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APOSTILA DE NECROPSIA

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1 
 
1. NECROPSIA E TERMINOLOGIAS APLICADAS 
SIGNIFICADO DE NECROPSIA: 
• O que é Necropsia? 
Necropsia é um tipo de exame científico realizado em cadáveres 
com a finalidade de apurar a causa mortis, ou seja, a causa da 
morte. Trata-se de uma série de observações hierarquizadas e 
organizadas feitas no indivíduo morto. 
Origem da palavra necrópsia 
A palavra necrópsia vem de dois termos gregos, sendo: 
 • Nekros = cadáver, corpo morto. 
• Opsis = vista, olhar. 
NECROPSIA CLÍNICA 
A necropsia clínica é realizada para determinar não somente a 
causa mortis, mas também todos os processos patológicos que 
afetam o indivíduo. Esse tipo de exame é feito por um médico 
patologista, é solicitado pelos profissionais da saúde que trataram o 
paciente e deve ser autorizado pelos membros da família. 
NECROPSIA FORENSE 
• A necropsia forense é realizada pelo médico legista. Normalmente 
é aquela transmitida nas mídias como rádio e televisão. É o tipo 
legalmente ordenado para resolver mortes repentinas ou suspeitas. 
Contudo, as necropsias também são feitas para formação médica e 
pesquisa de doenças. 
• O juiz é quem faz a solicitação da necropsia forense por qualquer 
morte suspeita de crime e não pode ser rejeitada pelos familiares. 
Após a morte, o corpo do indivíduo passa por modificações que são 
chamadas de alterações cadavéricas, que são divididas nas 
seguintes etapas: 
 • Rigidez e manchas cadavéricas. 
2 
 
• Gasosa. 
 • Coliquação. 
• Esqueletização. 
COMO É REALIZADA A NECROPSIA 
 • Antes que uma necropsia seja realizada, os investigadores 
reúnem todas as informações possíveis sobre o assunto e os 
eventos que levaram o indivíduo à óbito, consultando médicos, 
registros médicos e membros da família, além de examinarem as 
circunstâncias e o local da morte. 
NA NECROPSIA SÃO FEITAS DUAS INSPEÇÕES: 
• Externa – medição e pesagem do corpo, anotações quanto a 
roupas, objetos de valor pertencentes, cor dos cabelos e olhos, 
sexo, idade do sujeito, etnia, etc. 
• Interna – são removidos os órgãos pélvicos e abdominais, peito, 
quando necessário o cérebro, etc. 
• Após o exame de necropsia todos os órgãos são devolvidos ao 
corpo. 
• A necropsia é tida como o único método confiável para confirmar o 
sucesso no diagnóstico médico entre 70 a 85 por cento dos casos. 
Esse processo deve ser efetuado e é insubstituível para fornecer as 
informações que constarão na certidão de óbito. 
NECROPSIA X AUTÓPSIA 
• Necropsia e autópsia são usadas como sinônimos. A palavra 
necropsia vem dos gregos autos (por si mesmo) e psia (vista ação 
de ver ou examinar). Juntando os dois termos significa analisar por 
si mesmo, analisar pessoalmente ou ver por si mesmo. 
NECROPSIA OU NECROPSIA – AUTÓPSIA OU AUTOPSIA 
• No que diz respeito à correta pronúncia e localização da sílaba 
tônica, as palavras necropsia e autopsia (nesse caso a sílaba tônica 
é a vogal “i”) possuem conteúdo etimológico mais preciso, porém 
3 
 
nada impede no idioma português brasileiro empregar necropsia e 
autópsia com acento na vogal “o”. Os vocábulos existem 
simultaneamente na língua portuguesa e servem para fazer 
referência à mesma realidade e significado. 
SINÔNIMOS DE NECROPSIA • Autópsia. • Necroscopia. • 
Crítica. • Análise. • Autopse. 
EXEMPLOS DE USOS DE FRASES COM A PALAVRA 
NECROPSIA 
• Exemplo¹: Joana morreu por suspeitas de febre amarela, mas sem 
nada comprovado. Por isso a família solicitou que fosse realizado o 
exame de necropsia. 
• Exemplo²: Obrigatoriamente todos os indivíduos que morrem são 
submetidos ao exame de necropsia. 
NECROPSIA CLASSIFICAÇÃO GRAMATICAL 
• A classificação gramatical da palavra necropsia é substantivo 
feminino. 
• É uma flexão do verbo necropsiar na segunda pessoa do singular 
do imperativo afirmativo e terceira pessoa do singular do presente 
do indicativo. 
 
 
2. SISTEMA ESQUELÉTICO 
- Introdução e Conceito 
Conceito de Sistema Esquelético: O sistema esquelético é 
composto de ossos e cartilagens. 
Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito 
duros, que se unindo aos outros, por intermédio das junturas ou 
articulações constituem o Esqueleto. 
4 
 
É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja principal 
característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras 
colágenas). 
O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida 
de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior 
parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido 
ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento 
dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. 
 
Funções do esqueleto 
– Sustentação do organismo (apoio para o corpo); 
– Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro); 
– Base mecânica para o movimento; 
– Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo); 
– Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas 
novas); 
 
 Divisão do esqueleto 
Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do 
tronco. 
Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e 
inferiores. 
(A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio 
das cinturas escapular e pélvica). 
Número de ossos 
É clássico admitir o número de 206 ossos. 
Cabeça = 22 
Crânio = 08 
5 
 
Face = 14 
Pescoço = 87 vértebras 
Tórax = 37 
24 costelas 
12 vértebras 
1 esterno 
 
Abdome = 7 
5 vértebras lombares 
1 sacro 
1 cóccix 
 
Membro Superior = 32 
Cintura Escapular = 2 
Braço = 1 
Antebraço = 2 
Mão = 27 
 
Membro Inferior = 31 
Cintura Pélvica = 1 
Coxa = 1 
Joelho = 1 
Perna = 2 
Pé = 26 
6 
 
Ossículos do Ouvido Médio = 3 
 
Estrutura do osso longo 
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: 
Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são 
constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco 
encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco 
encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em 
vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. O 
osso longo tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e 
apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas 
epífises. Exemplo: Fêmur. 
Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus 
comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são 
compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina 
camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo. 
Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas 
lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso 
esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável 
proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. 
Exemplos: Frontal e Parietal. 
Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros 
intermediários, que podem ser distribuído em 5 grupos: 
Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não 
apresentam canal central. 
Exemplo: Costelas. 
Ossos Pneumáticos: É osso oco, com cavidades cheias de ar e 
revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em 
relação ao seu volume. Exemplo: Esfenoide. 
Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem 
ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Ele tem 
quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. 
7 
 
Exemplo: Vértebras. 
Estrutura dos Ossos Longos: 
A disposição dos tecidos óssea compacta e esponjosa em um osso 
longo é responsável por sua resistência. O osso longo contém 
locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às 
articulações. As partes de um osso longo são as seguintes: 
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituído principalmente 
de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência 
ao osso longo. 
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de 
um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma 
articulação.Cada epífise consiste de uma fina camada de osso 
compacto que reveste o osso esponjoso e recoberto por cartilagem. 
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. 
 
3. SISTEMA CARDIOVASCULAR 
O sistema cardiovascular, formado pelo coração e pelos vasos 
sanguíneos, é o sistema responsável por garantir a circulação de 
sangue por todo nosso corpo. 
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema 
circulatório, é o sistema responsável por garantir o transporte de 
sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células 
recebam, por exemplo, nutrientes e oxigênio. Esse sistema é 
formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos. 
 
→ Componentes do sistema cardiovascular 
O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas: 
• Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do 
sangue; 
• Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três 
principais tipos de vasos sanguíneos são: artérias, veias e 
capilares. 
 
8 
 
→ Coração 
 
O coração dos seres humanos, assim como o dos outros 
mamíferos, é um órgão muscular formado por quatro câmaras: 
dois átrios e dois ventrículos. 
Os átrios são as câmaras responsáveis por garantir o recebimento 
do sangue no coração, enquanto os ventrículos são as câmaras 
responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para a fora do 
coração. 
No lado esquerdo do coração, percebe-se a presença apenas de 
sangue rico em oxigênio, enquanto do lado direito observa-se a 
presença apenas de sangue rico em gás carbônico. No coração, há 
ainda a presença de quatro válvulas que impedem o refluxo do 
sangue, permitindo, desse modo, um fluxo contínuo. 
 
O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o 
miocárdio e o epicárdio. O endocárdio é a camada mais interna. O 
miocárdio é a camada média, a qual é formada por tecido muscular 
estriado cardíaco, sendo ela, portanto, a responsável por assegurar 
que o sangue seja bombeado adequadamente devido às 
contrações musculares. O miocárdio é a camada mais espessa do 
coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada mais externa. 
É no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que 
geralmente envolve o órgão. 
O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo 
chamada a contração de sístole e o relaxamento 
de diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, 
enche-se de sangue. Nos seres humanos, os batimentos cardíacos 
originam-se no próprio coração. A região que origina o batimento 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/coracao-humano.htm
9 
 
cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por ser 
um aglomerado de células que produzem impulsos elétricos. 
 
→ Vasos sanguíneos 
 
(Os vasos sanguíneos são responsáveis por garantir o transporte 
de sangue pelo corpo). 
Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos 
fechados por onde o sangue circula. Os três principais vasos 
sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os 
capilares. Veja, a seguir, algumas características básicas desses 
três vasos: 
• Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do 
coração, para os órgãos e tecidos do corpo. Nesses vasos, o 
sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em 
arteríolas. 
• Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a 
troca de substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo. 
• Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas 
vênulas, as quais convergem para as veias. As veias são os vasos 
que garantem que o sangue retorne ao coração. Nesses vasos, o 
sangue corre em baixa pressão e para evitar o refluxo do sangue as 
veias são dotadas de valvas. 
 
