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LegislaçãoLegislação @biavetlove LegislaçãoLegislação - Lei: Poder legislativo. Mais sintética. Lei é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito. - Decreto: Poder executivo. Com base em uma lei, elabora-se um decreto da lei. Atende o que está na lei com detalhamentos de todos aspectos. Um decreto, em termos gerais e globais, e respeitados em cada sistema jurídico, é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão (civil, militar, leigo ou eclesiástico) que determina o cumprimento de uma resolução. É usualmente utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas. Lei e Decreto D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 No início do século 20, no regime republicano, as autoridades decretaram a criação das duas primeiras instituições de ensino de Veterinária no Brasil. No Rio de Janeiro a Escola de Veterinária do Exército (Decreto N º 2.232, de 06/01/1910), aberta em 17/07/1914 e a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (Decreto N º 8.919, de 20/10/1910), aberta em 04/07/1913. No dia 13/11/1915, durante a 24 ª sessão da Congregação, o senhor Dionysio Mielli recebia o grau de Médico Veterinário, tornando-se o primeiro médico veterinário formado e diplomado no Brasil. Até 1925, formaram-se 24 veterinários. Na turma de 1929, foi diplomada a primeira mulher brasileira pela Escola Superior de Agricultura e Veterinária, a Dra. Nair Eugênia Lobo. Origem Med. Vet. Brasil LegislaçãoLegislação Antes de 1932, não existia regulamentação sobre o exercício da profissão. Em 09/09/1933, o Decreto nº 23.133, do Presidente da República Getúlio Vargas, foram normatizadas as condições e os campos de atuação do Médico Veterinário, tendo vigência por três décadas. O Decreto conferiu privacidade para os Médicos Veterinários para: Organização, direção e execução do ensino Veterinário; Serviços referentes à Defesa Sanitária Animal; Inspeção dos estabelecimentos industriais de produtos de origem animal, hospitais e policlínicas veterinárias; Organização de congressos, representação oficial e peritagem em questões judiciais. O registro do diploma tornou-se obrigatório, a partir de 1940. D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 Em 23/10/1968, foi promulgada a Lei nº 5.517, de autoria do Deputado Federal Sadi Coube Bogado. Essa lei dispõe sobre o exercício da profissão e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. Lei 5.517 1968 A lei transferiu a função fiscalizadora da profissão para a própria categoria profissional. CAPÍTULO I - DA PROFISSÃO Art. 1º - O Exercício da profissão do Médico Veterinário obedecerá às disposições da presente lei. Art. 2º - restringe o exercício da profissão de médico veterinário: a) Aos portadores de diplomas expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas e registradas na Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura; b) Aos profissionais diplomados no estrangeiro que tenham revalidado e registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor. Art. 3º - determina que “o exercício das atividades profissionais só será permitido aos portadores de carteira profissional expedida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária ou pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária”. LegislaçãoLegislação Art. 4º - Os dispositivos dos artigos anteriores não se aplicam: a) aos profissionais estrangeiros contratados em caráter provisório pela União, pelos Estados, pelos Municípios ou pelos Territórios, para função específica de competência privativa ou atribuição de médico veterinário; - Não precisa ter a carteira. D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 e) A direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais, comerciais, recreativos, desportivos ou de proteção onde estejam, permanentemente, em exposição, em serviço ou para qualquer outro fim animais ou produtos de sua origem; f) A inspeção e a fiscalização sob o ponto-de-vista sanitário, higiênico e tecnológico dos [estabelecimentos industriais que processam produtos de origem animal] nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização; g) A peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais; h) As perícias, os exames e as pesquisas reveladoras de fraudes ou operação dolosa nos animais inscritos nas competições desportivas ou nas exposições pecuárias; i) O ensino, a direção, o controle e a orientação dos serviços de inseminação artificial; j. A regência de cadeiras ou disciplinas especificamente médico veterinárias, bem como a direção das respectivas seções e laboratórios; CAPÍTULO II – DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL Art. 5º - É da competência privativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista e particulares: - Nenhum outro profissional pode exercer, aborda atividades privativas e outras competências. a) A prática da clínica em todas as suas modalidades; b) A direção dos hospitais para animais; c) A assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer forma; d) O planejamento e a execução da defesa sanitária animal; LegislaçãoLegislação l) A direção e a fiscalização do ensino da medicina veterinária, bem como do ensino agrícola médio, nos estabelecimentos em que a natureza dos trabalhos tenha por objetivo exclusivo a indústria animal; m) A organização eventos destinados ao estudo da medicina veterinária; n) Assessoria técnica do Ministério das Relações Exteriores, no país e no estrangeiro, no que diz com os problemas relativos à produção e à indústria animal. D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 Art. 6º - Constitui, ainda, competência do médico veterinário o exercício de atividades ou funções públicas e particulares, relacionadas com: a) As pesquisas, o planejamento, a direção técnica, o fomento, a orientação e a execução dos trabalhos relativos à produção animal e às indústrias derivadas, inclusive às de caça e pesca; b) O estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem; c) A avaliação e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crédito e de seguro; d) A padronização e a classificação dos produtos de origem animal; e) A responsabilidade pelas fórmulas e preparação de rações para animais e a sua fiscalização; f) A participação nos exames dos animais para efeito de inscrição nas Sociedades de Registros Genealógicos; g) Os exames periciais tecnológicos e sanitários dos subprodutos da indústria animal; h) As pesquisas e trabalhos ligados à biologia geral, à zoologia, à zootécnica, bem como à bromatologia animal em especial; i) A defesa da fauna, especialmente a controle da exploração das espécies animais silvestres, bem como dos seus produtos; j) Os estudos e a organização de trabalhos sobre economia e estatística ligados à profissão; l) A organização da educação rural relativa à pecuária. LegislaçãoLegislação CAPÍTULO III - Do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMV’s). Art. 7º - A fiscalização do exercício da profissão de médico-veterinário será exercida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, e pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária, criados por esta Lei. Parágrafo único - A fiscalização do exercício profissional abrange as pessoas referidas no artigo 4º, inclusive no exercício de suas funções contratuais. - Criado um conselho federal para orientar, fiscalizar. – antes era pelo governo. D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 Art. 8º - O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) tem por finalidade, além da fiscalização do exercício profissional, orientar, supervisionar e disciplinar asatividades relativas à profissão de médico-veterinário em todo o território nacional, diretamente ou através dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMV’s). Art. 9º - O Conselho Federal assim como os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária servirão de órgão de consulta dos governos da União, dos Estados, dos Municípios e dos Territórios, em todos os assuntos relativos à profissão de médico-veterinário ou ligados, direta ou indiretamente, à produção ou à indústria animal. Art. 10 - O CFMV e os CRMVs constituem em seu conjunto, uma autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira. Art. 11 - O CFMV, com sede na Capital Federal da República, tem jurisdição em todo o território nacional e mantém subordinados os CRMV, sediados nas capitais dos Estados e do Distrito Federal Art.12 - Os CFMV e os CRMV serão constituídos de brasileiros natos ou naturalizados em pleno gozo de seus direitos civis, cujos diplomas profissionais estejam registrados de acordo com a legislação em vigor e as disposições desta lei. LegislaçãoLegislação O CFMV e o CRMV serão compostos de: - Um presidente, Um vice- presidente,Um secretário-geral, Um tesoureiro, Seis conselheiros. Estes devem ser eleitos em reunião dos delegados dos CRMV’s, por escrutínio secreto e maioria absoluta de votos, sendo que cada CRMV terá direito a três delegados. Art. 14 - Os CRMV’s serão constituídos à semelhança do Conselho Federal, de 6 membros, no mínimo, e de 16 no máximo, eleitos por escrutínio secreto e maioria absoluta de votos, em assembleia geral dos médicos veterinários inscritos nas respectivas regiões e que estejam em pleno gozo dos seus direitos. O voto é pessoal e obrigatório em toda eleição, salvo caso de doença ou de ausência plenamente