeiros testes de inteligência.
 Alguns anos mais tarde, um psicólogo de Harvard chamado Howard Gardner, apresentou novos estudos sobre a inteligência e propôs a existência de sete inteligências básicas do ser humano. Posteriormente acrescentou uma oitava e falou sobre a possibilidade de existir uma nona (ARMSTRONG, 2001).
 Com estes estudos, Gardner tentou ampliar o potencial humano, sugerindo que a inteligência tem a ver com a capacidade de resolver problemas e criar produtos em ambientes naturais (ARMSTRONG, 2001. p.13).
 Para Gardner (1995):
(...) a teoria das inteligências múltiplas diverge dos pontos de vista tradicionais. Numa visão tradicional, a inteligência é definida operacionalmente como a capacidade de responder a itens em testes de inteligência. A inferência a partir dos resultados de testes, de alguma capacidade subjacente, é apoiada por técnicas estatísticas que comparam respostas de sujeitos em diferentes idades; a aparente correlação desses resultados de testes através das idades e através de diferentes testes corrobora a noção de que a faculdade geral da inteligência, g, não muda muito com a idade ou com treinamento ou experiência. Ela é um atributo ou faculdade inata do indivíduo. 
 O autor ainda continua discorrendo:
A teoria das inteligências múltiplas, por outro lado, pluraliza o conceito tradicional. Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural. A capacidade de resolver problemas permite à pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve ser atingido e localizar a rota adequada para esse objetivo. A criação de um produto cultural é crucial nessa função, na medida em que captura e transmite o conhecimento ou expressa as opiniões ou os sentimentos da pessoa. Os problemas a serem resolvidos variam desde teorias científicas até composições musicais para campanhas políticas de sucesso. (1995, p.21)
 De acordo com as palavras citadas acima vemos a importância da teoria das inteligências múltiplas no ambiente escolar, favorecendo assim o desenvolvimento global dos alunos de forma plena e feliz.
1.1 O que é a inteligência
Gardner nos mostra em seu livro “Estruturas da Mente”, que se buscamos uma teoria que explique o alcance da inteligência humana, jamais encontraremos, pois não existe e nem existirá uma lista fechada de inteligências (GARDNER, 1994).
	Ele Considera que o termo “inteligência” pode ser utilizado de várias maneiras para descrever a realização humana.
Na medida em que uma capacidade é valorizada numa cultura, ela pode contar como uma inteligência, mas na ausência dessa valorização cultural, a capacidade não seria uma inteligência (GARDNER, 1995).
Uma competência intelectual humana, na visão de Gardner, deve mostrar um grupo de habilidades para resolver problemas, por meio disso propiciando a aquisição de novos conhecimentos (GARDNER, 1994).
	A decisão de utilizar uma inteligência artisticamente, cabe ao individuo. Ele pode escolher se prefere empregar a inteligência lingüística como escritor, advogado, vendedor, etc. O que Gardner explica, é que as culturas podem facilitar ou impedir as possibilidadesde usos das inteligências (GARDNER, 1995).
O autor ressalta, que todas as definições de inteligência são modificadas pela época, lugar e cultura onde estão inseridas (GARDNER, 1995).
CAPÍTULO II
AS OITO INTELIGÊNCIAS DESCRITAS POR GARDNER.
	Conforme Armstrong (2001), as inteligências se agrupam em oito categorias:
· Inteligência linguística. A capacidade de usar as palavras de forma efetiva quer oralmente, quer escrevendo.
	O dom da linguagem é universal e se desenvolve de maneira surpreendente nas crianças em todas as culturas (GARDNER, 1995).
 Na sociedade em que vivemos a linguagem é uma ferramenta importante, pois é através dela que as pessoas se comunicam e realizam seus negócios (GARDNER, 1994).
 O que o autor deixa claro é que mesmo para as pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, a linguagem se torna efetiva, pois elas “inventam” suas maneiras de se relacionar, ou seja, sua própria linguagem (GARDNER, 1995).
· Inteligência Lógico-Matemática. É a capacidade de usar os números adequadamente e raciocinar bem (ARMSTRONG, 2001).
	Os poderes intelectuais de dedução e observação são considerados formas de inteligência lógico-matemática.