→ A circulação nos seres humanos 
O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio 
das veias cavas. Esse sangue é rico em gás carbônico e pobre em 
oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o 
ventrículo direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os 
pulmões via artérias pulmonares. 
Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então 
rico em gás carbônico, recebe oxigênio proveniente da respiração 
pulmonar. O sangue rico em oxigênio volta ao coração 
10 
 
via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo átrio esquerdo. 
Do átrio, ele segue para o ventrículo esquerdo. 
 
(Observe como ocorre o fluxo de sangue no coração). 
Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do 
coração pela artéria aorta. O sangue então segue para os vários 
órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas 
gasosas. O oxigênio presente no sangue passa para os tecidos e o 
gás carbônico produzido na respiração celular passa para o sangue. 
Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as 
quais seguem levando o sangue pobre em oxigênio para o coração. 
A veia cava superior e inferior garantem que o sangue rico em gás 
carbônico seja levado até o átrio direito. 
 
 
→ Circulação sistêmica e pulmonar 
A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, 
uma vez que se observa a presença de dois circuitos: a circulação 
sistêmica ou grande circulação e a circulação pulmonar ou pequena 
circulação: 
• Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao 
circuito que o sangue faz partindo do coração em direção aos vários 
tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão. Ao chegar do 
pulmão, o sangue é impulsionado para o corpo. Nos capilares, são 
feitas as trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás carbônico e 
pobre em oxigênio, retorna ao coração. 
• Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao 
circuito realizado pelo sangue do coração aos pulmões e seu 
retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em oxigênio 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tipos-circulacao-sanguinea.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/circulacao-sistemica-pulmonar.htm
11 
 
do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao 
coração. 
 
4. SISTEMA MUSCULAR 
O sistema muscular atua principalmente na movimentação dos 
membros e das vísceras. 
O nosso corpo é uma máquina complexa que apresenta diversos 
sistemas integrados trabalhando juntos para garantir a nossa 
sobrevivência. Entre esses sistemas, destaca-se o muscular, que 
apresenta como principais funções a movimentação dos membros e 
das vísceras. 
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso 
corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos 
eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. 
Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando 
movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, 
escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, 
promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, 
piscar os olhos, rir, respirar... 
A nossa capacidade de locomoção dependem da ação conjunta de 
ossos, articulações e músculo, sob a regulação do sistema nervoso. 
 
 
12 
 
 
Tipos de músculos 
No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa, e 
músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem 
ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos 
(os do crânio, entre outros); ou fusiformes (como os do braço). 
Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de músculo 
no corpo humano: 
• Músculo não estriado (músculo liso); 
• Músculo estriado esquelético; 
• Músculo estriado cardíaco. 
-O músculo não estriado, por sua vez, apresenta contração 
involuntária e lenta e é encontrado no sistema digestório e 
respiratório, bem como em algumas estruturas ocas, como a bexiga 
urinária e o intestino delgado. Uma de suas características mais 
13 
 
marcantes é a ausência de estriações, o que é observado nos 
outros tipos musculares. 
Quando estudamos o sistema muscular, estudamos os músculos 
esqueléticos que formam nosso corpo. 
Os músculos não estriados têm contração lenta e involuntária, isto 
é, os movimentos por eles gerados ocorrem independentemente da 
nossavontade. 
 Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção dos 
pelos na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de órgãos como o 
esôfago, o estômago, o intestino, as veias e as artérias, ou seja, 
músculos associados aos movimentos peristálticos e ao fluxo de 
sangue no organismo. 
-Os músculos estriados esqueléticos fixam-se aos ossos 
geralmente por meio de cordões fibrosos, chamados tendões. 
Possuem contração vigorosa e voluntária, isto é, seus movimentos 
obedecem a nossa vontade. 
Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente 
associados ao sistema esquelético e possuem apenas 
movimentação voluntária, ou seja, sua contração é consciente. O 
termo estriado está associado ao fato de que eles apresentam 
bandas claras e escuras que se dispõem de maneira alternada 
quando observadas em microscopia óptica. 
Exemplos: os músculos das pernas, dos pés, dos braços e das 
mãos. 
-O músculo estriado cardíaco é o miocárdio, o músculo do 
coração, que promove os batimentos cardíacos. Sua contração é 
vigorosa e involuntária. 
 
O TRABALHO MUSCULAR 
Uma das principais propriedades dos músculos é a capacidade de 
se contrair; a contratilidade; é ela que torna possíveis os 
movimentos. 
Existe mais de 400 músculos esqueléticos no nosso corpo, o 
que representa cerca de 50% de toda nossa massa corpórea. Eles 
são classificados com base em diversos critérios, tais como a sua 
14 
 
origem e inserção, ação, função, forma e arranjo das fibras e 
número de cabeças. 
Entende-se por origem o local onde o músculo está mais fixado e 
que funciona como a base para a sua ação. Já a inserção é o 
ponto móvel onde é possível observar o efeito do movimento. O 
glúteo mínimo, por exemplo, é um músculo responsável pela 
abdução da coxa e tem sua origem na superfície lateral do íleo e 
sua inserção é na superfície anterior do fêmur, mais precisamente 
na região do tocante maior (proeminência localizada na borda 
superior do fêmur). 
Quando os músculos são classificados de acordo com a 
sua ação, são denominados de extensores, flexores, adutores, 
abdutores, rotadores, supinadores e pronadores. Veja a função de 
cada um: 
→ Extensores: estiram um membro; 
→ Flexores: são responsáveis pela flexão; 
→ Adutores: levam um membro em direção à linha mediana do 
corpo; 
→ Abdutores: movem o membro para fora dessa linha. 
→ Rotadores: giram os membros; 
→ Supinadores: viram a palma da mão para cima; 
→ Pronadores: colocam a palma da mão para baixo. 
Observando-se a função, os músculos podem ser classificados em 
agonistas, antagonistas e sinergistas. Os músculos agonistas 
desempenham o movimento principal do músculo; os antagonistas 
realizam movimentação contrária; e os sinergistas auxiliam o 
trabalho dos músculos agonistas. 
Em relação à forma e ao arranjo das fibras, os músculos podem ser 
classificados em músculos de fibras paralelas e de fibras oblíquas. 
Como exemplo de músculos de fibras paralelas, podemos citar o 
bíceps e o peitoral. Já como exemplo de músculo de fibras 
oblíquas, podemos citar o orbicular do olho. 
Por fim, quando o critério utilizado é número de cabeças, levam-se 
em consideração quantos tendões de origem o músculo apresenta. 
15 
 
O bíceps, por exemplo, apresenta duas cabeças; o tríceps 
apresenta três; e o quadríceps, quatro. 
No caso dos músculos estriados esqueléticos, os ossos atuam 
como alavancas e permitem a efetivação do movimento. Às vezes, 
o movimento é possível graças ao trabalho antagônico de dois 
músculos. Por exemplo: quando você dobra um braço, o bíceps 
braquial se contrai, diminui no comprimento e aumenta na 
espessura. Ao mesmo tempo, o tríceps braquial relaxa. Ao esticar o 
braço, a situação se inverte: o bíceps braquial relaxa, voltando ao 
tamanho normal, e o tríceps braquial se contraem. 
 
A fadiga muscular 
Quando uma pessoa realiza um esforço muscular muito intenso, é 
comum ela ficar cansada e sentir dores na região muscular mais 
solicitada. É a fadiga muscular, que ocorre por causa do acúmulo 
de ácido lático no músculo. 
Em situação de intensa atividade muscular, os músculos estriados 
esqueléticos necessitam de muita energia. Essa energia é obtida 
pela “queima” de alimento com o uso de gás oxigênio. Mas, nesse 
caso, parte da energia necessária para a atividade muscular é 
obtida também por um tipo de fermentação, um mecanismo de 
“queima” de alimento sem utilização gás oxigênio. A fermentação 
que ocorre no músculo é chamada fermentação láctica, pois gera 
ácido láctico como produto final. 
Após um período de repouso, o ácido láctico presente no músculo 
da pessoa é “queimado”, e as dores musculares desaparecem. 
Músculos e fibras 
Ao observar um pedaço de carne crua, percebemos que ela é 
formada por inúmeros fios paralelos e presos uns aos outros por 
tecido conjuntivo (parte branca e pelanca). Depois do cozimento, o 
tecido conjuntivo se altera e já não prende tão bem esses fios. 
Assim, fica fácil desfiar a carne. 
Os fios observados são feixes de fibras musculares. Cada fibra 
muscular ou miócito é uma célula longa e fina, com muitos núcleos 
e com o citoplasma ocupado por filamentos microscópicos 
16 
 
chamados miofibrilas. As miofibrilas permitem a contração muscular 
e, portanto, nossos movimentos. 
Os músculos estriados são as vezes chamados de “músculos 
vermelhos”, por causa de uma proteína chamada de mioglobina. 
Essa proteína é uma espécie de “parente” da hemoglobina das 
hemácias: tem um quarto do tamanho dela, é vermelha e capaz de 
se combinar com o gás oxigênio. A mioglobina funciona como um 
reservatório do gás oxigênio para as atividades musculares. 
Nos mamíferos aquáticos, a mioglobina é particularmente 
abundante. É o caso de animais como as focas, as baleias, os 
leões-marinhos e os golfinhos. Se comparados com mamíferos 
terrestres, esses animais aquáticos possuem mais glóbulos 
vermelhos e alvéolos pulmonares mais desenvolvidos e em maior 
número. E, nos músculos, a grande presença de mioglobina garante 
um notável armazenamento de gás oxigênio. 
Tudo isso contribui para que possam mergulhar e permanecer 
submersos na água por períodos relativamente longos. 
 
