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Conteúdo Completo de Legislação Agrária e Profissional Veterinária

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LegislaçãoLegislação
@biavetlove
LegislaçãoLegislação
- Lei:
Poder legislativo. Mais sintética. 
 Lei é uma norma ou conjunto de
normas jurídicas criadas através dos
processos próprios do ato normativo
e estabelecidas pelas autoridades
competentes para o efeito.
- Decreto:
Poder executivo. Com base em uma
lei, elabora-se um decreto da lei.
Atende o que está na lei com
detalhamentos de todos aspectos.
 Um decreto, em termos gerais e
globais, e respeitados em cada
sistema jurídico, é uma ordem
emanada de uma autoridade
superior ou órgão (civil, militar,
leigo ou eclesiástico) que determina
o cumprimento de uma resolução.
 É usualmente utilizado pelo chefe
do poder executivo para fazer
nomeações e regulamentações de
leis (como para lhes dar
cumprimento efetivo, por exemplo),
entre outras coisas.
Lei e Decreto
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
 No início do século 20, no regime
republicano, as autoridades
decretaram a criação das duas
primeiras instituições de ensino de
Veterinária no Brasil. 
 No Rio de Janeiro a Escola de
Veterinária do Exército (Decreto N º
2.232, de 06/01/1910), aberta em
17/07/1914 e a Escola Superior de
Agricultura e Medicina Veterinária
(Decreto N º 8.919, de 20/10/1910),
aberta em 04/07/1913. 
 No dia 13/11/1915, durante a 24 ª
sessão da Congregação, o senhor
Dionysio Mielli recebia o grau de
Médico Veterinário, tornando-se o
primeiro médico veterinário
formado e diplomado no Brasil.
 Até 1925, formaram-se 24
veterinários.
 Na turma de 1929, foi diplomada a
primeira mulher brasileira pela
Escola Superior de Agricultura e
Veterinária, a Dra. Nair Eugênia
Lobo.
Origem Med. Vet. Brasil
LegislaçãoLegislação
 Antes de 1932, não existia
regulamentação sobre o exercício da
profissão. 
 Em 09/09/1933, o Decreto nº 23.133,
do Presidente da República Getúlio
Vargas, foram normatizadas as
condições e os campos de atuação do
Médico Veterinário, tendo vigência
por três décadas. 
 O Decreto conferiu privacidade para
os Médicos Veterinários para:
Organização, direção e execução do
ensino Veterinário; Serviços
referentes à Defesa Sanitária
Animal; Inspeção dos
estabelecimentos industriais de
produtos de origem animal,
hospitais e policlínicas veterinárias;
Organização de congressos,
representação oficial e peritagem
em questões judiciais. 
 O registro do diploma tornou-se
obrigatório, a partir de 1940.
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
 Em 23/10/1968, foi promulgada a
Lei nº 5.517, de autoria do Deputado
Federal Sadi Coube Bogado. 
 Essa lei dispõe sobre o exercício da
profissão e cria os Conselhos
Federal e Regionais de Medicina
Veterinária.
Lei 5.517 1968
 A lei transferiu a função
fiscalizadora da profissão para a
própria categoria profissional. 
 CAPÍTULO I - DA PROFISSÃO 
Art. 1º - O Exercício da profissão do
Médico Veterinário obedecerá às
disposições da presente lei.
Art. 2º - restringe o exercício da
profissão de médico veterinário: 
 a) Aos portadores de diplomas
expedidos por escolas oficiais ou
reconhecidas e registradas na
Diretoria do Ensino Superior do
Ministério da Educação e Cultura; 
 b) Aos profissionais diplomados no
estrangeiro que tenham revalidado e
registrado seu diploma no Brasil, na
forma da legislação em vigor. 
Art. 3º - determina que “o exercício
das atividades profissionais só será
permitido aos portadores de carteira
profissional expedida pelo Conselho
Federal de Medicina Veterinária ou
pelos Conselhos Regionais de
Medicina Veterinária”.
LegislaçãoLegislação
Art. 4º - Os dispositivos dos artigos
anteriores não se aplicam:
 a) aos profissionais estrangeiros
contratados em caráter provisório
pela União, pelos Estados, pelos
Municípios ou pelos Territórios,
para função específica de
competência privativa ou atribuição
de médico veterinário; 
- Não precisa ter a carteira. 
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
 e) A direção técnica sanitária dos
estabelecimentos industriais,
comerciais, recreativos, desportivos
ou de proteção onde estejam,
permanentemente, em exposição,
em serviço ou para qualquer outro
fim animais ou produtos de sua
origem;
 f) A inspeção e a fiscalização sob o
ponto-de-vista sanitário, higiênico e
tecnológico dos [estabelecimentos
industriais que processam produtos
de origem animal] nos locais de
produção, manipulação,
armazenagem e comercialização; 
 g) A peritagem sobre animais,
identificação, defeitos, vícios,
doenças, acidentes, e exames
técnicos em questões judiciais; 
 h) As perícias, os exames e as
pesquisas reveladoras de fraudes ou
operação dolosa nos animais
inscritos nas competições
desportivas ou nas exposições
pecuárias;
 i) O ensino, a direção, o controle e
a orientação dos serviços de
inseminação artificial;
 j. A regência de cadeiras ou
disciplinas especificamente médico
veterinárias, bem como a direção
das respectivas seções e
laboratórios; 
CAPÍTULO II – DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL
Art. 5º - É da competência privativa
do médico veterinário o exercício
das seguintes atividades e funções a
cargo da União, dos Estados, dos
Municípios, dos Territórios
Federais, entidades autárquicas,
paraestatais e de economia mista e
particulares:
- Nenhum outro profissional pode
exercer, aborda atividades privativas
e outras competências.
 a) A prática da clínica em todas as
suas modalidades; 
 b) A direção dos hospitais para
animais; 
 c) A assistência técnica e sanitária
aos animais sob qualquer forma; 
 d) O planejamento e a execução da
defesa sanitária animal;
LegislaçãoLegislação
 l) A direção e a fiscalização do
ensino da medicina veterinária, bem
como do ensino agrícola médio, nos
estabelecimentos em que a natureza
dos trabalhos tenha por objetivo
exclusivo a indústria animal; 
 m) A organização eventos
destinados ao estudo da medicina
veterinária;
 n) Assessoria técnica do Ministério
das Relações Exteriores, no país e no
estrangeiro, no que diz com os
problemas relativos à produção e à
indústria animal.
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
Art. 6º - Constitui, ainda,
competência do médico veterinário
o exercício de atividades ou funções
públicas e particulares, relacionadas
com:
 a) As pesquisas, o planejamento, a
direção técnica, o fomento, a
orientação e a execução dos
trabalhos relativos à produção
animal e às indústrias derivadas,
inclusive às de caça e pesca; 
 b) O estudo e a aplicação de
medidas de saúde pública no tocante
às doenças de animais
transmissíveis ao homem; 
 c) A avaliação e peritagem relativas
aos animais para fins
administrativos de crédito e de
seguro;
 d) A padronização e a classificação
dos produtos de origem animal;
 e) A responsabilidade pelas
fórmulas e preparação de rações
para animais e a sua fiscalização;
 f) A participação nos exames dos
animais para efeito de inscrição nas
Sociedades de Registros
Genealógicos;
 g) Os exames periciais tecnológicos
e sanitários dos subprodutos da
indústria animal; 
 h) As pesquisas e trabalhos ligados
à biologia geral, à zoologia, à
zootécnica, bem como à
bromatologia animal em especial;
 i) A defesa da fauna, especialmente
a controle da exploração das
espécies animais silvestres, bem
como dos seus produtos;
 j) Os estudos e a organização de
trabalhos sobre economia e
estatística ligados à profissão;
 l) A organização da educação rural
relativa à pecuária.
LegislaçãoLegislação
CAPÍTULO III - Do Conselho Federal
de Medicina Veterinária (CFMV) e
dos Conselhos Regionais de
Medicina Veterinária (CRMV’s). 
Art. 7º - A fiscalização do exercício
da profissão de médico-veterinário
será exercida pelo Conselho Federal
de Medicina Veterinária, e pelos
Conselhos Regionais de Medicina
Veterinária, criados por esta Lei. 
Parágrafo único - A fiscalização do
exercício profissional abrange as
pessoas referidas no artigo 4º,
inclusive no exercício de suas
funções contratuais.
- Criado um conselho federal para
orientar, fiscalizar. – antes era pelo
governo. 
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
Art. 8º - O Conselho Federal de
Medicina Veterinária (CFMV) tem
por finalidade, além da fiscalização
do exercício profissional, orientar,
supervisionar e disciplinar asatividades relativas à profissão de
médico-veterinário em todo o
território nacional, diretamente ou
através dos Conselhos Regionais de
Medicina Veterinária (CRMV’s). 
Art. 9º - O Conselho Federal assim
como os Conselhos Regionais de
Medicina Veterinária servirão de
órgão de consulta dos governos da
União, dos Estados, dos Municípios
e dos Territórios, em todos os
assuntos relativos à profissão de
médico-veterinário ou ligados,
direta ou indiretamente, à produção
ou à indústria animal.
Art. 10 - O CFMV e os CRMVs
constituem em seu conjunto, uma
autarquia, sendo cada um deles
dotado de personalidade jurídica de
direito público, com autonomia
administrativa e financeira. 
Art. 11 - O CFMV, com sede na
Capital Federal da República, tem
jurisdição em todo o território
nacional e mantém subordinados os
CRMV, sediados nas capitais dos
Estados e do Distrito Federal
Art.12 - Os CFMV e os CRMV serão
constituídos de brasileiros natos ou
naturalizados em pleno gozo de seus
direitos civis, cujos diplomas
profissionais estejam registrados de
acordo com a legislação em vigor e
as disposições desta lei.
LegislaçãoLegislação
 O CFMV e o CRMV serão compostos
de:
- Um presidente, Um vice-
presidente,Um secretário-geral, Um
tesoureiro, Seis conselheiros.
 Estes devem ser eleitos em reunião
dos delegados dos CRMV’s, por
escrutínio secreto e maioria absoluta
de votos, sendo que cada CRMV terá
direito a três delegados.
Art. 14 - Os CRMV’s serão
constituídos à semelhança do
Conselho Federal, de 6 membros, no
mínimo, e de 16 no máximo, eleitos
por escrutínio secreto e maioria
absoluta de votos, em assembleia
geral dos médicos veterinários
inscritos nas respectivas regiões e
que estejam em pleno gozo dos seus
direitos. 
 O voto é pessoal e obrigatório em
toda eleição, salvo caso de doença
ou de ausência plenamente
comprovada.
