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COORDENAÇÃO (CEREBELO/PROPRIOCEPÇÃO-VESTIBULAR) RESUMO 16 - Semiologia do adulto e do idoso – EDUARDO FERREIRA Cerebelo: voluntários + automáticos + reflexos + posturais ANATOMIA o Vérmis o Hemisférios cerebelares o Lobo Floculonodular o Pedúnculos cerebelares superior (Mesencefalo) o Pedúnculos cerebelares médio (ponte) o Pedúnculos cerebelares inferior (bulbo- medula) o Divisão ontogenética embrionária Fissura prima Lobos anterior e posterior Fissura póstero-lateral Lóbulo flóculo-nódular e porterior o Divisão filogenética Arquicerebelo – floculonodular – equilíbrio e mov. oculares Paleocerebelo – vermis cerebelar + córtex paravermiano adjacente – postura, tônus muscular, controle dos m. axiais e marcha Neocerebelo – hemisférios cerebelares – mov. Voluntários extremidades o Histologia Córtex Camada molecular Camada de células de Purkinje Camada Granular – gabaérgica – excitatória Núcleos centrais Denteado. Aferente – córtex dos hemisfério cerebelar, córtex da zona paravermiana. Fibras eferentes – pedúnculos cerebelares superior até o núcleo rubro contralateral e o tálamo. Áreas 4 e 6 de Brodmann Emboliforme e Globoso – aferente originados do córtex, zona paravermiana e do verme; eferente ao núcleo rubro contralateral. Fastigial – recebe de fibra aferente das células de púrkinje do lobo floculo nodular. Teto do IV ventrículo. o Conexões arquicerebelo (vestibulocerebelo) Aferente: vestíbulocerebelar (sistema vestibular – lobo flóculo-nodular); eferente: tratos vestibulo e retículo espinhais. o Conexões paleocerebelo (espinocerebelo) Aferente: espinocerebelar anterior e posterior, trato espinocerebelar –verme anterior; eferente: fibras interpósito-paleorubral e trato rubro espinhal. o Conexões neocerebelo (cerebelo cerebelo) Aferente: córtico-ponto-cerebelar; eferente: denteado-rubro-talâmico-cortical. Via cortiço-ponto- cerebelar-denteado-rubro-tálamo-cortical. Cerebelo influencia no próprio lado (duplo cruzamento) LESÕES CEREBELARES O cerebelo não participa significativamente da percepção consciente ou da discriminação Lesões não causam paralisia O cerebelo desempenha papel na aprendizagem motora e na memória (mas não importante na maioria dos processos cognitivos) ATAXIA – coordenação muscular – Inspeção estática (Romberg) e dinâmica (prova índex-nariz, calcanhar-joelho, marcha) Sensitiva – Estática e dinâmica – Sinal de Romberg é positivo; movimento incoordenado pelas varias provas referidas e marcha calcaneante. (Tabes dorsalis, degeneração subaguda combinada da medula, polineuropatias – diabetes mellitus, difteria [pode por comprometimento das sensibilidades profundas]) Cerebelar – Estática ou dinâmica o Estática – acometimento do paleocerebelo (ataxia axial ou tronco). Em posição vertical – paciente oscila e tente a aumentar a base de sustentação. o Dinâmica – Acometimento do neocerebelo – incoordenação nos movimentos dos membros (dismetria, assinergia, adiadococinesia, tremor cinético). Observada na esclerose em placas, tumores do cerebelo, degeneração espinocerebelares. TÔNUS MUSCULAR Lesão no paleocerebelo – exagero do reflexo miotático – aumento do tônus dos m. antigravitários e exagero das reações posturais de sustentações. Pois os mecanismo tônico-posturais vestibulares, normalmente são inibidos pelo paleocerebelo. Crises tônicas de Jackson – hipertonia dos m. extensores e epistótonos. Lesão no neocerebelo – hipotonia muscular. PROVAS Cerebelopatas não apresentam o sinal de Romberg. Prova índex-nariz – O paciente estende o Membro superior e procura tocar a ponta do nariz com a ponta do indicador. Realizar com olhos abertos e fechados. o Distúrbios de sensibilidade profunda – o paciente não atinge o alvo ou faz imperfeitamente, ataxia piora com olhos fechados. o Cerebelopatas – Frequentemente ultrapassa o alvo visado (hipermetria), movimento em etapas. A dismetria não melhora com o controle visual. Prova calcanhar-joelho: em decúbito dorsal com MMII estendidos, deve tocar o joelho com a ponta do calcanhar do outro membro – diversas vezes, olhos abertos e fechados – A sensibilidade – deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia, após ter tocado o joelho. Prova dos braços estendidos – em pé ou sentado – levantar os membros superiores estendido até o plano horizontal. Lesão unilaterais do cerebelo – o membro superior ipsolateral à lesão desvia-se para fora, em abdução; algumas vezes – dois MMSS não chegam ao nível, permanecendo o ipsolateral à lesão um pouco mais abaixo ou elevantando-se mais que o outro. Lesões bilaterais: Abdução dos dois MMSS em relação ao plano medial. o Distúrbios sensitivos profundos: olhos fechados, presença de movimentos involuntários nas extremidades distais dos dedo, ou mesmo queda/desvio dos braços sem que o paciente perceba. Prova dos movimentos