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Capa 
 
 
 
 
 6 
 
VADE MECUM INTERATIVO EMÁUDIO 
Apresentação 
É com grande satisfação que o EmÁudio Concursos 
disponibiliza este Vade Mecum Interativo para concursos do 
IBAMA e ICMBio. 
Trata-se de material inovador, pois, além de apresentar as 
legislações mais importantes exigidas nos concursos do IBAMA e 
ICMBio, nosso Vade Mecum também pode ser usado de forma 
interativa com o aplicativo EmÁudio Concursos, para que você 
possa ler e ouvir as leis ao mesmo tempo! 
Neste Vade Mecum do EmÁudio você irá encontrar: 
• Constituição Federal – Art. 225 (Do Meio Ambiente) 
• Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/1981 
• Leis de Crimes Ambientais – Lei 9.605/1998 
• Código Florestal – Lei 12.651/2012 
• Código de Ética do Servidor Público Federal - Decreto 1.171/1994 
 A interação com o EmÁudio funciona assim: 
Nos diversos capítulos, seções ou subseções das leis, ao encontrar os 
ícones do fone de ouvido , você verá banners com links diretos 
 
 
 
 7 
 
para o respectivo áudio daquele conteúdo no aplicativo EmÁudio 
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A interação deste Vade Mecum com as narrações do EmÁudio pode 
ser gratuita ou exclusiva para usuário premium, a depender da Lei 
disponível. 
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 11 
 
SUMARIO 
VADE MECUM INTERATIVO EMÁUDIO ............................................................... 6 
Apresentação ..................................................................................................................................... 6 
SUMARIO ................................................................................................................ 11 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL .................................................................................... 19 
Título VIII Da Ordem Social ............................................................................................................................. 19 
Capítulo VI Do Meio Ambiente 🎧 ............................................................................................................... 19 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE .................................................... 22 
LEI 6.938/1981 🎧 ........................................................................................................................... 22 
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧................................................................... 23 
DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧 .................................... 25 
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧 ................................................................... 27 
DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧 ............................................................... 30 
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧 .......................... 33 
LEI DE CRIME AMBIENTAL .................................................................................. 57 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 ............................................................................ 57 
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 .......................................................................................................... 57 
 
 
 
 12 
 
CAPÍTULO II .............................................................................................................................................................. 58 
DA APLICAÇÃO DA PENA 🎧 ........................................................................................................................... 58 
CAPÍTULO III DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO 
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME 🎧 ............................................................................................................. 66 
CAPÍTULO IV DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 🎧 ........................................................................... 68 
CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE ................................................................... 70 
Seção I Dos Crimes contra a Fauna 🎧 ...................................................................................................... 70 
Seção II Dos Crimes contra a Flora 🎧 ....................................................................................................... 76 
Seção III Da Poluição e outros Crimes Ambientais 🎧 ......................................................................... 83 
Seção IV Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural 🎧 .............. 88 
Seção V Dos Crimes contra a Administração Ambiental 🎧 ............................................................ 91 
CAPÍTULO VI DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA 🎧.............................................................................. 93 
CAPÍTULO VII DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO 
AMBIENTE 🎧 ........................................................................................................................................................... 98 
CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS 🎧 .................................................................................................. 101 
CÓDIGO FLORESTAL ...........................................................................................106 
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. 🎧 ........................................................................... 106 
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 ...................................................................................................... 106 
CAPÍTULO II DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ......................................................... 120 
Seção I ...................................................................................................................................................................... 120 
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente 🎧 ............................................................. 120 
 
 
 
 13 
 
Seção II Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente 🎧 ........................ 127 
CAPÍTULO III DAS ÁREAS DE USO RESTRITO 🎧 ................................................................................. 129 
CAPÍTULO III-A ...................................................................................................................................................... 130 
DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL DOS APICUNS E SALGADOS 🎧 ....................... 131 
CAPÍTULO IV .......................................................................................................................................................... 136 
DA ÁREA DE RESERVA LEGAL ........................................................................................................................ 136 
Seção I Da Delimitação da Área de Reserva Legal 🎧 ...................................................................... 136 
Seção II Do Regime de Proteção da Reserva Legal 🎧 .................................................................... 143 
CAPÍTULO V DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO 🎧 .. 149 
CAPÍTULO VII DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL 🎧 ................................................................................. 154 
CAPÍTULO VIII DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS 🎧.................... 160 
CAPÍTULO IX DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS 🎧
 ...................................................................................................................................................................................... 164 
CAPÍTULO X DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E 
RECUPERAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 🎧 .................................................................................................. 168 
CAPÍTULO XI DO CONTROLE DO DESMATAMENTO 🎧.................................................................. 182 
CAPÍTULO XII DA AGRICULTURA FAMILIAR 🎧 .................................................................................... 183 
CAPÍTULO XIII DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ....................................................................................... 188 
Seção I Disposições Gerais 🎧 .................................................................................................................... 188 
Seção II Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente 🎧 ...................... 191 
Seção III Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva Legal 🎧 ............................................ 205 
CAPÍTULO XIV DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES E FINAIS 🎧 ................................................... 210 
 
 
 
 14 
 
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO ......... 220 
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 🎧 .................................................................... 220 
Título I Capítulo Único 🎧 .............................................................................................................................. 220 
Das Disposições Preliminares ......................................................................................................................... 220 
Título II Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição ........................ 222 
Capítulo I Do Provimento .............................................................................................................................. 222 
Seção I Disposições Gerais 🎧 ...................................................................................................................... 222 
Seção II ..................................................................................................................................................................... 224 
Da Nomeação 🎧 ................................................................................................................................................. 224 
Seção III .................................................................................................................................................................... 226 
Do Concurso Público 🎧 ................................................................................................................................... 226 
Seção IV ................................................................................................................................................................... 228 
Da Posse e do Exercício 🎧 ............................................................................................................................. 228 
Seção V Da Estabilidade 🎧 ........................................................................................................................... 235 
Seção VI Da Transferência 🎧 ....................................................................................................................... 235 
Seção VII Da Readaptação 🎧 ...................................................................................................................... 236 
Seção VIII Da Reversão 🎧 ............................................................................................................................... 237 
Seção IX Da Reintegração 🎧 ....................................................................................................................... 239 
Seção X Da Recondução 🎧 .......................................................................................................................... 241 
Seção XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento 🎧 .................................................................... 241 
Capítulo II Da Vacância 🎧 .............................................................................................................................. 243 
 
 
 
 15 
 
Capítulo III Da Remoção e da Redistribuição 🎧 ................................................................................ 245 
Seção I Da Remoção 🎧 .................................................................................................................................. 245 
Seção II Da Redistribuição 🎧 ....................................................................................................................... 246 
Capítulo IV Da Substituição 🎧 .................................................................................................................... 249 
Título III Dos Direitos e Vantagens ............................................................................................................. 250 
Capítulo I Do Vencimento e da Remuneração 🎧 ............................................................................... 250 
Capítulo II Das Vantagens 🎧 ......................................................................................................................... 256 
Seção I Das Indenizações 🎧......................................................................................................................... 257 
Subseção I Da Ajuda de Custo 🎧 ............................................................................................................. 258 
Subseção II Das Diárias 🎧 .............................................................................................................................259 
Subseção III Da Indenização de Transporte 🎧 .................................................................................... 261 
Subseção IV Do Auxílio-Moradia 🎧 ......................................................................................................... 262 
Seção II Das Gratificações e Adicionais 🎧 .............................................................................................. 265 
Subseção I Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento 
🎧 ................................................................................................................................................................................. 266 
Subseção II Da Gratificação Natalina 🎧 ................................................................................................... 268 
Subseção III Do Adicional por Tempo de Serviço .............................................................................. 270 
Subseção IV Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas 🎧
 ...................................................................................................................................................................................... 270 
Subseção V Do Adicional por Serviço Extraordinário 🎧 .................................................................. 272 
Subseção VI Do Adicional Noturno 🎧 .................................................................................................... 272 
Subseção VII Do Adicional de Férias 🎧 .................................................................................................. 273 
 
 
 
 16 
 
Subseção VIII Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso 🎧 ..................................... 274 
Capítulo III Das Férias 🎧 ................................................................................................................................ 277 
Capítulo IV Das Licenças ................................................................................................................................ 280 
Seção I Disposições Gerais 🎧 ................................................................................................................... 280 
Seção II Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 🎧 .................................... 281 
Seção III Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 🎧 ............................................. 283 
Seção IV Da Licença para o Serviço Militar 🎧..................................................................................... 284 
Seção V Da Licença para Atividade Política 🎧 ..................................................................................... 284 
Seção VI Da Licença para Capacitação 🎧 .............................................................................................. 285 
Seção VII Da Licença para Tratar de Interesses Particulares 🎧 ................................................... 287 
Seção VIII Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista 🎧 ....................................... 288 
Capítulo V Dos Afastamentos ...................................................................................................................... 289 
Seção I Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade 🎧 ....................................... 289 
Seção II Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo 🎧 ................................................ 292 
Seção III Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior 🎧 .............................................. 293 
Seção IV Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto 
Sensu no País 🎧 .................................................................................................................................................. 295 
Capítulo VI Das Concessões 🎧 ................................................................................................................... 297 
Capítulo VII Do Tempo de Serviço 🎧 ...................................................................................................... 300 
Capítulo VIII Do Direito de Petição 🎧 ..................................................................................................... 304 
Título IV Do Regime Disciplinar .................................................................................................................. 307 
Capítulo I Dos Deveres 🎧 ............................................................................................................................. 307 
 
 
 
 17 
 
Capítulo II Das Proibições 🎧 ........................................................................................................................ 310 
Capítulo III Da Acumulação 🎧 .................................................................................................................... 313 
Capítulo IV Das Responsabilidades 🎧 ..................................................................................................... 315 
Capítulo V Das Penalidades 🎧 .................................................................................................................... 316 
Título V Do Processo Administrativo Disciplinar ................................................................................. 327 
Capítulo I Disposições Gerais 🎧 ................................................................................................................. 327 
Capítulo II Do Afastamento Preventivo 🎧 ............................................................................................. 330 
Capítulo III Do Processo Disciplinar 🎧 ..................................................................................................... 330 
Seção I Do Inquérito 🎧 .................................................................................................................................. 333 
Seção II Do Julgamento 🎧 ............................................................................................................................ 338 
Seção III Da Revisão do Processo 🎧 ........................................................................................................ 341 
Título VI Da Seguridade Social do Servidor .......................................................................................... 343 
Capítulo I Disposições Gerais 🎧 ................................................................................................................. 343 
Capítulo II Dos Benefícios .............................................................................................................................. 348 
Seção I Da Aposentadoria 🎧 ....................................................................................................................... 348 
Seção II Do Auxílio-Natalidade 🎧 ............................................................................................................. 353 
Seção III Do Salário-Família 🎧 .................................................................................................................... 354 
Seção IV Da Licença para Tratamento de Saúde 🎧 ......................................................................... 355 
Seção V Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade 🎧 ............................ 359 
Seção VI Da Licença por Acidente em Serviço 🎧 .............................................................................. 361 
Seção VII Da Pensão 🎧 .................................................................................................................................. 362 
 
 
 
 18 
 
Seção VIII Do Auxílio-Funeral 🎧 ................................................................................................................ 373 
Seção IX Do Auxílio-Reclusão 🎧 ................................................................................................................374 
Capítulo III Da Assistência à Saúde 🎧 ..................................................................................................... 375 
Título VIII.................................................................................................................................................................. 379 
Capítulo Único Das Disposições Gerais 🎧 .............................................................................................. 379 
Título IX .................................................................................................................................................................... 381 
Capítulo Único Das Disposições Transitórias e Finais ...................................................................... 381 
CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL ................................ 388 
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 🎧 ................................................................ 388 
DECRETO: 🎧 .......................................................................................................................................................... 388 
ANEXO .............................................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal .......... 389 
CAPÍTULO I ............................................................................................................................................................. 389 
Seção I Das Regras Deontológicas 🎧 ....................................................................................................... 389 
Seção II Dos Principais Deveres do Servidor Público 🎧 ................................................................. 394 
Seção III Das Vedações ao Servidor Público 🎧 .................................................................................. 398 
CAPÍTULO II DAS COMISSÕES DE ÉTICA 🎧 ......................................................................................... 400 
 
 
 
 
 
 19 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Título VIII 
Da Ordem Social 
Capítulo VI 
Do Meio Ambiente 🎧 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade 
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder 
público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover 
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético 
do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e 
manipulação de material genético; 
https://api.emaudio.com.br/track/33280/share
 
 
 
 20 
 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais 
e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada 
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos 
que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de 
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, 
a qualidade de vida e o meio ambiente; 
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino 
e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas 
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a 
extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a 
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução 
técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
 
 
 21 
 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio 
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a 
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação 
de reparar os danos causados. 
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do 
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio 
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de 
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, 
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. 
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser 
instaladas. 
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste 
artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que 
utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, 
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas 
como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural 
 
 
 
 22 
 
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que 
assegure o bem-estar dos animais envolvidos. 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
LEI 6.938/1981 🎧 
 
Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e 
no art. 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, 
constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui 
o Cadastro de Defesa Ambiental. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art23vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art23vii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art235
https://api.emaudio.com.br/track/33285/share
 
 
 
 23 
 
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧 
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a 
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental 
propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao 
desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os 
seguintes princípios: 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, 
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser 
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas 
representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou 
efetivamente poluidoras; 
https://api.emaudio.com.br/track/33286/share
 
 
 
 24 
 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas 
para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a 
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para 
participação ativa na defesa do meio ambiente. 
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: 
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga 
e rege a vida em todas as suas formas; 
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das 
características do meio ambiente; 
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de 
atividades que direta ou indiretamente: 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população;25 
 
b) criem condições adversas às atividades sociais e 
econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio 
ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos; 
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou 
privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade 
causadora de degradação ambiental; 
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, 
superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o 
subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. 
 
DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO 
MEIO AMBIENTE 🎧 
 
 
https://api.emaudio.com.br/track/33298/share
 
 
 
 26 
 
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: 
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com 
a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio 
ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa 
à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos 
Municípios; (Vide decreto nº 5.975, de 2006) 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade 
ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos 
ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais 
orientadas para o uso racional de recursos ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à 
divulgação de dados e informações ambientais e à formação de 
uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da 
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas 
á sua utilização racional e disponibilidade permanente, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5975.htm
 
 
 
 27 
 
concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício 
à vida; 
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de 
recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de 
contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins 
econômicos. 
Art. 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão 
formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos 
Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios 
e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da 
qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, 
observados os princípios estabelecidos no art. 2º desta Lei. 
Parágrafo único. As atividades empresariais públicas ou privadas 
serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política 
Nacional do Meio Ambiente. 
 
DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 🎧 
 
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 28 
 
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações 
instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e 
melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional 
do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: 
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de 
assessorar o Presidente da República na formulação da política 
nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e 
os recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) 
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e 
propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas 
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e 
deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões 
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e 
essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 
8.028, de 1990) 
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência 
da República, com a finalidade de planejar, coordenar, 
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art6
 
 
 
 29 
 
as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; 
(Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) 
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico 
Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico 
Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e 
as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de 
acordo com as respectivas competências; (Redação dada pela Lei 
nº 12.856, de 2013) 
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais 
responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle 
e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação 
ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, 
responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas 
respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de 
sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e 
padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que 
forem estabelecidos pelo CONAMA. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12856.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12856.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1iii
 
 
 
 30 
 
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais 
e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no 
parágrafo anterior. 
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados 
neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas 
e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa 
legitimamente interessada. 
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo 
autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico científico às 
atividades do IBAMA. 
 
DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
🎧 
 
Art. 7º (Revogado pela Lei nº 8.028, de 1990) 
Art. 8º Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 
1990) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art8
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 31 
 
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios 
para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente 
poluídoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo 
IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos 
das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de 
projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, 
estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as 
informações indispensáveis para apreciação dos estudos de 
impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou 
atividades de significativa degradação ambiental, especialmente 
nas áreas consideradas patrimônio nacional. (Redação dada pela 
Lei nº 8.028, de 1990) 
III - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades 
pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a 
proteção ambiental; (VETADO); 
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou 
restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em 
caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep336-L693881.pdf
 
 
 
 32 
 
participação em linhas de fiananciamento em estabelecimentos 
oficiais de crédito; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de 
controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e 
embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes; 
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle 
e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso 
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos. 
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo 
de suas funções, o Presidente do Conama. (Incluído pela Lei nº 
8.028, de 1990) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8028.htm#art8
 
 
 
 33 
 
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL 
DO MEIO AMBIENTE – Parte 1🎧 
 
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento) 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou 
potencialmente poluidoras; 
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a 
criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da 
qualidade ambiental; 
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo 
Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de 
proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas 
extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4297.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1vi
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 34 
 
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de 
Defesa Ambiental; 
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não 
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção 
da degradação ambiental. 
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a 
ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela 
Lei nº 7.804, de 1989) 
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio 
Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando 
inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente 
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela 
Lei nº 7.804, de 1989) 
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão 
ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, 
de 2006) 
Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural 
ou jurídica, pode, por instrumento público ou particular ou por 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art84
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art84
 
 
 
 35 
 
termo administrativo firmado perante órgão integrante do 
Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela 
para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais 
existentes, instituindo servidão ambiental. (Redação dada pela Lei 
nº 12.651, de 2012). 
§ 1o O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental 
deve incluir, no mínimo, os seguintes itens: (Redação dada pela Lei 
nº 12.651, de 2012). 
I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo 
pelo menos um ponto de amarração georreferenciado; (Incluído 
pela Lei nº 12.651, de 2012). 
II - objeto da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 
2012). 
III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; 
(Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão 
ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação 
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida. (Redação dada pela 
Lei nº 12.651, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
 
 
 
 36 
 
§ 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob 
servidão ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida 
para a Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 4o Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no 
registro de imóveis competente: (Redação dada pela Lei nº 12.651, 
de 2012). 
I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental; 
(Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão 
ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão 
ambiental deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis 
envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 6o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, 
a alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do 
imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação 
dos limites do imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 7o As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão 
florestal, nos termos do art. 44-A da Lei no 4.771, de 15 de 
setembro de 1965, passam a ser consideradas, pelo efeito desta 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
 
 
 
 37 
 
Lei, como de servidão ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 
2012). 
Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, 
temporária ou perpétua. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 
(quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, 
tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva 
Particular do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei 
no 9.985, de 18 de julho de 2000.(Incluído pela Lei nº 12.651, de 
2012). 
§ 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou 
transferi-la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em 
caráter definitivo, em favor de outro proprietário ou de entidade 
pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim 
social. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
 
 
 
 38 
 
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente – Parte 2🎧 
 
Art. 9o-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da 
servidão ambiental deve ser averbado na matrícula do imóvel. 
(Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 1o O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os 
seguintes itens: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou 
recuperação ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
II - o objeto da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 
2012). 
III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros 
adquirentes ou sucessores; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental; 
(Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor 
da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
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 39 
 
VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive 
medidas judiciais necessárias, em caso de ser descumprido. 
(Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 2o São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras 
obrigações estipuladas no contrato: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 
2012). 
I - manter a área sob servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 
12.651, de 2012). 
II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as 
condições dos recursos naturais ou artificiais; (Incluído pela Lei nº 
12.651, de 2012). 
III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da 
servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
IV - defender a posse da área serviente, por todos os meios em 
direito admitidos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
§ 3o São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras 
obrigações estipuladas no contrato: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 
2012). 
I - documentar as características ambientais da propriedade; 
(Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
 
 
 
 40 
 
II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a 
servidão ambiental está sendo mantida; (Incluído pela Lei nº 
12.651, de 2012). 
III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na 
aquisição ou aos sucessores da propriedade; (Incluído pela Lei nº 
12.651, de 2012). 
IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da 
área objeto da servidão; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012). 
V - defender judicialmente a servidão ambiental. (Incluído pela Lei 
nº 12.651, de 2012). 
Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de 
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer 
forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio 
licenciamento ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 
140, de 2011) 
§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva 
concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em 
periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio 
eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
 
 
 
 41 
 
competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 
2011) 
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 
2011) 
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 
2011) 
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 
2011) 
Art. 11. Compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e 
padrões para implantação, acompanhamento e fiscalização do 
licenciamento previsto no artigo anterior, além das que forem 
oriundas do próprio CONAMA. (Vide Lei nº 7.804, de 1989) 
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 140, de 2011) 
§ 2º Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise 
de projetos de entidades, públicas ou privadas, objetivando a 
preservação ou a recuperação de recursos ambientais, afetados por 
processos de exploração predatórios ou poluidores. 
Art. 12. As entidades e órgãos de financiamento e incentivos 
governamentais condicionarão a aprovação de projetos habilitados 
a esses benefícios ao licenciamento, na forma desta Lei, e ao 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm#art2142 
 
cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos 
pelo CONAMA. 
Parágrafo único. As entidades e órgãos referidos no caput deste 
artigo deverão fazer constar dos projetos a realização de obras e 
aquisição de equipamentos destinados ao controle de degradação 
ambiental e a melhoria da qualidade do meio ambiente. 
Art. 13. O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao 
meio ambiente, visando: 
I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos 
tecnológicos destinados a reduzir a degradação da qualidade 
ambiental; 
II - à fabricação de equipamentos antipoluidores; 
III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de 
recursos ambientais. 
Parágrafo único. Os órgãos, entidades e programas do Poder 
Público, destinados ao incentivo das pesquisas científicas e 
tecnológicas, considerarão, entre as suas metas prioritárias, o apoio 
aos projetos que visem a adquirir e desenvolver conhecimentos 
básicos e aplicáveis na área ambiental e ecológica. 
 
