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1 
 
Estudo comparativo entre o alongamento em cadeia muscular e 
alongamento ativo no ganho de flexibilidade dos músculos 
isquiotibiais 
 
Thalisson Barreto da Silva1 
tbthalisson@hotmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual – 
Faculdade Ávila 
 
 
Resumo 
A flexibilidade muscular é um fator importante, tanto na prevenção quanto na 
reabilitação de lesões, apresentando grande relação com a qualidade de vida e o bem 
estar do ser humano, por esta ter uma intima ligação com a motricidade. A amplitude 
de movimento de uma dada articulação depende primariamente da estrutura e função 
do músculo, tecido conectivo e osso. Sendo assim a flexibilidade ganha em importância 
na qualidade de vida, este estudo teve como objetivo investigar qual técnica de 
alongamento é mais eficaz para obter ganho de flexibilidade dos músculos isquiotibiais. 
Sabemos que a flexibilidade pode ser definida como a amplitude articular máxima em 
uma articulação ou em grupos articulares, ou até memso pela relação existente entre o 
comprimento e a tensão de um músculo alongado. Para o treinamento da flexibilidade, 
ou seja, na realização das técnicas ou manobras de alongamentos, propicia o aumento 
do comprimento da unidade músculo-tendão. Fisiologicamente a estrutura destes 
tecidos assim como a função, são afetados sendo uma variável extremamente 
importante associada não somente com a qualidade de vida, mas também com a 
longevidade. Partindo deste princípio O presente artigo procurou através de uma ampla 
revisão bibliográfica, comparar de forma sucinta duas técnicas de alongamento 
muscular, na tentativa de concretizar qual seria mais eficaz no ganho de flexibilidade 
dos músculos isquiotibiais. 
 
 
Palavras-chave: alongamento, flexibilidade, cadeia muscular. 
 
 
1. Introdução 
A flexibilidade pode ser definida como a amplitude articular máxima em uma ou mais 
articulações, ou pela relação existente entre o comprimento e a tensão de um músculo 
alongado. O treinamento da flexibilidade propicia o aumento do comprimento da 
unidade músculo-tendão. Fisiologicamente a estrutura destes tecidos assim como a 
função, são afetados sendo uma variável extremamente importante associada não 
somente com a qualidade de vida, mas também com a longevidade (CORBIN; NOBLE, 
1980). 
Muitas pessoas se equivocam ao pensar que alongamento e flexibilidade são antônimos, 
mas devemos atentar para a diferença entre os dois. Onde flexibilidade pode ser definida 
como a amplitude de movimento (ADM), ou seja, o grau de amplitude em que uma 
estrutura pode se afastar da outra. Já o alongamento pode ser definido como qualquer 
 
1 Pós Graduando em Ortopedia e Traumatologia 
2 Orientadora 
2 
 
exercício ou manobra terapêutica que tem por objetivo alongar estruturas de tecido 
mole, e, portanto, aumentar a amplitude de movimentos (ADM). Então com as 
definições acima, podemos dizer que flexibilidade é considerada a valência física e o 
alongamento o meio para desenvolver esta valência, a flexibilidade (LORETE, 2002) 
Há diversos tipos de alongamento, eles são determinados de acordo com o objetivo, a 
indicação e viabilidade de cada caso. Pode ser realizado de forma ativa, passiva e/ou 
mecânica e assistida. Também pode ser estático, progressivo estático e cíclico. Quanto à 
velocidade, pode ser lento ou balístico e de alta ou baixa intensidade (KISNER; 
COLBY, 2005). Os tipos mais comuns de alongamento são: estático, balístico e 
facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) (ROSÁRIO, 2004). 
Outra técnica de alongamento muito eficaz é a técnico de alongamento por Cadeia 
Muscular que pode ser definida como um conjunto de músculos de mesma direção e 
sentido que trabalham como um só músculo. São geralmente poliarticulares e se 
recobrem como telhas de um telhado (MÉZIÈRES, 1947). 
Esses Grupos musculares possuem as mesmas características histológicas e fisiológicas, 
interligadas por uma rede aponeurótica, a fáscia, que por sua vez foi definida como uma 
faixa de tecido fibroso que envolve os grupos musculares e separa suas diversas 
camadas ou grupos (SOUCHARD, 2001). Sendo como principais cadeias musculares; 
Cadeia Posterior, Cadeia Mestra Anterior, Cadeia Respiratória, Cadeia Superior do 
Ombro, Cadeia Anterior do Braço, Cadeia Ântero-interna do ombro, Cadeia Ântero-
interna do quadril, Cadeia Lateral do Quadril (BUSQUET, 2001). 
Ainda que o alongamento seja amplamente difundido e apesar de inúmeras publicações, 
existe uma grande dificuldade na determinação do protocolo apropriado. Com isto, este 
estudo tem como objetivo determinar qual a técnica de alongamento dentre as duas 
apresentadas é mais eficaz para o ganho de flexibilidade dos músculos isquiotibias. 
 
 
2. Referencial Teórico 
 
2.1 Músculo Esquelético 
 
O tecido mais abundante do corpo humano é o músculo esquelético, que representa 40 a 
45% do peso corporal total. O corpo humano é formado por mais de 430 músculos 
esqueléticos, vistos ao longo do corpo. Porém, menos de 80 pares produzem 
movimentos mais vigorosos. Os grupos musculares, e não somente músculos 
individuais proporcionam força e proteção ao esqueleto, distribuindo cargas, 
absorvendo choque, permitem que os ossos se movam nas articulações e promovam a 
manutenção da postura do corpo contra força. Os músculos esqueléticos executam 
trabalho dinâmico e estático. A locomoção e o posicionamento dos segmentos corporais 
no espaço são realizados através do trabalho dinâmico. A posição e a postura corporal 
são mantidas através do trabalho estático (NORDIN; FRANKEL, 2003). 
A fibra muscular, uma célula cilíndrica longa, é a unidade estrutural do músculo 
esquelético, que possui muitas centenas de núcleos. Fibras musculares variam em 
espessura de aproximadamente 10 a 100 μm e em comprimento de aproximadamente de 
1 a 30 cm. A fibra muscular é envolvida por uma membrana delicada de plasma 
denominada sarcolema. O sarcolema consiste em uma membrana celular verdadeira, 
constituído por fina camada de material polissacarídeo, que contém inúmeras e finas 
fibrilas colágenas (GUYTON; HALL, 2002). 
A fibra muscular é composta por centenas a milhares de subunidades sucessivamente 
menores, as miofibrilas, que se acomodam paralelamente umas às outras, suspensas no 
3 
 
citoplasma da fibra muscular denominado sarcoplasma (NORDIN; FRANKEL, 2003). 
No interior do sarcoplasma há uma rede organizada de túbulos e bolsas conhecidas 
como retículo sarcoplasmático. Esses túbulos se acomodam paralelos às miofibrilas e 
têm importância na contração muscular. O retículo sarcoplasmático será mais extenso 
quanto maior for a velocidade e importância da produção de contração muscular 
(GUYTON; HALL, 2002). 
 