 
5. SISTEMA LINFÁTICO 
Além do sistema cardiovascular (circulatório) para a circulação do 
sangue, o corpo humano possui outro sistema de fluxo de líquido: o 
sistema linfático. 
O sistema linfático compreende o conjunto formado pela linfa, 
pelos vasos linfáticos e órgãos como os linfonodos, o baço, 
o timo e as tonsilas palatinas. A linfa é um líquido claro, 
ligeiramente amarelado, que flui lentamente em nosso corpo 
através dos vasos linfáticos. Parte do plasma sanguíneo extravasa 
continuamente dos vasos capilares, formando um material líquido 
entre as células dos diversos tecidos do organismo – o líquido 
intercelular ou intersticial. 
Uma parte desse líquido intercelular retorna aos capilares 
sanguíneos, carregando gás carbônico e resíduos diversos. Outra 
parte – a linfa – é recolhida pelos capilares linfáticos. Os capilares 
linfáticos transportam a linfa até vasos de maior calibre, 
17 
 
chamados vasos linfáticos. Esses vasos semelhantes às veias, 
por sua vez, desembocam em grandes veias, onde a linfa é 
liberada, misturando-se com o sangue. 
Ao longo do seu trajeto, os vasos linfáticos passam pelo interior de 
pequenos órgãos globulares, chamados linfonodos. Os vasos 
linfáticos passam ainda por certos órgãos, como as tonsilas 
palatinas (amídalas) e o baço. 
O sistema linfático não possui um órgão equivalente ao coração. A 
linfa, portanto, não é bombeada como no caso do sangue. Mesmo 
assim se desloca, pois as contrações musculares comprimem os 
vasos linfáticos, provocando o fluxo da linfa. 
Os vasos linfáticos possuem válvulas que impedem o refluxo 
(retorno) da linfa em seu interior: assim, ela circula pelo vaso 
linfático num único sentido. O sistema linfático auxilia o sistema 
cardiovascular na remoção de resíduos, na coleta e na distribuição 
de ácidos graxos e gliceróisabsorvidos no intestino delgado e 
contribui para a defesa do organismo, produzindo certos leucócitos, 
como os linfócitos. 
 
6. SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir 
a captação de oxigênio do meio ambiente e a liberação do 
gás carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com 
o olfato, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e 
relacionado também com a fala, devido à presença das chamadas 
pregas vocais em um dos órgãos do sistema respiratório. 
 
→ Resumo 
• O sistema respiratório é um sistema relacionado com a captação de 
oxigênio e liberação de gás carbônico para o meio. 
• O sistema respiratório pode ser dividido em duas porções: uma 
parte condutora e uma parte respiratória. 
• Fazem parte da porção condutora as fossas nasais, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. 
18 
 
• Fazem parte da porção respiratória os bronquíolos respiratórios, 
ductos alveolares e alvéolos. 
• Na porção respiratória ocorrem as trocas gasosas, ou seja, o 
oxigênio retirado do meio externo é disponibilizado para o sangue, e 
o gás carbônico entra no sistema respiratório para realizar o 
caminho inverso ao do oxigênio e ser eliminado para o meio. 
• A respiração acontece graças a dois movimentos respiratórios: a 
inspiração e expiração. 
• A respiração é dependente do centro respiratório no bulbo. 
 
→ Órgãos do sistema respiratório 
Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe 
(nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, 
alvéolos e pulmões. Veja a seguir um pouco mais a respeito de 
cada um desses importantes órgãos: 
 
Observe os principais órgãos do sistema respiratório. 
• Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. Nelas é 
possível observar três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a 
área olfatória. O vestíbulo é a parte anterior e dilatada das fossas 
nasais, a qual se comunica com o meio exterior. 
A região respiratória corresponde 
à maior parte das fossas nasais. Por fim, temos 
a área olfatória que corresponde à parte superior das fossas 
nasais, a qual é rica em quimiorreceptores de olfação. 
• Faringe: é um órgão musculomembranoso comum ao sistema 
digestório e respiratório. A parte que faz parte do sistema 
19 
 
respiratório é denominada de nasofaringe, enquanto a parte 
digestória é denominada de orofaringe. A nasofaringe 
está localizada posteriormente à cavidade nasal. 
• Laringe: é um tubo de cerca de 5 cm de comprimento que 
apresenta forma irregular e atua garantindo a conexão entre 
a faringe e a traqueia. Na laringe, é possível perceber a 
chamada epiglote, que nada mais é do que um prolongamento que 
se estende desse órgão em direção à faringe 
e evita que alimento adentre o sistema respiratório. Além 
da epiglote, encontramos na laringe a presença das 
chamadas pregas vocais, que são responsáveis pela produção de 
som. 
• Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em formato 
de C, logo depois da laringe. A traqueia ramifica-se dando origem 
a dois brônquios, denominados de brônquios primários. 
• Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um 
em um pulmão, pela região do hilo. Esses brônquios, denominados 
de brônquios primários ou principais, penetram pelos pulmões 
e ramificam-
se em três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esque
rdo. Esses brônquios, chamados de secundários ou lobares, 
ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou segmentares, 
que se ramificam dando origem aos bronquíolos. 
• Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem 
diâmetro de cerca de um mm e não possuem cartilagem. Esses 
também se ramificam, formando os bronquíolos terminais e, 
posteriormente, os bronquíolos respiratórios. 
Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte 
respiratória e abrem-se no chamado ducto alveolar. 
• Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última 
porção da árvore brônquica e 
estão localizadas no final dos ductos alveolares. São 
semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma parede epitelial 
fina e é o local onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os 
alvéolos estão organizados em grupos chamados de saco alveolar. 
• Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam 
consistência esponjosa e apresenta maior parte de seu parênquima 
formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de cerca 
de 300 milhões de alvéolos nos pulmões. Cada pulmão é 
revestido por uma membrana chamada de pleura. O pulmão de 
uma criança, geralmente, apresenta a coloração rósea, enquanto do 
adulto pode ter uma coloração mais escura devido à maior 
exposição à poeira e à fuligem. 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/epiglote.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pulmao.htm
20 
 
 
Os pulmões apresentam seu parênquima formado, 
principalmente, por alvéolos. 
→ Porção condutora e porção respiratória 
Podemos dividir o sistema respiratório em duas porções: a 
condutora e a respiratória. 
• Porção 
condutora: é formada pelas fossas nasais, nasofaringe, laringe,
 
traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Como 
o nome indica, essa porção permite a entrada e saída de ar, porém 
sua função não acaba aí, é nessa parte que o ar é limpo, 
umedecido e aquecido. 
• Porção 
respiratória: é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares e alvéolos, que são as partes responsáveis pela 
ocorrência das trocas gasosas. É nessa porção que o oxigênio 
inspirado passará para o sangue e o gás carbônico presente no 
sangue passará para o sistema respiratório. 
 
 
→ Como funciona o sistema respiratório 
O sistema respiratório funciona garantindo a entrada e saída de ar 
do nosso corpo. O ar inicialmente entra pelas fossas nasais onde 
é umedecido, aquecido e filtrado. Ele então segue para a faringe, 
posteriormente para laringe e para a traqueia. A traqueia ramifica-
se em dois brônquios dando acessos aos pulmões. O ar segue, 
então, dos brônquios para os bronquíolos e finalmente chega 
aos alvéolos pulmonares. 
21 
 
 
As trocas gasosas acontecem nos alvéolos pulmonares. 
Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas, um processo 
também denominado de hematose. O oxigênio presente no ar 
que chega até os alvéolos dissolve-se na camada que reveste 
essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os capilares 
localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a 
difusão de gás carbônico. 
→ Controle da respiração em seres humanos 
Os seres humanos possuem neurônios na região do bulbo que 
garantem a regulação da respiração. O bulbo 
percebe alterações no pH do líquido do tecido circundante e 
desencadeia respostas que 
garantem alterações no ritmo respiratório. 
Quando os níveis de gás carbônico aumentam no sangue e no 
líquido cerebrospinal, acontece uma queda no pH. Isso acontece 
devido ao fato de que o gás carbônico presente nesses locais pode 
reagir com água e desencadear a formação de ácido carbônico 
(H2CO3). Esse pode dissociar-se em íon bicarbonato (HCO3-) e íons 
hidrogênio (H+). O aumento dos íons hidrogênio provoca a 
queda do pH. 
O bulbo, então, percebe essas alterações, 
e sinais são enviados para os músculos intercostais e 
diafragma para que ocorra um aumento da intensidade e taxa da 
respiração. Quando o PH retorna ao normal, há uma redução da 
intensidade e taxa respiratória. 
Vale destacar que alterações no nível de oxigênio no sangue 
desencadeiam poucos efeitos no bulbo. Entretanto, quando os 
níveis estão muito baixos, ocorre um aumento da taxa de 
respiração. 
→ Inspiração e expiração 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hematose.htm
22 
 
A respiração é conseguida graças à realização de dois movimentos 
respiratórios: a inspiração e a expiração. 
 
Os movimentos respiratórios garantem a entrada e saída de ar. 
• Inspiração: garante a entrada de ar no sistema respiratório. Nesse 
processo há a contração do diafragma e dos músculos 
intercostais, levando a expansão dacaixa torácica e diminuição 
da pressão em seu interior. 
• Expiração: quando o ar sai do sistema respiratório. Nesse 
processo os músculos torácicos relaxam, assim como o 
diafragma, levando à redução da caixa torácica e ao aumento da 
pressão interna. 
 
7. SISTEMA DIGESTÓRIO 
O sistema digestório é formado pelo trato digestório, o qual é 
composto pela boca, esôfago, estômago, intestino delgado e 
grosso, além das glândulas anexas, como o fígado. 
 