 
 
 
 43 
 
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente – Parte 3🎧 
 
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação 
federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas 
necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos 
causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os 
transgressores: 
I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no 
mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações 
Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTNs, agravada em casos de 
reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada 
a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelo Estado, 
Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios; 
II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais 
concedidos pelo Poder Público; 
III - à perda ou suspensão de participação em linhas de 
financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; 
IV - à suspensão de sua atividade. 
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 44 
 
§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, 
é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, 
a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a 
terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União 
e dos Estados terá legitimidade para propor ação de 
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio 
ambiente. 
§ 2º No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, 
caberá ao Secretário do Meio Ambiente a aplicação das 
penalidades pecuniárias prevista neste artigo. 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato 
declaratório da perda, restrição ou suspensão será atribuição da 
autoridade administrativa ou financeira que concedeu os 
benefícios, incentivos ou financiamento, cumprimento resolução do 
CONAMA. 
§ 4º (Revogado pela Lei nº 9.966, de 2000) 
§ 5o A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a 
aplicação das obrigações de indenização e reparação de danos 
previstas no § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9966.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art84
 
 
 
 45 
 
Art. 15. O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, 
animal ou vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de 
perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) 
anos e multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. (Redação dada pela 
Lei nº 7.804, de 1989) 
§ 1º A pena e aumentada até o dobro se: (Redação dada pela Lei 
nº 7.804, de 1989) 
I - resultar: (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente; (Incluído 
pela Lei nº 7.804, de 1989) 
b) lesão corporal grave; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte; 
(Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em 
feriado. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
§ 2º Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar 
de promover as medidas tendentes a impedir a prática das 
condutas acima descritas. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 
1989) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1viii
 
 
 
 46 
 
Art. 16 - (Revogado pela Lei nº 7.804, de 1989) 
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA: 
(Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de 
Defesa Ambiental, para registro obrigatório de pessoas físicas ou 
jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas 
ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, 
aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades 
efetiva ou potencialmente poluidoras; (Incluído pela Lei nº 7.804, 
de 1989) 
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente 
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro 
obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a 
atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, 
transporte e comercialização de produtos potencialmente 
perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e 
subprodutos da fauna e flora. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
Art. 17-A. São estabelecidos os preços dos serviços e produtos do 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis - Ibama, a serem aplicados em âmbito nacional, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1x
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1ix
 
 
 
 47 
 
conforme Anexo a esta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000) 
(Vide Medida Provisória nº 687, de 2015) 
Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização 
Ambiental – TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder 
de polícia conferido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis – Ibama para controle e fiscalização 
das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos 
naturais. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) (Vide Medida 
Provisória nº 687, de 2015) 
§ 1o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 2o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
 
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente – Parte 4🎧 
 
Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as 
atividades constantes do Anexo VIII desta Lei. (Redação dada pela 
Lei nº 10.165, de 2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv687.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv687.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv687.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
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 48 
 
§ 1o O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 
de março de cada ano relatório das atividades exercidas no ano 
anterior, cujo modelo será definido pelo Ibama, para o fim de 
colaborar com os procedimentos de controle e fiscalização. 
(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 2o O descumprimento da providência determinada no § 1o sujeita 
o infrator a multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida, 
sem prejuízo da exigência desta. (Redação dada pela Lei nº 10.165, 
de 2000) 
§ 3o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
Art. 17-D. A TCFA é devida por estabelecimento e os seus valores 
são os fixados no Anexo IX desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
10.165, de 2000) 
§ 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: (Redação dada pela Lei 
nº 10.165, de 2000) 
I – microempresa e empresa de pequeno porte, as pessoas jurídicas 
que se enquadrem, respectivamente, nas descrições dos incisos I e 
II do caput do art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999; 
(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
 
 
 
 49 
 
II – empresa de médio porte, a pessoa jurídica que tiver receita 
bruta anual superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil 
reais) e igual ou inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); 
(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
III – empresa de grande porte, a pessoa jurídica que tiver receita 
bruta anual superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). 
(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 2o O potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de 
recursos naturais de cada uma das atividades sujeitas à fiscalização 
encontram-se definidos no Anexo VIII desta Lei. (Incluído pela Lei 
nº 10.165, de 2000) 
§ 3o Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita 
à fiscalização, pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo 
valor mais elevado. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
Art. 17-E. É o Ibama autorizado a cancelar débitos de valores 
inferiores a R$ 40,00 (quarenta reais), existentes até 31 de 
dezembro de 1999. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000) 
Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas 
federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
 
 
 
 50 
 
filantrópicas, aqueles que praticam agricultura de subsistência e as 
populações tradicionais. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre 
do ano civil, nos valores fixados no Anexo IX desta Lei, e o 
recolhimento será efetuado em conta bancária vinculada ao Ibama, 
por intermédio de documento próprio de arrecadação, até o quinto 
dia útil do mês subseqüente. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 
2000) 
Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 
2000) 
§ 2o Os recursos arrecadados com a TCFA terão utilização restrita 
em atividades de controle e fiscalização ambiental. (Incluído pela 
Lei nº 11.284, de 2006) 
Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições 
estabelecidas no artigo anterior será cobrada com os seguintes 
acréscimos: (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados do 
mês seguinte ao do vencimento, à razão de um por cento; 
(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art84
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art84
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
 
 
 
 51 
 
II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento se 
o pagamento for efetuado até o último dia útil do mês 
subseqüente ao do vencimento; (Redação dada pela Lei nº 10.165, 
de 2000) 
III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do 
devedor em honorários de advogado, calculado sobre o total do 
débito inscrito como Dívida Ativa, reduzido para dez por cento se 
o pagamento for efetuado antes do ajuizamento da execução. 
(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 1o-A. Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa de 
mora. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 1o Os débitos relativos à TCFA poderão ser parcelados de acordo 
com os critérios fixados na legislação tributária, conforme dispuser 
o regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 
2000) 
Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades 
mencionadas nos incisos I e II do art. 17 e que não estiverem 
inscritas nos respectivos cadastros até o último dia útil do terceiro 
mês que se seguir ao da publicação desta Lei incorrerão em 
infração punível com multa de: (Redação dada pela Lei nº 10.165, 
de 2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
 
 
 
 52 
 
I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), se pessoa física; (Incluído pela Lei nº 
10.165, de 2000) 
II – R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), se microempresa; (Incluído 
pela Lei nº 10.165, de 2000) 
III – R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte; 
(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
IV – R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio 
porte; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
V – R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de grande porte. 
(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 
2000) 
Art. 17-J. (Revogado pela Lei nº 10.165, de 2000) 
 
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente – Parte 5🎧 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art6
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 53 
 
Art. 17-L. As ações de licenciamento, registro,autorizações, 
concessões e permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle 
ambiental são de competência exclusiva dos órgãos integrantes do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente. (Incluído pela Lei nº 9.960, 
de 2000) 
Art. 17-M. Os preços dos serviços administrativos prestados pelo 
Ibama, inclusive os referentes à venda de impressos e publicações, 
assim como os de entrada, permanência e utilização de áreas ou 
instalações nas unidades de conservação, serão definidos em 
portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante 
proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela Lei nº 
9.960, de 2000) 
Art. 17-N. Os preços dos serviços técnicos do Laboratório de 
Produtos Florestais do Ibama, assim como os para venda de 
produtos da flora, serão, também, definidos em portaria do 
Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do 
Presidente daquele Instituto. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000) 
Art. 17-O. Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução 
do valor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, 
com base em Ato Declaratório Ambiental - ADA, deverão recolher 
ao Ibama a importância prevista no item 3.11 do Anexo VII da Lei 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9960.htm#art8
 
 
 
 54 
 
no 9.960, de 29 de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria. 
(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 1o-A. A Taxa de Vistoria a que se refere o caput deste artigo não 
poderá exceder a dez por cento do valor da redução do imposto 
proporcionada pelo ADA. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 1o A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar 
do ITR é obrigatória. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 2o O pagamento de que trata o caput deste artigo poderá ser 
efetivado em cota única ou em parcelas, nos mesmos moldes 
escolhidos pelo contribuinte para o pagamento do ITR, em 
documento próprio de arrecadação do Ibama. (Redação dada pela 
Lei nº 10.165, de 2000) 
§ 3o Para efeito de pagamento parcelado, nenhuma parcela poderá 
ser inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais). (Redação dada pela Lei nº 
10.165, de 2000) 
§ 4o O inadimplemento de qualquer parcela ensejará a cobrança 
de juros e multa nos termos dos incisos I e II do caput e §§ 1o-A e 
1o, todos do art. 17-H desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.165, 
de 2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
 
 
 
 55 
 
§ 5o Após a vistoria, realizada por amostragem, caso os dados 
constantes do ADA não coincidam com os efetivamente levantados 
pelos técnicos do Ibama, estes lavrarão, de ofício, novo ADA, 
contendo os dados reais, o qual será encaminhado à Secretaria da 
Receita Federal, para as providências cabíveis. (Redação dada pela 
Lei nº 10.165, de 2000) 
Art. 17-P. Constitui crédito para compensação com o valor devido 
a título de TCFA, até o limite de sessenta por cento e relativamente 
ao mesmo ano, o montante efetivamente pago pelo 
estabelecimento ao Estado, ao Município e ao Distrito Federal em 
razão de taxa de fiscalização ambiental. (Redação dada pela Lei nº 
10.165, de 2000) 
§ 1o Valores recolhidos ao Estado, ao Município e ao Distrital 
Federal a qualquer outro título, tais como taxas ou preços públicos 
de licenciamento e venda de produtos, não constituem crédito para 
compensação com a TCFA. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 
2000) 
§ 2o A restituição, administrativa ou judicial, qualquer que seja a 
causa que a determine, da taxa de fiscalização ambiental estadual 
ou distrital compensada com a TCFA restaura o direito de crédito 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
 
 
 
 56 
 
do Ibama contra o estabelecimento, relativamente ao valor 
compensado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000) 
Art. 17-Q. É o Ibama autorizado a celebrar convênios com os 
Estados, os Municípios e o Distrito Federal para desempenharem 
atividades de fiscalização ambiental, podendo repassar-lhes parcela 
da receita obtida com a TCFA. (Redação dada pela Lei nº 10.165, 
de 2000) 
Art. 18. (Revogado pela Lei nº 9.985, de 2000) 
Art 19 -(VETADO). 
Art. 19. Ressalvado o disposto nas Leis nºs 5.357, de 17 de 
novembro de 1967, e 7.661, de 16 de maio de 1988, a receita 
proveniente da aplicação desta Lei será recolhida de acordo com 
o disposto no art. 4º da Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. 
(Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)) 
Art. 20. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 
Art. 21. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep336-L693881.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L5357.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L5357.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7661.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7735.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1xi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm#art1xi
 
 
 
 57 
 
LEI DE CRIME AMBIENTAL 
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 
 
Art. 1º (VETADO) 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos 
crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na 
medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, 
o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o 
preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da 
conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, 
quando podia agir para evitá-la. 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, 
civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em 
que a infração seja cometida por decisão de seu representante 
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou 
benefício da sua entidade. 
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 58 
 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não 
exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do 
mesmo fato. 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que 
sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados à qualidade do meio ambiente. 
Art. 5º (VETADO) 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 🎧 
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade 
competente observará: 
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e 
suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente; 
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da 
legislação de interesse ambiental; 
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. 
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 59 
 
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem 
as privativas de liberdade quando: 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de 
liberdade inferior a quatro anos; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do condenado, bem como os motivos e as 
circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente 
para efeitos de reprovação e prevenção do crime. 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este 
artigo terão a mesma duração da pena privativa de liberdade 
substituída. 
Art. 8º As penas restritivas de direito são: 
I - prestação de serviços à comunidade; 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na 
atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e 
 
 
 
 60 
 
jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da 
coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se 
possível. 
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a 
proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de 
receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem 
como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso 
de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. 
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não 
estiverem obedecendo às prescrições legais. 
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro 
à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de 
importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem 
superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será 
deduzido do montante de eventual reparação civil a que for 
condenado o infrator. 
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e 
senso de responsabilidade do condenado, que deverá, sem 
vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividade 
autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga 
 
 
 
 61 
 
em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia 
habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória. 
 
 
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; 
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea 
reparação do dano, ou limitação significativa da degradação 
ambiental causada; 
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de 
degradação ambiental; 
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do 
controle ambiental. 
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime: 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
II - ter o agente cometido a infração: 
a) para obter vantagem pecuniária; 
 
 
 
 62 
 
b) coagindo outrem para a execução material da infração; 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde 
pública ou o meio ambiente; 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, 
por ato do Poder Público, a regime especial de uso; 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 
g) em período de defeso à fauna; 
h) em domingos ou feriados; 
i) à noite; 
j) em épocas de seca ou inundações; 
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de 
animais; 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização 
ambiental; 
 
 
 
 63 
 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, 
por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das 
autoridades competentes; 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. 
 
 
 
 
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da 
pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa 
de liberdade não superior a três anos. 
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 
78 do Código Penal será feita mediante laudo de reparação do 
dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão 
relacionar-se com a proteção ao meio ambiente. 
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código 
Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art78%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art78%C2%A72
 
 
 
 64 
 
poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da 
vantagem econômica auferida. 
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que 
possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de 
prestação de fiança e cálculo de multa. 
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo 
cível poderá ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o 
contraditório. 
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará 
o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, 
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio 
ambiente. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a 
execução poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, 
sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente 
sofrido. 
 
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente 
às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são: 
I - multa; 
 
 
 
 65 
 
II - restritivas de direitos; 
III - prestação de serviços à comunidade. 
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele 
obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não 
estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, 
relativas à proteção do meio ambiente. 
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou 
atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em 
desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal 
ou regulamentar. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter 
subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de 
dez anos. 
 
 
 
 
 66 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica 
consistirá em: 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; 
III - manutenção de espaços públicos; 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, 
preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a 
prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação 
forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e 
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
CAPÍTULO III 
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO 
INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA 
OU DE CRIME 🎧 
 
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e 
instrumentos, lavrando-se os respectivos autos. 
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 67 
 
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em 
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por 
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou 
entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a 
responsabilidade de técnicos habilitados.(Redação dada pelaLei nº 
13.052, de 2014) 
§ 2º Até que os animais sejam entregues às instituições 
mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará para 
que eles sejam mantidos em condições adequadas de 
acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar 
físico.(Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014) 
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes 
avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e 
outras com fins beneficentes.(Renumerando do §2º para §3º pela Lei 
nº 13.052, de 2014) 
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão 
destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou 
educacionais. (Renumerando do §3º para §4º pela Lei nº 13.052, 
de 2014) 
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, 
garantida a sua descaracterização por meio da 
reciclagem.(Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº 13.052, de 
2014) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13052.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13052.htm#art2
 
 
 
 68 
 
CAPÍTULO IV 
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 🎧 
 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é 
pública incondicionada. 
Parágrafo único. (VETADO) 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a 
proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou 
multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 
1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a 
prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da 
mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial 
ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações: 
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5° 
do artigo referido no caput, dependerá de laudo de constatação 
de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade 
prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo; 
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 69 
 
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido 
completa a reparação, o prazo de suspensão do processo será 
prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no 
caput, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da 
prescrição; 
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos 
incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput; 
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de 
novo laudo de constatação de reparação do dano ambiental, 
podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado o 
período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste 
artigo, observado o disposto no inciso III; 
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de 
extinção de punibilidade dependerá de laudo de constatação que 
comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à 
reparação integral do dano. 
 
 
 
 70 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
Seção I 
Dos Crimes contra a Fauna 🎧 
 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da 
fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida 
permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou 
em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização 
ou em desacordo com a obtida; 
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro 
natural; 
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem 
em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou 
espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem 
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 71 
 
como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de 
criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente. 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não 
considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as 
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes 
às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou 
terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida 
ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas 
jurisdicionais brasileiras. 
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: 
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda 
que somente no local da infração; 
II - em período proibido à caça; 
III - durante a noite; 
IV - com abuso de licença; 
V - em unidade de conservação; 
 
 
 
 72 
 
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de 
provocar destruição em massa. 
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do 
exercício de caça profissional. 
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. 
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis 
em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico 
oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais 
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa 
ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou 
científicos, quando existirem recursos alternativos. 
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas 
descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 
 
 
 
 73 
 
(cinco) anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº 
14.064, de 2020) 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte 
do animal. 
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de 
materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática 
existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas 
jurisdicionais brasileiras: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas 
cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: 
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de 
aqüicultura de domínio público; 
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e 
algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade 
competente; 
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer 
natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente 
demarcados em carta náutica. 
 
 
 
 74 
 
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em 
lugares interditados por órgão competente: 
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as 
penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: 
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com 
tamanhos inferiores aos permitidos; 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a 
utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não 
permitidos; 
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes 
provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. 
Art. 35. Pescar mediante a utilização de: 
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, 
produzam efeito semelhante; 
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade 
competente: 
Pena - reclusão de um ano a cinco anos. 
 
 
 
 75 
 
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato 
tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar 
espécimes dos gruposdos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais 
hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, 
ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas 
listas oficiais da fauna e da flora. 
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de 
sua família; 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória 
ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente 
autorizado pela autoridade competente; 
III – (VETADO) 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo 
órgão competente. 
 
 
 
 
 76 
 
Seção II 
Dos Crimes contra a Flora 🎧 
 
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação 
permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com 
infringência das normas de proteção: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas 
cumulativamente. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à 
metade. 
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, 
em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata 
Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de 
proteção:(Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006). 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as 
penas cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006). 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à 
metade. (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006). 
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 77 
 
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação 
permanente, sem permissão da autoridade competente: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas 
cumulativamente. 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de 
Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, 
de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 1º Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral 
as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques 
Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida 
Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de 
extinção no interior das Unidades de Conservação de Proteção 
Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da 
pena.(Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
Art. 40-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) 
 
 
 
 78 
 
§ 1º Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável 
as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse 
Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as 
Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e 
as Reservas Particulares do Patrimônio Natural.(Incluído pela Lei nº 
9.985, de 2000) 
§ 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de 
extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso 
Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação 
da pena.(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. 
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000) 
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de 
seis meses a um ano, e multa. 
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam 
provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em 
áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: 
 
 
 
 79 
 
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas 
cumulativamente. 
Art. 43. (VETADO) 
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de 
preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal 
ou qualquer espécie de minerais: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim 
classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, 
energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, 
em desacordo com as determinações legais: 
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. 
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, 
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem 
exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela 
autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá 
acompanhar o produto até final beneficiamento: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
 
 
 
 80 
 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à 
venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, 
carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida 
para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada 
pela autoridade competente. 
Art. 47. (VETADO) 
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e 
demais formas de vegetação: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo 
ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em 
propriedade privada alheia: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as 
penas cumulativamente. 
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, 
ou multa. 
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou 
vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de 
especial preservação: 
 
 
 
 81 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar 
floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou 
devolutas, sem autorização do órgão competente: (Incluído pela 
Lei nº 11.284, de 2006) 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. (Incluído pela 
Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à 
subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família. 
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a 
pena será aumentada de 1 (um) ano por milhar de hectare.(Incluído 
pela Lei nº 11.284, de 2006) 
 
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas 
demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade 
competente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
 
 
 82 
 
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo 
substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para exploração 
de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade 
competente: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de 
um sexto a um terço se: 
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo 
ou a modificação do regime climático; 
II - o crime é cometido: 
a) no período de queda das sementes; 
b) no período de formação de vegetações; 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a 
ameaça ocorra somente no local da infração; 
d) em época de seca ou inundação; 
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 
 
 
 
 83 
 
Seção III 
Da Poluição e outros Crimes Ambientais 🎧 
 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que 
resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que 
provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa 
da flora: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
§ 2º Se o crime: 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação 
humana; 
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada,ainda que 
momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause 
danos diretos à saúde da população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do 
abastecimento público de água de uma comunidade; 
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 84 
 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou 
gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo 
com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior 
quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade 
competente, medidas de precaução em caso de risco de dano 
ambiental grave ou irreversível. 
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais 
sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, 
ou em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de 
recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da 
autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do 
órgão competente. 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, 
comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em 
depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva 
 
 
 
 85 
 
à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as 
exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 
12.305, de 2010) 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os 
utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de segurança; 
(Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010) 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, 
recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa 
da estabelecida em lei ou regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305, 
de 2010) 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena 
é aumentada de um sexto a um terço. 
§ 3º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 57. (VETADO) 
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão 
aumentadas: 
 
 
 
 86 
 
I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou 
ao meio ambiente em geral; 
II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza 
grave em outrem; 
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. 
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente 
serão aplicadas se do fato não resultar crime mais grave. 
Art. 59. (VETADO) 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em 
qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou 
serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização 
dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas 
legais e regulamentares pertinentes: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas 
cumulativamente. 
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam 
causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos 
ecossistemas: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
 
 
 87 
 
 
 
 
 
 88 
 
Seção IV 
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o 
Patrimônio Cultural 🎧 
 
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: 
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou 
decisão judicial; 
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação 
científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão 
judicial: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a 
um ano de detenção, sem prejuízo da multa. 
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local 
especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão 
judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, 
artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou 
monumental, sem autorização da autoridade competente ou em 
desacordo com a concedida: 
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 89 
 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu 
entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, 
ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, 
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da 
autoridade competente ou em desacordo com a concedida: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou 
monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 
2011) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Redação 
dada pela Lei nº 12.408, de 2011) 
§ 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em 
virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é 
de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa.(Renumerado 
do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011) 
§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o 
objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante 
manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, 
quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, 
 
 
 
 90 
 
no caso de bem público, com a autorização do órgão competente 
e a observância das posturas municipais e das normas editadas 
pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e 
conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. 
(Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011) 
 
 
 
 
 91 
 
Seção V 
Dos Crimes contra a Administração Ambiental 🎧 
 
Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, 
omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos 
em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou 
permissão em desacordo com as normas ambientais, para as 
atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato 
autorizativo do Poder Público: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a 
um ano de detenção, sem prejuízo da multa. 
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de 
fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
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 92 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a 
um ano, sem prejuízo da multa. 
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público 
no trato de questões ambientais: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão 
florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, 
laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou 
enganoso, inclusive por omissão: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 
2006) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído 
pela Lei nº 11.284, de 2006) 
§ 1o Se o crime é culposo: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 
2006) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei 
nº 11.284, de 2006) 
§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se 
há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da 
informação falsa, incompleta ou enganosa.(Incluído pela Lei nº 
11.284, de 2006) 
 
 
 
 93 
 
CAPÍTULO VI 
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA 🎧 
 
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação 
ou omissão que violeas regras jurídicas de uso, gozo, promoção, 
proteção e recuperação do meio ambiente. 
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração 
ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de 
órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio 
Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de 
fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do 
Ministério da Marinha. 
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá 
dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo 
anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. 
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração 
ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, 
mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-
responsabilidade. 
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 94 
 
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo 
administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o 
contraditório, observadas as disposições desta Lei. 
Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração 
ambiental deve observar os seguintes prazos máximos: 
I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra 
o auto de infração, contados da data da ciência da autuação; 
II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de 
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a 
defesa ou impugnação; 
III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à 
instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da 
Marinha, de acordo com o tipo de autuação; 
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do 
recebimento da notificação. 
 
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes 
sanções, observado o disposto no art. 6º: 
 
 
 
 95 
 
I - advertência; 
II - multa simples; 
III - multa diária; 
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e 
flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de 
qualquer natureza utilizados na infração; 
V - destruição ou inutilização do produto; 
VI - suspensão de venda e fabricação do produto; 
VII - embargo de obra ou atividade; 
VIII - demolição de obra; 
IX - suspensão parcial ou total de atividades; 
X – (VETADO) 
XI - restritiva de direitos. 
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais 
infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas 
cominadas. 
 
