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ABORDAGEM DO PACIENTE PEDIÁTRICO COM HEPATOESPLENOMEGALIA Þ Na Pediatria, é frequente a presença de Hepatomegalia e/ou Esplenomegalia. LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR): Þ Síndrome Clínica: - Visceral. - Cutânea. - Muco-Cutânea. - Dérmica Pós-Calazar. - Mosquito Flebótomo (Vetor) + Protozoários Tripanosso- matídeos. Þ A Infecção nem sempre resultará em Doença. Þ Leishmaniose Visceral (Calazar) do Gênero Leishma- nia: - Fatal, caso não seja tratada. - Doença Sistêmica, causada pelo Complexo Leishmania Do- novani. Þ A Imunidade Celular do Hospedeiro parece ser crucial no Controle da Infecção (Incapacidade de Reconhecimento Adequado dos Antígenos de Leishmania pelos LinfócitosT e de Produção de Interleucina nos pacientes que desenvolvem Leishmaniose Visceral). FORMAS: CICLO DE VIDA: - Disseminação através dos Vasos Sanquíneos e Linfáticos. Infectam Outros Monócitos e Outros Macrófagos do Sistema Retículo-Endotelial. EPIDEMIOLOGIA: Þ Considerada uma das Doenças Tropicais Negligencia- das (500.000 casos/ano). Þ Principais Fatores Associados com o Aumento Global da Incidência da Leishmaniose Visceral: - Migrações. - Confecção HIV-LV. - Ausência de Ações de Controle. Þ Mais frequente em menores de 10 anos (58%), e o Se- xo Masculino é proporcionalmente o mais afetado (61%). Þ No Brasil, até a década de 1980: Zoonose eminentemen- te Rural, mais recentemente expandiu-se para Áreas Urba- nas de Médio e de Grande Porte. Þ Oculpa o 2 e 4 lugar em Mortalidade e em Morbidade. Nesse Grupo de Doenças, respectivamente, determinando entre 20.000 a 40.000 mortes/ano. VETORES: Þ Espécies Presentes no Brasil: Lutzomyia Longipalpis e Lutzomyia Cruzi. Þ Insetos Flebotomíneos, conhecidos popularmente como Mosquito Palha, Tatuquiras ou Birigui. Þ A Atividade dos Flebotomíneos, é Crepuscular e Notur- na, e somente a Fêmea do Mosquito transmite a Doença. FONTE DE INFECÇÃO (RESERVATÓRIOS): Þ Área Urbana: O Cão (Canis Familiaris). QUADRO CLÍNICO: Þ Sinais de Desnutrição: - Pele Seca. - Cabelos Quebradiços. - Cílios Alongados (Sinal de Ptaluga). - Edema dos Membros Inferiores, podendo Evoluir para Ana- sarca. Þ Outras Manifestações Importantes: - Ascite. - Icterícia. - Hemorragias (Epistaxe, Gengivorragia, Petéquias). Þ Amplo espectro clínico de gravidade. Þ Progressão Rápida: Pode ser Sinal de Maior Gravidade. Þ Óbito: Determinado por Infecções Bacterianas ou Sangra- mentos. Þ Suspeita Clínica: Febre e Esplenomegalia, Associadas ou Não a Hepatomegalia. Þ A Maioria dos Casos: Palidez, Hepatoesplenomegalia, Febre Irregular Prolongada, Comprometimento do Estado Ge- ral, Emagrecimento Incidiosos e Progressivos. COMPLICAÇÕES: Þ Hemorragia Digestiva e Icterícia: Indicam maior gravida- de do Caso. Þ Hemorragias: Geralmente Secundárias á Plaquetopania (Epistaxe e a Gengivorragia). Þ Infecções Bacterianas: Pneumonia, Diarréia, Otite Média, Otite Aguda, Piodermites, Infecções Urinárias; Podem Evoluir para Sepse. ABORDAGEM DO PACIENTE PEDIÁTRICO COM HEPATOESPLENOMEGALIA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (HEPATOESPLENOMEGA- LIA FEBRIL): PROGNÓSTICO: Þ Maior Chance de Óbito: - Sepse. - Diarréia. - Icterícia. - Dispneia. - Infecções. - Sangramentos. - Plaquetopenias. - Anemia Intensa. - Hemotransfusões. - Reação Neutrofílica. - Febre por mais de 60 dias. - Idade: < 1 ano e > 40 anos. - Co-Infecção por HIV / AIDS. