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TCC-Reflexões-sobre-a-Violência-contra-a-Pessoa-Idosa %%%%%%%%%%%%

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Prévia do material em texto

FACULDADE DE PRESIDENTE VENCESLAU
Autorizada pela Portaria MEC nº 4.523 de 23.12.05 – DOU 247 de 26.12.2005
DENIZE DE OLIVEIRA RIBEIRO
MARIA DE JESUS SANTANA
REFLEXÕES SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
Presidente Venceslau
2016
 DENIZE DE OLIVEIRA RIBEIRO
 MARIA DE JESUS SANTANA
REFLEXÕES SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social, da Faculdade de Presidente Venceslau (FAPREV).
Orientador: Profº Dr. Eder da Silva Santana 
Presidente Venceslau
2016
REFLEXÕES SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
Monografia aprovada em ____/____/____ para obtenção do título de Pós Graduação em: Educação Especial e Inclusiva: Deficiência Intelectual.
Banca Examinadora: 
_______________________________________
Nome do Professor (a) Orientador (a)
_______________________________________
Nome do Professor (a) de Monografia
______________________________
Nome do Professor (a) Convidado (a)
Presidente Venceslau, , de de 2016.
Dedico este trabalho primeiramente аo meu orientador por sua paciência e ensinamentos no processo de elaboração das minhas atividades e pela sua imensurável contribuição à conclusão deste trabalho.
Aos professores qυе foram de suma importancia nа minha vida acadêmica е nо desenvolvimento da minha aprendizagem.
A minha família que me acompanhou durante todo o trajeto.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de mais uma meta atingida.
A esta Faculdade, a todo o corpo docente, direção е área administrativa por tornarem possível o progresso da minha trajetória educacional e profissional.
Meu muito obrigado aos meus familiares, que nоs diversos momentos da minha necessária ausência, entenderam qυе о futuro é feito dа contínua dedicação nо presente.
Finalmente, sou grata a todos que de algum modo contribuíram para a minha formação.
REsumo
O referido trabalho tem a intenção de esclarecer a real situação do idoso na sociedade atual, uma vez que se faz notório o crescimento de denúncias e flagrantes relacionados a tipos diversificado dos maus tratos e violência sofrida pelos mesmos, assim como auxiliar na percepção dos profissionais do Serviço Social acerca do assunto, contribuindo por meio de orientações para o diagnóstico, conscientização da necessidade de denúncia, formas ideais de tratamento desses indivíduos, sob a perspectiva de concretização de seus direitos. As pesquisas realizadas foram fundamentadas por meio de material bibliográfico, publicações em sites relacionados ao tema, entrevista semi-estruturada e Leis regulamentadas, onde se entende que é dever público e subjetivo a criação e implementação de políticas públicas na proteção dos mesmos, concretizando o Princípio da Dignidade Humana, que fundamenta a República Federativa do Brasil. 
Palavras Chave: Idoso; Violência; Maus tratos; Denúncia.
ABSTRACT
This work intends to clarify the real situation of the elderly in today's society, since it is known the growth of complaints and flagrant related to diverse kinds of abuse and violence suffered by them, as well as assist in the perception of professionals Social service on the subject, contributing through guidelines for the diagnosis, the need for denunciation awareness, ideal forms of treatment of these individuals, from the perspective of realization of their rights. The research conducted were based through bibliographical material, publications on websites related to the subject, semi-structured interviews and regulated Laws, where it is understood that it is public duty and subjective creation and implementation of public policies in the protection thereof, implementing the principle Human Dignity, which underlies the Federative Republic of Brazil.
Keywords: Elderly; Violence; Mistreatment; Complaint.
SUMÁRIO 
 INTRODUÇÃO________________________________________________8
OBJETIVOS__________________________________________________8
Objetivos Específicos__________________________________________9
Justificativa__________________________________________________9
Metodologia__________________________________________________9
VIOLÊNCIA X IDOSO__________________________________________11
RECONHECIMENTO, NOTIFICAÇÃO E DENÚNCIA DE MAUS TRATOS
CONTRA IDOSOS_____________________________________________14
A IMPORTÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES DE LOMGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NO BRASIL___________________________________________17
ENTREVISTA – ABRIGO ESPERANÇA____________________________21
1 INTRODUÇÃO
 
 O presente trabalho aborda o tema sobre a violência e os maus tratos contra os idosos, contemplando os aspectos gerais tanto quanto os jurídicos que envolvem uma proporção cada vez maior e mais ampla, considerando o estágio do ser humano em que o mesmo deveria ter conforto e qualidade de vida.
 Não houve uma evolução suficiente para que a sociedade alcançasse a idéia da importância dos idosos no contexto atual, sem conseguir perceber a importância do compromisso para com eles, uma vez, que foram os mesmos que se empenharam na construção de vida, infelizmente só é visto sob pena de lei e de forma teórica na maior parte dos casos.
 Dessa forma os questionamentos que orientam esse trabalho são baseados sobre a efetividade da preocupação da sociedade e do Estado em relação aos direitos dos idosos, assim como a existência de evidências de políticas públicas em favor dos mesmos. 
 Ainda adentrando o campo jurídico procura-se a eficácia de uma proteção para a terceira idade por meio de leis que visem à proteção realística em determinados casos.
 A intenção desse estudo é a apresentação da realidade dos direitos, deveres e procedimentos possíveis a cada caso e situação na vida do idoso, na esperança de abrir caminhos para novos pensamentos e formas de resolução favorável para uma situação devastadora que se encontram grande parte dos nossos idosos.
1.1 Objetivos 
O objetivo geral do trabalho consiste no estudo da questão de todo e qualquer tipo de violência e maus tratos contra os idosos. São objetivos gerais deste estudo: 
Conhecer a forma de a absorção da sociedade e do Estado quanto aos mesmos, verificando a efetividade das leis que se destinam a proteção a terceira idade, assim como a análise dos direitos já conquistados pelos idosos e os que ainda deixam a desejar, as punições que realmente funcionam contra os agressores e qual a atuação adequada em caso de agressão.