 
 
 96 
 
§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições 
desta Lei e da legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, 
sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. 
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por 
negligência ou dolo: 
I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar 
de saná-las, no prazo assinalado por órgão competente do 
SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; 
II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da 
Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha. 
§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de 
preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio 
ambiente. 
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da 
infração se prolongar no tempo. 
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput 
obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei. 
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão 
aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o 
 
 
 
 97 
 
estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais 
ou regulamentares. 
§ 8º As sanções restritivas de direito são: 
I - suspensão de registro, licença ou autorização; 
II - cancelamento de registro, licença ou autorização; 
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; 
IV - perda ou suspensão da participação em linhas de 
financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; 
V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo 
período de até três anos. 
 
Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por 
infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio 
Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, Fundo 
Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro de 1932, 
fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, 
conforme dispuser o órgão arrecadador. 
 
 
 
 98 
 
Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, 
quilograma ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto 
jurídico lesado. 
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no 
regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos 
índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de 
R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 
(cinqüenta milhões de reais). 
Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, 
Distrito Federal ou Territórios substitui a multa federal na mesma 
hipótese de incidência. 
 
CAPÍTULO VII 
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A 
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 🎧 
 
Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os 
bons costumes, o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao 
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 99 
 
meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, sem 
qualquer ônus, quando solicitado para: 
I - produção de prova; 
II - exame de objetos e lugares; 
III - informações sobre pessoas e coisas; 
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações 
tenham relevância para a decisão de uma causa; 
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor 
ou pelos tratados de que o Brasil seja parte. 
§ 1° A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério 
da Justiça, que a remeterá, quando necessário, ao órgão judiciário 
competente para decidir a seu respeito, ou a encaminhará à 
autoridade capaz de atendê-la. 
§ 2º A solicitação deverá conter: 
I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante; 
II - o objeto e o motivo de sua formulação; 
III - a descrição sumária do procedimento em curso no país 
solicitante; 
 
 
 
 100 
 
IV - a especificação da assistência solicitada; 
V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando 
for o caso. 
Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e 
especialmente para a reciprocidade da cooperação internacional, 
deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o 
intercâmbio rápido e seguro de informações com órgãos de outros 
países. 
 
 
 
 
 
 
 101 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES FINAIS 🎧 
 
Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do 
Código Penal e do Código de Processo Penal. 
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos 
ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução 
de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos 
estabelecimentos e das atividades suscetíveis de degradarem a 
qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de 
título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas 
físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, 
ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades 
utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou 
potencialmente poluidores. (Redação dada pela Medida Provisória 
nº 2.163-41, de 2001) 
§ 1o O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-
se-á, exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas 
mencionadas no caput possam promover as necessárias correções 
de suas atividades, para o atendimento das exigências impostas 
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 102 
 
pelas autoridades ambientais competentes,sendo obrigatório que 
o respectivo instrumento disponha sobre:(Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas 
e dos respectivos representantes legais;(Redação dada pela Medida 
Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da 
complexidade das obrigações nele fixadas, poderá variar entre o 
mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com 
possibilidade de prorrogação por igual período;(Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento 
previsto e o cronograma físico de execução e de implantação das 
obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas; 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica 
compromissada e os casos de rescisão, em decorrência do não-
cumprimento das obrigações nele pactuadas;(Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
 
 
 
 103 
 
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser 
superior ao valor do investimento previsto;(Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
§ 2o No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de 
março de 1998, envolvendo construção, instalação, ampliação e 
funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de 
recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente 
poluidores, a assinatura do termo de compromisso deverá ser 
requerida pelas pessoas físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 
de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito 
protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, 
devendo ser firmado pelo dirigente máximo do estabelecimento. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
§ 3o Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o 
e enquanto perdurar a vigência do correspondente termo de 
compromisso, ficarão suspensas, em relação aos fatos que deram 
causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções 
administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver 
 
 
 
 104 
 
firmado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.163-41, 
de 2001) 
§ 4o A celebração do termo de compromisso de que trata este 
artigo não impede a execução de eventuais multas aplicadas antes 
da protocolização do requerimento. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
§ 5o Considera-se rescindido de pleno direito o termo de 
compromisso, quando descumprida qualquer de suas cláusulas, 
ressalvado o caso fortuito ou de força maior.(Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
§ 6o O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa 
dias, contados da protocolização do requerimento.(Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
§ 7o O requerimento de celebração do termo de compromisso 
deverá conter as informações necessárias à verificação da sua 
viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
§ 8o Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão 
ser publicados no órgão oficial competente, mediante 
extrato.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 2001) 
 
 
 
 105 
 
Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 
noventa dias a contar de sua publicação. 
Art. 81. (VETADO) 
Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
 
 
 106 
 
CÓDIGO FLORESTAL 
 
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. 🎧 
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, 
e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá 
outras providências. 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 🎧 
 
Art. 1º (VETADO). 
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 107 
 
Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da 
vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva 
Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima 
florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle 
e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos 
econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento 
sustentável, esta Lei atenderá aos seguintes princípios: (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a 
preservação das suas florestas e demais formas de vegetação 
nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos 
e da integridade do sistema climático, para o bem estar das 
gerações presentes e futuras; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - reafirmação da importância da função estratégica da atividade 
agropecuária e do papel das florestas e demais formas de 
vegetação nativa na sustentabilidade, no crescimento econômico, 
na melhoria da qualidade de vida da população brasileira e na 
presença do País nos mercados nacional e internacional de 
alimentos e bioenergia; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 108 
 
III - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, 
consagrando o compromisso do País com a compatibilização e 
harmonização entre o uso produtivo da terra e a preservação da 
água, do solo e da vegetação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de 
políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e 
de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da 
inovação para o uso sustentável do solo e da água, a recuperação 
e a preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
VI - criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar 
a preservação e a recuperação da vegetação nativa e para 
promover o desenvolvimento de atividades produtivas 
sustentáveis. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 2º As florestas existentes no território nacional e as demais 
formas de vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras 
que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes 
 
 
 
 109 
 
do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações 
que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem. 
§ 1º Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões 
contrárias às disposições desta Lei são consideradas uso irregular 
da propriedade, aplicando-se o procedimento sumário previsto no 
inciso II do art. 275 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - 
Código de Processo Civil, sem prejuízo da responsabilidade civil, 
nos termos do § 1º do art. 14 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 
1981, e das sanções administrativas, civis e penais. 
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são 
transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de 
transferência de domínio ou posse do imóvel rural. 
Disposições Gerais – Parte 2🎧 
 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, 
Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do 
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 110paralelo 13º S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do 
meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão; 
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta 
ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar 
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a 
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o 
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; 
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade 
ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de 
assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos 
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos 
processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, 
bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora 
nativa; 
IV - área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação 
antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, 
benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último 
caso, a adoção do regime de pousio; 
V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada 
mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor 
familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma 
 
 
 
 111 
 
agrária, e que atenda ao disposto no art. 3º da Lei nº 11.326, de 
24 de julho de 2006; 
VI - uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e 
formações sucessoras por outras coberturas do solo, como 
atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de 
energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou 
outras formas de ocupação humana; 
VII - manejo sustentável: administração da vegetação natural para 
a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, 
respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema 
objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou 
alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras ou 
não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a 
utilização de outros bens e serviços; 
VIII - utilidade pública: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) 
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; 
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos 
serviços públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele 
necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos 
Municípios, saneamento, gestão de resíduos , energia, 
 
 
 
 112 
 
telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à 
realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou 
internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a 
extração de areia, argila, saibro e cascalho;(Vide ADC Nº 42) 
(Vide ADIN Nº 4.903) 
c) atividades e obras de defesa civil; 
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na 
proteção das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo; 
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e 
motivadas em procedimento administrativo próprio, quando 
inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento 
proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; 
IX - interesse social: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) 
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da 
vegetação nativa, tais como prevenção, combate e controle do 
fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de 
plantios com espécies nativas; 
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena 
propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades 
 
 
 
 113 
 
tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal 
existente e não prejudique a função ambiental da área; 
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, 
lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas 
urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições 
estabelecidas nesta Lei; 
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados 
predominantemente por população de baixa renda em áreas 
urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na 
Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009; 
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução 
de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos 
hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade; 
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e 
cascalho, outorgadas pela autoridade competente; 
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e 
motivadas em procedimento administrativo próprio, quando 
inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta, 
definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; 
X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: 
 
 
 
 114 
 
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e 
pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao 
acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou à retirada 
de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal 
sustentável; 
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução 
de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do 
direito de uso da água, quando couber; 
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; 
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno 
ancoradouro; 
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes 
de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e 
tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê 
pelo esforço próprio dos moradores; 
f) construção e manutenção de cercas na propriedade; 
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados 
outros requisitos previstos na legislação aplicável; 
 
 
 
 115 
 
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e 
produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada 
a legislação específica de acesso a recursos genéticos; 
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, 
castanhas e outros produtos vegetais, desde que não implique 
supressão da vegetação existente nem prejudique a função 
ambiental da área; 
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, 
comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos florestais 
não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura 
vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da 
área; 
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como 
eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos 
Estaduais de Meio Ambiente; 
XI - (VETADO); 
XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos 
hidromórficos, usualmente com a palmeira arbórea Mauritia 
flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a 
 
 
 
 116 
 
agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas; (Redação pela Lei 
nº 12.727, de 2012). 
XIII - manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos 
baixos, sujeitos à ação das marés, formado por vasas lodosas 
recentes ou arenosas, às quais se associa, predominantemente, a 
vegetação natural conhecida como mangue, com influência 
fluviomarinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas e com 
dispersão descontínua ao longo da costa brasileira, entre os 
Estados do Amapá e de Santa Catarina; 
XIV - salgado ou marismas tropicais hipersalinos: áreas situadas em 
regiões com frequências de inundações intermediárias entre marés 
de sizígias e de quadratura, com solos cuja salinidade varia entre 
100 (cem) e 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde 
pode ocorrer a presença de vegetação herbácea específica; 
XV - apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões 
entremarés superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, 
que apresentam salinidadesuperior a 150 (cento e cinquenta) 
partes por 1.000 (mil), desprovidas de vegetação vascular; 
XVI - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma 
geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, 
onde se encontram diferentes comunidades que recebem 
 
 
 
 117 
 
influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada 
em praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, 
de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo 
e arbóreo, este último mais interiorizado; 
XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que 
apresenta perenidade e dá início a um curso d’água; (Vide ADIN 
Nº 4.903) 
XVIII - olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo 
que intermitente; 
XIX - leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas 
do curso d’água durante o ano;(Vide ADC Nº 42)(Vide ADIN Nº 
4.903) 
XX - área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com 
predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou 
recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento 
Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção 
de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, 
melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos 
hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e 
manifestações culturais; 
 
 
 
 118 
 
XXI - várzea de inundação ou planície de inundação: áreas 
marginais a cursos d’água sujeitas a enchentes e inundações 
periódicas; 
XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície 
de inundação adjacente a cursos d’água que permite o escoamento 
da enchente; 
XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para 
designar área caracterizada por movimentações do terreno que 
geram depressões, cuja intensidade permite sua classificação como 
relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e 
montanhoso. 
XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou 
usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) 
anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da 
estrutura física do solo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de 
forma periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou 
outras formas de vegetação adaptadas à inundação; (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 119 
 
XXVI - área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do 
caput do art. 47 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009 ; e (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível 
e incorpóreo transacionável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento 
dispensado aos imóveis a que se refere o inciso V deste artigo às 
propriedades e posses rurais com até 4 (quatro) módulos fiscais 
que desenvolvam atividades agrossilvipastoris, bem como às terras 
indígenas demarcadas e às demais áreas tituladas de povos e 
comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território. 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) 
 
 
 
 
 
 120 
 
CAPÍTULO II 
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
Seção I 
Da Delimitação das Áreas de Preservação 
Permanente 🎧 
 
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas 
rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e 
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do 
leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). (Vide ADIN Nº 4.903) 
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 
(dez) metros de largura; 
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham 
de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; 
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 
(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 
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 121 
 
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham 
de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham 
largura superior a 600 (seiscentos) metros; 
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com 
largura mínima de: 
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo 
d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa 
marginal será de 50 (cinquenta) metros; 
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, 
decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água 
naturais, na faixa definida na licença ambiental do 
empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).(Vide 
ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) 
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, 
qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 
(cinquenta) metros;(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
(Vide ADIN Nº 4.903) 
 
 
 
 122 
 
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º , 
equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; 
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de 
mangues; 
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; 
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura 
do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções 
horizontais; 
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura 
mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25º , as 
áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 
(dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à 
base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por 
planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, 
pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; 
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, 
qualquer que seja a vegetação; 
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com 
largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço 
 
 
 
 123 
 
permanentemente brejoso e encharcado. (Redação dada pela Lei 
nº 12.727, de 2012). 
§ 1º Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno 
de reservatórios artificiais de água que não decorram de 
barramento ou represamento de cursos d’água naturais. (Redação 
dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN 
Nº 4.903) 
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 3º (VETADO). 
§ 4º Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície 
inferior a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de 
proteção prevista nos incisos II e III do caput , vedada nova 
supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do 
órgão ambiental competente do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente - Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) 
§ 5º É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural 
familiar, de que trata o inciso V do art. 3º desta Lei, o plantio de 
culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa 
de terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos, 
 
 
 
 124 
 
desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação 
nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja 
protegida a fauna silvestre. (Vide ADC Nº 42)(Vide ADIN Nº 4.903) 
§ 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é 
admitida, nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste 
artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física diretamente 
a ela associada, desde que: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 
4.903) 
I - sejam adotadas práticas sustentáveis demanejo de solo e água 
e de recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de 
acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; 
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos 
de gestão de recursos hídricos; 
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental 
competente; 
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. 
V - não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 7º (VETADO). 
 
 
 
 125 
 
§ 8º (VETADO). 
§ 9º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 5º Na implantação de reservatório d’água artificial destinado 
a geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a 
aquisição, desapropriação ou instituição de servidão administrativa 
pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas 
em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento 
ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e 
máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 
(quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. 
(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (Vide ADC Nº 42) 
(Vide ADIN Nº 4.903) 
§ 1º Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata 
o caput , o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, 
elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do 
Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido 
pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do 
total da Área de Preservação Permanente. (Redação dada pela 
Lei nº 12.727, de 2012). (Vide ADC Nº 42) 
 
 
 
 126 
 
§ 2º O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de 
Reservatório Artificial, para os empreendimentos licitados a partir 
da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão ambiental 
concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até 
o início da operação do empreendimento, não constituindo a sua 
ausência impedimento para a expedição da licença de instalação. 
(Vide ADC Nº 42) 
§ 3º (VETADO). 
Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando 
declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, 
as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação 
destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: 
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e 
deslizamentos de terra e de rocha; 
II - proteger as restingas ou veredas; 
III - proteger várzeas; 
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de 
extinção; 
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, 
cultural ou histórico; 
 
 
 
 127 
 
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; 
VII - assegurar condições de bem-estar público; 
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das 
autoridades militares. 
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância 
internacional. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Seção II 
Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação 
Permanente 🎧 
 
Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente 
deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou 
ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado. 
§ 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de 
Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou 
ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição 
da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. 
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 128 
 
§ 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida 
ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do 
imóvel rural. 
§ 3º No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada 
após 22 de julho de 2008 , é vedada a concessão de novas 
autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas 
as obrigações previstas no § 1º . (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide ADC 
Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área 
de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de 
utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental 
previstas nesta Lei. 
§ 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, 
dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de 
utilidade pública. 
§ 2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de 
Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput 
do art. 4º poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde 
a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para 
execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em 
projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas 
 
 
 
 129 
 
urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) 
§ 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente 
para a execução, em caráter de urgência, de atividades de 
segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas 
à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. 
§ 4º Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de 
futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das 
previstas nesta Lei. 
Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de 
Preservação Permanente para obtenção de água e para realização 
de atividades de baixo impacto ambiental. 
 
 
CAPÍTULO III 
DAS ÁREAS DE USO RESTRITO 🎧 
 
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 130 
 
Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a 
exploração ecologicamente sustentável, devendo-se considerar as 
recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, ficando 
novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo 
condicionadas à autorização do órgão estadual do meio ambiente, 
com base nas recomendações mencionadas neste artigo. (Redação 
dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25º e 45º , serão permitidos 
o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades 
agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física 
associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas 
práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas, 
excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social. 
(Vide ADIN Nº 4.903) 
 
CAPÍTULO III-A 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 131 
 
DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL DOS 
APICUNS E SALGADOS 🎧 
 
Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 
4º do art. 225 da Constituição Federal, devendo sua ocupação e 
exploração dar-se de modo ecologicamente sustentável. (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 1º Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de 
carcinicultura e salinas, desde que observados os seguintes 
requisitos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por 
cento) dessa modalidade de fitofisionomia no bioma amazônico e 
a 35% (trinta e cinco por cento) no restante do País, excluídas as 
ocupações consolidadas que atendam ao disposto no § 6º deste 
artigo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos 
e dos processos ecológicos essenciais a eles associados, bem como 
da sua produtividade biológica e condição de berçário de recursos 
pesqueiros; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
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 132 
 
III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão 
ambiental estadual, cientificado o Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis- IBAMA e, no caso 
de uso de terrenos de marinha ou outros bens da União, realizada 
regularização prévia da titulação perante a União; (Incluído pela Lei 
nº 12.727, de 2012). 
IV - recolhimento, tratamento e disposição adequados dos 
efluentes e resíduos; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
V - garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, 
respeitadas as Áreas de Preservação Permanente; e (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
VI - respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das 
comunidades locais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 2º A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) 
anos, renovável apenas se o empreendedor cumprir as exigências 
da legislação ambiental e do próprio licenciamento, mediante 
comprovação anual, inclusive por mídia fotográfica. (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 133 
 
§ 3º São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto 
Ambiental - EPIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA os 
novos empreendimentos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a 
fragmentação do projeto para ocultar ou camuflar seu porte; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente 
causadores de significativa degradação do meio ambiente; ou 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
III - localizados em região com adensamento de empreendimentos 
de carcinicultura ou salinas cujo impacto afete áreas comuns. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 4º O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, 
poderá, sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais 
cabíveis, bem como do dever de recuperar os danos ambientais 
causados, alterar as condicionantes e as medidas de controle e 
adequação, quando ocorrer: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - descumprimento ou cumprimento inadequado das 
condicionantes ou medidas de controle previstas no licenciamento, 
 
 
 
 134 
 
ou desobediência às normas aplicáveis; (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
II - fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive 
por omissão, em qualquer fase do licenciamento ou período de 
validade da licença; ou (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
III - superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente 
ou à saúde pública. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 5º A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o 
Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira - ZEEZOC, 
com a individualização das áreas ainda passíveis de uso, em escala 
mínima de 1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no 
prazo máximo de 1 (um) ano a partir da data da publicação desta 
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 6º É assegurada a regularização das atividades e 
empreendimentos de carcinicultura e salinas cuja ocupação e 
implantação tenham ocorrido antes de 22 de julho de 2008, desde 
que o empreendedor, pessoa física ou jurídica, comprove sua 
localização em apicum ou salgado e se obrigue, por termo de 
compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos 
adjacentes. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 135 
 
§ 7º É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em 
qualquer hipótese ou forma, de ocupação ou exploração irregular 
em apicum ou salgado, ressalvadas as exceções previstas neste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 
 136 
 
CAPÍTULO IV 
DA ÁREA DE RESERVA LEGAL 
Seção I 
Da Delimitação da Área de Reserva Legal 🎧 
 
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de 
vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da 
aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, 
observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área 
do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei: 
(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - localizado na Amazônia Legal: 
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; 
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de 
cerrado; 
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos 
gerais; 
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 137 
 
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento). 
§ 1º Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, 
inclusive para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, 
será considerada, para fins do disposto do caput , a área do imóvel 
antes do fracionamento. 
§ 2º O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de 
formações florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia 
Legal será definido considerando separadamente os índices 
contidos nas alíneas a, b e c do inciso I do caput . 
§ 3º Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de 
floresta ou outras formas de vegetação nativa apenas será 
autorizada pelo órgão ambiental estadual integrante do Sisnama 
se o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o 
previsto no art. 30. 
§ 4º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá 
reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), para 
fins de recomposição, quando o Município tiver mais de 50% 
(cinquenta por cento) da área ocupada por unidades de 
conservação da natureza de domínio público e por terras indígenas 
homologadas. (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
 
 
 
 138 
 
§ 5º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, 
ouvido o Conselho Estadual de Meio Ambiente, poderá reduzir a 
Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), quando o Estado 
tiver Zoneamento Ecológico-Econômico aprovado e mais de 65% 
(sessenta e cinco por cento) do seu território ocupado por 
unidades de conservação da natureza de domínio público, 
devidamente regularizadas, e por terras indígenas homologadas. 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
§ 6º Os empreendimentos de abastecimento público de água e 
tratamento de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva 
Legal. (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
§ 7º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou 
desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou 
autorização para exploração de potencial de energia hidráulica, nas 
quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, 
subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e de 
distribuição de energia elétrica. (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN 
Nº 4.901) 
§ 8º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou 
desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de 
 
 
 
 139 
 
capacidade de rodovias e ferrovias. (Vide ADC Nº 42) (Vide 
ADIN Nº 4.901) 
Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico 
- ZEE estadual, realizado segundo metodologia unificada, o poder 
público federal poderá: 
I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante 
recomposição, regeneração ou compensação da Reserva Legal de 
imóveis com área rural consolidada, situados em área de floresta 
localizada na Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) 
da propriedade, excluídas as áreas prioritárias para conservação da 
biodiversidade e dos recursos hídricos e os corredores ecológicos; 
II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por 
cento) dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de 
metas nacionais de proteção à biodiversidade ou de redução de 
emissão de gases de efeito estufa. 
§ 1º No caso previsto no inciso I do caput , o proprietário ou 
possuidor de imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada 
e averbada em área superior aos percentuais exigidos no referido 
inciso poderá instituir servidão ambiental sobre a área excedente, 
nos termos da Lei nº 6.938, de 31de agosto de 1981, e Cota de 
 
 
 
 140 
 
Reserva Ambiental. (Vide ADIN Nº 4.937)(Vide ADC Nº 42) 
(Vide ADIN Nº 4.901) 
§ 2º Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-
Econômicos - ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida 
em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data 
da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação. 
Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural 
deverá levar em consideração os seguintes estudos e critérios: 
I - o plano de bacia hidrográfica; 
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico 
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, 
com Área de Preservação Permanente, com Unidade de 
Conservação ou com outra área legalmente protegida; 
IV - as áreas de maior importância para a conservação da 
biodiversidade; e 
V - as áreas de maior fragilidade ambiental. 
§ 1º O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele 
habilitada deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a 
inclusão do imóvel no CAR, conforme o art. 29 desta Lei. 
 
