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Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 1 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o 1. Introdução A conservação da energia mecânica ocorre em situações especiais em que apenas forças conservativas atuam no sistema. Para situações em que há forças dissipativas, podemos escrever a expressão para a conservação da energia como: Δ𝐸𝑃 + Δ𝐸𝐶 = 𝑊𝐹𝐷 Δ𝐸𝑃 + Δ𝐸𝐶 + Δ𝐸𝑖𝑛𝑡 = 0 (1) em que ΔEP e ΔEc representam a variação das energias potencial e cinética, respectivamente, ΔEinterna é a variação da energia interna do sistema e WFD é o trabalho realizado pela força dissipativa. Assim, uma formulação mais geral para a lei da conservação da energia pode ser expressa como: “A energia pode ser transformada de um tipo para outro em um sistema isolado, mas não pode ser criada ou destruída; a energia total do sistema permanece constante.” (RESNICK; HALLIDAY; KRANE, 1996, p.153). O trabalho da força dissipativa WFD pode ser determinado pela expressão: sF=WFD (2) em que F é a força dissipativa constante que atua no objeto e s é o deslocamento do objeto. No caso do objeto movendo-se em uma trajetória circular o deslocamento (ΔS) sofrido pelo móvel pode ser calculado por meio da expressão: R=s (3) em que R é o raio da circunferência e θ o ângulo percorrido. 2 – Parte Experimental Objetivos: Verificar as transformações de energia em um sistema com atrito. Determinar a força de atrito que atua no sistema. Estimar o deslocamento de um objeto sobre uma circunferência. Material Utilizado: Simulação no site do PhET. Esta é uma simulação do movimento de um skatista em uma trajetória circular. As forças que atuam no skatista são a força da gravidade, a força normal da superfície e a força de atrito. O movimento pode ser iniciado a partir do repouso (velocidade inicial = 0) de uma altura h. A simulação mostrará o movimento resultante do objeto em uma situação em que há atrito. No gráfico da energia, representado na simulação, é possível observar as mudanças nas energia cinética, potencial gravitacional e termica do skatista ao se movimentar sobre a pista. Para a análise vamos supor que a força de atrito seja constante. Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 2 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o Procedimentos: 1 - Vá para o site https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park- basics_pt_BR.html, e escolha a opção Parque, como mostra a figura 1. Figura 1. Tela da simulação inicial “Energia na pista de skate” do PhET. Fonte: Retirado de https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park-basics_pt_BR.html Na figura 2 é possível observar a tela onde será realizada a simulação do movimento de um skatista sobre uma rampa circular. Figura 2. Tela da simulação “Energia na pista de skate” do PhET. Fonte: Retirado de https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park-basics_pt_BR.html https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park-basics_pt_BR.html https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park-basics_pt_BR.html Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 3 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o 2) Marque no menu à direita da simulação as opções: Gráfico de barras, Mostrar grade e Velocidade. Ajuste a massa e o atrito para qualquer valor diferente do da figura (Figura 2). 3) Crie a pista clicando sobre o ícone abaixo do gráfico, veja na Figura 2. 4) Ao criar a pista tenha o cuidado de colocá-la com um R aproximadamente igual a 8 m em todos os pontos (Figura 3). Figura 3. Tela da simulação “Energia na pista de skate” do PhET com pista criada na opção Parque. Fonte: Retirado de https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park-basics_pt_BR.html 5) Posicione o skatista no ponto A (posição h = 8 m) como mostra a figura 4, (basta clicar sobre ele e arrastar na tela) (use o ponto vermelho na base do skate como referência). Figura 4. Tela da simulação “Energia na pista de skate” do PhET mostrando a posição inicial do movimento. Fonte: Retirado de https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park-basics/latest/energy-skate-park-basics_pt_BR.html 6) De acordo com as condições do item 5, responda: Quais os tipos de energia marcados no gráfico? Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 4 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o Justifique sua resposta baseando-se na posição do skatista. Quais fatores dão suporte à sua resposta? 7) Aperte play observe o seu movimento e pare-o exatamente quando ele atingir o ponto C (fica mais fácil utilizando o modo câmera lenta). 8) De acordo com as condições do item 7, responda: Quais os tipos de energia marcados no gráfico? Justifique sua resposta baseando-se na posição do skatista. Quais fatores dão suporte à sua resposta? 