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PROB4- Sistema Venoso e Linfático

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Gabrielle França, CESUPA 2021 
Sistema venoso 
As paredes das artérias e veias contêm três 
camadas distintas: (1) uma interna, a túnica 
íntima, (2) uma intermédia, a túnica média, e (3) 
uma externa, a túnica adventícia. As túnicas das 
veias não são tão distintas nem bem definidas 
quanto às túnicas das artérias. 
Caracteristicamente, as veias apresentam 
paredes mais finas que as artérias que as 
acompanham, e têm o lúmen maior que o da 
artéria. 
Tradicionalmente, as veias são classificadas em 
quatro tipos, de acordo com o calibre: 
Vênulas pós-capilares 
As vênulas pós-capilares apresentam 
revestimento endotelial + sua lâmina basal e + 
pericitos. O endotélio das vênulas pós-capilares 
constitui o principal local de ação dos agentes 
vasoativos, como a histamina e a serotonina*. 
Os pericitos representam células-tronco 
mesenquimatosas indiferenciadas, que formam 
conexões semelhantes a guarda-chuva com as 
células endoteliais. A relação entre as células 
endoteliais e os pericitos promove a sua mútua 
proliferação e sobrevida; ambos sintetizam e 
compartilham a lâmina basal, sintetizam fatores 
de crescimento e se comunicam entre si através 
de junções comunicantes. A cobertura de 
pericitos é mais extensa nas vênulas pós-
capilares do que nos capilares. 
 
 
 
 
Vênulas musculares 
As vênulas musculares estão localizadas 
distalmente às vênulas pós-capilares na rede 
venosa de retorno e apresentam diâmetro de até 
0,1 mm. Enquanto as vênula s pós-capilares não 
contêm uma túnica média verdadeira, as vênulas 
musculares apresentam uma ou duas camadas 
delgadas de músculo liso, que constituem a 
túnica média. A túnica adventícia desses vasos 
também é muito delgada. Em geral, não há 
pericitos nas vênulas musculares. 
VEIAS DE PEQUENO CALIBRE 
As veias de pequeno calibre são uma 
continuação das vênulas musculares, e seus 
diâmetros variam de 0,1 a 1 mm. Todas as três 
túnicas estão presentes e podem ser 
identificadas em uma preparação de rotina. 
A túnica média é geralmente formada por duas 
ou três camadas de músculo liso. Esses vasos 
apresentam uma túnica adventícia mais espessa. 
VEIAS DE MÉDIO CALIBRE 
As veias de calibre médio têm diâmetro de até 
10 mm. A maioria das veias profundas que 
acompanham as artérias está incluída nessa 
categoria (p. ex., veia radial, veia tibial, veia 
poplítea). As válvulas constituem um aspecto 
característico desses vasos e são mais numerosas 
na porção inferior do corpo, particularmente nos 
membros inferiores. 
As válvulas impedem o movimento retrógrado 
do sangue decorrente da gravidade. As três 
túnicas da parede venosa são mais evidentes nas 
veias de calibre médio: 
 *OBS: A resposta a esses agentes resulta em 
extravasamento de líquido e migração dos leucócitos 
do vaso durante a inflamação e as reações alérgicas. 
As vênulas pós-capilares dos linfonodos também 
participam na migração transmural de linfócitos do 
lúmen do vaso para o tecido linfático. 
 A túnica íntima consiste em endotélio com 
sua lâmina basal, uma camada 
subendotelial delgada com raras células 
musculares lisas dispersas no tecido 
conjuntivo e, em alguns casos, uma 
membrana elástica interna fina e 
frequentemente descontínua. 
 
 A túnica média das veias de calibre médio 
é muito mais fina que a mesma camada 
nas artérias de calibre médio. Ela contém 
várias camadas de células musculares lisas 
de disposição circular, entremeadas com 
fibras colágenas e elásticas. Além disso, 
células musculares lisas dispostas 
longitudinalmente podem estar presentes 
logo abaixo da túnica adventícia. 
 
 A túnica adventícia é geralmente mais 
espessa que a túnica média e consiste em 
fibras colágenas e redes de fibras elásticas. 
 
