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MayaraKelly Também chamados de hipolipemiantes A dislipidemia é elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL Fatores de risco Fumo Hipertensão Obesidade Diabetes A redução de LDL-C é o objetivo principal do tratamento de diminuição do colesterol Metabolismo lipídico Lipídeos são substâncias insolúveis no meio aquoso Representados por triglicerídeos (TG), fosfolipídios (FL) e colesterol O transporte dessas substancias é feito por lipoproteínas São agregados macromoleculares Formadas por um núcleo hidrofóbico que abriga o colesterol e os TG Na superfície hidrofílica há a inserção de colesterol livre, fosfolipídios e diversas apolipoproteinas (apo) Garante solubilidade, arcabouço estrutural e direcionamento metabólico Atuam como ligantes de receptores celulares e cofatores Tipos de lipoproteínas HDL-C Alta densidade Carrega pouco colesterol "Bom" Extrai o colesterol LDL das artérias e leva-o até o fígado onde ele será quebrado e excretado posteriormente Quanto maiores forem os níveis de HDL, menor será o risco de contrair doenças cardiovasculares LDL-C Baixa densidade Carrega muito colesterol "Ruim" Se acumula nas paredes das artérias sanguíneas, e quando seus níveis estão elevados também aumenta o risco de desenvolver doenças coronárias Insuficiência arterial, infarto do miocárdio ou derrame cerebral IDL-C Densidade intermediária Nem muito e nem pouco colesterol "Ruim" VLDL-C Densidade muito baixa Carrega muitos lipídios Produzido no fígado MayaraKelly Transporta os triglicerídeos pela corrente sanguínea Seus níveis são diretamente influenciados pela dieta Está diretamente ligado à quantidade de triglicérides "Ruim" Ou seja: quanto menor a densidade, mais colesterol as lipoproteínas estarão depositando no sangue Metabolismo das lipoproteínas Maior utilização de lipídios na ausência de insulina Quando os triglicérides não são usados como fonte energética, passam a ser armazenados no tecido adiposo, como gordura As lipoproteínas participam de 3 ciclos básicos de transporte de lipídeos pela circulação Ciclo exógeno 1. As gorduras são absorvidas no intestino e chegam ao plasma, sob a forma de quilomícrons 2. Degradação pela lipase lipoproteica (LPL) 3. Transporte para o fígado ou aos tecidos periféricos Ciclo endógeno 1. As gorduras do fígado se direcionam aos tecidos periféricos 2. A lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) é secretada pelo fígado 3. Por ação da LPL, ocorre a transformação de VLDL em lipoproteína de densidade intermediária (IDL) 4. Posteriormente, a IDL é transformada em LDL, a qual carrega os lipídeos, principalmente o colesterol, para os tecidos periféricos Transporte reverso de colesterol 1. As gorduras, principalmente o colesterol dos tecidos, retornam para o fígado 2. As HDL nascentes captam colesterol não esterificado dos tecidos periféricos pela ação da lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT), formando as HDL maduras Por meio da proteína de transferência de CE (CETP), ocorre também a transferência de ésteres de colesterol da HDL para outras lipoproteínas, como as VLDL Tratamento farmacológico Podem ser usados isoladamente ou em associação É necessário usar dois anti- hiperlipêmicos para alcançar os níveis lipídicos plasmáticos almejados Deve ser acompanhado de modificações no estilo de vida MayaraKelly Inibidores da HMG-CoA redutase Estatinas Pitavastatina, rosuvastatina, atorvastatina, sinvastatina, pravastatina, lovastatina e fluvastatina Organizadas por ordem dos fármacos mais potentes aos menos potentes Reduzem os níveis elevados de LDL-C Tratamento de primeira escolha Vantagens terapêuticas Estabilização das placas Melhora da função endotelial coronariana Inibição do trombo plaquetário Atividade anti-inflamatória Mecanismo de ação 1. Impedimento da síntese do colesterol ao inibir competitivamente a HMG-CoA redutase 2. Esgotamento do estoque de colesterol intracelular 3. A célula aumenta o número de receptores