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CLAREAMENTO DENTAL DENTES VITAIS

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Ana Paula Fernandes 
1 Dentística 
 
CLAREAMENTO DENTAL 
EM DENTES VITAIS 
DIAGNÓSTICO 
→ Concentração do gel e tempo de utilização; 
→ Depende da causa: 
• Intensidade da cor; 
• Idade do paciente; 
• Sensibilidade; 
• Tempo disponível; 
→ Causa da descoloração; 
→ Anamnese e exame clínico; 
→ Alteração de cor: 
• Extrínseca e intrínseca. 
EXAME CLÍNICO 
→ INTRABUCAL: 
• Profilaxia dental (jato de bicarbonato, pedra 
pomes ou pasta profilática); 
• Secar os dentes; 
• Teste de sensibilidade dental; 
• Verificar trincas e fissuras no esmalte; 
• Infiltrações em restaurações; 
• Lesão cervical não cariosa; 
• Desgastes oclusais e incisais. 
 
EXAME RADIOGRÁFICO 
• Periapicais; 
• Tratamentos endodônticos; 
• Alterações pulpares; 
• Idade biológica dos dentes; 
• Reabsorção radicular. 
LIMITAÇÕES 
• Dentina hipersensível; 
• Trincas visíveis; 
• Classe V; 
• Hábitos do paciente. 
ALTERAÇÕES EXTRÍNSECAS 
→ Manchas externas; 
→ Remove na profilaxia profissional; 
• Ingestão de alimentos corantes; 
• Fumo; 
• Acúmulo de placa bacteriana; 
• Utilização de alguns tipos de medicamentos 
(Sulfato Ferroso ou uso de colutórios = 
Clorexidina 0,12%) 
ALTERAÇÕES INTRÍNSECAS 
→ Manchas internas; 
→ Prognóstico do clareamento é ruim; 
• Fluorose; 
• Tetraciclina; 
• Trauma dentário; 
• Má formação dos tecidos dentários (HMI). 
 
Quanto à composição, pode ser classificado em: 
• Peróxido de Carbamida: 
→ Concentração de 10% a 22% para técnica 
caseira em dentes vitais; 
→ Concentração de 35% usada para 
clareamento de consultório, tanto em 
dentes vitais como em não-vitais. 
 
• Peróxido de Hidrogênio: 
→ Concentração de 1,5% a 9% para uso 
em dentes vitais na técnica de 
clareamento caseiro; 
→ Concentração de 35% a 38% para 
dentes vitais na técnica de consultório 
e para dentes não-vitais. 
 
• Perborato de sódio: 
→ Substância apresentada em pó que, em 
contato com a água, decompõe-se em 
Ana Paula Fernandes 
2 Dentística 
metaborato de sódio, em peróxido de 
hidrogênio e em oxigênio. 
→ Normalmente é utilizado em associação 
com peróxido de hidrogênio para 
clareamento em dentes não-vitais. 
 
 
Quanto a técnica, clareamento em dentes vitais pode 
ser classificado em: 
1. Clareamento caseiro supervisionado com 
moldeira individual; 
2. Clareamento em consultório; 
3. Associação de clareamento 
caseiro/consultório. 
CLAREAMENTO DENTAL CASEIRO 
 Vantagens: 
→ Técnica simples e de fácil aplicação; 
→ Tratamento estético altamente conservador; 
→ Baixo custo; 
→ Utiliza agentes clareadores com baixa 
concentração; 
→ Fácil reaplicação nos casos de recidiva da dor; 
→ Maior tempo de evidência científica. 
 Limitações: 
→ Paciente não colaborador, pois o sucesso do 
tratamento depende diretamente da correta 
aplicação do gel clareador; 
→ Dentes com manchas brancas ou opacas; 
→ Manchas extremamente escuras, em especial 
aquelas provocadas por tetraciclina; 
→ Tempo de tratamento mais longo  do 
clareamento de consultório; 
→ Dentes que apresentam restaurações extensas 
não são indicados para o tratamento clareador 
por apresentarem pouca estrutura dentária 
para reagir adequadamente ao processo 
clareador; 
→ Mulheres grávidas ou amamentando; 
→ Pacientes com alergia à substância clareadora. 
PROTOCOLO CLÍNICO 
1) REGISTRO DA COR: 
→ Parâmetro de comparação da melhora obtida; 
→ Existem três formas: 
1. Registro da cor em escala de cores; 
2. Fotografias; 
3. Comparação com a arcada antagonista. 
 