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: IDENTIFICAÇÃO/DETECÇÃO DO PARASITA: Þ Pesquisa de Anticorpos Contra a rK39. Þ Em Tecidos ou por Métodos Sorológicos. Þ Testes Sorológicos de Imunofluorescência Indireta (Resul- tado é expresso em Diluição), Ensaio Imunoenzimático (ELI- SA) ou Western Blot. Þ Visualização Direta de Amastigotas: Aspirado de Gân- glios Linfáticos, da Médula Óssea ou do Baço Teste de Confirmação Clássico. Þ Detecção em Cultura de Parasitas no Sangue ou em Órgãos ou pela Utilização de Técnicas Moleculares (Ex: PCR) Mais Sensível que o Exame Microscópico Direto. Þ Limitação dos Testes: Mesmo após o Tratamento, esses Anticorpos permanecem Detectáveis por Tempo Variável, In- viabilizando seu uso como Critério de Cura ou para Identificar Casos de Recidiva. EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS: Þ Devem ser solicitados na Admissão e no Acompanhamen- to do paciente. Þ O Teste de HIV deve ser sempre oferecido para Pacientes com Leishmaniose Visceral. Þ Ajuda na Identificação, no Tratamento de Complicações e na Escolha do Tratamento Adequado. TRATAMENTO: Þ Anemia. Þ Hipovolemia. Þ Suporte Nutricional. Þ Especificar Anti-Leishmania. Þ Tratamento Precoce de Infecções Concomitantes. TRATAMENTO ESPECÍFICO: Þ No Brasil: - Antimoniato de N-Metilglucamina (Glucantime). - Anfotericina B-Lipossomal: TRATAMENTO DE SUPORTE: INFECÇÕES BACTERIANAS: Þ Recomenda-se o Uso de Antibióticos: - Menores de 2 meses. - Neutropênicos, com menos de 500 Neutrófilos/mm3. - Quadro Infeccioso Definido ou Pacientes com Toxemia. ABORDAGEM DO PACIENTE PEDIÁTRICO COM HEPATOESPLENOMEGALIA - Esquema Empírico Inicial: Ceftriaxona Isoladamente ou Associada á Oxacilina, em casos de Infecção de Pele ou Tecido Celular Subcutâneo ou nos Neutropênicos Grave. HEMODERIVADOS: Þ Fatores de Estimulação de colônias de Neutrófilos. Þ Plasma Fresco: Sangramentos Graves, com Baixa Ativi- dade de Protrombina. Þ Concentrado de Plaquetas: Plaquetopenia < 10.000/mm3 Associada a Sangramentos. Þ Vitamina K: Nos Pacientes com Icterícia, quando oTempo de Atividade de Protrombina estiver Abaixo de 70%. Þ Concentrado de Hemácias: Hemoglobina < 7 g/dL ou He- matócrito < 21% ou Quando houver Repercussão Hemodinâ- mica. CRITÉRIOS DE CURA: Þ São Essencialmente Clínicos: - Baço Redução de 40% ao Final do Tratamento. - Desaparecimento da Febre 5 dia de Medicação. - Aparecimento de Eosinofilía, é Sinal de Bom Prognósti- co. - Redução da Hepatoesplenomegalia Primeiras Sema- nas. - Eletroforese de Proteínas se normaliza Lentamente Pode Levar Meses. - Melhora dos Parâmetros Hematológicos (Hb/Leucócitos) Apartir da 2 semana. - O Ganho Ponderal do paciente é Visível, Com Retorno do Apetite e Melhora do Estado Geral. Þ Seguimentos: 3, 6, e 12 meses, após o Tratamento. PREVENÇÃO: Þ Centradas: - Eliminação dos Reservatórios. - Atividades de Educação em Saúde. - Redução da População de Flebotomíneos. - Diagnóstico e Tratamento Precoce dos Casos Humanos. Þ Ainda é Pouco Efetiva. Þ Coleiras Impregnadas com Deltametrina a 4%. Þ Controle Químico Utilização de Inseticidas de Ação Residual. Þ Eutanásia Canina Recomendada em Todos os Animais com Diagnóstico Confirmado.
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