 
2.2 Fáscia Muscula 
 
Segundo Achour (2006), o sistema conectivo que une os ossos aos elementos contráteis, 
os quais permitem que o sistema fibroelástico exerça tensão, é conhecido como fáscia 
dos músculos, que nada mais é do que uma estrutura de tecido conectivo em forma de 
camada membranosa. A expressão fáscia dos músculos significa banda ou bandagem. 
Ela consiste em bainhas, lençóis ou agregados de outros tecidos conectivos, sendo 
identificada como o segundo componente que mais resiste à extensibilidade durante 
exercícios de alongamento passivo. 
A fáscia é dividida em três partes gerais ou tipos. A fáscia superficial que se encontra 
diretamente abaixo da derme é composta de duas camadas, a camada externa chamada 
de panículo adiposo e a camada interna que é uma membrana fina que geralmente não 
tem gordura. Em muitas partesdo corpo a fáscia superficial desliza sobre a fáscia 
profunda produzindo a mobilidade da pele. A fáscia profunda está logo abaixo da fáscia 
superficial, sendo mais rígida, firme e compacta que a fáscia superficial, protegendo e 
sendo fundida com os músculos, ossos, nervos, vasos sanguíneos e órgãos do corpo. A 
fáscia subserosa é mais profunda em volta das cavidades do corpo formando a camada 
fibrosa das membranas serosas que cobrem e sustentam a víscera (ALTER, 1999). 
As fáscias dos músculos apresentam espessuras diferenciadas que permitem liberdade 
de movimentos à pele e agem como isolante térmico, ramos de nervos e vasos linfáticos 
subcutâneos encontra-se no tecido conectivo, isto contribui para a eficiência do retorno 
venoso, uma vez que seus tecidos exercem um efeito de bombeamento sobre as veias 
profundas durante as contrações. O músculo está dentro da fáscia e conectado a ela, 
sendo elemento altamente contrátil para contrair e relaxar; e a fáscia é uma unidade de 
sustentação, com elasticidade tridimensional: de frente para trás, da esquerda para a 
direita, de um lado para o outro (ACHOUR, 2006). 
Há pelo menos três funções prováveis de tecido conjuntivo intramuscular, fornecer uma 
estrutura que ligue o músculo e assegure o alinhamento adequado das fibras musculares, 
vasos sanguíneos, e assim por diante. Outra função é permitir que as forças, ativamente 
desenvolvida pelo músculo ou passivamente imposta sobre o músculo, sejam 
transmitidas por todo tecido de forma segura e eficaz. Por último também fornecem as 
superfícies lubrificadas necessárias entre as fibras musculares e os feixes de fibra 
muscular que permitem que o músculo altere sua forma (ALTER, 1999). 
Ainda sobre o mesmo autor acima citado, a fáscia representa o segundo fator mais 
importante que limita a amplitude de movimento, isto porque o tecido conjuntivo 
constitui 30% da massa muscular fazendo com que o músculo possa mudar de 
comprimento. Durante o movimento passivo a soma da fáscia muscular é responsável 
por 41% da resistência total ao movimento. 
Com uma pessoa que tenha o estilo de vida pouco ativo, a fáscia profunda pode perder 
sua capacidade elástica e a maleabilidade conferida pela glicosaminoglicana. O aumento 
da rigidez pode afetar o movimento localizado ou outras partes do corpo. Por isso, 
4 
 
movimentos ou posturas mantendo a rigidez podem ser dolorosos e provocar perda da 
capacidade total de deslizamento (ACHOUR, 2006). 
Muitos profissionais da saúde vêem o corpo a partir de um ponto de vista míope 
determinado por seu campo de atuação, por exemplo, os quiropráticos estão 
relacionados com a sub-luxação das vértebras, os osteopatas com uma lesão osteopática, 
os acumpunturistas com o tratamento de um meridiano, e assim por diante. Mas o que 
acontece se o problema é com as fáscias e não com as articulações, músculos ou nervos? 
A fáscia tem a capacidade de adaptar-se a várias condições. Além disso deve-se lembrar 
que as fáscias são contínuas (podem ser seguidas de um lado área do corpo para outra) e 
são contíguas (todas se tocam), resumindo, se uma parte do corpo “se deforma” todas as 
outras “se deformarão” para compensar (ALTER, 1999). 
 