Reiterando ainda que este trabalho tem por objetivo a análise da problemática sobre a violência contra os idosos em todo o seu contexto à luz da realidade social, abrangendo conceito e evolução histórica.
O presente trabalho busca o esclarecimento da situação atual e realística do idoso na sociedade. Seu papel, seus direitos, seus deveres como cidadão, e o efetivo cumprimento do Estatuto do Idoso e das leis criadas em prol dos mesmos, pesquisando principalmente a violência contra os idosos, os critérios utilizados pelas autoridades competentes para o enfrentamento e solução da violência.
Sintetizando o referido trabalho visa à compreensão e busca de formas efetivas para o fim da violência, seja essa de que forma se apresentar contra os idosos.
1.2 Objetivos específicos
O presente trabalho busca o esclarecimento da situação atual e realística do idoso na sociedade. Seu papel, seus direitos, seus deveres como cidadão, e o efetivo cumprimento do Estatuto do Idoso e das leis criadas em prol dos mesmos, pesquisando principalmente a violência contra os idosos, os critérios utilizados pelas autoridades competentes para o enfrentamento e solução da violência.
Sintetizando o referido trabalho visa à compreensão e busca de formas efetivas para o fim da violência, seja essa de que forma se apresentar contra os idosos.
1.3 Justificativa
 A temática é justificadapor proporcionar aditamento que leva a reflexão sobre os desafios encontrados, pelas barreiras impostas pela sociedade altamente capitalista e, especialmente em razão ao do roubo, ao desrespeito, ao preconceito e principalmente, pela numerosa e variada forma de violência contra a terceira idade, onde acontece o total desrespeito aos direitos humanos. 
Nesse contexto, faz necessário e urgente a necessidade de reexaminação e remodelação dos hábitos familiares existentes, para que se possam tornar as leis protetoras dos direitos humanos e do idoso no mundo.
1.4 Metodologia
O presente trabalho será desenvolvido por meio de estudo descritivo de abordagem qualitativa e pesquisa bibliográfica a partir de dados secundários como livros, documentos eletrônicos, artigos, leis e entrevistas com objetivo de investigar as situações de violência contra idosos.
A entrevista será realizada na Instituição de Acolhimento Abrigo Esperança, situada na rua: Prestes Maia, n° 200, no município de Presidente Venceslau pelas autoras do documento.
 	
2 VIOLÊNCIA X IDOSO
De acordo com o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda), a definição de violência é: elemento conferido de formas diversificadas, podendo ser definida como qualidade de violento, ato violento, constrangimento físico ou moral, força, coação ou ação de forma brusca, que cause desarmonia a determinada situação por meio da força física, moral ou psíquica, através de ameaças ou ações concretas.
Definição de idoso: são quatro os estágios do envelhecimento de acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde.
- Meia-idade: 45 a 59 anos.
- Idoso: 60 a 74 anos.
- Ancião: 75 a 90 anos.
O assunto da violência contra o idoso remete a uma triste realidade, onde tal violência, na maior parte dos casos é cometida pelos próprios familiares ou pessoas muito próximas. 
 Em pleno século XX, a sociedade ainda não alcançou a capacidade da real compreensão em relação à importância dos idosos, não valorizando todo o trabalho do qual participaram para a formação da sociedade atual e ainda existe um longo caminho a percorrer até que se perceba que o envelhecer de forma digna é um compromisso social.
Existem leis de amparo para todos os indivíduos, independente de gênero, classe ou religião. Porém, nem sempre essas leis são efetivas.
 O abuso e violência vêm crescendo de forma drástica em relação aos idosos. São muitas as necessidades básicas não supridas pela atual conjuntura social e política. Existem dois grupos populacionais economicamente não produtivos no Brasil, os idosos e as crianças.
 A carga correlativa desses grupos, comparada à parte produtiva economicamente é medida através do índice de dependência dos mesmos, onde os idosos se tornam em maior numero, principalmente pela falta de condições de manutenção da capacidade funcional de cada indivíduo que tende a aumentar com o passar do tempo, impedindo sua autonomia.
 A dependência e a sujeição de forma imposta terminam na geração de conflitos, transformando o relacionamento, por muitas vezes, insustentável, o que ocorre na esfera familiar, institucional e social. Quando tal situação se instala, inevitavelmente vem a ocorrer a violência contra o idoso. 
 Essa violência possui formas variadas de prática, onde as principais são:
- Estrutural: quando é causada pela diversidade social provocada pela pobreza e desigualdade explanadas de múltiplas formas. A porcentagem de idosos que vivem com três salários mínimos ou mais no Brasil é de apenas 25%.
- Institucional- trata-se da forma efetivada pelas instituições assistenciais de longa estadia. 
Em algumas casas de repouso e clínicas os idosos são destratados e destituídos de qualquer autonomia e desejo, ás vezes, deixando em muito a desejar em relação à alimentação, higiene e cuidados médicos adequados. Refere-se ainda, à destinação ou omissão na gestão das políticas sociais.
- Interpessoal ou familiar, dirige-se às finalidades e relações do dia a dia, podendo tratar-se de abusos e negligências, problemas de espaço físico nos domicílios pelas dificuldades econômicas e ainda, pela cultura social prevalecente que considera a velhice como uma fase decadente do ser humano. 
Para Minayo (2007) os tipos de violência são:
- Violência física: é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los podendo levá-los à incapacidade ou óbito;
- Violência psicológica: caracterizados por agressões verbais que visam aterrorizar, humilhar, intimidar e restringir a liberdade, isolando-os da convivência social;
-violência sexual: definido pelo ato sexual com pessoas idosas por meio de violência ou ameaças;
- Abandono, ato caracterizado através de ausência ou deserção dos responsáveis da esfera governamental, institucional e familiar que prestarem assistência a uma pessoa idosa carente de proteção;
- Negligência: definida através da omissão ou negativa dos cuidados básicos essenciais aos idosos, pelos familiares ou instituições privadas e públicas;
- Violência financeira ou econômica: trata-se da exploração imprópria, ilegal ou da utilização não autorizada pelos mesmos de seus recursos financeiros ou patrimoniais.
