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FIOS, SUTURAS E FERIDAS

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SUTURAS E FERIDAS
Ferida limpa precisa ser suturada, para não acontecer 2ª intenção
Tipos de feridas
Abrasão: quando raspa 
Incisão: por penetração, comum em causas cirúrgicas 
Laceração ocorre por estiramento dos tecidos
SUTURA
Objetivo: nos suturamos tecidos afastados para que ocorra uma aproximação das bordas, até que essa borda ganha uma força intrínseca que ganha do afastamento
Cicatriz: substituição de um tecido normal por tecido fibrótico 
Por que tiramos os pontos? Porque o tecido ganhou a sua própria força para se manter aproximado
Podemos fazer de várias formas se SUTURAS
· PONTOS SEPARADOS
· SUTURA CONTINUA
PONTOS SEPARADOS: Dá mais trabalho, gasta mais fio, mas tem vantagem pois, a sutura continua é mais isquemiante, logo, o tecido não pode estar tenso, nem isquêmico, então a sutura continua pode causar isquemia se tracionar demais 
MÉTODOS DE FECHAMENTO PRIMÁRIO – SUTURAS 
Objetivo da sutura 
Pontos separados 
Sutura contínua 
Tração do fio e força dos nós 
Sutura intradérmica: ex.: continua, passa por dentro das camadas internas da pele 
Calibre do fio e tipo de agulha: tem agulhas especificas para cada sutura 
Material de sutura adequado conforme o tecido
Fio 0 é mais grosso que um 0000
Quanto mais 0 mais fino o fio 
Temos fios que absorve com o tempo e fio que não absorve
Tipos de ponta:
Ponta cilíndrica: significa que ela não é cortante, não é traumática, não é cortante. Serve muito para superfícies internas, como: mucosas, vísceras, bexiga, pulmonar
Ponta cortante: serve para furar uma estrutura mais densa de colágeno, como a pele
Ponta romba: superfícies sem grande densidade, e mesmo a agulha cilíndrica poderia causar um trauma, uma fratura, ex.: vísceras parenquimatosas como o fígado
Ponta espatular: pouco utilizada
Características 
• Configuração – mono ou multifilamentares 
• Capilaridade – capacidade de captação de líquidos 
• Pilosidade – penugem dos fios 
• Diâmetro 
• Elasticidade 
• Memória 
• Maleabilidade 
• Força de resistência a tração sobre o nó cirúrgico 
• Absorção
Características do fio IDEAL 
• Manutenção da força tênsil por tempo suficiente 
• Porta-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual 
• Alta resistência a tração e torção 
• Calibre pequeno e regular 
• Maior flexibilidade e pequena elasticidade 
• Facilidade de esterilização 
• Inexistência de reação tecidual 
• Baixo custo
Fios Escolha do fio – composição do fio e tipo do tecido 
Espessura é dada por seu diâmetro interno, em décimos de milímetro 
A escala é crescente
Fios Absorvíveis 
•São aqueles que sofrem degradação e rapidamente perdem sua tensão de estiramento até 60 dias
Fios Não Absorvíveis 
•São aqueles que retêm a força de tensão por mais de 60 dias
MEMORIZE 
FIO CIRÚRGICO
Pode ser classificado quanto:
· Quanto à absorção 
੦ absorvíveis: que em contato com o corpo humano e em determinado período ele desaparece, é dividido em: naturais ou biológicos que são absorvíveis por fagocitose e sintéticos feitos por polímeros em laboratórios e são fagócitos por hidrolise, tem seu período de absorção e deve ser contado tempo pois dependendo da sutura não deve ser utilizado 
੦ inabsorvíveis
· Quanto à natureza 
੦ naturais (ex.: catgut)
੦ sintéticos 
· Número de filamentos 
੦ monofilamentar (ex.: menos infecções)
੦ multifilamentar (finos filamentos que se entrelaçam), maior caso de infecção, por isso deve ser usado em feridas lisas 
Resistência tênsil 
Memória: capacidade de ficar do jeito que você deixou, alta memória: fio de aço, fica do mesmo jeito, náilon, memória relativa, de algodão não tem memória 