 Para o individuo talentoso, o processo de resoluções de problemas de ordem lógica é geralmente rápido. Mesmo que escrito, é possível que se chegue a uma resposta correta (GARDNER, 1995).
· Inteligência Espacial. A inteligência espacial é a capacidade de percepção sobre o mundo realizando transformações sobre essas percepções. Nesta inteligência o autor cita como exemplos o caçador, guia decorador de interiores e o arquiteto ente outros. Incluiu também a capacidade de visualizar, de representar idéias visuais ou espaciais e de orientar no espaço (ARMSTRONG, 2001).
· Inteligência Corporal-Cinestésica. Esta inteligência é a habilidade no uso do corpo todo para expor idéias e sentimentos. Uso das mãos para produzir ou transformar coisas e habilidades especificas, como coordenação, equilíbrio, destreza, força, flexibilidade e velocidade. (ARMSTRONG, 2001).
	Gardner afirma que existe um vínculo biológico a uma determinada inteligência (GARDNER, 1995).
 Um indivíduo talentoso pode manifestar suas habilidades mesmo que isso não tenha sido ensinado anteriormente (GARDNER, 1995).
· Inteligência Musical. Expressar-se de forma musical é uma capacidade em que os indivíduos podem perceber e transformar sons, incluindo sensibilidade ao ritmo, tom e timbre de uma apresentação musical (ARMSTRONG, 2001).
· Inteligência Interpessoal. É a capacidade de perceber diferenças nas pessoas, tais como estado de ânimo, intenções e desejos mesmo que estes não sejam ditos claramente (GARDNER, 1995). 
· Inteligência Intrapessoal. A pessoa com boa inteligência intrapessoal tem a capacidade de perceber a si mesma, compreendendo os outros e trabalhar com eles (GARDNER, 1995).
· Inteligência Naturalista. É a capacidade de reconhecer e classificar a fauna e a flora, suas espécies e ambientes. Perceber os fenômenos naturais como formação de nuvens e montanhas (ARMSTRONG, 2001).
 A inteligência é, entretanto a manifestação de compromisso entre dois componentes: as pessoas que utilizam uma série de habilidade em várias áreas do conhecimento e a sociedade que abre oportunidades para estimular o desenvolvimento do indivíduo. 
 Sendo assim, a inteligência requer estruturas e instituições sociais que possibilitem que ela seja flexível, desenvolvendo competência culturalmente dependente (GARDNER, 1995).
CAPÍTULO III
PONTOS –CHAVE NA TOERIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS.
	Toda pessoa possui as oito inteligências. Desta forma, a teoria das Inteligências Múltiplas não é uma “teoria de tipos” que determina qual inteligência o indivíduo se ajusta. Mas é uma teoria do funcionamento cognitivo, onde as pessoas têm capacidades em todas as oito inteligências.
 Essas inteligências funcionam juntas, mas em cada indivíduo funciona de maneira única, e algumas pessoas possuem habilidades em níveis elevados em todas ou na maioria das oito inteligências (ARMSTRONG, 2001).
 Segundo Armstrong (2001), a maioria das pessoas pode desenvolver cada inteligência num nível adequado de competência desde que recebam estímulos, enriquecimento e instrução apropriados.
 Gardner salienta, que embora as pessoas sejam capazes de desenvolver várias capacidades, eles não o fazem isoladamente, destaca que mesmo se tratando de uma competência que se desenvolve universalmente como a linguagem, é através da interação entre adulto e criança que esta inteligência se desenvolve.
 As habilidades também podem ser adquiridas através dos esforços do indivíduo ao longo do tempo, onde o feedback com pessoas experientes é imprescindível (GARDNER, 1995).
 Como vimos anteriormente às inteligências funcionam juntas, sempre interagindo umas com as outras, seja no preparo de uma refeição, numa brincadeira de criança ou em algum outro momento de nossas vidas.
 Em cada categoria existem muitas maneiras de ser inteligente. A teoria das inteligências múltiplas nos mostra as variadas formas pelas quais as pessoas expõem seus talentos (ARMSTRONG, 2001).