23 
 
O sistema digestório garante a absorção dos nutrientes presentes 
nos alimentos 
Os órgãos do sistema digestório propiciam a digestão do que 
ingerimos, permitindo que seja feita a absorção de nutrientes, além 
da eliminação de partículas não utilizadas pelo organismo, como a 
celulose. 
Para que haja a digestão, o alimento deve passar por 
modificações físicas e químicas. Entenda melhor esse 
processo que começa na boca: 
 
• Boca 
A maioria dos mamíferos mastiga o alimento. Tal ato permite 
sua diminuição, umidificação e, em alguns casos, o contato com 
enzimas digestivas presentes na saliva(ptialina), que são 
responsáveis pela transformação de glicogênio e amido em 
maltose. Nessa fase da digestão, a língua tem um importante 
papel: além de auxiliar na diminuição e diluição do alimento, 
permite a captura de sabores, estimulando a produção de saliva. Os 
sais presentes na saliva neutralizam a possível acidez do alimento. 
 
• Faringe – Esôfago 
Após a mastigação, o bolo alimentar passa pela faringe e é 
direcionado para o esôfago. Lá, movimentos 
peristálticos permitem que o bolo seja direcionado ao estômago. 
Tal processo mecânico permite que o alimento seja misturado aos 
sucos digestivos. 
• Estômago 
No estômago, o suco gástrico – rico em ácido clorídrico, 
pepsina, lipase e renina – fragmenta e desnatura proteínas do 
bolo alimentar, atua sobre alguns lipídios, favorece a absorção de 
cálcio e ferro e mata bactérias. Esse órgão é delimitado pelo 
esfíncter da cárdia (entre o estômago e o esôfago) e pelo esfíncter 
pilórico (entre o estômago e o intestino). O bolo alimentar, após 
ser misturado ao suco gástrico, agora denominado de “quimo”, 
segue para o intestino delgado. 
 
• Intestino delgado 
No intestino delgado, ocorre a maior parte da digestão e 
absorção do que foi ingerido. Esse órgão é compartimentado 
em duodeno, jejuno e íleo, e o processo se inicia nessa primeira 
porção. No duodeno, com auxílio do suco intestinal, proteínas 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/saliva.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/movimentos-peristalticos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/movimentos-peristalticos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-quimo-quilo.htm
24 
 
transformam-se em aminoácidos, e a maltose e alguns outros 
dissacarídeos são digeridos graças a enzimas como a 
enteroquinase, peptidase e carboidrase. 
 
No duodeno há, também, o suco pancreático, que é lançado 
do pâncreas pelo canal de Wirsung. O suco pancreático possui 
bicarbonato de sódio, tripsina, quimiotripsina, lipase pancreática e 
amilopsina em sua constituição, que permitem que seja 
neutralizada a acidez do quimo,proteínas sejam transformadas 
em oligopeptídios, lipídios resultem em ácidos graxos e glicerol, 
carboidratos sejam reduzidos a maltose e DNA e RNA sejam 
digeridos. A bile, produzida no fígado, quebra gorduras para 
que as lipases pancreáticas executem seu papel de forma mais 
eficiente. 
A digestão encerra-se na segunda e terceira porção do intestino 
delgado pela ação do suco intestinal ou suco entérico. Suas 
enzimas (maltase, sacarase, lactase, aminopeptidases, 
dipeptidases, tripeptidases, nucleosidades e nucleotidases) 
permitem que moléculas se reduzam a nutrientes e estes sejam 
absorvidos e lançados no sangue com o auxilio das vilosidades 
presentes no intestino. O alimento passa a ter aspecto aquoso, 
esbranquiçado e é chamado, agora, de “quilo”. 
 
• Intestino grosso 
O quilo encaminha-se para o intestino grosso. Este, que é dividido 
em ceco, cólon, reto e ânus, absorvem água e sais minerais e 
direciona a parte que não foi digerida do quilo para o reto a fim 
de que seja eliminada pelas fezes. Bactérias da flora intestinal 
permitem a produção de vitaminas, como a K e B12. 
 
 
8. SISTEMA URINÁRIO 
 
Composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra, o 
sistema urinário é o responsável por formar e garantir a eliminação 
da urina para fora do corpo. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pancreas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-figado.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-quimo-quilo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-k.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vitamina-b.htm
25 
 
 
O sistema urinário possui órgãos que garantem a formação, 
armazenamento e eliminação da urina. 
 
 
O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável 
por produzir, armazenar temporariamente e eliminar a urina, um 
composto que garante a eliminação de substâncias que estão em 
excesso no organismo e resíduos oriundos do metabolismo. A 
seguir falaremos mais sobre esse importante sistema, que é 
essencial para garantir a manutenção do equilíbrio interno do nosso 
corpo. 
 
Órgãos do sistema urinário e suas funções 
 
Os órgãos do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, a 
bexiga urinária e a uretra. Eles atuam de maneira conjunta, 
garantindo a filtração do sangue, a produção da urina e sua 
eliminação. Na tabela a seguir, temos os órgãos que compõem o 
sistema urinário e suas respectivas funções. 
 
 
Órgão Função 
Rim 
Órgão responsável pela produção da 
urina. 
Ureter 
Órgão que garante que a urina seja 
conduzida até a bexiga. 
Bexiga 
Órgão responsável pelo armazenamento 
da urina até sua eliminação. 
Uretra 
Órgão que garante a eliminação da urina 
para fora do corpo. 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-metabolismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/os-rins.htm
26 
 
 
 
Observe os órgãos que compõem o sistema urinário. 
 
→ Rins 
Os rins são encontrados em número de dois no nosso corpo, sendo 
eles os órgãos responsáveis pela produção da urina. Estão 
localizados junto à parede posterior do abdômen, abaixo do 
diafragma. 
Possuem cerca de 10 cm de comprimento, peso aproximado de 120 
a 280 g e formato que lembra um feijão, apresentando uma borda 
convexa e uma borda côncava. Na parte côncava, é possível 
observar uma região denominada de hilo, local onde entram e saem 
vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres. 
Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem 
duas regiões bem distintas: um córtex e uma medula. O córtex 
está localizado mais externamente, enquanto a medula está 
localizada mais internamente e é visualizada como uma região mais 
escura. A porção superior e expandida do ureter é denominada 
de pelve renal e comunica-se com a medula renal. A pelve 
ramifica-se em direção à medula em cálices maiores, que se 
ramificam em cálices menores. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/os-rins.htm
27 
 
 
Observe algumas partes do rim, o órgão responsável pela formação 
da urina. 
 
As unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os 
quais são constituídos pelo corpúsculo renal e pelos túbulos renais. 
O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de 
Malpighi, é formado por um glomérulo (enovelado de capilares) 
envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman). Os túbulos 
renais partem da cápsula e apresentam-se como uma sequência de 
túbulos: túbulo proximal alça de Henle e túbulo distal. Esse último 
abre-se no ducto coletor. 
 
Os néfrons são classificados em corticais e justamedulares. Os 
néfrons corticais são aqueles que apenas uma porção adentra a 
medula renal, enquanto os néfrons justamedulares estendem-se 
mais profundamente na medula. 
 
→ Ureteres 
Os ureteres são ductos que levam a urina do rim para a 
bexiga. São encontrados em nosso corpo dois ureteres, cada um 
partindo de um dos rins.Em média, os ureteres apresentam de 25 a 
30 cm de comprimento e 4 a 5 mm de diâmetro. 
→ Bexiga urinária 
A bexiga urinária é um órgão muscular oco que serve de 
reservatório para a urina e gradativamente distende-se 
conforme esse produto acumula-se. Há músculos próximos ao 
local de junção entre a uretra e a bexiga, que atuam regulando a 
micção. 
 
28 
 
 
Na bexiga urinária, a urina é armazenada. 
 
→ Uretra 
A uretra é um órgão que garante a eliminação da urina para o 
meio externo. No homem, a uretra apresenta um comprimento 
médio de 20 cm e pode ser dividida em três porções: prostática, 
membranosa e cavernosa ou peniana. A prostática passa próxima à 
bexiga e no interior da próstata, a membranosa possui apenas um 
centímetro de extensão e conecta-se com a cavernosa, que se 
localiza no interior do corpo cavernoso do pênis. A uretra da mulher 
apresenta cerca de 4 cm de comprimento. 
 
Como funciona o sistema urinário: a formação da urina 
 
Como sabemos, o sistema urinário é o sistema responsável 
pela formação da urina. A urina é produzida nos rins, passa pelos 
ureteres é armazenada temporariamente na bexiga e 
posteriormente lançada para o exterior do corpo via uretra. 
 
A formação da urina ocorre na região dos rins chamadas de 
néfrons. Inicialmente, ocorre o processo de filtração no interior do 
corpúsculo renal. O sangue que chega aos glomérulos está em alta 
pressão e o glomérulo atua como uma membrana semipermeável, 
garantindo que parte do plasma passe para o interior da cápsula 
(filtração). O filtrado formado é semelhante ao plasma 
sanguíneo, porém não possui proteínas. 
 
29 
 
 
 
O filtrado segue, então, para os túbulos renais, onde passa pelos 
processos de reabsorção e secreção. Na reabsorção, algumas 
substâncias são reabsorvidas para o sangue, enquanto no processo 
de secreção, substâncias são adicionadas ao filtrado. A reabsorção 
é importante, pois garante que água, íons e glicose, por exemplo, 
sejam reabsorvidos. A urina é resultado, portanto, dos 
processos de filtração glomerular, reabsorção tubular e 
secreção tubular. 
 
Após passar pelo túbulo renal, a urina segue para o ducto coletor, 
que leva o composto até a pelve renal (porção superior do ureter), 
saindo do rim, portanto, via ureter. Como dito anteriormente, do 
ureter, a urina segue até a bexiga, onde é armazenada e depois 
eliminada pela uretra. 
→ Diferenças entre o sistema urinário masculino e feminino: 
 
O sistema urinário masculino e feminino apresenta os mesmos 
órgãos. Portanto, se você avaliar esse sistema em pessoas de 
sexos diferentes encontrará: dois rins, dois ureteres, uma bexiga 
urinária e uma uretra. Entretanto, algumas diferenças podem ser 
observadas. 
Veja algumas delas a seguir: 
 
• A bexiga está localizada em frente ao reto. Nos homens, essa se 
separa do reto pelas vesículas seminais, enquanto na mulher, 
observa-se a presença da vagina e útero. 
30 
 
• A uretra no homem apresenta outra função além de garantir a 
eliminação da urina. Nesse sexo, a uretra dá passagem também ao 
sêmen durante a ejaculação. No sexo feminino, por sua vez, a 
uretra é considerada um órgão exclusivo do sistema urinário. 
• A uretra masculina é maior que a uretra feminina. Enquanto a uretra 
masculina possui cerca de 20 cm, a feminina apresenta apenas 4 
cm. 
 