 
VEIAS DE grande CALIBRE 
As veias com diâmetro superior a 10 mm são 
classificadas como veias de grande calibre. 
 A túnica íntima dessas veias consiste em 
um revestimento endotelial com sua 
lâmina basal, uma pequena quantidade de 
tecido conjuntivo subendotelial e algumas 
células musculares lisas. O limite entre a 
túnica íntima e a túnica média não está 
totalmente definido, em laminas é difícil 
identificar seus componentes. 
 A túnica média é relativamente fina e 
contém células musculares lisas dispostas 
circularmente, fibras colágenas e alguns 
fibroblastos. 
 
 A túnica adventícia das veias de grande 
calibre (p. ex., as veias subclávias, a veia 
porta e as veias cavas) é a camada mais 
espessa da parede do vaso. Juntamente 
com as fibras colágenas e elásticas e 
fibroblastos habituais, a túnica adventícia 
também contém células musculares lisas 
dispostas longitudinalmente. Extensões 
miocárdicas atriais, conhecidas como 
bainhas miocárdicas, são encontradas na 
adventícia das veias cavas superior e 
inferior, bem como na artéria pulmonar. 
 
 
 
Válvulas venosas 
A pressão sanguínea nas vênulas e veias de 
médio calibre é muito baixa para se opuser à 
pressão da gravidade. Nos membros, essas veias 
contêm válvulas unidirecionais que são formadas 
por pregas internas da túnica íntima. Essas 
válvulas agem como as valvas cardíacas, 
impedindo o refluxo do sangue. 
Enquanto as válvulas funcionam normalmente, 
qualquer movimento que distorça ou comprima 
as veias propele o sangue em direção ao coração. 
Por exemplo, enquanto se está em pé, o retorno 
do sangue (dos pés) precisa sobrepor a força da 
gravidade para subir ao coração. 
As válvulas 
compartiment
alizam o 
sangue no 
interior das 
veias, 
dividindo 
assim o peso 
do sangue. As 
veias de grande calibre, como as veias cavas, são 
desprovidas de válvulas, mas as mudanças de 
pressão na cavidade torácica facilitam o 
movimento do sangue para o coração. Este 
mecanismo, denominado “bomba toraco-
abdominal”. 
Retorno Venoso 
O retorno venoso é quantidade de sangue que 
flui das veias paras o átrio direito a cada minuto. 
Ele e o débito cardíaco devem ser iguais um ao 
outro. Para que esse retorno seja possível, 
diversas válvulas precisam atuar, a presença 
dessas válvulas nas veias, assim como a 
contração dos músculos das pernas, impedem o 
refluxo do sangue. 
Esse retorno pode ser afetado (aumentado ou 
diminuído) por diversos fatores 
1. SALTO-ALTO: O principal mecanismo de 
retorno venoso dos membros inferiores é a 
ejeção do sangue através da contração 
muscular. A “bomba da panturrilha” é 
acionada a cada passo dado, ejetando o 
sangue contra a gravidade e, graças à 
competência valvar venosa, não há refluxo. 
A mobilidade do tornozelo é fator essencial 
para a atuação eficiente da bomba da 
panturrilha. A contração da panturrilha 
durante a marcha tem com objetivo elevar 
o corpo na ponta dos pés, impulsionando-o. 
Aparentemente, o salto alto limita esse 
movimento de forma radical, diminuindo a 
ação da bomba. Quanto mais alto o salto, 
mais esse fenômeno é notado. 
2. MOVIMENTO: A contração dos músculos 
circundantes facilita a propulsão do sangue 
em direção ao coração. Este mecanismo é 
denominado bomba muscular. 
 
3. MEIAS DE COMPRESSÃO: As meias de 
compressão, quando utilizadas durante os 
exercícios, proporcionam melhora no 
retorno venoso, fazendo com que a 
panturrilha seja esvaziada mais 
efetivamente e consequentemente, 
melhoram a performance muscular e 
concomitantemente do esportista. Além de 
evitarem, claro, inchaços e varizes. 
 