 
 
 141 
 
§ 2º Protocolada a documentação exigida para a análise da 
localização da área de Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor 
rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive 
restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental competente 
integrante do Sisnama, em razão da não formalização da área de 
Reserva Legal.(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação 
Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, 
desde que: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de 
novas áreas para o uso alternativo do solo; 
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de 
recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão 
estadual integrante do Sisnama; e 
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel 
no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. 
§ 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente 
não se altera na hipótese prevista neste artigo. 
§ 2º O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal 
conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que 
 
 
 
 142 
 
trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, 
poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de 
servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros 
instrumentos congêneres previstos nesta Lei. 
§ 3º O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as 
modalidades de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a 
regeneração, a recomposição e a compensação.(Redação dada pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 4º É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, 
quando as Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em 
processo de recuperação, somadas às demais florestas e outras 
formas de vegetação nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de 
floresta na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de 
condomínio ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o 
percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel. (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 143 
 
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de 
Reserva Legal poderá ser agrupada em regime de condomínio 
entre os adquirentes. 
 
 
Seção II 
Do Regime de Proteção da Reserva Legal 🎧 
 
Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de 
vegetação nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou 
ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado. 
§ 1º Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante 
manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente 
do Sisnama, de acordo com as modalidades previstas no art. 20. 
§ 2º Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade 
ou posse rural familiar, os órgãos integrantes do Sisnama deverão 
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 144 
 
estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, análise e 
aprovação de tais planos de manejo. 
§ 3º É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de 
Reserva Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 
2008.(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (Vide ADC Nº 
42) (Vide ADIN Nº 4.902) (Vide ADIN Nº 4.903) 
§ 4º Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais 
cabíveis, deverá ser iniciado, nas áreas de que trata o § 3º deste 
artigo, o processo de recomposição da Reserva Legal em até 2 
(dois) anos contados a partir da data da publicação desta Lei, 
devendo tal processo ser concluído nos prazos estabelecidos pelo 
Programa de Regularização Ambiental - PRA, de que trata o art. 
59. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão 
ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que trata 
o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos 
de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as 
exceções previstas nesta Lei. 
§ 1º A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a 
apresentação de planta e memorial descritivo, contendo a 
 
 
 
 145 
 
indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto 
de amarração, conforme ato do Chefe do Poder Executivo. 
§ 2º Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de 
compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do 
Sisnama, com força de título executivo extrajudicial, que explicite, 
no mínimo, a localização da área de Reserva Legal e as obrigações 
assumidas pelo possuidor por força do previsto nesta Lei. 
§ 3º A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações 
assumidas no termo de compromisso de que trata o § 2º . 
§ 4º O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no 
Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a 
data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou 
possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à 
gratuidade deste ato. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido 
mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro 
da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta 
concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins 
urbanos aprovado segundo a legislação específica e consoante as 
 
 
 
 146 
 
diretrizes do plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da 
Constituição Federal. 
Art. 20. No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva 
Legal, serão adotadas práticas de exploração seletiva nas 
modalidades de manejo sustentável sem propósito comercial para 
consumo na propriedade e manejo sustentável para exploração 
florestal com propósito comercial. 
Art. 21. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais 
como frutos, cipós, folhas e sementes, devendo-se observar: 
I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos 
específicos, quando houver; 
II - a época de maturação dos frutos e sementes; 
III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de 
indivíduos e da espécie coletada no caso de coleta de flores, folhas, 
cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos, bambus e raízes. 
Art. 22. O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva 
Legal com propósito comercial depende de autorização do órgão 
competente e deverá atender as seguintes diretrizes e orientações: 
I - não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a 
conservaçãoda vegetação nativa da área; 
 
 
 
 147 
 
II - assegurar a manutenção da diversidade das espécies; 
III - conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de 
medidas que favoreçam a regeneração de espécies nativas. 
Art. 23. O manejo sustentável para exploração florestal eventual 
sem propósito comercial, para consumo no próprio imóvel, 
independe de autorização dos órgãos competentes, devendo 
apenas ser declarados previamente ao órgão ambiental a 
motivação da exploração e o volume explorado, limitada a 
exploração anual a 20 (vinte) metros cúbicos. 
Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal, aplica-
se igualmente o disposto nos arts. 21, 22 e 23. 
Seção III – Do Regime de Proteção das Áreas 
Verdes Urbanas🎧 
 
 
Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento 
de áreas verdes urbanas, com os seguintes instrumentos: 
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 148 
 
I - o exercício do direito de preempção para aquisição de 
remanescentes florestais relevantes, conforme dispõe a Lei nº 
10.257, de 10 de julho de 2001; 
II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas 
expansões urbanas 
III - o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos 
loteamentos, empreendimentos comerciais e na implantação de 
infraestrutura; e 
IV - aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da 
compensação ambiental. 
 
 
 
 
 
 149 
 
CAPÍTULO V 
DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO 
ALTERNATIVO DO SOLO 🎧 
 
Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do 
solo, tanto de domínio público como de domínio privado, 
dependerá do cadastramento do imóvel no CAR, de que trata o 
art. 29, e de prévia autorização do órgão estadual competente do 
Sisnama. 
§ 1º (VETADO). 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados 
projetos que contemplem a utilização de espécies nativas do 
mesmo bioma onde ocorreu a supressão. 
§ 4º O requerimento de autorização de supressão de que trata o 
caput conterá, no mínimo, as seguintes informações: 
I - a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, 
da Reserva Legal e das áreas de uso restrito, por coordenada 
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 150 
 
geográfica, com pelo menos um ponto de amarração do perímetro 
do imóvel; 
II - a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4º do 
art. 33; 
III - a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas; 
IV - o uso alternativo da área a ser desmatada. 
Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão 
de vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada 
de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal ou 
estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, 
dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras 
que assegurem a conservação da espécie. 
 
 
 
 151 
 
 
 
 
Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso 
alternativo do solo no imóvel rural que possuir área abandonada. 
(Vide ADIN Nº 4.901) 
 
 
 
 
 152 
 
CAPÍTULO VI 
DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL🎧 
 
Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do 
Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, 
registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para 
todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as 
informações ambientais das propriedades e posses rurais, 
compondo base de dados para controle, monitoramento, 
planejamento ambiental e econômico e combate ao 
desmatamento. 
§ 1º A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, 
preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual, que, 
nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou possuidor 
rural: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - identificação do proprietário ou possuidor rural; 
II - comprovação da propriedade ou posse; 
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial 
descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com 
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 153 
 
pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel, 
informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, 
das Áreas de Preservação Permanente, das Áreas de Uso Restrito, 
das áreas consolidadas e, caso existente, também da localização da 
Reserva Legal. 
§ 2º O cadastramento não será considerado título para fins de 
reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco 
elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2º da 
Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. 
§ 3º A inscrição no CAR é obrigatória e por prazo indeterminado 
para todas as propriedades e posses rurais. (Redação dada pela 
Lei nº 13.887,de 2019) 
§ 4º Os proprietários e possuidores dos imóveis rurais que os 
inscreverem no CAR até o dia 31 de dezembro de 2020 terão 
direito à adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), 
de que trata o art. 59 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.887,de 
2019) 
Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada 
na matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o 
perímetro e a localização da reserva, o proprietário não será 
 
 
 
 154 
 
obrigado a fornecer ao órgão ambiental as informações relativas à 
Reserva Legal previstas no inciso III do § 1º do art. 29. 
Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos 
do caput , deverá apresentar ao órgão ambiental competente a 
certidão de registro de imóveis onde conste a averbação da 
Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos de 
posse. 
 
 
CAPÍTULO VII 
DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL 🎧 
 
Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, 
de domínio público ou privado, ressalvados os casos previstos nos 
arts. 21, 23 e 24, dependerá de licenciamento pelo órgão 
competente do Sisnama, mediante aprovação prévia de Plano de 
Manejo Florestal Sustentável - PMFS que contemple técnicas de 
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 155 
 
condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis 
com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme. 
§ 1º O PMFS atenderá os seguintes fundamentos técnicos e 
científicos: 
I - caracterização dos meios físico e biológico; 
II - determinação do estoque existente; 
III - intensidade de exploração compatível com a capacidade de 
suporte ambiental da floresta; 
IV - ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento 
do volume de produto extraído da floresta; 
V - promoção da regeneração natural da floresta; 
VI - adoção de sistema silvicultural adequado; 
VII - adoção de sistema de exploração adequado; 
VIII - monitoramento do desenvolvimento da floresta 
remanescente; 
IX - adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e 
sociais. 
 
 
 
 156 
 
§ 2º A aprovação do PMFS pelo órgão competente do Sisnama 
confere ao seu detentor a licença ambiental para a prática do 
manejo florestal sustentável, não se aplicando outras etapas de 
licenciamento ambiental. 
§ 3º O detentor do PMFS encaminhará relatório anual ao órgão 
ambiental competente com as informações sobre toda a área de 
manejo florestal sustentável e a descrição das atividades realizadas. 
§ 4º O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as 
operações e atividades desenvolvidas na área de manejo. 
§ 5º Respeitado o disposto neste artigo, serão estabelecidas em 
ato do Chefe do Poder Executivo disposições diferenciadas sobre 
os PMFS em escala empresarial, de pequena escala e comunitário. 
§ 6º Para fins de manejo florestal na pequena propriedade ou posse 
rural familiar, os órgãos do Sisnama deverão estabelecer 
procedimentos simplificados de elaboração, análise e aprovação 
dos referidos PMFS. 
§ 7º Compete ao órgão federalde meio ambiente a aprovação de 
PMFS incidentes em florestas públicas de domínio da União. 
Art. 32. São isentos de PMFS: 
 
 
 
 157 
 
I - a supressão de florestas e formações sucessoras para uso 
alternativo do solo; 
II - o manejo e a exploração de florestas plantadas localizadas fora 
das Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal; 
III - a exploração florestal não comercial realizada nas propriedades 
rurais a que se refere o inciso V do art. 3º ou por populações 
tradicionais. 
Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima 
florestal em suas atividades devem suprir-se de recursos oriundos 
de: 
I - florestas plantadas; 
II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do 
Sisnama; 
III - supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão 
competente do Sisnama; 
IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão 
competente do Sisnama. 
§ 1º São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou 
jurídicas que utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão 
 
 
 
 158 
 
de vegetação nativa ou que detenham autorização para supressão 
de vegetação nativa. 
§ 2º É isento da obrigatoriedade da reposição florestal aquele que 
utilize: 
I - costaneiras, aparas, cavacos ou outros resíduos provenientes da 
atividade industrial 
II - matéria-prima florestal: 
a) oriunda de PMFS; 
b) oriunda de floresta plantada; 
c) não madeireira. 
§ 3º A isenção da obrigatoriedade da reposição florestal não 
desobriga o interessado da comprovação perante a autoridade 
competente da origem do recurso florestal utilizado. 
§ 4º A reposição florestal será efetivada no Estado de origem da 
matéria-prima utilizada, mediante o plantio de espécies 
preferencialmente nativas, conforme determinações do órgão 
competente do Sisnama. 
Art. 34. As empresas industriais que utilizam grande quantidade de 
matéria-prima florestal são obrigadas a elaborar e implementar 
 
 
 
 159 
 
Plano de Suprimento Sustentável - PSS, a ser submetido à 
aprovação do órgão competente do Sisnama. 
§ 1º O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de 
matéria-prima florestal pela atividade industrial. 
§ 2º O PSS incluirá, no mínimo: 
I - programação de suprimento de matéria-prima florestal 
II - indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal 
georreferenciadas; 
III - cópia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o 
PSS incluir suprimento de matéria-prima florestal oriunda de terras 
pertencentes a terceiros. 
§ 3º Admite-se o suprimento mediante matéria-prima em oferta no 
mercado: 
I - na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições 
e durante o período, não superior a 10 (dez) anos, previstos no 
PSS, ressalvados os contratos de suprimento mencionados no 
inciso III do § 2º ; 
II - no caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de 
florestas exóticas, licenciadas por órgão competente do Sisnama, o 
 
 
 
 160 
 
suprimento será comprovado posteriormente mediante relatório 
anual em que conste a localização da floresta e as quantidades 
produzidas. 
§ 4º O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas ou outras que 
consumam grandes quantidades de carvão vegetal ou lenha 
estabelecerá a utilização exclusiva de matéria-prima oriunda de 
florestas plantadas ou de PMFS e será parte integrante do processo 
de licenciamento ambiental do empreendimento. 
§ 5º Serão estabelecidos, em ato do Chefe do Poder Executivo, os 
parâmetros de utilização de matéria-prima florestal para fins de 
enquadramento das empresas industriais no disposto no caput . 
 
CAPÍTULO VIII 
DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS 
FLORESTAIS 🎧 
 
Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros 
produtos ou subprodutos florestais incluirá sistema nacional que 
integre os dados dos diferentes entes federativos, coordenado, 
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 161 
 
fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente do 
Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 1º O plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas 
ou exóticas independem de autorização prévia, desde que 
observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, devendo 
ser informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, 
para fins de controle de origem. 
§ 2º É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas 
plantadas nas áreas não consideradas Áreas de Preservação 
Permanente e Reserva Legal. 
§ 3º O corte ou a exploração de espécies nativas plantadas em área 
de uso alternativo do solo serão permitidos independentemente 
de autorização prévia, devendo o plantio ou reflorestamento estar 
previamente cadastrado no órgão ambiental competente e a 
exploração ser previamente declarada nele para fins de controle de 
origem. 
§ 4º Os dados do sistema referido no caput serão disponibilizados 
para acesso público por meio da rede mundial de computadores, 
cabendo ao órgão federal coordenador do sistema fornecer os 
programas de informática a serem utilizados e definir o prazo para 
 
 
 
 162 
 
integração dos dados e as informações que deverão ser aportadas 
ao sistema nacional. 
§ 5º O órgão federal coordenador do sistema nacional poderá 
bloquear a emissão de Documento de Origem Florestal - DOF dos 
entes federativos não integrados ao sistema e fiscalizar os dados e 
relatórios respectivos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e o armazenamento de 
madeira, lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos florestais 
oriundos de florestas de espécies nativas, para fins comerciais ou 
industriais, requerem licença do órgão competente do Sisnama, 
observado o disposto no art. 35. 
§ 1º A licença prevista no caput será formalizada por meio da 
emissão do DOF, que deverá acompanhar o material até o 
beneficiamento final. 
§ 2º Para a emissão do DOF, a pessoa física ou jurídica responsável 
deverá estar registrada no Cadastro Técnico Federal de Atividades 
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, 
previsto no art. 17 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. 
§ 3º Todo aquele que recebe ou adquire, para fins comerciais ou 
industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos ou 
 
 
 
 163 
 
subprodutos de florestas de espécies nativas é obrigado a exigir a 
apresentação do DOF e munir-se da via que deverá acompanhar o 
material até o beneficiamento final. 
§ 4º No DOF deverão constar a especificação do material, sua 
volumetria e dados sobre sua origem e destino. 
§ 5º O órgão ambiental federal do Sisnama regulamentará os casos 
de dispensa da licença prevista no caput . (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
Art. 37. O comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos 
da flora nativa dependerá de licença do órgão estadual 
competente do Sisnama e de registro no Cadastro Técnico Federal 
de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de 
Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei nº 6.938, de 31 de 
agosto de 1981, sem prejuízo de outras exigências cabíveis. 
Parágrafo único. A exportação de plantas vivas e outros produtos 
da flora dependerá de licença do órgão federal competente do 
Sisnama, observadas as condições estabelecidas no caput . 
 
 
 
 
 164 
 
 
 
CAPÍTULO IX 
DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO 
CONTROLE DOS INCÊNDIOS 🎧 
 
Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas 
seguintes situações: 
I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego 
do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia 
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 165 
 
aprovação do órgão estadual ambiental competente do Sisnama, 
para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá 
os critérios de monitoramento e controle;II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, 
em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante 
prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, 
visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas 
características ecológicas estejam associadas evolutivamente à 
ocorrência do fogo; 
III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de 
pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e 
realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia 
aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama. 
§ 1º Na situação prevista no inciso I, o órgão estadual ambiental 
competente do Sisnama exigirá que os estudos demandados para 
o licenciamento da atividade rural contenham planejamento 
específico sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios. 
§ 2º Excetuam-se da proibição constante no caput as práticas de 
prevenção e combate aos incêndios e as de agricultura de 
subsistência exercidas pelas populações tradicionais e indígenas. 
 
 
 
 166 
 
§ 3º Na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo 
em terras públicas ou particulares, a autoridade competente para 
fiscalização e autuação deverá comprovar o nexo de causalidade 
entre a ação do proprietário ou qualquer preposto e o dano 
efetivamente causado. 
§ 4º É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação 
das responsabilidades por infração pelo uso irregular do fogo em 
terras públicas ou particulares. 
Art. 39. Os órgãos ambientais do Sisnama, bem como todo e 
qualquer órgão público ou privado responsável pela gestão de 
áreas com vegetação nativa ou plantios florestais, deverão elaborar, 
atualizar e implantar planos de contingência para o combate aos 
incêndios florestais. 
Art. 40. O Governo Federal deverá estabelecer uma Política 
Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e 
Combate aos Incêndios Florestais, que promova a articulação 
institucional com vistas na substituição do uso do fogo no meio 
rural, no controle de queimadas, na prevenção e no combate aos 
incêndios florestais e no manejo do fogo em áreas naturais 
protegidas. 
 
 
 
 167 
 
§ 1º A Política mencionada neste artigo deverá prever instrumentos 
para a análise dos impactos das queimadas sobre mudanças 
climáticas e mudanças no uso da terra, conservação dos 
ecossistemas, saúde pública e fauna, para subsidiar planos 
estratégicos de prevenção de incêndios florestais. 
§ 2º A Política mencionada neste artigo deverá observar cenários 
de mudanças climáticas e potenciais aumentos de risco de 
ocorrência de incêndios florestais. 
 
 
 
 
 168 
 
CAPÍTULO X 
DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À 
PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO MEIO 
AMBIENTE 🎧 
 
Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem 
prejuízo do cumprimento da legislação ambiental, programa de 
apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como 
para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a 
produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos 
ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento 
ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de 
progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de 
ação: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição, 
monetária ou não, às atividades de conservação e melhoria dos 
ecossistemas e que gerem serviços ambientais, tais como, isolada 
ou cumulativamente: 
a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do 
estoque e a diminuição do fluxo de carbono; 
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 169 
 
b) a conservação da beleza cênica natural; 
c) a conservação da biodiversidade; 
d) a conservação das águas e dos serviços hídricos; 
e) a regulação do clima; 
f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional 
ecossistêmico; 
g) a conservação e o melhoramento do solo; 
h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de 
Reserva Legal e de uso restrito; 
II - compensação pelas medidas de conservação ambiental 
necessárias para o cumprimento dos objetivos desta Lei, utilizando-
se dos seguintes instrumentos, dentre outros: 
a) obtenção de crédito agrícola, em todas as suas 
modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites 
e prazos maiores que os praticados no mercado; 
b) contratação do seguro agrícola em condições melhores que 
as praticadas no mercado; 
 
 
 
 170 
 
c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva 
Legal e de uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a 
Propriedade Territorial Rural - ITR, gerando créditos tributários; 
d) destinação de parte dos recursos arrecadados com a 
cobrança pelo uso da água, na forma da Lei nº 9.433, de 8 de 
janeiro de 1997, para a manutenção, recuperação ou 
recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de 
Reserva Legal e de uso restrito na bacia de geração da receita; 
e) linhas de financiamento para atender iniciativas de 
preservação voluntária de vegetação nativa, proteção de 
espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo 
florestal e agroflorestal sustentável realizados na propriedade 
ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas; 
f) isenção de impostos para os principais insumos e 
equipamentos, tais como: fios de arame, postes de madeira 
tratada, bombas d’água, trado de perfuração de solo, dentre 
outros utilizados para os processos de recuperação e 
manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva 
Legal e de uso restrito; 
 
 
 
 171 
 
III - incentivos para comercialização, inovação e aceleração das 
ações de recuperação, conservação e uso sustentável das florestas 
e demais formas de vegetação nativa, tais como: 
a) participação preferencial nos programas de apoio à 
comercialização da produção agrícola; 
b) destinação de recursos para a pesquisa científica e 
tecnológica e a extensão rural relacionadas à melhoria da 
qualidade ambiental. 
§ 1º Para financiar as atividades necessárias à regularização 
ambiental das propriedades rurais, o programa poderá prever: 
I - destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica 
e a extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental; 
II - dedução da base de cálculo do imposto de renda do 
proprietário ou possuidor de imóvel rural, pessoa física ou jurídica, 
de parte dos gastos efetuados com a recomposição das Áreas de 
Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo 
desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008; 
III - utilização de fundos públicos para concessão de créditos 
reembolsáveis e não reembolsáveis destinados à compensação, 
recuperação ou recomposição das Áreas de Preservação 
 
 
 
 172 
 
Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento 
seja anterior a 22 de julho de 2008. 
§ 2º O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer 
diferenciação tributária para empresas que industrializem ou 
comercializem produtos originários de propriedades ou posses 
rurais que cumpram os padrões e limites estabelecidos nos arts. 4º 
, 6º , 11 e 12 desta Lei, ou que estejam em processo de cumpri-
los. 
§ 3º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais inscritos no 
CAR, inadimplentes em relação ao cumprimento do termo de 
compromisso ou PRA ou que estejam sujeitos a sanções por 
infrações ao disposto nesta Lei, exceto aquelas suspensas em 
virtude do disposto no Capítulo XIII, não são elegíveis para os 
incentivos previstos nas alíneas a a e do inciso II do caput deste 
artigo até que as referidas sanções sejam extintas. 
§ 4º As atividades de manutenção das Áreas de Preservação 
Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito são elegíveis para 
quaisquer pagamentos ou incentivos por serviços ambientais, 
configurando adicionalidade para fins de mercados nacionaise 
internacionais de reduções de emissões certificadas de gases de 
efeito estufa. 
 
 
 
 173 
 
§ 5º O programa relativo a serviços ambientais previsto no inciso I 
do caput deste artigo deverá integrar os sistemas em âmbito 
nacional e estadual, objetivando a criação de um mercado de 
serviços ambientais. 
§ 6º Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de 
Unidades de Conservação de Proteção Integral são elegíveis para 
receber apoio técnico-financeiro da compensação prevista no art. 
36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de 
recuperação e manutenção de áreas prioritárias para a gestão da 
unidade. 
§ 7º O pagamento ou incentivo a serviços ambientais a que se 
refere o inciso I deste artigo serão prioritariamente destinados aos 
agricultores familiares como definidos no inciso V do art. 3º desta 
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 42. O Governo Federal implantará programa para conversão 
da multa prevista no art. 50 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho 
de 2008, destinado a imóveis rurais, referente a autuações 
vinculadas a desmatamentos em áreas onde não era vedada a 
supressão, que foram promovidos sem autorização ou licença, em 
data anterior a 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
 
 
 
 174 
 
Art. 43. (VETADO). 
 