9) Clique no botão Retomar Skatista para hinicial = 8 m, meça com uma régua sobre a tela do computador o tamanho da barra que representa a energia potencial gravitacional (Ep) no gráfico e a Energia Total (Etotal). Use a seguinte conversão: 1 cm = 1000 J e anote este valor na tabela 1. 10) Dê play na simulação e pause quando o skatista atingir a altura máxima do outro lado (isso irá acontecer quando o velocímetro voltar a marcar zero (figura 4) meça com uma régua sobre a tela do computador o tamanho da barra que representa a energia potencial gravitacional (Ep) no gráfico, a Energia Térmica Total (ETer) e a Energia Total (Etotal). Use a seguinte conversão: 1 cm = 1000 J e anote este valor na tabela 1. Meça também o valor da altura (hmáxima) que o skatista atingiu e anote na tabela 1. 11) Repita o procedimento 10 para as próximas 5 alturas máximas e anote este valor na tabela 1. 12) Some a energia Mecânica (EMec) e anote na Tabela 1. hmáxima (m) 8 5 4 2,8 2 1,2 0,9 Ep (J) 5000 3,5cm= 3500J 2,5cm= 2500J 1,8cm= 1800J 1,2cm= 1200J 0,7cm= 700J 0,4cm= 400J Ec (J) 0 0 0 0 0 0 0 ETer (J) 0 EMec (J) Etotal (J) Tabela 1. Valores da energia potencial gravitacional máxima em função da altura inicial 13) Determine o deslocamento aproximado de cada percurso utilizando a equação 3. No anexo 1 você encontra dois exemplos de como fazer este cálculo. Anote na tabela 2. Você também pode medir o ângulo com um transferidor ou mesmo estima-lo. Sempre o ângulo percorrido de uma altura máxima até a altura máxima seguinte. 14) A barra de Energia térmica mostra a soma de toda a energia térmica gerada no movimento, preencha na tabela 2 o trabalho realizado pela força de atrito (WFa) para cada percurso, utilize a subtração da energia térmica total pela energia térmica anterior que você anotou na tabela 2 Tabela 2. Valores da energia Total e energia cinética em função da altura Percurso 1 2 3 4 5 6 Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 5 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o s (m) 7pi/8*8 m=22m ((3/4+1/ 2)*pi/2) *8m=15, 7 8m*(1/2 +1/3)*pi /2=10,5 m 8,4m 7,3 6,3 WFa (J) 1500 1000 700 600 500 300 3. Analise de dados e Cálculos 1. Construa o gráfico WFa em função de s , com auxílio do programa Scidavis. Relacione a equação empírica com a equação 2. Qual grandeza física vocêconsegue determinar? Justifique. 2. Observando o movimento do skatista para um determinado trecho descreva as transformações de energia ocorridas. Descreva os fatores que justificam suas observações. 3. No item 12 você somou determinou a Energia Mecânica. Qual a sua conclusão? 4. Aumente a massa e observe o que acontece com a Energia Térmica. Descreva os fatores que justificam suas observações. Referências HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; KRANE, Kenneth S. Física: volume 1 : mecânica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 1996. Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 6 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o Anexo 1 – Cálculo do deslocamento (primeiro percurso): Na figura 5, a posição angular θ é medida em relação ao arco da circunferência x positivo. De acordo com a equação 3, θ é dado por: 𝛳 = 𝑆 𝑅 ∴ 𝑆 = 𝛳 · 𝑅 (4) Em que S e o comprimento do arco e R e o raio da circunferência. É possível determinar o ângulo ϴ através da seguinte razão trigonométrica: 𝑠𝑒𝑛 𝛳 = ( 𝐻 − ℎ 𝑅 ) ∴ 𝛳 = 𝑠𝑒𝑛−1 ( 𝐻 − ℎ 𝑅 ) (5) Substituindo a equação 5 na equação 4 temos: 𝑆 = 𝑅 · 𝑠𝑒𝑛−1 ( 𝐻 − ℎ 𝑅 ) (6) O deslocamento do Skatista saindo do ponto inicial e chegando ao ponto final como observado na figura representa a soma do comprimento dos arcos 1 e 2, ou seja: ∆𝑆 = 𝑆1 + 𝑆2 (7) Utilizando a equação 3 para o cálculo do arco 1 e sabendo que o mesmo corresponde ¼ da circunferência temos: 𝑆1 = 2 · 𝜋 · 𝑅 4 (8) O arco 2 pode ser determinado relacionando os comprimentos S, S1 e S2 da seguinte maneira: 𝑆2 = 𝑆1 − 𝑆 (9) Substituindo as equações 6 e 8 na equação 9 temos: 𝑆2 = 𝜋 · 𝑅 2 − 𝑅 · 𝑠𝑒𝑛−1 ( 𝐻 − ℎ 𝑅 ) (10) Sendo assim ao substituir as equações 8 e 9 na equação 7 e possível determinar o deslocamento do primeiro percurso: http://localhost:9800/5IDEMJ5QC0O8OEE0992G/le589hgoxsau8xy5ae1d.vbk/OEBPS/Text/chapter10.html#ch10fig3 Pontifícia UniversidadeCatólica de Minas Gerais Laboratório de FísicaGeral I 7 T r a b a l h o d a F o r ç a d e A t r i t o ∆𝑆 = 𝜋 · 𝑅 2 + 𝜋 · 𝑅 2 − 𝑅 · 𝑠𝑒𝑛−1 ( 𝐻 − ℎ 𝑅 ) (11) Simplificando a equação 11 temos: ∆𝑆 = 𝜋 · 𝑅 − 𝑅 · 𝑠𝑒𝑛−1 ( 𝐻 − ℎ 𝑅 ) = 𝑅 · [𝜋 − 𝑠𝑒𝑛−1 ( 𝐻 − ℎ 𝑅 )] (12) Faça uma análise similar para os percursos seguintes. Figura 5. Figura ilustrativa do primeiro percurso feito pelo skatista . Observações: 1. Use o modo “rad” na sua calculadora para calcular a função inversa do seno; 2. Fica mais fácil se você dividir a trajetória em “pedaços”, pois a última posição do skatista será a posição inicial do próximo percurso. 2
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