Em 2002 foi lançado em Madri, o II Plano de Ação para o envelhecimento que serviu de base para a criação do Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa (PAEVPI) pela Subsecretaria de Direitos Humanos da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil. (fonte)
 O Plano tem por objetivo promover ações que levem ao cumprimento do Estatuto do Idoso (Lei n° 10741/2003), em conformidade com o Plano de Madri que tratam do enfrentamento da exclusão social e de todas as formas de violência contra a pessoa idosa, assim como garantir os direitos fundamentais.
O PAEVPI II, Plano de Ação para o Envelhecimento, lançado em Madri (2002) foi utilizado como base para a criação do Plano de Ação para o Enfrentamento da violência contra a pessoa Idosa, que da mesma forma estipulou ações de combate e de prevenção a toda e qualquer forma de violência, já identificadas contra idosos, concedendo responsabilidades, atribuições e estratégias divididas para o espaço cultural coletivo, público, família e instituições públicas ou particulares de apoio a idosos.
O País dispõe atualmente de recursos legais completamente satisfatórios para o confrontamento da violência contra o idoso. Todavia, só a criação dessas leis não será suficiente para a mudança emergencial e necessária para o efetivo fim da violência à que os idosos brasileiros se encontram subjugados.
 É imprescindível uma nova modalidade de informação e cultura que promova uma consciência global que perceba a velhice como um contexto social, admitindo a velhice como fase natural do ciclo vital do indivíduo com direito a continuidade de uma vida digna, desfrutada em toda a sua plenitude.
3 RECONHECIMENTO, NOTIFICAÇÃO E DENÚNCIA DE MAUS TRATOS CONTRA IDOSOS.
A definição legislativa de idoso se dá quando o indivíduo em questão é possuidor de idade igual ou superior a 60 anos, garantindo ao mesmo as condições necessárias mínimas, de forma que tal indivíduo possa dar continuidade de vivência que assegure o pleno exercício de cidadania, uma vez que, de acordo com a mesma o cidadão deverá obter todos os direitos, à vida, dignidade, ao bem estar, a educação gratuita, a participação efetiva no contexto social. Enfim, a cidadania de forma integral.
 	Embora se trate de um assunto pouco discutido pela sociedade, e que não tenha papel de divulgação e destaque na mídia, através da criação do Estatuto do Idoso, no ano de 2002, e pela elaboração da ficha de notificação de suspeita ou confirmação de violência contra os mesmos, elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde e por da existência da Delegacia de Proteção ao Idoso, encontrou uma forma de diagnóstico e avaliação do referido problema social em questão, e, infelizmente, as estatísticas são alarmantes.
 	 A população idosa no Brasil estará em 6º lugar na escala mundial, o que representaráem torno de 15% da população brasileira.
 	Deve ser considerado como violência contra o idoso, qualquer ato isolado ou repetitivo de omissão que venha a acontecer no contexto de toda e qualquer relação de suposta confiança e que cause dano ou incomodo aos mesmos.
De acordo com o artigo 99 do Estatuto do Idoso, os maus-tratos sofridos pelos mesmos, são caracterizados através de uma postura de negligência, de falta de cuidado, de agressões que venham a comprometer a integridade física, social e emocional do indivíduo, ou ainda, que coloque em perigo a saúde física ou psíquica do idoso, subordinando-o a condições desumanas, degradantes como a privação de gêneros alimentícios e cuidados essenciais, ou, quando os responsáveis se veem obrigados na forma da lei a esses cuidados, sujeitam os mesmos a trabalho excessivo ou inadequado.
 	Existe uma consonância na afirmação de que os maus-tratos a idosos são caracterizados por abusos físicos, psicológicos, financeiros e/ou negligência. 
 	Quando acontecem na forma de agressões físicas, estas podem ser notadas de forma frequente em marcas de queimaduras, fraturas ósseas, hematomas, equimoses, marcas que denunciam que as vítimas foram ou vivem, amarradas, etc. Logicamente, tais fatos podem ocorrer de forma isolada, porém, via de regra, tais acontecimentos geralmente estão associado ao abuso físico.
 	Diante do quadro, cresce a necessidade de conscientizar a sociedade em geral das diversas formas de violência que se apresentam no cotidiano das pessoas idosas, de forma que essas não passem despercebidas à população, bem como a forma de diagnóstico e condução frente a hipótese de acontecimento, assim como em caso confirmado. 
 	Através de leitura e estudo de artigos encontrados na Revista da Escola de Enfermagem da USP e da Cartilha Programa Beija Flor – Estatuto do Idoso (2010), foi possível uma listagem de atitudes a serem tomadas pelos profissionais da área de enfermagem, cuidadores e familiares em geral em relação ao idoso vitima de violência e maus-tratos:
- Fracasso na adesão ao regime terapêutico;
- Evidência de desnutrição, desidratação;
- Hematomas, edemas, queimaduras, mordidas;
- Ulceras de pressão;
- O cuidador/familiar/responsável não permite que o familiar ou enfermeiro fique só com idoso – ou vice-versa.
- Respeitar o direito do idoso a confidencialidade e à autodeterminação;
- Encorajar a expressão dos sentimentos do idoso em relação a si mesmo e ao meio em que está inserido. 
- Estar atento à fraqueza e mudança no estado mental do mesmo.
- Esclarecer a importância e necessidade de denuncia se houver maus tratos.
- Observar o relacionamento entre o idoso e a família/cuidador.
- Oferecer apoio psicológico. 
No âmbito profissional da saúde, existe uma ficha de notificação de violência que deve ser preenchida pelo profissional em questão no caso de suspeita ou confirmação do fato, notificando o ato violento de qualquer espécie ou mesmo a suspeita deste ato praticado contra criança, adolescente, adulto ou idoso.
