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OTITES EXTERNAS

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OTITES EXTERNAS
· Processo inflamatório e/ou infeccioso que acomete o epitélio da orelha externa e/ou as estruturas externas (ex.: pavilhão auricular).
· Causas:
· Excesso de umidade;
· Laceração/Escarificação/Solução de descontinuidade (feita por objetos introduzidos na orelha, geralmente para coçar ou limpar – caneta, lápis, cotonete...);
· Doenças dermatológicas esfoliativas (ex.: psoríase);
· Presença de corpos estranhos (giz de cera, miçangas...);
· Flora microbiana mista.
· Quadro clínico (geral):
· Otalgia intensa, quando otite externa aguda;
· Rubor, calor, edema;
· Prurido – pode ser o primeiro sintoma de um processo que vai agudizar, mas é um dos principais sintomas da otite externa crônica;
· Otorreia (secreção escorrendo);
· Hipoacusia (diminuição da audição) /disacusia /surdez (diferente de anacusia que é a ausência da audição);
Obs.: otodinia é a dor na orelha referida, ou seja, dor em local próximo que acaba gerando dor na orelha; otalgia é a dor na orelha propriamente dita.
· Tratamento – medidas gerais:
· Não molhar (quanto mais aguda, maior a proibição);
· Não cutucar a orelha (ex.: não usar cotonete);
· Se dor: analgésico e utilização de compressa morna (bolsa de água quente sobre a orelha ou, se for úmida, deitar sobre a compressa para não entrar água);
· Antibióticos e anti-inflamatórios, em geral, não são utilizados. Quando usados, em quase todas as vezes, são tópicos.
Otite Externa Eczematosa
· Doença dermatológica esfoliativa que acomete a orelha externa, causando descamação da pele;
· É um processo crônico e atópico;
· Em geral, é bilateral;
· Não tem dor, exceto quando acontece um processo infeccioso em cima do descamativo;
· Sintoma que mais chama atenção é o prurido;
· Dois tipos de eczema:
· Seco: pele descamada como se fosse parafina.
· Úmido: descamação junto com umidade, gerando mau cheiro. Evitar ainda mais molhar.
· Tratamento:
· Medidas gerais: evitar molhar – se não está agudo, não é proibido, mas deve-se evitar;
· Evitar alguns alimentos alergênicos que pioram a descamação e o prurido (tomate, chocolate, amendoim, carne de porco, frutos do mar, alimentos ácidos e condimentos);
· Corticóide tópico, quando muito prurido, em pomada/creme ou gota: betametasona (oto betnovate – gotas – e betnovate creme), mometasona (elocom creme). Não usar direto para não alcalinizar o meio, causando uma otite externa fúngica.
· Não tem cura.
· Quando agudiza, descama e coça muito.
Otomicose
· Otite externa causa por fungo.
· É sazonal, mais comum na primavera e no verão.
· Comum em profissionais que trabalham em locais úmidos e/ou muito quentes.
· Quadro clínico:
· Prurido;
· Otorreia – secreção;
· Pode ou não ser bilateral;
· Hipoacusia;
· Otalgia – quando a infestação fúngica é maciça;
· Otoscopia:
· Secreção esbranquiçada – causada por cândida albicans;
· Secreção achocolatada/amarelada – causada pelo aspergillus fumigatus;
· Secreção negra/chumbo – causada pelo aspergillus nigers;
· Tratamento:
· Medidas gerais;
· Limpeza local (feita pelo otorrino);
· Gotas tópicas com antifúngico – ex.: cetoconazol
· Tratamento por 14 a 21 dias, porque o ciclo de micélio a esporo leva até 21 dias
· Preventivo: uso de solução saturada de álcool boricado 5% (não pode usar em casos de perfuração timpânica) – paciente sem condições financeiras, manda encher um vidro limpo de conta gotas 2/3 de álcool e 1/3 de vinagre branco – após o banho, piscina, praia e pacientes que estão mais suscetíveis à otomicose;
Otite Externa Aguda Difusa
· Processo inflamatório infeccioso de todo o conduto auditivo externo.
· Quadro clínico:
· Sintoma prevalente: otalgia intensa;
· Hiperemia;
· Edema;
· Otorreia;
· Calor;
· Descamação epitelial;
· Hipoacusia importante;
· Estreitamento da luz do conduto – quanto maior o processo inflamatório, menor a luz (pode chegar a ser puntiforme).
· Pode se estender para fora da orelha – é uma complicação, sendo necessário entrar com antibiótico oral.
· Na maioria das vezes, é bacteriana.
· É a de maior prevalência.
