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Anti-hiperlipêmicos

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Lupébhia Tarlé 
Referência: KATZUNG, B. Farmacologia básica e clínica. 
 
Anti-hiperlipêmicos
A doença cardíaca coronariana (DCC) está 
relacionada com níveis elevados da 
lipoproteína de baixa densidade colesterol 
(LDL-C, ou “mau” colesterol) e triglicerídeos e 
com níveis baixos de lipoproteína de alta 
densidade colesterol (HDL-C, ou “bom” 
colesterol). Outros fatores de risco para DCC 
incluem fumo, hipertensão, obesidade e 
diabetes. As hiperlipidemias também podem 
resultar de um defeito genético no 
metabolismo das lipoproteínas ou, mais 
comumente, de uma combinação de fatores 
genéticos e estilo de vida. 
Redução de LDL-C é o objetivo principal do 
tratamento de diminuição do colesterol. 
  INIBIDORES DA HMG-CoA REDUTASE 
(Estatinas) 
o Atorvastatina 
o Fluvastatina 
o Lovastatina 
o Pitavastatina 
o Pravastatina 
o Rosuvastatina 
o Sinvastatina 
  FIBRATOS 
o Genfibrozila 
o Fenofibrato 
  SEQUESTRANTES DE ÁCIDOS BILIARES 
o Colesevelam 
o Colestipol 
o Colestiramina 
  INIBIDORES DA ABSORÇÃO DE 
COLESTEROL 
o Ezetimiba 
  ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 
o Ácidos docoexaenoico e 
eicosapentaenoico Icosapente 
etila 
  NIACINA 
o Niacina 
 
INIBIDORES DA HMG-COA REDUTASE 
Os inibidores da HMG-CoA redutase (mais 
conhecidos como estatinas) reduzem os níveis 
elevados de LDL-C, resultando em redução 
substancial de eventos coronarianos e de 
morte por DCC. Eles são considerados o 
tratamento de primeira escolha para 
pacientes com risco elevado de DCVAS. As 
vantagens terapêuticas incluem estabilização 
das placas, melhora da função endotelial 
coronariana, inibição da formação do trombo 
plaquetário e atividade anti-inflamatória. 
o Mecanismo de ação: 
Inibidores competitivos de HMG-CoA 
redutase, a etapa limitante da síntese de 
colesterol. Inibindo a síntese do colesterol, 
elas esgotam o seu estoque intracelular. 
O esgotamento do colesterol intracelular leva 
a célula a aumentar, na superfície, o número 
de receptores específicos de LDL-C que 
podem ligar o LDL-C circulante e internalizá-
lo. Assim, o colesterol no plasma diminui por 
redução da síntese e aumento do seu 
catabolismo. 
 
Inibição da HMG-CoA redutase pelas 
estatinas. HMG-CoA, 3-hidroxi-3-metilglutaril 
coenzima A; LDL, lipoproteína de baixa 
densidade; VLDL, lipoproteína de densidade 
muito baixa. 
 
Lupébhia Tarlé 
Referência: KATZUNG, B. Farmacologia básica e clínica. 
 
NIACINA (ÁCIDO NICOTÍNICO) 
A niacina pode reduzir o LDL-C entre 10 e 20% 
e é o fármaco mais eficaz para aumentar 
HDL-C. Ela também diminui os triglicerídeos 
em 20 a 35% na dose típica de 1,5-3 g/dia. A 
niacina pode ser usada em combinação com 
as estatinas, estando disponível uma 
associação de doses fixas de lovastatina e 
niacina de longa duração de ação. 
o Mecanismo de ação: 
Com doses na faixa de gramas, a niacina inibe 
fortemente a lipólise no tecido adiposo, 
reduzindo assim a produção de ácidos graxos 
livres. 
 