Do Programa de Apoio e Incentivo à Preservação e 
Recuperação do Meio Ambiente – Parte 2🎧 
 
Art. 44. É instituída a Cota de Reserva Ambiental - CRA, título 
nominativo representativo de área com vegetação nativa, existente 
ou em processo de recuperação: (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide 
ADC Nº 42) 
I - sob regime de servidão ambiental, instituída na forma do art. 
9º-A da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981; 
II - correspondente à área de Reserva Legal instituída 
voluntariamente sobre a vegetação que exceder os percentuais 
exigidos no art. 12 desta Lei; 
III - protegida na forma de Reserva Particular do Patrimônio Natural 
- RPPN, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 
2000; 
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 175 
 
IV - existente em propriedade rural localizada no interior de 
Unidade de Conservação de domínio público que ainda não tenha 
sido desapropriada. 
§ 1º A emissão de CRA será feita mediante requerimento do 
proprietário, após inclusão do imóvel no CAR e laudo 
comprobatório emitido pelo próprio órgão ambiental ou por 
entidade credenciada, assegurado o controle do órgão federal 
competente do Sisnama, na forma de ato do Chefe do Poder 
Executivo. 
§ 2º A CRA não pode ser emitida com base em vegetação nativa 
localizada em área de RPPN instituída em sobreposição à Reserva 
Legal do imóvel. 
§ 3º A Cota de Reserva Florestal - CRF emitida nos termos do art. 
44-B da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, passa a ser 
considerada, pelo efeito desta Lei, como Cota de Reserva 
Ambiental. 
§ 4º Poderá ser instituída CRA da vegetação nativa que integra a 
Reserva Legal dos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º 
desta Lei. 
 
 
 
 176 
 
Art. 45. A CRA será emitida pelo órgão competente do Sisnama 
em favor de proprietário de imóvel incluído no CAR que mantenha 
área nas condições previstas no art. 44. 
§ 1º O proprietário interessado na emissão da CRA deve apresentar 
ao órgão referido no caput proposta acompanhada de: 
I - certidão atualizada da matrícula do imóvel expedida pelo 
registro de imóveis competente; 
II - cédula de identidade do proprietário, quando se tratar de 
pessoa física; 
III - ato de designação de responsável, quando se tratar de pessoa 
jurídica; 
IV - certidão negativa de débitos do Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural - ITR; 
V - memorial descritivo do imóvel, com a indicação da área a ser 
vinculada ao título, contendo pelo menos um ponto de amarração 
georreferenciado relativo ao perímetro do imóvel e um ponto de 
amarração georreferenciado relativo à Reserva Legal. 
§ 2º Aprovada a proposta, o órgão referido no caput emitirá a CRA 
correspondente, identificando: 
 
 
 
 177 
 
I - o número da CRA no sistema único de controle; 
II - o nome do proprietário rural da área vinculada ao título; 
III - a dimensão e a localização exata da área vinculada ao título, 
com memorial descritivo contendo pelo menos um ponto de 
amarração georreferenciado; 
IV - o bioma correspondente à área vinculada ao título; 
V - a classificação da área em uma das condições previstas no art. 
46. 
§ 3º O vínculo de área à CRA será averbado na matrícula do 
respectivo imóvel no registro de imóveis competente. 
§ 4º O órgão federal referido no caput pode delegar ao órgão 
estadual competente atribuições para emissão, cancelamento e 
transferência da CRA, assegurada a implementação de sistema 
único de controle. 
Art. 46. Cada CRA corresponderá a 1 (um) hectare: 
I - de área com vegetação nativa primária ou com vegetação 
secundária em qualquer estágio de regeneração ou recomposição; 
II - de áreas de recomposição mediante reflorestamento com 
espécies nativas. 
 
 
 
 178 
 
§ 1º O estágio sucessional ou o tempo de recomposição ou 
regeneração da vegetação nativa será avaliado pelo órgão 
ambiental estadual competente com base em declaração do 
proprietário e vistoria de campo. 
§ 2º A CRA não poderá ser emitida pelo órgão ambiental 
competente quando a regeneração ou recomposição da área forem 
improváveis ou inviáveis. 
Art. 47. É obrigatório o registro da CRA pelo órgão emitente, no 
prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da sua emissão, em 
bolsas de mercadorias de âmbito nacional ou em sistemas de 
registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco 
Central do Brasil. 
Art. 48. A CRA pode ser transferida, onerosa ou gratuitamente, a 
pessoa física ou a pessoa jurídica de direito público ou privado, 
mediante termo assinado pelo titular da CRA e pelo adquirente. 
§ 1º A transferência da CRA só produz efeito uma vez registrado o 
termo previsto no caput no sistema único de controle. 
§ 2º A CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de 
imóvel rural situado no mesmo bioma da área à qual o título está 
 
 
 
 179 
 
vinculado. (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide ADC Nº 42) (Vide 
ADIN Nº 4.901) 
§ 3º A CRA só pode ser utilizada para fins de compensação de 
Reserva Legal se respeitados os requisitos estabelecidos no § 6º do 
art. 66. 
§ 4º A utilização de CRA para compensação da Reserva Legal será 
averbada na matrícula do imóvel no qual se situa a área vinculada 
ao título e na do imóvel beneficiário da compensação. 
Art. 49. Cabe ao proprietário do imóvel rural em que se situa a 
área vinculada à CRA a responsabilidade plena pela manutenção 
das condições de conservação da vegetação nativa da área que 
deu origem ao título. 
§ 1º A área vinculada à emissão da CRA com base nos incisos I, II 
e III do art. 44 desta Lei poderá ser utilizada conforme PMFS. 
§ 2º A transmissão inter vivos ou causa mortis do imóvel não 
elimina nem altera o vínculo de área contida no imóvel à CRA. 
Art. 50. A CRA somente poderá ser cancelada nos seguintes casos: 
I - por solicitação do proprietário rural, em caso de desistência de 
manter áreas nas condições previstas nos incisos I e II do art. 44; 
 
 
 
 180 
 
II - automaticamente, em razão de término do prazo da servidão 
ambiental; 
III - por decisão do órgão competente do Sisnama, no caso de 
degradação da vegetação nativa da área vinculada à CRA cujos 
custos e prazo de recuperação ambiental inviabilizem a 
continuidade do vínculo entre a área e o título. 
§ 1º O cancelamento da CRA utilizada para fins de compensação 
de Reserva Legal só pode ser efetivado se assegurada Reserva 
Legal para o imóvel no qual a compensação foi aplicada. 
§ 2º O cancelamento da CRA nos termos do inciso III do caput 
independe daaplicação das devidas sanções administrativas e 
penais decorrentes de infração à legislação ambiental, nos termos 
da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. 
§ 3º O cancelamento da CRA deve ser averbado na matrícula do 
imóvel no qual se situa a área vinculada ao título e do imóvel no 
qual a compensação foi aplicada. 
 
 
 
 181 
 
 
 
 
 
 
 
 
 182 
 
CAPÍTULO XI 
DO CONTROLE DO DESMATAMENTO 🎧 
 
Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento 
do desmatamento em desacordo com o disposto nesta Lei, deverá 
embargar a obra ou atividade que deu causa ao uso alternativo do 
solo, como medida administrativa voltada a impedir a continuidade 
do dano ambiental, propiciar a regeneração do meio ambiente e 
dar viabilidade à recuperação da área degradada. 
§ 1º O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu 
o desmatamento ilegal, não alcançando as atividades de 
subsistência ou as demais atividades realizadas no imóvel não 
relacionadas com a infração. 
§ 2º O órgão ambiental responsável deverá disponibilizar 
publicamente as informações sobre o imóvel embargado, inclusive 
por meio da rede mundial de computadores, resguardados os 
dados protegidos por legislação específica, caracterizando o exato 
local da área embargada e informando em que estágio se encontra 
o respectivo procedimento administrativo. 
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 183 
 
§ 3º A pedido do interessado, o órgão ambiental responsável 
emitirá certidão em que conste a atividade, a obra e a parte da 
área do imóvel que são objetos do embargo, conforme o caso. 
 
 
CAPÍTULO XII 
DA AGRICULTURA FAMILIAR 🎧 
 
Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em Áreas de 
Preservação Permanente e de Reserva Legal para as atividades 
eventuais ou de baixo impacto ambiental, previstas no inciso X do 
art. 3º , excetuadas as alíneas b e g, quando desenvolvidas nos 
imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º , dependerão de 
simples declaração ao órgão ambiental competente, desde que 
esteja o imóvel devidamente inscrito no CAR. 
Art. 53. Para o registro no CAR da Reserva Legal, nos imóveis a 
que se refere o inciso V do art. 3º , o proprietário ou possuidor 
apresentará os dados identificando a área proposta de Reserva 
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 184 
 
Legal, cabendo aos órgãos competentes integrantes do Sisnama, 
ou instituição por ele habilitada, realizar a captação das respectivas 
coordenadas geográficas. 
Parágrafo único. O registro da Reserva Legal nos imóveis a que se 
refere o inciso V do art. 3º é gratuito, devendo o poder público 
prestar apoio técnico e jurídico. 
Art. 54. Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal 
nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º , poderão ser 
computados os plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou 
industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema 
intercalar ou em consórcio com espécies nativas da região em 
sistemas agroflorestais. 
Parágrafo único. O poder público estadual deverá prestar apoio 
técnico para a recomposição da vegetação da Reserva Legal nos 
imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º . 
Art. 55. A inscrição no CAR dos imóveis a que se refere o inciso V 
do art. 3º observará procedimento simplificado no qual será 
obrigatória apenas a apresentação dos documentos mencionados 
nos incisos I e II do § 1º do art. 29 e de croqui indicando o 
perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação Permanente e os 
remanescentes que formam a Reserva Legal. 
 
 
 
 185 
 
Art. 56. O licenciamento ambiental de PMFS comercial nos imóveis 
a que se refere o inciso V do art. 3º se beneficiará de procedimento 
simplificado de licenciamento ambiental. 
§ 1º O manejo sustentável da Reserva Legal para exploração 
florestal eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, para 
consumo no próprio imóvel a que se refere o inciso V do art. 3º , 
independe de autorização dos órgãos ambientais competentes, 
limitada a retirada anual de material lenhoso a 2 (dois) metros 
cúbicos por hectare. 
§ 2º O manejo previsto no § 1º não poderá comprometer mais de 
15% (quinze por cento) da biomassa da Reserva Legal nem ser 
superior a 15 (quinze) metros cúbicos de lenha para uso doméstico 
e uso energético, por propriedade ou posse rural, por ano. 
§ 3º Para os fins desta Lei, entende-se por manejo eventual, sem 
propósito comercial, o suprimento, para uso no próprio imóvel, de 
lenha ou madeira serrada destinada a benfeitorias e uso energético 
nas propriedades e posses rurais, em quantidade não superior ao 
estipulado no § 1º deste artigo. 
§ 4º Os limites para utilização previstos no § 1º deste artigo no 
caso de posse coletiva de populações tradicionais ou de agricultura 
familiar serão adotados por unidade familiar. 
 
 
 
 186 
 
§ 5º As propriedades a que se refere o inciso V do art. 3º são 
desobrigadas da reposição florestal se a matéria-prima florestal for 
utilizada para consumo próprio. 
Art. 57. Nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º , o manejo 
florestal madeireiro sustentável da Reserva Legal com propósito 
comercial direto ou indireto depende de autorização simplificada 
do órgão ambiental competente, devendo o interessado 
apresentar, no mínimo, as seguintes informações: 
I - dados do proprietário ou possuidor rural; 
II - dados da propriedade ou posse rural, incluindo cópia da 
matrícula do imóvel no Registro Geral do Cartório de Registro de 
Imóveis ou comprovante de posse; 
III - croqui da área do imóvel com indicação da área a ser objeto 
do manejo seletivo, estimativa do volume de produtos e 
subprodutos florestais a serem obtidos com o manejo seletivo, 
indicação da sua destinação e cronograma de execução previsto. 
Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos 
ambientais competentes dos respectivos planos ou projetos, assim 
como as obrigações do detentor do imóvel, o poder público 
poderá instituir programa de apoio técnico e incentivos financeiros, 
 
 
 
 187 
 
podendo incluir medidas indutoras e linhas de financiamento para 
atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere o inciso V do 
caput do art. 3º , nas iniciativas de: (Redação dada pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
I - preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites 
estabelecidos no art. 12; 
II - proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção; 
III - implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril; 
IV - recuperação ambiental de Áreas de Preservação Permanente e 
de Reserva Legal; 
V - recuperação de áreas degradadas; 
VI - promoção de assistência técnica para regularização ambiental 
e recuperação de áreas degradadas; 
VII - produção de mudas e sementes; 
VIII - pagamento por serviços ambientais. 
 
 
 
 
 188 
 
CAPÍTULO XIII 
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
Seção I 
Disposições Gerais 🎧 
 
Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão implantar 
Programas de Regularização Ambiental (PRAs) de posses e 
propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las aos termos 
deste Capítulo. (Redação dada pela Lei 13.887, de 2019) 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
§ 1º Na regulamentação dos PRAs, a União estabelecerá normas 
de caráter geral, e os Estados e o Distrito Federal ficarão 
incumbidos do seu detalhamento por meio da edição de normas 
de caráter específico, em razão de suas peculiaridades territoriais, 
climáticas, históricas, culturais, econômicas e sociais, conforme 
preceitua o art. 24 da Constituição Federal.. (Redação dada pela 
Lei 13.887, de 2019) 
§ 2º A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória 
para a adesão ao PRA, que deve ser requerida em até 2 (dois) anos, 
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 189 
 
observado o dispostono § 4º do art. 29 desta Lei. (Redação 
dada pela Lei 13.887, de 2019) 
§ 3º Com base no requerimento de adesão ao PRA, o órgão 
competente integrante do Sisnama convocará o proprietário ou 
possuidor para assinar o termo de compromisso, que constituirá 
título executivo extrajudicial. 
§ 4º No período entre a publicação desta Lei e a implantação do 
PRA em cada Estado e no Distrito Federal, bem como após a 
adesão do interessado ao PRA e enquanto estiver sendo cumprido 
o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá 
ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, 
relativas à supressão irregular de vegetação em Áreas de 
Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito. (Vide 
ADIN Nº 4.937) (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
§ 5º A partir da assinatura do termo de compromisso, serão 
suspensas as sanções decorrentes das infrações mencionadas no § 
4º deste artigo e, cumpridas as obrigações estabelecidas no PRA 
ou no termo de compromisso para a regularização ambiental das 
exigências desta Lei, nos prazos e condições neles estabelecidos, 
as multas referidas neste artigo serão consideradas como 
convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da 
 
 
 
 190 
 
qualidade do meio ambiente, regularizando o uso de áreas rurais 
consolidadas conforme definido no PRA. (Vide ADIN Nº 4.937) 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
§ 6º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 7º Caso os Estados e o Distrito Federal não implantem o PRA 
até 31 de dezembro de 2020, o proprietário ou possuidor de imóvel 
rural poderá aderir ao PRA implantado pela União, observado o 
disposto no § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei 13.887, de 2019) 
Art. 60. A assinatura de termo de compromisso para regularização 
de imóvel ou posse rural perante o órgão ambiental competente, 
mencionado no art. 59, suspenderá a punibilidade dos crimes 
previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro 
de 1998, enquanto o termo estiver sendo cumprido. (Vide ADIN Nº 
4.937) (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
§ 1º A prescrição ficará interrompida durante o período de 
suspensão da pretensão punitiva. (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide ADIN 
Nº 4.902) 
§ 2º Extingue-se a punibilidade com a efetiva regularização prevista 
nesta Lei. 
 
 
 
 191 
 
Seção II 
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente-Parte 1 🎧 
 
Art. 61. (VETADO). 
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, 
exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de 
ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 
de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (Vide 
ADIN Nº 4.937) (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
§ 1º Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal 
que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a 
recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, 
contados da borda da calha do leito regular, independentemente 
da largura do curso d´água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 2º Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo 
fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais que possuam áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de 
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 192 
 
cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das 
respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, contados da borda 
da calha do leito regular, independentemente da largura do curso 
d´água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 3º Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos 
fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de 
cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das 
respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da 
borda da calha do leito regular, independentemente da largura do 
curso d’água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 4º Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a 
recomposição das respectivas faixas marginais: (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
I - (VETADO); e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado 
o mínimo de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros, contados 
da borda da calha do leito regular. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
 
 
 193 
 
§ 5º Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de 
Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água 
perenes, será admitida a manutenção de atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo 
obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 6º Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em 
Áreas de Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas 
naturais, será admitida a manutenção de atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo 
obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima 
de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) 
módulo fiscal; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) 
módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei 
nº 12.727, de 2012). 
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 
(dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 194 
 
IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 
(quatro) módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 7º Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será 
obrigatória a recomposição das faixas marginais, em projeção 
horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de 
largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) 
módulos fiscais; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 
4 (quatro) módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 8º Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 
1º a 7º , a área detida pelo imóvel rural em 22 de julho de 2008. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 9º A existência das situações previstas no caput deverá ser 
informada no CAR para fins de monitoramento, sendo exigida, 
nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do solo e da 
água que visem à mitigação dos eventuais impactos. (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das 
intervenções já existentes, é o proprietário ou possuidor rural 
 
 
 
 195 
 
responsável pela conservação do solo e da água, por meio de 
adoção de boas práticas agronômicas. (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará 
critérios técnicos de conservação do solo e da água indicados no 
PRA previsto nesta Lei, sendo vedada a conversão de novas áreas 
para uso alternativo do solo nesses locais. (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura 
associada às atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de 
turismo rural, inclusive o acesso a essas atividades, 
independentemente das determinações contidas no caput e nos §§ 
1º a 7º , desde que não estejam em área que ofereça riscoà vida 
ou à integridade física das pessoas. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, 
isolada ou conjuntamente, pelos seguintes métodos: (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
I - condução de regeneração natural de espécies nativas; (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
 
 196 
 
II - plantio de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da 
regeneração natural de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo 
longo, exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% 
(cinquenta por cento) da área total a ser recomposta, no caso dos 
imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3º ; (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
V - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o poder público, 
verificada a existência de risco de agravamento de processos 
erosivos ou de inundações, determinará a adoção de medidas 
mitigadoras que garantam a estabilidade das margens e a 
qualidade da água, após deliberação do Conselho Estadual de Meio 
Ambiente ou de órgão colegiado estadual equivalente. (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do 
prazo de adesão ao PRA de que trata o § 2º do art. 59, é autorizada 
 
 
 
 197 
 
a continuidade das atividades desenvolvidas nas áreas de que trata 
o caput , as quais deverão ser informadas no CAR para fins de 
monitoramento, sendo exigida a adoção de medidas de 
conservação do solo e da água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis 
inseridos nos limites de Unidades de Conservação de Proteção 
Integral criadas por ato do poder público até a data de publicação 
desta Lei não são passíveis de ter quaisquer atividades 
consideradas como consolidadas nos termos do caput e dos §§ 1º 
a 15, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo elaborado e 
aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão 
competente do Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento 
do Chefe do Poder Executivo, devendo o proprietário, possuidor 
rural ou ocupante a qualquer título adotar todas as medidas 
indicadas. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme 
previsto em legislação específica, o Chefe do Poder Executivo 
poderá, em ato próprio, estabelecer metas e diretrizes de 
recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às 
definidas no caput e nos §§ 1º a 7º , como projeto prioritário, 
 
 
 
 198 
 
ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual de 
Meio Ambiente. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 18. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
 
Das Áreas Consolidadas Em Áreas de Preservação 
Permanente – Parte 2🎧 
 
 
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, 
em 22 de julho de 2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e 
desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas 
em Áreas de Preservação Permanente é garantido que a exigência 
de recomposição, nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas 
de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará: (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012). (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide ADC 
Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
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 199 
 
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais 
com área de até 2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis 
rurais com área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos 
fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Art. 61-C. Para os assentamentos do Programa de Reforma Agrária, 
a recomposição de áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente ao longo ou no entorno de cursos d'água, lagos e 
lagoas naturais observará as exigências estabelecidas no art. 61-A, 
observados os limites de cada área demarcada individualmente, 
objeto de contrato de concessão de uso, até a titulação por parte 
do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide 
ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.902) 
Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a 
geração de energia ou abastecimento público que foram 
registrados ou tiveram seus contratos de concessão ou autorização 
assinados anteriormente à Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de 
agosto de 2001, a faixa da Área de Preservação Permanente será a 
 
 
 
 200 
 
distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima 
maximorum . (Vide ADIN Nº 4.903) 
Art. 63. Nas áreas rurais consolidadas nos locais de que tratam os 
incisos V, VIII, IX e X do art. 4º , será admitida a manutenção de 
atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de 
ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao 
desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris, vedada a 
conversão de novas áreas para uso alternativo do solo. (Vide 
ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.937) (Vide ADIN Nº 4.902) 
§ 1º O pastoreio extensivo nos locais referidos no caput deverá 
ficar restrito às áreas de vegetação campestre natural ou já 
convertidas para vegetação campestre, admitindo-se o consórcio 
com vegetação lenhosa perene ou de ciclo longo. 
§ 2º A manutenção das culturas e da infraestrutura de que trata o 
caput é condicionada à adoção de práticas conservacionistas do 
solo e da água indicadas pelos órgãos de assistência técnica rural. 
§ 3º Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no 
inciso VIII do art. 4º , dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos 
fiscais, no âmbito do PRA, a partir de boas práticas agronômicas e 
de conservação do solo e da água, mediante deliberação dos 
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente ou órgãos colegiados 
 
 
 
 201 
 
estaduais equivalentes, a consolidação de outras atividades 
agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de vida. 
Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam 
Áreas de Preservação Permanente, a regularização fundiária será 
admitida por meio da aprovação do projeto de regularização 
fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária 
urbana. (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 1º O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá 
incluir estudo técnico que demonstre a melhoria das condições 
ambientais em relação à situação anterior com a adoção das 
medidas nele preconizadas. 
§ 2º O estudo técnico mencionado no § 1º deverá conter, no 
mínimo, os seguintes elementos: 
I - caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada; 
II - especificação dos sistemas de saneamento básico; 
III - proposição de intervenções para a prevenção e o controle de 
riscos geotécnicos e de inundações; 
IV - recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de 
regularização; 
 
 
 
 202 
 
V - comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade 
urbano-ambiental, considerados o uso adequado dos recursos 
hídricos, a não ocupação das áreas de risco e a proteção das 
unidades de conservação, quando for o caso; 
VI - comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores 
propiciada pela regularização proposta; e 
VII - garantia de acesso público às praias e aos corpos d'água. 
Art. 65. Na Reurb-E dos núcleos urbanos informais que ocupam 
Áreas de Preservação Permanente não identificadas como áreas de 
risco, a regularização fundiária será admitidapor meio da 
aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei 
específica de regularização fundiária urbana. (Redação dada pela 
Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 1º O processo de regularização fundiária de interesse específico 
deverá incluir estudo técnico que demonstre a melhoria das 
condições ambientais em relação à situação anterior e ser instruído 
com os seguintes elementos: (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 
2017) 
I - a caracterização físico-ambiental, social, cultural e econômica da 
área; 
 
 
 
 203 
 
II - a identificação dos recursos ambientais, dos passivos e 
fragilidades ambientais e das restrições e potencialidades da área; 
III - a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura 
urbana e de saneamento básico implantados, outros serviços e 
equipamentos públicos; 
IV - a identificação das unidades de conservação e das áreas de 
proteção de mananciais na área de influência direta da ocupação, 
sejam elas águas superficiais ou subterrâneas; 
V - a especificação da ocupação consolidada existente na área; 
VI - a identificação das áreas consideradas de risco de inundações 
e de movimentos de massa rochosa, tais como deslizamento, 
queda e rolamento de blocos, corrida de lama e outras definidas 
como de risco geotécnico; 
VII - a indicação das faixas ou áreas em que devem ser 
resguardadas as características típicas da Área de Preservação 
Permanente com a devida proposta de recuperação de áreas 
degradadas e daquelas não passíveis de regularização; 
VIII - a avaliação dos riscos ambientais; 
 
 
 
 204 
 
IX - a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade 
urbano-ambiental e de habitabilidade dos moradores a partir da 
regularização; e 
X - a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela 
população às praias e aos corpos d’água, quando couber. 
§ 2º Para fins da regularização ambiental prevista no caput , ao 
longo dos rios ou de qualquer curso d’água, será mantida faixa não 
edificável com largura mínima de 15 (quinze) metros de cada lado. 
§ 3º Em áreas urbanas tombadas como patrimônio histórico e 
cultural, a faixa não edificável de que trata o § 2º poderá ser 
redefinida de maneira a atender aos parâmetros do ato do 
tombamento. 
 
