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Relações do Direito fiscal com Outros Ramos do Direito

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Prévia do material em texto

Arcenio Artur Munguambe 
 
 
 
Departamento de Ciências de Educação 
 
 
 
Curo: Gestão de Recursos Humanos 
 
Modulo: Fiscalidade 
2º Ano 
 
 
 
Tema: Relações do Direito fiscal com Outros Ramos do Direito 
 
 
 
 
 
 
Xai-Xai, Junho de 2021 
 
Índice 
1. Introdução .................................................................................................................... 1 
1.1. Objectivos ................................................................................................................. 1 
1.1.1. Geral ...................................................................................................................... 1 
2. Revisão da literatura .................................................................................................... 2 
2.1. Direito fiscal ............................................................................................................. 2 
2.1.1. Função dos tributos ............................................................................................... 2 
2.2. 2. Direito fiscal e direito constitucional .................................................................. 3 
2.2.3. Direito fiscal e direito processual .......................................................................... 3 
2.2.4. Direito fiscal e direito penal .................................................................................. 3 
2.2.5. Direito fiscal e direito internacional ...................................................................... 4 
2.2.6. Direito Fiscal e o Direito Administrativo .............................................................. 4 
2.2.7. Direito Fiscal e o Direito Processual ..................................................................... 4 
2.2.8. Direito Fiscal e o Direito Internacional ................................................................. 4 
2.3. Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e Costume ................ 4 
2.3.1. Jurisprudência ........................................................................................................ 4 
2.3.2. Doutrina ................................................................................................................. 5 
2.3.3. Costumes ............................................................................................................... 5 
2.4. Dupla tributação ....................................................................................................... 6 
2.4.1. Diferença entre Bitributação e bis in idem ............................................................ 6 
2.4.2. Dupla tributação no direito fiscal Moçambicano .................................................. 7 
2.4.3. Eliminação da dupla tributação económica de lucros distribuídos ARTIGO.40 .. 7 
3. Conclusão .................................................................................................................... 8 
4.Referensas bibliográficas .............................................................................................. 8 
 
 
1 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como tema em foco, Relações do Direito fiscal com Outros 
Ramos do Direito. 
Direito Fiscal e a criação de impostos, com carácter regular e enquanto fonte de receitas 
dos órgãos da administração pública, surgem-nos com o triunfo do Liberalismo no século 
XIX. 
No período que lhe antecedeu, o lançamento de impostos tinha natureza excecional, sendo 
criados arbitrariamente pelos senhores feudais, numa sociedade em que os laços entre os 
seus membros se baseavam na propriedade. 
Direito fiscal com Outros Ramos do Direito; Caracterizar o valor das Ordens Internas da 
Administração, Jurisprudência, Doutrina e Costume; dissertar sobre a dupla tributação no 
direito fiscal Moçambicano. 
No sistema fiscal moderno, os impostos assumem um papel essencial quer enquanto 
forma de redistribuição da riqueza (repartição justa dos rendimentos e da riqueza) quer 
como instrumento de financiamento da atividade desenvolvida pelo Estado e por outros 
órgãos públicos tendo em vista a satisfação das necessidades públicas. 
1.1. Objectivos 
1.1.1. Geral 
 Descrever a noção de Direito Fiscal 
1.1.2. Específicos 
• Definir o direito fiscal; 
• Caracterizar as fontes do direito fiscal; 
• Caracterizar a Dupla tributação em Moçambique; 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. Revisão da literatura 
O ordenamento jurídico como um espaço jurídico onde são criadas e aplicadas normas 
jurídicas é constituído por normas de várias espécies e graus diferentes. Essa variedade 
de normas coabita ora de forma passiva, ora de forma conflituosa, ora de forma paritária 
e ainda mais de forma hierárquica. 
 Direito fiscal e outros ramos: 
_ O direito constitucional; 
_O direito administrativo; 
_ O direito processual; o direito penal e; _O 
direito internacional. 
 