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
CAPÍTULO IV - Das Anuidades e
Taxas
Art. 25 - O médico-veterinário, para
o exercício de sua profissão, é
obrigado a se inscrever no CRMV e
pagar uma anuidade até o dia 31 de
março de cada ano, acrescido de
20% quando fora desse prazo.
 O médico-veterinário ausente do
País não fica isento do pagamento da
anuidade. 
Art. 26 - O Conselho Federal ou
Conselho Regional de Medicina
Veterinária cobrará taxa pela
expedição ou substituição de
carteira profissional pela certidão
referente à anotação de função
técnica ou registro de firma.
Art. 27 - As firmas, associações,
companhias, cooperativas,
empresas de economia mista e
outras que exercem atividades
peculiares à medicina veterinária
previstas pelos artigos 5º e 6º da Lei
nº 5.517, de 23 de outubro de 1968,
estão obrigadas a registro nos
Conselhos de Medicina Veterinária
das regiões onde funcionarem. 
Art. 29 - Constitui renda do CFMV o
seguinte:
 e) ¼ da taxa de expedição da
carteira profissional expedida pelos
CRMVs; 
 f) ¼ das anuidades de renovação
de inscrição arrecadada pelos
CRMVs; 
 g) ¼ das multas aplicadas pelos
CRMVs;
LegislaçãoLegislação
 h) ¼ da renda de certidões
expedidas pelos CRMVs; 
 i) doações; e 
 j) subvenções.
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES
 Art. 32 - O poder de disciplinar e
aplicar penalidades aos médicos
veterinários compete
exclusivamente ao Conselho
Regional, em que estejam inscritos
ao tempo do fato punível.
Parágrafo único - A jurisdição
disciplinar estabelecida neste artigo
não derroga a jurisdição comum,
quando o fato constitua crime
punido em lei.
Art. 33 - As penas disciplinares
aplicáveis pelos Conselhos Regionais
são as seguintes:
 a) advertência confidencial, em
aviso reservado;
 b) censura confidencial, em aviso
reservado;
 c) censura pública, em publicação
oficial;
 d) suspensão do exercício
profissional até 3 meses; 
 e) cassação do exercício
profissional, “ad referendum” do
Conselho Federal de Medicina
Veterinária.
CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES
GERAIS
Art. 35 - A apresentação da carteira
profissional prevista nesta Lei é
obrigatoriamente exigida por todas
as Instituições para inscrição (já não
precisa mais, só no ato de assumir o
cargo) em concurso, assinatura de
termo de posse ou de qualquer
documento, sempre que se tratar de
prestação de serviço ou desempenho
de função privativa da profissão de
médico veterinário. 
Parágrafo único - A carteira de
identidade profissional expedida
(CRMV’s) servirá como documento
de identidade e de fé pública.
Art. 30 - A renda de cada Conselho
Regional de Medicina Veterinária
será constituída do seguinte:
 a) ¾ da renda proveniente da
expedição de carteiras profissionais; 
 b) ¾ das anuidades de renovação
de inscrição; 
 c) ¾ das multas aplicadas de
conformidade com a presente Lei; 
 d) ¾ da renda das certidões que
houver expedido;
 e) doações; e
 f) subvenções.
LegislaçãoLegislação
CAPÍTULO III - Do Título
Profissional
 CAPÍTULO IV - Do Exercício
Profissional 
CAPÍTULO V - Das Firmas,
Empresas e Associações
Profissional.
TÍTULO II - Dos Conselhos de
Medicina Veterinária 
CAPÍTULO I - Da Conceituação,
Vinculação e Finalidade dos
Conselhos de Medicina Veterinária 
CAPÍTULO II - Do Conselho Federal
de Medicina Veterinária (CFMV) 
CAPÍTULO III - Dos Conselhos
Regionais de Medicina Veterinária
(CRMV)
TÍTULO III - Das Anuidades e Taxas
TÍTULO IV - Das Penalidades 
TÍTULO V - Das Disposições Gerais
e Transitórias
D A T A 2 8 - 0 5 - 2 0 2 1
Decreto 64.704 1969
 Embora a Lei 5.517/1968 tenha sido
fundamental para a criação e
organização da profissão, as
disposições desta lei somente foram
aprovadas no ano seguinte (1969)
com o Decreto n. 64.704, de
17/06/1969. 
 Esse decreto aprova o regulamento
do exercício da profissão de Médico
Veterinário e dos CFMV e dos
CRMV’s. 
 O Decreto 64.704/1969 foi assinado
pelo presidente da República, Artur
da Costa e Silva.
TÍTULO I- Da Profissão de Médico
Veterinário 
CAPÍTULO I - Do Campo Profissional
CAPÍTULO II - Da Atividade
Profissional
Art. 37 - A prestação das contas será
feita anualmente ao Conselho
Federal de Medicina Veterinária e
aos Conselhos Regionais pelos
respectivos presidentes. 
Parágrafo único - Após sua
aprovação, as contas dos�
presidentes dos Conselhos Regionais
serão submetidas à homologação do
Conselho Federal.
LegislaçãoLegislação
1 hora de jornada de trabalho por dia
= 1 Salário Mínimo 
2 horas de jornada de trabalho por dia
= 2 Salários Mínimos 
3 horas de jornada de trabalho por dia
= 3 Salários Mínimos
4 horas de jornada de trabalho por dia
= 4 Salários Mínimos
 5 horas de jornada de trabalho por
dia = 5 Salários Mínimos 
6 horas de jornada de trabalho por dia
= 6 Salários Mínimos = 30 Horas
semanais 
7 horas de jornada de trabalho por dia
= 7,25 Salários Mínimos = 35 Horas
Semanais 
8 horas de jornada de trabalho por dia
= 8,5 Salários Mínimos = 40 Horas
semanais
 A Lei 4950-A, de 22.04.1966, determina
que nos contratos baseados na CLT, o
médico veterinário contratado não poderá
perceber remuneração inferior ao salário
mínimo profissional, abaixo
discriminado: 
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
Conteúdos
 Lei 5.517/1968: regulamenta o exercício
profissional do Médico Veterinário e cria
o CFMV e os CRMV (Decreto 64.704/1969).
 Lei 4.950-A/1966: remuneração de
profissionais Veterinária.
 Lei 12.514/2011: valores devidos aos
conselhos profissionais.
- Outras leis de interesse da profissão de
Médico Veterinário; 
- Resoluções do CFMV;
- Código de Ética do Médico Veterinário
(Resolução n.1138/2016); 
- Associações na área de Medicina
Veterinária.
Leis de Interesse
Lei nº 4.950-A/1966
A Lei 4.950-A de 22 de abril de 1966
dispõe sobre a remuneração de
profissionais diplomados em Engenharia,
Química, Arquitetura, Agronomia e
Veterinária.
 Art. 1º - O salário mínimo dos
diplomados pelos cursos regulares
superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura,
de Agronomia e de Veterinária é o fixado
pela presente Lei.
Art. 2º - O salário mínimo fixado pela
presente Lei é a remuneração mínima
obrigatória por serviços prestados pelos
profissionais definidos no Art. 1º, com
relação de empregoou função, qualquer
que seja a fonte pagadora.
Lei nº 5.292, 8/07/1967
 Dispõe sobre a prestação do Serviço
Militar pelos estudantes de Medicina,
Farmácia, Odontologia e Veterinária e
pelos Médicos, Farmacêuticos, Dentistas
e Veterinários em decorrência de
dispositivos da Lei nº 4.375, de 17 de
agosto de 1964.
LegislaçãoLegislação
 Fixa os valores das anuidades de
pessoas físicas e jurídicas, taxas e
emolumentos, para o exercício de 2021,
devidos aos Conselhos Federal e
Regionais de Medicina Veterinária -
CFMV/CRMVs -, e dá outras providências.
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
Lei 12.514/2011
 A Lei 12.514/2011 trata do fato gerador e
dos valores devidos aos conselhos
profissionais.
Art. 4º Os Conselhos cobrarão:
 I - multas por violação da ética, conforme
disposto na legislação;
 II - anuidades; e
III - outras obrigações definidas em lei
especial.
Art. 5º O fato gerador das anuidades é a
existência de inscrição no conselho, ainda
que por tempo limitado, ao longo do
exercício.
a) até R$ 50.000,00: R$ 500,00;
 b) de R$ 50.000,00 e até R$ 200.000,00:
R$ 1.000,00;
c) de R$ 200.000,00 e até R$
500.000,00: R$ 1.500,00;
d) de R$ 500.000,00 e até R$
1.000.000,00: R$ 2.000,00; 
e) de R$ 1.000.000,00 e até R$
2.000.000,00: R$ 2.500,00;
f) de R$ 2.000.000,00 e até R$ : R$
3.000,00;
g) de R$ 10.000.000,00: R$ 4.000,00.
Art. 6º As anuidades cobradas pelo
conselho serão no valor de:
I - para profissionais de nível superior: até
R$ 500,00;
II - para profissionais de nível técnico: até
R$ 250,00; e
III - para pessoas jurídicas, conforme o
capital social, os seguintes valores
máximos: 
Resolução nº 1345/2020
I - até R$ 50.000,00 = R$ 731,22
II - de R$ 50.000,00 até R$ 200.000,00 =
R$ 1.468,6
III - de R$ 200.000,00 até R$ 500.000,00
= R$ 2.204,00
IV - de R$ 500.000,00 até R$
1.000.000,00 = R$ 2.930,05
V - de R$ 1.000.000,00 até R$
2.000.000,00 = R$ 3.661,28
VI - de R$ 2.000.000,00 até R$
10.000.000,00 = R$ 4.397,66
VII – acima de R$ 10.000.000,00 =
5.865,27
 O CFMV, considerando o disposto nos
artigos 16, alínea "f", e 31, ambos da Lei nº
5.517/1968, e no artigo 3º, XXIV, da
Resolução CFMV nº 856/2007 e o disposto
nos artigos 4º a 11 da Lei nº 12.514/2011;
RESOLVE:
Art. 1º O valor da anuidade de pessoa
física e de microempreendedor
individual, para o exercício de 2021, será
de R$ 526,73.
