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Resenha do Debate Nome: Beatriz Pimentel Pinto Egrejas de Melo - 116182201 Artigos do Debate: (1) OS NEWS PROMOTERS NO JORNALISMO E NA CIÊNCIA: uma reflexão sobre ética e função social na contemporaneidade – Thalita Mascarelo da Silva e Victor Israel Gentlli (2) Vigilância e relações de poder nas redes sociais: questões éticas na sociedade contemporânea – Fábio Medeiros da Rosa e Leandro Chevitarese (3) O Caso The New York Times e o papel da mídia 1. Panorama geral do assunto Artigo 1 – O primeiro artigo introduz o conceito de ética, jornalismo, que tem o dever social de comunicar a todos, e a relação entre os dois, produção jornalística “acompanhada de uma ética que preze pelo bem comum” para que exerça a função social. O “jornalismo ético” é um canal de formação de opinião e de fiscalização de assuntos do interesse da população. Aborda os problemas que o avanço tecnológico tem causado no jornalismo, como cobranças de notícias imediatas, além de divulgações de informações sem precedentes. Menciona a relação do jornalismo com o capitalismo, a notícia como mercadoria e, assim, podendo gerar deformações nas informações orientadas a determinadas ideologias políticas. Destaca os denominados News promoters (promotores de notícias), produtores de conteúdos que são absorvidos pelos jornais, conteúdos esses que podem ser encomendados e publicados pelos jornais sem que seja apurado com mais rigor ou verificado em outras fontes, e as questões éticas envolvidas nesse processo. Fala da necessidade de pluralidade nas informações fornecidas. Dificuldades de filtros atualmente, pois há muita informação sendo divulgada e que se necessita de mais atenção, pois há possibilidade de serem falsas, mas também de serem úteis. Ressalta a importância e os obstáculos dos jornalistas em noticiar assuntos relacionados a saúde, pois o que realmente vende são assuntos de saúde relacionados a corpo e beleza, o que gera conflitos entre os profissionais da comunicação e da saúde, e levanta o questionamento ético a respeito do caráter democrático que deve ter a comunicação. Artigo 2 – O segundo artigo aborda a relação das redes sociais (Facebook e Snapchat) como meios de comunicação e os conflitos éticos derivados da problemática de poder e vigilância. Fala a respeito da criação de identidades nas redes sociais baseadas em imagens, seja pessoal como organizacional. Menciona o Facebook como uma vitrine na qual as pessoas escolhem o que querem mostrar de acordo com seus próprios interesses, novamente, pessoal ou organizacional. Esclarece os conceitos de panóptico e biopoder, relacionados a promoção de padrões de comportamento e ao poder em rede. Aborda a “migração” desse controle para as redes sociais, tendo como vigias e punidores os “amigos” conectados. Compara o Facebook, “armazenamento de banco de dados como uma fonte inesgotável para a vigilância líquida” com o Snapchat, mais volátil, com menos possibilidade de vigilância e, assim, mais liberdade. Questiona a maior liberdade com mais liberdade de expressão sendo veículo para declarações extremistas de cunho político e ideológico, e outras publicações “polêmicas”. Texto 3 – O terceiro texto expõe um caso do jornal americano The New York Times que publicou em sua coluna de opiniões um texto de um senador defendendo ações violentas que deveriam ser feitas a respeito de uma série de protestos contra o racismo, e após isso o jornal foi muito criticado, inclusive por seus próprios funcionários, por ter publicado. E as discussões geradas por esse fato acerca do papel da mídia. 2. Resumo das questões debatidas O tema central do debate foi o questionamento de calar ou dar voz a determinados grupos, a relação da polarização e intolerância atualmente. A primeira questão levantada foi o posicionamento dos próprios funcionários do jornal contra a publicação, mesmo que pudesse ter algum tipo de retaliação essa declaração. E em seguida o aluno se manifestou ser contra as ações incitadas pelo senador, mas não conseguiu saber se é contra ou não à publicação da opinião. Já um outro aluno se declarou favorável a publicações desse tipo para que possa saber a opinião das pessoas que te cercam. Outra pessoa trouxe a questão de a opinião publicada ser de uma pessoa pública, um governante e a importância dessa informação ser exposta, até porque se ele