→ Curiosidade do sistema urinário 
• Cada rim possui aproximadamente um milhão de néfrons. 
• O rim de um recém-nascido é três vezes maior, em proporção ao 
peso do corpo, do que o rim de um adulto. 
• O rim direito é ligeiramente mais baixo do que o rim esquerdo 
devido à presença do fígado. 
• Os rins recebem cerca de 1 litros de sangue por minuto. 
• Em média, um indivíduo elimina entre 1000 e 1500 ml de urina por 
dia. 
• A presença de glicose na urina pode ser um sinal de diabetes. 
• A proximidade da uretra feminina com o ânus favorece o surgimento 
de infecção urinária. 
• A capacidade média da bexiga é de 700 a 800 ml. 
• O câncer de bexiga é o câncer mais comum do trato urinário. 
Sangue na urina, dor ao urinar, vontade de urinar, mas sem 
conseguir realizar a micção são alguns dos sinais que merecem 
atenção. 
• A hemodiálise é um procedimento em que uma máquina é utilizada 
para limpar e filtrar o sangue, atuando como um rim artificial. 
• Em 2017, o Brasil realizou 5948 transplantes de rim. 
 
 
9. Sistema Tegumentar – Função e Todas as Partes da Pele 
 
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/hemodialise.htm
31 
 
O sistema tegumentar está relacionado à estrutura da pele, 
abordando tudo que envolve essa imensa composição do corpo 
humano. 
Qual a Função do Sistema Tegumentar? 
As funções do sistema tegumentar, ou seja, da pele humana, são 
as seguintes: 
▪ Proteção 
▪ Sensibilidade 
▪ Respiração 
▪ Excreção 
▪ Regulação térmica 
Vamos ver agora cada uma delas. 
Proteção 
Pelo fato de formar um revestimento contínuo para todo o corpo, a 
pele tem a função de protegê-lo contra uma série de elementos 
externos que podem ser altamente prejudiciais ao organismo, tais 
como micróbios e toxinas, daí a primeira grande importância 
do sistema tegumentar. 
Respiração 
No sistema tegumentar, outra das funções essenciais é a 
respiração. Diariamente, estima-se que são liberados por meio da 
pele cerca de 8 gramas de anidrido carbônico. 
Excreção do sistema tegumentar 
É por meio das glândulas sudoríparas que a pele exerce o papel de 
excretar diversos tipos de substâncias acumuladas no corpo 
humano, atuando de forma semelhante aos rins. 
Regulação térmica 
O sistema tegumentar desempenha o papel de regular a 
temperatura do corpo. Isso é possível graças à altíssima 
capacidade sensitiva da pele, o que contribui para a saúde do 
organismo como um todo. 
32 
 
Estrutura do Sistema Tegumentar 
O sistema tegumentar é composto pelos seguintes elementos 
Epiderme 
No sistema tegumentar, a estrutura da epiderme é formada por 
tecido epitelial. Nesse tecido, estão contidas células que possuem 
vários formatos e funções. Essas células são formadas na camada 
basal (camada mais profunda da epiderme). 
Ao se moverem para cima, no sentido da epiderme, essas células 
vão se tornando mais “achatadas”. 
As células contidas na epiderme são multiplicadas de forma 
contínua, fazendo que as novas células produzidas nas camadas 
mais profundas empurrem as células mais velhas para cima (na 
região mais superficial do corpo). 
No momento em que essas células envelhecidas chegam à camada 
mais superficial da pele, elas já estão mortas e são compostas 
principalmente por queratina. 
Essa quantidade de queratina ocorre porque ao passo que as 
células da epiderme envelhecem, por se tornarem achatadas, elas 
começam a gerar e acumular em seu interior quantidades maiores 
de queratina. 
Quando as células atingem a quantidade máxima de queratina 
acumulada elas morrem e passam a formar um revestimento na 
pele que é altamente impermeável e resistente a atritos, sendo esse 
efeito possível justamente devido à queratina. 
É nas camadas inferiores da epiderme que se encontram as células 
responsáveis pela produção de melanina (células chamadas de 
melanócitos). Apenas para relembrar, a melanina é um pigmento 
que determina a coloração da pele. 
As camadas das células da epiderme são bem numerosas, sendo 
divididas em 5 estratos: 
▪ Estrato germinativo; 
▪ Estrato espinhoso; 
▪ Estrato granuloso; 
33 
 
▪ Estrato lúcido; 
▪ Estrato córneo. 
Derme 
No sistema tegumentar, a derme está logo abaixo da epiderme e 
apresenta uma estrutura sensível e elástica. A estrutura da derme é 
composta por um tecido conjuntivo que abriga glândulas, órgãos 
sensoriais, terminações nervosas, vasos sanguíneos e fibras 
proteicas. 
Os fibroblastos são classificados como as principais células 
presentes da derme, tendo a missão de produzir fibras e uma 
substância gelatinosa (substância amorfa). É nessa substância 
amorfa que os elementos da derme estão inseridos. 
Ainda que as chamadas glândulasanexas (sudoríparas e 
sebáceas) estejam mergulhadas na derme, elas possuem sua 
origem na epiderme. Isso ocorre porque a epiderme penetra na 
derme e dá origem a esses folículos pilosos. 
O suor liberado pelo organismo contém água, sais e uma pequena 
quantidade de ureia – a mesma substância presente na urina. Esse 
suor é drenado pelo ducto das glândulas sudoríparas. 
Já a secreção sebácea (um tipo de secreção gordurosa que lubrifica 
a epiderme e os pelos) é eliminada pelos poros dos quais emergem 
os pelos. 
A função da transpiração ou sudorese é refrescar o organismo nos 
momentos em que há aumento da temperatura do ambiente externo 
ou nas situações em que a temperatura do corpo aumenta como, 
por exemplo, durante a atividade física ou em quadros de febre. 
Tela subcutânea 
O sistema tegumentar abrange a chamada tela subcutânea, que 
também recebe o nome de hipoderme. Consiste em uma camada 
localizada embaixo da pele, sendo essa tela formada por tecido 
conjuntivo frouxo. 
Esse tecido apresenta alta quantidade de fibras e células adiposas 
ou adipócitos (células que armazenam gordura). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibroblasto
34 
 
A tela subcutânea atua como isolante térmico protege de choques 
mecânicos e é também responsável por reservar energia. 
Unhas e pelos 
No sistema tegumentar, tanto as unhas quanto os pelos são 
formados por células epidérmicas queratinizadas, mortas e 
compactadas. 
Apenas relembrando, as células epidérmicas se renovam 
continuamente, sendo que as mais novas, originadas nas camadas 
mais profundas, vão “empurrando” as mais velhas, que vão se 
encaminhando mais para a superfície da pele. 
Pelo fato de as unhas e os pelos serem compostos dessas células 
epidérmicas, eles apresentam uma alta capacidade de renovação. 
Com relação aos pelos cada um deles está conectado a um 
minúsculo músculo eretor, permitindo a movimentação de uma ou 
mais glândulas sebáceas responsáveis pela lubrificação. 
 
 
 
Sistema Tegumentar e Atividades Sensoriais 
A pele humana funciona como um receptor sensorial por 
excelência. Ou seja, esse órgão capta todas as sensações, das 
mais sutis às mais intensas. 
35 
 
Essa ampla atividade sensorial é possível devido às numerosas 
terminações nervosas presentes na epiderme, glândulas, folículos 
pilosos e também aos chamados receptores encapsulados e não 
encapsulados existentes na derme e na hipoderme, sendo mais 
comuns nas papilas dérmicas. 
 
Vejamos alguns exemplos de receptores e funções sensoriais que 
eles exercem. 
 
Sensação percebida Receptor de superfície 
Tato Plexos das raízes pilosas 
Dor, frio, calor, coceira e cócegas Terminações nervosas livres 
Tato Corpúsculos de Ruffini 
Pressão, vibração Corpúsculos de Pacini 
Vibração, pressão, tato Corpúsculos de Meissner 
Frio Corpúsculos de Krause 
Tato, pressão Discos de Merkel 
 
Algumas Curiosidades Sobre a Pele Humana 
▪ A função das digitais é aumentar a aderência dos dedos ao 
pegar objetos; 
▪ As células da pele são substituídas por outras novas a cada 28 
dias; 
▪ Após os 30 anos, a renovação das células da pele é 20% mais 
lenta. 
 