comprovada. D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 CAPÍTULO IV - Das Anuidades e Taxas Art. 25 - O médico-veterinário, para o exercício de sua profissão, é obrigado a se inscrever no CRMV e pagar uma anuidade até o dia 31 de março de cada ano, acrescido de 20% quando fora desse prazo. O médico-veterinário ausente do País não fica isento do pagamento da anuidade. Art. 26 - O Conselho Federal ou Conselho Regional de Medicina Veterinária cobrará taxa pela expedição ou substituição de carteira profissional pela certidão referente à anotação de função técnica ou registro de firma. Art. 27 - As firmas, associações, companhias, cooperativas, empresas de economia mista e outras que exercem atividades peculiares à medicina veterinária previstas pelos artigos 5º e 6º da Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, estão obrigadas a registro nos Conselhos de Medicina Veterinária das regiões onde funcionarem. Art. 29 - Constitui renda do CFMV o seguinte: e) ¼ da taxa de expedição da carteira profissional expedida pelos CRMVs; f) ¼ das anuidades de renovação de inscrição arrecadada pelos CRMVs; g) ¼ das multas aplicadas pelos CRMVs; LegislaçãoLegislação h) ¼ da renda de certidões expedidas pelos CRMVs; i) doações; e j) subvenções. D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES Art. 32 - O poder de disciplinar e aplicar penalidades aos médicos veterinários compete exclusivamente ao Conselho Regional, em que estejam inscritos ao tempo do fato punível. Parágrafo único - A jurisdição disciplinar estabelecida neste artigo não derroga a jurisdição comum, quando o fato constitua crime punido em lei. Art. 33 - As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais são as seguintes: a) advertência confidencial, em aviso reservado; b) censura confidencial, em aviso reservado; c) censura pública, em publicação oficial; d) suspensão do exercício profissional até 3 meses; e) cassação do exercício profissional, “ad referendum” do Conselho Federal de Medicina Veterinária. CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 35 - A apresentação da carteira profissional prevista nesta Lei é obrigatoriamente exigida por todas as Instituições para inscrição (já não precisa mais, só no ato de assumir o cargo) em concurso, assinatura de termo de posse ou de qualquer documento, sempre que se tratar de prestação de serviço ou desempenho de função privativa da profissão de médico veterinário. Parágrafo único - A carteira de identidade profissional expedida (CRMV’s) servirá como documento de identidade e de fé pública. Art. 30 - A renda de cada Conselho Regional de Medicina Veterinária será constituída do seguinte: a) ¾ da renda proveniente da expedição de carteiras profissionais; b) ¾ das anuidades de renovação de inscrição; c) ¾ das multas aplicadas de conformidade com a presente Lei; d) ¾ da renda das certidões que houver expedido; e) doações; e f) subvenções. LegislaçãoLegislação CAPÍTULO III - Do Título Profissional CAPÍTULO IV - Do Exercício Profissional CAPÍTULO V - Das Firmas, Empresas e Associações Profissional. TÍTULO II - Dos Conselhos de Medicina Veterinária CAPÍTULO I - Da Conceituação, Vinculação e Finalidade dos Conselhos de Medicina Veterinária CAPÍTULO II - Do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) CAPÍTULO III - Dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMV) TÍTULO III - Das Anuidades e Taxas TÍTULO IV - Das Penalidades TÍTULO V - Das Disposições Gerais e Transitórias D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1 Decreto 64.704 1969 Embora a Lei 5.517/1968 tenha sido fundamental para a criação e organização da profissão, as disposições desta lei somente foram aprovadas no ano seguinte (1969) com o Decreto n. 64.704, de 17/06/1969. Esse decreto aprova o regulamento do exercício da profissão de Médico Veterinário e dos CFMV e dos CRMV’s. O Decreto 64.704/1969 foi assinado pelo presidente da República, Artur da Costa e Silva. TÍTULO I- Da Profissão de Médico Veterinário CAPÍTULO I - Do Campo Profissional CAPÍTULO II - Da Atividade Profissional Art. 37 - A prestação das contas será feita anualmente ao Conselho Federal de Medicina Veterinária e aos Conselhos Regionais pelos respectivos presidentes. Parágrafo único - Após sua aprovação, as contas dos� presidentes dos Conselhos Regionais serão submetidas à homologação do Conselho Federal. LegislaçãoLegislação 1 hora de jornada de trabalho por dia = 1 Salário Mínimo 2 horas de jornada de trabalho por dia = 2 Salários Mínimos 3 horas de jornada de trabalho por dia = 3 Salários Mínimos 4 horas de jornada de trabalho por dia = 4 Salários Mínimos 5 horas de jornada de trabalho por dia = 5 Salários Mínimos 6 horas de jornada de trabalho por dia = 6 Salários Mínimos = 30 Horas semanais 7 horas de jornada de trabalho por dia = 7,25 Salários Mínimos = 35 Horas Semanais 8 horas de jornada de trabalho por dia = 8,5 Salários Mínimos = 40 Horas semanais A Lei 4950-A, de 22.04.1966, determina que nos contratos baseados na CLT, o médico veterinário contratado não poderá perceber remuneração inferior ao salário mínimo profissional, abaixo discriminado: D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 Conteúdos Lei 5.517/1968: regulamenta o exercício profissional do Médico Veterinário e cria o CFMV e os CRMV (Decreto 64.704/1969). Lei 4.950-A/1966: remuneração de profissionais Veterinária. Lei 12.514/2011: valores devidos aos conselhos profissionais. - Outras leis de interesse da profissão de Médico Veterinário; - Resoluções do CFMV; - Código de Ética do Médico Veterinário (Resolução n.1138/2016); - Associações na área de Medicina Veterinária. Leis de Interesse Lei nº 4.950-A/1966 A Lei 4.950-A de 22 de abril de 1966 dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária. Art. 1º - O salário mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária é o fixado pela presente Lei. Art. 2º - O salário mínimo fixado pela presente Lei é a remuneração mínima obrigatória por serviços prestados pelos profissionais definidos no Art. 1º, com relação de empregoou função, qualquer que seja a fonte pagadora. Lei nº 5.292, 8/07/1967 Dispõe sobre a prestação do Serviço Militar pelos estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários em decorrência de dispositivos da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964. LegislaçãoLegislação Fixa os valores das anuidades de pessoas físicas e jurídicas, taxas e emolumentos, para o exercício de 2021, devidos aos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária - CFMV/CRMVs -, e dá outras providências. D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 Lei 12.514/2011 A Lei 12.514/2011 trata do fato gerador e dos valores devidos aos conselhos profissionais. Art. 4º Os Conselhos cobrarão: I - multas por violação da ética, conforme disposto na legislação; II - anuidades; e III - outras obrigações definidas em lei especial. Art. 5º O fato gerador das anuidades é a existência de inscrição no conselho, ainda que por tempo limitado, ao longo do exercício. a) até R$ 50.000,00: R$ 500,00; b) de R$ 50.000,00 e até R$ 200.000,00: R$ 1.000,00; c) de R$ 200.000,00 e até R$ 500.000,00: R$ 1.500,00; d) de R$ 500.000,00 e até R$ 1.000.000,00: R$ 2.000,00; e) de R$ 1.000.000,00 e até R$ 2.000.000,00: R$ 2.500,00; f) de R$ 2.000.000,00 e até R$ : R$ 3.000,00; g) de R$ 10.000.000,00: R$ 4.000,00. Art. 6º As anuidades cobradas pelo conselho serão no valor de: I - para profissionais de nível superior: até R$ 500,00; II - para profissionais de nível técnico: até R$ 250,00; e III - para pessoas jurídicas, conforme o capital social, os seguintes valores máximos: Resolução nº 1345/2020 I - até R$ 50.000,00 = R$ 731,22 II - de R$ 50.000,00 até R$ 200.000,00 = R$ 1.468,6 III - de R$ 200.000,00 até R$ 500.000,00 = R$ 2.204,00 IV - de R$ 500.000,00 até R$ 1.000.000,00 = R$ 2.930,05 V - de R$ 1.000.000,00 até R$ 2.000.000,00 = R$ 3.661,28 VI - de R$ 2.000.000,00 até R$ 10.000.000,00 = R$ 4.397,66 VII – acima de R$ 10.000.000,00 = 5.865,27 O CFMV, considerando o disposto nos artigos 16, alínea "f", e 31, ambos da Lei nº 5.517/1968, e no artigo 3º, XXIV, da Resolução CFMV nº 856/2007 e o disposto nos artigos 4º a 11 da Lei nº 12.514/2011; RESOLVE: Art. 1º O valor da anuidade de pessoa física e de microempreendedor individual, para o exercício de 2021, será de R$ 526,73. Art. 2º A anuidade de pessoa jurídica, para o exercício de 2021, será cobrada de acordo com as seguintes classes de capital social: LegislaçãoLegislação Necessidade de estabelecer normas e procedimentos para o registro de título de especialista nos CRMV’s; Os avanços científicos e tecnológicos têm aumentado o campo de trabalho do médico veterinário, com tendência a determinar o surgimento contínuo de especialidades; D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 Resolução nº 935/2009 I - Inscrição de Pessoa Física (definitiva e secundária): R$74,36; II - Registro de Pessoa Jurídica: R$ 221,02; III - Expedição de Cédula de Identidade Profissional: R$ 74,36; IV - Substituição ou 2ª Via de Cédula: R$ 118,77; V - Certificado de Regularidade: R$ 85,72; VI - Registro de Título de Especialista: R$ 138,40; VII - anotação de responsabilidade técnica: R$ 136,33; VIII - renovação de responsabilidade técnica: R$ 103,28 Art. 3º O pagamento da anuidade de pessoa física e jurídica, para o exercício de 2021, será efetuado com os seguintes descontos: I - 15% (quinze por cento) de desconto para o pagamento feito até 31/1/2020; II - 10% (dez por cento) de desconto para o pagamento feito até 28/2/2020; III - 5% (cinco por cento) de desconto para o pagamento¤ feito até 31/3/2020. Art. 4º Os valores das taxas e emolumentos serão os seguintes: Compete ao CFMV estabelecer os requisitos para concessão e registro de título de especialista, no âmbito do exercício profissional. Art 1. O registro de títulos de especialista em áreas da medicina veterinária e zootecnia no âmbito do sistema CFMV/CRMVs será regido por esta resolução. Art 2. Caberá ao plenário do CRMV em que o profissional possuir inscrição principal o exame dos documentos probatórios, assim como a aprovação da acreditação e registro do título de especialista. 