 
2.3 Tipos de fibra muscular 
 
O músculo esquelético não é apenas um grupo homogêneo de fibras com propriedades 
metabólicas e funcionais semelhantes. Cada músculo do corpo é constituído por uma 
combinação de fibras musculares, que exibem diferenças nas suas taxas de contração, 
desenvolvimento de tensão e suscetibilidade para fadiga. Os tipos de fibra muscular são 
basicamente diferenciados pelas vias metabólicas através das quais geram ATP e a taxa 
nas quais sua energia é disponibilizada ao sistema contrátil do sarcômero, o qual 
determina a velocidade de contração. Os três tipos de fibras musculares são 
classificados como: tipo I, fibra de contração lenta oxidativa; tipo IIa, fibra rápida 
oxidativa-glicolítica e tipo IIb intermediária glicolítica (NORDIN; FRANKEL, 2003). 
Fibras tipo I ou de contração lenta são caracterizadas por uma baixa atividade de 
miosina ATPase na fibra muscular e, conseqüentemente um tempo de contração lento. 
Elas possuem baixa atividade glicolítica (anaeróbia), porém, são compostas por grande 
quantidade de mitocôndrias, responsáveis pela alta atividade oxidativa (aeróbia). Tendo 
em vista a alta taxa de fluxo sangüíneo e a conseqüente entrega de oxigênio e nutrientes, 
podem manter o ritmo lento de hidrólise de ATP com maior resistência à fadiga, 
produzem pouca tensão e são bem adaptadas para trabalhos prolongados de baixa 
intensidade. As fibras tipo I são também denominadas de fibras vermelhas, por 
conterem alto teor de mioglobina ligada ao oxigênio, conferindo ao músculo aspecto 
avermelhado (MOREIRA; RUSSO, 2006; NORDIN; FRANKEL, 2003,). 
As fibras tipo IIa são consideradas intermediárias entre o tipo I e tipo IIb. Elas têm 
capacidade moderadamente bem desenvolvida para ambas as atividades enzimáticas, 
glicolítica e oxidativa. Também possuem bom aporte sangüíneo e podem manter a 
atividade contrátil por longos períodos, no entanto, a elevada taxa de atividade e de 
hidrólise de ATP excedem as capacidades glicolíticas e oxidativas para prover ATP, 
conferindo-lhes maior tendência à fadiga. As fibras tipo IIa contém alto teor de 
mioglobina, categorizando o músculo como vermelho (MOREIRA; RUSSO, 2006; 
NORDIN; FRANKEL, 2003). 
Dependendo principalmente da atividade glicolítica para produção de ATP, as fibras 
tipo IIb recebem poucos vasos capilares e contém pouca mioglobina, sendo chamadas 
de músculo branco. Seu retículo sarcoplasmático é mais extenso que das fibras de 
contração lenta, que pode ativar e desativar rapidamente o sistema contrátil. Embora 
possam produzir ATP rapidamente, elas se cansam facilmente em virtude das altas taxas 
de hidrólise de ATP que rapidamente consomem o glicogênio necessário à glicólise. 
Geralmente são de diâmetro grande e por isso podem produzir maior tensão, mas por 
curtos períodos (MOREIRA; RUSSO, 2006; NORDIN; FRANKEL, 2003). 
5 
 
 
 
2.4 Fuso neuromuscular 
 
O fuso muscular é um receptor de estiramento muscular, composto por 3 a 12 células 
modificadas, chamadas de fibras intrafusais, dispostas dentro do músculo, 
paralelamente às fibras musculares (fibras extrafusais). Cada fibra intrafusal é uma fibra 
muscular esquelética, porém com menor diâmetro e função distinta (GUYTON; HALL, 
2002). 
Na região central de cada fibra intrafusal, não há filamentos de actina e miosina ou há 
poucos. Em razão disto, a região central das fibras do fuso não se contraem junto com as 
extremidades. Ao invés disso, ela funciona como um receptor sensorial ao estiramento 
muscular e à velocidade com que esse estiramento ocorre (GUYTON; HALL, 2002; 
SMITH et al, 1997). 
Há dois tipos de fibras intrafusais: as nucleares em bolsa e as nucleares em cadeia. As 
do tipo bolsa são bastante volumosas, pois contêm grande número de núcleos 
aglomerados em bolsas localizadas no centro da área receptora. Nas fibras em cadeia 
nuclear, os núcleos estão alinhados em cadeia por toda a área receptora (GUYTON; 
HALL, 2002). 
Cada fuso muscular contém dois tipos de terminação nervosa sensorial aferente 
localizados na área receptora central, a terminação primária e terminação secundária. A 
primária circunda a parte central de cada fibra muscular intrafusal tipo bolsa, formando 
a chamada terminação anuloespiralada com fibra do tipo Ia, transmitindo sinais 
sensoriais à medula espinhal em resposta às alterações dinâmicas do comprimento do 
músculo e a secundária faz conexão com fibras em cadeia e formam a chamada 
terminação tipo ramo de flor com fibras tipo II, e, retransmitem osimpulsos para a 
medula, porém são menos sensíveis à distensão que as anuloespiraladas (MOREIRA; 
RUSSO, 2006). 
Os fusos musculares também contêm fibras contráteis, que são as extremidades 
estriadas contráteis das fibras musculares, controladas por impulsos nervosos via 
axônios motores de pequeno diâmetro, os neurônios motores eferentes tipo Aγ. 
Conforme os neurônios motores α estimulam a contração das fibras extrafusais, a 
descarga dos neurônios motores γ causa contração das fibras intrafusais (SMITH et al, 
1997). 
Há duas formas de ativar os receptores do fuso muscular: quando o alongamento de 
todo o músculo causa também o estiramento das fibras do fuso a ativa seus receptores 
ou quando as fibras contráteis, nas extremidades do próprio fuso são ativadas por 
impulsos provenientes dos nervos motores γ, contraem-se e estiram a porção central tipo 
bolsa e ativa seus receptores (GUYTON; HALL, 2002). 
Com a ativação dos receptores sensitivos, os impulsos são transmitidos através das 
fibras nervosas aferentes, e fazem conexões sinápticas com a medula espinhal, centros 
cerebrais superiores e com neurônios motores Aα, acarretando uma ativação reflexa 
(SMITH et al, 1997). Isso induz o músculo a se contrair com mais força e a se encurtar, 
e, por fim, reduz o estímulo de distensão proveniente dos fusos (McARDLE et al, 
1998). 
Os fusos estão presentes em quase todos os músculos, mas são mais numerosos nos 
músculos das mãos e dos pés (SMITH et al, 1997), pois quanto mais refinado for o 
movimento, maior será a quantidade de fuso muscular ativado (MOREIRA; RUSSO, 
2006). 
 
6 
 
 
 
2.5 Órgão tendinoso de golgi (OTG) 
 
Diferentemente dos fusos musculares, que ficam localizados paralelamente às fibras 
musculares extrafusais, os órgãos tendinosos de Golgi estão conectados em série com 
até 25 fibras extrafusais dentro do tendão, perto da sua inserção na fibra (MOREIRA; 
RUSSO, 2006). 
Os OTGs são mecanorreceptores encapsulados sensíveis à variação de tensão produzida 
pelo feixe de fibras ao qual estão ligados (SMITH et al, 1997). Assim eles fornecem ao 
sistema nervoso informações instantâneas sobre o grau de tensão em cada segmento do 
músculo (GUYTON; HALL, 2002). 
Eles funcionam como dispositivos de segurança e impedem que a força incida 
excessivamente sobre o músculo, prevenindo lesões. Podem ser acionados em resposta a 
duas situações: tensão por distensão passiva do músculo ou por tensão criada na 
contração concêntrica (MOREIRA; RUSSO, 2006). 
Quando os OTGs de um músculo são estimulados pelo aumento da tensão, os sinais são 
transmitidos por fibras de condução rápida, tipo Ib, à medula espinhal a ao cerebelo. O 
sinal medular local excita um só interneurônio inibitório, que inibe, por sua vez o 
neurônio motor anterior. Esse circuito inibe diretamente o músculo de forma individual, 
sem atingir os músculos adjacentes. Assim, esse reflexo é inteiramente inibitório produz 
um mecanismo de feedback negativo que impede o desenvolvimento de elevada tensão 
muscular (GUYTON; HALL, 2002) 
 