Art. 2º A anuidade de pessoa jurídica,
para o exercício de 2021, será cobrada de
acordo com as seguintes classes de capital
social:
LegislaçãoLegislação
 Necessidade de estabelecer normas e
procedimentos para o registro de título de
especialista nos CRMV’s; Os avanços
científicos e tecnológicos têm aumentado
o campo de trabalho do médico
veterinário, com tendência a determinar
o surgimento contínuo de especialidades; 
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
Resolução nº 935/2009
I - Inscrição de Pessoa Física
(definitiva e secundária): R$74,36;
II - Registro de Pessoa Jurídica: R$
221,02;
III - Expedição de Cédula de
Identidade Profissional: R$ 74,36;
IV - Substituição ou 2ª Via de Cédula:
R$ 118,77;
V - Certificado de Regularidade: R$
85,72;
VI - Registro de Título de Especialista:
R$ 138,40;
VII - anotação de responsabilidade
técnica: R$ 136,33;
VIII - renovação de responsabilidade
técnica: R$ 103,28
Art. 3º O pagamento da anuidade de
pessoa física e jurídica, para o exercício
de 2021, será efetuado com os seguintes
descontos:
I - 15% (quinze por cento) de desconto
para o pagamento feito até 31/1/2020; 
II - 10% (dez por cento) de desconto para
o pagamento feito até 28/2/2020;
III - 5% (cinco por cento) de desconto
para o pagamento¤ feito até 31/3/2020.
Art. 4º Os valores das taxas e
emolumentos serão os seguintes: 
 Compete ao CFMV estabelecer os
requisitos para concessão e registro de
título de especialista, no âmbito do
exercício profissional.
Art 1. O registro de títulos de especialista
em áreas da medicina veterinária e
zootecnia no âmbito do sistema
CFMV/CRMVs será regido por esta
resolução.
Art 2. Caberá ao plenário do CRMV em
que o profissional possuir inscrição
principal o exame dos documentos
probatórios, assim como a aprovação da
acreditação e registro do título de
especialista.
 1. É vedado o registro de mais de uma
especialidade com base no mesmo curso
de especialização e resultado da prova
prestada.
 2. O médico veterinário e zootecnista
poderá obter o registro de até dois títulos
de especialista no conselho regional em
que possuir inscrição principal.
Art. 3. Para o registro do título de
especialista, o profissional deverá
recolher a tesouraria do CRMV o valor
estipulado em resolução do CFMV.
Art. 4. Os CRMVs procederão o registro
dos títulos de especialista conferidos
pelas sociedades, associações e colégios
de âmbito nacional que congreguem
contingentes de médicos veterinários e
zootecnistas dedicados às áreas
específicas do seu domínio de
conhecimento.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
I – certificado de curso de
especialização na área específica,
conferido por instituição de ensino
superior reconhecida pelo conselho
nacional de educação/ Ministério de
educação (CNE/MEC) ou entidades de
especialistas, cujo curso atenda aos
requisitos desta resolução.
II – certificado de conclusão de
programa de residência na área
específica.
 1. Os CRMVs poderão ao registro dos
títulos de especialista somente aquelas
conferidas pelas sociedades, associações
e colégios que congreguem contingentes
de profissionais estabelecidos em pelo 5
unidades da federação em suas áreas
específicas de domínio de conhecimento.
Art. 5. As entidades deverão, quando da
solicitação de habilitação, estar
consolidadas e legalmente constituídas,
há pelo menos 5 anos e apresentar ao
CFMV os critérios que nortearão o
oferecimento dos títulos.
Art. 6. É vedado o registro de título de
especialista por entidade não credenciada
pelo CFMV.
Art. 7. Para a submissão à prova de
conhecimentos específicos, serão
considerados como pré-requisitos pelo
menos um dos seguintes instrumentos:
III – Título de mestre na área
específica, conferido ou revalidado
por instituição de ensino superior em
curso/programa de pós-graduação
reconhecida pela coordenação de
aperfeiçoamento de pessoal de ensino
superior (CAPES/MEC)
IV – Título de doutor na área
específica, conferindo ou revalidado
por instituição de ensino superior em
programa de pós-graduação
reconhecida pelo CAPES/MEC.
Acupuntura Veterinária 
Anestesiologia Veterinária 
Bem-Estar e Comportamento Animal
Clínica e Técnica Cirúrgica 
Clínica Médica de Grandes Animais
Clínica Médica de Pequenos Animais
Ecologia e Gestão Ambiental 
Economia Rural e Gestão do Agronegócio
Farmacologia e Terapêutica 
Veterinária
Fisiologia e Endocrinologia Veterinária
Genética e Melhoramento Animal 
Homeopatia Veterinária
Inspeção Higiênica, Sanitária e
Tecnológica de Produtos de Origem
Animal 
Medicina e Produção de Animais
Aquáticos
Medicina e Produção de Animais de
Laboratórios 
Medicina e Produção de Animais
Silvestres 
Medicina Veterinária Intensiva
Nutrição Animal
Medicina Veterinária Legal
Medicina Veterinária Preventiva
Microbiologia Veterinária
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
Parasitologia Veterinária
Patologia Clínica Veterinária
 Patologia Veterinária
Produção Animal
Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Veterinária 
Reprodução Animal 
Tecnologia de Produtos de Origem
Animal
 Toxicologia Veterinária
Colégios:
Colégio Brasileiro de Cirurgia e
Anestesiologia Veterinária
Colégio Brasileiro de Anestesiologia
Veterinária 
Colégio Brasileiro de Médicos Veterinários
Higienistas de Alimentos
Colégio Brasileiro de Oftalmologistas
Veterinários 
Sociedades
 Sociedade Brasileira de Cardiologia
Veterinária
Quem pode conceder o título de
Especialista em Medicina Veterinária? 
 As Instituições de Ensino Superior
reconhecidas pelo MEC, As Academias,
Associações, Sociedades e Colégios de
Medicina Veterinária.
Academias:
Academia Brasileira de Medicina Veterinária
Intensiva
Academia Brasileira de Clínicos de Felinos
Associações:
Associação Brasileira de Radiologia
VeterináriaAssociação Brasileira de Patologia
Veterinária
Associação Nacional de Clínicos Veterinários
de Pequenos Animais
Associação Brasileira de Acupuntura
Veterinária 
Associação Brasileira de Dermatologia
Veterinária
Associação Brasileira de Oncologia
Veterinária
Associação Médico Veterinária Homeopática
Brasileira
Associação Brasileira de Medicina
Veterinária Legal
Resolução nº 1076/2014
 Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais
para Acreditação dos Programas de
Residência e de Aprimoramento
Profissional em Medicina Veterinária e dá
outras providências. 
Art. 2º Os Programas de Residência e de
Aprimoramento¤ Profissional em
Medicina Veterinária são cursos de Pós-
Graduação em regime lato sensu,
devendo ser regidos segundo a legislação
vigente. 
Parágrafo único. Os Programas de
Residência e de Aprimoramento
Profissional emn Medicina Veterinária
devem ter reconhecimento Institucional,
sendo este representado por documento
que comprove sua aprovação junto ao
Conselho de Ensino, Câmara de Pós-
Graduação, PróReitoria de Pós-Graduação
ou órgão equivalente.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
 Os residentes recebem uma bolsa,
financiada pelo Ministério da Saúde e
pelo Ministério da Educação, no valor de
R$ 3.330,43. Os bolsistas devem ter
dedicação exclusiva, não podendo
desenvolver outras atividades
profissionais nesse período. As bolsas têm
duração de dois anos.
Residências Multiprofissionais
 As residências multiprofissionais são
orientadas pelos princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde (SUS), a partir das
necessidades e realidades locais e
regionais. Elas abrangem as profissões da
área da saúde - Biomedicina, Ciências
Biológicas, Educação Física,
Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Medicina Veterinária,
Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço
Social e Terapia Ocupacional.
 Embora alguns programas em
residências em Medicina Veterinária
existam há mais de 30 anos, eles não eram
reconhecidas pelo MEC e não recebiam
financiamento do governo federal. 
 Os programas seguem padrões
semelhantes aos da residência médica,
com duração de dois anos e uma carga
horária semanal de 60 horas, totalizando
cerca de 5.760 horas.A bolsa é no valor de
R$ 3.330,43 e exige dedicação intensa do
residente.
Resolução nº 1000, de 11/05/2012
 Dispõe sobre procedimentos e métodos
de eutanásia em animais e dá outras
providências. 
 Considerando que a eutanásia é um
procedimento clínico e¤ sua
responsabilidade compete privativamente
ao médico veterinário;
 Considerando a competência do CFMV
em regulamentar, disciplinar e fiscalizar
o exercício da Medicina Veterinária; 
 Considerando a crescente preocupação
da sociedade quanto à eutanásia dos
animais e a necessidade de uniformização
de metodologias junto à classe médico
veterinária;
 Considerando a diversidade de espécies
envolvidas nos procedimentos de
eutanásia e a multiplicidade de métodos
aplicados; 
 Considerando que a eutanásia é um
procedimento necessário, empregado de
forma científica e tecnicamente
regulamentada, e que deve seguir
preceitos éticos específicos; 
 Considerando que os animais
submetidos à eutanásia são seres
sencientes e que os métodos aplicados
devem atender aos princípios de bem-
estar animal,
Art. 2º - Para os fins desta Resolução,
eutanásia é a indução da cessação da vida
animal, por meio de método
tecnicamente aceitável e cientificamente
comprovado, observando os princípios
éticos aqui definidos e em outros atos do
CFMV.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 1 - 0 6 - 2 0 2 1
Art. 14. Os métodos de eutanásia
aceitáveis e aceitos sob restrição
encontram-se listados no Anexo I desta
Resolução. 
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
 Em 1969, entrou em vigor o Código de
Deontologia e Ética Profissional
Veterinário. O Código é considerado um
conjunto de leis que estabelece a conduta
ética e moral do profissional de medicina
veterinária
 O Código de Ética Profissional foi
atualizado em 15/01/1981, pela publicação
da Resolução nº 322. 
 Em 16 de agosto de 2002, foi aprovada
nova atualização do Código de Ética do
Médico Veterinário, pela Resolução nº
722. 
 O atual Código de Ética do Médico
Veterinário está regulamentado pela
Resolução nº 1138, de 16 de dezembro de
2016.