2) MOLDAGEM E MODELOS 
→ Moldagens da arcada superior e inferior com 
alginato; 
→ Moldes são vazados em gesso. 
 
3) CONFECÇÃO DA MOLDEIRA INDIVIDUAL 
→ Não há necessidade de confeccionar alívios nos 
modelos para servir como reservatórios do gel 
clareador; 
→ Em aparelho gerador de calor e vácuo, posicione os 
modelos sobre a bandeja perfurada; 
→ Acople uma placa de silicone ou de acetato de 
espessura 0,3 a 1 mm; 
 
4) RECORTE E PROVA DA MOLDEIRA NO PACIENTE 
→ Recorte de 1 a 3 mm além da margem gengival; 
→ Provar no paciente e verificar a adaptação, pressão 
e margens irregulares. 
 
5) INSTRUÇÕES DE USO 
→ Realizar a higiene bucal completa; 
→ Na face vestibular de cada dente. Deve ser aplicada 
uma gota do clareador; 
→ A moldeira carregada deve ser posicionada e 
adaptada contra os dentes; 
→ Se algum excesso de agente clareador extravasar, 
deverá ser removido com um cotonete; 
→ Paciente fumantes devem evitar fumar nos 
períodos que antecedem o uso da moldeira; 
 
6) CONSULTAS E CONTROLE PERIÓDICO 
→ O tratamento dura de quatro a 6 semanas; 
→ Agendar uma nova consulta em 7 dias; 
 
 
Ana Paula Fernandes 
3 Dentística 
 
CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO 
 Vantagens: 
→ Maior controle da técnica, não depende da 
colaboração do paciente; 
→ Maior controle dos locais de aplicação; 
→ Menor tempo de tratamento; 
→ Tratamento estético altamente conservador. 
 
 Limitações: 
→ Necessita de um tempo mais longo de 
atendimento clínico; 
→ É indispensável o uso de barreira com Top Dam; 
→ Manchas extremamente escuras, em especial 
aquelas provocadas por tetraciclina; 
→ Dentes que apresentam restaurações extensas não 
são indicados para o tratamento clareador por 
apresentarem pouca estrutura dentária para reagir 
adequadamente ao processo clareador; 
→ Maior custo comparada à técnica caseira. $$$ 
 
PROTOCOLO CLÍNICO 
1) REGISTRO DA COR 
→ Idem ao descrito para clareamento caseiro. 
 
2) PROTEÇÃO DOS TECIDOS MOLES 
→ Gorro, óculos de proteção, luvas, máscaras e 
avental e o paciente use protetor impermeável, 
óculos de proteção e lubrificante para os lábios. 
 
3) PROFILAXIA E ISOLAMENTO DO CAMPO 
OPERATÓRIO 
→ Profilaxia da superfície dental com pedra-pomes e 
escova de robson; 
→ Isolamento do campo operatório com Top Dam e 
afastador labial; 
 
4) PREPARO E MISTURA DO AGENTE CLAREADOR 
→ Clareadores à base de peróxido de hidrogênio a 
35% costumam apresentar-se em dois fracos, 
sendo que o peróxido está contido em um deles, e 
o outro possui um espessante; 
→ Os dois devem ser misturados em um pote plástico 
na proporção recomendada pelo fabricante; 
→ O espessante tem a função de manter o peróxido 
sobre a superfície dos dentes, evitando o 
escoamento aos tecidos moles. 
 