4. SÍNDROME DA IMOBILIDADE: Nesta 
síndrome há uma deficiência do retorno 
venoso, levando a um acúmulo sanguíneo 
nos membros inferiores, que além de edema 
nestes membros, promove um enchimento 
incompleto do ventrículo esquerdo, levando 
a um déficit cardiovascular. Estes eventos 
desencadeiam um mecanismo 
compensatório: o aumento da frequência 
cardíaca de repouso, onde há o aumento de 
um batimento por minuto a cada dois dias, 
elevação da pressão arterial sistólica 
causado pela resistência periféricaaumentada e o tempo de ejeção sistólico 
absoluto e de diástole é encurtado, 
diminuindo o volume sistólico. 
Capilares 
Os capilares são os menores vasos do sistema 
circulatório. Eles são o principal local de troca 
entre o sangue e o líquido intersticial. Como as 
paredes são relativamente delgadas, as 
distâncias de difusão são pequenas e as trocas 
podem ocorrer rapidamente. 
Além disso, o sangue flui lentamente através 
dos capilares, possibilitando tempo suficiente 
para a difusão ou o transporte ativo de materiais 
através das paredes dos capilares. 
 Capilares contínuos são encontrados na 
maioria das regiões do corpo. Nestes capilares o 
endotélio é um revestimento completo e as 
células endoteliais são conectadas por junções 
firmes e desmossomos. 
Capilares fenestrados (fenestra, janela) são 
capilares que contêm “janelas” ou poros em suas 
paredes devido a um revestimento endotelial 
perfurado ou descontínuo. 
Os Capilares Sinusóides são semelhantes a 
capilares fenestrados, exceto pelo fato de os 
poros serem maiores e a lâmina basal ser mais 
fina. (Em alguns órgãos, como o fígado, não 
existe a lâmina basal.) Os capilares sinusóides 
são irregulares e achatados e seguem o contorno 
interno de órgãos complexos. Eles permitem 
uma troca intensa de líquidos e grandes solutos, 
incluindo proteínas em suspensão, entre o 
sangue e o líquido intersticial. 
 
Os capilares não funcionam como unidades 
individuais. Cada capilar é parte de uma rede 
interconectada denominada leito capilar ou rede 
capilar. Uma única arteríola dá origem a dezenas 
de capilares que se esvaziam em várias vênulas. 
A entrada de cada capilar é protegida por uma 
“banda” de músculo liso, denominada esfíncter 
pré-capilar. 
Troca nesses capilares 
Os capilares são os menores vasos do sistema 
circulatório. Eles são o principal local de troca 
entre o sangue e o líquido intersticial. Uma 
pequena parte das trocas ocorre nas vênulas 
pós-capilares, nas extremidades distais dos 
capilares, mas isso não é significativo. 
Para facilitar as trocas de materiais, os capilares 
não possuem o reforço de músculo liso e tecido 
elástico ou fibroso. Suas paredes consistem em 
uma camada achatada de endotélio sustentada 
por uma matriz acelular, a lâmina basal. 
Os pericitos contribuem para diminuir a 
permeabilidade capilar: quanto mais pericitos, 
menos permeável é o endotélio capilar. Os 
pericitos secretam fatores que influenciam o 
crescimento capilar e novas células endoteliais 
ou músculo liso. 
Para que a troca metabólica entre o Sistema 
Circulatório e os tecidos ocorra corretamente, 
devem ser respeitadas as FORÇAS DE STARLING, 
e o que essa teoria mostra é que, em situações 
fisiológicas, há um equilíbrio entre a filtração 
(depende da pressão hidrostática) e a 
reabsorção (que depende da pressão oncótica). 
A filtração é um processo que ocorre pela 
pressão exercida no capilar, que é a pressão 
hidrostática capilar. O normal é que sejam 
filtrados 10ml a cada minuto. 
Já a reabsorção ocorre por influência da 
pressão coloidosmótica ou pressão oncótica. A 
principal proteína que exerce essa função é a 
albumina. Sendo um soluto, ela “puxa” o líquido 
que foi filtrado para o vaso novamente. Assim, 
cerca de 9ml são reabsorvidos a cada minuto. 
Esse 1ml, que é filtrado a cada minuto e não é 
reabsorvido, é captado pelos vasos linfáticos. E 
assim percebemos que, o fisiológico é que, ao 
fim do processo, não sobre líquido no interstício. 
 