 
 
 
 
 
 205 
 
Seção III 
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva 
Legal 🎧 
 
Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, 
em 22 de julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior 
ao estabelecido no art. 12, poderá regularizar sua situação, 
independentemente da adesão ao PRA, adotando as seguintes 
alternativas, isolada ou conjuntamente: 
I - recompor a Reserva Legal; 
II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva 
Legal; 
III - compensar a Reserva Legal. 
§ 1º A obrigação prevista no caput tem natureza real e é 
transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou 
posse do imóvel rural. 
§ 2º A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá 
atender os critérios estipulados pelo órgão competente do Sisnama 
e ser concluída em até 20 (vinte) anos, abrangendo, a cada 2 (dois) 
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 206 
 
anos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área total necessária à sua 
complementação. 
§ 3º A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser 
realizada mediante o plantio intercalado de espécies nativas com 
exóticas ou frutíferas, em sistema agroflorestal, observados os 
seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
(Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
I - o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as 
espécies nativas de ocorrência regional; 
II - a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder 
a 50% (cinquenta por cento) da área total a ser recuperada. 
§ 4º Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por 
recompor a Reserva Legal na forma dos §§ 2º e 3º terão direito à 
sua exploração econômica, nos termos desta Lei. 
§ 5º A compensação de que trata o inciso III do caput deverá ser 
precedida pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita 
mediante: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA; 
II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou 
Reserva Legal; 
 
 
 
 207 
 
III - doação ao poder público de área localizada no interior de 
Unidade de Conservação de domínio público pendente de 
regularização fundiária; 
IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à 
Reserva Legal, em imóvel de mesma titularidade ou adquirida em 
imóvel de terceiro, com vegetação nativa estabelecida, em 
regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo 
bioma. 
§ 6º As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do § 
5º deverão: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser 
compensada; 
II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a 
ser compensada; 
III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como 
prioritárias pela União ou pelos Estados. 
§ 7º A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6º buscará 
favorecer, entre outros, a recuperação de bacias hidrográficas 
excessivamente desmatadas, a criação de corredores ecológicos, a 
 
 
 
 208 
 
conservação de grandes áreas protegidas e a conservação ou 
recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçados. 
§ 8º Quando se tratar de imóveis públicos, a compensação de que 
trata o inciso III do caput poderá ser feita mediante concessão de 
direito real de uso ou doação, por parte da pessoa jurídica de 
direito público proprietária de imóvel rural que não detém Reserva 
Legal em extensão suficiente, ao órgão público responsável pela 
Unidade de Conservação de área localizada no interior de Unidade 
de Conservação de domínio público, a ser criada ou pendente de 
regularização fundiária. 
§ 9º As medidas de compensação previstas neste artigo não 
poderão ser utilizadas como forma de viabilizar a conversão de 
novas áreas para uso alternativo do solo. 
Art. 67. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, 
área de até 4 (quatro) módulos fiscais e que possuam 
remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores ao 
previsto no art. 12, a Reserva Legal será constituída com a área 
ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, 
vedadas novas conversões para uso alternativo do solo. (Vide 
ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) (Vide ADIN Nº 4.902) 
 
 
 
 209 
 
Art. 68. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que 
realizaram supressão de vegetação nativa respeitando os 
percentuais de Reserva Legal previstos pela legislação em vigor à 
época em que ocorreu a supressão são dispensados de promover 
a recomposição, compensação ou regeneração para os percentuais 
exigidos nesta Lei. (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.901) 
§ 1º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão 
provar essas situações consolidadas por documentos tais como a 
descrição de fatos históricos de ocupação da região, registros de 
comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e 
documentos bancários relativos à produção, e por todos os outros 
meios de prova em direito admitidos. 
§ 2º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na 
Amazônia Legal, e seus herdeiros necessários que possuam índice 
de Reserva Legal maior que 50% (cinquenta por cento) de 
cobertura florestal e não realizaram a supressão da vegetação nos 
percentuais previstos pela legislação em vigor à época poderão 
utilizar a área excedente de Reserva Legal também para fins de 
constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental - 
CRA e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei. 
 
 
 
 
 210 
 
CAPÍTULO XIV 
DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES E FINAIS 🎧 
 
Art.69. São obrigados a registro no órgão federal competente do 
Sisnama os estabelecimentos comerciais responsáveis pela 
comercialização de motosserras, bem como aqueles que as 
adquirirem. 
§ 1º A licença para o porte e uso de motosserras será renovada a 
cada 2 (dois) anos. 
§ 2º Os fabricantes de motosserras são obrigados a imprimir, em 
local visível do equipamento, numeração cuja sequência será 
encaminhada ao órgão federal competente do Sisnama e constará 
nas correspondentes notas fiscais. 
Art. 70. Além do disposto nesta Lei e sem prejuízo da criação de 
unidades de conservação da natureza, na forma da Lei nº 9.985, de 
18 de julho de 2000, e de outras ações cabíveis voltadas à proteção 
das florestas e outras formas de vegetação, o poder público federal, 
estadual ou municipal poderá: 
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 211 
 
I - proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, 
em perigo ou ameaçadas de extinção, bem como das espécies 
necessárias à subsistência das populações tradicionais, delimitando 
as áreas compreendidas no ato, fazendo depender de autorização 
prévia, nessas áreas, o corte de outras espécies; 
II - declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua 
localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes; 
III - estabelecer exigências administrativas sobre o registro e outras 
formas de controle de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam 
à extração, indústria ou comércio de produtos ou subprodutos 
florestais. 
Art. 71. A União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, realizará o Inventário Florestal Nacional, para 
subsidiar a análise da existência e qualidade das florestas do País, 
em imóveis privados e terras públicas. 
Parágrafo único. A União estabelecerá critérios e mecanismos para 
uniformizar a coleta, a manutenção e a atualização das informações 
do Inventário Florestal Nacional. 
Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de silvicultura, quando 
realizada em área apta ao uso alternativo do solo, é equiparada à 
 
 
 
 212 
 
atividade agrícola, nos termos da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 
1991, que “dispõe sobre a política agrícola”. 
Art. 73. Os órgãos centrais e executores do Sisnama criarão e 
implementarão, com a participação dos órgãos estaduais, 
indicadores de sustentabilidade, a serem publicados 
semestralmente, com vistas em aferir a evolução dos componentes 
do sistema abrangidos por disposições desta Lei. 
Art. 74. A Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, de que trata o 
art. 20-B da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, com a redação 
dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, 
é autorizada a adotar medidas de restrição às importações de bens 
de origem agropecuária ou florestal produzidos em países que não 
observem normas e padrões de proteção do meio ambiente 
compatíveis com as estabelecidas pela legislação brasileira. 
Art. 75. Os PRAs instituídos pela União, Estados e Distrito Federal 
deverão incluir mecanismo que permita o acompanhamento de sua 
implementação, considerando os objetivos e metas nacionais para 
florestas, especialmente a implementação dos instrumentos 
previstos nesta Lei, a adesão cadastral dos proprietários e 
possuidores de imóvel rural, a evolução da regularização das 
propriedades e posses rurais, o grau de regularidade do uso de 
 
 
 
 213 
 
matéria-prima florestal e o controle e prevenção de incêndios 
florestais. 
Art. 76. (VETADO). 
Art. 77. (VETADO). 
Art. 78. O art. 9º-A da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa 
a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 9º-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural 
ou jurídica, pode, por instrumento público ou particular ou por 
termo administrativo firmado perante órgão integrante do 
Sisnama, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela 
para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais 
existentes, instituindo servidão ambiental. 
§ 1º O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental 
deve incluir, no mínimo, os seguintes itens: 
I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo 
pelo menos um ponto de amarração georreferenciado; 
II - objeto da servidão ambiental; 
III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; 
 
 
 
 214 
 
IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão 
ambiental. 
§ 2º A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação 
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida. 
§ 3º A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob 
servidão ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida 
para a Reserva Legal. 
§ 4º Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no 
registro de imóveis competente: 
I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental; 
II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão 
ambiental. 
§ 5º Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão 
ambiental deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis 
envolvidos. 
§ 6º É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, 
a alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do 
imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação 
dos limites do imóvel. 
 
 
 
 215 
 
§ 7º As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão 
florestal, nos termos do art. 44-A da Lei nº 4.771, de 15 de 
setembro de 1965, passam a ser consideradas, pelo efeito desta 
Lei, como de servidão ambiental.” (NR) 
Art. 78-A. Após 31 de dezembro de 2017, as instituições financeiras 
só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, 
para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no CAR. 
(Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016) (Vide ADC Nº 42) (Vide 
ADIN Nº 4.902) 
Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo será prorrogado 
em observância aos novos prazos de que trata o § 3º do art. 29. 
(Incluído pela Lei nº 13.295, de 2016) 
Art. 79. A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar 
acrescida dos seguintes arts. 9º-B e 9º-C: 
“Art. 9º-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, 
temporária ou perpétua. 
§ 1º O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 
(quinze) anos. 
§ 2º A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, 
tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva 
 
 
 
 216 
 
Particular do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei 
nº 9.985, de 18 de julho de 2000. 
§ 3º O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou 
transferi-la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em 
caráter definitivo, em favor de outro proprietário ou de entidade 
pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim 
social.” 
“Art. 9º-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da 
servidão ambiental deve ser averbado na matrícula do imóvel. 
§ 1º O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os 
seguintes itens: 
I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou 
recuperação ambiental; 
II - o objeto da servidão ambiental; 
III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros 
adquirentes ou sucessores; 
IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental; 
V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor 
da servidão ambiental; 
 
 
 
 217 
 
VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive 
medidas judiciais necessárias, em caso de ser descumprido. 
§ 2º São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras 
obrigações estipuladas no contrato: 
I - manter a área sob servidão ambiental; 
II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as 
condições dos recursos naturais ou artificiais; 
III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da 
servidão ambiental; 
IV -defender a posse da área serviente, por todos os meios em 
direito admitidos. 
§ 3º São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras 
obrigações estipuladas no contrato: 
I - documentar as características ambientais da propriedade; 
II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a 
servidão ambiental está sendo mantida; 
III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na 
aquisição ou aos sucessores da propriedade; 
 
 
 
 218 
 
IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da 
área objeto da servidão; 
V - defender judicialmente a servidão ambiental.” 
Art. 80. A alínea d do inciso II do § 1º do art. 10 da Lei nº 9.393, 
de 19 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte 
redação: 
“Art. 10 
§ 1º 
II - .... 
d) sob regime de servidão ambiental; (NR)” 
Art. 81. O caput do art. 35 da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro 
de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 35. A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação 
primária ou da vegetação secundária em qualquer estágio de 
regeneração do Bioma Mata Atlântica cumpre função social e é de 
interesse público, podendo, a critério do proprietário, as áreas 
sujeitas à restrição de que trata esta Lei ser computadas para efeito 
da Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins de 
 
 
 
 219 
 
compensação ambiental ou instituição de Cota de Reserva 
Ambiental - CRA. 
Art. 82. São a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
autorizados a instituir, adaptar ou reformular, no prazo de 6 (seis) 
meses, no âmbito do Sisnama, instituições florestais ou afins, 
devidamente aparelhadas para assegurar a plena consecução desta 
Lei. 
Parágrafo único. As instituições referidas no caput poderão 
credenciar, mediante edital de seleção pública, profissionais 
devidamente habilitados para apoiar a regularização ambiental das 
propriedades previstas no inciso V do art. 3º , nos termos de 
regulamento baixado por ato do Chefe do Poder Executivo. 
Art. 83. Revogam-se as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, 
e 7.754, de 14 de abril de 1989, e suas alterações posteriores, e a 
Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001. 
Art. 84. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
 
 
 220 
 
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES 
PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO 
 
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 🎧 
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da 
União, das autarquias e das fundações públicas federais. 
Título I 
Capítulo Único 🎧 
 
Das Disposições Preliminares 
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e 
das fundações públicas federais. 
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente 
investida em cargo público. 
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 221 
 
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem 
ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os 
brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e 
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em 
caráter efetivo ou em comissão. 
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos 
previstos em lei. 
 
 
 
 
 222 
 
Título II 
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição 
e Substituição 
Capítulo I 
Do Provimento 
Seção I 
Disposições Gerais 🎧 
 
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros 
requisitos estabelecidos em lei. 
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 223 
 
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito 
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo 
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são 
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por 
cento) das vagas oferecidas no concurso. 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, 
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os 
procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 
20.11.97) 
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato 
da autoridade competente de cada Poder. 
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
 
 
 
 224 
 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
Seção II 
Da Nomeação 🎧 
 
Art. 9o A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de 
provimento efetivo ou de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de 
confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou 
de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, 
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das 
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 225 
 
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá 
optar pela remuneração de um deles durante o período da 
interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de 
classificação e o prazo de sua validade. 
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o 
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, 
serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de 
carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 
 
 
 226 
 
Seção III 
Do Concurso Público 🎧 
 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo 
ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o 
regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a 
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, 
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de 
isenção nele expressamente previstas. (Redação dada pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento) 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, 
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. 
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua 
realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário 
Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não 
expirado. 
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 227 
 
 
 
 
 
 228 
 
Seção IV 
Da Posse e do Exercício 🎧 
 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no 
qual deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que 
não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das 
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da 
publicação do ato de provimento.(Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação 
do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do 
art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas 
"a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do 
término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
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 229 
 
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por 
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens 
e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao 
exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não 
ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo. 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção 
médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado 
apto física e mentalmente para o exercício do cargo. 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo 
público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em 
cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem 
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não 
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o 
 
 
 
 230 
 
disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde 
for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com 
a data de publicação do ato de designação, salvo quando o 
servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo 
legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término 
do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da 
publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do 
exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. 
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao 
órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento 
individual. 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é 
contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de 
publicação do ato que promover o servidor.(Redação dada pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 231 
 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em 
razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou 
posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, 
trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a 
retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, 
incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para 
a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou 
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será 
contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo 
renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no 
caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em 
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada 
a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e 
observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas 
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 232 
 
diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 
17.12.91) 
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança 
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado 
o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver 
interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97) 
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho 
estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 
17.12.91) 
 
 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de 
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período 
de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e 
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do 
cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) 
I - assiduidade; 
II - disciplina; 
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 233 
 
III - capacidade de iniciativa; 
IV - produtividade; 
V- responsabilidade. 
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio 
probatório, será submetida à homologação da autoridade 
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por 
comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que 
dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, 
sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados 
nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei 
nº 11.784, de 2008 
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será 
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente 
ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29. 
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer 
cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia 
ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente 
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos 
de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do 
 
 
 
 234 
 
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 
e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser 
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, 
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar 
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para 
outro cargo na Administração Pública Federal.(Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os 
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim 
na hipótese de participação em curso de formação, e será 
 
 
 
 235 
 
retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
Seção V 
Da Estabilidade 🎧 
 
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado 
em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço 
público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 
3 anos - vide EMC nº 19) 
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado ou de processo 
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. 
Seção VI 
Da Transferência 🎧 
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
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 236 
 
Seção VII 
Da Readaptação 🎧 
 
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de 
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que 
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando 
será aposentado. 
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, 
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e 
equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de 
cargo vago,o servidor exercerá suas atribuições como excedente, 
até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
 
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 237 
 
Seção VIII 
Da Reversão 🎧 
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000) 
 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes 
os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória 
nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória 
nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
c) estável quando na atividade;(Incluído pela Medida Provisória 
nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
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 238 
 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
4.9.2001) 
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 
2.225-45, de 4.9.2001) 
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante 
de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001) 
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será 
considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o 
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001) 
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da 
administração perceberá, em substituição aos proventos da 
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, 
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia 
 
 
 
 239 
 
anteriormente à aposentadoria.(Incluído pela Medida Provisória nº 
2.225-45, de 4.9.2001) 
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos 
calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos 
cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001) 
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
4.9.2001) 
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 
70 (setenta) anos de idade. 
 
 
Seção IX 
Da Reintegração 🎧 
 
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 240 
 
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no 
cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua 
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as 
vantagens. 
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em 
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante 
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização 
ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em 
disponibilidade. 
 
 
 
 
 
 241 
 
Seção X 
Da Recondução 🎧 
 
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o 
servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 
30. 
 
 
Seção XI 
Da Disponibilidade e do Aproveitamento 🎧 
 
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 242 
 
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-
se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições 
e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará 
o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em 
vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração 
Pública Federal. 
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor 
posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade 
do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração 
Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro 
órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo 
legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. 
 
 
 
 
 
 
 243 
 
Capítulo II 
Da Vacância 🎧 
 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do 
servidor, ou de ofício. 
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
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 244 
 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em 
exercício no prazo estabelecido. 
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de 
função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
I - a juízo da autoridade competente; 
II - a pedido do próprio servidor. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 
 245 
 
Capítulo III 
Da Remoção e da Redistribuição 🎧 
Seção I 
Da Remoção 🎧 
 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de 
ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de 
sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por 
modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do 
interesse da Administração:(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
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 246 
 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também 
servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que 
foi deslocado no interesse da Administração;(Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou 
dependente que viva às suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, condicionada à comprovação por 
junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em 
que o número de interessados for superior ao número de 
vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou 
entidade em que aqueles estejam lotados. (Incluído pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
Seção II 
Da Redistribuição 🎧 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento 
efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, 
 
 
 
 247 
 
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia 
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes 
preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
II - equivalência de vencimentos;(Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluído 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade 
das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação 
profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão ou entidade.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de 
lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, 
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão 
ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 248 
 
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante 
ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e 
entidades da Administração Pública Federal envolvidos. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou 
entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no 
órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será 
colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos 
arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em 
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão 
central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou 
entidade, até seu adequado aproveitamento. (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 
 
 249 
 
Capítulo IV 
Da Substituição 🎧 
 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção 
ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão 
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou 
entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem 
prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de 
direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, 
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do 
cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um 
deles durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou 
função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos 
casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, 
superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias 
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 250 
 
de efetiva substituição, que excederem o referido período. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de 
unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. 
 
Título III 
Dos Direitos e Vantagens 
Capítulo I 
Do Vencimento e da Remuneração 🎧 
 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de 
cargo público, com valor fixado em lei. 
Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 431, de 
2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008) 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido 
das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
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 251 
 
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo em 
comissão será paga na forma prevista no art. 62. 
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou 
entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de 
acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. 
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de 
caráter permanente, é irredutível. 
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de 
atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre 
servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter 
individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário 
mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título 
de remuneração, importância superior à soma dos valores 
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no 
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por 
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal 
Federal. 
 
 
 
 252 
 
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens 
previstas nos incisos II a VII do art. 61. 
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 
9.624, de 2.4.98) 
Art. 44. O servidor perderá: 
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo 
justificado;(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 
97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de 
horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida 
pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito 
ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia 
imediata, sendo assim consideradas como efetivo 
exercício.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum 
desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide 
 
 
 
 253 
 
Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) 
(Vide Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento) (Regulamento) 
§ 1o Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação 
em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da 
administração e com reposição de custos, na forma definida em 
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015) 
§ 2o O total de consignações facultativas de que trata o § 1o não 
excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, 
sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para: 
(Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015) (Vide Lei nº 14.131, 
de 2021) 
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de 
crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015) 
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de 
crédito.(Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015) 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 
de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor 
ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo 
máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do 
 
 
 
 254 
 
interessado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
4.9.2001) 
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao 
correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou 
pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
4.9.2001) 
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês 
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita 
imediatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de 
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença 
que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até 
a data da reposição. (Redação dada pela Medida Provisória nº 
2.225-45, de 4.9.2001) 
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, 
exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade 
cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº2.225-45, de 4.9.2001) 
 
 
 
 255 
 
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto 
implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão 
objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de 
prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
 
 
 
 
 
 256 
 
Capítulo II 
Das Vantagens 🎧 
 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as 
seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou 
provento para qualquer efeito. 
§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento 
ou provento, nos casos e condições indicados em lei. 
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem 
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros 
acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento. 
 
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 257 
 
Seção I 
Das Indenizações 🎧 
 
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: 
I - ajuda de custo; 
II - diárias; 
III - transporte. 
IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a 
III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão 
estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, 
de 2006) 
 
 
 
 
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 258 
 
Subseção I 
Da Ajuda de Custo 🎧 
 
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter 
exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter 
permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a 
qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que 
detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na 
mesma sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o Correm por conta da administração as despesas de transporte 
do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem 
e bens pessoais. 
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são 
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de 
origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. 
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção 
previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 36. 
(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) 
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 259 
 
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do 
servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo 
exceder a importância correspondente a 3 (três) meses. 
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se 
afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. 
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo 
servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com 
mudança de domicílio. 
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a 
ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível. 
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo 
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no 
prazo de 30 (trinta) dias. 
 
Subseção II 
Das Diárias 🎧 
 
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 260 
 
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter 
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou 
para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar 
as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação 
e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida 
pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da 
sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas 
extraordinárias cobertas por diárias. (Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir 
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. 
§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar 
dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou 
microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente 
instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países 
limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e 
servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver 
pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão 
 
 
 
 261 
 
sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território 
nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, 
por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em 
prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá 
as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput. 
Subseção III 
Da Indenização de Transporte 🎧 
 
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que 
realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção 
para a execução de serviços externos, por força das atribuições 
próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. 
 