específicos de LDL-C 4. Ligam-se ao LDL-C circundante e o capta 5. Redução da síntese e aumento do catabolismo do colesterol Diminuem os níveis de triglicerídeos Aumentam os níveis de HDL-C Farmacocinética Acentuada extração de primeira passagem no fígado Efeito dominante nesse órgão Lovastatina e sinvastatina são administradas na sua forma inativa Absorção variável 30-85% Excreção principalmente pela bile, pelas fezes e pela urina Meias-vidas variáveis Efeitos adversos Aumento das enzimas hepáticas Função hepática deve ser avaliada antes do tratamento Insuficiência hepática pode causar acúmulo do fármaco Miopatia e rabdomiólise (raras) Contraindicados na gravidez e na lactação Ácido nicotínico Niacina Reduz o LDL-C entre 10-20% Fármaco mais eficaz para aumentar o HDL-C MayaraKelly Diminui os triglicerídeos em 20 a 35% na dose de 1,5-3 g/dia Usada em combinação com as estatinas Mecanismo de ação Inibe fortemente da lipólise no tecido adiposo = redução da produção de ácidos graxos livres O fígado utiliza os ácidos graxos livres na síntese de triglicerídeos Níveis reduzidos de ácidos graxos = diminuição da produção de VLDL-C = diminuição da concentração de LDL-C no plasma Farmacocinética Administrada via oral É convertida em nicotinamida Incorporada ao cofator nicotinamida adenina dinucleotideos (NAD+) Excretada na urina A nicotinamida isolada não reduz os níveis lipídicos plasmáticos Efeitos adversos Intenso rubor cutâneo Administração de AAS previamente à niacina reduz o rubor Prurido Náuseas Dor abdominal Predisposição à hiperuricemia e à gota Hepatoxicidade Intolerância à glicose Contraindicada durante doenças hepáticas Fibratos Fenifbrato e genfibrozila Reduzem os triglicerídeos séricos Aumentam os níveis de HDL-C Mecanismo de ação Receptores ativados pelo proliferados de peroxissomo (RAPPs) Regulam o metabolismo lipídico Funcionam como fatores de transcrição ativadas por ligantes 1. Os RAPPs são ativados ao ligarem os seus ligantes naturais ou aos anti- hiperlipêmicos 2. Os receptores ligam-se a elementos de resposta proliferador de peroxissoma 3. Aumento da expressão da lipoproteína lipase = diminuição da concentração de triglicerídeos Também aumentam o nível de HDL-C MayaraKelly Farmacocinética Completamente absorvidos por administração oral Distribuem-se amplamente, ligados à albumina Extensa biotransformação Excreção pela urina como conjugados Efeitos adversos Distúrbios gastrintestinais leves Diminuem à medida que o tratamento avança Predisposição de formar cálculos biliares Miosite Risco em pacientes com insuficiência renal Contraindicada a utilização de genfibrozila com sinvastatina Contraindicado em pacientes com disfunção renal ou hepática e com doença preexistente na vesícula biliar Sequestradores de ácidos biliares Resinas fixadoras de ácidos biliares Colestiramina, colestipol e colesevelam Efeito redutor do LDL-C significativo Benefícios menores do que os obtidos com as estatinas Mecanismo de ação 1. Realizam troca de ânions e se ligam aos ácidos e sais biliares com carga negativa no intestino delgado 2. O complexo ácido biliar/resina é excretado nas fezes = diminuição da concentração de ácido biliar 3. Estimulação dos hepatócitos a aumentar a conversão de colesterol em ácidos biliares 4. Ativa maior captação hepática de colesterol contendo partículas de LDL- C = redução do LDL-C plasmático Farmacocinética Insolúveis em água Grande massa molecular Não são absorvidos e nem alterados metabolicamente no intestino Totalmente excretado pelas fezes Efeitos adversos Distúrbios gastrintestinais Constipação Náuseas Flatulência Podem comprometer a absorção de vitaminas lipossolúveis Interferem na absorção de vários fármacos Outrosfármacos devem ser administrados pelo menos entre 1 a 6 horas depois Podem aumentar o nível de triglicerídeos MayaraKelly Contraindicados para pacientes com hipertrigliceridemia significativa Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
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