FIOS CIRURGICOS - FIOS ABSORVÍVEIS 
1- CATEGUTE ou CATGUT
Fio absorvível, tempo curto
Submucosa de intestino delgado de ovelhas ou serosa de bovinos
Multifilamentar 
Absorvível (tempo variável) 
Intensa resposta inflamatória (absorvido por fagocitose) 
Contraindicado na vigência de infecção 
· Simples – absorção mais rápida (8 dias) 
· Cromados – Absorção mais lenta (20 dias)
Desuso, substituído por fios absorvíveis sintéticos
• Alta permeabilidade – não deve ser utilizado em suturas superficiais 
• Corpo estranho – reação inflamatória intensa ao seu redor 
• Anastomoses intestinais, ligadura vasos do subcutâneo, cirurgias ginecológicas
Esse fio é antigo, vem do instrumento monocórdio, era uma cordinha feita do intestino de ovelha, só foi descoberto no século 20 que esse fio era absorvível 
2- Ácido Poliglicólico (Dexon) 
• Sintético – polimerização do ácido glicólico 
• Multifilamentado
• Resistência tênsil maior do que o categute 
• Reabsorção por hidrólise entre 90 e 120 dias – resistência tênsil se perde em 3 semanas 
• Pouca reação inflamatória 
• Músculos, fácias, tecido celular subcutâneo
2B. Ácido Poligalático Poliglactina 910 (Vicryl)
FIOS ABSORVÍVEIS SINTÉTICOS 
Inertes e geralmente de boa preensão 
· Multifilamentares podem carrear infecção (vicryl)
· Monofilamentares (chamada de Polydioxanone) carreiam maior tensão 
Superiores ao categute 
Absorção por hidrólise
Àcido Poligalático Poliglactina 910 (Vicryl) 
• Sintético 
• Mais hidrofóbico e resistente que o poliglicólico 
• Hidrólise em 60 a 90 dias 
• Cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas
Polidioxanona (PDS) 
• Sintético 
• Monofilamentado 
• Grande flexibilidade 
• Absorção lenta – resistência tênsil por longo período 
• Sutura de tendões, cápsulas articulares, fechamento de parede abdominal
FIOS NÃO ABSORVÍVEIS
1- FIO DE SEDA 
Material biológico 
Multifilamentar – fibras retorcidas ou trançadas
Tratado com polibutilato 
Nós firmes 
Degradado ao longo dos anos, perdendo resistência tênsil 
Proteína animal, relativamente inerte 
Inabsorvível com perda de força de tração 
Contraindicado em suturas vasculares 
Multifilamentar com possibilidade de contaminação 
Possibilidade de formação de granuloma de corpo estranho 
Desuso, substituído por algodão
2- Algodão 
•Multifilamentar 
•Maleável 
•Nó forte 
•Reação de corpo estranho
3- Poliéster 
• Sintético 
• Multifilamentado 
• Resistente 
• Grande durabilidade 
• Sutura de aponeuroses, tendões 
• Sem cobertura – mersilene, surgilene 
• Cobertura de polibitilato (Ethibond) ou teflon (Tevdek) 
• Vários seminós para fixação segura 
• Pouca reação inflamatória 
4- Nylon 
• Elasticidade 
• Resistência á água 
• Mono ou multifilamentado 
• Pouca reação inflamatória 
• Alta memória – difícil de manipular 
• Vários seminós 
• Perde resistência tênsil com o tempo – degradado e absorvido em 2 anos 
• Sutura de pele, aponeurose 
5- Polipropileno (Prolene) 
• Sintético 
• Monofilamentado 
• Pouca reação tecidual 
• Resistência têncil por vários anos 
• Sutura vascular, intradérmica
Fios Não Absorvíveis - Fios Metálicos
FIO DE AÇO 
Inerte, mantém-se por anos 
Difícil amarrar (memória) 
Causa dor – deve ser removido 
Não carreia agentes microbianos 
Usado em Sutura óssea/esternotomias
•Aço inoxidável 
•Vantagens: pouca reação tecidual, maior segurança nos nós, não perde força tênsil 
•Desvantagens: difícil manuseio, diâmetro, trauma a tecidos vizinhos
FIOS INABSORVÍVEIS SINTÉTICOS
São fortes 
Materiais plásticos multifilamentares podem carrear infecção 
Monofilamentares não carreiam infecção 
Suturas plásticas – cirurgias cardiovasculares 
Indicados em cirurgias vasculares com enxertos