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 262 
 
Subseção IV 
Do Auxílio-Moradia 🎧 
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
 
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das 
despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel 
de moradia ou com meio de hospedagem administrado por 
empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da 
despesa pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos 
os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo 
servidor;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel 
funcional;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha 
sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou 
promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer 
o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de 
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 263 
 
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; 
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba 
auxílio-moradia;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar 
cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e 
Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza 
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes (Incluído pela 
Lei nº 11.355, de 2006) 
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função 
de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em 
relação ao local de residência ou domicílio do servidor;(Incluído 
pela Lei nº 11.355, de 2006) 
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no 
Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em 
comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo 
inferior a sessenta dias dentro desse período; e(Incluído pela Lei nº 
11.355, de 2006) 
 
 
 
 264 
 
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de 
lotação ou nomeação para cargo efetivo.(Incluído pela Lei nº 
11.355, de 2006) 
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. 
(Incluído pela Lei nº 11.490,de 2007) 
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o 
prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em 
comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 
2006) 
 Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014) 
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% 
(vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função 
comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Incluído 
pela Lei nº 11.784, de 2008 
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e 
cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (Incluído 
pela Lei nº 11.784, de 2008 
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou 
função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem 
 
 
 
 265 
 
os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e 
oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
§ 3o (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência 
encerrada) 
§ 4o(Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência 
encerrada) 
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de 
imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, 
o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Incluído 
pela Lei nº 11.355, de 2006) 
Seção II 
Das Gratificações e Adicionais 🎧 
 
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, 
serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, 
gratificações e adicionais:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
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 266 
 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
II - gratificação natalina; 
III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; 
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
VI - adicional noturno; 
VII - adicional de férias; 
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído 
pela Lei nº 11.314 de 2006) 
 
Subseção I 
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, 
Chefia e Assessoramento 🎧 
 
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 267 
 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em 
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento 
em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu 
exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos 
cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o.(Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente 
Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de 
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento 
em comissão ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3o 
e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 
9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória 
nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente 
estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos servidores 
públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001) 
 
 
 
 
 268 
 
Subseção II 
Da Gratificação Natalina 🎧 
 
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) 
da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, 
por mês de exercício no respectivo ano. 
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será 
considerada como mês integral. 
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de 
dezembro de cada ano. 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, 
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a 
remuneração do mês da exoneração. 
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo 
de qualquer vantagem pecuniária. 
 
 
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 269 
 
 
 
 
 
 
 
 270 
 
Subseção III 
Do Adicional por Tempo de Serviço 
Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001, 
respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999) 
Subseção IV 
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou 
Atividades Penosas 🎧 
 
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais 
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, 
radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o 
vencimento do cargo efetivo. 
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de 
periculosidade deverá optar por um deles. 
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade 
cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram 
causa a sua concessão. 
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 271 
 
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores 
em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou 
perigosos. 
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, 
enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais 
previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre 
e em serviço não penoso e não perigoso. 
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de 
insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações 
estabelecidas em legislação específica. 
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores 
em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas 
condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites 
fixados em regulamento. 
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com 
Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle 
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não 
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria. 
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão 
submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. 
 
 
 
 272 
 
Subseção V 
Do Adicional por Serviço Extraordinário 🎧 
 
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo 
de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de 
trabalho. 
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para 
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite 
máximo de 2 (duas) horas por jornada. 
 
Subseção VI 
Do Adicional Noturno 🎧 
 
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido 
entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia 
seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por 
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 273 
 
cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos 
e trinta segundos. 
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o 
acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração 
prevista no art. 73. 
 
Subseção VII 
Do Adicional de Férias 🎧 
 
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, 
por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um 
terço) da remuneração do período das férias. 
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, 
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a 
respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de 
que trata este artigo. 
 
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 274 
 
Subseção VIII 
Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso 
🎧 
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
 
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ouConcurso é 
devida ao servidor que, em caráter eventual:(Incluído pela Lei nº 
11.314 de 2006) (Regulamento) 
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento 
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da 
administração pública federal;(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames 
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, 
para elaboração de questões de provas ou para julgamento de 
recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 
de 2006) 
III - participar da logística de preparação e de realização de 
concurso público envolvendo atividades de planejamento, 
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, 
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 275 
 
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas 
atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame 
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas 
atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que 
trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os 
seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a 
natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela 
Lei nº 11.314 de 2006) 
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 
(cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de 
excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada 
pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá 
autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho 
anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos 
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico 
 
 
 
 276 
 
da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 
de 2006) 
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de 
atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; 
(Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007) 
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de 
atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. 
(Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007) 
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente 
será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste 
artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de 
que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de 
carga horária quando desempenhadas durante a jornada de 
trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela 
Lei nº 11.314 de 2006) 
§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se 
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer 
efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para 
quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos 
proventos da aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei 
nº 11.314 de 2006) 
 
 
 
 277 
 
 
Capítulo III 
Das Férias 🎧 
 
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser 
acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de 
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja 
legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) 
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 
(doze) meses de exercício. 
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. 
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde 
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração 
pública.(Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) 
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado 
até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando-
se o disposto no § 1o deste artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997) 
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 278 
 
§ 1° e § 2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, 
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver 
direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês 
de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. 
(Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91) 
§ 4o A indenização será calculada com base na remuneração do 
mês em que for publicado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei 
nº 8.216, de 13.8.91) 
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor 
adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Federal 
quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela Lei 
nº 9.525, de 10.12.97) 
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios 
X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de 
férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer 
hipótese a acumulação. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo 
de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, 
 
 
 
 279 
 
serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada 
pela autoridade máxima do órgão ou entidade. (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) 
Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado 
de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (Incluído pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 
 
 280 
 
Capítulo IV 
Das Licenças 
Seção I 
Disposições Gerais 🎧 
 
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: 
I - por motivo de doença em pessoa da família; 
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
III - para o serviço militar; 
IV - para atividade política; 
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
VI - para tratar de interesses particulares; 
VII - para desempenho de mandato classista. 
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como 
cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame por 
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 281 
 
perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. 
(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o 
período da licença prevista no inciso I deste artigo. 
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do 
término de outra da mesma espécie será considerada como 
prorrogação. 
 
Seção II 
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da 
Família 🎧 
 
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de 
doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do 
padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas 
expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante 
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 282 
 
comprovação por perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei 
nº 11.907, de 2009) 
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do 
servidor for indispensável e não puder ser prestada 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante 
compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 
44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, 
poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes 
condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010) 
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a 
remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de2010) 
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem 
remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010) 
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a 
partir da data do deferimento da primeira licença concedida. 
(Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010) 
§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não 
remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em 
um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no 
 
 
 
 283 
 
§ 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I 
e II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010) 
 
Seção III 
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
🎧 
 
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar 
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do 
território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato 
eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. 
 § 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro 
também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou 
entidade da Administração Federal direta, autárquica ou 
fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível 
com o seu cargo.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
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 284 
 
 
Seção IV 
Da Licença para o Serviço Militar 🎧 
 
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será 
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação 
específica. 
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 
(trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
 
Seção V 
Da Licença para Atividade Política 🎧 
 
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante 
o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, 
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 285 
 
como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua 
candidatura perante a Justiça Eleitoral. 
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde 
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, 
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a 
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a 
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia 
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados 
os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três 
meses.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
Seção VI 
Da Licença para Capacitação 🎧 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
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 286 
 
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor 
poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do 
cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, 
para participar de curso de capacitação profissional. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 
2006) 
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não 
são acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2° Os períodos de licença-prêmio já adquiridos e não gozados 
pelo servidor que vier a falecer serão convertidos em pecúnia, em 
favor de seus beneficiários da pensão.( promulgado) 
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 90. (VETADO). 
 
 
 
 
 287 
 
Seção VII 
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares 
🎧 
 
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao 
servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em 
estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares 
pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer 
tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
 
 
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 288 
 
Seção VIII 
Da Licença para o Desempenho de Mandato 
Classista 🎧 
 
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem 
remuneração para o desempenho de mandato em confederação, 
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato 
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão 
ou, ainda, para participar de gerência ou administração em 
sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para 
prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c 
do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em 
regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada 
pela Lei nº 11.094, de 2005) (Regulamento) 
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) 
servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) 
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) 
associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, 
de 2014) 
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 289 
 
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 
(oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) 
§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para 
cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, 
desde que cadastradas no órgão competente.(Redação dada pela 
Lei nº 12.998, de 2014) 
§ 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser 
renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 
12.998, de 2014) 
 
Capítulo V 
Dos Afastamentos 
Seção I 
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou 
Entidade 🎧 
 
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro 
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do 
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 290 
 
Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:(Redação 
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide 
Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de 2004) 
(Vide Decreto nº 9.144, de 2017) 
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; 
(Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) 
II - em casos previstos em leis específicas. (Redação dada pela Lei 
nº 8.270, de 17.12.91) 
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou 
entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o 
ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, 
mantido o ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada 
pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) 
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou 
sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, 
optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do 
cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em 
comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das 
despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação 
dada pela Lei nº 11.355, de 2006) 
 
 
 
 291 
 
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário 
Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) 
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da República, 
o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão 
da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de 
pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei 
nº 8.270,de 17.12.91) 
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor 
por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. 
(Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) 
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de 
sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro 
Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento 
de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II 
e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido 
condicionado a autorização específica do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação 
de cargo em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei 
nº 10.470, de 25.6.2002) 
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a 
finalidade de promover a composição da força de trabalho dos 
 
 
 
 292 
 
órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá 
determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, 
independentemente da observância do constante no inciso I e nos 
§§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) 
(Vide Decreto nº 5.375, de 2005) 
 
Seção II 
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo 
🎧 
 
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as 
seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará 
afastado do cargo; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, 
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III - investido no mandato de vereador: 
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 293 
 
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de 
seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; 
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do 
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. 
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para 
a seguridade social como se em exercício estivesse. 
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não 
poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade 
diversa daquela onde exerce o mandato. 
Seção III 
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior 
🎧 
 
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou 
missão oficial, sem autorização do Presidente da República, 
Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do 
Supremo Tribunal Federal. (Vide Decreto nº 1.387, de 1995) 
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 294 
 
§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão 
ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova 
ausência. 
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será 
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular 
antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a 
hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu 
afastamento. 
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da 
carreira diplomática. 
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que 
trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do 
servidor, serão disciplinadas em regulamento.(Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo 
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-
se-á com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, 
de 2000) 
 
 
 
 
 
 295 
 
Seção IV 
Do Afastamento para Participação em Programa de 
Pós-Graduação Stricto Sensu no País 🎧 
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
 
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e 
desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com 
o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-
se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, 
para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em 
instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 
11.907, de 2009) 
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em 
conformidade com a legislação vigente, os programas de 
capacitação e os critérios para participação em programas de pós-
graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão 
avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela 
Lei nº 11.907, de 2009) 
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 296 
 
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado 
e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de 
cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 
(três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, 
incluído o período de estágio probatório, que não tenham se 
afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo 
de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 
(dois) anos anteriores à data da solicitação de 
afastamento.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-
doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de 
cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 
quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não 
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares 
ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à 
data da solicitação de afastamento.(Redação dada pela Lei nº 
12.269, de 2010) 
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos 
§§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de 
suas funções após o seu retorno por um período igual ao do 
afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
 
 
 
 297 
 
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou 
aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência 
previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, 
na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, 
dos gastos com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, 
de 2009) 
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou 
seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o 
deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de 
caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. 
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no 
Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos 
§§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
Capítulo VI 
Das Concessões 🎧 
 
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do 
serviço: 
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 298 
 
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou 
recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) 
dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) 
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou 
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. 
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, 
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e 
o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. 
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a 
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, 
respeitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo 
renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2o Também será concedido horário especial ao servidor portador 
de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta 
médica oficial, independentemente de compensação de 
horário.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 299 
 
§ 3oAs disposições constantes do § 2o são extensivas ao servidor 
que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência. 
(Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016) 
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à 
compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) 
ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I 
e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
11.501, de 2007) 
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da 
administração é assegurada, na localidade da nova residência ou 
na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em 
qualquer época, independentemente de vaga. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge 
ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na 
sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com 
autorização judicial. 
 
 
 
 
 
 300 
 
Capítulo VII 
Do Tempo de Serviço 🎧 
 
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço 
público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas. 
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que 
serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos 
e sessenta e cinco dias. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são 
considerados como de efetivo exercício os afastamentos em 
virtude de: (Vide Decreto nº 5.707, de 2006) 
I - férias; 
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou 
entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito 
Federal; 
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 301 
 
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em 
qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente 
da República; 
IV - participação em programa de treinamento regularmente 
instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País, 
conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 
11.907, de 2009) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006) 
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal 
ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; 
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o 
afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)(Vide Decreto nº 5.707, de 2006) 
VIII - licença: 
a) à gestante, à adotante e à paternidade; 
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro 
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado 
à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 302 
 
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de 
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída 
por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para 
efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei 
nº 11.094, de 2005) 
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
f) por convocação para o serviço militar; 
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; 
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação 
para integrar representação desportiva nacional, no País ou no 
exterior, conforme disposto em lei específica; 
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o 
Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e 
disponibilidade: 
 
 
 
 303 
 
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e 
Distrito Federal; 
 II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família 
do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em 
período de 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 
2010) 
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o; 
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo 
federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no 
serviço público federal; 
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à 
Previdência Social; 
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; 
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que 
exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 
102.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado 
apenas para nova aposentadoria. 
 
 
 
 304 
 
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às 
Forças Armadas em operações de guerra. 
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço 
prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de 
órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal 
e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia 
mista e empresa pública. 
 
Capítulo VIII 
Do Direito de Petição 🎧 
 
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos 
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. 
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente 
para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver 
imediatamente subordinado o requerente. 
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 305 
 
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver 
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser 
renovado.(Vide Lei nº 12.300, de 2010) 
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de 
que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo 
de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. 
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010) 
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior 
à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, 
sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. 
§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a 
que estiver imediatamente subordinado o requerente. 
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração 
ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da 
ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, 
de 2010) 
 
 
 
 306 
 
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a 
juízo da autoridade competente. 
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de 
reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à 
data do ato impugnado. 
Art. 110. O direito de requerer prescreve: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação 
de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse 
patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; 
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando 
outro prazo for fixado em lei. 
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da 
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo 
interessado, quando o ato não for publicado. 
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição. 
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser 
relevada pela administração. 
 
 
 
 307 
 
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista 
do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a 
procurador por ele constituído. 
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer 
tempo, quando eivados de ilegalidade. 
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste 
Capítulo, salvo motivo de força maior.Título IV 
Do Regime Disciplinar 
Capítulo I 
Dos Deveres 🎧 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
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 308 
 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo 
ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver 
suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra 
autoridade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 
12.527, de 2011) 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do 
patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
 
 
 
 309 
 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade 
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao 
representando ampla defesa. 
 
 
 
 
 310 
 
Capítulo II 
Das Proibições 🎧 
 
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001) 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
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 311 
 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau 
civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, 
em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;(Redação dada pela 
Lei nº 11.784, de 2008 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 
 
 
 312 
 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que 
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com 
o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste 
artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 
11.784, de 2008 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de 
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
e(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma 
do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de 
interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
 
 
 
 313 
 
 
Capítulo III 
Da Acumulação 🎧 
 
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada 
a acumulação remunerada de cargos públicos. 
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e 
funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Territórios e dos Municípios. 
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada 
à comprovação da compatibilidade de horários. 
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de 
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos 
da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas 
remunerações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
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 314 
 
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em 
comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, 
nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação 
coletiva.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à 
remuneração devida pela participação em conselhos de 
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como 
quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha participação no capital social, observado o 
que, a respeito, dispuser legislação específica. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular 
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de 
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos 
efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de 
horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas 
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 
 
 315 
 
Capítulo IV 
Das Responsabilidades 🎧 
 
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente 
pelo exercício irregular de suas atribuições. 
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou 
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou 
a terceiros. 
§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário 
somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de 
outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. 
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o 
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e 
contra eles será executada, até o limite do valor da herança 
recebida. 
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e 
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
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 316 
 
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato 
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou 
função. 
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão 
cumular-se, sendo independentes entre si. 
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do 
fato ou sua autoria. 
Art.126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, 
penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior 
ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra 
autoridade competente para apuração de informação concernente 
à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, 
ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou 
função pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011) 
 
Capítulo V 
Das Penalidades 🎧 
 
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 317 
 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; (Vide ADPF 
nº 418) 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a 
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela 
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou 
atenuantes e os antecedentes funcionais. 
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará 
sempre o fundamento legal e a causa da sanção 
disciplinar.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de 
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e 
de inobservância de dever funcional previsto em lei, 
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de 
 
 
 
 318 
 
penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
 Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das 
faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições 
que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não 
podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor 
que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção 
médica determinada pela autoridade competente, cessando os 
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. 
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de 
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% 
(cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, 
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus 
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos 
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos 
retroativos. 
 
 
 
 319 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de 
cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere 
 
 
 
 320 
 
o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia 
imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez 
dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, 
adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização 
imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá 
nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, 
a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente 
indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da 
apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e 
relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo 
nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos 
cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação 
ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de 
ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime 
jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 321 
 
§ 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato 
que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as 
informações de que trata o parágrafo anterior, bem como 
promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por 
intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, 
apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na 
repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório 
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, 
em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a 
licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo 
legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para 
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do 
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, 
aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa 
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá 
 
 
 
 322 
 
automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-
se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria 
ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções 
públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os 
órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo 
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, 
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, 
admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as 
circunstâncias o exigirem.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste 
artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, 
as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do 
inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a 
demissão. (Vide ADPF nº 418) 
 
 
 
 323 
 
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não 
ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração 
sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. 
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a 
exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em 
destituição de cargo em comissão. 
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos 
casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por 
infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor 
para nova investidura em cargo público federal,pelo prazo de 5 
(cinco) anos. (Vide ADIN 2975) 
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o 
servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por 
infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. 
 
 
 
 324 
 
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, 
sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante 
o período de doze meses. 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade 
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se 
refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do 
período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a 
trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de 
falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior 
a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze 
meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório 
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, 
em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o 
respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de 
 
 
 
 325 
 
cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a 
trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para 
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do 
Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral 
da República, quando se tratar de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao 
respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente 
inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar 
de suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos 
respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência 
ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; 
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar 
de destituição de cargo em comissão. 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
 
 
 
 326 
 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de 
cargo em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o 
fato se tornou conhecido. 
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às 
infrações disciplinares capituladas também como crime. 
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente. 
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr 
a partir do dia em que cessar a interrupção. 
 
 
 
 327 
 
Título V 
Do Processo Administrativo Disciplinar 
Capítulo I 
Disposições Gerais 🎧 
 
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no 
serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, 
mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, 
assegurada ao acusado ampla defesa. 
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) 
§ 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da autoridade 
a que se refere, poderá ser promovida por autoridade de órgão ou 
entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularidade, 
mediante competência específica para tal finalidade, delegada em 
caráter permanente ou temporário pelo Presidente da República, 
pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais 
Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito do 
respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências 
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 328 
 
para o julgamento que se seguir à apuração. (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de 
apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do 
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a 
autenticidade. 
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente 
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por 
falta de objeto. 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: 
I - arquivamento do processo; 
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 
30 (trinta) dias; 
III - instauração de processo disciplinar. 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não 
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, a critério da autoridade superior. 
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a 
imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, 
 
 
 
 329 
 
de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração 
de processo disciplinar. 
 
 
 
 
 
 330 
 
Capítulo II 
Do Afastamento Preventivo 🎧 
 
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não 
venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade 
instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu 
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) 
dias, sem prejuízo da remuneração. 
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual 
prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não 
concluído o processo. 
 
Capítulo III 
Do Processo Disciplinar 🎧 
 
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de 
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 331 
 
suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo 
em que se encontre investido. 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão 
composta de três servidores estáveis designados pela autoridade 
competente, observado o disposto no § 3o do art. 143, que 
indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de 
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu 
presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros. 
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância ou de 
inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, 
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau. 
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independência 
e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da administração. 
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão 
caráter reservado. 
 
 
 
 332 
 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e 
relatório; 
III - julgamento. 
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não 
excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato 
que constituir a comissão, admitida a sua prorrogaçãopor igual 
prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
§ 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral 
aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, 
até a entrega do relatório final. 
§ 2o As reuniões da comissão serão registradas em atas que 
deverão detalhar as deliberações adotadas. 
 
 
 
 
 
 333 
 
Seção I 
Do Inquérito 🎧 
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do 
contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a 
utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, 
como peça informativa da instrução. 
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir 
que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade 
competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, 
independentemente da imediata instauração do processo 
disciplinar. 
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada 
de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, 
objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a 
técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos 
fatos. 
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 334 
 
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o 
processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e 
reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular 
quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
§ 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos 
considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de 
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 
§ 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a 
comprovação do fato independer de conhecimento especial de 
perito. 
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante 
mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a 
segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos. 
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição 
do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da 
repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados 
para inquirição. 
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a 
termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. 
§ 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente. 
 
 
 
 335 
 
§ 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se 
infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes. 
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão 
promoverá o interrogatório do acusado, observados os 
procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. 
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido 
separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações 
sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre 
eles. 
§ 2o O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, 
bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado 
interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, 
reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão. 
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do 
acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja 
submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo 
menos um médico psiquiatra. 
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado 
em auto apartado e apenso ao processo principal, após a 
expedição do laudo pericial. 
 
 
 
 336 
 
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a 
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele 
imputados e das respectivas provas. 
§ 1o O indiciado será citado por mandado expedido pelo 
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo 
de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na 
repartição. 
§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 
20 (vinte) dias. 
§ 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para 
diligências reputadas indispensáveis. 
§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia 
da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em 
termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com 
a assinatura de (2) duas testemunhas. 
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a 
comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. 
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, 
será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em 
 
 
 
 337 
 
jornal de grande circulação na localidade do último domicílio 
conhecido, para apresentar defesa. 
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa 
será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital. 
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente 
citado, não apresentar defesa no prazo legal. 
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e 
devolverá o prazo para a defesa. 
§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do 
processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá 
ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter 
nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório 
minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e 
mencionará as provas em que se baseou para formar a sua 
convicção. 
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à 
responsabilidade do servidor. 
 