Código de Ética
CAPÍTULO I: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO II: DOS DEVERES 
CAPÍTULO III: DOS DIREITOS
CAPÍTULO IV: DO COMPORTAMENTO 
CAPÍTULO V: DA RESPONSABILIDADE
PROFISSIONAL
CAPÍTULO VI: DA RELAÇÃO COM OS
OUTROS MÉDICO VETERINÁRIOS 
CAPÍTULO VII: DO SIGILO PROFISSIONAL
CAPÍTULO VIII: DOS HONORÁRIOS
PROFISSIONAIS 
CAPÍTULO IX: DA RELAÇÃO COM O
CIDADÃO CONSUMIDOR DE SEUS
SERVIÇOS
CAPÍTULO X: DAS RELAÇÕES COM O
ANIMAL E O MEIO AMBIENTE 
CAPÍTULO XI: DA RESPONSABILIDADE
TÉCNICA CAPÍTULO XII: DAS RELAÇÕES
COM A JUSTIÇA CAPÍTULO XIII: DA
PUBLICIDADE E DOS TRABALHOS
CIENTÍFICOS
CAPÍTULO XIV: DAS INFRAÇÕES E
PENALIDADES 
CAPÍTULO XV: DA APLICAÇÃO DAS
PENALIDADES 
CAPÍTULO XVI: DA OBSERVÂNCIA E
APLICAÇÃO DO CÓDIGO
Associações da Categoria
 Entende-se como órgãos ou entidades de
classe o agrupamento de pessoas com as
mesmas aspirações, que lutam pelos
interesses de uma categoria profissional
ou de mesmos ideais filosóficos. 
 Sindicatos; Associações e Sociedades;
Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público.
Sindicatos
 Os Sindicatos cuidam da defesa dos
direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria dos Veterinários,
inclusive em questões judiciais ou
administrativas. 
 O modelo sindical brasileiro foi
disciplinado pela Consolidação das¤ Leis
do Trabalho (CLT) (Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º/05/1943,- (Arts. 511 a 610). Os
sindicatos obtinham o reconhecimento
legal junto ao Estado, através da obtenção
da Carta Sindical, fornecida pela
Secretaria de Relações do Trabalho do
MT. 
 A partir do estabelecido na CF/1988, o
reconhecimento dependia do registro em
Cartório de Pessoas Jurídicas.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
 A CF/1988 trouxe avanços para o direito
de sindicalização, dentre eles: 
 A declaração que “é livre a associação
profissional ou sindical”. “é vedada ao
Poder Publico a interferência e a
intervenção na organização sindical”. 
 Assegura a estabilidade do dirigente
sindical ao declarar: “é vedada a dispensa
do empregado sindicalizado a partir do
registro de sua candidatura a carga de
direção ou representação sindical e, se
eleito, ainda que suplente, até um ano
após o fim do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei”. 
 Transfere para os trabalhadores o direito
de definir a sua base territorial sindical:
“será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo
ser inferior à área de um município.”
 A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista)
extinguiu a exigência obrigatória do
desconto da contribuição sindical dos
trabalhadores, bem como o recolhimento
compulsório das empresas para entidades
laborais. 
 As contribuições devidas aos sindicatos
pelos participantes das categorias
econômicas ou profissionais ou das
profissões liberais somente serão devidas
desde que prévia e expressamente
autorizadas.
Associações e Sociedades
 A Lei 10.406/2002 (Novo Código Civil)
rege as Associações e Sociedades. 
Art. 44 - São pessoas jurídicas de direito
privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações;
IV - as organizações religiosas;
(Acrescentado pelo art. 02, da Lei¤
10.825/03).
V - os partidos políticos. (Acrescentado
pelo art. 02, da Lei¤ 10.825/03).
 Na área da Medicina Veterinária, as
Associações e Sociedades visam
proporcionar cultura, qualificação técnica
e profissional e lazer aos seus associados,
aspectos hoje relevantes na vida de um
profissional de nível superior.
 Alguns exemplos de entidades de
categoria: 
SBMV = Sociedade Brasileira de Medicina
Veterinária.
SMVRS = Sociedade de Medicina
Veterinária do RS.
ANCLIVEPA = Associação Nacional de
Clínicos Veterinários de Pequenos
Animais.
ABRV = Associação Brasileira de
Radiologia Veterinária.
ABRAVEQ = Associação Brasileira de
Veterinários de Equinos. 
ABRAVAS = AssociaçãoBrasileira de
Veterinários de Animais Silvestres. 
CBRV = Colégio Brasileiro de Radiologia
Veterinária.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
 Organizações da sociedade civil de
interesse público
 A lei n. 9.790 de março de 1999, rege as
Organizações da sociedade civil de
interesse público (OSCIP) são regidas pela
Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999.
 Dispõe sobre a qualidade de pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos como organizações da
sociedade civil de interesse público,
institui e disciplina o termo de parceria e
dá outros.
Promoção da assistência social
Promoção da cultura, defesa e
conservação do patrimônio histórico e
artístico.
Promoção gratuita da educação,
observando-se a forma complementar
de participação das organizações de
que trata visto lei.
Promoção gratuita da saúde,
observando-se a forma complementar
de participação das organizações de
que trata esta lei.
Promoção da segurança alimentar e
nutricional.
Defesa, preservação e conservação de
meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável.
Promoção do voluntariado.
Promoção do desenvolvimento
econômico e social e combate a
pobreza.
 As OSCIP devem ter um estatuto que
analisado e aprovado pelo ministério da
justiça. Para ser reconhecida, as OSCIP
devem ter pelo menos uma das seguintes
finalidades:
Experimentação, não lucrativa, de
novos modelos sócio-produtivos de
sistemas alternativos de produção,
comércio, emprego e crédito.
Promoção de direitos estabelecidos,
constituição de novos direitos e
assessoria jurídica gratuita de
interesse suplementar.
Promoção da ética, da paz, da
cidadania, dos direitos lucrativos, da
democracia e de outros valores
universais.
Estudos e pesquisas, desenvolvimento
de tecnologias alternativas, produção
e divulgação de informação e
conhecimentos técnicos e científicos
que digam respeito às atividades
mencionadas acima.
Direito Ambiental
 O Direito Ambiental é a área do
conhecimento jurídico que estuda as
interações do homem com a natureza e os
mecanismos legais para proteção do meio
ambiente. 
 É uma ciência holística que estabelece
relações intrínsecas e transdisciplinares
entre campos diversos, como
antropologia, biologia, ciências sociais,
engenharia, geologia, economia, ciências
políticas e os princípios fundamentais do
direito internacional, dentre outros.
 No Brasil o direito ambiental, como
disciplina jurídica, é recente. 
 Surgiu a partir da problematização da
questão ambiental, no contexto nacional e
internacional.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
Princípios do Direito Ambiental
 Os Princípios do Direito Ambiental
visam proporcionar para as presentes e
futuras gerações, as garantias de
preservação da qualidade de vida, em
qualquer forma que esta se apresente,
conciliando elementos econômicos e
sociais, isto é, crescendo de acordo com a
ideia de desenvolvimento sustentável.
Princípio do Direito Humano
Fundamental 
 O direito ao meio ambiente protegido é
um direito difuso, já que pertence a todos
e é um direito humano fundamental,
consagrado nos Princípios 1 e 2 da
Declaração de Estolcomo e reafirmado na
Declaração do Rio.
 Graças a esse Princípio, a
disponibilização de certos produtos é por
muitas vezes criticada pelos vários
segmentos sociais e o próprio Poder
Público, como aconteceu no recente
episódio dos transgênicos e das células
tronco.
Princípio Democrático 
 Assegura ao cidadão o direito à
informação e à participação na
elaboração das políticas públicas
ambientais, de modo que a ele deve ser
assegurado os mecanismos judiciais,
legislativos e administrativos que
efetivam o princípio. 
 Esse Princípio é encontrado não só no
capítulo destinado ao meio ambiente,
como também no capítulo que trata os
direitos e deveres individuais e coletivos.
Princípio da Precaução
 Estabelece a vedação de intervenções no
meio ambiente, salvo se houver a certeza
que as alterações não causaram reações
adversas, já que nem sempre a ciência
pode oferecer à sociedade respostas
conclusivas sobre a inocuidade de
determinados procedimentos. 
Princípio da Prevenção 
 É muito semelhante ao Princípio da
Precaução, mas com este não se
confunde. Sua aplicação se dá nos casos
em que os impactos ambientais já são
conhecidos, restando certo a
obrigatoriedade do licenciamento
ambiental e do estudo de impacto
ambiental (EIA), estes uns dos principais
instrumentos de proteção ao meio
ambiente.
Princípio da Responsabilidade
 Pelo Princípio da Responsabilidade o
poluidor, pessoa física ou jurídica,
responde por suas ações ou omissões em
prejuízo do meio ambiente, ficando
sujeito a sanções cíveis, penais ou
administrativas. Logo, a responsabilidade
por danos ambientais é objetiva,
conforme prevê o §3º do Art. 225 CF/88
Princípio do Usuário Pagador 
 Estabelece que quem utiliza o recurso
ambiental deve suportar seus custos, sem
que essa cobrança resulte na imposição
taxas abusivas. Então, não há que se falar
em Poder Público ou terceiros suportando
esses custos, mas somente naqueles que
dele se beneficiaram.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
Princípio do Poluidor Pagador 
 Quem poluiu o meio ambiente é
obrigado a pagar pelo dano causado ou
que pode ser causado.
Princípio do Equilíbrio
 Este Princípio é voltado para a
Administração Pública, a qual deve
pensar em todas as implicações que
podem ser desencadeadas por
determinada intervenção no meio
ambiente, devendo adotar a solução que
busque alcançar o desenvolvimento
sustentável.
Princípio do Limite 
 Também voltado para a Administração
Pública, cujo dever é fixar parâmetros
mínimos a serem observados em casos
como emissões de partículas, ruídos,
sons, destinação final de resíduos sólidos,
hospitalares e líquidos, dentre outros,
visando sempre promover o
desenvolvimento sustentável.
Urbanização da população. 
Formação de grandes centros populosos.
Aumento da poluição causada pelas
indústrias.
Irracional e descontrolada exploração dos
recursos não-renováveis da natureza. 
Destruição da natureza e surgimento de
problemas de saúde e violência.
O Problema Ambiental
 O homem, para garantir a sobrevivência,
teve que interagir com o meio ambiente. 
 Desde o surgimento do homem na terra
que se houve falar em agressão ao meio
ambiente.
 O avanço industrial possibilitou a
utilização da tecnologia alcançada. 
 A tecnologia permitiu um domínio da
natureza, com a utilização de máquinas,
insumos, combustíveis e diferentes fontes
energéticas.
Desenvolvimento do capitalismo como
modo de produção. Aumento na
produção e na produtividade.
Devastação de florestas, 
Erosão dos solos e desertificação de
grandes áreas, 
Escassez de água potável,
Poluição do ar, da terra e da água,
Extinção de várias espécies de
animais,
Mudanças climáticas,
Proliferação de inúmeras doenças que
levam à morte, etc.
A modernização da agricultura significou
a artificialização do meio natural. 
Visão dominante do avanço tecnológico.
A busca do lucro capitalista.