Sistema linfático 
As funções do sistema linfático incluem: (1) 
restituir de volta ao sistema circulatório os 
líquidos e proteínas filtrados para fora dos 
capilares, (2) capturar a gordura absorvida no 
intestino delgado e transferi-la para o sistema 
circulatório e (3) atuar como um filtro para 
ajudar a capturar e destruir patógenos. 
Esses vasos transportadores de linfa atuam 
como adjuvantes dos vasos sanguíneos. 
Diferentemente dos vasos sanguíneos, que 
transportam o sangue para os tecidos, e a partir 
deles, os vasos linfáticos são unidirecionais e 
transportam líquido apenas a partir dos tecidos. 
Capilares linfáticos 
São particularmente numerosos nos tecidos 
conjuntivos frouxos, sob o epitélio da pele e das 
mucosas. Os capilares linfáticos começam como 
tubos de “extremidade cega” (em fundo cego) 
nos leitos microcapilares; são essencialmente 
tubos de endotélio que, diferentemente dos 
capilares sanguíneos típicos, requerem uma 
lâmina basal contínua. Tal lâmina basal 
incompleta pode estar correlacionada com a sua 
alta permeabilidade. 
Filamentos de ancoragem estendem-se entre a 
lâmina basal incompleta e o colágeno 
perivascular. Esses filamentos consistem em 
microfibrilas de fibrilina. As microfibrilas de 
fibrilina são compostas de moléculas de fibrilina 
1 e da proteína associada à microfibrila, a emilina 
1. Os filamentos de fixação mantêm a 
permeabilidade dos vasos em situações de 
aumento da pressão tecidual, como no caso de 
inflamação. 
Os capilares linfáticos constituem uma parte 
singular do sistema circulatório, formando uma 
rede de pequenos vasos nos tecidos. Em virtude 
de sua maior permeabilidade, os capilares 
linfáticos são mais efetivos que os capilares 
sanguíneos na remoção de líquido rico em 
proteínas dos espaços intercelulares. Eles 
também são especializados na captação de 
moléculas inflamatórias, lipídios dietéticos e 
células imunes. Uma vez coletado, o líquido que 
entra no vaso linfático é denominado linfa. 
Vasos linfáticos 
Os capilares linfáticos convergem em vasos 
coletores cada vez maiores, denominados vasos 
linfáticos. Além da linfa, os vasos linfáticos 
também servem para transportar proteínas e 
lipídios, que são moléculas muito grandes para 
atravessar as fenestrações dos capilares 
absortivos no intestino delgado. 
Diferentemente dos capilares linfáticos, os 
vasos linfáticos exibem características para 
impedir o extravasamento da linfa do lúmen. 
Incluem junções de oclusão entre as células 
endoteliais e a lâmina basal contínua, que é 
circundada por células musculares lisas. À 
medida que os vasos linfáticos adquirem maior 
calibre, a parede torna-se mais espessa. 
O aumento de espessura deve-se ao tecido 
conjuntivo e aos feixes de músculo liso. Os vasos 
linfáticos 
contêm 
válvulas que 
impedem o 
fluxo 
retrógrado da 
linfa, 
auxiliando, 
assim, o fluxo 
unidirecional. 
Não há bomba central no sistema linfático. 
 A linfa move-se lentamente, impulsionada 
principalmente pela compressão dos vasos 
linfáticos pelos músculos esqueléticos adjacentes. 
Além disso, a contração da camada de músculo 
liso que circunda os vasos linfáticos pode ajudar 
a propelir a linfa. 
A linfa 
A maioria dos componentes do plasma 
sanguíneo se infiltra livremente pelas paredes 
dos capilares sanguíneos para formar líquido 
intersticial (no espaço intersticial), porém, mais 
liquido é removido dos vasos sanguíneos do que 
retornam para eles, por meio da reabsorção. O 
excesso de liquido filtrado drena para os 
capilares linfáticos e trona-se LINFA. Em 
intervalos ao longo dos vasos linfáticos, a linfa 
flui pelos linfonodos. 
Ela é um líquido claro pobre em proteínas e 
rico em lipídios, parecido com o sangue, mas 
com a diferença de que as únicas células que 
contém são os glóbulos brancos que migram dos 
capilares sanguíneos, sem conter hemácias. 
 