A niacina inibe a lipólise no tecido adiposo, 
resultando na redução da síntese hepática de 
VLDL-C e da produção de LDL-C no plasma. 
VLDL, lipoproteína de densidade muito baixa; LDL, 
lipoproteína de baixa densidade. 
FIBRATOS 
O fenofibrato e a genfibrozila são derivados 
do ácido fíbrico que reduzem os triglicerídeos 
séricos e aumentam os níveis de HDL-C. 
o Mecanismo de ação: 
Os receptores ativados pelo proliferador de 
peroxissomo (RAPPs) são membros da família 
de receptores nucleares que regulam o 
metabolismo lipídico. Os RAPPs funcionam 
como fatores de transcrição ativados pelo 
ligante. Eles são ativados ao ligarem os seus 
ligandos naturais (ácidos graxos ou 
eicosanoides) ou a anti-hiperlipêmicos. Então 
eles ligam a elementos de resposta 
proliferador de peroxissoma, o que finalmente 
leva à diminuição da concentração de 
triglicerídeos por meio do aumento da 
expressão da lipoproteína lipase e diminuindo 
a concentração de apo CII. O fenofibrato é 
mais eficaz do que a genfibrozila na redução 
dos níveis de triglicerídeos. Os fibratos 
também aumentam o nível de HDL-C pelo 
aumento da expressão de apo AI e apo AII. 
 
SEQUESTRADORES DE ÁCIDOS BILIARES 
Os sequestradores de ácidos biliares (resinas 
fixadoras de ácidos biliares) têm efeito 
redutor do LDL-C significativo, embora seus 
benefícios sejam menores do que os obtidos 
com as estatinas. 
o Mecanismo de ação: 
Colestiramina, colestipol e colesevelam são 
resinas que realizam trocas de ânions e se 
ligam aos ácidos e sais biliares com carga 
negativa no intestino delgado. 
O complexo ácido biliar/resina é excretado 
nas fezes, diminuindo, assim, a concentração 
de ácido biliar. Isso estimula os hepatócitos a 
aumentar a conversão de colesterol em 
ácidos biliares, componentes essenciais da 
bile. Consequentemente, diminui a 
concentração de colesterol intracelular, o que 
ativa maior captação hepática de colesterol 
contendo partículas LDL-C, levando a uma 
Lupébhia Tarlé 
Referência: KATZUNG, B. Farmacologia básica e clínica. 
 
redução do LDL-C plasmático. (esse aumento 
na captação é mediado por maior 
ativação/sensibilização dos receptores de 
LDL-C da superfície celular). 
 
INIBIDORES DA ABSORÇÃO DE COLESTEROL 
A ezetimiba inibe seletivamente a absorção de 
colesterol da dieta e da bile no intestino 
delgado, diminuindo a oferta de colesterol 
intestinal para o fígado. Isso reduz as 
reservas de colesterol hepático e aumenta a 
remoção de colesterol do sangue. A ezetimiba 
diminui o LDL-C em cerca de 17%. Devido a 
esse efeito modesto, a ezetimiba 
frequentemente é usada como adjunto no 
tratamento com estatinas ou em pacientes 
intolerantes a estatinas. A ezetimiba é 
biotransformada principalmente no intestino 
delgado e no fígado por meio da conjugação 
de glicuronídeos com subsequente eliminação 
biliar e renal. 
 
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 
Ácidos graxos poli-insaturados (AGPIs) ômega-
3 são ácidos graxos essenciais usados 
predominantemente para reduzir 
triglicerídeos. Os ácidos graxos essenciais 
inibem a síntese de VLDL-C e triglicerídeos no 
fígado. Os AGPIs ômega-3 – ácido 
eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa-
hexaenoico (DHA) – são encontrados em 
fontes marinhas tais como atum, alabote e 
salmão. Cerca de 4 g de AGPIs ômega-3 
marinhos por dia diminuem a concentração 
de triglicerídeos séricos em 25 a 30% com 
pequenos aumentos no LDL-C e no HDL-C. 
Cápsulas de óleo de peixe de venda livre ou 
sujeitas à prescrição (EPA/DHA) podem ser 
usadas para suplementação, pois é difícil 
consumir AGPI ômega-3 suficiente somente 
com a dieta. Icosapente etila é um fármaco de 
receituário que contém apenas EPA e não 
aumenta significativamente o LDL-C, 
diferentemente dos suplementos de óleo de 
peixe. Os AGPIs ômega-3 podem ser 
considerados auxiliares de outros 
tratamentos para reduzir os lipídeos em 
indivíduos que têm triglicerídeos 
significativamente elevados (≥ 500 mg/dL). 
Embora eficaz para diminuir os triglicerídeos, 
a suplementação com AGPIs ômega-3 não 
reduziu a morbidade e a mortalidade 
cardiovascular.

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