 
 
 
 
36 
 
10. Sistema Nervoso – Funções e Elementos Essenciais 
 
O sistema nervoso é um dos sistemas mais fascinantes e 
complexos do corpo humano, interligando uma infinidade de 
componentes. 
Qual a Função do Sistema Nervoso? 
O sistema nervoso desempenha diversas funções de fundamental 
importância para o funcionamento do corpo, atuando em conjunto 
com outros órgãos. 
Cabe a esse sistema atuar nas funções sensitivas, integradoras e 
motoras, que são aplicadas para transportar mensagens do cérebro 
e medula espinhal para várias partes do corpo. Vejamos cada uma 
dessas funções. 
Sensitivas 
Os receptores sensitivos, também chamados de neurônios 
receptores ou aferentes, captam estímulos e várias informações do 
corpo. 
Por exemplo, quando ocorre uma inflamação, ferimento ou uma 
simples alteração da temperatura externa, imediatamente os 
receptores sensitivos captam essas informações, enviando-as para 
o encéfalo ou medula espinhal. 
Integradoras 
Quanto às funções integradoras, no sistema nervoso os neurônios 
conectores efetuam a análise, processamento e armazenamento 
dos estímulos e informações inicialmente captadas por meio dos 
receptores sensitivos. 
Esses conectores são também responsáveis por preparar a 
resposta do organismo com relação à situação que está 
acontecendo. 
Motoras 
Consiste na etapa final do sistema nervoso com relação aos 
estímulos. A função motora determina a resposta desse sistema, 
sendo realizada pelos neurônios motores. 
https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-nervoso/medula-espinhal/
37 
 
As células e órgãos efetores que permanecem em contato com os 
neurônios motores, são estimulados por uma informação do cérebro 
e imediatamente executam uma ação diante de determinada 
situação. 
Elementos do Sistema Nervoso Central 
O sistema nervoso é formado por diversos elementos que 
desempenham papéis específicos. Esses elementos são: 
▪ Tecido nervoso 
▪ Neurônio 
▪ Bulbo raquidiano 
▪ Cérebro 
▪ Cerebelo 
▪ Nervos raquidianos 
▪ Tronco encefálico 
▪ Medula espinhal 
▪ Hipotálamo 
Vejamos os detalhes sobre cada um deles. 
Tecido nervoso 
No sistema nervoso, esse tecido de comunicação atua na recepção, 
interpretação e resposta aos estímulos recebidos, sendo que as 
células do tecido nervoso são extremamente especializadas quanto 
ao processamento de informações. 
Na composição do tecido nervoso, além dos elementos conjuntivos, 
estão dois tipos de células: as nervosas (neurônios) e as de 
nevróglia. 
A principal função do tecido nervoso é estabelecer uma 
comunicação altamente rápida e eficaz entre os órgãos do corpo e 
o ambiente (meio externo). 
https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-nervoso/cerebro/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/hipotalamo/
38 
 
 
No sistema nervoso, os neurônios têm como função central 
conduzir os impulsos nervosos. Ainda que essas células não sejam 
as únicas do sistema nervoso, elas são lembradas por serem as 
mais conhecidas. 
Uma célula nervosa possui diversos prolongamentos, sendo que o 
conjunto composto por essa célula e prolongamentos recebe o 
nome de neurônio. Os elementos básicos de um neurônio são o 
corpo celular, os dendritos e o axônio. 
No espaço existente entre um neurônio e outra célula, há uma 
junção chamada de sinapse. É exatamente nesses locais que são 
inseridos os neurotransmissores que transportam as informações 
de um neurônio para outra célula. 
Bulbo raquidiano 
Na estrutura do sistema nervoso, o bulbo raquidiano tem como 
função conduzir os impulsos nervosos. Esse elemento do sistema 
nervoso está conectado de forma direta à medula espinhal, sendo a 
porção inferior do tronco encefálico. 
Cérebro 
No sistema nervoso, o cérebro é sem dúvida o órgão mais 
importante, essencial para a vida humana. Esse minucioso 
“computador” fica situado na caixa craniana. É para o cérebro que 
são enviadas todas as informações que recebemos. 
39 
 
Esse complexo órgão responde somente por 2% do total da massa 
corporal. No entanto, o cérebro consome mais de 20% de todo 
oxigênio do corpo e é responsável pelo controle de atividades 
como: 
▪ Movimento; 
▪ Sono; 
▪ Fome; 
▪ Sensações; 
▪ Memória; 
▪ Fala; 
▪ Sede etc. 
O cérebro também atua no controle de emoções como, por 
exemplo, amor, ódio, medo, ira, alegria, tristeza etc. 
O cérebro pesa em torno de 1,5 kg, atuando nas interpretações do 
mundo exterior e também abriga a essência da mente humana. 
 
 
 
Cerebelo 
 
40 
 
No sistema nervoso, o cerebelo é a região do cérebro que abriga 
metade dos neurônios. O cerebelo recebe impulsos de várias 
regiões do corpo e estabelece uma conexão entre o tronco 
encefálico e o córtex cerebral. 
O cerebelo, além de ser determinante para o equilíbrio corporal, 
atua no recebimento de inúmeros estímulos de músculos e tendões 
e também desempenhao papel de controlar as funções motoras. 
Dessa forma, essa importante região do cérebro é fundamental para 
o desempenho adequado dos movimentos voluntários, 
aprendizagem motora, audição, tato e visão. 
Nervos raquidianos (nervos espinhais) 
Os chamados nervos raquidianos apresentam função mista. Isso 
significa que eles atuam nas questões motoras ao transmitirem 
mensagens dos centros nervosos para os órgãos e também agem 
nas questões sensitivas, enviando estímulos dos órgãos para os 
centros nervosos. 
Os nervos raquidianos se originam na medula espinhal e são 
compostos por 31 pares: 
▪ 5 pares de nervos sacrais 
▪ 8 pares de nervos cervicais 
▪ 1 par de nervo coccígeo 
▪ 5 pares de nervos lombares 
▪ 12 pares de nervos torácicos 
Tronco encefálico 
No sistema nervoso, o tronco encefálico abriga um imenso 
conjunto de corpos de neurônios agrupados em fibras nervosas e 
núcleos. Esse tronco está ligado à coluna espinhal e atua no 
recebimento de informações sensitivas de estruturas cranianas. 
Uma das funções essenciais do tronco encefálico é controlar os 
músculos localizados na cabeça, já que ele abriga circuitos 
nervosos capazes de transmitir informações da medula espinhal 
para as estruturas encefálicas, assim como nas direções contrárias. 
41 
 
No sistema nervoso, outra das funções primordiais do tronco 
encefálico é equilibrar a respiração, temperatura corporal, 
capacidade de atenção e estado de alerta consciente. 
Medula espinhal 
Na estrutura do sistema nervoso, a medula espinhal consiste em 
um cordão cilíndrico formado por células nervosas, sendo esse 
cordão situado no canal interno das vértebras. 
A medula espinhal exerce o papel de propiciar a comunicação entre 
o corpo e o sistema nervoso, atuando também nos reflexos e 
preservando o corpo em ocorrências de emergências (que 
geralmente exigem uma rápida resposta). 
Ainda que a medula espinhal muitas vezes seja confundida com a 
medula óssea, é preciso ter claro a diferenciação entre elas. 
Enquanto que a medula óssea é responsável pela produção de 
células sanguíneas, a medula espinhal integra o sistema 
nervoso central. 
Hipotálamo 
O hipotálamo, que apresenta o tamanho aproximado de uma 
amêndoa, é o grande responsável por coordenar a maior parte das 
funções endócrinas. 
Isso significa que o hipotálamo exerce um papel direto no 
desempenho da hipófise e também atua de forma indireta sobre 
outras glândulas, tais como tireoide, adrenais, gônadas sexuais e 
mamárias. 
O hipotálamo fica situado na região da base do encéfalo, logo 
abaixo do tálamo e acima da hipófise. O hipotálamo também atua 
na regulação de funções como apetite, sede, sono, temperatura 
corporal e atividades do sistema nervoso autônomo. 
: 
11. PAPILOSCOPIA 
É a ciência que trata da identificação humana através das papilas 
dérmicas existentes na palma das mãos e na sola dos pés, mais 
conhecida pelo estudo das Impressões Digitais. 
42 
 
Papiloscopista: 
 
 É o nome dado ao profissional da Papiloscopia. 
 Especialista em identificação, desde a coleta até o 
arquivamento, envolvendo planejamento, coordenação, supervisão, 
controle e execução de trabalhos periciais papiloscópicos relativos 
ao levantamento, coleta, análise, codificação, decodificação e 
pesquisa de padrões e vestígios papilares. Pericia de Prosopografia 
(descrição de uma pessoa - envelhecimento, rejuvenescimento e 
reconstituição facial),bem como a realização de estudos e 
pesquisas técnica científica, visando à identificação humana. 
 
ESTUDO DA PELE 
A pele é o maior órgão de nosso corpo. Sua espessura varia de 0,5 
a 6 mm e funciona como uma capa que protege os órgãos internos. 
É composta por: 
Epiderme: camada visível formada por células mortas ou prestes a 
morrer. 
Derme: fica logo abaixo da epiderme e contém a raiz dos pelos, 
terminações nervosas e vasos sanguíneos, além do colágeno, que 
dá elasticidade à pele. 
 
 
43 
 
Hipoderme: onde ficam as gorduras, as veias e os músculos. 
O local em que a derme e a epiderme se encontram é irregular 
pois elas se interpenetram formando ondulações 
denominadas papilas dérmicas. Onde a pele é mais espessa, 
como a palma das mãos e a sola dos pés, elas se tornam visíveis e 
possuem configurações distintas, peculiar a cada indivíduo. 
 
Desenho representando as cristas e sulcos das papilas. 
As papilas dérmicas são formadas por cristas papilares e sulcos 
interpapilares , e se formam entre seis e oito semanas antes do 
nascimento do indivíduo permanecendo imutáveis - ao olhos do 
perito papiloscópico - por toda a vida, até a putrefação. 
As cristas papilares estão separadas umas das outras pelos sulcos 
interpapilares, numa distância de dois a sete décimos de milímetro. 
 