Contato com o sist. cardíaco 
O plasma, juntamente com alguns leucócitos, 
sai rotineiramente dos capilares para o espaço 
intersticial. A maior parte do líquido e seus 
constituintes são absorvidos pelas células 
teciduais ou reabsorvidos pela árvore vascular, 
dependendo do equilíbrio entre as pressões. Mas 
parte do líquido, juntamente com certas células 
e detritos 
celulares entra no 
sistema linfático. 
Os vasos 
linfáticos drenam 
para os 
linfonodos, que 
filtram o material 
celular,incluindo 
células 
neoplásicas, e partículas estranhas. Finalmente 
ela chega aos canais coletores, que esvaziam seu 
conteúdo nas duas veias subclávias, essas veias 
unem-se para formar a veia cava superior, a 
grande veia que drena o sangue da parte 
superior do corpo até o coração. 
Edema 
O edema é um sinal de que as trocas normais 
entre os sistemas circulatório e linfático estão 
alteradas. O edema, em geral, ocorre por uma 
destas duas causas: (1) drenagem inadequada da 
linfa sendo TRANSXUDATO ou (2) filtração capilar 
sanguínea que excede muito a absorção capilar o 
EXUDATO. 
A drenagem inadequada da linfa ocorre por 
obstrução do sistema linfático, particularmente 
nos linfonodos. Parasitos, câncer ou o 
crescimento de tecido fibrótico, causado por 
radioterapia, podem bloquear o movimento da 
linfa pelo sistema. Por exemplo, a elefantíase. A 
drenagem da linfa pode também ser prejudicada 
quando os linfonodos são removidos. 
Um desequilíbrio nas forças de Starling é 
essencial para formar um edema, três fatores 
que rompem o balanço normal entre a filtração e 
a absorção capilar são: 
1. AUMENTO NA PRESSÃO HIDROSTÁTICA 
CAPILAR. O aumento da pressão 
hidrostática provoca um aumento do 
tempo de filtração e reduz o tempo de 
reabsorção. Com isso, uma maior 
quantidade de liquido vai para o interstício, 
enquanto uma quantidade menor é 
reabsorvida de volta ao vaso. Isso faz com 
que líquidos se acumulem no interstício, 
sendo uma causa para a ocorrência de 
edema. Chamado de transxudato. 
 
2. UMA DIMINUIÇÃO NA CONCENTRAÇÃO 
DE PROTEÍNA PLASMÁTICA. As 
concentrações de proteína plasmática 
podem diminuir como um resultado de 
desnutrição severa ou insuficiência 
hepática. O fígado é o principal local de 
síntese de proteínas plasmáticas, e essas 
proteínas são responsáveis pelo 
componente pressão coloidosmótica do 
sangue. 
3. AUMENTO NAS PROTEÍNAS INTERSTICIAIS. 
Como discutido, o vazamento excessivo de 
proteínas para fora do sangue diminui o 
gradiente de pressão coloidosmótica e 
aumenta a filtração capilar resultante. 
 
4. AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR. 
Em processos inflamatórios, algumas 
substâncias são liberadas, os mediadores 
pró-inflamatórios. Eles promovem 
vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular (ocorre contração das células 
endoteliais, aumentando o espaço entre 
elas). Esse aumento da permeabilidade 
permite a passagem de macromoléculas, 
saindo do espaço vascular em direção ao 
interstício. Com isso, há passagem de células, 
como os leucócitos, e proteínas, como a 
albumina. E forma-se, então, o exsudato. 
 
5. CACIFO Um dos sinais típicos do edema nas 
pernas, também chamado de sinal de Godet, 
que é a presença de um pequeno 
afundamento na pele quando a 
pressionamos com o dedo. Este é um sinal 
de excesso de líquido no tecido subcutâneo. 
 