2.6 Flexibilidade 
 
A amplitude de movimento de uma dada articulação depende primariamente da 
estrutura e função do osso, músculo e tecido conectivo e de outros fatores tais como o 
desconforto e a habilidade para gerar força e potência muscular suficiente (SHRIER, 
2000). O envelhecimento afeta a estrutura destes tecidos assim como a função, sendo 
uma variável extremamente importante associada não somente com a qualidade de vida 
na terceira idade, mas também com a longevidade (CORBIN; NOBLE 1980). 
Flexibilidade é a capacidade de movimentar uma articulação através de sua ADM 
disponível, sem atingir demasiado estresse musculotendíneo. A flexibilidade deve ser 
considerada uma qualidade física na influência da motricidade humana (DÍAZ et al, 
2003). 
A flexibilidade, como elemento essencial da aptidão física, propicia o aumento do 
comprimento da unidade músculotendínea, enriquece a eficácia do movimento, 
promove redução da diminuição da distensão muscular, melhora a qualidade da postura 
e simetria, proporciona relaxamento de estresse e de tensão, a habilidade nos esportes, 
não sendo este aumento imediatamente reversível, devido às propriedades viscosas, 
resultando em adaptações do tecido alongado (HAMILL; KNUTZEN, 1999; 
GAJDOSIK, 1999; ALTER, 1999). 
Diversos trabalhos evidenciam a relevância da flexibilidade e de seu treinamento, 
demonstrando serem efetivos na melhoria das capacidades funcionais. Atualmente 
existe ainda a preocupação na promoção da saúde vinculada na manutenção ou melhoria 
de uma vida fisicamente ativa e independente (ACHOUR, 2004). 
A mobilidade articular é definida como a habilidade das estruturas ou dos segmentos do 
corpo de serem movidos de modo a permitir a presença de movimentos amplos para as 
atividades funcionais (ADM funcional). Pode ser ainda definida como a habilidade de 
7 
 
um indivíduo iniciar, controlar e manter os movimentos ativos do corpo para 
desempenhar tarefas motoras simples ou complexas (mobilidade funcional). A 
mobilidade ativa (flexibilidade dinâmica) refere-se à ADM ativa, o grau em que uma 
articulação se move por uma contração muscular e a mobilidade passiva (flexibilidade 
passiva) é o grau que uma articulação pode ser movida passivamente por meio da ADM 
disponível. A mobilidade, quando relacionada com ADM funcional, está associada à 
integridade articular (KISNER; COLBY, 2005). 
A promoção de maiores níveis de flexibilidade ocorre pelo emprego sistematizado de 
estímulos denominados alongamentos, que são solicitações de aumento da 
extensibilidade do músculo e de outras estruturas, mantidas por um determinado tempo. 
Os alongamentos baseiam-se no princípio de ativação de fusos musculares e órgãos 
tendinosos de golgi, sensíveis às alterações no comprimento e velocidade e, na tensão 
dos músculos, respectivamente. Os impulsos destes receptores provocam respostas 
reflexas, que por sua vez induzem adaptações nas unidades musculotendíneas, as quais 
são benéficas para o ganho da mobilidade articular (BAGRICHEVSKY, 2005). 
A flexibilidade ou extensibilidade sofre influência de três fatores principais: a estrutura 
óssea da articulação, a quantidade de tecido periarticular e a extensibilidade de tendões, 
ligamentos e tecido muscular que cruzam a articulação (ALLSEN, 1999). Estas são 
qualidades necessárias para que ocorram movimentos irrestritos e sem dor durante as 
atividades funcionais da vida diária. A ADM necessária para desempenhar tais 
atividades não corresponde necessariamente à ADM completa ou “normal” (KISNER; 
COLBY, 2005). 
Ela pode ser limitada por tecidos moles circunjacentes à articulação, excesso de gordura 
ou massa muscular. Os indivíduos obesos tendem a apresentar limitações mecânicas 
pelo excesso de volume (gordura) no abdome ou em outras áreas do corpo que possam 
impossibilitar a mobilidade. O mesmo pode acontecer quando há hipertrofia muscular, o 
próprio excesso de massa muscular limita a ADM completa da articulação. Outras 
limitações mecânicas podem ainda ser causadas por encurtamentos musculares causados 
freqüentemente por habilidades esportivas (ACHOUR, 2006). 
Ela pode variar entre as articulações de um mesmo indivíduo, podendo ser explicada 
através da unilateralidade das habilidades esportivas, pelas situações de trabalho, devido 
a lesões e pela influência genética (FORLÉO, 1995). Esta última permite obtenção de 
altos níveis de flexibilidade com exercícios vigorosos de alongamento. Já em menores 
índices de flexibilidade a herança genética pode aumentar as possibilidades de 
desenvolvimento posterior da mesma, entretanto nos casos onde já exista grande 
amplitude de movimento,menores serão os ganhos. Levando a crer que quanto maior a 
ADM, mais difícil será o desenvolvimento das estruturas que a limitam, portanto 
menores serão os resultados dos exercícios para ganho da flexibilidade (ACHOUR, 
2004). 
 
2.7 Encurtamento Muscular 
 
 
Achour (2004), afirma que o estilo de vida pouco ativo e a falta de exercícios 
específicos de alongamento geralmente levam à incapacidade para execução de 
movimentos amplos, em virtude da diminuição da flexibilidade, (figura 01). O termo 
encurtamento muscular é em geral utilizado para descrever não apenas a aproximação 
dos sarcômeros durante a contração, mas também um estado de aproximação duradouro 
dos sarcômeros, isto é, o fato de haver tecidos (colágeno) além da quantidade normal. O 
8 
 
encurtamento pode comprometer a biomecânica do movimento, a postura e ainda 
comprimir algumas fibras nervosas, provocando dor aguda. 
 