5) TEMPO DE AÇÃO E TROCA DO AGENTE 
CLAREADOR 
→ O clareador deverá permanecer por 15 minutos; 
→ Nesse período de 15 o produto alterará sua cor; 
→ Ao final desse tempo, será feita a remoção do 
excesso de gel com um sugador de endo ou gaze; 
→ Aplicar um leve spray de ar-água sobre os dentes, 
tendo um rolete de algodão como anteparo; 
→ Realizar a segunda e a terceira aplicação. 
 
6) REMOÇÃO FINAL DO AGENTE CLAREADOR E 
POLIMENTO DENTAL 
→ Remover da mesma forma do item 5; 
→ Remover a barreira gengival com auxílio de uma 
sonda exploradora; 
→ Executar o polimento dos dentes com pasta de 
polimento ou com discos sequenciais de lixa para 
diminuir a porosidade do esmalte, dessa forma, 
diminui-se a chance de recidivas de cor por 
impregnação com pigmentos. 
 
7) RECOMENDAÇÕES FINAIS AO PACIENTE 
→ Recomendar que o paciente evite a ingestão de 
alimentos ácidos e/ou fortemente corados por 
pelo menos 24 horas após o clareamento; 
Ana Paula Fernandes 
4 Dentística 
→ Se necessário, repetir as três aplicações em outras 
duas sessões com intervalo de 48 horas a uma 
semana entre elas. 
ASSOCIAÇÃO DE CLAREAMENTO EM CONSULTÓRIO 
COM CASEIRO 
 Vantagens: 
→ Possibilidade de efeito sinérgico graças à 
associação das duas técnicas; 
→ Possibilidade de diminuição do tempo total de 
tratamento, comparativamente à indicação das 
técnicas caseira ou em consultório isoladamente. 
 Limitações: 
→ As mesmas descritas anteriormente para as duas 
técnicas de clareamento. 
 
PROTOCOLO CLÍNICO 
→ Primeira sessão = clareamento de consultório; 
→ Segunda sessão = clareamento caseiro. 
 
MECANISMODE AÇÃO 
O dente escurecido é assim visualizado em função de 
uma maior absorção de luz provocada pela presença de 
cadeias moleculares longas e complexas no interior da 
estrutura dental. 
Já o dente com coloração normal, apresenta uma 
absorção de luz menor, gerando a percepção ótica de 
uma superfície mais clara, devido a uma maior reflexão 
de luz. 
Os agentes clareadores, baseados em soluções de 
peróxido, possuem um baixo peso molecular (30 
g/mol) e uma capacidade de desnaturar proteínas, 
aumentando, assim o movimento de íons através da 
estrutura dental. 
Por serem fortes agentes oxidantes, essas substâncias 
reagem com as macromoléculas responsáveis pelos 
pigmentos. Por um processo de oxidação, os materiais 
orgânicos são eventualmente convertidos em dióxido 
de carbono e em água, removendo, 
consequentemente, os pigmentos da estrutura dental 
por difusão. 
O peróxido de carbamida a 10% é o padrão ouro! 
→ Sua composição é baseada na associação de 
peróxido de hidrogênio e de ureia, que se 
dissociam em contato com os tecidos ou com a 
saliva, fazendo com que o peróxido de hidrogênio 
se decomponha em oxigênio e água, e a ureia, em 
amônia e dióxido de carbono. 
→ A ureia dissociada inicialmente tem a capacidade 
de neutralizar o pH do meio, enquanto a amônia irá 
facilitar a penetração do oxigênio porque aumenta 
a permeabilidade da estrutura dental. 
→ A partir do exposto, um gel de peróxido de 
carbamida a 10% degrada-se em peróxido de 
hidrogênio a 3% e ureia a 7%, sendo que o peróxido 
de hidrogênio é considerado a principal substância 
ativa. 
→ Com a intenção de aumentar o tempo de 
permanência do gel clareador em contato com os 
dentes, um polímero espessante (carbopol) foi 
associado às soluções de peróxido de carbamida. A 
presença do carbopol, além de aumentar a 
viscosidade e a estabilidade do agente clareador, 
faz com que ele apresente uma liberação lenta de 
oxigênio, possibilitando o seu uso noturno. O 
peróxido de carbamida, sem carbopol, apresenta 
uma liberação máxima de oxigênio em menos de 
uma hora. 
RESUMINDO.... 
Peróxido de carbamida → peróxido de hidrogênio + ureia 
 Oxigênio + água 
 
