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Aula 5 Comportamento Desviante 12.08.2021

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5. Delinquências e seus Tipos
Docente
Ibraimo Manuel Culabo
(Psicologo Clinico & Assistente Social)
Curso- Psicologia Clinica
Disciplina: Comportamento Desviante
Conteúdo 
Considerações gerais
Delinquência 
Referencia bibliográfica
Tipos Delinquência
Delinquência juvenil
Delinquência neurótica
Delinquência socializada
Delinquência caracteriológico
Delinquência psicótica
Delinquência neuropsicológica
1. Considerações gerais 
“... O comportamento delinquente é difícil de definir e de medir... 
Infringir a lei pode implicar um acto isolado, um episódio único de actos delinquentes, actos delinquentes ocasionais mas repetitivos ou um continuado modo de vida delinquente.” (Irving, B. 1995, 311).
Delinquência juvenil
Num sentido amplo, a delinquência juvenil refere todo o tipo de infracção criminal que ocorre durante a infância e a adolescência. 
Num sentido mais restrito, a delinquência envolve o conjunto de respostas e de intervenções institucionais e legais em relação a menores que cometem infracções criminais. (Ferreira, 1997).
Pingeon (1982), defende que a delinquência juvenil é um parâmetro do processo normal de socialização. 
Delinquência juvenil
Características 
Não ter consideração pelos sentimentos alheios, direitos e bem estar dos outros, Falta de um sentimento apropriado de culpa e remorso que caracteriza as boas pessoas;
A baixa tolerância a frustrações;
Favorece as crises de irritabilidade, explosões temperamentais e agressividade exagerada, parecendo, muitas vezes, uma espécie de comportamento vingativo e desaforado.
Elas podem também exibir um comportamento de provocação, ameaça ou intimidação, podem iniciar lutas corporais frequentemente, inclusive com eventual uso de armas ou objectos capazes de causar sério dano físico.
Principais abordagens sobre as causas da delinquência juvenil
Teoria estrutural-funcional do desvio ou da anomia;
General Strain Theory;
Teoria do sontrole social; 
Teoria da associação diferencial;
Teoria da aprendizagem social;
 Teoria da rotulação ou interacionismo simbólico; 
Teoria do conflito; 
Teoria da escolha racional. 
Delinquência juvenil
Factores de Risco 
De acordo com Lipsey e Derzon (1998) citado por Lemos (2010), as variáveis de risco que identificam adolescentes entre os 12 e os 14 anos que apresentam uma probabilidade acrescida de se tornarem futuramente delinquentes graves e violentos são:
A falta de laços sociais;
A presença de pares anti-sociais;
O envolvimento em actividades delinquentes;
A manifestação de comportamento agressivo;
Pobre desempenho escolar;
Delinquência juvenil
 Critérios de diagnóstico 
Roubo , mentira frequente; 
Fuga de casa durante a noite, pelo menos duas vezes enquanto vivendo na casa dos pais (ou em um lar adoptivo) ou uma vez sem retornar;
Gazetas frequentemente na escola (para pessoa mais velha, ausência ao trabalho); 
Violação de casa, edifício ou carro de uma outra pessoa;  
Destruição deliberadamente de propriedade alheia , crueldade física com as pessoas e animais.; 
Forçar alguma actividade sexual com ele ou ela;
Uso de arma em mais de uma briga, frequentemente inicia lutas físicas.
Delinquência juvenil
 Consequências
Podem levar à suspensão ou expulsão da escola;
Problemas de ajustamento no trabalho;
Dificuldades legais;
Doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não planeada;
Ferimentos por acidentes ou lutas corporais.  
  
Delinquência juvenil
 Tratamento
Chartier (1991), propõe o tratamento institucional como um dos recursos terapêuticos para jovens delinquentes.
Enquanto forma de poder confrontar-se o jovem com a realidade, ajudando-o a compreender conceitos como o de responsabilidade, que se concretizará no responder e assumir as consequências dos seus actos e na capacidade de iniciar comportamentos responsáveis. 
 Seagrave e Grisso (2002), admitem que o problema da delinquência juvenil é da área psiquiátrica, pelo que consideram ser da competência dos serviços de saúde o tratamento destes jovens
  
Delinquência juvenil
 Prevenção 
Organizações religiosas envolvimento comunitários envolvimentos institucional, escolas;
Incentivando a formação técnico profissional;
Desenvolvimento de resiliência intrínseca para poder superar as possíveis dificuldades e influências negativas;
No contexto familiar criar a formas de supervisão e apoio psicossocial as famílias com antecedentes de delinquência e outros factores de risco de forma a serem orientadas . (Guimarães, 2012).
  