 
Figura 01: Mensuração do ângulo poplíteo, mostrando encurtamento dos isquiotibiais.. 
Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/aob/v15n2/a07fig1 (07/05/2013 às 23;16) 
 
A condições que podem levar ao encurtamento adaptativo dos tecidos moles ao redor de 
uma articulação e perda subseqüente da amplitude de movimento incluem imobilização 
prolongada, mobilidade restrita, doenças do tecido conectivo ou neuromusculares, 
processos patológicos nos tecidos devido a trauma e deformidades ósseas congênitas 
adquiridas (KISNER; COLBY, 2005). 
O encurtamento ou retração refere-se à redução leve do comprimento de uma unidade 
musculotendínea que permanece saudável, resultando em limitação na mobilidade 
articular. Um músculo retraído pode ser quase completamente alongado, exceto nos 
limites extremos de sua amplitude, o que comumente ocorre em músculos biarticulares.( 
POLACHINI; et al, 2005). 
Se houver rigidez ou nódulos em um dos feixes de um determinado grupo muscular, 
pode haver prejuízo na execução das atividades de vida diária. Alguns exercícios de 
força, se realizados em músculos insuficientemente alongados, podem comprometer o 
sistema musculoesquelético. Um sistema muscular com insuficiência de flexibilidade 
pode não realizar com a máxima eficácia as habilidades esportivas, particularmente uma 
habilidade complexa com amplitudes consideráveis de movimentos. Músculos 
encurtados e/ou com lesões crônicas podem calcificar próximo às articulações, 
limitando o movimento, o que favorece as desordens musculoarticulares (ACHOUR, 
2004). 
 
9 
 
2.7 Encurtamento dos Músculos Isquiotibiais 
A musculatura posterior da coxa corresponde a um grupo muscular conhecido como 
isquiotibiais. Composto pelos músculos bíceps femoral, semimembranoso e 
semitendinoso, a ação muscular desse grupo é complexa, em decorrência do fato de 
serem estruturas biarticulares atuando na extensão do quadril e na flexão do joelho. 
Como há uma interdependência das ações desempenhadas por esse grupo muscular, a 
efetividade dos isquiotibiais como extensores do quadril está relacionada ao 
posicionamento da articulação do joelho. Com essa articulação estendida, esses 
músculos são alongados otimamente para agir no quadril. A flexão da coxa ocorre 
livremente com os joelhos flexionados, sendo limitada pelos isquiotibiais quando ocorre 
a extensão do joelho.( POLACHINI; et al, 2005). 
Os músculos isquiotibiais (figura 02), formam uma grande massa muscular que está 
envolvida diretamente nos movimentos do quadril e joelho. Esse grupo desempenha 
importante influência na inclinação antero-posterior da pelve, afetando indiretamente a 
lordose lombar. Portanto, a flexibilidade alterada desses músculos pode ocasionar 
desvios posturais significativos e afetar a funcionalidade da articulação do quadril e 
coluna lombar (HAMILL; KNUTZEN, 1999). 
 
 
 
Figura 02 - Músculos Isquiotibiais 
Fonte: OLSON, 1996, p. 217 
 
Para Shuback et al (2004), particularmente na área da reabilitação, a flexibilidade dos 
músculos isquiotibiais é importante no equilíbrio postural, na manutenção completa da 
ADM do joelho e do quadril, na prevenção de lesões e na otimização da função 
musculoesquelética. 
10 
 
Por sua vez, uma postura lombar sem a curvatura, somada algumas vezes pelo 
encurtamento dos isquiotibiais, provoca uma inclinação posterior pélvica que 
sobrecarrega a coluna nas atividades de levantamento e condução de peso (ACHOUR, 
2004). 
 
 
2.8 Alongamento Muscular 
 
De acordo com Kisner e Colby (2005) alongamento é o termo geral usado para 
descrever qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos 
tecidos moles e subseqüentemente melhorar a amplitude de movimento (ADM) por 
meio do alongamento de estruturas que tiveram encurtamento adaptativo e tornaram-se 
hipomóveis com o tempo. Com isso, não só o músculo é alongado, além dele, estruturas 
como o tendão, fáscia, tecido conectivo e pele também sofrem esta ação. 
Também podendo ser definido como técnica utilizada para aumentar a extensibilidade 
musculotendinosa e do tecido conjuntivo periarticular, de tal modo contribuindo para 
aumentar a flexibilidade articular (HALL; BRODY, 2001). É comumente aplicado em 
relação à atividade física e reabilitação de pacientes com desordens músculo 
esqueléticas (HARVEY et al, 2002; KELL et al, 2001). Tendo como intuito o reforço 
das estruturas miotendinosas para torná-las capazes de serem submetidos a esforços de 
tração (ACHOUR, 2006), aumentar o rendimento de atletas, prevenir e tratar lesões 
músculo esqueléticas e distúrbios posturais, recuperar funções em pós-operatório ou 
pós-imobilização e promover saúde (PLATE, 1995). 
O alongamento baseia-se no princípio de ativação de fusos musculares e órgãos 
tendinosos de Golgi, sensíveis às alterações no comprimento, velocidade e na tensão 
dos músculos. Os impulsos desses receptores provocam respostas reflexas, que por sua 
vez induzem adaptações nas unidades musculotendíneas, as quais são benéficas para o 
ganho da mobilidade articular (MAGNUSSON et al, 1996). De acordo com a literatura, 
a intensidade de tensão no alongamento deveria ser aplicada até o sujeito referir um 
incômodo, desconforto, tensão sem dor, leve sensação de alongamento ou até o 
terapeuta sentir uma rigidez ou restrição ao movimento (FELAND et al, 2001) 
A atuação do alongamento ocorre sobre a estrutura histológica do tecido conjuntivo, 
sobre as fibras de colágeno e elastina, e muscular, aumentando o comprimento da fibra 
muscular; portanto, quando um músculo é alongado passivamente, o alongamento 
inicial ocorre no componente elástico em série e a tensão aumenta agudamente; após 
certo ponto ocorre um comprometimento mecânico das pontes transversas à medida que 
os filamentos se separam com os deslizamentos e ocorre um alongamento brusco nos 
sarcômeros (KISNER; COLBY, 2005). 
Com o passar do tempo ocorrem várias mudanças na função fisiológica das unidades 
contráteis dentro do músculo, que ocorrem durante exercícios ou imobilização em uma 
posição alongada ou encurtada por longos períodos de tempo (KISNER; COLBY, 
2005). No alongamento, os filamentos de actina são retirados da faixa A e as faixas H 
tornam-se mais longas, numa extensão igual ao aumento do comprimento das faixas I. 
O sarcômero resiste à deformação do alongamento por meio de sua capacidade de 
tensão de repouso, e a resistência à extensão aumenta com o alongamento mais intenso 
(DEYNE, 2001). 
O alongamento deve ser realizado até a sensação de uma leve tração no músculo, 
mantendo a posição, no entanto durante a realização do alongamento não deve haver a 
sensação de dor, parestesias, tonturas, se caso houver o aparecimento de alguns desses 
11 
 
sintomas, o exercíciodeve ser imediatamente interrompido (MOFFAT; VICKERY, 
2002). O alongamento proporciona decréscimo da rigidez muscular diretamente através 
das mudanças viscoelásticas ou indiretamente pela inibição reflexa e conseqüente 
mudanças viscoelásticas em razão da redução das ligações cruzadas de actina e miosina. 
Portanto, reduzir a rigidez muscular iria então permitir aumento da amplitude de 
movimento articular (BEST, 1995; GARRET, 1990). 
 