Prevaleceu uma visão econômica do
crescimento infinito. 
 O meio ambiente foi utilizado por muito
tempo como fonte de recursos naturais
inesgotáveis, para atender aos anseios
desenvolvimentistas dos homens.
O Debate Ambiental no Plano
Internacional
 Diversos organismos internacionais
contribuíram para internacionalizar as
leis e as concepções modernas sobre o
meio ambiente: 
Organização das Nações Unidas (ONU),
Banco Mundial (BM),
Fundo Monetário Internacional (FMI),
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO), 
Movimentos Ambientalistas,
Organizações Não Governamentais e
Partidos Políticos: Fundo Mundial da
Natureza (WWF), Greenpeace, Partido
Verde.
Relatório de Bruntland - 1987 (Comissão
Mundial do Meio Ambiente e do
Desenvolvimento) 
 A primeira-ministra da Noruega, Gro
Harlen Brudtland, dirigiu a Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, cujo documento final
chamou-se Nosso Futuro Comum; 
 Definição do conceito de
desenvolvimento sustentável: “asatisfação das necessidades da geração
presente sem comprometer a capacidade
das gerações futuras para satisfazer suas
próprias necessidades”
Conferência Rio - 1992 (Conferência
sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento)
Carta da Terra (Agenda 21).
Código de comportamento a ser seguido
no século XXI.
Carta Climática (Convênio Climático).
 Encarar as alterações do Meio Ambiente
como consequência da mudança
climática.
Convênio da Biodiversidade.
 Atuar em relação à ocupação crescente
pela espécie humana dos habitats de
outras espécies .
Conferência de Estocolmo -1972 
 As sociedades avançadas descobrem a
existência de um só mundo. Um primeiro
aviso da deterioração ambiental.
Trabalhos do Clube de Roma – 1972-1974
 É impossível o crescimento infinito com
recursos finitos. Primeiros estudos sobre
a deterioração ambiental. São elaborados
dois relatórios com fundamentação
empírica.
Relatório Global 2000 (a cargo do
presidente Carter) 
 Ameaça da sobrevivência da vida
humana sobre o planeta. O estilo de vida
do Norte não é extensível a todo o mundo. 
Primeiro diagnóstico sobre a deterioração
ambiental da Biosfera. Protocolo de Kyoto – 1997 
Tratado internacional com compromissos
mais rígidos para a redução da emissão
dos gases que agravam o efeito estufa,
causador do aquecimento global.
Cúpula de Joanesburgo – 2002
(Conferência Rio + 10) 
Aumentar o uso de fontes renováveis de
energia. 
Ampliar o acesso das pessoas ao
saneamento básico.
Reduzir as agressões à biodiversidade.
Reduzir as emissões de gases.
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
Cúpula de Joanesburgo – 2002
(Conferência Rio + 10) ...
 Garantir o acesso equitativo a serviços de
saúde e a medicamentos essenciais e
seguros. 
 Reduzir a proporção de pessoas com
fome e com renda inferior a 1 dólar por
dia. 
 Aumentar a cooperação internacional
(Os países desenvolvidos devem destinar
0,7% do seu PIB Bruto para assistência
oficial ao mundo em desenvolvimento).
A Rio+20: Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável. 
 Reunião da ONU para discutir como o
mundo poderá crescer economicamente,
tirar pessoas da pobreza e preservar o
meio ambiente. 
Foram escolhidos dois temas centrais:
 A economia verde, com um novo modelo
de produção que degrada menos o meio
ambiente, 
 A governança internacional, que
indicará estruturas para alcançar este
futuro desejado.
Acordo de Paris (2015 – Paris, França)
 Aprovado pelos 195 países Parte, durante
a 21ª Conferência das Partes (COP21). 
 Tratado no âmbito da Convenção Quadro
das Nações Unidas sobre a Mudança do
Clima (CQNUMC), que rege medidas de
redução de emissão de gases estufa a
partir de 2020, para conter o aquecimento
global e reforçar a capacidade dos países
de responder ao desafio, num contexto de
desenvolvimento sustentável.
Constituição e proteção ambiental
 A Constituição Federal, de 1988, tornou-
se um importante marco para a proteção
do meio ambiente. 
 Antes de 1988, não existiam menções
expressas de arrimo constitucional para
proteger a biota: visão homocêntrica da
questão ambiental. 
As Constituições Federais em 3 fases:
 A primeira fase, denominada de
"exploração" ou "laissez-faire ambiental".
 Marcada pela quase inexistência de
salvaguarda jurídica do meio ambiente,
transcorrendo-se do período colonial e
imperial ao republicano, caminhando-se
até a década de 60.
 As ações governamentais eram isoladas,
com o sentido de se conservar
determinadas culturas do que
propriamente buscar a preservação
 A conquista de novas fronteiras era o que
importava na relação do homem para
com natureza.
Segunda fase, denominada
“fragmentária”, 1960- 1980.
 Marcada pela preocupação não ainda
com o mundo natural em si, mas sim com
as diversas categorias de recursos
naturais existentes. 
 Ao legislador cabia o controle das
atividades exploradoras.
 
Constituição de 1967 não abordou
especificamente o tema Direito Ambiental
em um capítulo. 
 Atribuiu responsabilidade à União de
continuar legislando sobre: 
LegislaçãoLegislação
D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1
Desapropriação, jazidas, minas,
metalurgia, florestas, caça e pesca, águas
(art. 8).
Desapropriação por interesse social como
exceção ao direito de propriedade (art.
153, § 22).
soberania nacional 
propriedade privada 
função social da propriedade;
 livre concorrência;
defesa do consumidor; 
defesa do meio ambiente;
Legislação Ambiental no Brasil
Art. 170. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes
princípios: 
aproveitamento racional e adequado;
utilização adequada dos recursos
naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente; 
observância das disposições que
regulam as relações de trabalho; 
exploração que favoreça o bem-estar
dos proprietários e dos trabalhadores.
Constituição e proteção ambiental
Art. 186. A função social é cumprida
quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos: 
 Terceira fase, chamada de "holística", de
1980 a atualidade. O ambiente passa a ser
protegido de maneira integral, como
sistema ecológico integrado
(resguardando-se as partes a partir do
todo) e com autonomia valorativa (é, em
si mesmo, bem jurídico).
O Artigo 225 da Constituição Federal
garante: 
 Todos têm direito ao meio ambiente¤
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações.
LegislaçãoLegislação
D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1
Fauna Silvestre (Lei 5.197/1967)
 Classificou como crime o uso,
perseguição, apanha de animais
silvestres, a caça profissional, o comércio
de espécimes da fauna silvestre e
produtos que derivaram de sua caça.
Proibiu a introdução de espécie exótica
(importada) e a caça amadorística sem
autorização do IBAMA. 
Também criminaliza a exportação de
peles e couros de anfíbios e répteis (como
o jacaré) em bruto.
Código de Pesca (Decreto-Lei 221/1967)
Dispõe sobre a proteção e estímulos à
pesca e dá outras providências. 
Art. 1. Define-se por pesca¤ todo o ato
tendente a capturar ou extrair elementos
animais ou vegetais que tenham na água
seu normal ou mais frequente meio de
vida.
Novo Código Florestal (Lei 12.651/2012)
Art. 1o -A. Esta Lei estabelece normas
gerais sobre a proteção da vegetação,
áreas de Preservação Permanente e as
áreas de Reserva Legal; a exploração
florestal, o suprimento de matéria-prima
florestal, o controle da origem dos
produtos florestais e o controle e
prevenção dos incêndios florestais, e
prevê instrumentos econômicos e
financeiros para o alcance de seus
objetivos.
Principais Leis Ambientais
Art. 2.° A pesca pode efetuar-se com fins
comerciais, desportivos ou científicos; 
§ 1.°Pesca comercial: tem por finalidade
realizar atos de comércio na forma da
legislação em vigor. 
§ 2.°Pesca desportiva: praticada com linha
de mão, por meio de aparelhos de
mergulho ou quaisquer outros permitidos
pela autoridade competente, e que em
nenhuma hipótese venha a importar em
atividade comercial; 
§ 3.°Pesca científica: a exercida
unicamente com fins de pesquisas por
instituições ou pessoas devidamente
habilitadas para esse fim.
Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei nº 6.938/81)
A mais importante lei ambiental.
Art 2º - A Política Nacional do Meio
Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade
ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à
proteção da dignidade da vida humana. 
Define que o poluidor é obrigado a
indenizar ou reparar os danos causados
ao meio ambiente e a terceiros, afetados
por sua atividade.
O Ministério Público (Promotor Público)
pode propor ações de responsabilidade
civil por danos ao meio ambiente,
impondo ao poluidor a obrigaçãode
recuperar e/ou indenizar prejuízos
causados. 
Criou os Estudos e respectivos Relatórios
de Impacto Ambiental (EIA/RIMA),
regulamentados em 1986 pela Resolução
001/86 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA).
LegislaçãoLegislação
Ação Civil Pública (Lei 7.347/1985)
E uma Lei de Interesses Difusos, que trata
da ação civil pública de responsabilidades
por danos causados ao meio ambiente, ao
consumidor, e ao patrimônio artístico,
turístico ou paisagístico. 
A ação pode ser requerida pelo Ministério
Público, a pedido de qualquer pessoa, ou
por uma entidade constituída há pelo
menos um ano. Normalmente ela é
precedida por um inquérito civil.
Ao IBAMA compete executar e fazer
executar a política nacional do meio
ambiente, atuando para conservar,
fiscalizar, controlar e fomentar o uso
racional dos recursos
naturais.Atualmente, o IBAMA está
subordinado ao Ministério do Meio
Ambiente.
Agrotóxicos (Lei 7.802/1989)
Regulamenta desde a pesquisa e
fabricação dos agrotóxicos até sua
comercialização, aplicação, controle,
fiscalização e também o destino da
embalagem.
 Impõe a obrigatoriedade do receituário
agronômico para venda de agrotóxicos ao
consumidor. Também exige registro dos
produtos nos Ministérios da Agricultura e
da Saúde e no IBAMA.
Jardins Zoológicos (Lei 7.173/1983)
Art. 1º - Para efeitos desta Lei, considera-
se Jardim Zoológico qualquer coleção de
animais silvestres mantidos vivos em
cativeiro ou em semiliberdade e expostos
à visitação pública.
Pesca de Cetáceo (Lei 7.643/1987)
Proíbe a pesca, ou qualquer forma de
molestamento intencional, de toda
espécie de cetáceo nas águas
jurisdicionais brasileiras. 