1. É vedado o registro de mais de uma especialidade com base no mesmo curso de especialização e resultado da prova prestada. 2. O médico veterinário e zootecnista poderá obter o registro de até dois títulos de especialista no conselho regional em que possuir inscrição principal. Art. 3. Para o registro do título de especialista, o profissional deverá recolher a tesouraria do CRMV o valor estipulado em resolução do CFMV. Art. 4. Os CRMVs procederão o registro dos títulos de especialista conferidos pelas sociedades, associações e colégios de âmbito nacional que congreguem contingentes de médicos veterinários e zootecnistas dedicados às áreas específicas do seu domínio de conhecimento. LegislaçãoLegislação D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 I – certificado de curso de especialização na área específica, conferido por instituição de ensino superior reconhecida pelo conselho nacional de educação/ Ministério de educação (CNE/MEC) ou entidades de especialistas, cujo curso atenda aos requisitos desta resolução. II – certificado de conclusão de programa de residência na área específica. 1. Os CRMVs poderão ao registro dos títulos de especialista somente aquelas conferidas pelas sociedades, associações e colégios que congreguem contingentes de profissionais estabelecidos em pelo 5 unidades da federação em suas áreas específicas de domínio de conhecimento. Art. 5. As entidades deverão, quando da solicitação de habilitação, estar consolidadas e legalmente constituídas, há pelo menos 5 anos e apresentar ao CFMV os critérios que nortearão o oferecimento dos títulos. Art. 6. É vedado o registro de título de especialista por entidade não credenciada pelo CFMV. Art. 7. Para a submissão à prova de conhecimentos específicos, serão considerados como pré-requisitos pelo menos um dos seguintes instrumentos: III – Título de mestre na área específica, conferido ou revalidado por instituição de ensino superior em curso/programa de pós-graduação reconhecida pela coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de ensino superior (CAPES/MEC) IV – Título de doutor na área específica, conferindo ou revalidado por instituição de ensino superior em programa de pós-graduação reconhecida pelo CAPES/MEC. Acupuntura Veterinária Anestesiologia Veterinária Bem-Estar e Comportamento Animal Clínica e Técnica Cirúrgica Clínica Médica de Grandes Animais Clínica Médica de Pequenos Animais Ecologia e Gestão Ambiental Economia Rural e Gestão do Agronegócio Farmacologia e Terapêutica Veterinária Fisiologia e Endocrinologia Veterinária Genética e Melhoramento Animal Homeopatia Veterinária Inspeção Higiênica, Sanitária e Tecnológica de Produtos de Origem Animal Medicina e Produção de Animais Aquáticos Medicina e Produção de Animais de Laboratórios Medicina e Produção de Animais Silvestres Medicina Veterinária Intensiva Nutrição Animal Medicina Veterinária Legal Medicina Veterinária Preventiva Microbiologia Veterinária LegislaçãoLegislação D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 Parasitologia Veterinária Patologia Clínica Veterinária Patologia Veterinária Produção Animal Radiologia e Diagnóstico por Imagem Veterinária Reprodução Animal Tecnologia de Produtos de Origem Animal Toxicologia Veterinária Colégios: Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária Colégio Brasileiro de Anestesiologia Veterinária Colégio Brasileiro de Médicos Veterinários Higienistas de Alimentos Colégio Brasileiro de Oftalmologistas Veterinários Sociedades Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária Quem pode conceder o título de Especialista em Medicina Veterinária? As Instituições de Ensino Superior reconhecidas pelo MEC, As Academias, Associações, Sociedades e Colégios de Medicina Veterinária. Academias: Academia Brasileira de Medicina Veterinária Intensiva Academia Brasileira de Clínicos de Felinos Associações: Associação Brasileira de Radiologia VeterináriaAssociação Brasileira de Patologia Veterinária Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais Associação Brasileira de Acupuntura Veterinária Associação Brasileira de Dermatologia Veterinária Associação Brasileira de Oncologia Veterinária Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal Resolução nº 1076/2014 Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para Acreditação dos Programas de Residência e de Aprimoramento Profissional em Medicina Veterinária e dá outras providências. Art. 2º Os Programas de Residência e de Aprimoramento¤ Profissional em Medicina Veterinária são cursos de Pós- Graduação em regime lato sensu, devendo ser regidos segundo a legislação vigente. Parágrafo único. Os Programas de Residência e de Aprimoramento Profissional emn Medicina Veterinária devem ter reconhecimento Institucional, sendo este representado por documento que comprove sua aprovação junto ao Conselho de Ensino, Câmara de Pós- Graduação, PróReitoria de Pós-Graduação ou órgão equivalente. LegislaçãoLegislação D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 Os residentes recebem uma bolsa, financiada pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 3.330,43. Os bolsistas devem ter dedicação exclusiva, não podendo desenvolver outras atividades profissionais nesse período. As bolsas têm duração de dois anos. Residências Multiprofissionais As residências multiprofissionais são orientadas pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir das necessidades e realidades locais e regionais. Elas abrangem as profissões da área da saúde - Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Embora alguns programas em residências em Medicina Veterinária existam há mais de 30 anos, eles não eram reconhecidas pelo MEC e não recebiam financiamento do governo federal. Os programas seguem padrões semelhantes aos da residência médica, com duração de dois anos e uma carga horária semanal de 60 horas, totalizando cerca de 5.760 horas.A bolsa é no valor de R$ 3.330,43 e exige dedicação intensa do residente. Resolução nº 1000, de 11/05/2012 Dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais e dá outras providências. Considerando que a eutanásia é um procedimento clínico e¤ sua responsabilidade compete privativamente ao médico veterinário; Considerando a competência do CFMV em regulamentar, disciplinar e fiscalizar o exercício da Medicina Veterinária; Considerando a crescente preocupação da sociedade quanto à eutanásia dos animais e a necessidade de uniformização de metodologias junto à classe médico veterinária; Considerando a diversidade de espécies envolvidas nos procedimentos de eutanásia e a multiplicidade de métodos aplicados; Considerando que a eutanásia é um procedimento necessário, empregado de forma científica e tecnicamente regulamentada, e que deve seguir preceitos éticos específicos; Considerando que os animais submetidos à eutanásia são seres sencientes e que os métodos aplicados devem atender aos princípios de bem- estar animal, Art. 2º - Para os fins desta Resolução, eutanásia é a indução da cessação da vida animal, por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando os princípios éticos aqui definidos e em outros atos do CFMV. LegislaçãoLegislação D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1 Art. 14. Os métodos de eutanásia aceitáveis e aceitos sob restrição encontram-se listados no Anexo I desta Resolução. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Em 1969, entrou em vigor o Código de Deontologia e Ética Profissional Veterinário. O Código é considerado um conjunto de leis que estabelece a conduta ética e moral do profissional de medicina veterinária O Código de Ética Profissional foi atualizado em 15/01/1981, pela publicação da Resolução nº 322. Em 16 de agosto de 2002, foi aprovada nova atualização do Código de Ética do Médico Veterinário, pela Resolução nº 722. O atual Código de Ética do Médico Veterinário está regulamentado pela Resolução nº 1138, de 16 de dezembro de 2016. Código de Ética CAPÍTULO I: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO II: DOS DEVERES CAPÍTULO III: DOS DIREITOS CAPÍTULO IV: DO COMPORTAMENTO CAPÍTULO V: DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CAPÍTULO VI: DA RELAÇÃO COM OS OUTROS MÉDICO VETERINÁRIOS CAPÍTULO VII: DO SIGILO PROFISSIONAL CAPÍTULO VIII: DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS CAPÍTULO IX: DA RELAÇÃO COM O CIDADÃO CONSUMIDOR DE SEUS SERVIÇOS CAPÍTULO X: DAS RELAÇÕES COM O ANIMAL E O MEIO AMBIENTE CAPÍTULO XI: DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA CAPÍTULO XII: DAS RELAÇÕES COM A JUSTIÇA CAPÍTULO XIII: DA PUBLICIDADE E DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS CAPÍTULO XIV: DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES CAPÍTULO XV: DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES CAPÍTULO XVI: DA OBSERVÂNCIA E APLICAÇÃO DO CÓDIGO Associações da Categoria Entende-se como órgãos ou entidades de classe o agrupamento de pessoas com as mesmas aspirações, que lutam pelos interesses de uma categoria profissional ou de mesmos ideais filosóficos. Sindicatos; Associações e Sociedades; Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. Sindicatos Os Sindicatos cuidam da defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria dos Veterinários, inclusive em questões judiciais ou administrativas. O modelo sindical brasileiro foi disciplinado pela Consolidação das¤ Leis do Trabalho (CLT) (Decreto-Lei nº 5.452, de 1º/05/1943,- (Arts. 511 a 610). Os sindicatos obtinham o reconhecimento legal junto ao Estado, através da obtenção da Carta Sindical, fornecida pela Secretaria de Relações do Trabalho do MT. A partir do estabelecido na CF/1988, o reconhecimento dependia do registro em Cartório de Pessoas Jurídicas. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 A CF/1988 trouxe avanços para o direito de sindicalização, dentre eles: A declaração que “é livre a associação profissional ou sindical”. “é vedada ao Poder Publico a interferência e a intervenção na organização sindical”. Assegura a estabilidade do dirigente sindical ao declarar: “é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro de sua candidatura a carga de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o fim do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”. Transfere para os trabalhadores o direito de definir a sua base territorial sindical: “será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um município.” A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) extinguiu a exigência obrigatória do desconto da contribuição sindical dos trabalhadores, bem como o recolhimento compulsório das empresas para entidades laborais. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais somente serão devidas desde que prévia e expressamente autorizadas. Associações e Sociedades A Lei 10.406/2002 (Novo Código Civil) rege as Associações e Sociedades. Art. 44 - São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações; IV - as organizações religiosas; (Acrescentado pelo art. 02, da Lei¤ 10.825/03). V - os partidos políticos. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei¤ 10.825/03). Na área da Medicina Veterinária, as Associações e Sociedades visam proporcionar cultura, qualificação técnica e profissional e lazer aos seus associados, aspectos hoje relevantes na vida de um profissional de nível superior. Alguns exemplos de entidades de categoria: SBMV = Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária. SMVRS = Sociedade de Medicina Veterinária do RS. ANCLIVEPA = Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais. ABRV = Associação Brasileira de Radiologia Veterinária. ABRAVEQ = Associação Brasileira de Veterinários de Equinos. ABRAVAS = AssociaçãoBrasileira de Veterinários de Animais Silvestres. CBRV = Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Organizações da sociedade civil de interesse público A lei n. 9.790 de março de 1999, rege as Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) são regidas pela Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999. Dispõe sobre a qualidade de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos como organizações da sociedade civil de interesse público, institui e disciplina o termo de parceria e dá outros. Promoção da assistência social Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico. Promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata visto lei. Promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta lei. Promoção da segurança alimentar e nutricional. Defesa, preservação e conservação de meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. Promoção do voluntariado. Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate a pobreza. As OSCIP devem ter um estatuto que analisado e aprovado pelo ministério da justiça. Para ser reconhecida, as OSCIP devem ter pelo menos uma das seguintes finalidades: Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito. Promoção de direitos estabelecidos, constituição de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar. Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos lucrativos, da democracia e de outros valores universais. Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informação e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas acima. Direito Ambiental O Direito Ambiental é a área do conhecimento jurídico que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos legais para proteção do meio ambiente. É uma ciência holística que estabelece relações intrínsecas e transdisciplinares entre campos diversos, como antropologia, biologia, ciências sociais, engenharia, geologia, economia, ciências políticas e os princípios fundamentais do direito internacional, dentre outros. No Brasil o direito ambiental, como disciplina jurídica, é recente. Surgiu a partir da problematização da questão ambiental, no contexto nacional e internacional. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Princípios do Direito Ambiental Os Princípios do Direito Ambiental visam proporcionar para as presentes e futuras gerações, as garantias de preservação da qualidade de vida, em qualquer forma que esta se apresente, conciliando elementos econômicos e sociais, isto é, crescendo de acordo com a ideia de desenvolvimento sustentável. Princípio do Direito Humano Fundamental O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que pertence a todos e é um direito humano fundamental, consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo e reafirmado na Declaração do Rio. Graças a esse Princípio, a disponibilização de certos produtos é por muitas vezes criticada pelos vários segmentos sociais e o próprio Poder Público, como aconteceu no recente episódio dos transgênicos e das células tronco. Princípio Democrático Assegura ao cidadão o direito à informação e à participação na elaboração das políticas públicas ambientais, de modo que a ele deve ser assegurado os mecanismos judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o princípio. Esse Princípio é encontrado não só no capítulo destinado ao meio ambiente, como também no capítulo que trata os direitos e deveres individuais e coletivos. Princípio da Precaução Estabelece a vedação de intervenções no meio ambiente, salvo se houver a certeza que as alterações não causaram reações adversas, já que nem sempre a ciência pode oferecer à sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos. Princípio da Prevenção É muito semelhante ao Princípio da Precaução, mas com este não se confunde. Sua aplicação se dá nos casos em que os impactos ambientais já são conhecidos, restando certo a obrigatoriedade do licenciamento ambiental e do estudo de impacto ambiental (EIA), estes uns dos principais instrumentos de proteção ao meio ambiente. Princípio da Responsabilidade Pelo Princípio da Responsabilidade o poluidor, pessoa física ou jurídica, responde por suas ações ou omissões em prejuízo do meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas. Logo, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva, conforme prevê o §3º do Art. 225 CF/88 Princípio do Usuário Pagador Estabelece que quem utiliza o recurso ambiental deve suportar seus custos, sem que essa cobrança resulte na imposição taxas abusivas. Então, não há que se falar em Poder Público ou terceiros suportando esses custos, mas somente naqueles que dele se beneficiaram. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Princípio do Poluidor Pagador Quem poluiu o meio ambiente é obrigado a pagar pelo dano causado ou que pode ser causado. Princípio do Equilíbrio Este Princípio é voltado para a Administração Pública, a qual deve pensar em todas as implicações que podem ser desencadeadas por determinada intervenção no meio ambiente, devendo adotar a solução que busque alcançar o desenvolvimento sustentável. Princípio do Limite Também voltado para a Administração Pública, cujo dever é fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável. Urbanização da população. Formação de grandes centros populosos. Aumento da poluição causada pelas indústrias. Irracional e descontrolada exploração dos recursos não-renováveis da natureza. Destruição da natureza e surgimento de problemas de saúde e violência. O Problema Ambiental O homem, para garantir a sobrevivência, teve que interagir com o meio ambiente. Desde o surgimento do homem na terra que se houve falar em agressão ao meio ambiente. O avanço industrial possibilitou a utilização da tecnologia alcançada. A tecnologia permitiu um domínio da natureza, com a utilização de máquinas, insumos, combustíveis e diferentes fontes energéticas. Desenvolvimento do capitalismo como modo de produção. Aumento na produção e na produtividade. Devastação de florestas, Erosão dos solos e desertificação de grandes áreas, Escassez de água potável, Poluição do ar, da terra e da água, Extinção de várias espécies de animais, Mudanças climáticas, Proliferação de inúmeras doenças que levam à morte, etc. A modernização da agricultura significou a artificialização do meio natural. Visão dominante do avanço tecnológico. A busca do lucro