2.1.Direito fiscal 
É o segmento do direito financeiro que define como serão cobrados dos cidadãos 
(contribuintes) os tributos e outras obrigações a ele relacionadas, para gerar receita para 
o Estado (fisco). Tem como contraparte o direito fiscal ou orçamentário, que é o conjunto 
de normas jurídicas destinadas à regulamentação do financiamento das atividades do 
Estado. Direito tributário e direito fiscal estão ligados, por meio do direito financeiro, ao 
direito público (PENE.2013). 
Ocupa-se das relações jurídicas entre o Estado e as pessoas jurídicas de direito privado e 
físicas concernentes à instituição, à imposição, à escrituração, à fiscalização e à 
arrecadação dos tributos. Em Moçambique, dentre tais tributos incluem-se ao menos os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. 
Hugo de Brito Machado define direito tributário como: o ramo do Direito que se ocupa 
das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas às imposições tributárias de qualquer 
espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse 
poder. 
2.1.1. Função dos tributos 
Em Moçambique, os tributos podem ter função (PENE.2013): 
• Fiscal: 
Quando têm, como objetivo, a arrecadação de recursos financeiros para o Estado. Imposto 
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, por exemplo (PENE.2013). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_financeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_fiscal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_fiscal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_fiscal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%A7amento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%A7amento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica#Pessoas_jur%C3%ADdicas_de_direito_privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica#Pessoas_jur%C3%ADdicas_de_direito_privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica#Pessoas_jur%C3%ADdicas_de_direito_privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica#Pessoas_jur%C3%ADdicas_de_direito_privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)#Pessoa_f%C3%ADsica_(natural)https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)#Pessoa_f%C3%ADsica_(natural)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)#Pessoa_f%C3%ADsica_(natural)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)#Pessoa_f%C3%ADsica_(natural)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritura%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritura%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrecada%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrecada%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrecada%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrecada%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributos_no_Brasil#Esp%C3%A9cies_de_tributos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributos_no_Brasil#Esp%C3%A9cies_de_tributos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributos_no_Brasil#Esp%C3%A9cies_de_tributos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributos_no_Brasil#Esp%C3%A9cies_de_tributos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Contribui%C3%A7%C3%A3o_de_melhoria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contribui%C3%A7%C3%A3o_de_melhoria
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https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hugo_de_Brito_Machado&action=edit&redlink=1
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_a_Renda_e_Proventos_de_Qualquer_Natureza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_a_Renda_e_Proventos_de_Qualquer_Natureza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_a_Renda_e_Proventos_de_Qualquer_Natureza
3 
 
• Extrafiscal: 
Quando o objetivo é interferir no domínio econômico, buscando regular determinados 
setores da economia. As mudanças no Imposto sobre Produtos Industrializados possuem 
essa função (PENE.2013). 
• Parafiscal: 
Quando ocorre a delegação, pela pessoa política (União, Estados-Membros, Distrito 
Federal e Municípios), mediante lei, da capacidade tributária ativa a terceira pessoa (de 
direito público ou privado), de forma que esta arrecade o tributo, fiscalize sua exigência 
e utilize-se dos recursos auferidos para a consecução de seus fins (PENE.2013). 
2.2.2. Direito fiscal e direito constitucional 
A constituição é aquele manancial inesgotável do qual brotam os princípios fundamentais 
que alicerçam todo o ordenamento jurídico e que materializam ou devam materializar 
toda aspiração de um povo. 
Neste prisma, o direito fiscal como outro e qualquer ramo de direito infraconstitucional 
mantém relações estreitas com a fonte, da qual se deve alimentar continuamente. 
O conjunto de normas constitucionais que estabelecem as balizas norteadoras do regime 
do imposto designase por constituição fiscal. No nosso ordenamento são de grande 
importância os arts. 45 al. c), 100, 127, 179, n˚2 al. o), todos da CRM. 
2.2.3. Direito fiscal e direito processual 
O direito processual como direito instrumental também mantém relações estreitas com o 
direito fiscal na medida em que podem surgir, no âmbito das relações fiscais, quaisquer 
matérias controvertidas que careçam de ser dirimidos. Neste caso, recorrer-se-á ao 
processo fiscal. 
2.2.4. Direito fiscal e direito penal 
O direito fiscal estabelece relações com o direito penal na medida em que existe um direito 
fiscal penal, constituído por um conjunto de normas que prevêem a violação de preceitos 
tributários e estatuem as respectivas sanções. Mas também as normas do direito penal são 
subsidiariamente aplicáveis ao direito fiscal penal, sobre tudo nos casos em que a 
infracção fiscal constitui crime fiscal a que corresponda pena de prisão ou multa 
convertida em prisão. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_Produtos_Industrializados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_Produtos_Industrializados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto_sobre_Produtos_Industrializados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_privado
4 
 