 
Trombos 
Solidificação dos constituintes normais do 
sangue, dentro do sistema cardiovascular, no 
animal vivo. Trombo é a massa sólida formada a 
partir do processo da trombose. Deve ser 
diferenciado da coagulação extra vascular 
(hemostasia) e da coagulação post mortem. 
Classificação 
Quanto à estrutura: 
TROMBOS VERMELHOS, ou "de coagulação", 
ou ainda "de estase": ricos em hemácias, mais 
frequentes em veias (Flebotrombose); 
TROMBOS BRANCOS ou "de conglutinação": 
constituídos basicamente de plaquetas e fibrina, 
estão geralmente associados às alterações 
endoteliais, sendo mais frequentes em artérias. 
TROMBOS HIALINOS: constituídos 
principalmente de fibrina, estão geralmente 
associados à alterações na composição 
sangüínea, sendo mais freqüentes em capilares. 
TROMBOS MISTOS: são os mais comuns. 
Formados por estratificações fibrinosas (brancas), 
alternadas com partes cruóricas (vermelhas). São 
alongados e apresentam 3 partes: 
 
 Quanto à localização: 
VENOSOS: Geralmente vermelhos e localizados 
predominantemente dos membros inferiores 
(Flebotrombose humana). São úmidos e 
gelatinosos, associam-se às flebectasias e à 
estase prolongada, mas podem advir também de 
flebites. 
CARDÍACOS: Murais (principalmente no 
endocárdio da aurícula direita e no ventrículo 
esquerdo) ou valvulares (principalmente na 
aórtica e na mitral). 
ARTERIAIS: Geralmente brancos, acometendo 
mais comumente as coronárias, as cerebrais, as 
ilíacas e as femurais no ser humano. 
CAPILARES: Geralmente hialinos, ocorrendo 
nas coagulopatias de consumo (Coagulação 
Intravascular Disseminada). 
 
Quanto à interrupção do fluxo sanguíneo: 
OCLUSIVOS OU OCLUDENTES: obstruem 
totalmente a luz vascular. É relativamente 
comum tanto nas tromboses arteriais 
(ateroscleróticas) quanto nas venosas. 
MURAIS, PARIETAIS, OU SEMI-OCLUDENTES: 
obstruem parcialmente a luz vascular. Comuns 
na trombose arterial e na cardíaca. A trombose 
venosa mural é rara ou não existe. 
CANALIZADO: Trombo oclusivo que sofreu 
proliferação fibroblástica e neovascularização, 
restabelecendo pelo menos parte do fluxo 
sanguíneo. 
Quanto à presença de infecção: 
SÉPTICO: quando o trombo sofreu colonização 
bacteriana ou quando se formou às custas de um 
processo inflamatório infectado . 
ASSÉPTICO. 
 
Etiopatogenia 
A trombose é uma consequência de 3 tipos de 
alterações ("Tríade de Virchow) 
1. ALTERAÇÕES DA PAREDE VASCULAR OU 
CARDÍACA; Lesão endotelial ou 
endocárdica provocando exposição do 
colágeno subendotelial, com consequente 
adesão e agregação plaquetária, e 
desencadeamento do processo de 
"coagulação", além da contração das 
células endoteliais ou endocárdicas. 
Causada, normalmente, por traumas. 
 
2. ALTERAÇÕES REOLÓGICAS OU 
HEMODINÂMICAS; Por menor fluxo: 
Importante principalmente na trombose 
venosa. A estase altera o fluxo lamelar 
fazendo com que as células (inclusive 
plaquetas) que ocupavam a corrente axial 
passem à corrente marginal, facilitando o 
contato plaquetas - endotélio, ao tempo 
que concentra os fatores da coagulação. 
Por turbulência: Predispõem à deposição 
de plaquetas (por alterar o fluxo lamelar 
com modificação da corrente axial em 
marginal) e por traumatizar a íntima 
cardiovascular, facilitando a exposição do 
colágeno subendotelial. 
 
3. ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO 
SANGUÍNEA COM 
HIPERCOAGULABILIDADE; Trombocitose, 
incremento de fatores da coagulação (na 
gestação), redução da atividade 
fibrinolítica: diabete, obesidade, síndrome 
nefrótica (perda urinária de antagonistas 
da coagulação). Aumento da viscosidade 
sanguínea. 
 