Na mesma deverá constar a identificação do atendimento, os dados do usuário, a caracterização da violência e maus-tratos, especificando o tipo de violência, os prováveis agressores, a conduta efetuada pelo profissional da saúde em relação ao paciente e ainda, encaminhamento necessário do caso, assim como a descrição no mínimo aproximada da ocorrência, tempo de observação e suspeita dos fatos, frequência, localização do ocorrido e por fim, uma síntese do ocorrido. 
 Nas considerações efetuadas pelo Prof. Dr. Roberto Martins de Souza Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Gerontologia – PUC/SP, as agressões e maus tratos podem ser caracterizados como: 
- Agressão - abuso físico ou maus-tratos físicos: trata-se de atos violentos como uso da força física de forma intencional, não acidental, possuindo o intuito de ferir, lesionar, ocasionando ou não hematomas ou evidências, provocadas pelo indivíduo que se encontra sobre o efeito de poder em relação à outra.
 - abuso sexual – refere-se ao ato ou joguete sexual ação hetero ou homossexual de estimulo a vitima para obtenção de excitação ou prática erótica e sexual imposta através de aliciamento, violência física ou ameaças.
- abuso psicológico ou maus-tratos psicológicos – são as agressões verbais ou gestuais utilizadas para ameaçar, aterrorizar, rejeitar ou humilhar a vítima, através da punição ou restrição de liberdade por meio do isolamento do convívio social. 
 
4. A IMPORTÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NO BRASIL
 De acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada - IPEA uma fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, a atual situação de envelhecimento populacional decorre das mudanças sociais e culturais que sofreram transformações diversas, inclusive no âmbito familiar. 
Atualmente, independentemente dos prosseguimentos normativos e institucionais, que visam garantir uma velhice saudável e ativa, ainda há muito que se fazer no sentido de proporcionar efetivamente os cuidados necessários para a população idosa.
Com certeza, houve avanços significativos nesse contexto, por exemplo, em relação ao direcionamento de destinação de uma renda mínima para esse campo. Entretanto, o provimento destinado aos serviços de saúde e cuidados irrefutáveis e específicos essenciais a essa faixa etária, ainda se trata de problemática não resolvida, que, somada ao aumento da população idosa e da idade que nossos idosos vem alcançando, acima de 80 anos ou mais, bem como das mudanças sociais no universo feminino, que passou a possuir maior escolaridade e crescimento profissional, onde a mulher deixou de ser a tradicional zeladora dos integrantes dependentes do contexto familiar, tem dificultado o papel da família como única responsável pelo bem estar do idoso.
Em contrapartida, a instituição familiar adquiriu uma maior condição econômica, o que possibilita o pagamento pelos cuidados exigidos com os membros idosos da mesma.
Nesse ínterim, comumente, a maior parte dos familiares só conhecem duas possibilidades: família ou casa de repouso para seus idosos que necessitam de cuidados por tempo indeterminado. Entretanto, as perspectivas são bem maiores. 
Segue abaixo uma lista de possibilidades para cuidados de longa duração:
- Cuidado familiar complementado por ajuda profissional adequada, em seu próprio domicilio,
- Cuidado de oferta pessoal de apoio ao familiar responsável pelo idoso (visitas domiciliares);
- Revezamento de familiares nos cuidados dispensados ao idoso, em seu próprio domicílio;
- Serviços comunitários em centros-dia e hospitais-dia, onde o idoso permanece durante o dia, voltando para o domicilio à noite;
- Apoio familiar por meio de benefícios monetários para cuidadores e grupos de apoio aos mesmos.
Deve-se reconhecer a necessidade de treinamento, renumeração específica e apoio psicológico em razão das variantes necessidades do idoso em questão.
Essa possibilidade, seja em rede pública ou particular, deve ser executada para substituir ou facilitar o trabalho efetuado pelos familiares responsáveis pelos idosos dependentes, uma vez que, em razão das dificuldades e limitações encontradas na convivência difícil e circunstancias econômicas instáveis que uma grande parte das famílias brasileiras vive; a convivência que deveria ser harmônica termina gerando conflitos.
 Entretanto, embora existam leis regulamentadas no Brasil em prol do idoso, a assistência familiar e os programas de cuidados formais acontecem sem respaldo ou orientação do Estado.
Não é raro encontrar centros-dia funcionando nas Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs – que são diferenciadas dos hospitais por não oferecerem um extenso trabalho de serviços de saúde. 
Os cuidados institucionais de atenção aos idosos devem ser integral nas instituições residenciais, mais conhecidas como asilo, casa de repouso, abrigo, etc. 
Esse modelo institucional pode ser de origem privada ou pública e, embora sejam muito populares em todo o mundo,e um dos meios mais utilizados e mais antigos dos pais, não são os espaços considerados mais convenientes pelos idosos e suas famílias, pois existe certo preconceito que circunda os mesmos, atraídos pela conjectura de que o idoso ali instalado está sendo abandonado ou rejeitado pela família.
Infelizmente, algumas dessas instituições remetem a segregação do idoso no final de suas vidas, o que as colocam como fonte de preconceito social, o que não acontece em países desenvolvidos, onde, por uma questão cultural e qualitativa dessas instituições, as mesmas são vistas como alternativa de apoio a família e ao idoso, e não como espaço de descarte dos mesmos.
As ILPIs brasileiras são vistas como instituições de saúde ou de assistência social, uma vez que no Brasil não há consonância sobre um modelo de instituição de residência para idosos, pois são originadas dos “asylums” – instituição que abrigava pessoas consideradas insanas, que deveriam permanecer longe da sociedade e que sofriam maus tratos -, as principais justificativas para a procura desse tipo de instituição eram a falta de moradia ou deficiência econômica.
 Dentre as críticas sobre as formas de cuidados das ILPIs, a mais comum parte da argumentação que caracteriza a prática de fiscalização e controle, onde os idosos devem se adequar estritamente as normas internas das mesmas, favorecendo o isolamento, a inatividade física e intelectual que traz consequências nocivas para uma vida de qualidade. 