 
2.8 Indicação do Alongamento 
 
O músculo precisa ser longo o suficiente pra permitir mobilidade normal nas 
articulações e ser curto o suficiente para contribuir efetivamente com estabilidade 
articular. (KENDALL et al), sendo assim o alongamento é indicado quando os tecidos 
moles perderam sua extensibilidade, como resultado de aderências; em contraturas e 
formação de tecido cicatricial tendo como conseqüências limitações ou incapacidades 
funcionais; prevenção de deformidades estruturais; fraqueza muscular e encurtamento 
de tecido opositor; manutenção da postura; prevenção de lesões musculoesqueléticas e 
com intuito de minimizar potencialmente a dor muscular pós-exercício (KISNER; 
COLBY, 2005). 
 
 
2.9 Contra-indicação do Alongamento 
 
O alongamento não deve ser realizado quando há bloqueio ósseo, pois limita a 
mobilidade articular; após fraturas recentes; sempre que houver evidências de processos 
inflamatórios ou infecciosos agudos ou quando a regeneração dos tecidos moles puder 
ser perturbada nos tecidos retraídos e na região ao redor (KISNER; COLBY, 2005). 
Nos casos de dor aguda; quando forem observados hematomas ou traumas nos tecidos, 
hipermobilidade, quando as contraturas ou os tecidos moles encurtados estejam 
provendo aumento da estabilidade articular no lugar da estabilidade articular normal ou 
do controle neuromuscular; quando a contratura ou os tecidos moles encurtados são as 
bases de habilidades funcionais melhoradas em pacientes com paralisia ou fraqueza 
muscular grave (KISNER; COLBY, 2005). 
 
2.10 Duração do Alongamento 
 
Há várias pesquisas acerca dos efeitos dos exercícios de alongamento, porém a duração 
mínima necessária para obter ganho de flexibilidade de tecidos moles ainda não foi 
determinada, eis que são poucos os estudos que abordam essa linha de pesquisa. Os 
experimentos investigativos existentes com relação à duração do alongamento se 
contradizem e ainda são realizados sem um protocolo apropriado, o que os leva a vários 
achados. 
O alongamento só ocorre quando a tração é mantida por tempo suficiente para que haja 
deformação do tecido conectivo (LIANZA, 2001). O tempo de tração deve ser 
relativamente longo, já que a duração da tração é diretamente proporcional à capacidade 
de deformação visco elástica do músculo (TRIBASTONE, 2001). 
Segundo Madding et al. (1987), 15 segundos oferece resultados efetivos para aumento 
de ADM de abdução de quadril, em alongamento estático com apenas uma série, 
12 
 
quando comparado com outros estímulos superiores (45 e 120 segundos), concordando 
assim com Shrier e Gossal (2000) que em ampla revisão literária concluíram que um 
alongamento de 15 a 30 segundos por grupo muscular é suficiente para a maioria das 
pessoas, mas algumas pessoas ou grupos musculares requerem maior duração ou mais 
repetições. 
No que se refere aos estímulos (30 e 60 segundos) investigados por Bandy et al.(1994) 
constatou-se não haver diferença do ganho de flexibilidade entre o alongamento estático 
de 30s e 60s dos músculos isquiotibiais e que a duração de um alongamento por mais de 
30 segundos deve ser questionada. O trabalho de Taylor et al (1990) feito com animais 
sugere que o maior alongamento muscular ocorre durante os primeiros 12 a 18 segundos 
de um alongamento estático e durante os primeiros quatro alongamentos estáticos de 
uma série de 10. 
Em um estudo comparativo sobre duas “doses ideais” de alongamento ativo realizado 
durante três semanas, Grandi (1998) utilizou duas propostas, a primeira sugerida por 
Bandy indica 1 repetição de 30s na musculatura isquiotibial do MID e uma segunda 
indicando 4 repetições de 18s da musculatura isquiotibial do MIE proposta por Taylor. 
Ao final, Grandi sugere que as duas doses são igualmente eficazes para ganho de 
flexibilidade desses músculos. 
Já Bonvicine et al. (2005), em estudo realizado com 30 sujeitos, concluíram que o 
ganho de ADM para os músculos isquiotibiais é maior em 1 série de alongamento 
passivo com duração de 60 segundos que em 2 séries de 20 segundos, ao final de 4 
semanas. 
Em um estudo realizado por, Amaro e Maia (2007), foi possível observar ganho de 
ADM na articulação do joelho, dos participante que realizaram o alongamento ativo dos 
músculos isquiotibiais, em uma série realizada em um único dia, com duração de 30, 60, 
90, 120s. Os grupos que alongaram por 60s, 90s e 120s, obtiveram ganho significativo 
de flexibilidade dos músculos isquiotibiais, portanto, os resultados indicaram que o 
tempo mínimo necessário para obter ganho de flexibilidade aguda dos músculos 
isquiotibiais por meio de alongamento ativo é de 60s. 
 