Fatores de risco 
1. IDADE: pacientes com idade igual ou 
superior a 60 anos tem maior chance de 
desenvolver trombose venosa e/ou arterial; 
 
2. TABACO: Produtos encontrados no cigarro, 
como a nicotina, induzem estado pro 
trombótico, através da ativação 
plaquetária, aumentando em torno de 16 
vezes as chances de desenvolvê-la, 
 
3. SEXO: A frequência superior em pacientes 
trombofílicos do sexo feminino é 
justificada, por alguns autores, pelos 
fatores de risco aumentados como o uso 
de contraceptivos orais, alterações nas 
proteínas do sistema anticoagulante em 
gestantes, além da terapia de reposição 
hormonal na menopausa. 
 
4. VIAGEM: Realmente um vôo, ou viagem 
longa de ônibus e carro é um momento em 
que o risco deste problema aparecer é 
maior, já que a pessoa fica sem mover as 
pernas, o que prejudica o retorno do 
sangue venoso para o coração. 
 
5. OBESIDADE; 
 
6. PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA; 
 
 
Complicações 
Em geral temos: Isquemia, levando à 
degenerações e às hipotrofias ou ao infarto; 
Hiperemia passiva, levando ao edema, às 
degenerações e às hipotrofias, ou ao enfarte 
vermelho e Embolia, decorre da fragmentação 
ou descolamento de trombos inteiros. É 
favorecida pelo amolecimento puriforme, pela 
fragilidade na fixação do trombo, pelo 
retardamento na lise ou na organização, etc... 
 
Trombose venosa profunda 
A trombosevenosa profunda é a coagulação do 
sangue em uma veia profunda de um membro 
(em geral de panturrilha, coxa) ou pelve. A 
trombose venosa profunda aguda é a causa 
principal de embolia pulmonar. Decorre de 
condições que comprometem o retorno venoso, 
acarretando disfunção ou lesão endotelial ou 
provocando hipercoagulabilidade. Pode ser 
assintomática ou acarretar dor e edema do 
membro; embolia pulmonar é uma complicação 
imediata. 
Quando presentes, os sinais e sintomas da DC 
(p. ex., dor vaga, sensibilidade ao longo da 
distribuição das veias, edema e eritema) são 
inespecíficos, a frequência e a gravidade são 
variáveis e são semelhantes em braços e pernas. 
As veias superficiais colaterais dilatadas podem 
se tornar visíveis ou palpáveis. Ocasionalmente, 
provoca-se desconforto na panturrilha com 
flexão dorsal do tornozelo (sinal de Homan), com 
o joelho estendido, na vigência de trombose 
venosa profunda da parte distal do membro 
inferior, mas não é sensível e nem específico. 
 
Varizes 
São veias superficiais dilatadas e tortuosas que 
perderam sua principal função de retorno 
venoso do sangue dos membros inferiores em 
direção ao coração. O defeito nas veias das 
pessoas que têm varizes está nas válvulas e nas 
paredes das veias. 
CLassificação 
 De acordo com o diâmetro venoso, podem ser 
classificadas em 3 tipos: 
1. VEIAS VARICOSAS: que sobressaem na 
pele e ficam protuberantes, com diâmetro 
acima de 3 milímetros, acometendo os 
troncos das veias safenas internas e/ou 
externas e suas veias colaterais; 
 
2. VEIAS RETICULARES: que variam de 1 a 3 
milímetros de diâmetro, não possuindo 
relação direta com os troncos principais; 
 
3. VEIAS TELANGECTASIAS: popularmente 
conhecidas como vasinhos, cujo diâmetro 
não ultrapassa 1 mm. 
 
Formação 
A partir de válvulas insuficientes nas veias, 
acontece uma inversão no caminho do sangue 
(refluxo + estase), que passa a ir de cima para 
baixo e da veia profunda para a superficial. Este 
fato provoca um aumento do volume e pressão 
dentro da veia superficial, ocorrendo o processo 
de dilatação e aparecimento das varizes.

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