alternativos: Estenda as mãos e antebraço, executar pronação e supinação o mais rápido possível. Nos cerebelopatas unilaterais – o movimento é mais lento no lado afetado, mal executado ou impossível. É dito Diadococinesia. Prova de Stewart-Holmes (Ou do Rechaço) – O paciente flexiona o antebraço enquanto o examinador força o relaxamento. Em distúrbios cerebelares, o antebraço NÃO pode frear o seu movimento. Pode ser encontrado também em hipotonia, déficit motor periférico e em certos distúrbios extrapiramidais. Falta de coordenação Mm. Antagonistas- agonistas. Provas gráficas: Pede para o paciente ligar duas linhas verticais por linhas horizontais. Objetivo: evidenciar dismetria; alvo não atingido (hipometria) ou ultrapassado (hipermetria). As amostras devem ser indexadas à observação clínica. Prova de Babinsk – dissinergia tronco-membro SEMIOLOGIA DO CEREBELO Avaliação das funções cerebelares – Coordenação equilibratória – desordens estáticas, postura e da marcha o Astasia – distasia: dificuldade de postura ortostática o Oscilações do corpo, base alargada, dança dos tendões o Prova de Romberg (propriocepção) Negativo nos cerebelares Romberg vestibular positivo muda com a posição da cabeça Romberg sensorial positivo o Abasia – Disbasia – deambulação Cerebelar – marcha de base ampla, instável, oscilações em todas as direções Sensorial – marcha com dissociações (olhos fechados ou abertos); marcha escarvante Vestibular – Marcha com desvio para o lado da lesão; estrela Ataxia frontal (Bruns) – apraxia marcha Coordenação não equilibratória o Prova de desvio e passagem de ponto o Prova dos braços estendidos (abdução do lado afetado) o Prova da indicação de Bárany Lesões vestibulares desvio bilateral ipsilateral Lesões cerebelar desvio unilateral ipsilateral o Prova do índex-nariz; índex-índex; calcanhar joelho Dismetrias, hopometria e hipermetria, tremor cinético, decomposição de movimentos (dissinergia) o Discronometria – atraso na contração muscular/perda de harmonia do movimento. o Diadococinesia (Coordenação agonista-antagonista) – Realização de movimentos opostos e alternados de modo rápido e sucessivo. Disdiadococinesia Adiadococinesia o Ataxias oculares-nistagmo o Disartria – fala escandida o Hipotonia muscular – Reflexos profundos normais – hipoativo – pendulares o Posições anormais da cabeça o Tremor cinético – intencional o Macrografia SÍNDROMES CEREBELARES Síndrome do arquicerebelo o Lesão no lobo floculonodular o Coordenação das reações estáticas diminuída o Manutenção do equilíbrio o Distasia (em pé) e disbasia (andar) o Astasia – dificuldade de ficar em pé na posição ereta o Ataxia troncular – marcha semelhante à embriaguez o Nistagmo importante (posicional) o Não há ataxia dos membros o Vertigem o Ex.: meduloblastoma (verme) + ependimoma (IV ventrículo) Síndrome do paleocerebelo (linha média) o Distasia-disbasia o Ataxia de marcha (marcha ebriosa) o Base alargada o Quedas em todasas direções o Titubeação da cabeça o Assinergia tronco-membro o Voz escandida o Nistagmo (não é acentuado) – evocado pelo olhar o Tônus e reflexos normais o Pouco ou nenhuma coordenação apendicular (MMSS) o No teste de Romberg oscila para frente e para trás o Dedo-nariz e o teste calcanhar-joelho-canela podem estar precisos se a lesão for na porção suprior do verme. Síndrome do neocerebelo (lobo posterior) – ipsilateral o Ataxia apendicular > axial o MMSS>MMII o Movimentos distais (finos)> proximais o Dissinergia - decomposição de movimentos – perda de cooperação precisa dos diversos grupos musculares – não se contraem simultaneamente. o Dismetria – incapacidade de interromper um movimento dirigido no tempo certo – Hipermetria (ultrapassagem do alvo) o Disdiadocosinesia – Limitação dos movimentos alternados rápidos causados pela interrupção da coordenação temporal precisa dos grupos musculares antagônicos – movimento de supinação e pronação rápidos da mão tornam-se lentos, arrítmicos e entrecortados. o Tremor intencional – em movimentos dirigidos e torna-se mais intenso chegando ao alvo. o Hipotonia muscular o Queda-desvio-marcha (ipsilateral) o Articulação da fala (<lesão do verme) – dissinergia da musculatura da fala – fala lenta e entrecortadamente – disartria escandida e disartrofonia. o Nistagmo AFECÇÕES Tumores cerebelares benignos Meduloblastoma – tumor maligno (+crianças e adolescentes 1/3 de todos os tumores cerebrais dessa faixa). Frequentemente começa no vestibulocerebelo, pode obstruir o IV ventrículo e causar hidrocefalia. Astrocitoma (fossa posterior – linha média) e hemangioblastoma (doença de Hippel-Lindau – hemisférios cerebelares – ataxia apendicular e nistagmo evocado pelo olhar) Neuroma do acústico – Schwannoma vestibular – células de Schwann do oitavo nervo craniano – aspecto casquinha de sorvete.
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