Suturas de pele, tecido cardiovascular, gastrintestinal 
Polipropileno: preferível em relação ao nylon na cirurgia vascular, o diâmetro do fio é exatamente igual ao da lâmina, onde a agulha penetra se chama trauma de inserção, então se o trauma de inserção, ou seja, o calibre da agulha com o calibre do fio for igual, não tem vazamento, serve para cirurgia cardiovasculares 
Mas em casos de bexiga, trato urinário, se evita um fio inabsorvível, porque a presença do fio faz reação inflamatório e está relacionada com a formação de cálculo 
A via biliar, colédoco, ducto hepático, evita-se usar fio inabsorvível por fazer bastante fibrose, podendo levar a estenose, e na bexiga pode formar cálculos 
Adesivos teciduais Adesivos defibrina 
•Fibrina fator VIII + Trombina
GRAMPOS METÁLICOS 
Indicados para pele e couro cabeludo 
Diminui probabilidade de infecção 
Contraindicado em períneo
 
UFCG | 2018 Quais dos fios cirúrgicos a seguir são absorvíveis?
Vicryl®, categute e Monocryl®
NÓS CIRÚRGICOS
Entrelaçamento das extremidades de um fio, formando uma alça, para comprimir, ligar ou aproximar estruturas ou bordas de estruturas
 • Tem que ser rápido e fácil 
• Evitar que o fio entrelaçado se solte - afrouxamento
Contribuem para afrouxamento do nó: 
• Tipo de nó 
• Treinamento do cirurgião
• Grau de tensão dos tecidos a serem suturados 
• Natureza do fio
Nó básico: 
• Primeira laçada (seminó) – Contenção 
• Segunda laçada (seminó) – Fixação (impede que o primeiro se afrouxe) 
• Terceira laçada (seminó) – Segurança 
• Quarto, quinto etc. – quando necessário para maior segurança
	
Nós Cirúrgicos 
Cada laçada deve ser realizada em sentido oposto ao da anterior, para aumentar o atrito e evitar que o nó se afrouxe (nó quadrado – antideslizante) 
• Laçadas no mesmo sentido – nó deslizante (afrouxamento) 
• Fios sintéticos monofilamentares (nylon, polipropileno) – tendem a se afrouxar, necessário varios seminós 
Princípios técnicos: 
• Movimentos iguais das mãos (opostas) executam um nó quadrado
 • A ponta do fio que muda de lado após a execução do primeiro seminó deve voltar ao lado inicial para realizar o próximo seminó
 
Nós Cirúrgicos 
Quando há tensão: 
• Semi-nó duplo (nó de cirurgião) 
• Porta-agulha como trava (1o assistente) 
• Manter o nó tracionado entre o primeiro e o segundo seminós (nó de sapateiro) 
• Risco de o fio rasgar o tecido se muito tracionado
Podem ser realizados com as mãos, com instrumentos ou de forma mista
TÉCNICAS DE SUTURA 
A. Preparo da ferida e escolha do fechamento 
Avivamento dos bordos (debridamento) 
Grandes perdas – retalhos/enxertos 
Tecido suturado não gosta de tensão
Tecido suturado não gosta de tensão, ele vai se afastar e normalmente quem rompe não é o ponto, e sim o próprio tecido e isso é chamado de deiscência, por isso de ser feito escolha do fechamento adequado 
B. Pontos (aproximação do subcutâneo)
C. Pontos separados
· Pontos simples
· Donatti
D. Ponto separado em laço
E. Sutura contínua 
F. Laceração triangular
G. Pontos subdérmicos (intradérmicos) – em feridas limpas e hemostáticas 
SITUAÇÕES ESPECIAIS SUTURAS DE MUCOSAS
 Exemplos: mucosa oral e lábio 
Fios absorvíveis 
Pontos separados
SUTURA GASTRINTESTINAL 
Bordas mucosas invertidas 
Plano seromuscular 
Fios absorvíveis de longa duração (polidioxanona) 
Fios inabsorvíveis (polipropileno/algodão) 
Pontos invaginantes: Schimieden (dentro-fora/dentro-fora) 
Sem tensão 
Sem isquemia
Ex.: polidioxanona (longa duração, monofilamentar e absorvível)
BEXIGA 
Fio absorvível multifilamentar (poliglactina) 
Sonda vesical de demora (7 a 14 dias) 
cistorrafia
PULMÃO 
Geralmente 2 planos: barra grega e chuleio 
Uso de grampeadores
PROFILAXIA DO TÉTANO
Pacientes que merecem profilaxia no p.S. 