 
2.11 Cadeias Musculares 
 
Na década de 50, surgiu na França uma nova proposta de atuação que revolucionava a 
forma de trabalhar o corpo. De acordo com Méziéres apud Bertherat (1987),o 
deslocamento das massas do corpo - cabeça, abdômen, costas - faz com que as curvas 
vertebrais se acentuem mais ainda. A manutenção da posição da cabeça obriga os 
músculos ligados às vértebras cervicais a se agruparem e as vértebras a manterem-se 
num arco côncavo. O mesmo se verifica com os músculos e vértebras lombares. Essa 
curva e o achatamento da musculatura posterior só tendem a agravar-se com o passar 
dos anos. 
Segundo (BUSQUET, 2001), As cadeias musculares representam circuitos anatômicos 
através dos quais se propagam forças organizadas do corpo. A técnica permite 
compreender melhor a lógica das disfunções e a origem das dores e deformidades. Visa 
libertar bloqueios articulares, aderências, contraturas musculares e encurtamentos 
neurais. Procura também reequilibrar as tensões internas através de manobras viscerais. 
Surgiu o termo “cadeias” articulares e musculares, que refere-se a um procedimento 
preventivo e terapêutico através da organização do sistema locomotor em grupos e 
cadeias, que permite uma visão unificada do corpo em situações de análise da postura. 
13 
 
A solidariedade das estruturas corporais não se limita ao sistema locomotor, mas 
abrange a unidade da estrutura humana como um todo. Essas cadeias, segundo Denys-
Struyf (1995), formam conjuntos “psiconeuromusculares” que se fazem e se desfazem 
conforme a expressão corporal, postural e gestual. 
Como Souchard (2005) descreve, ilustrando os princípios das cadeias musculares. 
Numa fila de pessoas de mãos dadas, se uma delas tropeça, seu desequilíbrio se 
transmitirá às outras. Da mesma forma, qualquer tração efetuada em uma extremidade 
de uma cadeia muscular se traduz imediatamente por uma compensação em um ponto 
qualquer da cadeia. 
Conforme Bertherat (1987), a questão do desequilíbrio postural, não está na 
“fraqueza” da musculatura posterior, mas no excesso de força, sugerindo que a solução 
seria “soltar” os músculos posteriores para que eles libertem as vértebras mantidas num 
arco côncavo. A referida autora ia mais longe em suas considerações teóricas, 
afirmando que “não é somente o esforço para ficar em equilíbrio que encurta os 
músculos posteriores mas, também, todos os movimentos de média e grande amplitude 
executados pelos braços e pernas, solidários com a coluna vertebral”. 
Esta nova proposta baseou-se na seguinte observação: cada vez que se tentava 
tornar menos acentuada a curvade um segmento da coluna vertebral, a curva era 
deslocada para outro segmento. Desta forma, era necessário considerar o corpo em sua 
totalidade e cuidar dele enquanto tal. A causa única, porém, de todas as deformações era 
o encurtamento da musculatura posterior, em função da maior tensão, conseqüência 
inevitável dos movimentos cotidianos do corpo sob a ação da gravidade. Na abordagem 
clássica dos problemas musculares e articulares, o corpo é tratado de forma segmentada. 
Por exemplo, uma dor na região lombar é geralmente vista como um problema local, e o 
tratamento envolve apenas os músculos presentes nessa região. Já a proposta das 
cadeias musculares considera o sistema muscular de forma integrada, em que os 
músculos se organizam em cadeias. Utilizando esta técnica, é possível identificar o 
comprometimento de cada cadeia muscular e, a partir daí, tratar as causas e as 
conseqüências. Sendo assim, uma dor na região do ombro pode ser causada pelo 
desequilíbrio das cadeias envolvidas e sua análise e tratamento vão além da análise e 
tratamento das estruturas da coluna lombar. Assim como os sintomas de um entorse de 
tornozelo pode ter se originado em uma lesão no ombro. A finalidade das cadeias é 
utilizar os sintomas como orientação para chegar a origem da lesão (BERTHERAT, 
1987) . 
 
 
3. Metodologia 
 
A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo foram pesquisas bibliográficas de 
aspecto descritivo, pois as informações contidas são de várias fontes e diversos autores e 
também porque apresentam muitas definições e procedimentos relacionados ao tema 
abordado. Uma vez que a metodologia é a parte de um trabalho que visa descrever os 
procedimentos a serem utilizados durante a pesquisa, já uma pesquisa bibliográfica é 
desenvolvida com base em materiais já publicados, como artigos científicos e livros. Diante 
disto, este artigo visou comparar duas técnicas de alongamento, na tentativa de diagnosticar 
qual das duas é mais eficaz para o ganho de flexibilidade, tendo como base as definições e 
conceitos já existentes. 
 
 
4. Resultados e discussão 
 
14 
 
 
O presente estudo durante seu desenvolvimento encontrou resultados interessantes por meio 
das pesquisas bibliográficas, entretanto ficou claro que ainda há muito o que pesquisar a 
respeito deste assunto, mas ficou muito claro que é importante o profissional fisioterapeuta 
ou educador físico ter amplo conhecimento quanto a anatomia muscular global e 
biomecânica das articulações, para realizar a técnica de alongamento que julgue mais 
eficaz naquele momento, e que principalmente, seja realizada com segurança, sem causar 
nenhum tipo de trauma e lesão muscular ou articular. Ficou bem evidente também, que hoje 
o conhecimento das cadeias musculares é de grande importância quando se quer ganhar 
flexibilidade, uma vez que já existem vários resultados comprovando a eficácia desta 
técnica. 
Em estudo realizado por Marques et al, (1994), onde avaliaram 20 pacientes com 
fibromialgia, e após a avaliação realizaram tratamento por meio de alongamento em 
cadeias musculares, diagnosticaram que as cadeias mais comprometidas com 
encurtamento muscular eram a cadeia ântero-interna do ombro e a cadeia posterior, ao 
final do tratamento todos os pacientes não só apresentaram um índice de flexibilidade 
normal e próximos do normal como postura ereta, fazendo crer que houve alongamento 
significativo da cadeia posterior como também uma melhorar na conscientização da 
postura ao nível das cadeias musculares. 
Em estudo posterior, Cabral et al, (2007), confirmaram o resultado obtido no estudo 
anterior descrito, só que desta vez foi feito um estudo que visou comparar a eficácia do 
alongamento muscular na recuperação funcional de pacientes Com síndrome 
femoropatelar (SFP). Foram selecionadas 20 mulheres jovens sedentárias com SFP, 
divididas em dois grupos, um grupo que realizou alongamento dos músculos da cadeia 
posterior pela técnica de reeducação postural global, (RPG), e um segundo grupo que 
realizou alongamento segmentar dos isquiotibiais e gastrocnêmios, Após a realização do 
tratamento os grupos mostraram que obtiveram melhora na capacidade funcional, 
encurtamento dos isquiotibiais, melhora do ângulo Q e flexibilidade, porém, só o 
primeiro grupo relatou melhora na intensidade da dor e comparando o grupo 01 com o 
grupo 02, o primeiro grupo também teve maior ganho de flexibilidade, concluído que as 
técnicas de alongamento em cadeias musculares são mais eficazes tanto na melhora da 
dor de pacientes com síndrome femoropatelar, quanto na melhora da flexibilidade dos 
músculos isquiotibiais. 
Ainda partindo da mesma linha de pesquisa, no estudo de Vivolo et al, (2007), onde foi 
feito um estudo com objetivo de comparar a eficácia de uma sessão de alongamento 
muscular segmentar e alongamento muscular global, através do ganho de flexibilidade e 
amplitude de movimento para extensão dos joelhos. A amostra contou com 60 
participantes, todos adultos, 30 homens e 30 mulheres, cada grupo contou com 30 
participantes, sendo 15 mulheres e 15 homens, foi realizada goniometria de joelho antes 
do tratamento e logo em seguida dele. Ao final do tratamento chegarm ao seguinte 
resultado, o alongamento muscular global mostrou ser mais eficaz que o alongamento 
segmentar no ganho de amplitude de movimento da extensão de joelho, não se 
verificando o mesmo no ganho de flexibilidade. Como existem muitas divergências 
quanto ao tempo, frequência e tipo de alongamento, os resultados aqui obtidos nos 
remetem à necessidade de realizar outros estudos clínicos. 
ROSÁRIO et al, (2008), também fizeram o mesmo estudo comparativo, comparando o 
alongamento segmentar e o global pela técnica de RPG quanto ao ganho de 
flexibilidade, ADM e força muscular. 30 mulheres foram distribuídas aleatoriamente em 
três grupos: o grupo global fez alongamento de cadeias musculares; o grupo segmentar 
realizou alongamento segmentar; e o grupo controle não fez alongamento. Antes e 
depois do tratamento, em todos os grupos, foram avaliadas a ADM de extensão da 
15 
 