3.1 Percebendo as Inteligências dos Educandos
	Em Armstrong (2001), vemos que é importante que o educador perceba as inteligências dos alunos para que os conteúdos sejam apresentados dentro das inteligências preferidas por eles.
 As crianças manifestam suas “tendências” deste muito cedo. Através de uma simples observação é possível que o educador identifique qual a modalidade de aprendizagem de casa aluno.
 Dentro do processo educacional que é considerado um domínio de maior importância em todas as culturas pode observar as inteligências em funcionamento (GARDNER, 1994).
3.2 Inteligências Múltiplas em Sala de Aula.
	De acordo com Armstrong (2001), através da teoria das inteligências múltiplas podemos avaliar nossas potencialidades como professores, verificarmos qual das habilidades precisam ser melhoradas.
	Sendo assim a teoria das inteligências múltiplas nos oferece oportunidades de trabalhar variadas estratégias de ensino que podem ser facilmente utilizadas em sala de aula.
	Dentre estas estratégias para a inteligência linguística o professor poderá trabalhar narração de histórias, explosão de ideias, gravação de fita cassete, redação de um diário, publicações de trabalhos.
	Todas essas atividades possibilitam ao aluno compreender suas capacidades linguísticas, resolver dificuldades e expressar o que sentem (ARMSTRONG, 2001).
É preciso que ao se trabalhar atividades como as acima citadas o professor adapte a estrutura vocabular à faixa etária dos alunos (ANTUNES, 1937).
	Em se tratando de estratégias de ensino para a inteligência lógico-matemática, percebemos em Armstrong (2001), que na atualidade, como educadores devemos falar sobre números dentro e fora da matemática e ciências, contribuindo assim para que os alunos percebam que a matemática esta presente em todo lugar.
 Para que os alunos aprendam de forma prazerosa e desenvolvam a inteligência espacial, o professor poderá diversificar seu material pedagógico utilizando fotos, slides, filmes, desenhos e assim por diante. 
 Segundo Armstrong (2001) sobre as estratégias de ensino da inteligência corporal-cinestésica o educador pode integrar atividades práticas e cinestésicas às tradicionais matérias. Pode solicitar aos alunos respostas corporal para verificação da aprendizagem; trabalhar teatro com a turma, resumindo o tema estudado; mímicas; maquetes; mapas corporais, onde o corpo se torna um instrumento para domínio do conhecimento, seja como ponto de referência ou para contar e calcular utilizando os dedos.
 Para enriquecer sua prática pedagógica, trabalhando a inteligência musical, o educador utilizará ritmos, canções, raps e cânticos, pois a música é um importante instrumento na aprendizagem (ARMSTRONG, 2001).
 Como estratégias de ensino para a inteligênciainterpessoal, o trabalho em grupo é especialmente adequado, pois para que haja aprendizagem é preciso que os alunos trabalhem de forma cooperativa. Deste modo estarão sendo preparados para viverem em sociedade (ARMSTRONG, 2001).
 Ainda em Armstrong (2001) vemos que ao se trabalhar a inteligência intrapessoal, o professor cria oportunidades para que os alunos reflitam individualmente a relação do conteúdo estudado com sua realidade. 
 E para a inteligência naturalista, vemos que reforçar os temas estudado em sala de aula através de passeios em parques e em outros ambientes fora da escola se torna uma importante estratégia para o entendimento sobre os conteúdos.
 Gardner (1995) nos mostra que para se obter uma educação verdadeira é preciso que haja um comprometido de todo pessoal envolvido com a aprendizagem.
 A teoria das inteligências múltiplas, segundo Armstrong (2001), destaca que a sala de aula precisa sofrer mudanças em aspectos gerais para atender às diferentes formas de aprendizagem.
 Clark Ron (1971) nos mostra em “A arte de educar crianças” que temos que ter habilidades para lidar com crianças.
 E de acordo com Gardner, nenhuma pessoa é reconhecida por aquilo que é incapaz de fazer, por isso há uma grande necessidade de uma estimulação desde o início da vida para que um indivíduo desenvolva plenamente suas habilidades e capacidades. Cabe, portanto, aos responsáveis pela educação observarem as potencialidades das crianças que estão ao seu redor e com isso ajudá-las em suas dificuldades (GARDNER, 1995).