2.2.5. Direito fiscal e direito internacional 
Nas convenções internacionais encontramos normas fiscais de fonte internacional 
relativas a dupla tributação internacional ou que estabelecem regimes fiscais específicos 
em matéria diplomática, religiosa, militar e económica. 
2.2.6. Direito Fiscal e o Direito Administrativo 
Esta por sua vez é uma relação de dependência, visto que, Direito Administrativo regula 
toda a actividade pública do Estado. As acções dos agentes da administração fiscal são 
regulamentadas em função do Direito Administrativo. 
Estes dois ramos de direito mantêm relações estreitas de coordenação. De facto, os órgãos 
responsáveis pela colecta e administração dos impostos pertencem à administração, e 
justifica-se que sejam também regidos pelo direito administrativo (Ibrahimo. 2002). 
2.2.7. Direito Fiscal e o Direito Processual 
Direito Processual – Direito que trata da regulamentação de como vamos até tribunal. 
Conjunto de normas que regulamentam os nossos direitos em sede de tribunal. 
O direito processual como direito instrumental também mantém relações estreitas com o 
direito fiscal na medida em que podem surgir, no âmbito das relações fiscais, quaisquer 
matérias controvertidas que careçam de ser dirimidos. Neste caso, recorrer-se-á ao 
processo fiscal (Ibrahimo. 2002). 
2.2.8. Direito Fiscal e o Direito Internacional 
O Direito Internacional é composto por Acordos, Tratados, Convenções, celebradas 
Entre dois Estados. Temos que conhecer estes regulamentos para aplicar 
convenientemente a lei Fiscal. É o caso da convenção de dupla tributação (Ibrahimo. 
2002). 
2.3.Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e Costume 
2.3.1. Jurisprudência 
A jurisprudência é o conjunto das decisões dos tribunais. As decisões dos tribunais no 
nosso sistema jurídico não são fonte imediata de direito, o mesmo não acontecendo no 
sistema anglo-saxónico (GB, USA) São fontes de direito. Com excepção: Declaração de 
inconstitucionalidade e ilegalidade com força obrigatória de lei geral (MARTINEZ, 
Soares 2000). 
5 
 