· Microbiota:
· Pseudomonas aeruginosa (20 – 60%);
· Staphylococcus aureus (10 – 70%);
· Bacilos gram-negativos (2 – 3%);
· Fatores predisponentes:
· Remoção da cera, por água ou por trauma;
· Exposição direta e prolongada do epitélio do conduto à água e a contaminantes;
· Enfraquecimento da barreira física e imunológica local;
· Escoriação epitelial e inoculação de microorganismos;
· Otite externa leve:
· Discreto edema;
· Hiperemia;
· Discreta descamação;
· Pêlos parecem um pouco úmidos;
· Coceira;
· Otoscopia: consigo enxergar a membrana timpânica com facilidade, pois o diâmetro está preservado;
· Otite externa moderada: 
· Dor moderada a intensa;
· Sensação de plenitude auricular (sensação de orelha cheia, pressão);
· Hiperemia do tragus e da concha;
· Otorreia em pequeno volume;
· Descamação epitelial;
· Otoscopia: obstrução parcial do meato acústico externo, o que dificulta a visualização da membrana timpânica, mas não impede;
· Otite externa grave:
· Dor intensa;
· Obstrução completa do meato acústico externo;
· Plenitude auricular;
· Hiperemia e edema de pavilhão auricular, que pode estender-se para mastoide e para a pele da face;
· Adenopatia local;
· Febre e comprometimento do estado geral, dependendo da extensão, em complicações importantes – geralmente em imunocomprometidos;
· Otorreia purulenta ou nenhuma (secreção presa), em pequena quantidade;
· Otoscopia: vê-se somente um ponto de luz do conduto ou totalmente fechado;
· Tratamento:
· Medidas gerais;
· Se eu tenho luz, consigo pingar gotas. Se não, usa-se um estilete fino para fazer um curativo compressivo (no PS, pega um clipe de papel e abre até ficar todo aberto): pega um pedaço de algodão e enrola em volta da ponta do estilete, passa qualquer pomada no algodão, tira o estilete, com uma pinça, prende o algodão, traciona o pavilhão e introduz o algodão na orelha, deixando uma parte para fora → neste curativo compressivo, vamos pingar as gotas de antibiótico (deixa 48h e continua usando o medicamento diretamente na orelha);
· Gotas tópicas a base de antibiótico: ciprofloxacino;
· Analgésico e bolsa de água quente;
· Se houver extensão da inflamação, entra com cefalexina oral ou amoxacilina com clavulanato;
Herpes Zoster Oticus
· Infecção viral causada pelo Herpes Zoster.
· Vesículas que podem acometer pavilhão e meato acústico externo, podendo chegar próximo à membrana timpânica.
· O vírus ganha as fissuras, acometendo o VII par craniano → paralisia facial periférica
· Herpes Zoster Oticus + paralisia facial periférica = Síndrome de Ramsay Hunt
· Tratamento: começar o quanto antes
· Anti-herpético (ex.: aciclovir);
· Corticoide oral (se tiver paralisia facial associada, usar em altas doses);
· Analgésico;
· Pode cursar com:
· Surdez irreversível, pois pode acometer o VIII par craniano.
· Zumbido;
· Vertigem;
· Paralisia facial periférica;
Corpos Estranhos
· Animados: está vivo (ex.: insetos) → causa muito incômodo, pois a membrana timpânica é muito sensível
· Primeira a coisa a fazer é pingar alguma substância oleosa na orelha;
· Inanimados: conta de colar, semente, etc.
· Retirar com um gancho apropriado para retirar o corpo estranho;
· Se estiver muito profundo → pingar água morna, desde que o tímpano esteja íntegro;
· Remoção: usa uma seringa (a maior que tiver) e uma sonda nasogástrica pequena (corta a parte da sonda – vai encaixar o restante na seringa) e água morna → enche a seringa com água morna, traciona a orelha para trás e para cima → água direcionada para a parede superior do conduto, vai bater na membrana timpânica e vai trazer o corpo estranho para fora
Rolha Ceruminosa 
· Retirar com gancho ou com lavagem igual a de corpos estranhos.
Otohematoma
· Hematoma na orelha externa.
· São causados me geral por queda, luta, trauma, etc.
· Se tiver flutuação e perigo de causar infecção por acúmulo de sangue → dreno e, se necessário, compressão e cobertura antibiótica.
· Hematoma discreto → medidas gerais (analgésico, bolsa de gelo e reavaliação frequente).
Otite Externa Aguda Localizada· É o furúnculo da orelha (inflamação do folículo piloso).
· Dói bastante.
· Se tiver flutuação → drenar e coloca o curativo compressivo para não encher de novo.
· Tratamento igual ao da otite externa aguda difusa (bolsa de água quente e acompanhamento).
Otite Externa Necrotizante
· Era chamada de maligna.
· Infecção por Pseudomonas aeruginosa que acomete os paciente mais imunossuprimidos.
· Leva à uma necrose tecidual da orelha e invade orelha média por continuidade.
· Dependendo da gravidade e da imunidade do paciente, pode levar à óbito
· Fase inicial: 
· Debridamento;
· Limpeza em consultório;
· Gotas tópicas de ciprofloxacina e ciprofloxacina VO;
· Vigilância de 2 em 2 dias;
· Manifestação mais intensa:
· Intenação;
· Ciprofloxacina IV;
· Debridamento cirírgico dos tecidos necrotizados dentro da orelha, se necessário;
· Expões estruturas, como cartilagem
· Após a cicatrização, observa-se uma estenose do meato acústico externo → pode ser preciso fazer uma meatoplastia (ampliação do meato)
· Pode levar a um ototoxicose, causando surdez e perda de função da orelha.
· Diagnótico:
· Além da anamnese e do exame físico: Cintilografia com MDP-Tc99
Exostose
· Tumores ósseos
· Comum em surfistas, motoqueiros – pacientes que são submetidos a traumas constantes por água e vento frio
· É um achado
· Se não impede que veja a membrana timpânica, não fecha a entrada da orelha, não vai causar nenhum problema
· Dependendo do tamanho e da localização, pode levar a predisposição para infecções por reter água ou à hipoacusia → cirurgia
Carcinomas
· Tumores
· Principalmente em pessoas muito claras, que se expõem muito ao sol e em idosos, por terem a pele muito fina 
· Suspeitar de lesões que demoram muito para cicatrizar → encaminhar para o dermatologista

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