As infrações serão punidas com a pena de
2 a 5 anos de reclusão e multa de 50 a 100
Obrigações do Tesouro Nacional - OTN,
com perda da embarcação em favor da
União, em caso de reincidência.
IBAMA (Lei 7.735/1989)
Criou o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA), incorporando a
Secretaria Especial do Meio Ambiente
(que era subordinada ao Ministério do
Interior) e as agências federais na área de
pesca, desenvolvimento florestal e
borracha.
Qualquer entidade pode pedir o
cancelamento deste registro,
encaminhando provas de que um produto
causa graves prejuízos à saúde humana,
meio ambiente e animais.
 A indústria tem direito de se defender. 
O descumprimento da lei pode render
multas e reclusão inclusive para os
empresários.
Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998)
Reordena a legislação ambiental
brasileira no que se refere às infrações e
punições. 
A pessoa jurídica, autora ou co-autora da
infração ambiental, pode ser penalizada,
chegando à liquidação da empresa, se ela
tiver sido criada ou usada para facilitar ou
ocultar um crime ambiental.
D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1
LegislaçãoLegislação
A punição pode ser extinta quando se
comprovar a recuperação do dano
ambiental e - no caso de penas de prisão
de até 4 anos - é possível aplicar penas
alternativas.
A lei criminaliza os atos de pichar
edificações urbanas, fabricar ou soltar
balões (pelo risco de provocar incêndios),
maltratar as plantas de ornamentação
(prisão de até um ano), dificultar o acesso
às praias, ou realizar um desmatamento
sem autorização prévia.As multas variam
de R$ 50 a R$ 50 milhões.
A Lei 13.052/2014, altera o art. 25 da Lei
no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. 
Art. 1o Esta Lei determina que os animais
apreendidos em decorrência de condutas
e atividades lesivas ao meio ambiente
sejam libertados prioritariamente em seu
habitat e estabelece condições
necessárias ao bem-estar desses animais.
Política Agrícola (Lei nº 8.171/1991)
Em um capítulo específico, esta lei coloca
a proteção do meio ambiente entre seus
objetivos e como um de seus
instrumentos.
 No capítulo dedicado ao tema, define que
o Poder Público (federação, estados,
municípios) deve: Disciplinar e fiscalizar
o uso racional do solo, da água, da fauna e
da flora. 
Realizar zoneamentos agroecológicos
para ordenar a ocupação de diversas
atividades produtivas (inclusive
instalação de hidrelétricas).
Desenvolver programas de educação
ambiental, fomentar a produção de
mudas de espécies nativas, entre outros.
A fiscalização e uso racional destes
recursos também cabem aos
proprietários de direito e aos
beneficiários da reforma agrária.
Com a Lei 9.605, de 13/02/98, o Brasil deu
um grande passo legal na proteção do
meio ambiente, pois a nova legislação
traz inovações modernas e
surpreendentes na repreensão a
destruição ambiental, como a
desconsideração da personalidade
jurídica. 
Alguns pontos negativos remanesceram
com esta lei, como as leves penas em
relação aos crimes cometidos,
principalmente nos crimes contra a
fauna.
Crime ambiental é qualquer dano ou
prejuízo causado aos elementos que
compõem o meio ambiente, protegidos
pela legislação.
Constituem-se crimes contra a fauna:
1. Matar, perseguir, caçar, apanhar,
utilizar espécimes da fauna silvestre,
nativos ou em rota migratória, sem a
devida permissão, licença ou autorização
da autoridade competente, ou em
desacordo com a obtida;
 2. Impedir a procriação da fauna, sem
licença, autorização ou em desacordo
com a obtida;
 3. Modificar, danificar ou destruir ninho,
abrigo ou criadouro natural;
D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1
LegislaçãoLegislação
As bacias hidrográficas são definidas
como as unidades básicas de
planejamento, uso, conservação e
recuperação dos recursos naturais, sendo
que os órgãos competentes devem criar
planos plurianuais para a proteção
ambiental.
 A pesquisa agrícola deve respeitar a
preservação da saúde e do ambiente,
garantindo ao máximo a heterogeneidade
genética.
Engenharia Genética (Lei nº 8.974/1995)
Lei estabelece normas para aplicação da
engenharia genética, desde o cultivo,
manipulação e transporte de organismos
geneticamente modificados (OGM), até
sua comercialização, consumo e liberação
no meio ambiente.
Define engenharia genética como a
atividade de manipulação em material
genético que contém informações
determinantes de caracteres hereditários
de seres vivos.
 A autorização e fiscalização do
funcionamento de atividades na área, e da
entrada de qualquer produto
geneticamente modificado no país, é de
responsabilidade de vários ministérios:
do Meio Ambiente (MMA), da Saúde (MS)
e da Agricultura.
 Toda entidade que usar técnicas de
engenharia genética é obrigada a criar
sua Comissão Interna de Biossegurança,
que deverá informar trabalhadores e a
comunidade sobre questões relacionadas
à saúde e segurança nesta atividade. 
A lei criminaliza a intervenção em
material genético humano in vivo (exceto
para tratamento de defeitos genéticos),
sendo que as penas podem chegar a vinte
anos de reclusão.
Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997)
Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos e cria o Sistema Nacional de
Recursos Hídricos.
 Define a água como recurso natural
limitado, dotado de valor econômico, que
pode ter usos múltiplos (consumo
humano, produção de energia,
transporte, lançamento de esgotos). 
A lei prevê a criação do Sistema Nacional
de Informação sobre Recursos Hídricos
para a coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de
informações sobre recursos hídricos e
fatores intervenientes em sua gestão.
Pol. Nac. Des. Sust. Aquicultura e Pesca
(Lei nº 11.959/2009)
Art. 1º Tem como objetivo de promover:
 I - o desenvolvimento sustentável da
pesca e da aquicultura como fonte de
alimentação, emprego, renda e lazer,
garantindo-se o uso sustentável dos
recursos pesqueiros, bem como a
otimização dos benefícios econômicos
decorrentes, em harmonia com a
preservação e a conservação do meio
ambiente e da biodiversidade;
II - o ordenamento, o fomento e a
fiscalização da atividade pesqueira;
D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1
LegislaçãoLegislação
 III - a preservação, a conservação e a
recuperação dos recursos pesqueiros e
dos ecossistemas aquáticos;
 IV - o desenvolvimento socioeconômico,
cultural e profissional dos que exercem a
atividade pesqueira, bem como de suas
comunidades.
Lei Caça Amadora RS (Lei Estadual nº
10.056/1994)
A caçaamadora é regulamentada no
Brasil apenas no RS. 
Historicamente, foi viabilizada através de
convênio entre Fundação Zoobotânica do
Rio Grande do Sul e Ibama.
O Convênio foi celebrado pela primeira
vez em maio de 1978, com base no § 1º do
art. 1º da Lei nº 5.197/1967 e, mais
recentemente, no § 1º do art. 4º da Lei
Estadual nº 10.056/94.
Permite a caça de espécies da fauna
silvestre no território do Estado do Rio
Grande do Sul, respeitando-se as
modalidades e os limites previstos nesta
Lei (art. 1). 
O Art. 2º define as modalidades de caça:
 I Subsistência: apenas para as sociedades
indígenas e com uso de métodos
tradicionais; 
II Comercial ou profissional: proíbe a
caça com fins econômicos; 
III Amadorística: permite a caça com fins
recreativos e sem fins lucrativos.
A caça amadora no RS foi suspensa pelo
MPF pelas seguintes razões: 
1) A lei da caça, que é de 1967, contraria a
Constituição Federal de 1988 porque não
têm finalidade socialmente relevante (art.
5º,- XXIII, art. 170-III e VI, e art. 225-§ 1º
da CF/88),
 2) Não condiz com a dignidade humana
(art. 1º-III da CF/88),
 3) Não contribui para construção de uma
sociedade livre, justa e solidária (art. 3º-I
da CF/88)
 4) Submete os animais silvestres a
crueldade (art. 225-§1º-VII da CF/88).
Outro argumento do MPF contra a caça
amadora é ambiental:
 Suspeita de poluição ambiental
resultante da prática, pois haveria
emissão irregular de chumbo na biosfera. 
O metal tóxico é encontrado na munição
de caça e tem potencial nocivo, motivo
suficiente para que o licenciamento da
atividade fosse submetido a um Estudo de
Impacto Ambiental que aferisse esse risco
e as formas de evitá-lo.
D A T A 0 2 - 0 7 - 2 0 2 1
LegislaçãoLegislação
Projeto de Lei 6799/2013
Autor: Ricardo Izar
 Acrescenta parágrafo único ao artigo 82
do Código Civil para dispor sobre a
natureza jurídica dos animais domésticos
e silvestres, e dá outras providências. 
O Código Civil (Lei 10.406/02) estabelece
apenas duas categorias jurídicas: pessoas
e coisas. 
O Código Civil classifica os animais como
coisas!
Art. 2° - Constituem objetivos
fundamentais desta Lei: 
I. Afirmação dos direitos dos animais e
sua¤ respectiva proteção; 
II. Construção de uma sociedade mais
consciente e solidária; 
III. Reconhecimento de que os animais
possuem personalidade própria oriunda
de sua natureza biológica e emocional,
sendo seres sensíveis e capazes de
sofrimento.
Projeto de Lei 3192/2004
Autor: Edson Duarte 
Transforma os zoológicos e similares
existentes em centros de proteção à vida
animal. 
Art. 1º Fica proibida, em todo o território
nacional, a instalação de zoológicos ou
similares, de caráter público ou privado,
cujo objetivo seja exclusivamente a
visitação pública, lazer ou contemplação
dos animais.
Art. 2º Os atuais zoológicos ou similares,
públicos ou privados, serão
transformados em centros de proteção à
vida animal, com a incumbência de: 
I - recuperar animais silvestres para sua
posterior reinserção em habitat natural; 
II – realizar a reprodução em cativeiro de
espécies ameaçadas de extinção;
III – promover programas de educação
ambiental relacionados à conservação da
diversidade biológica; 
IV – desenvolver pesquisa relacionada à
conservação das espécies que mantêm
cativas.
§ 3º Os animais apreendidos nas
operações de fiscalização dos órgãos
ambientais e das polícias serão
encaminhados a estes centros para
triagem, recuperação e, se for o caso,
tratamento de saúde, antes de serem
reinseridos em habitat natural. 
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
Projetos de Leis Ambientais
Art. 3º - Os animais domésticos e
silvestres possuem natureza jurídica sui
generis, sendo sujeitos de direitos
despersonificados, dos quais podem gozar
e obter a tutela jurisdicional em caso de
violação, sendo vedado o seu tratamento
como coisa.