A jurisprudência é outra forma de fonte escrita do direito. 
2.3.2. Doutrina 
Entende-se por doutrina o conjunto da produção intelectual dos juristas, que se empenham 
no conhecimento teórico do direito. É aquilo que é transmitido pelos doutores, pessoas 
que se dedicam à interpretação do texto legal (MARTINEZ, Soares 2000). 
A doutrina, de fato, não pode ser utilizada como uma fonte do direito a ser 
aplicada nos tribunais, os juízes não são obrigados a levar em conta a opinião dos 
doutrinadores, pois os textos doutrinários não possuem força jurídica (MARTINEZ, 
Soares 2000). 
2.3.3. Costumes 
O costume é uma prática consuetudinária (usual, rotineira, reiterada, habitual)que gera a 
convicção da sua obrigatoriedade. Nos temos do art. 3º nº1 código civil este exclui o 
costume como fonte imediata de direito. Usos sociais não pode considerar-se em direito 
fiscal o costume como fonte imediata de Direito fiscal (MARTINEZ, Soares 2000). 
Trata-se de uma fonte com menos certeza e segurança jurídica pelo fato de, ao contrário 
do que ocorre no processo de elaboração das leis, sua formulação não segue um rito 
formal, sua origem segue processos difusos, mas há a exigência da observância de dois 
elementos, o relacional ou subjetivo, onde se tem a certeza da necessidade social da 
prática, e o substancial, ou objetivo, que é a sua prática permanente no decurso do tempo 
(MARTINEZ, Soares 2000). 
O costume pode ser classificado de três formas: 
I, Praeter legem: esse costume desempenha um papel de complementação do 
ordenamento jurídico, disciplinando matéria desconhecida pela lei, através de eventuais 
omissões do legislador (MARTINEZ, Soares 2000). 
II. Secundum legem: tal costume é aquele que age conforme a lei, que a concretiza 
sendo aplicado de modo subsidiário. A lei reconhece a eficácia jurídica do costume 
(MARTINEZ, Soares 2000). 
III. Contra legem: o costume contra legem é de grande impasse no meio jurídico, pois 
se trata de uma prática contrária ao direito já codificado (MARTINEZ, Soares 2000), 
6 
 
2.4.Dupla tributação 
A bitributação ou Dupla tributação é um fenômeno do direito tributário que ocorre quando 
dois entes tributantes cobram dois tributos sobre o mesmo fato gerador (ou fato jurídico 
tributário). 
A constituição da Republica de Moçambique atual não veda expressamente a bitributação, 
preferindo estabelecer uma rígida discriminação de competências tributárias. A dupla 
tributação pode ser nacional ou internacional 
• Bitributacao nacional: Ocorre dentro do país quando um tributos é cobrado duas 
vezes sobre o mesmo fato gerador 
• Bitributacao internacional: ocorre quando o mesmo fator gerador é cobrado dois 
tributos em dois países diferentes. 
Para a bitributação jurídica internacional, a doutrina exige a regra das quatro identidades. 
Segundo tal regra é necessária a identidade do objeto, do sujeito(contribuinte), a 
identidade do período tributário e a identidade de imposto. 
O fenômeno da bitributação (ou dupla tributação) internacional passou a ter maior 
relevância em função do crescimento das companhias multinacionais, devido à 
globalização das economias, que se intensificou após o final da segunda guerra mundial. 
2.4.1. Diferença entre Bitributação e bis in idem 
Não deve ser confundida bitributação com o fenômeno do bis in idem. Pois são 
diferentes. 
Ao contrário da bitributação, que consiste na tributação dupla por entes distintos, o 
fenômeno bis in idem se refere à cobrança duplicada de um imposto pelo mesmo ente 
tributante. No direito jurídico, isso significa uma repetição (bis) de uma sanção sobre o 
mesmo fato (in idem). 
O bis in idem é permitido pela Constituição, desde que autorizado pela Carta 
Constitucional. Ou seja: a competência tributária deve ser exercida dentro dos parâmetros 
constitucionais, respeitando ainda os princípios e as imunidades. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_tribut%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_tribut%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_tribut%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fato_gerador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fato_gerador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fato_gerador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bis_in_idem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bis_in_idem
7 
 