 
 
 338 
 
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão 
indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem 
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será 
remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para 
julgamento. 
 
Seção II 
Do Julgamento 🎧 
 
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do 
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. 
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade 
instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade 
competente, que decidirá em igual prazo. 
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o 
julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da 
pena mais grave. 
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 339 
 
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às 
autoridades de que trata o inciso I do art. 141. 
§ 4o Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a 
autoridade instauradora do processo determinará o seu 
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos 
autos.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo 
quando contrário às provas dos autos. 
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as 
provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, 
agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de 
responsabilidade. 
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade 
que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia 
superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no 
mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de 
novo processo. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 1o O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do 
processo. 
 
 
 
 340 
 
§ 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que 
trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na forma do Capítulo 
IV do Título IV. 
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade 
julgadora determinará o registro do fato nos assentamentosindividuais do servidor. 
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o 
processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para 
instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição. 
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá 
ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a 
conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso 
aplicada. 
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parágrafo 
único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em demissão, se for 
o caso. 
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias: 
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede 
de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou 
indiciado; 
 
 
 
 341 
 
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados 
a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão 
essencial ao esclarecimento dos fatos. 
 
Seção III 
Da Revisão do Processo 🎧 
 
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos 
ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou 
a inadequação da penalidade aplicada. 
§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do 
servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do 
processo. 
§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será 
requerida pelo respectivo curador. 
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao 
requerente. 
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 342 
 
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não 
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, 
ainda não apreciados no processo originário. 
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao 
Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a 
revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade 
onde se originou o processo disciplinar. 
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente 
providenciará a constituição de comissão, na forma do art. 149. 
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário. 
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora 
para a produção de provas e inquirição das testemunhas que 
arrolar. 
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a 
conclusão dos trabalhos. 
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que 
couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do 
processo disciplinar. 
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a 
penalidade, nos termos do art. 141. 
 
 
 
 343 
 
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, 
contados do recebimento do processo, no curso do qual a 
autoridade julgadora poderá determinar diligências. 
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito 
a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do 
servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, 
que será convertida em exoneração. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento de penalidade. 
 
Título VI 
Da Seguridade Social do Servidor 
Capítulo I 
Disposições Gerais 🎧 
 
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o 
servidor e sua família. 
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 344 
 
§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, 
simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na 
administração pública direta, autárquica e fundacional não terá 
direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção 
da assistência à saúde.(Redação dada pela Lei nº 10.667, de 
14.5.2003) 
§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito 
à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial 
internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual 
coopere, ainda que contribua para regime de previdência social no 
exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de 
Seguridade Social do Servidor Público enquanto durar o 
afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período, os 
benefícios do mencionado regime de previdência.(Incluído pela Lei 
nº 10.667, de 14.5.2003) 
§ 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem 
remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de 
Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento 
mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido 
pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total 
do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, 
 
 
 
 345 
 
computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. 
(Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) 
§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o 
segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos 
servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e 
execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de 
vencimento.(Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003) 
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos 
riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende 
um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes 
finalidades: 
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, 
velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão; 
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; 
III - assistência à saúde. 
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e 
condições definidos em regulamento, observadas as disposições 
desta Lei. 
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor 
compreendem: 
 
 
 
 346 
 
I - quanto ao servidor: 
a) aposentadoria; 
b) auxílio-natalidade; 
c) salário-família; 
d) licença para tratamento de saúde; 
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; 
f) licença por acidente em serviço; 
g) assistência à saúde; 
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho 
satisfatórias; 
II - quanto ao dependente: 
a) pensão vitalícia e temporária; 
b) auxílio-funeral; 
c) auxílio-reclusão; 
d) assistência à saúde. 
 
 
 
 347 
 
§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas 
pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os 
servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224. 
§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, 
dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total auferido, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
 
 
 
 
 
 
 348 
 
Capítulo II 
Dos Benefícios 
Seção I 
Da Aposentadoria 🎧 
 
Art. 186. O servidor será aposentado:(Vide art. 40 da Constituição) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença 
grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais 
nos demais casos; 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço; 
III - voluntariamente: 
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 
(trinta) se mulher, com proventos integrais; 
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de 
magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com 
proventos integrais; 
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 349 
 
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e 
cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; 
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 
(sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de 
serviço. 
§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a 
que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação 
mental, esclerosemúltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior 
ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, 
doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, 
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados 
avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de 
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com 
base na medicina especializada. 
§ 2o Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres 
ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a 
aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c", observará o 
disposto em lei específica. 
§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta 
médica oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a 
incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou a 
 
 
 
 350 
 
impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24. (Incluído 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e 
declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele 
em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço 
ativo. 
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a 
partir da data da publicação do respectivo ato. 
§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para 
tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e 
quatro) meses. 
§ 2o Expirado o período de licença e não estando em condições 
de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será 
aposentado. 
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da licença 
e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de 
prorrogação da licença. 
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão 
consideradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade 
 
 
 
 351 
 
ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído pela 
Lei nº 11.907, de 2009) 
§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença para 
tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser 
convocado a qualquer momento, para avaliação das condições que 
ensejaram o afastamento ou a aposentadoria. (Incluído pela Lei 
nº 11.907, de 2009) 
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com 
observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na mesma 
data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos 
servidores em atividade. 
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios 
ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em 
atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou 
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. 
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao 
tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias 
especificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for 
considerado inválido por junta médica oficial passará a perceber 
provento integral, calculado com base no fundamento legal de 
 
 
 
 352 
 
concessão da aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, 
de 2009) 
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento 
não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade. 
Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, 
até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalente ao 
respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido. 
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado 
de operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos 
termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida 
aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos 
de serviço efetivo. 
 
 
 
 
 
 
 353 
 
Seção II 
Do Auxílio-Natalidade 🎧 
 
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de 
nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento 
do serviço público, inclusive no caso de natimorto. 
§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% 
(cinqüenta por cento), por nascituro. 
§ 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor 
público, quando a parturiente não for servidora. 
 
 
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 354 
 
Seção III 
Do Salário-Família 🎧 
 
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, 
por dependente econômico. 
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos para 
efeito de percepção do salário-família: 
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 
21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e 
quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade; 
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização 
judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do 
inativo; 
III - a mãe e o pai sem economia própria. 
Art. 198. Não se configura a dependência econômica quando o 
beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou 
de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da 
aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo. 
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 355 
 
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem 
em comum, o salário-família será pago a um deles; quando 
separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição 
dos dependentes. 
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a 
madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes. 
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem 
servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a 
Previdência Social. 
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não 
acarreta a suspensão do pagamento do salário-família. 
 
Seção IV 
Da Licença para Tratamento de Saúde 🎧 
 
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de 
saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem 
prejuízo da remuneração a que fizer jus. 
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 356 
 
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida 
com base em perícia oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 
2009) 
§ 1o Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na 
residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se 
encontrar internado. 
§ 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se 
encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, e 
não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 
230, será aceito atestado passado por médico particular. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente produzirá 
efeitos depois de recepcionado pela unidade de recursos humanos 
do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 
2009) 
§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no 
período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de 
afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica 
oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) 
 
 
 
 357 
 
§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que trata o 
caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia oficial 
previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas 
hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontologia. 
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) 
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) 
dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, 
na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 
11.907, de 2009) 
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão 
ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões 
produzidas poracidente em serviço, doença profissional ou 
qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1o. 
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas 
ou funcionais será submetido a inspeção médica. 
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos 
periódicos, nos termos e condições definidos em regulamento. 
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamento). 
 
 
 
 358 
 
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a União e suas 
entidades autárquicas e fundacionais poderão: (Incluído pela 
Lei nº 12.998, de 2014) 
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo órgão 
ou entidade à qual se encontra vinculado o servidor; (Incluído 
pela Lei nº 12.998, de 2014) 
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou parceria 
com os órgãos e entidades da administração direta, suas autarquias 
e fundações; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) 
III - celebrar convênios com operadoras de plano de assistência à 
saúde, organizadas na modalidade de autogestão, que possuam 
autorização de funcionamento do órgão regulador, na forma do 
art. 230; ou (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) 
IV - prestar os exames médicos periódicos mediante contrato 
administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de 21 de 
junho de 1993, e demais normas pertinentes.(Incluído pela Lei nº 
12.998, de 2014) 
 
 
 
 
 
 359 
 
Seção V 
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-
Paternidade 🎧 
 
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 
(cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. 
(Vide Decreto nº 6.690, de 2008) 
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de 
gestação, salvo antecipação por prescrição médica. 
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a 
partir do parto. 
§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, 
a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, 
reassumirá o exercício. 
§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora 
terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá 
direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. 
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 360 
 
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis 
meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de 
trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 
dois períodos de meia hora. 
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de 
criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) 
dias de licença remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008) 
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança 
com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo 
será de 30 (trinta) dias. 
 
 
 
 
 
 
 361 
 
Seção VI 
Da Licença por Acidente em Serviço 🎧 
 
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor 
acidentado em serviço. 
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental 
sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, 
com as atribuições do cargo exercido. 
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: 
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor 
no exercício do cargo; 
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. 
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de 
tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, 
à conta de recursos públicos. 
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica 
oficial constitui medida de exceção e somente será admissível 
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 362 
 
quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição 
pública. 
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, 
prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. 
 
 
 
Seção VII 
Da Pensão 🎧 
 
Art. 215. Por morte do servidor, os seus dependentes, nas 
hipóteses legais, fazem jus à pensão por morte, observados os 
limites estabelecidos no inciso XI do caput do art. 37 da 
Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho 
de 2004. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de 2014) 
(Vigência) (Revogado pela Lei nº 13.135, de 2015) 
Art. 217. São beneficiários das pensões: 
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 363 
 
I - o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
c) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
d) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, 
com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente; 
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
c) Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
III - o companheiro ou companheira que comprove união estável 
como entidade familiar;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes 
requisitos:(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
 
 
 
 364 
 
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído pela Lei nº 
13.135, de 2015) 
b) seja inválido;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
c)(Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência) 
d) tenha deficiência intelectual ou mental; (Redação dada 
pela Lei nº 13.846, de 2019) 
V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do 
servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência 
econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no 
inciso IV.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
 § 1o A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os 
incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos incisos 
V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 2o A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o inciso 
V do caput exclui o beneficiário referido no inciso VI.(Redação dada 
pela Lei nº 13.135, de 2015) 
 § 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho 
mediante declaração do servidor e desde que comprovada 
 
 
 
 365 
 
dependência econômica, na forma estabelecida em 
regulamento.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu 
valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários 
habilitados.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 3o (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
Art. 219. A pensão por morte será devida ao conjunto dos 
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a 
contar da data: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta dias) 
após o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em 
até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes; 
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no 
inciso I do caput deste artigo; ou (Redação dada pela Lei nº 
13.846, de 2019) 
 
 
 
 366 
 
III - da decisão judicial, na hipótese de morte presumida. (Redação 
dada pela Lei nº 13.846,de 2019) 
§ 1º A concessão da pensão por morte não será protelada pela 
falta de habilitação de outro possível dependente e a habilitação 
posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só 
produzirá efeito a partir da data da publicação da portaria de 
concessão da pensão ao dependente habilitado.(Redação dada 
pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de 
dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao 
benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio 
dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da 
respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, 
ressalvada a existência de decisão judicial em contrário. (Redação 
dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 3º Nas ações em que for parte o ente público responsável pela 
concessão da pensão por morte, este poderá proceder de ofício à 
habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de 
rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das 
demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o 
trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de 
 
 
 
 367 
 
decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 
2019) 
§ 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 2º ou § 3º deste 
artigo, o valor retido será corrigido pelos índices legais de 
reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais 
dependentes, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração 
de seus benefícios.(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão concessor da 
pensão por morte a cobrança dos valores indevidamente pagos em 
função de nova habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 
2019) 
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:(Redação dada pela 
Lei nº 13.135, de 2015) 
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela 
prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do 
servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, 
a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união 
estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir 
benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual 
 
 
 
 368 
 
será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. 
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presumida 
do servidor, nos seguintes casos: 
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; 
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou 
acidente não caracterizado como em serviço; 
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou 
em missão de segurança. 
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em 
vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos 
de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, 
hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado. 
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: 
I - o seu falecimento; 
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a 
concessão da pensão ao cônjuge; 
III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, 
ou o afastamento da deficiência, em se tratando de beneficiário 
 
 
 
 369 
 
com deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da 
aplicação das alíneas a e b do inciso VII do caput deste artigo; 
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou 
irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225; 
VI - a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 
2015) 
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III 
do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que 
o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou 
se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em 
menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor; (Incluído 
pela Lei nº 13.135, de 2015) 
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo 
com a idade do pensionista na data de óbito do servidor, 
depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo 
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união 
estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
 
 
 
 370 
 
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de 
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de 
idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) 
anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. 
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 1o A critério da administração, o beneficiário de pensão cuja 
preservação seja motivada por invalidez, por incapacidade ou por 
deficiência poderá ser convocado a qualquer momento para 
avaliação das referidas condições. (Incluído pela Lei nº 13.135, 
de 2015) 
§ 2o Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso 
III ou os prazos previstos na alínea “b” do inciso VII, ambos do 
caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente de qualquer 
 
 
 
 371 
 
natureza ou de doença profissional ou do trabalho, 
independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições 
mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de 
união estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 3o Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que 
nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro 
na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à 
expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, 
poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins 
previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em ato do Ministro 
de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o 
acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido 
incremento.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 4o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência 
Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) será 
considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais 
referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.(Incluído pela 
Lei nº 13.135, de 2015) 
§ 5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu 
falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos 
temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a 
 
 
 
 372 
 
pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data 
do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior 
do benefício. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 6º O beneficiário que não atender à convocação de que trata o 
§ 1º deste artigo terá o benefício suspenso, observado o disposto 
nos incisos I e II do caput do art. 95 da Lei nº 13.146, de 6 de julho 
de 2015.(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 7º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de 
microempreendedor individual, não impede a concessão ou 
manutenção da cota da pensão de dependente com deficiência 
intelectual ou mental ou com deficiência grave. (Incluído pela 
Lei nº 13.846, de 2019) 
§ 8º No ato de requerimento de benefícios previdenciários, não 
será exigida apresentação de termo de curatela de titular ou de 
beneficiáriocom deficiência, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 
2019) 
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a 
respectiva cota reverterá para os cobeneficiários. (Redação dada 
pela Lei nº 13.135, de 2015) 
 
 
 
 373 
 
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma 
data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos 
servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189. 
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção 
cumulativa de pensão deixada por mais de um cônjuge ou 
companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensões. 
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) 
Seção VIII 
Do Auxílio-Funeral 🎧 
 
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido 
na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da 
remuneração ou provento. 
§ 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago 
somente em razão do cargo de maior remuneração. 
§ 2o (VETADO). 
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 374 
 
§ 3o O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, 
por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que 
houver custeado o funeral. 
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será 
indenizado, observado o disposto no artigo anterior. 
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do 
local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte 
do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou 
fundação pública. 
 
Seção IX 
Do Auxílio-Reclusão 🎧 
 
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, 
nos seguintes valores: 
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de 
prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade 
competente, enquanto perdurar a prisão; 
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 375 
 
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de 
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a 
perda de cargo. 
§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá 
direito à integralização da remuneração, desde que absolvido. 
§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia 
imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda 
que condicional. 
§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão será 
devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos 
dependentes do segurado recolhido à prisão.(Incluído pela Lei nº 
13.135, de 2015) 
 
Capítulo III 
Da Assistência à Saúde 🎧 
 
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de 
sua família compreende assistência médica, hospitalar, 
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 376 
 
odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica 
o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da 
saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, 
diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o 
servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de 
auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo 
servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com 
planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma 
estabelecida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.302 
de 2006) 
§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, 
avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta 
médica oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, 
preferencialmente, convênio com unidades de atendimento do 
sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas 
de utilidade pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social 
- INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplicação do 
disposto no parágrafo anterior, o órgão ou entidade promoverá a 
contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que 
constituirá junta médica especificamente para esses fins, indicando 
 
 
 
 377 
 
os nomes e especialidades dos seus integrantes, com a 
comprovação de suas habilitações e de que não estejam 
respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora 
da profissão. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União 
e suas entidades autárquicas e fundacionais autorizadas a: 
(Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) 
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços 
de assistência à saúde para os seus servidores ou empregados 
ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos 
grupos familiares definidos, com entidades de autogestão por elas 
patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos efetivamente 
celebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que 
possuam autorização de funcionamento do órgão regulador, sendo 
certo que os convênios celebrados depois dessa data somente 
poderão sê-lo na forma da regulamentação específica sobre 
patrocínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão 
regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta 
Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios existentes até 
12 de fevereiro de 2006; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) 
 
 
 
 378 
 
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 
de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de 
assistência à saúde que possuam autorização de funcionamento do 
órgão regulador; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) 
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) 
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) 
§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido 
pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de 
assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) 
Capítulo IV 
Do Custeio 
Art. 231. (Revogado pela Lei nº 9.783, de 28.01.99) 
 Título VII 
Capítulo Único 
Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público 
Art. 232. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) 
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) 
Art. 234. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) 
 
 
 
 379 
 
Art. 235. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93) 
 
Título VIII 
 
Capítulo Único 
Das Disposições Gerais 🎧 
 
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e 
oito de outubro. 
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos funcionais, além 
daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira: 
I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que 
favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos 
operacionais; 
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, 
condecoração e elogio. 
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 380 
 
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias 
corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do 
vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, 
o prazo vencido em dia em que não haja expediente. 
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica 
ou política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos 
seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem 
eximir-se do cumprimento de seus deveres. 
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da 
Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os 
seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes: 
a) de ser representado pelo sindicato, inclusivecomo 
substituto processual; 
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após 
o final do mandato, exceto se a pedido; 
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a 
que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições 
definidas em assembléia geral da categoria. 
d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
e)(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
 
 381 
 
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge 
e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem 
do seu assentamento individual. 
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou 
companheiro, que comprove união estável como entidade familiar. 
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município 
onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, 
em caráter permanente. 
 
 
Título IX 
Capítulo Único 
Das Disposições Transitórias e Finais 
 
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta 
Lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores dos Poderes 
da União, dos ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em regime 
especial, e das fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 
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 382 
 
de outubro de 1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da 
União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os contratados 
por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser 
prorrogados após o vencimento do prazo de prorrogação. 
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime 
instituído por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de 
sua publicação. 
§ 2o As funções de confiança exercidas por pessoas não 
integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade onde têm 
exercício ficam transformadas em cargos em comissão, e mantidas 
enquanto não for implantado o plano de cargos dos órgãos ou 
entidades na forma da lei. 
§ 3o As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas por 
servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extintas 
na data da vigência desta Lei. 
§ 4o (VETADO). 
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da 
Justiça, remunerados com recursos da União, no que couber. 
 
 
 
 383 
 
§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilidade 
no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade 
brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo 
órgão ou entidade, sem prejuízo dos direitos inerentes aos planos 
de carreira aos quais se encontrem vinculados os empregos. 
§ 7o Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não 
amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, poderão, no interesse da Administração e conforme 
critérios estabelecidos em regulamento, ser exonerados mediante 
indenização de um mês de remuneração por ano de efetivo 
exercício no serviço público federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97) 
§ 8o Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na 
declaração de rendimentos, serão considerados como indenizações 
isentas os pagamentos efetuados a título de indenização prevista 
no parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 9o Os cargos vagos em decorrência da aplicação do disposto no 
§ 7o poderão ser extintos pelo Poder Executivo quando 
considerados desnecessários. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
 
 
 
 384 
 
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos aos 
servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados em 
anuênio. 
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 
1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em 
licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 
90. 
Art. 246. (VETADO). 
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá 
ajuste de contas com a Previdência Social, correspondente ao 
período de contribuição por parte dos servidores celetistas 
abrangidos pelo art. 243. (Redação dada pela Lei nº 8.162, de 
8.1.91) 
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta 
Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de origem do 
servidor. 
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231, os 
servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos 
percentuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União 
conforme regulamento próprio. 
 
 
 
 385 
 
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro 
de 1 (um) ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos 
termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários 
Públicos Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, 
aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo. 
(Mantido pelo Congresso Nacional) 
Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com 
efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente. 
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 
1952, e respectiva legislação complementar, bem como as demais 
disposições em contrário. 
 
Partes vetadas pelo Presidente da República e mantidas pelo 
Congresso Nacional, do Projeto que se transformou na Lei n.° 
8.112, de 11 de dezembro de 1990, que "dispõe sobre o Regime 
Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e 
das fundações públicas federais". 
"Art. 87 
§ 1° ... 
 
 
 
 386 
 
 § 2° Os períodos de licença-prêmio já adquiridos e não gozados pelo 
servidor que vier a falecer serão convertidos em pecúnia, em favor de 
seus beneficiários da pensão. 
 Art. 192. O servidor que contar tempo de serviço para aposentadoria 
com provento integral será aposentado: 
 I - com a remuneração do padrão de classe imediatamente superior 
àquela em que se encontra posicionado; 
 II - quando ocupante da última classe da carreira, com a remuneração 
do padrão correspondente, acrescida da diferença entre esse e o padrão 
da classe imediatamente anterior. 
 Art. 193. O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, 
assessoramento, assistência ou cargo em comissão, por período de 5 
(cinco) anos consecutivos, ou 10 (dez) anos interpolados, poderá 
aposentar-se com a gratificação da função ou remuneração do cargo em 
comissão, de maior valor, desde que exercido por um período mínimo 
de 2 (dois) anos. 
 § 1° Quando o exercício da função ou cargo em comissão de maior valor 
não corresponder ao período de 2 (dois) anos, será incorporada a 
gratificação ou remuneração da função ou cargo em comissão 
imediatamente inferior dentre os exercidos. 
 § 2° A aplicação do disposto neste artigo exclui as vantagens previstas 
no art. 192, bem como a incorporação de que trata o art. 62, ressalvado 
o direito de opção. 
 
 
 
 387 
 
 Art. 231. ... 
 § 1° ... 
 § 2º O custeio da aposentadoria é de responsabilidade integral do 
Tesouro Nacional. 
 Art. 240. ... 
 a) ... 
 b) ... 
 c) ... 
 d) de negociação coletiva; 
 e) de ajuizamento, individual e coletivamente, frente à Justiça do 
Trabalho, nos termos da Constituição Federal. 
 Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 
1 (um) ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos termos 
do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis 
da União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a 
vantagem prevista naquele dispositivo." 
 
 
 
 
 388 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO 
FEDERAL 
 
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 
🎧 
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal. 
 
DECRETO: 🎧 
Art. 1° Fica aprovado o Código de

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