੦ pacientes com ferida limpa, com última dose de reforço há mais de 5 anos – aplicar toxoide tetânico 
੦ feridas limpas – reforço há menos de 5 anos – não requerem profilaxia 
੦ pacientes que não foram vacinados – aplicações programadas de toxoide + imunoglobulina 
੦ ferida grosseiramente contaminada – última dose há mais de 5 anos – imunoglobulina e toxoide
Características 
• Configuração – mono ou multifilamentares 
• Capilaridade – capacidade de captação de liquidos 
• Pilosidade – penugem dos fios 
• Diâmetro 
• Elasticidade 
• Memória 
• Maleabilidade 
• Força de resistência a tração sobre o nó cirúrgico 
• Absoção
Sutura 
Para uma boa sutura 
• Anti-sepsia e assepsia corretas 
• União de tecidos de mesma natureza, de acordo com os diferentes planos 
• Hemostasia adequada 
• Abolição dos espaços mortos 
• Lábio ou bordas da ferida limpos e bem coaptados 
• Ausência de corpos estranhos ou de tecidos desvitalizados 
• Emprego de suturas e fios adequados, realizados com técnica apropriada 
Sutura
Sutura em pontos separados 
• Vantagens: 
• O afrouxamento de um nó, ou a sua soltura, não interfere no restante da sutura
 • Há menor quantidade de corpo estranho no interior do ferimento cirúrgico 
• Os pontos são menos isquemiantes do que na sutura contínua 
• Desvantagens: 
• Mais trabalhosa 
• Mais demorada Sutura Sutura em pontos Separados-Interrompidos 
• Tipos • Com pontos simples 
• Com pontos simples, nó para o interior da ferida 
• Ponto em “U” horizontal (Wolff) 
• Ponto em “U” vertival 
• Ponto em “X” horizontal (Sultan) 
• Ponto em “X” horizontal com nó para o interior da ferida
Sutura Sutura em pontos Separados-Interrompidos 
• Tipos: 
• Donatti 
• Grandes aproximações 
• A primeira passagem é realizada a 5mm das duas bordas da ferida, a segunda passagem (a volta) é feita a 2-3mm das bordas da ferida
• Maior resistência
Sutura Contínua 
• Nó inicial - sutura - nó terminal 
Vantagens: 
• Mais rápida 
• Hemostática 
Desvantagens:
 Afrouxamento ou soltura de um nó elimina a força da sutura 
• Isquêmico
Sutura Contínua 
• Tipos 
• Chuleio simples 
• Chuleio ancorado 
• Sutura em barra grega
 • Intradérmica
Sutura com Grampeadores 
• Grampos metálicos 
• Diferentes formatos de grampeadores – diferentes locais e tecidos 
• Síntese adequada, rápida, segura, homogênea, com pequena reação tecidual

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