2.4.2. Dupla tributação no direito fiscal Moçambicano 
(Canvençoes Internacional) 
I. As normas de direito internacional vigoram na ordem interna, desde que aprovadas e 
ratificadas nos termos da Constituição da República de Moçambique e da lei, após a sua 
publicação oficial e enquanto 'Vincularem internacionalmente o Estado de Moçambique. 
2. Os residentes de um Estado com o qual o Estado Moçombicano tenha celebrado 
uma convenção de dupla tributação, beneficiários efectivos de rendimentos emterritório 
Moçambicano, devem solicitar, com tempo oportuno, a aplicação do regime da 
convenção, através do preenchimento de um formulário devidamente certificado pelas 
autoridades competentes do Estado de residência, e entregue ao devedor dos rendimentos 
ou junto das autoridades moçambicanas competentes, consoante o caso. 
3. Os beneficios contemplados em convenções internacionais para a atenuação ou 
eliminação de dupla tributação· não são concedidos ao residente do Estado contratante da 
convenção, caso esta convenção seja utilizada por terceiro, não residente daquele Estado, 
com o fim de obtenção dos referidos beneficies, nem em qualquer outra situaçao de abuso 
do regime da convenção. 
4. Na aplicação de uma convenção de dupla tributação, devem ser tomadas em 
consideração as cláusulas antiabuso contidas na legislação moçambicana. 
2.4.3. Eliminação da dupla tributação económica de lucros distribuídos 
ARTIGO.40 
1. Para efeitos da determinação do lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob 
forma comercial, cooperativas e empresas públicas, com sede ou direcção efectiva em 
território moçambicano, são deduzidos os rendimentos incluídos na base tributável, 
correspondentes a lucros distribuídos por entidades com sede ou direcção efectiva no 
mesmo território, sujeitas e não isentas de IRPC ou sujeitas ao Imposto Especial sobre o 
Jogo, nas quais o sujeito passivo detenha directamente uma participação nocapital não 
inferior a 20%, e desde que esta participação tenha permanecido na sua titularidade, de 
modo ininterrupto, durante dois anos anteriores à data da colocação à disposição dos 
lucros ou, se detida há menos tempo, desde que a participação seja mantida durante o 
tempo necessário para completar aquele período. 
8 
 
3. Conclusão 
Em suma O Direito Fiscal é o ramo do direito público (direito em que o Estado assume 
em face do cidadão uma posição de superioridade) que contém um conjunto de regras 
jurídicas (gerais e obrigatórias) e que prevê os termos em que são cobrados e 
determinados os montantes dos impostos a arrecadar aos cidadãos. 
O ordenamento jurídico como um espaço jurídico onde são criadas e aplicadas normas 
jurídicas é constituído por normas de várias espécies e graus diferentes. Essa variedade 
de normas coabita ora de forma passiva, ora de forma conflituosa, ora de forma paritária 
e ainda mais de forma hierárquica. 
 Direito fiscal e outros ramos: 
 Direito fiscal e direito constitucional Direito fiscal e direito processual 
 Direito fiscal e direito penal Direito Fiscal e o Direito Administrativo 
 Direito Fiscal e o Direito Processual Direito Fiscal e o Direito 
Internacional Direito Fiscal e o Direito Internacional 
O direito fiscal ou fiscalidade desempenha um papel muito um papel fundamental no que 
tange pagamento e coleta de tributo, definir regras de tributação são importantes para 
estabelecer uma relação pacifica estre os tributantes (quem paga o tributo) e os fiscais 
(quem copra o tributo), pois estabelecer regras, direitos e deveres, garante que não haja 
abuso de fixo nem cobranças obscuras. 
 
 
4.Referensas bibliográficas 
• Instituído Superior de Ciências e Educação a Distancia (ISCED). Modulo de 
Fiscalidade. 
• IBRAHIMO, Ibrahimo (2002). O Direito e a Fiscalidade, ARTC Editora, Maputo, 
• MARTINEZ, Soares (2000). Direito Fiscal, 10. Ed, Almedina, Coimbra 
• NABAIS, José Casalta (2009). Direito Fiscal, 5ª ed. Almedina, Coimbra 
• PENE, Cláudio (2013). Apontamentos de Direito Fiscal Moçambicano, EscolarEditora, Maputo 
9

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