 
 Amônia + dióxido de carbono 
 
 
 
 
 
 
 
Neutraliza o pH 
Facilita a penetração do O2 e 
eleva o pH 
CARBOPOL: 
espessante 
 (  viscosidade) = 
promove 
liberação lenta do 
O2. 
Ana Paula Fernandes 
5 Dentística 
QUAL A TÉCNICA DE CLAREAMENTO VITAL 
PROPORCIONA MELHORES RESULTADOS, A DE 
CONSULTÓRIO OU A CASEIRA SUPERVISIONADA? 
R: A caseira supervisionada, porque possui baixa 
liberação de oxigênio por um longo período, a reação 
acontece mais lentamente e isso promove uma maior 
estabilidade de cor ao longo dos anos. 
NO CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO 
PRECISA FAZER RESERVATÓRIO NA MOLDEIRA? 
R: Não precisa. 
É PREFERÍVEL INDICAR PERÓXIDO DE CARBAMIDA OU 
DE HIDROGÊNIO NA TÉCNICA CASEIRA 
SUPERVISIONADA E EM QUAL CONCENTRAÇÃO? 
R: Peróxido de Carbamida a 10%. Degrada em 3,5 em 
pH, ureia degrada em amônia e dióxido de carbono. 
Carbopol – liberação lenta. 
QUANTO TEMPO DE USO POR DIA DO GEL 
CLAREADOR NA TÉCNICA CASEIRA SUPERVISIONADA 
É MELHOR? 
R: 2 horas (ponto de saturação em 21 dias) 
 4 horas (ponto de saturação em 15 dias) 
 
O QUE FAZER SE O PACIENTE APRESENTAR 
SENSIBILIDADE DENTINÁRIA DURANTE O 
TRATAMENTO CLAREADOR? 
R: Pode propor usar um dia sim e outro não. Se o 
paciente estiver numa concentração de agente 
clareador alta, precisa diminuir a concentração. 
Utilizar um DESSENSIBILIZANTE previamente a 
colocação do gel. 
USAR ENXAGUATÓRIOS, CREMES DENTAIS, CANETAS 
CLAREADORAS PARA CLAREAMENTO DENTAL 
FUNCIONA? 
R: Não. Não tem concentração adequada para clarear. 
NA TÉCNICA DE CLAREAMENTO EM CONSULTÓRIO É 
PRECISO USAR ALGUMA FONTE DE LUZ OU LASER? 
R: Não. A luz não tem interferência na fotólise para 
liberação do oxigênio nascente. 
 
 
QUAL CONCENTRAÇÃO DE PERÓXIDO DE 
HIDROGÊNIO INDICAR NA TÉCNICA DE 
CLAREAMENTO EM CONSULTÓRIO? 
R: 35% 
O CLAREAMENTO CAUSA ALTERAÇÕES 
SIGNIFICATIVAS NO ESMALTE, DENTINA OU POLPA? 
R: Depende do ponto de saturação. Se for realizado de 
forma supervisionada, o tratamento é seguro para o 
paciente e não causa alterações significativas. 
QUANTO TEMPO DEPOIS DO CLAREAMENTO POSSO 
REALIZAR RESTAURAÇÕES ADESIVAS? 
R: Depois de 15 dias, porque o oxigênio residual 
influencia na conversão dos monômeros em polímeros. 
Precisa esperar a neutralização. 
Lumini Home (Angelus) – ascorbato de sódio

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