Not@ Importante !!
Factores intrínsecos tais como um temperamento difícil, baixa auto-estima, variáveis genéticas, ou ainda, factores extrínsecos, tais como viver num meio com índices elevados de delinquência precipitam este fenómeno.
Nesse sentido reforça-se a necessidade de intervenção preventiva primária, partindo da identificação de factores de risco que tornam determinados grupos vulneráveis. 
Expõem-se algumas das principais estratégias de tratamento institucional ligado ao sistema de justiça e não institucional ligado aos serviços de saúde. 
Delinquência neurótica
De acordo com Coimbra de Matos (1986), o delinquente neurótico apresenta um comportamento inibido com repressão do desejo pessoal em obediência a um Super-Eu demasiado exigente. O comportamento delinquente surge, aí, como expressão de descargas agressivas episódicas (passagens ao acto) resultantes de privações e frustrações acumuladas.
Balint (1977) afirma que na origem da delinquência neurótica, encontramos um meio familiar passivisante fomentando a obediência e a acomodação com "obediência automática lei do outro".
Delinquência neurótica
Características 
Falta de Identificações: 
	(O delinquente não tem um carácter formado e firme);
Impossibilidade de Relações Objectivas: 
	O delinquente não é capaz de manter relações objectivas com os objectos, porque uma relação estável com objecto significa renúncias parciais e o delinquente é incapaz de renunciar. (relacionar se com os objectos é a forma narcísica);
Persistência do Processo Primário: 
	É incapaz de prever o futuro, apesar de alta inteligência;
A Oscilação da Auto-estima.
Delinquência neurótica
Teorias Explicativas 
Teoria Comportamental: 
	Condicionamentos (E-R)
	Modelagem
Teoria Psicanalítica
	Inicio na adolescência 
	“A base de toda a situação neurótico-delinquente é um impulso, devido à carência das funções de adaptação do ego”
Teoria Psicossocial:
	Deve-se levar em conta também os factores económicos e sociais que estão na génese da personalidade anti-social, é o que propõe a perspectiva psicossocial
Delinquência neurótica
Critério de diagnóstico 
Padrão global de desrespeito e violação dos direitos dos outros ocorrendo desde os 15 anos, indicado por três ou mais dos seguintes itens.
 Incapacidade para se conformarem com as normas sócias no que diz 	respeito a comportamentos legais, como é demonstrado pelos actos repetidos que são motivo da detenção;
 Falsidade, como é demonstrado por mentiras e nomes falsos ou contrariar os outros para obter lucro ou prazer;
 Impulsividade ou incapacidade para planear antecipadamente;
 Irritabilidade e agressividade, como são demonstradas pelos repetidos 	conflitos e lutas físicas;
Delinquência neurótica
Tratamento e Prevenção 
A primeira propõe a manutenção do actual tratamento institucional, ligado ao sistema de medida penal judicial, por outro lado propõe uma reforma deste sistema, incluindo tratamentos terapêuticos para os jovens delinquentes “enquanto forma de poder confrontar-se o jovem com a realidade, ajudando-o a compreender conceitos como o de responsabilidade, que se concretizará no responder e assumir as consequências dos seus actos e na capacidade de iniciar comportamentos responsáveis. 
Not@ Importante !!
Os delinquentes neuróticos são geralmente jovens aparentemente bem integrados na família, escola e sociedade. Praticam os actos anti-sociais como forma de chamar atenção do adulto e em resposta a uma situaçãode crise familiar e indiferença momentânea dos pais.
Delinquência socializada
Delinquência socializada é algo difícil de definir mas está geralmente associada a conduta anti-social, comportamento desviante, e hostilidade (Martins, s/d).
A Delinquência socializada consiste em actos delinquentes, do tipo grupal, enquanto elementos bem integrados de uma subcultura delinquente. Neste caso, trata-se de condutas adaptativas e não tanto desadaptativas. Relaciona-se mais com actos sociais do que com os individuais, exceptuando situações em que se quer impressionar o grupo ou a pedido do próprio grupo, é que poderão surgir situações de crimes individuais (Weiner, 1995 citado por Silva 2010). 
Delinquência socializada