perna, flexibilidade pelo teste 3o dedo-solo e força isométrica de flexão da perna em 45° 
e 90°. Os dois grupos experimentais realizaram oito sessões de alongamento de 30 
minutos cada, duas vezes por semana. Os resultados dos grupos global e segmentar 
foram semelhantes entre si e superiores aos do grupo controle na ADM, flexibilidade e 
força muscular em 45° e 90°. Na avaliação intra-sessões, os dois grupos também 
tiveram desempenhos semelhantes, com ganho relativo da ADM maior nas primeiras e 
decrescendo ao longo das sessões. Ambas as técnicas de alongamento foram pois 
igualmente eficientes no aumento de flexibilidade, ADM e força muscular. 
Descrevendo ainda sobre o mesmo assunto, tem o estudo de Moreno et al, (2007), que 
desta vez fez um estudo com objetivo de avaliar o efeito do alongamento da cadeia 
muscular respiratória, pelo método de Reeducação Postural Global (RPG), sobre a força 
muscular respiratória e a mobilidade toracoabdominal de homens jovens sedentários. 
Estudo realizado com 20 voluntários, divididos em dois grupos de 10: grupo controle e 
grupo submetido à intervenção pelo método de RPG. O protocolo foi constituído por 
um programa de alongamento da cadeia muscular respiratória na postura rã no chão 
com os braços abertos, realizado com a regularidade de duas vezes por semana, durante 
8 semanas, totalizando 16 sessões. Os dois grupos foram submetidos à avaliação da 
medida da pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima e cirtometria 
toracoabdominal, antes e após o período de intervenção. Depois do tratamento proposto 
chegaram ao seguinteresultado; Os valores das pressões respiratórias máximas e da 
cirtometria do grupo controle antes e após o período de intervenção não apresentaram 
alterações significativas (p > 0,05). No grupo RPG, os valores de todas as variáveis 
apresentaram diferenças estatisticamente significativas após o protocolo de intervenção 
(p < 0,05). Chegando a conclusão que o protocolo de alongamento da cadeia muscular 
respiratória proposto pelo método de RPG mostrou ser eficiente para promover o 
aumento das pressões respiratórias máximas e das medidas da cirtometria 
toracoabdominal, sugerindo que pode ser utilizado como um recurso fisioterapêutico 
para o desenvolvimento da força muscular respiratória e da mobilidade 
toracoabdominal. 
 
 
 
5. Conclusão 
 
O alongamento tem sido ao longo da história uma das ferramentas mais importantes para o 
tratamento de patologias causadas por tempo prolongado de imobilização, inicialmente o 
alongamento muscular tornou-se conhecido apenas como método eficaz para ganhar 
amplitude de movimento, com o passar dos anos, novas técnicas fisioterapêuticas foram 
surgindo ao redor do mundo e tendo como base o alongamento muscular. Hoje o termo 
alongamento é muito amplo, pois existem várias técnicas diferentes, e em muitas vezes com 
o mesmo objetivo. Fisioterapeutas utilizam esta técnica para tratar e reabilitar diferentes 
tipos de pacientes, por esse motivo, este estudo, diante de tantas literaturas pesquisadas, 
visou esclarecer qual das duas técnicas que hoje vem mostrando excelentes resultados, é 
mais eficaz para o ganho de flexibilidade dos músculos isquiotibiais. 
Depois de verificar toda anatomia e fisiologia muscular, particularidades do alongamento e 
pesquisas realizadas com intuito de comparar o alongamento em cadeia muscular e o 
alongamento ativo, Chegamos a conclusão que todas as técnicas que de alongamento, 
proporcionam um ganho de flexibilidade e consequentemente uma melhor qualidade de 
vida, porém estudos já comprovam que a técnica de alongamento que é mais eficaz no 
ganho de flexibilidade e até mesmo, na diminuição da intensidade do quadro álgico em 
certos tipos de patologias, é o alongamento em cadeias musculares, uma técnica que tornou-
16 
 
se muito conhecida na década de 80 junto com o método de Reeducação Postural Global 
(RPG), que traz em seu principio ativação das cadeias musculares. 
Portanto ficou claro que todos da área da saúde deveriam conhecer de uma forma mais 
profunda as cadeias musculares, pois elas hoje proporcionam um tratamento mais eficiente 
e duradouro quando se tem o objetivo de ganhar flexibilidade e de diminuição da dor. 
Manter as articulações do corpo livres é importantíssimo na prevenção de lesões e no 
aparecimento de deformidades durante o envelhecimento. Este estudo comprova que o 
alongamento muscular deve ser realizado por todos e frequentemente, e de uma forma 
global, ou seja, fazendo uso das técnicas de alongamento em cadeias musculares. 
 
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