Todavia, em face das mudanças no estilo de vida familiar e no considerável aumento da população idosa do país com redução das capacidades cognitivas, físicas ou intelectuais, se fazem estritamente necessário e imediato, mudanças na percepção dos serviços prestados pelas mesmas, de acordo com as sugestões da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia –SBGG – que determinam a participação dessas instituições não só na rede de assistência social, mas sim, da rede de saúde, de forma conjunta.
É de suma importância a revitalização da interrupção da ligação dos laços sociais do idoso residente da instituição em questão, uma vez que os indivíduos que vivem a última fase de suas vidas possuem a propensão de adquirir sentimentos de abandono, desproteção, isolamento, independentemente do lugar onde residem.
Deve-se considerar que as razões da busca de residência deve-se considerar que as razões da busca de residência em ILPIs, remetem ao distanciamento familiar, assim, os contatos sociais devem ser estimulados pelas instituições, possibilitando a criação de novos vínculos entre os idosos da instituição.
Há ainda outra questão que pode estar associada ao preconceito em relação a essas instituições, uma vez que se for considerado que esses idosos estão cientes das doenças, e perdas que vivenciaram ao longo da vida, destinando-os ao contato diário com a finidade: o medo da morte, uma vez que na grande maioria dos casos, os mesmos tem consciência de que ao adentrar em uma instituição de cuidado para idosos, as possibilidades de retorno para a residência familiar se extinguem dia a dia. 
Entre todas as dificuldades de aceitação de ingresso em uma instituição já apresentadas, encontra-se ainda o agravo da perda de privacidade e individualidade que ocorre dentro de uma instituição, de forma que obter um quarto individual dependerá das condições socioeconômicas do idoso e familiar. 
Assim, é clara a necessidade de que as instituições levem em consideração a diversidade cultural e acentuadas diferenças socioeconômicas do país promovendo a heterogeneidade.
Após a reflexão dos fatos dispostos, observa-se a necessidade de uma política de maior efetividade no cumprimento da legislação que trata do assunto em pauta e, da clara urgência da necessidade de uma maior demanda de instituições de longa permanência para idosos, possibilitando uma maior probabilidade de escolha dos residentes e seus familiares, bem como uma maior necessidade de melhoria no atendimento, em razão da qualidade oferecida por cada instituição, uma vez que, quanto menor o número de possibilidades de escolha, menor será a necessidade de adequação e qualificação por parte das mesmas. Mas para que isto ocorra a redução de preconceitos é importante.
Para tanto, as ILPIs - Instituições de Longa Permanência de Idosos -, devem ser qualificadas de forma que possam ser observadas e aceitas como uma residência coletiva, que possibilite aos seus residentes interação social, afetividade e que não dificulte a continuidade do vínculo familiar.
De acordo com o jornal EXTRACLASSE. ORG. BR, um estudo do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostra que o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, coligada á diminuição do âmago familiar, tende a aumentar a busca por instituições como o Abrigo Esperança. 
Constatou-se que, 71% dos municípios brasileiros não possuem esse tipo de instituição, enquanto 65% dos existentes são instituições filantrópicas, 28,2% são particulares e apenas 6,6% são custeadas peço poder público.
O Brasil tem apenas 218 instituições públicas para idosos, e apenas uma é mantida pelo governo federal, o Abrigo Cristo Redentor, situado no Rio de Janeiro, onde atende a 298 pessoas idosas, em um país aonde o número de idosos chega a 20 milhões. 
De acordo com Ana Amélia Camarano, coordenadora de População e Cidadania da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a procura por esses serviços devem aumentar, pois o número de idosos no país está aumentando, em razão de uma nova expectativa de vida dos brasileiros, juntamente a maior inserção da mulher no mercado de trabalho, a diminuição do numero de filhos e fim de laços familiares, diminuindo a possibilidade de cuidados da família em relação ao idoso, embora o preconceito em relação à essas instituições ainda aconteça. Porém, a questão poderia ser resolvida através de investimentos.
 De acordo com Ana Amélia: Quando um idoso precisa ir para um abrigo e não há vagas nos filantrópicos ou públicos, ele fica por tempo indeterminado num hospital público. O custo para manter um idoso no asilo é de R$ 750,00 por mês, enquanto no hospital é de R$ 1.400,00
Os dados da pesquisa realizada pela coordenadora Ana Amélia Camarano, se encontra disponível no site do IPEA e no livro Infra estrutura Social e Urbana no Brasil: subsídios para uma agenda de pesquisa e formulação de políticas públicas; onde se pode encontrar varias alternativas de tratamento com efetiva qualidade para os idosos, demonstrando uma provável eficácia de métodos através da articulação de cuidados subsidiados pelo Estado, através de apoio à família, cuidadores e às instituições, efetivando uma maior fiscalização dessas instituições e providenciando intervenção do Estado, caso necessário em suas ações cotidianas. 
4.1 ENTREVISTA – ABRIGO ESPERANÇA
A entrevista apresentada foi realizada na Instituição acolhedora Abrigo Esperança, situado à rua: Prestes Maia, n° 200 Presidente Venceslau, CEP: 19.400.000- CPNJ: 45.681.913.000-59
A Assistente Social, Mariana de Souza Ferro, foi quem se disponibilizou a prestar esclarecimentos sobre a finalidade e funcionamento da instituição, uma vez que não foi possível realizar a entrevista em questão diretamente com os idosos, moradores da instituição em razão das normas internas da mesma.
Trata-se de entidade sem fins lucrativos, administrada por membros da Loja maçônica Clodoaldo de Oliveira, entidade que atua de forma conjunta à referida instituição, assumindo responsabilidades em relação ao funcionamento da mesma de forma a proporcionar uma vida qualitativa aos idosos instalados em suas dependências.
Trata-se de entidade sem fins lucrativos, administrada por membros da Loja Maçônica Clodoaldo de Oliveira, entidade que atua de forma conjunta á referida Instituição, assumindo responsabilidades em relação ao funcionamento da mesma, de forma a proporcionar uma vida qualitativa aos idosos instalados em suas dependências.