Orangotango ganha habeas corpus para
deixar zoo de Buenos Aires, 2015 
“É preciso reconhecer ao animal o caráter
de sujeito de direitos, pois são os sujeitos
não-humanos [animais] são titulares de
direitos” (decisão judicial)
LegislaçãoLegislação
§ 4º Não sendo tecnicamente
recomendada a reinserção da espécime
no seu habitat natural, tal espécime
deverá ser acolhida nesses centros de
proteção à vida animal e receber os
cuidados suficientes para uma vida, o
máximo possível, semelhante a que
levava em seu habitat natural.
III – a precaução, quando houver ameaça
de redução ou perda de diversidade
biológica, ou de dano à saúde humana,
decorrente de atividade autorizada na
forma desta lei;
IV – o respeito às políticas, às normas e
aos princípios relativos à biossegurança e
à proteção ambiental;
V – o cumprimento e o fortalecimento da
Convenção sobre Diversidade Biológica e
dos demais atos internacionais
relacionados à conservação e ao uso
sustentável da biodiversidade dos quais o
Brasil é signatário; 
VI – o desenvolvimento de planos de
manejo de fauna silvestre, visando à sua
utilização sustentável, de forma que
contribuam efetivamente para a
conservação da biodiversidade.
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
Art. 3º Os atuais zoológicos e similares,
tornados centros de proteção à vida
animal, deverão transformar suas
instalações, tendo em vista fornecer o
espaço e as condições ambientais que se
aproximem, o máximo possível, dos
habitats naturais de cada espécie ainda
mantida em cativeiro.
Art. 4º Norma reguladora disporá sobre os
padrões, critérios e procedimentos
necessários à aplicação desta lei. 
Art. 5º Cabe ao Poder Público, através dos
órgãos ambientais, e de acordo com a
legislação em vigor, fiscalizar o
cumprimento desta lei.
Projeto de Lei 6268/2016
Autor: Valdir Colatto 
Art. 1.º Esta lei institui a Política Nacional
de Fauna e define os princípios e
diretrizes para a conservação da fauna
silvestre no Brasil.
Art. 2.º Esta lei tem por princípios:
I – a preservação da integridade do
patrimônio genético e da diversidade
biológica do País;
II – a soberania nacional sobre a
diversidade biológica do País; 
BEM-ESTAR ANIMAL
O tema Bem-Estar animal tem adquirido
atenção e importância pelas: 
Profissões médicos veterinários e
zootecnistas, com a realização de estudos
e encontros. 
Órgãos governamentais, não-
governamentais de todo o mundo. 
Sociedades de defesa dos animais.
Consumidores. Legisladores.
O bem-estar animal deve ser entendido
sob três aspectos: 
Científico, Ético e Jurídico.
LegislaçãoLegislação
Aspecto Científico 
Refere aos efeitos que o homem exerce
sobre os animais, isso da perspectiva do
animal, observado através de respostas
fisiológicas e comportamentais. 
Bem-estar deve ser definido de forma que
permita pronta relação com outros
conceitos, tais como: necessidades,
liberdades, felicidade, adaptação,
controle, capacidade de previsão,
sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade,
medo, tédio, estresse e saúde.
Sob a perspectiva técnico-científico-
acadêmica, o termo bem-estar encerra
certa subjetividade. Isso talvez justifique
as inúmeras definições para o referido
termo. 
Para Broom (1986) bem-estar é “o estado
físico e psicológico de um animal em suas
tentativas de se adaptar a seu ambiente”.
Hurnik (1992) define como o estado de
harmonia caracterizado por condições
físicas e fisiológicas ótimas e alta
qualidade de vida do animal.
Aspecto Ético
Refere-se às atitudes do humano sobre os
animais. Os animais têm instintos,
sentimentos e natureza biologicamente
determinados, sendo que o homem
deveria poupá-los de todo e qualquer
sofrimento.
Os animais são sujeitos de direitos e
tutelados como parte do meio ambiente
natural, cabendo ao Estado e à Sociedade
protegê-los. 
A posição ética na preservação do bem-
estar animal gira em torno da crença de
que cada ser animal tem seu valor
intrínseco e deveria ser respeitado e
protegido.
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
Assim, alimentada pela Moral, a lei
poderá impor sanções concretas para os
infratores e permissões jurídicas
expressas para a tutela processual dos
direitos subjetivos dos animais, já que
eles não são meras coisas, mas sujeitos de
direito”. (ACKEL FILHO, 2001).
Neste entendimento, os animaissão
sujeitos de direitos, principalmente o
direito à preservação da sua integridade
física, psíquica e moral, como estabelece
o art. 3º da Declaração Universal dos
Direitos dos Animais, proclamada em
Assembleia da UNESCO e assinada pelo
Brasil.
Aspecto Legislativo 
Refere-se às leis em vigor que punem
aqueles que, deliberadamente ou não,
descumprem as regras determinadas para
a proteção animal.
Questões importantes: Os animais são
sujeitos de direitos? Ou, somente os seres
humanos seriam privilegiados na
concepção fundamental da dotação de
direitos?
“Os direitos dos animais constituem
expressão da própria Natureza, do bem e
do justo e, por conseguinte, traduzem-se
em valores éticos da humanidade , que ao
sistema jurídico positivo cumpre
assimilar para efetiva normatização. 
LegislaçãoLegislação
A proteção dos animais está prevista na
Constituição Federal de 1988 e demais leis
infraconstitucionais (Decreto-Lei
24.645/34 e Lei 9.605/89), Leis Estaduais
do RS.
Os projetos de Lei Federal de Ricardo
Trípoli e Ricardo Izar estão em tramitação
e têm como objetivo atualizar as leis de
bem-estar dos animais.
Sob o ponto de vista legal, os animais em
suas diversas categorias – silvestre,
nativo, exótico ou domesticado –, sem
qualquer discriminação em categoria,
estão inseridos no capítulo do Meio
Ambiente da Constituição Federal, cujos
preceitos asseguram sua total proteção
pelo poder público e a comunidade.
Os animais são representados em juízo
pelo Ministério Público, que também é
representante da sociedade civil.
O Brasil começou a legislar sobre o tema
do Bem Estar animal na década de 1930,
com a Promulgação do Decreto-Lei nº
24.645, de 10 julho de 1934.
A legislação recente tende a seguir as
orientações internacionais sobre o Bem-
Estar Animal.
A UNESCO (Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) elaborou um importante
documento que procura orientar os
Estados e a sociedade no sentido de
reconhecer os direitos dos animais.
A Declaração Universal dos Direitos dos
Animais foi promulgada em 15/10/1978,
em Paris – França e assinada pelo Brasil.
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
Declaração Universal dos Direitos dos
Animais
A Declaração Universal dos Direitos
Animais é uma proposta para diploma
legal internacional. 
Proposta por ativistas em prol da causa
pela defesa dos direitos dos animais. 
A Declaração foi proposta pelo cientista
Georges Heuse.
Visa criar parâmetros jurídicos para os
países membros da Organização das
Nações Unidas, sobre os direitos dos
animais. 
Está composta de um Preâmbulo e 14
artigos, que de forma genérica
estabelecem princípios a ser obedecidos
no respeito aos direitos animais.
Preâmbulo
 Neste item a proposta de Declaração
expõe as motivações que levaram à sua
adoção: 
O desconhecimento e o desprezo desses
direitos têm levado e continuam a levar o
homem a cometer crimes contra os
animais e contra a natureza.
O reconhecimento pela espécie humana
do direito à existência das outras espécies
animais constitui o fundamento da
coexistência das outras espécies no
mundo. 
Os genocídios são perpetrados pelo
homem e há o perigo de continuar a
perpetrar outros.
LegislaçãoLegislação
O respeito dos homens pelos animais está
ligado ao respeito dos homens pelo seu
semelhante.
 A educação deve ensinar desde a infância
a observar, a compreender, a respeitar e a
amar os animais.
Art. 1º - Todos os animais nascem iguais
diante da vida e tem o direito a existência.
Art. 2º - a) Cada animal tem o direito ao
respeito.
 b) O homem, enquanto espécie animal,
não pode atribuir-se o direito de
exterminar os outros animais ou explorá-
los, violando este direito. Ele tem o dever
de colocar a sua consciência a serviço dos
outros animais. 
c) Cada animal tem o direito à
consideração, à cura e à proteção do
homem.
Art. 3º - a) Nenhum animal deverá ser
submetido a maltrato e a atos cruéis. 
b) Se a morte de um animal é necessária,
deve ser instantânea, sem dor nem
angústia.
Art. 4º - a) Cada animal que pertence à
uma espécie selvagem, tem o direito de
viver livre no seu ambiente natural
terrestre, aéreo ou aquático e tem o
direito de reproduzir-se. 
b) A privação da liberdade, ainda que
para fins educativos, é contrária a este
direito.
Art. 5º - a) Cada animal pertence à uma
espécie, que vive habitualmente no
ambiente do homem, tem o direito de
viver e crescer segundo o ritmo e as
condições de vida e de liberdade, que são
próprias da sua espécie.
 b) Toda modificação deste ritmo e destas
condições impostas pelo homem para fins
mercantis é contrária a este direito.
Art. 6º - a) Cada animal que o homem
escolher para companheiro tem o direito
a uma duração de vida, conforme sua
natural longevidade. 
b) O abandono de um animal é um ato
cruel e degradante.
Art. 7º - Cada animal que trabalha tem o
direito a uma razoável limitação do tempo
e intensidade do trabalho, a uma
alimentação adequada e repouso.
Art. 8º - a) A experimentação animal, que
implica em um sofrimento físico e
psíquico, é incompatível com os direitos
do animal, quer seja uma experiência
médica, científica, comercial ou qualquer
outra. 
b) As técnicas substitutivas devem ser
utilizadas e desenvolvidas.
Art. 9º - No caso do animal ser criado
para servir de alimentação, deve ser
nutrido, alojado, transportado e morto
sem que para ele resulte ansiedade ou
dor.
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
LegislaçãoLegislação
Art. 10º – a) Nenhum animal deve ser
usado para divertimento do homem. 
b) A exibição dos animais e os
espetáculos, que utilizam animais são
incompatíveis com a dignidade do
animal.
Art. 11º – O ato que leva à morte de um
animal sem necessidade, é um biocídio,
ou seja, um delito contra a vida.
Art. 12º – a) Cada ato que leva à morte de
um grande número de animais selvagens,
é um genocídio, ou seja, um delito contra
a espécie. 
 b) O aniquilamento e a destruição do
ambiente natural levam ao genocídio.