Característica 
A principal característica da delinquência socializada é a presença de um comportamento anti-social ou agressivo manifestando-se em indivíduos habitualmente bem integrados com seus companheiros (OMS, 1993 citado por Roncolato, 2011);
 Os delinquentes socializados não diferem comportamentos dos não delinquentes em qualquer das suas facetas excepto pela violação da lei. No entanto, está associada a um desenvolvimento sem vigilância, um lar desorganizado, localizado num bairro deteriorado e com muita violência (Curto, 2000).
Delinquência socializada
Factores de Risco
Parental idade;
Divórcio;
Psicopatologia parental;
Estrutura familiar;
Dimensão da família;
f) Associação com pares desviantes; 
g)  Rejeição dos pares;
h)  Factores escolares; 
i) Factores comunitários.
Delinquência socializada
Teorias e modelos explicativo
Teoria do controlo social: 
Baseia se no pressuposto de que todo individuo tem uma predisposição natural para a transgressão (Curto, 2000).
 Teoria de associação diferencial:
Baseia-se na perspectiva de que a delinquência deriva da socialização numa subcultura delinquente (Curto, 2000).
 Teoria de aprendizagem social.
A aprendizagem que se produz pela observação de condutas de outras pessoas e das consequências que essas condutas observadas têm para o modelo que as executa (Curto, 2000).
Delinquência socializada
Critérios de Diagnóstico
 Padrão global de desrespeito e violação dos direitos dos outros ocorrendo desde os 15 anos, indicado por 3 (ou mais) dos seguintes itens:
Incapacidade para se conformarem com as normas sociais no que diz respeito a comportamentos legais, como é demonstrado pelos actos repetidos que são motivo de detenção;
Falsidade, como é demonstrado por mentiras e nomes falsos, ou contrariar os outros para obter lucro ou prazer;
Impulsividade para planear antecipadamente;
Irritabilidade e agressividade, como são demonstradas pelos repetidos conflitos e lutas físicas;
Delinquência socializada
Intervenção 
Para Sprinthall e Collins (1994) e Weiner (1995) citados por Martins (s/d), a delinquência socializada parece ser a que menos responde à psicoterapia individual e a que melhor pode ser tratada através de programas educativas e comunitários que envolvam os jovens e os seus familiares.
Alguns novos modelos de tratamento, como programas de diversão, que incluem, por exemplo, o envolvimento de indivíduos especializados na resolução dos conflitos e a prestação de cuidados dentro de residência, têm-se mostrado promissores.
Delinquência socializada
Prevenção 
Programas comportamentais dirigidos a crianças;
Programas de treino comportamental dirigido a adolescentes;
Programas dirigidos para a prevenção da violência escolar ou bullying nas escolas; e 
Programas com abordagens integradas abrangendo vários problemas
Not@ Importante !!
A delinquência socializada ser um fenómeno de enorme complexidade e de a sua manifestação entre os jovens ser cada vez maior, a relação entre delinquência juvenil e comportamento criminal futuro não é linear.
Os adolescentes correm riscos porque acreditam que os outros adolescentes pensam que é cobardia ou patético ser-se cauteloso (Sunstein, 2008 citado por Oliveira, 2010).
O adolescente terá que reformular o seu passado com vista a construir um futuro (Fonseca, Miranda & Monteiro, 2003 citado por Dias, 2012).
5. Referências bibliográficas
Guimarães, João Vasco da Cunha(2012); Autoconceito, Autoestima e Comportamentos Desviantes em Adolescentes; ISPA-Portugal,
Ferreira, Pedro Moura (1997); Delinquência Juvenil, Família e Escola; Lisboa-Portugal.
Laranjeira, Carlos António; A análise psicossocial do jovem delinqüente: uma revisão da literatura Psicologia em Estudo, vol. 12, núm. 2, agosto, 2007, pp. 221-227; Universidade Estadual de Maringá Maringá, Brasil. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=287122097002 
Benavente, Renata(2002); Delinquência Juvenil: da disfunção social à psicopatologia; uma revisão literária análise psicológica; pp. 637-645. 
Lemos, Ida Timóteo(2010); Risco psicossocial e psicopatologia em adolescentes com percurso delinquente.

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