Atualmente a referida instituição acolhe 50 idosos, onde 19 são mulheres e31 são homens, com idade entre 60 e 97 anos. Desse total, são 13 acamados e 04 cadeirantes, necessitando de cuidados especiais. 
É necessário que se faça notório a lucidez, autonomia e simpatia do idoso de maior idade que reside na instituição, uma vez que, aos 97 anos, é ele quem recebe os visitantes e demais pessoas que procuram a entidade, sempre com um farto sorriso no rosto, indicando o caminho á administração.
O Abrigo Esperança foi fundado em 1º de setembro de 1946, por um grupo de moradores de Presidente Venceslau, liderados pelo pastor Abrahan Carneiro de Campos, com o específico objetivo de prestar assistência, assim como amparo, cuidada e proteção aos idosos que necessitem de ação asilar. 
Ao longo dos anos, a instituição tem alcançado inúmeras conquistas. Tanto no campo estrutural quanto no pessoal e emocional em relação aos idosos que passam pela mesma, pois os mesmos tem alcançado de forma relevante, conquistas que são essenciais para uma vida qualitativa e prazerosa na 3ª idade.
 O fato se dá por meio através da redescoberta de alguns valores, como: auto-estima, autoconfiança, estabelecimento de vínculos de amizade pessoal e comunitária, conscientização de seus direitos e, por que não, de seus deveres, suscitando talentos até então esquecidos, de forma que o interesse e reflexão contidos em seu cotidiano os levem a aceitar uma mudança de conduta, favorecendo o humor, a comunicação e conseguintemente a evolução pessoal e social, de forma que suas vidas obtenham maior sentido, o que aumenta a expectativa e a qualidade de vida dos idosos em questão.
 A instituição funciona como uma casa. Possui uma rotina diária, como em qualquer lar bem estruturado.
Pela manhã, acordam cedo. Tomam café, são medicados, jogam dominó, almoçam, descansam, conversam, etc. Existem datas comemorativas praticamente todos os meses, onde os mesmos participam como desejarem, e, de acordo com as possibilidades de cada um. Durante a semana, através de voluntariados, há os cuidados com a higiene e apresentação pessoal, com cabeleireiras e barbeiros. As visitas são realizadas aos domingos.
Cabe ressaltar que, sem a instituição Abrigo esperança, a grande maioria desses idosos estaria em situação de risco, uma vez que seus familiares não teriam condições de acolher e tratar dos mesmos, pois muitos precisam trabalhar em período integral, para manter a família, e os idosos não possuem condições de passarem longos períodos sozinhos, necessitando de acompanhamento, o que, como se sabe, onera custo, e a maior parte desses familiares não dispõe de condições monetárias favoráveis para tal custeio.
A instituição é considerada de longa permanência, recolhendo e abrigando o idoso quando verificada a inexistência de instituição familiar, lar, abandono ou carência de recursos financeiros do idoso ou da família. 
 A mesma dispensa ainda, atendimento ao idoso que se enquadre no Programa de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, oferecendo suprimento de suas necessidades básicas e essenciais para uma velhice saudável, respeitável e digna de vida na 3ª idade, contemplando a devida valorização dos direitos adquiridos por meio de leis de proteção ao idoso, existentes na legislação brasileira.
Dessa forma, o Abrigo Esperança deve ser considerado instituição de necessidade extrema, uma vez que, para os idosos nele acolhidos, não se trata de uma instituição, mas sim de um lar.
De forma geral, os idosos são trazidos na maioria das vezes pelos familiares, por motivos apresentados adiante, necessitando de tratamento um tanto complexo, uma alimentação adequada, medicamentos, entre outros...
Entretanto, existem os que, posteriormente são apresentados pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).
O aspecto direcional do abrigo remete credibilidade e confiança, uma vez que diariamente, acompanha a rotina e serviços da entidade, reconhecendo toda e qualquer ineficiência ou necessidade que se apresente e buscando soluções rápidas e efetivas para cada caso apresentado pelos colaboradores da instituição.
Em relação á questão monetária, a entidade recebe repasse de verba do governo, através do fundo do Conselho Municipal de Assistência Social, o qual tem o encargo de estipulação e destinação da quantidade que cabe a cada entidade de Assistência Social do município.
 A mesma conta ainda, com o auxílio recebido por meio de doações da sociedade venceslauense, obtida através de um serviço de telemarketing, bem como através de algumas promoções firmadas em conjunto com outras entidades filantrópicas, comerciais e pessoais.
Dessa forma, a o Abrigo Esperança tem alcançado meios de prestação de assistência básica aos idosos ali acolhidos, assegurando alimentação, higiene, saúde, lazer e convívio social adequado aos mesmos, visando assim, a seguridade de um ambiente tranquilo e harmônico, que proporcione a integridade física, intelectual e social dos idosos.
 	Entretanto, vale ressaltar que, infelizmente, as notícias referentes ao assunto em pauta não são favoráveis. 
Existe uma defasagem entre o número de instituições cuidadoras existentes e a quantidade necessária para atender a demanda pela procura das mesmas.
De acordo com o jornal EXTRACLASSE. ORG. BR, um estudo do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostra que o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, coligada á diminuição do âmago familiar, tende a aumentar a busca por instituições como o Abrigo Esperança. 
Constatou-se que, 71% dos municípios brasileiros não possuem esse tipo de instituição, enquanto 65% dos existentes são instituições filantrópicas, 28,2% são particulares e apenas 6,6% são custeadas peço poder público.
O Brasil tem apenas 218 instituições públicas para idosos, e apenas uma é mantida pelo governo federal, o Abrigo Cristo Redentor, situado no Rio de Janeiro, onde atende a 298 pessoas idosas, em um país aonde o número de idosos chega a 20 milhões. 