tem esse cargo é porque ele tem um público que o apoia e o elegeu, além de que baseia as políticas públicas nessa opinião dele. Defendeu que as opiniões mesmo que controversas devem ser publicadas para que as pessoas tenham acesso e saibam as opiniões das pessoas para poder concordar ou não com elas. Destacou que sendo uma coluna de opinião não se trata da opinião do jornal necessariamente, então não vê problemas. Mas ressaltou a necessidade de o jornal verificar as informações que o senador declarou antes da publicação. Essa necessidade de confirmação das declarações dadas, além do cuidado pelas informações, mesmo que sejam opiniões, em um jornal e ainda de uma pessoa pública, para saber o que essa informação pode incitar nas pessoas que terão acesso a essa informação. Essa fala suscitou a questão de que hoje em dia muito se confunde a pessoa pública com a pessoa física, como, por exemplo, as falas do Jair Bolsonaro retratam as opiniões pessoais ou do Presidente da República? Em seguida foi indagado até onde é liberdade de expressão e o que incita violência, que é ofensivo. E se ofende, incita violência, deve ser permitido publicar? Quem define os limites? Quem pune? Uma opinião em seguida foi que não deve haver censura nas expressões, entretanto devem estar abertos as consequências de suas opiniões e declarações. Que as censuras não impedem de a pessoa achar o que acha, apenas esconde. Outra pessoa concordou com essa declaração e ressaltou que inclusive a Constituição defende a total liberdade de expressão e que limites extremos já são impostos na Constituição. Outra pessoa, que também defende a liberdade de expressão, mas destaca que as pessoas deveriam deixar claro que é uma opinião, entretanto muita gente faz afirmações como se fossem fatos, logo, não há base para comprovar, e isso impacta pessoas que não buscam as fontes. Com base nisso, a professora levantou a questão de que até onde deveria ser permitido expressar opiniões que geram danos às pessoas? Por exemplo, expressar que devem agredir homossexuais. Outro exemplo seria o debate sobre a legalização do aborto, contra argumentos que dizem que o aborto incita uma violência contra um ser vivo. Em quesito de praticidade, é mais fácil que seja liberado tudo ser falado e postado. Para finalizar, ficou a reflexão acerca da relação da comunicação através das artes também. Além da maior facilidade de opinar quando estamos do lado que é considerado “certo” pela maioria, dependendo da época e do contexto, mas e se estivesse do lado sendo censurado sem poder falar o que pensa? 3. Sua análise crítica O debate foi a respeito de um tema muito controverso, porém muito importante, e que levanta muitos questionamentos que se contradizem até nas opiniões de uma mesma pessoa, isto é, a maioria das pessoas não conseguem ser efetivos em suas opiniões se deve ser tudo liberado de se falar e/ou publicar ou se deve haver algum limite. E, se for a favor de ter um limite, quem seriam os responsáveis por definir esses limites? E quem controlaria e puniria? Esse limite seria formulado através da opinião de quem o criou, logo, seria tendencioso, além de gerar o questionamento, de por que essa pessoa tem a opinião correta e eu ou outra pessoa não? O caso está muito ligado ao primeiro artigo lido que questiona a ética jornalística. É ético o jornal publicar essa ou outras opiniões que incitam ações violentas, discriminatórias etc.? Com relação ao segundo artigo vem a questão dos julgamentos de todos os lados e que aconteceu no próprio caso o uso das redes sociais para expressarem revolta e até mesmo o jornalse manifestar a respeito da repercussão. Repercussão essa gerada principalmente pela globalização gerada pela internet e, principalmente, pelas redes sociais. 4. Conclusões Questionamentos até então insolúveis: até onde a liberdade de expressão é de fato livre? Quem deve ser o responsável por definir os limites? Apesar de assumirmos que as pessoas devem ser maduras e responsáveis o suficiente para falar as suas opiniões e arcar com as consequências, e, ainda mais, para saber filtrar o que acha pertinente declarar. Também é importante destacar a dificuldade de confirmar a veracidade das informações, e as possibilidades de manipulações de fatos, mesmo que por vídeos e/ou fotos, como levantado pela professora no debate.
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