3.3 Inteligências Múltiplas e as Dificuldades de Aprendizagem 
 Quando falamos em dificuldades de aprendizagem logo pensamos na seguinte pergunta sugerida por Jussara Hoffmann em “Avaliação Mediadora”: Por que o aluno não aprende? Por muito tempo, educadores parecem ter procurado respostas certas para essa pergunta, levando em conta as diferentes realidades e experiências de vida dos alunos.
 Os alunos que fugiam ao “padrão”, ao “normal”, eram motivo de estranheza em situação de aprendizagem, pois pouco se refletiam sobre como se dá o conhecimento, ou seja, como o sujeito aprende. Insistiam em repetir os métodos convencionais, as práticas avaliativas das gerações mais antigas. Hoje, porém, muitos educadores discutem os possíveis caminhos de o educando vir a aprender.
 Considerando-se que a pessoa constrói o seu conhecimento no meio em que vive, deve-se observar as condições desse meio para que haja aprendizagem. Os educadores precisam então, propiciar uma relação dialética com os alunos, para perceberem as formas de aprendizagem de cada um (HOFFMANN, 2001).
 No século XXI, os maiores desafios sociais enfrentados pela educação é a integração e socialização das crianças com problemas de aprendizagem. A maioria desses problemas é detectada durante o período do ensino fundamental. As crianças que têm problemas de aprendizagem não podem ser chamadas de preguiçosas ou incapazes. Elas precisam ser ajudadas para adquirirem confiança em si mesmas e acreditarem nas suas potencialidades (CARRERA, 2004).
 A teoria das inteligências múltiplas nos mostra que os indivíduos são capazes de desenvolver uma série de competências. Neste sentido, Gardner ressalta que o propósito da escola deveria ser o de desenvolver as inteligências para a criticidade.
3. RELATO DE ESTUDO
 Camila é professora do Ensino Fundamental II (7ºAno) da Educação Regular da cidade de Extrema MG, ela foi designada para trabalhar no ano letivo de 2021 numa sala com 25 alunos, onde ela tinha um aluno chamado Natan, esse aluno apresentava um comportamento de muita hiperatividade, não parava um minuto na carteira e as atividades que a professora propunha ele terminava em um minuto, quase sempre com a professora, assim que a professora terminava de passar minutos depois estavam todas prontas.
 Natan ficava o tempo todo questionando sobre planetas, sobre órbita ETs etc, seu mundo era outro, além do conteúdo proposto para série que cursava. A professora começou a sua investigação pelo histórico do aluno, levando em conta todas as características que ele apresentava, sendo assim envolveu a família para que juntas pudessem ajudar o Natan da melhor forma possível para que os estudos não perdesse o interesse pelo mesmo.
 O primeiro passo foi pedir que a família levasse o Natan em um neurologista para que pudesse investigar e concluir o laudo do mesmo, passando três meses vem à conclusão do laudo médico, Natan era superdotado. Com o laudo nas mãos foi possível compreender todas as atitudes de Natan diante das atividades propostas e na relação com os colegas, a professora a partir daí junto com sua equipe pedagógica traçaram um plano de intervenção e desenvolvimento para atender o aluno de forma individual, adaptando assim todo o processo de escolarização do ano corrente. 
 Com o passar do tempo Natan começou a se interessar pelas aulas e adquirir um comportamento menos agitado, pois as atividades que a professora começou a trabalhar com ele passou a chamar mais sua atenção, pois eram conteúdos voltados para a estatística com um grau de dificuldade muito maior do que da turma que estudava com ele, por isso o trabalho pedagógico do professor é uma das ferramentas mais importantes e a sua formação é fundamental para desenvolver esses alunos. Dessa forma a professora Camila, trabalhava os conteúdos programáticos com a turma adaptando para o aluno Natan voltado para a inteligência lógico matemática. 