De acordo com Ana Amélia Camarano, coordenadora de População e Cidadania da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a procura por esses serviços devem aumentar, pois o número de idosos no país está aumentando, em razão de uma nova expectativa de vida dos brasileiros, juntamente a maior inserção da mulher no mercado de trabalho, a diminuição do numero de filhos e fim de laços familiares, diminuindo a possibilidade de cuidados da família em relação ao idoso, embora o preconceito em relação à essas instituições ainda aconteça. Porém, a questão poderia ser resolvida através de investimentos.
 De acordo com Ana Amélia: Quando um idoso precisa ir para um abrigo e não há vagas nos filantrópicos ou públicos, ele fica por tempo indeterminado num hospital público. O custo para manter um idoso no asilo é de R$ 750,00 por mês, enquanto no hospital é de R$ 1.400,00
Os dados da pesquisa realizada pela coordenadora Ana Amélia Camarano, se encontra disponível no site do IPEA e no livro Infra estrutura Social e Urbana no Brasil: subsídios para uma agenda de pesquisa e formulação de políticas públicas; onde se pode encontrar varias alternativas de tratamento com efetiva qualidade para os idosos, demonstrando uma provável eficácia de métodos através da articulação de cuidados subsidiados pelo Estado, através de apoio à família, cuidadores e às instituições, efetivando uma maior fiscalização dessas instituições e providenciando intervenção do Estado, caso necessário em suas ações cotidianas. 
5 LEGISLAÇÃO - IDOSO
 De acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos e Ministério da Justiça e Cidadania, no que diz respeito ao Idoso, o Sistema de Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa no Brasil, é consolidado por documentos legais diversos bem como por planos de ação política. 
O plano nacional, promulga as garantias constitucionais, que se dão por meio da Política Nacional do Idoso (Lei 8.8421/94), do Estatuto do idoso (Lei 10.741/03), e através de inumeráveispolíticas e planos subdivididos, entre os quais pode ser destacada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006). 
5.1 Manual do Cuidador da Pessoa Idosa
O manual do cuidador da pessoa idosa, intitulado Cuidar melhor e evitar a violência, de distribuição gratuita, organizado por Tomiko Born, conta com a participação de especialistas de todos os ramos sobre o assunto impresso. Impresso no Brasil, tem o intuito de implementar o Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa de forma a contemplar as considerações tecidas por meio de encontros realizados por todo o país.
Foi elaborado como instrumento de orientação dirigido ao cuidador em âmbito institucional, domiciliar e familiar dos idosos, na intenção de possibilitar melhoria nos cuidados dos mesmos, não medindo esforços no combate a redução da violência contra a população dessa faixa etária, proporcionando e garantindo condições de um envelhecimento digno dos mesmos. 
O trabalho discursa sobre os direitos e políticas dos idosos, sobre a responsabilidade e perfil necessários ao cuidador, suas necessidades e influencia da família na ação e sobre todos os itens presentes no processo dos cuidados efetivos desses idosos, abordando os fatores, físicos, emocionais e sociais, oferecendo ainda, informações sobre onde e como denunciar maus-tratos contra a pessoa idosa.
5.2 Carta de São José
Sob o título de Carta de São José sobre os Direitos dos Idosos da América Latina e Caribe, subscrita e composta por mais de 150 representantes dos países membros da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), a declaração resulta de um trabalho concebido na Terceira Conferência regional realizado entre órgãos do governo sobre envelhecimento na América Latina e Caribe sendo realizado do dia 8 a 11 de maio do ano de 2012 em San José de Costa Rica, recebendo o apoio do UNFPA - Fundo de População das Nações Unidas.
A Carta de São José foi instituída com o objetivo de identificar a problemática da questão, embora reconhecendo as ações já efetivadas, por meio de análise da situação apresentada, tem firme objetivo de contribuir para a adoção de providências em todos os âmbitos no aumento do progresso e geração de qualidade dos sistemas de ações dirigidas a pessoas da terceira idade por meio da efetivação das ações sociais.
Apresenta ainda medidas a serem promovidas com o objetivo de fortalecimento das instituições publicas acolhedoras de idosos, e estabelece que a Carta de São José, constitui a contribuição da América Latina e Caribe ao 51º período de sessões da Comissão de Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, a ser comemorado em fevereiro de 2013.
Em fim, a Carta de São José decreta que a conferência regional intergovernamental conseguinte, a respeito do envelhecimento seja nomeada Conferência Regional Intergovernamental sobre Envelhecimento e os Direitos dos Idosos na América Latina e Caribe, apresentando congratulações ao Governo de Costa Rica pela importante contribuição ao ato.
5.3 Estatuto do Idoso
 O Estatuto do Idoso é constituído pela Lei nº 10.741, de 1º  de outubro de 2003 que regula sobre a responsabilidade da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público em assegurar a pessoa considerada idosa ( com idade igual ou superior a 60 anos), reitera-se: com prioridade soberana, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária de forma qualitativa e efetiva.
Cabe dizer que a Lei em questão, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, é formada VII Títulos, compostos por diversos capítulos cada e concluída em 118 Atigos, se mencionar os parágrafos, onde explana sobre os mais conjecturáveis direitos e deveres do cidadão idoso. 
5.4 Legislação da Pessoa Idosa
No primeiro contexto o trabalho apresenta o assunto sobre o Direito da Pessoa Idosa de forma abrangente, uma vez que o processo da instituição desses direitos se deu em conjunto a evolução dos direitos humanos no Brasil, que acontece no ano de 1994, através da criação do Conselho Nacional do Idoso, bem como da declaração da Política nacional do Idoso, e tem por meta “assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade” (art. 1).
 Contendo 22 artigos que compõem os seis capítulos da mesma, segue abaixo os que mais se destacam:
- os direitos à cidadania
 - respeito
- não discriminação
- informações sobre o envelhecimento
- participação
- capacitação
- atualização
- cultura
- esporte
- lazer 
-saúde
- educação
- previdência
- trabalho
- habitação 
- assistência social
Cabe dizer que no ano de 1996 a Lei n° 8.842 é regulamentada pelo Decreto Nº 1.948, de 3 de julho de 1996.