 
Papilogramas 
Às impressões formadas pelas papilas dérmicas dá-se o nome 
de papilogramas, onde as linhas negras são formadas 
pelas cristas papilares e os espaços em branco formados 
pelos sulcos interpapilares. 
44 
 
 
Papilograma com seus pontos característicos em destaque. 
Em uma impressão papilar há particularidades anatômicas de 
caráter congênito que variam na sua apresentação, formato, 
dimensão, localização e direção. Esses caracteres são chamados 
pontos característicos, que diferenciam e individualizam cada 
impressão. É a base sólida na afirmativa da identidade entre dois 
papilogramas. 
Todos esses detalhes anatômicos, as marcas e cicatrizes são sinais 
imutáveis presentes nas cristas papilares e permitem ao perito que 
analisa os papilogramas, afirmar com precisão absoluta a 
identidade de um ser humano. 
papiloscopia 
No começo do século XX, Alphonse Bertillon (pai da ciência 
forense) afirmou e demonstrou que não só as impressões digitais, 
mas também as impressões palmares (palma da mão) e plantares 
(sola do pé), são elementos de identificação incontestáveis e que 
mesmo uma pequena parte destas impressões é suficiente para 
determinar a identidade do indivíduo, basta que ela apresente certo 
número de particularidades coincidentes. 
O estudo dos poros 
Em 1912, Edmond Locard observou que da mesma forma que os 
detalhes de Galton, os poros são permanentes, imutáveis e 
individuais, podendo estabelecer a identidade do indivíduo quando 
a impressão papilar não fornecer características suficientes para a 
identificação. 
45 
 
Ao estudo das papilas dérmicas é dado o nome 
de Papiloscopia (Papilas + Skopën = examinar ): ciência que trata 
da identificação humana através das papilas dérmicas. 
Ramos da papiloscopia 
A Papiloscopia é dividida em quatro partes: 
Quiroscopia: processo de identificação por meio das impressões 
palmares; 
Podoscopia: processo de identificação por meio das impressões 
plantares; 
Poroscopia: processo de identificação por meio dos poros das 
papilas dérmicas; e 
Datiloscopia: processo de identificação humana por meio das 
impressões digitais. 
Requisitos exigidos para uma ferramenta de identificação 
Toda ferramenta de identificação possui alguns requisitos 
fundamentais, qual sejam: 
Unicidade: todos os indivíduos de todas as raças possuem 
impressões papilares; 
Perenidade: surgem no 6º mês de vida fetal e só desaparecerem 
com a putrefação da pele; 
Imutabilidade: o desenho não se altera durante a existência do 
indivíduo; 
Variabilidade: o desenho papilar varia de pessoa para pessoa. 
Quiroscopia 
Quiroscopia (quiros =mão + Skopën =examinar): ciência que trata 
da identificação humana através das papilas dérmicas palmares 
(impressões palmares). 
O desenho quiroscópico é formado por cristas papilares e sulcos 
interpapilares, apresentando deltas, pontos característicos e poros, 
46 
 
possuindo os requisitos unicidade, perenidade, imutabilidade e 
variabilidade. 
 
Mão humana e suas regiões. 
Podemos classificar a palma da mão em três regiões : 
Tenar : É a região situada na base do dedo polegar. 
Hipotenar: É a região que se encontra do lado externo da palma da 
mão, ou seja, do prolongamento do dedo mínimo, ocupandouma 
posição oposta à região tenar. 
Superior ou Infra-Digital : É a região situada imediatamente 
abaixo dos dedos indicadores, médio, anular e mínimo. 
Podoscopia 
Podoscopia (podo =pé + Skopën =examinar): ciência que trata da 
identificação humana através das papilas dérmicas plantares 
(impressões plantares). 
O desenho podoscópico é formado por cristas e sulcos 
interpapilares, apresentando deltas, pontos característicos e poros, 
possuindo os requisitos unicidade, perenidade, imutabilidade e 
variabilidade. 
47 
 
A podoscopia é utilizada com maior freqüência pelas maternidades, 
na identificação dos recém-nascidos, e ainda no confronto de 
impressões podoscópicas encontradas em locais de crime. 
 
 
Pé humano e suas regiões. 
Com a finalidade de identificação a coleta de impressões plantares, 
podemos dividir a planta dos pés em cinco regiões, a saber, (fig. 
17): 
1- região do grande artelho (dedão); 
2- região do segundo ao quinto artelho; 
3- região fibular (fíbula), lado externo do pé; 
4- regiões tibiais, lado interno (arco do pé); 
5- região do calcanhar. 
Poroscopia 
Poroscopia (poro + Skopën =examinar): ciência que trata da 
identificação humana através dos poros encontrados nas cristas 
papilares. 
Em papiloscopia, os desenhos formados pelos poros nos 
papilogramas (fig.18), servem como meio complementar e seguro 
para estabelecer a identidade, quando o número de pontos 
característicos encontrados em uma impressão ou fragmento de 
impressão papilar for insuficiente, pois também possuem as 
48 
 
mesmas propriedades que as papilas dérmicas – perenidade, 
imutabilidade e variabilidade. 
Na poroscopia, estuda-se: 
O número – varia segundo a distância de um para outro orifício 
(poro), de 9 a 18 por mm2. 
Posição – localiza-se na parte central e periférica das cristas 
papilares. 
Dimensões – variam em regra de 80 a 250 micromilímetros. 
 
Foto de impressões ampliada, permitindo observar os 
desenhos dos poros. 
Forma – os poros apresentam as seguintes configurações: circular, 
oval, estrelário e triangular. 
O exame de confronto consiste na tomada das mensurações com a 
ajuda de um compasso, a fim de obterem-se todas as medidas 
necessárias além do levantamento da forma e localização do poro 
nas peças negativas das fotografias ampliadas 45 vezes. As cristas 
aumentam 10 a 15 mm de largura e os orifícios sudoríparos surgem 
nítidos, discerníveis nas suas minudências, no diâmetro de seis a 
oito milímetros. 
Dactiloscopia 
Dactiloscopia : ciência que trata da identificação humana através 
das papilas dérmicas digitais (impressões digitais). 
Um ser humano normal possui cinco dedos em cada mão, dispostos 
em fileira, na ordem convencional de polegar, indicador, médio, 
anular e mínimo, formados pelos ossos da falange, falanginha, 
49 
 
falangeta, a contar da base onde se articulam com os ossos 
metacarpianos correspondentes, que os sustentam e dão 
articulação. O polegar possui apenas falange e falangeta e se 
destaca dos demais por ser o mais grosso e curto da mão. 
 
Impressão de um dedo indicador apresentando suas divisões. 
Os dedos apresentam duas faces; palmar e dorsal além dos 
bordos externo, interno e distal. 
A dactiloscopia estuda as papilas localizadas 
na falangeta ou falange distal, as quais formam desenhos distintos 
que permite sua classificação e arquivamento. 
Vantagens da dactiloscopia sobre os demais ramos da 
papiloscopia 
A dactiloscopia, além dos requisitos fundamentais da identificação 
humana - perenidade, imutabilidade e variabilidade - possui 
também: 
Classificabilidade: permite que os desenhos digitais sejam 
facilmente classificados para o arquivamento. 
Praticidade: a obtenção das impressões digitais é simples, rápida e 
de baixo custo. 
Elementos da impressão digital 
50 
 
 
Desenhos de uma mesma impressão e seus elementos 
principais. 
A impressão digital é dividida em três regiões ou grupos de linhas 
(fig. 20): 
Região basal ou linhas basilares: Localiza-se entre a prega 
interfalangeana e o ramo inferior das linhas diretrizes, e suas linhas 
seguem de um lado ao outro do dedo mais ou menos paralelas. 
Região do núcleo ou linhas nucleares: localiza-se entre os ramos 
inferior e superior das linhas diretrizes e a performance de suas 
linhas, juntamente com a posição em que se encontra o delta, 
determina o tipo e o sub-tipo da impressão digital. 
Região marginal ou linhas marginais: localiza-se acima do ramo 
superior das linhas diretrizes até a base da unha e suas linhas 
segue de um lado ao outro do dedo mais ou menos paralelas 
tomando uma forma abalada. 
Delta é a figura em forma de triângulo ou trirrádio (fig. 21), formada 
no encontro das três regiões, marginal, nuclear e basal, e o 
prolongamento imaginário de seus "braços" forma as linhas 
diretrizes que define a divisão de cada uma das regiões ou grupo de 
linhas. Ele localiza-se no quadrante inferior da impressão digital e 
pode aparecer de várias formas diferentes. Sua principal função no 
sistema de Vucetich é definir o tipo fundamental da impressão 
digital dando também referência para contagem das linhas, onde 
uma linha imaginária (linha de Galton) é apoiada no primeiro ponto 
51 
 
característico logo a frente do delta, caso não o tenha será apoiada 
no próprio delta e estendida até o ápice da laçada mais central no 
núcleo, contando-se as linhas por ela cortadas. 
 
Desenho que mostra algumas formas de Delta ou Trirrádios. 
 
 
12. NECROMAQUIAGEM 
Conjunto de técnicas de maquiagem e estética direcionadas à 
melhora da aparência das partes expostas da pessoa falecida – 
como rosto, braços e mãos, de forma que os familiares guardem 
para si as melhores memórias de quem partiu, a necromaquiagem é 
um nicho que cresce cada vez mais no mercado funerário e busca 
profissionais especializados. 
Necromaquiagem no Brasil: 
Atualmente a necromaquiagem é supervalorizada, tornando-se uma 
profissão, e de altos rendimentos. Aqui no Brasil os rituais de festas 
não são comuns, mas as pessoas procuram muito esse serviço, 
para que a morte não pareça algo tão mórbido. 
A necromaquiagem, tal qual o nome já diz, prepara e recupera as 
feições da pessoa falecida, minimizando os efeitos de prolongados 
períodos de enfermidade, devolvendo-lhe aparência e tons naturais, 
limitando-se às partes visíveis do corpo-geralmente a face, cabelos, 
os braços, mãos e unhas. Os mortos são caracterizados como 
viviam a maquiagem é natural ou corretiva (em caso de acidentes, 
afogamentos etc). 
https://clubedemulher.com.br/maquiagem/
52 
 
A Necromaquiagem utiliza maquiagem convencional, materiais 
importados e algumas técnicas de reparação facial para disfarçar 
rupturas cutâneas, edemas, etc. O profissional que atua com 
necromaquiagem é o necromaquiador. Este profissional pode atuar 
por conta própria ou em funerárias, cemitérios, necrotérios, entre 
outros. 
 