Nas últimas décadas, houve denúncias e
comprovações de maus-tratos dos
animais, em decorrência do agravo das
condições de bem-estar dos rebanhos.
O questionamento pela sociedade levou
os países a criar legislações que
disciplinassem essa questão. 
A pressão social e a necessidade de
padronizar a legislação contribuíram para
que a Organização Internacional de
Epizootias (OIE) constituísse, em 2001,
um grupo de trabalho com a missão de
elaborar as Normas Internacionais de
Bem-estar Animal.
As normas aprovadas por unanimidade,
em 2005, passaram a fazer parte do
Código Zoossanitário Internacional (OIE,
2005). 
O Código procura regulamentar os
procedimentos relativos ao bem-estar
animal durante o transporte de animais, o
pré-abate, o abate para consumo humano
ou o para o sacrifício no controle da
disseminação de doenças ou outra
motivação sanitária.
A Instrução Normativa de n °3 de
17/01/2000, procura padronizar os
Métodos de Insensibilização para o Abate
Humanitário e estabelecer os requisitos
mínimos para a proteção dos animais de
açougue e aves domésticas, bem como os
animais silvestres criados em cativeiro,
antes e durante o abate, a fim de evitar a
dor e o sofrimento dos animais.
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
Art. 13º – a) O animal morto dever ser
tratado com respeito. 
b) As cenas de violência de que os animais
são vítimas, devem ser proibidas no
cinema e na televisão, a menos que
tenham como fim mostrar um atentado
aos direitos do animal.
Art. 14º – a) As associações de proteção e
de salvaguarda dos animais devem ser
representadas a nível de governo. 
b) Os direitos do animal devem ser
definidos por leis, com os direitos do
homem.
Bem-estar animal – OIE
A produção animal adotado pela
industrialização da agricultura
aumentaram a pressão de produção,
exigindo do animal o máximo de
produção no menor espaço físico e
tempo. Animal = Máquina 
LegislaçãoLegislação
Artigo 225: Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de
defendê-loe preservá-lo para as presentes
e futuras gerações.
Constituição Federal/1988
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse
direito, incumbe ao Poder Público: 
Inciso VII: Proteger a fauna e a flora,
vedadas, na forma da lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade.
D A T A 0 9 - 0 7 - 2 0 2 1
LegislaçãoLegislação
LEGISLAÇÃO APLICADA À PROTEÇÃO
DO BEM-ESTAR ANIMAL: Leis Federais
Decreto-Lei nº 24.645, de 10/07/1934
 Estabelece medidas de proteção aos
animais. 
 Promulgado pelo então Presidente da
República Getúlio Vargas. 
 O Decreto tem força de lei, uma vez que
foi promulgado em época de Governo
Provisório, no qual o presidente avocou
para si os poderes para elaboração de leis. 
 Esta foi a primeira norma legal que
tratou de definir a crueldade e os maus-
tratos contra os animais no Brasil.
D A T A 1 6 - 0 7 - 2 0 2 1
Bem Estar Animal
 Art. 1º - Todos os animais existentes no
País são tutelados do Estado. 
 Art. 17º - A palavra animal, da presente
Lei, compreende todo ser irracional,
quadrúpede, ou bípede, doméstico ou
selvagem, exceto os daninhos.
 O Art. 2º estabelece que a pessoa que, em
lugar público ou privado, aplicar ou fizer
maus tratos aos animais, deverá pagar
multa e pena de prisão. 
 O Art. 3º lista 31 formas e práticas que
caracterizam maus tratos aos animais.
Lei das Contravenções Penais Decreto
Lei 3688/1941
 O Art. 64 estabelecia que a prática de
maus-tratos a animais seria caracterizada
como Contravenção Penal. 
 O artigo previa prisão e punição aos
agressores dos animais.
Crueldade Contra Animais 
 Art. 64 - Tratar animal com crueldade ou
submetê-lo a trabalho excessivo: 
Pena - prisão simples, de 10 dias a 1 mês,
ou multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre aquele que,
embora para fins didáticos ou científicos,
realiza, em lugar público ou exposto ao
público, experiência dolorosa ou cruel em
animal vivo. 
§ 2º - Aplica-se a pena com aumento de
metade, se o animal é submetido a
trabalho excessivo ou tratado com
crueldade, em exibição ou espetáculo
público.
 Entretanto, não definiu o que seria a
prática de maus-tratos. De acordo com a
jurisprudência, seriam caracterizados
como maus-tratos ou atos cruéis aqueles
definidos no art. 3º do Decreto 24.645/34.
Lei dos Crimes Ambientais – Lei nº
9.605/98
 Revogou o art. 64 da Lei das
Contravenções Penais. 
 A Lei nº 9.605/98, CAPÍTULO V - DOS
CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE -
Seção I define os crimes contra a fauna. 
 São dedicados os artigos 29 a 37.
 O art. 32, da LCA define como crime
praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir
ou mutilar animais.
 Pena: detenção, de três meses a um ano,
e multa.
§1º Incorre nas mesmas penas quem
realiza experiência dolorosa ou cruel em
animal vivo, ainda que para fins didáticos
ou científicos, quando existirem recursos
alternativos.
LegislaçãoLegislação
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a
um terço, se ocorre morte do animal. 
 A multa pode variar de R$50,00 a
50.000.000,00.
 Porém, da mesma forma como na Lei de
Contravenções Penais, a Lei dos Crimes
Ambientais deixou de definir o que seria a
prática de maus tratos ou ato cruel.
 Pode-se compreender que o legislador
deixou de definir as situações que
pudessem caracterizar ato de crueldade
ou maus-tratos, posto que o Art. 3º do
Decreto 24.645/34 já continha as
definições específicas das situações
caracterizadores do delito.
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Lei nº 4.714/65 - Marca de Fogo Bovinos
 Modifica Legislação Anterior sobre o Uso
da Marca de Fogo no Gado Bovino. 
 Art. 1º - O gado bovino só poderá ser
marcado a ferro candente na cara, no
pescoço e nas regiões situadas abaixo de
uma linha imaginária, ligando as
articulações fêmuro-rótulo-tibial e
úmero-rádiocubital, de sorte a preservar
de defeitos a parte do couro de maior
utilidade, denominada "grupon".
 Art. 2º - Fica proibido o uso de marca cujo
tamanho não possa caber em círculo de
onze centímetros de diâmetro (0,11 m). 
 Art. 3º - Fica proibido o emprego de
marca de fogo, por parte dos
estabelecimentos de abate de gado bovino
para identificação de couros.
 Art. 4º - Os estabelecimentos de abate,
que sacrifiquem gado cuja marcação
esteja em desacordo com o estabelecido
nos artigos 1º, 2º e 3º desta Lei ficam
sujeitos à multa de valor equivalente a 5%
(cinco por cento) do maior salário-
mínimo vigorante no País, por animal
assim marcado..
 Art. 5º - Compete ao Ministério da
Agricultura, por intermédio de seu órgão
competente, fiscalizar o fiel cumprimento
desta lei, nos estabelecimentos industriais
sujeitos à inspeção federal, nos
matadouros que abatem para consumo
local e nos próprios estabelecimentos
pastoris.
Lei 13.426/2017 Castração cães e gatos
 Art. 1 O controle de natalidade de cães e
gatos em todo o território nacional será
regido de acordo com o estabelecido
nesta Lei, mediante esterilização
permanente por cirurgia, ou por outro
procedimento que garanta eficiência,
segurança e bem-estar ao animal.
 Art. 2 A esterilização de animais de que
trata o art. 1o desta Lei será executada
mediante programa em que seja levado
em conta:
I - o estudo das localidades ou regiões que
apontem para a necessidade de
atendimento prioritário ou emergencial,
em face da superpopulação, ou quadro
epidemiológico; 
II - o quantitativo de animais a serem
esterilizados, por localidade, necessário à
redução da taxa populacional em níveis
satisfatórios, inclusive os não
domiciliados; e 
LegislaçãoLegislação
III - o tratamento prioritário aos animais
pertencentes ou localizados nas
comunidades de baixa renda.
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 Art. 3 O programa desencadeará
campanhas educativas pelos meios de
comunicação adequados, que propiciem a
assimilação pelo público de noções de
ética sobre a posse responsável de
animais domésticos.
Lei 13.364/2016 Vaquejada e Rodeio
cultura e patrimônio
Emenda Constitucional 96 
Aprovada em 05 junho de 2017 
 Acrescenta o § 7º ao art. 225 da
Constituição Federal, para permitir a
realização das manifestações culturais
registradas como patrimônio cultural
brasileiro que não atentem contra o bem
estar animal.
Explicação da Ementa 
Altera a Constituição Federal para
estabelecer que não se consideram cruéis
as manifestações culturais definidas na
Constituição e registradas como bem de
natureza imaterial integrante do
patrimônio cultural brasileiro, desde que
regulamentadas em lei específica que
assegure o bem-estar dos animais
envolvidos. PEC da vaquejada.
 Art. 1 Esta Lei eleva o Rodeio, a
Vaquejada, bem como as respectivas
expressões artístico-culturais, à condição
de manifestações da cultura nacional e de
patrimônio cultural imaterial. 
Art. 2 O Rodeio, a Vaquejada, bem como
as respectivas expressões artístico-
culturais, passam a ser considerados
manifestações da cultura nacional.
Art. 3 Consideram-se patrimônio cultural
imaterial do Brasil o Rodeio, a Vaquejada
e expressões decorrentes, como:
 I - montarias;
II - provas de laço;
III - apartação;
IV - bulldog;
V - provas de rédeas;
VI - provas dos Três Tambores, Team
Penning e Work Penning;
VII - paleteadas; e
VIII - outras provas típicas, tais como
Queima do Alho e concurso do berrante,
bem como apresentações folclóricas e de
músicas de raiz.
Lei 13.830/2019 Equoterapia
 Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a prática da
equoterapia. 
§ 1º Equoterapia, para os efeitos desta Lei,
é o método de reabilitação que utiliza o
cavalo em abordagem interdisciplinar nas
áreas de saúde, educação e equitação
voltada ao desenvolvimento
biopsicossocial da pessoa com
deficiência. 
§ 2º Entende-se como praticante de
equoterapia a pessoa com deficiência que
realiza atividades de equoterapia.
LegislaçãoLegislação
 Art. 2º A prática da equoterapia é
condicionada a parecer favorável em
avaliação médica, psicológica e
fisioterápica. 
 Art. 3º A prática da equoterapia será
orientada com observância das seguintes
condições, entre outras, conforme
dispuser o regulamento:
I – equipe multiprofissional, constituída
por uma equipe

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