capitalista. Prevaleceu uma visão econômica do crescimento infinito. O meio ambiente foi utilizado por muito tempo como fonte de recursos naturais inesgotáveis, para atender aos anseios desenvolvimentistas dos homens. O Debate Ambiental no Plano Internacional Diversos organismos internacionais contribuíram para internacionalizar as leis e as concepções modernas sobre o meio ambiente: Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial (BM), Fundo Monetário Internacional (FMI), LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Movimentos Ambientalistas, Organizações Não Governamentais e Partidos Políticos: Fundo Mundial da Natureza (WWF), Greenpeace, Partido Verde. Relatório de Bruntland - 1987 (Comissão Mundial do Meio Ambiente e do Desenvolvimento) A primeira-ministra da Noruega, Gro Harlen Brudtland, dirigiu a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo documento final chamou-se Nosso Futuro Comum; Definição do conceito de desenvolvimento sustentável: “asatisfação das necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazer suas próprias necessidades” Conferência Rio - 1992 (Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento) Carta da Terra (Agenda 21). Código de comportamento a ser seguido no século XXI. Carta Climática (Convênio Climático). Encarar as alterações do Meio Ambiente como consequência da mudança climática. Convênio da Biodiversidade. Atuar em relação à ocupação crescente pela espécie humana dos habitats de outras espécies . Conferência de Estocolmo -1972 As sociedades avançadas descobrem a existência de um só mundo. Um primeiro aviso da deterioração ambiental. Trabalhos do Clube de Roma – 1972-1974 É impossível o crescimento infinito com recursos finitos. Primeiros estudos sobre a deterioração ambiental. São elaborados dois relatórios com fundamentação empírica. Relatório Global 2000 (a cargo do presidente Carter) Ameaça da sobrevivência da vida humana sobre o planeta. O estilo de vida do Norte não é extensível a todo o mundo. Primeiro diagnóstico sobre a deterioração ambiental da Biosfera. Protocolo de Kyoto – 1997 Tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, causador do aquecimento global. Cúpula de Joanesburgo – 2002 (Conferência Rio + 10) Aumentar o uso de fontes renováveis de energia. Ampliar o acesso das pessoas ao saneamento básico. Reduzir as agressões à biodiversidade. Reduzir as emissões de gases. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Cúpula de Joanesburgo – 2002 (Conferência Rio + 10) ... Garantir o acesso equitativo a serviços de saúde e a medicamentos essenciais e seguros. Reduzir a proporção de pessoas com fome e com renda inferior a 1 dólar por dia. Aumentar a cooperação internacional (Os países desenvolvidos devem destinar 0,7% do seu PIB Bruto para assistência oficial ao mundo em desenvolvimento). A Rio+20: Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Reunião da ONU para discutir como o mundo poderá crescer economicamente, tirar pessoas da pobreza e preservar o meio ambiente. Foram escolhidos dois temas centrais: A economia verde, com um novo modelo de produção que degrada menos o meio ambiente, A governança internacional, que indicará estruturas para alcançar este futuro desejado. Acordo de Paris (2015 – Paris, França) Aprovado pelos 195 países Parte, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). Tratado no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), que rege medidas de redução de emissão de gases estufa a partir de 2020, para conter o aquecimento global e reforçar a capacidade dos países de responder ao desafio, num contexto de desenvolvimento sustentável. Constituição e proteção ambiental A Constituição Federal, de 1988, tornou- se um importante marco para a proteção do meio ambiente. Antes de 1988, não existiam menções expressas de arrimo constitucional para proteger a biota: visão homocêntrica da questão ambiental. As Constituições Federais em 3 fases: A primeira fase, denominada de "exploração" ou "laissez-faire ambiental". Marcada pela quase inexistência de salvaguarda jurídica do meio ambiente, transcorrendo-se do período colonial e imperial ao republicano, caminhando-se até a década de 60. As ações governamentais eram isoladas, com o sentido de se conservar determinadas culturas do que propriamente buscar a preservação A conquista de novas fronteiras era o que importava na relação do homem para com natureza. Segunda fase, denominada “fragmentária”, 1960- 1980. Marcada pela preocupação não ainda com o mundo natural em si, mas sim com as diversas categorias de recursos naturais existentes. Ao legislador cabia o controle das atividades exploradoras. Constituição de 1967 não abordou especificamente o tema Direito Ambiental em um capítulo. Atribuiu responsabilidade à União de continuar legislando sobre: LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Desapropriação, jazidas, minas, metalurgia, florestas, caça e pesca, águas (art. 8). Desapropriação por interesse social como exceção ao direito de propriedade (art. 153, § 22). soberania nacional propriedade privada função social da propriedade; livre concorrência; defesa do consumidor; defesa do meio ambiente; Legislação Ambiental no Brasil Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: aproveitamento racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho; exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Constituição e proteção ambiental Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: Terceira fase, chamada de "holística", de 1980 a atualidade. O ambiente passa a ser protegido de maneira integral, como sistema ecológico integrado (resguardando-se as partes a partir do todo) e com autonomia valorativa (é, em si mesmo, bem jurídico). O Artigo 225 da Constituição Federal garante: Todos têm direito ao meio ambiente¤ ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. LegislaçãoLegislação D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1 Fauna Silvestre (Lei 5.197/1967) Classificou como crime o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, a caça profissional, o comércio de espécimes da fauna silvestre e produtos que derivaram de sua caça. Proibiu a introdução de espécie exótica (importada) e a caça amadorística sem autorização do IBAMA. Também criminaliza a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis (como o jacaré) em bruto. Código de Pesca (Decreto-Lei 221/1967) Dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras providências. Art. 1. Define-se por pesca¤ todo o ato tendente a capturar ou extrair elementos animais ou vegetais que tenham na água seu normal ou mais frequente meio de vida. Novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) Art. 1o -A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. Principais Leis Ambientais Art. 2.° A pesca pode efetuar-se com fins comerciais, desportivos ou científicos; § 1.°Pesca comercial: tem por finalidade realizar atos de comércio na forma da legislação em vigor. § 2.°Pesca desportiva: praticada com linha de mão, por meio de aparelhos de mergulho ou quaisquer outros permitidos pela autoridade competente, e que em nenhuma hipótese venha a importar em atividade comercial; § 3.°Pesca científica: a exercida unicamente com fins de pesquisas por instituições ou pessoas devidamente habilitadas para esse fim. Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81) A mais importante lei ambiental. Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Define que o poluidor é obrigado a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público (Promotor Público) pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigaçãode recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Criou os Estudos e respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), regulamentados em 1986 pela Resolução 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). LegislaçãoLegislação Ação Civil Pública (Lei 7.347/1985) E uma Lei de Interesses Difusos, que trata da ação civil pública de responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, e ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico. A ação pode ser requerida pelo Ministério Público, a pedido de qualquer pessoa, ou por uma entidade constituída há pelo menos um ano. Normalmente ela é precedida por um inquérito civil. Ao IBAMA compete executar e fazer executar a política nacional do meio ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais.Atualmente, o IBAMA está subordinado ao Ministério do Meio Ambiente. Agrotóxicos (Lei 7.802/1989) Regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino da embalagem. Impõe a obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de agrotóxicos ao consumidor. Também exige registro dos produtos nos Ministérios da Agricultura e da Saúde e no IBAMA. Jardins Zoológicos (Lei 7.173/1983) Art. 1º - Para efeitos desta Lei, considera- se Jardim Zoológico qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos à visitação pública. Pesca de Cetáceo (Lei 7.643/1987) Proíbe a pesca, ou qualquer forma de molestamento intencional, de toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras. As infrações serão punidas com a pena de 2 a 5 anos de reclusão e multa de 50 a 100 Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, com perda da embarcação em favor da União, em caso de reincidência. IBAMA (Lei 7.735/1989) Criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente (que era subordinada ao Ministério do Interior) e as agências federais na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Qualquer entidade pode pedir o cancelamento deste registro, encaminhando provas de que um produto causa graves prejuízos à saúde humana, meio ambiente e animais. A indústria tem direito de se defender. O descumprimento da lei pode render multas e reclusão inclusive para os empresários. Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) Reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições. A pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1 LegislaçãoLegislação A punição pode ser extinta quando se comprovar a recuperação do dano ambiental e - no caso de penas de prisão de até 4 anos - é possível aplicar penas alternativas. A lei criminaliza os atos de pichar edificações urbanas, fabricar ou soltar balões (pelo risco de provocar incêndios), maltratar as plantas de ornamentação (prisão de até um ano), dificultar o acesso às praias, ou realizar um desmatamento sem autorização prévia.As multas variam de R$ 50 a R$ 50 milhões. A Lei 13.052/2014, altera o art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Art. 1o Esta Lei determina que os animais apreendidos em decorrência de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sejam libertados prioritariamente em seu habitat e estabelece condições necessárias ao bem-estar desses animais. Política Agrícola (Lei nº 8.171/1991) Em um capítulo específico, esta lei coloca a proteção do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. No capítulo dedicado ao tema, define que o Poder Público (federação, estados, municípios) deve: Disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora. Realizar zoneamentos agroecológicos para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas (inclusive instalação de hidrelétricas). Desenvolver programas de educação ambiental, fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros. A fiscalização e uso racional destes recursos também cabem aos proprietários de direito e aos beneficiários da reforma agrária. Com a Lei 9.605, de 13/02/98, o Brasil deu um grande passo legal na proteção do meio ambiente, pois a nova legislação traz inovações modernas e surpreendentes na repreensão a destruição ambiental, como a desconsideração da personalidade jurídica. Alguns pontos negativos remanesceram com esta lei, como as leves penas em relação aos crimes cometidos, principalmente nos crimes contra a fauna. Crime ambiental é qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que compõem o meio ambiente, protegidos pela legislação. Constituem-se crimes contra a fauna: 1. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida; 2. Impedir a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 3. Modificar, danificar ou destruir ninho, abrigo ou criadouro natural; D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1 LegislaçãoLegislação As bacias hidrográficas são definidas como as unidades básicas de planejamento, uso, conservação e recuperação dos recursos naturais, sendo que os órgãos competentes devem criar planos plurianuais para a proteção ambiental. A pesquisa agrícola deve respeitar a preservação da saúde e do ambiente, garantindo ao máximo a heterogeneidade genética. Engenharia Genética (Lei nº 8.974/1995) Lei estabelece normas para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, manipulação e transporte de organismos geneticamente modificados (OGM), até sua comercialização, consumo e liberação no meio ambiente. Define engenharia genética como a atividade de manipulação em material genético que contém informações determinantes de caracteres hereditários de seres vivos. A autorização e fiscalização do funcionamento de atividades na área, e da entrada de qualquer produto geneticamente modificado no país, é de responsabilidade de vários ministérios: do Meio Ambiente (MMA), da Saúde (MS) e da Agricultura. Toda entidade que usar técnicas de engenharia genética é obrigada a criar sua Comissão Interna de Biossegurança, que deverá informar trabalhadores e a comunidade sobre questões relacionadas à saúde e segurança nesta atividade. A lei criminaliza a intervenção em material genético humano in vivo (exceto para tratamento de defeitos genéticos), sendo que as penas podem chegar a vinte anos de reclusão. Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997) Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos (consumo humano, produção de energia, transporte, lançamento de esgotos). A lei prevê a criação do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão. Pol. Nac. Des. Sust. Aquicultura e Pesca (Lei nº 11.959/2009) Art. 1º Tem como objetivo de promover: I - o desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura como fonte de alimentação, emprego, renda e lazer, garantindo-se o uso sustentável dos recursos pesqueiros, bem como a otimização dos benefícios econômicos decorrentes, em harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da biodiversidade; II - o ordenamento, o fomento e a fiscalização da atividade pesqueira; D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1 LegislaçãoLegislação III - a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos pesqueiros e dos ecossistemas aquáticos; IV - o desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que exercem a atividade pesqueira, bem como de suas comunidades. Lei Caça Amadora RS (Lei Estadual nº 10.056/1994) A caçaamadora é regulamentada no Brasil apenas no RS. Historicamente, foi viabilizada através de convênio entre Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e Ibama. O Convênio foi celebrado pela primeira vez em maio de 1978, com base no § 1º do art. 1º da Lei nº 5.197/1967 e, mais recentemente, no § 1º do art. 4º da Lei Estadual nº 10.056/94. Permite a caça de espécies da fauna silvestre no território do Estado do Rio Grande do Sul, respeitando-se as modalidades e os limites previstos nesta Lei (art. 1). O Art. 2º define as modalidades de caça: I Subsistência: apenas para as sociedades indígenas e com uso de métodos tradicionais; II Comercial ou profissional: proíbe a caça com fins econômicos; III Amadorística: permite a caça com fins recreativos e sem fins lucrativos. A caça amadora no RS foi suspensa pelo MPF pelas seguintes razões: 1) A lei da caça, que é de 1967, contraria a Constituição Federal de 1988 porque não têm finalidade socialmente relevante (art. 5º,- XXIII, art. 170-III e VI, e art. 225-§ 1º da CF/88), 2) Não condiz com a dignidade humana (art. 1º-III da CF/88), 3) Não contribui para construção de uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º-I da CF/88) 4) Submete os animais silvestres a crueldade (art. 225-§1º-VII da CF/88). Outro argumento do MPF contra a caça amadora é ambiental: Suspeita de poluição ambiental resultante da prática, pois haveria emissão irregular de chumbo na biosfera. O metal tóxico é encontrado na munição de caça e tem potencial nocivo, motivo suficiente para que o licenciamento da atividade fosse submetido a um Estudo de Impacto Ambiental que aferisse esse risco e as formas de evitá-lo. D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1 LegislaçãoLegislação Projeto de Lei 6799/2013 Autor: Ricardo Izar Acrescenta parágrafo único ao artigo 82 do Código Civil para dispor sobre a natureza jurídica dos animais domésticos e silvestres, e dá outras providências. O Código Civil (Lei 10.406/02) estabelece apenas duas categorias jurídicas: pessoas e coisas. O Código Civil classifica os animais como coisas! Art. 2° - Constituem objetivos fundamentais desta Lei: I. Afirmação dos direitos dos animais e sua¤ respectiva proteção; II. Construção de uma sociedade mais consciente e solidária; III. Reconhecimento de que os animais possuem personalidade própria oriunda de sua natureza biológica e emocional, sendo seres sensíveis e capazes de sofrimento. Projeto de Lei 3192/2004 Autor: Edson Duarte Transforma os zoológicos e similares existentes em centros de proteção à vida animal. Art. 1º Fica proibida, em todo o território nacional, a instalação de zoológicos ou similares, de caráter público ou privado, cujo objetivo seja exclusivamente a visitação pública, lazer ou contemplação dos animais. Art. 2º Os atuais zoológicos ou similares, públicos ou privados, serão transformados em centros de proteção à vida animal, com a incumbência de: I - recuperar animais silvestres para sua posterior reinserção em habitat natural; II – realizar a reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção; III – promover programas de educação ambiental relacionados à conservação da diversidade biológica; IV – desenvolver pesquisa relacionada à conservação das espécies que mantêm cativas. § 3º Os animais apreendidos nas operações de fiscalização dos órgãos ambientais e das polícias serão encaminhados a estes centros para triagem, recuperação e, se for o caso, tratamento de saúde, antes de serem reinseridos em habitat natural. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 Projetos de Leis Ambientais Art. 3º - Os animais domésticos e silvestres possuem natureza jurídica sui generis, sendo sujeitos de direitos despersonificados, dos quais podem gozar e obter a tutela jurisdicional em caso de violação, sendo vedado o seu tratamento como coisa. Orangotango ganha habeas corpus para deixar zoo de Buenos Aires, 2015 “É preciso reconhecer ao animal o caráter de sujeito de direitos, pois são os sujeitos não-humanos [animais] são titulares de direitos” (decisão judicial) LegislaçãoLegislação § 4º Não sendo tecnicamente recomendada a reinserção da espécime no seu habitat natural, tal espécime deverá ser acolhida nesses centros de proteção à vida animal e receber os cuidados suficientes para uma vida, o máximo possível, semelhante a que levava em seu habitat natural. III – a precaução, quando houver ameaça de redução ou perda de diversidade biológica, ou de dano à saúde humana, decorrente de atividade autorizada na forma desta lei; IV – o respeito às políticas, às normas e aos princípios relativos à biossegurança e à proteção ambiental; V – o cumprimento e o fortalecimento da Convenção sobre Diversidade Biológica e dos demais atos internacionais relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade dos quais o Brasil é signatário; VI – o desenvolvimento de planos de manejo de fauna silvestre, visando à sua utilização sustentável, de forma que contribuam efetivamente para a conservação da biodiversidade. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 Art. 3º Os atuais zoológicos e similares, tornados centros de proteção à vida animal, deverão transformar suas instalações, tendo em vista fornecer o espaço e as condições ambientais que se aproximem, o máximo possível, dos habitats naturais de cada espécie ainda mantida em cativeiro. Art. 4º Norma reguladora disporá sobre os padrões, critérios e procedimentos necessários à aplicação desta lei. Art. 5º Cabe ao Poder Público, através dos órgãos ambientais, e de acordo com a legislação em vigor, fiscalizar o cumprimento desta lei. Projeto de Lei 6268/2016 Autor: Valdir Colatto Art. 1.º Esta lei institui a Política Nacional de Fauna e define os princípios e diretrizes para a conservação da fauna silvestre no Brasil. Art. 2.º Esta lei tem por princípios: I – a preservação da integridade do patrimônio genético e da diversidade biológica do País; II – a soberania nacional sobre a diversidade biológica do País; BEM-ESTAR ANIMAL O tema Bem-Estar animal tem adquirido atenção e importância pelas: Profissões médicos veterinários e zootecnistas, com a realização de estudos e encontros. Órgãos governamentais, não- governamentais de todo o mundo. Sociedades de defesa dos animais. Consumidores. Legisladores. O bem-estar animal deve ser entendido sob três aspectos: Científico, Ético e Jurídico. LegislaçãoLegislação Aspecto Científico Refere aos efeitos que o homem exerce sobre os animais, isso da perspectiva do animal, observado através de respostas fisiológicas e comportamentais. Bem-estar deve ser definido de forma que permita pronta relação com outros conceitos, tais como: necessidades, liberdades, felicidade, adaptação, controle, capacidade de previsão, sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade, medo, tédio, estresse e saúde. Sob a perspectiva técnico-científico- acadêmica, o termo bem-estar encerra certa subjetividade. Isso talvez justifique as inúmeras definições para o referido termo. Para Broom (1986) bem-estar é “o estado físico e psicológico de um animal em suas tentativas de se adaptar a seu ambiente”. Hurnik (1992) define como o estado de harmonia caracterizado por condições físicas e fisiológicas ótimas e alta qualidade de vida do animal. Aspecto Ético Refere-se às atitudes do humano sobre os animais. Os animais têm instintos, sentimentos e natureza biologicamente determinados, sendo que o homem deveria poupá-los de todo e qualquer sofrimento. Os animais são sujeitos de direitos e tutelados como parte do meio ambiente natural, cabendo ao Estado e à Sociedade protegê-los. A posição ética na preservação do bem- estar animal gira em torno da crença de que cada ser animal tem seu valor intrínseco e deveria ser respeitado e protegido. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 Assim, alimentada pela Moral, a lei poderá impor sanções concretas para os infratores e permissões jurídicas expressas para a tutela processual dos direitos subjetivos dos animais, já que eles não são meras coisas, mas sujeitos de direito”. (ACKEL FILHO, 2001). Neste entendimento, os animaissão sujeitos de direitos, principalmente o direito à preservação da sua integridade física, psíquica e moral, como estabelece o art. 3º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada em Assembleia da UNESCO e assinada pelo Brasil. Aspecto Legislativo Refere-se às leis em vigor que punem aqueles que, deliberadamente ou não, descumprem as regras determinadas para a proteção animal. Questões importantes: Os animais são sujeitos de direitos? Ou, somente os seres humanos seriam privilegiados na concepção fundamental da dotação de direitos? “Os direitos dos animais constituem expressão da própria Natureza, do bem e do justo e, por conseguinte, traduzem-se em valores éticos da humanidade , que ao sistema jurídico positivo cumpre assimilar para efetiva normatização. LegislaçãoLegislação A proteção dos animais está prevista na Constituição Federal de 1988 e demais leis infraconstitucionais (Decreto-Lei 24.645/34 e Lei 9.605/89), Leis Estaduais do RS. Os projetos de Lei Federal de Ricardo Trípoli e Ricardo Izar estão em tramitação e têm como objetivo atualizar as leis de bem-estar dos animais. Sob o ponto de vista legal, os animais em suas diversas categorias – silvestre, nativo, exótico ou domesticado –, sem qualquer discriminação em categoria, estão inseridos no capítulo do Meio Ambiente da Constituição Federal, cujos preceitos asseguram sua total proteção pelo poder público e a comunidade. Os animais são representados em juízo pelo Ministério Público, que também é representante da sociedade civil. O Brasil começou a legislar sobre o tema do Bem Estar animal na década de 1930, com a Promulgação do Decreto-Lei nº 24.645, de 10 julho de 1934. A legislação recente tende a seguir as orientações internacionais sobre o Bem- Estar Animal. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) elaborou um importante documento que procura orientar os Estados e a sociedade no sentido de reconhecer os direitos dos animais. A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi promulgada em 15/10/1978, em Paris – França e assinada pelo Brasil. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 Declaração Universal dos Direitos dos Animais A Declaração Universal dos Direitos Animais é uma proposta para diploma legal internacional. Proposta por ativistas em prol da causa pela defesa dos direitos dos animais. A Declaração foi proposta pelo cientista Georges Heuse. Visa criar parâmetros jurídicos para os países membros da Organização das Nações Unidas, sobre os direitos dos animais. Está composta de um Preâmbulo e 14 artigos, que de forma genérica estabelecem princípios a ser obedecidos no respeito aos direitos animais. Preâmbulo Neste item a proposta de Declaração expõe as motivações que levaram à sua adoção: O desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza. O reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo. Os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros. LegislaçãoLegislação O respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante. A educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais. Art. 1º - Todos os animais nascem iguais diante da vida e tem o direito a existência. Art. 2º - a) Cada animal tem o direito ao respeito. b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou explorá- los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais. c) Cada animal tem o direito à consideração, à cura e à proteção do homem. Art. 3º - a) Nenhum animal deverá ser submetido a maltrato e a atos cruéis. b) Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia. Art. 4º - a) Cada animal que pertence à uma espécie selvagem, tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de reproduzir-se. b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este direito. Art. 5º - a) Cada animal pertence à uma espécie, que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade, que são próprias da sua espécie. b) Toda modificação deste ritmo e destas condições impostas pelo homem para fins mercantis é contrária a este direito. Art. 6º - a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duração de vida, conforme sua natural longevidade. b) O abandono de um animal é um ato cruel e degradante. Art. 7º - Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade do trabalho, a uma alimentação adequada e repouso. Art. 8º - a) A experimentação animal, que implica em um sofrimento físico e psíquico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra. b) As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas. Art. 9º - No caso do animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto sem que para ele resulte ansiedade ou dor. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 LegislaçãoLegislação Art. 10º – a) Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. b) A exibição dos animais e os espetáculos, que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal. Art. 11º – O ato que leva à morte de um animal sem necessidade, é um biocídio, ou seja, um delito contra a vida. Art. 12º – a) Cada ato que leva à morte de um grande número de animais selvagens, é um genocídio, ou seja, um delito contra a espécie. b) O aniquilamento e a destruição do ambiente natural levam ao genocídio. Nas últimas décadas, houve denúncias e comprovações de maus-tratos dos animais, em decorrência do agravo das condições de bem-estar dos rebanhos. O questionamento pela sociedade levou os países a criar legislações que disciplinassem essa questão. A pressão social e a necessidade de padronizar a legislação contribuíram para que a Organização Internacional de Epizootias (OIE) constituísse, em 2001, um grupo de trabalho com a missão de elaborar as Normas Internacionais de Bem-estar Animal. As normas aprovadas por unanimidade, em 2005, passaram a fazer parte do Código Zoossanitário Internacional (OIE, 2005). O Código procura regulamentar os procedimentos relativos ao bem-estar animal durante o transporte de animais, o pré-abate, o abate para consumo humano ou o para o sacrifício no controle da disseminação de doenças ou outra motivação sanitária. A Instrução Normativa de n °3 de 17/01/2000, procura padronizar os Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário e estabelecer os requisitos mínimos para a proteção dos animais de açougue e aves domésticas, bem como os animais silvestres criados em cativeiro, antes e durante o abate, a fim de evitar a dor e o sofrimento dos animais. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 Art. 13º – a) O animal morto dever ser tratado com respeito. b) As cenas de violência de que os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos do animal. Art. 14º – a) As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo. b) Os direitos do animal devem ser definidos por leis, com os direitos do homem. Bem-estar animal – OIE A produção animal adotado pela industrialização da agricultura aumentaram a pressão de produção, exigindo do animal o máximo de produção no menor espaço físico e tempo. Animal = Máquina LegislaçãoLegislação Artigo 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-loe preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Constituição Federal/1988 § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: Inciso VII: Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1 LegislaçãoLegislação LEGISLAÇÃO APLICADA À PROTEÇÃO DO BEM-ESTAR ANIMAL: Leis Federais Decreto-Lei nº 24.645, de 10/07/1934 Estabelece medidas de proteção aos animais. Promulgado pelo então Presidente da República Getúlio Vargas. O Decreto tem força de lei, uma vez que foi promulgado em época de Governo Provisório, no qual o presidente avocou para si os poderes para elaboração de leis. Esta foi a primeira norma legal que tratou de definir a crueldade e os maus- tratos contra os animais no Brasil. D A T A 1 6 - 0 7 - 2 0 2 1 Bem Estar Animal Art. 1º - Todos os animais existentes no País são tutelados do Estado. Art. 17º - A palavra animal, da presente Lei, compreende todo ser irracional, quadrúpede, ou bípede, doméstico ou selvagem, exceto os daninhos. O Art. 2º estabelece que a pessoa que, em lugar público ou privado, aplicar ou fizer maus tratos aos animais, deverá pagar multa e pena de prisão. O Art. 3º lista 31 formas e práticas que caracterizam maus tratos aos animais. Lei das Contravenções Penais Decreto Lei 3688/1941 O Art. 64 estabelecia que a prática de maus-tratos a animais seria caracterizada como Contravenção Penal. O artigo previa prisão e punição aos agressores dos animais. Crueldade Contra Animais Art. 64 - Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho excessivo: Pena - prisão simples, de 10 dias a 1 mês, ou multa. § 1º - Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins didáticos ou científicos, realiza, em lugar público ou exposto ao público, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo. § 2º - Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal é submetido a trabalho excessivo ou tratado com crueldade, em exibição ou espetáculo público. Entretanto, não definiu o que seria a prática de maus-tratos. De acordo com a jurisprudência, seriam caracterizados como maus-tratos ou atos cruéis aqueles definidos no art. 3º do Decreto 24.645/34. Lei dos Crimes Ambientais – Lei nº 9.605/98 Revogou o art. 64 da Lei das Contravenções Penais. A Lei nº 9.605/98, CAPÍTULO V - DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE - Seção I define os crimes contra a fauna. São dedicados os artigos 29 a 37. O art. 32, da LCA define como crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa. §1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. LegislaçãoLegislação § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. A multa pode variar de R$50,00 a 50.000.000,00. Porém, da mesma forma como na Lei de Contravenções Penais, a Lei dos Crimes Ambientais deixou de definir o que seria a prática de maus tratos ou ato cruel. Pode-se compreender que o legislador deixou de definir as situações que pudessem caracterizar ato de crueldade ou maus-tratos, posto que o Art. 3º do Decreto 24.645/34 já continha as definições específicas das situações caracterizadores do delito. D A T A 1 6 - 0 7 - 2 0 2 1 Lei nº 4.714/65 - Marca de Fogo Bovinos Modifica Legislação Anterior sobre o Uso da Marca de Fogo no Gado Bovino. Art. 1º - O gado bovino só poderá ser marcado a ferro candente na cara, no pescoço e nas regiões situadas abaixo de uma linha imaginária, ligando as articulações fêmuro-rótulo-tibial e úmero-rádiocubital, de sorte a preservar de defeitos a parte do couro de maior utilidade, denominada "grupon". Art. 2º - Fica proibido o uso de marca cujo tamanho não possa caber em círculo de onze centímetros de diâmetro (0,11 m). Art. 3º - Fica proibido o emprego de marca de fogo, por parte dos estabelecimentos de abate de gado bovino para identificação de couros. Art. 4º - Os estabelecimentos de abate, que sacrifiquem gado cuja marcação esteja em desacordo com o estabelecido nos artigos 1º, 2º e 3º desta Lei ficam sujeitos à multa de valor equivalente a 5% (cinco por cento) do maior salário- mínimo vigorante no País, por animal assim marcado.. Art. 5º - Compete ao Ministério da Agricultura, por intermédio de seu órgão competente, fiscalizar o fiel cumprimento desta lei, nos estabelecimentos industriais sujeitos à inspeção federal, nos matadouros que abatem para consumo local e nos próprios estabelecimentos pastoris. Lei 13.426/2017 Castração cães e gatos Art. 1 O controle de natalidade de cães e gatos em todo o território nacional será regido de acordo com o estabelecido nesta Lei, mediante esterilização permanente por cirurgia, ou por outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal. Art. 2 A esterilização de animais de que trata o art. 1o desta Lei será executada mediante programa em que seja levado em conta: I - o estudo das localidades ou regiões que apontem para a necessidade de atendimento prioritário ou emergencial, em face da superpopulação, ou quadro epidemiológico; II - o quantitativo de animais a serem esterilizados, por localidade, necessário à redução da taxa populacional em níveis satisfatórios, inclusive os não domiciliados; e LegislaçãoLegislação III - o tratamento prioritário aos animais pertencentes ou localizados nas comunidades de baixa renda. D A T A 1 6 - 0 7 - 2 0 2 1 Art. 3 O programa desencadeará campanhas educativas pelos meios de comunicação adequados, que propiciem a assimilação pelo público de noções de ética sobre a posse responsável de animais domésticos. Lei 13.364/2016 Vaquejada e Rodeio cultura e patrimônio Emenda Constitucional 96 Aprovada em 05 junho de 2017 Acrescenta o § 7º ao art. 225 da Constituição Federal, para permitir a realização das manifestações culturais registradas como patrimônio cultural brasileiro que não atentem contra o bem estar animal. Explicação da Ementa Altera a Constituição Federal para estabelecer que não se consideram cruéis as manifestações culturais definidas na Constituição e registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, desde que regulamentadas em lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. PEC da vaquejada. Art. 1 Esta Lei eleva o Rodeio, a Vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico-culturais, à condição de manifestações da cultura nacional e de patrimônio cultural imaterial. Art. 2 O Rodeio, a Vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico- culturais, passam a ser considerados manifestações da cultura nacional. Art. 3 Consideram-se patrimônio cultural imaterial do Brasil o Rodeio, a Vaquejada e expressões decorrentes, como: I - montarias; II - provas de laço; III - apartação; IV - bulldog; V - provas de rédeas; VI - provas dos Três Tambores, Team Penning e Work Penning; VII - paleteadas; e VIII - outras provas típicas, tais como Queima do Alho e concurso do berrante, bem como apresentações folclóricas e de músicas de raiz. Lei 13.830/2019 Equoterapia Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a prática da equoterapia. § 1º Equoterapia, para os efeitos desta Lei, é o método de reabilitação que utiliza o cavalo em abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação voltada ao desenvolvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência. § 2º Entende-se como praticante de equoterapia a pessoa com deficiência que realiza atividades de equoterapia. LegislaçãoLegislação Art. 2º A prática da equoterapia é condicionada a parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica. Art. 3º A prática da equoterapia será orientada com observância das seguintes condições, entre outras, conforme dispuser o regulamento: I – equipe multiprofissional, constituída por uma equipe
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