Intervenção Na Prática (Projeto de Intervenção que poderá ser realizada na Prática dentro da sala de aula)
	PROFESSORA: Camila Luana Silva Torres
	
	SÉRIE: 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II
	DATA:06/06/2021
	I- TEMA: QUANTIDADE DE INGREDIENTES
	II-Objetivos específicos
· Fazer com que o aluno estime, meça e compare a capacidade e massa, partindo da utilização de unidades de medidas não padronizadas e padronizadas que mais fazem parte do cotidiano do aluno como o (litro, mililitro, quilograma, grama e miligrama), através da leitura de rótulos e embalagens, entre outros produtos o peso das frutas compradas na feira.
· Analisar sobre os produtos comprados na feira que são vendidos por kg e a relação que eles estabelecem com a balança.
	 III-Conteúdo
· MEDIDAS DE CAPACIDADE
· MASSA 
· QUILOGRAMA
	IV. Metodologia
A aula iniciará com a apresentação de slides expondo o assunto que será trabalhado incentivando assim todos a participarem da aula.
No segundo momento provocar um diálogo para que os alunos possam expressar o conhecimento prévio sobre o tema.
Em seguida trabalhar no concreto apresentando aos alunos uma balança digital e também recipientes com medidas para trabalhar as atividades propostas durante a aula.
O professor assim mostrará vários produtos para os alunos levantando dessa forma vários questionamentos como:
 Você já comprou algum deste produto?
 Como você pediu para o vendedor?
 Você conhece estes instrumentos?
 Para que serve estes instrumentos?
 Quais produtos tem na sua casa e é comprado em quilos?
 Trabalhará o peso dos produtos e também a medida deles fazendo a relação de preços.
	V. Recursos
Data show
Balança
Recipientes de volumes
Frutas 
Embalagens
Gravuras
	VI. Avaliação
 A avaliação acontecerá de acordo com a aula proposta levando em conta o envolvimento, interesse, participação, comprometimento, respeito aos colegas do grupo e compreensão do assunto tratado. Também serão consideradas as manifestações apresentadas durante o desenvolvimento da aula durante as atividades individuais e coletivas.
4. CONCLUSÃO
 Ao encerrar este trabalho percebemos que a teoria das Inteligências Múltiplas abre as portas para que o educador diversifique sua prática, implantando estratégias inovadoras, aproximando a realidade dos diferentes aprendizes do currículo escolar.
	Entendemos que a aprendizagem só acontecequando os alunos se interessam pelo que está sendo estudado.
Os resultados dos estudos sugerem que há uma necessidade de reorganização do trabalho escolar, pois só assim serão evitados os fracassos.
Embora as escolas ainda sigam métodos tradicionais de ensino, é possível que educadores observem as modalidades de aprendizagem dos alunos e adapte os conteúdos dentro das diferentes inteligências.
Enfim, é somente através de uma relação dialética entre professor e aluno, e de um comprometimento com o trabalho educacional, que haverá aprendizagem verdadeira.
 O professor deve apresentar reflexões em sala de aula como para  facilitar no  processo de ensino e aprendizagem em crianças com dificuldades de aprendizagem  a partir de conceitos existentes, portanto  as reflexões apresentadas  nos fazem pensar em mudanças na ação pedagógica para diminuir as dificuldades de aprendizagem e vencer qualquer problema que de alguma forma venha interferir no desenvolvimento global dos alunos.
 O estágio foi uma experiência desafiadora no processo de formação, permitiu que o conhecimento teórico fosse articulado em relação à prática docente. Constatou-se que o bom andamento depende da preparação metodológica, no entanto, esse não é o único requisito, é extremamente importante a aproximação entre professor e alunos. Sem o entrosamento entre docente e discentes a aula passa a ser uma cena protocolar e vazia. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Celso. Como Desenvolver conteúdos explorando as inteligências múltiplas. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
ARMSTRONG, Thomas. Inteligências Múltiplas na Sala de Aula. Artmed, 2001.
AURÉLIO. Buarque de Holanda Ferreia. Mini Dicionário Aurélio séc. XXI. Rio de Janeiro, 2001.
CARRERA, Gabriela. Dificuldades de Aprendizagem. Detecção e estratégias. São Paulo:Cultural, 2004.
CLARK, Ron. A arte de educar crianças. Trad. Ronald Kyrmse. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
GARDNER, Howard. Estruturas da Mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
GARDNER, Howard. Estruturas da Mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2000
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