Em celebração ao Ano Internacional da Pessoa Idosa, no ano de 1999, o Comitê das Nações Unidas, cria um documento que orienta cada país a definir por meios próprios uma política relacionada aos idosos e fundamentada em propriedades, objetivos e planos nacionais, constituindo programas direcionados a ações que proporcionem a solução dos problemas e necessidades dos idosos e dos efeitos do envelhecimento nas sociedades. 
Nesse mesmo ano é aprovada no Brasil a Política de Saúde do Idoso, definindo importantes diretrizes relacionadas às especificidades sãs necessidades dos mesmos. São elas:
- a promoção do envelhecimento saudável 
- assistência às necessidades de saúde do idoso
- reabilitação da capacidade funcional comprometida
- a capacitação de recursos humanos especializados 
- apoio ao desenvolvimento de cuidados informais 
- apoio a estudos e pesquisas
No estudo do documento em questão, nota-se que os fundamentos das leis e diretrizes apresentadas são bem fundamentados por meio das necessidades dos idosos, entretanto, infelizmente, essas e outras leis e diretrizes que foram criadas com o decorrer dos anos nem sempre são cumpridas de forma efetiva, que no âmbito, físico, emocional ou social, onde pessoas que passaram a maior parte de suas vidas trabalhando para o futuro do pais, são tratadas sem o mínimo de respeito, e, que se não bastasse todas as normas políticas que não funcionam como deveriam, os mais jovens disseminam a segregação dos mais velhos, como se não fizesse diferença a forma que os mesmos terminem seus dias.
5.5 Cadastramento de Fundos da Pessoa Idosa
Em dezembro de 2014, foi criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) o Primeiro Cadastro dos Fundos Estaduais, Municipais e Distrital do Idoso, que fica incumbido do levantamento de dados detalhados destes fundos para possibilitar um registro futuro para que se possa receber doações que podem ser deduzidas do Imposto de Renda, o cadastramento pode ser feito através do preenchimento de um formulário por meio de acesso ao link do cadastro que cada conselho estadual, municipal ou distrital.
A ação tem por objetivo a atualização da relação de Fundos do Idoso, possuidor de cadastro junto à SDH/PR possibilitando a criação de uma política de fortalecimento dos Conselhos da Pessoa Idosa em todo o país.
É empreendida pelo Conselho Nacional da Pessoa Idosa (CNDI) e pela Coordenação-Geral de Indicadores e Informações em Direitos Humanos CGIIDH/SDH/PREm 2015, e tem o regulamentado pela Portaria Nº 336, de 12 de agosto, que estabeleceu 60 dias para os órgãos responsáveis pela administração dos Fundos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal do Idosos cadastrarem os fundos ou, se preciso retificarem os dados cadastrados.
Se encontra a disposição, um guia prático explicando em detalhes, como estados e municípios podem criar conselhos e fundos de defesa dos direitos da pessoa idosa, e ainda listas de fundos com CNPJ em situação regular e cadastro completo junto à SDH/PR (Anexo I), assim como lista de fundos que, de acordo com dados da SDH/PR, não possuem CNPJ em situação regular para cadastro junto à SDH/PR(Anexo II).
É possível ainda obter orientações e informações através do e mail 
cadastrofmi@sdh.gov.br
6 DIREITOS ASSEGURADOS E ESTATÍSTICAS
A Coordenação atua na promoção e garantia de direitos da pessoa idosa, além de articular agentes públicos no cumprimento de normativas
O papel da Coordenação Geral dos Direitos do Idoso, vinculada à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, é de sistematizar o processo de implementação de programas, projetos e ações relativos aos direitos dos idosos no contexto nacional, atuando na elaboração e garantia dos direitos do indivíduo idoso e no papel de articulador de agentes públicos na efetivação das normas e diretrizes, assim como a Coordenação da conexão de ações conjuntamente aos demais órgãos da Administração Pública Federal e internacional.
O Fundo de Populações – Projeções das Nações Unidas, afirma estatisticamente que, mundialmente, uma a cada 9 habitantes possui 60 anos ou mais, e um estudo afirma que haverá, em 2.050, mais idosos que adolescentes menores de 15 anos de idade.
Em 2012, 11,5% da população mundial era formada por idosos, com 60 anos de idade ou mais, (810 milhoes). De acordo com pesquisas do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, a população idosa brasileira possui o total de23,5 milhões de pessoas, e aprojeção mundial é de que chegue a 1 bilhão em menos de dez anos, duplicando até o ano de 2050.
Um estudo sobre o Envelhecimento no Brasil, que pode ser acessado na página Eletrônica dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania, traz a consideração de que:
“Uma das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de humanização é o envelhecimento de sua população, refletindo uma melhoria das condições de vida. De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) “uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de 2050”. (...) Em 2050 pela primeira vez haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos. Em 2012, 810 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões de pessoas ou 22% da população global”. (Coordenação Geral dos Direitos do Idoso – Brasília, DF).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/idoso/estat_legal.html
Dias de Oliveira Latorre, Maria do Rosário, Amendola, Fernanda, De Campos Oliveira, Maria Amélia, Martins Alvarenga, Márcia Regina, Desenvolvimento e validação do índice de vulnerabilidade de famílias a incapacidades e dependência (IVF-ID)
Revista da Escola de Enfermagem da USP [en linea] 2014, 48 (Febrero-Sin mes) : [Fecha de consulta: 14 de abril de 2016] Disponible 
en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=361033335010> ISSN 0080-6234
Programa Beija Flor – Estatuto do Idoso – Divisão de Saúde da Prefeitura municipal de Presidente Venceslau – SP – Ministério as Saúde – Fundo nacional da Saúde. – 2010.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1658430-registros-de-abandono-e-violencia-contra-idosos-no-pais-crescem-164.shtml
<http://www.extraclasse.org.br/edicoes/2011/06/faltam-abrigos-para-idosos.<Acesso em: 06 agos 2016>
http://www.arcos.org.br/artigos/a-violencia-contra-a-pessoa-idosa/
http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/dados-estatisticos
 
 
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