Tanatopraxia e a Necromaquiagem: 
Outra profissão intimamente ligada a necromaquiagem é a 
tanatopraxia que consiste em procedimento de preparação do 
cadáver para o velório ou funeral, assim o corpo não sofrerá, pelo 
tempo solicitado pelos familiares, as decomposições naturais, como 
apodrecimento de partes, vazamento de fluidos ou ataque de 
insetos. 
Um dos objetivos da tanatopraxia é evitar que o cadáver se 
transforme em um perigo em potencial para a higiene 
e saúde pública, pois, foi possível registar numerosos casos de 
acidentes infecciosos provocados por restos mortais, principalmente 
nos séculos passados onde não era feita a correta Asepxia. As 
bactérias não patogénicas ficam num ser vivo mesmo após sua 
morte. 
Para retardar a decomposição do corpo é utilizada a técnica de 
aplicar injeções de produtos bactericidas, com o objetivo de destruir 
as bactérias existentes e também de estabelecer um ambiente 
asséptico capaz de resistir a uma invasão microbiana. O formol 
também é utilizado como agente conservador. 
Corpos mutiladostambém recebem tratamentos de restauração e 
cosmética para tentar restituir o aspecto natural dos traços do 
cadáver com o objetivo de atenuar o sofrimento dos familiares. 
Tanatopraxia 
É o procedimento de preparação do cadáver para o velório ou 
funeral, assim o corpo não sofrerá, pelo tempo solicitado pelos 
familiares, as decomposições naturais. Um dos motivos da 
https://clubedemulher.com.br/maquiagem/
https://clubedemulher.com.br/saude/
http://tanatopraxiadf.blogspot.com/
53 
 
tanatopraxia é evitar que o cadáver se transforme em um perigo em 
potencial para a higiene e saúde pública, pois, foi possível registar 
numerosos 
Quem pode executar um procedimento de tanatopraxia? 
Clínicas especializadas com laboratórios próprios e licenciados e 
profissionais técnicos, habilitados em necropsia e tanatopraxia 
dentro das normativas da Anvisa (Agência Nacional da Vigilância 
Sanitária). 
Qual é o tempo de duração do processo de Tanatopraxia? 
Considerando que o corpo já esteja na clinica especializada, o 
tempo médio do procedimento é em torno de uma hora, 
dependendo da complexidade do trabalho a ser executado. Deve-se 
levar em consideração o transporte até a clínica que vai variar de 
acordo com a localidade até a cerimônia de velório. 
Qual é o custo da Tanatopraxia ? 
O custo pode chegar a até R$1.500,00 dependendo do trabalho 
executado e também a lugar onde este procedimento está sendo 
realizado. Há lugares que incidem taxas e impostos que são 
cobrados e pode haver variação dos valores. 
Como é realizada a Tanopraxia? 
O primeiro passo é a higienização do corpo, feita através de 
equipamentos como a bomba injetora, bomba aspiradora e produtos 
que fazem a conservação do corpo para o tempo necessário de 
transporte ou velório. Os produtos químicos também são 
responsáveis pelo retorno da coloração natural do corpo e pela 
fixação dos órgãos e tecidos, ajudando no retardamento da 
decomposição corporal. 
Todo esse procedimento é feito no Tanatório (ambiente próprio para 
a prática), com os equipamentos necessários, sistema de esgoto 
com fossa séptica para evitar a contaminação, entre outros. O 
54 
 
preocesso deve ser feito pelo Tanatopraxista que é o profissional 
devidamente preparado e qualificado. 
Estética, necromaquiagem é tanatopraxia: 
O mercado da estética abrange várias áreas, oportunizando o 
profissional de Cosmetologia e Estética a atuar em diversos 
segmentos como a estética corporal, facial, capilar, anexos 
cutâneos e muitas outras. Dentre essas opções também podemos 
enquadrar a área funerária, com a Tanatopraxia e 
Necromaquiagem. 
Este mercado de trabalho gera uma renda considerável e uma 
carreira apesar de peculiar, promissora, principalmente para 
profissionais Tecnólogos em Cosmetologia e Estética que podem 
optar por está área, pois abrange os conhecimentos adquiridos ao 
longo do seu curso, como a anatomia facial e corporal e o conceito 
de visagismo que auxiliará nos procedimentos de harmonização e 
embelezamentos dos cadáveres. 
 
13. MEDICINA LEGAL 
(MAIORES INFORMAÇOES E FOTOS ESTARÃO EM SLIDE) 
Medicina Legal é a reunião de conhecimentos e práticas médicas e 
paramédicas direcionadas a questões relacionadas às ciências 
jurídicas, destinadas a auxiliar a elaboração, bem como a 
interpretação e execução dos mais diversos dispositivos legais 
relacionados ao campo da Medicina aplicada. 
Assim, a medicina legal coloca os conhecimentos científicos à 
disposição do estudo e do esclarecimento de inúmeros fatos de 
interesse jurídico, especialmente àqueles ligados ao âmbito 
criminal. Sua ciência se aplica nos conhecimentos médico-
biológicos, ligando-os aos interesses do Direito constituído, do 
Direito constituendo e à fiscalização do exercício médico 
profissional. A medicina legal também fornece diretrizes para a 
elaboração de leis relacionadas ao seu estudo, coopera na 
55 
 
execução de leis existentes e interpreta dispositivos legais de 
significação médica. 
Há três subgrupos onde a área da Medicina legal exerce sua 
influência: 
• Medicina Legal Judiciária: tal vertente concentra-se nos 
assuntos gerais relacionados a Direito Penal, Direito Civil e 
Direito Processual; merece destaque 
• Medicina Legal Profissional: vertente relacionada com os 
direitos e deveres dos médicos 
• Medicina Legal Social: nesta vertente temos a Medicina 
Legal Trabalhista, a Medicina Legal Securitária, bem como a 
Medicina Legal Preventiva 
Dentro da Medicina Legal, o operador da ciência é geralmente 
denominado "perito", e o seu relatório abordando o fato objetivo de 
sua investigação é denominada "perícia". 
O perito é uma pessoa técnica, profissional e especialista que, a 
serviço do Poder Judiciário, mediante compromisso, fornece 
esclarecimentos necessários a respeito de conhecimentos inerentes 
à sua profissão, emprestando o caráter técnico e científico. Os 
peritos podem apresentar-se, de acordo com a ocasião, sob três 
condições: 
• oficiais: profissionais que realizam as perícias "em função de 
ofício", devido à sua posição de funcionário de repartição 
oficial que se ocupa exatamente da prática pericial, como por 
exemplo os médicos do IML, Manicômio Judiciário, entre 
outros. 
• nomeados ou louvados: são peritos não oficiais, 
requisitados pela autoridade judiciária, quando se necessita 
de um determinado exame o qual não está disponível via 
Poder Público, ou então este não disponha de repartição 
adequada. 
• assistentes técnicos: designados para questões de cunho 
cível, sendo profissionais de confiança das partes, que 
acompanham os exames realizados pelo perito principal. 
Já a perícia, produto final do trabalho do profissional perito, possui 
três subespécies: 
https://www.infoescola.com/direito/poder-judiciario/
56 
 
• Perícia direta: realizada pelo perito em contato direto com o 
indivíduo ou material submetido a exame. 
• Perícia indireta: realizada por perito, levando-se em 
consideração dados fornecidos de antemão sobre aquele 
caso em específico. 
• Contraditória: perícia que diverge do conteúdo de outra com 
a mesma matéria em exame. Em matéria civil, o juiz pode 
designar nova perícia ou prolatar a decisão. Já em matéria 
penal, o juiz solicita que ambos apresentem suas conclusões 
(ao mesmo tempo ou em separado) e submetam suas 
conclusões à análise de um terceiro perito, que, em caso que 
gere nova divergência, acarretará no início do mesmo ciclo 
processual de análise pericial do zero. 
 
	→ Componentes do sistema cardiovascular
	→ Coração
	→ Vasos sanguíneos
	→ A circulação nos seres humanos
	→ Circulação sistêmica e pulmonar
	Tipos de músculos
	A fadiga muscular
	Músculos e fibras
	→ Resumo
	→ Órgãos do sistema respiratório
	→ Porção condutora e porção respiratória
	→ Como funciona o sistema respiratório
	→ Controle da respiração em seres humanos
	→ Inspiração e expiração
	Órgãos do sistema urinário e suas funções
	→ Rins
	→ Ureteres
	→ Bexiga urinária
	→ Uretra
	Como funciona o sistema urinário: a formação da urina
	→ Diferenças entre o sistema urinário masculino e feminino:
	→ Curiosidade do sistema urinário
	9. Sistema Tegumentar – Função e Todas as Partes da Pele
	Qual a Função do Sistema Tegumentar?
	Proteção
	Respiração
	Excreção do sistema tegumentar
	Regulação térmica
	Estrutura do Sistema Tegumentar
	Epiderme
	Derme
	Tela subcutânea
	Unhas e pelos
	Sistema Tegumentar e Atividades Sensoriais
	Algumas Curiosidades Sobre a Pele Humana
	10. Sistema Nervoso – Funções e Elementos Essenciais
	Qual a Função do Sistema Nervoso?
	Sensitivas
	Integradoras
	Motoras
	Elementos do Sistema Nervoso Central
	Tecido nervoso
	Bulbo raquidiano
	Cérebro
	Cerebelo
	Nervos raquidianos (nervos espinhais)
	Tronco encefálico
	Medula espinhal
	Hipotálamo
	Necromaquiagem no Brasil:
	Tanatopraxia e a Necromaquiagem:
	Tanatopraxia
	Quem pode executar um procedimento de tanatopraxia?
	Qual é o tempo de duração do processo de Tanatopraxia?
	Qual é o custo da Tanatopraxia ?

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