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CINESIOTERAPIA CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DOS MÚSCULOS Potencial da Fibra Muscular; Funções dos músculos; Papel do músculo; Componentes mecânicos do músculo; Ações musculares gerais. Os músculos do corpo são os geradores de força interna que convertem energia armazenada quimicamente em trabalho mecânico. São encontrados no corpo três tipos diferentes de tecido contrátil com certas características semelhantes. TIPOS DE MÚSCULOS Os três tipos de tecidos (ESQUELÉTICO, LISO E CARDÍACO) são afetados pelo mesmo tipo de estímulos: Produzem um potencial de ação logo após a estimulação Possuem a capacidade de contrair se Têm a capacidade de manter o tônus muscular Se atrofiam em decorrência de circulação inadequada E se hipertrofiam em resposta a certos tipos de treinamento de sobrecarga Em outros aspectos mostram acentuadas diferenças. MÚSCULO LISO Involuntário, paredes das vísceras (estômago e bexiga) e as paredes de vários sistemas de tubos ( sist circulatório, digestivo, respiratório e urogenital) Contém receptores para dor. Contração mais lenta. Maior extensibilidade. Contração mais continuada e rítmica. MÚSCULO CARDÍACO O tecido atua eletricamente como se fosse uma única célula. MÚSCULO ESTRIADO (ESQUELÉTICO) Inervado por neurônios motores e sob controle voluntário. Contém terminações para dor e proprioceptores. Suas principais funções são o movimento do corpo e a manutenção da postura. NÚMEROS E FORMAS DOS MÚSCULOS Os músculos constituem cerca de 40 a 45% do peso corporal de um adulto. Embora o sistema muscular voluntário inclua aproximadamente 434 músculos, somente 75 pares estão envolvidos na postura geral e movimento do corpo. Os demais músculos são menores e envolvidos com mecanismos não diretamente relacionados ao movimento do corpo (controle da voz e deglutição). ULTRA ESTRUTURA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Cada um dos mais de 430 músculos voluntários no corpo consiste em várias camadas de tecido conjuntivo. Um corte transversal de um músculo consiste em milhares de cells musculares denominadas fibras musculares. Consiste em # níveis de organização subcelular Cada fibra muscular consiste em fibras menores denominadas miofibrilas As miofibrilas são constituídas por filamentos ainda menores denominados miofilamentos Os miofilamentos são formados principalmente por duas proteínas actina e miosina A unidade contrátil da miofibrila inteira é conhecida como sarcômero SARCÔMERO é a unidade funcional do sistema contrátil no músculo. Vários sarcômeros compõem uma miofibrila As miofibrilas compõem uma fibra muscular... E as fibras musculares compõem um músculo!!! Os filamentos de actina e miosina dentro do sarcômero estão envolvidos principalmente no processo mecânico da contração muscular, portanto na elaboração da força. EVENTOS QUÍMICOS E MECÂNICOS DURANTE A CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO A teoria mais amplamente aceita para a contração muscular é a teoria do deslizamento do filamento. O encurtamento ativo do sarcômero e, consequentemente, do músculo, resulta do movimento relativo dos filamentos de actina e miosina uns sobre os outros. EXCITAÇÃO CONTRAÇÃO ... É um mecanismo fisiológico pelo qual uma descarga elétrica no músculo desencadeia os eventos químicos que resultam em contração. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES O músculo esquelético não é um grupo homogêneo e simples de fibras com propriedades metabólicas funcionais semelhantes. Tipos distintos de fibras foram identificados e classificados por suas características contráteis e metabólicas. As fibras de contração lenta = tipo I ... Se caracterizam por um ritmo lento de contração; e são perfeitamente apropriadas para o exercício aeróbico prolongado. As fibras de contração rápida = tipo II ... Capacidade de gerar energia rapidamente para as contrações vigorosas e rápidas, e de mantê las por períodos mais longos; maior potencial anaeróbico. Subdivididas de acordo com a velocidade de contração TIPO I: considerada de contração oxidativa lenta TIPO II A : considerada uma fibra de contração rápida oxidativa e glicolítica TIPO II B: considerada rápida glicolítica TIPO II C: não classificada Tipo de Fibra Tipo I Tipo IIA Tipo IIB Tipo de contração Contração lenta Contração intermediaria Contração rápida Velocidade de encurtament o Baixa Intermediaria Alta Resistência a fadiga Boa Media Pouca Diâmetro Pequeno intermediaria Grande Tipo de metabolismo Arerobio Aeróbico e anaeróbico Anaeróbi ca Tipos de fibra Tipo de contração Tipo de exercícios Exemplos de modalidades Tipo I Lenta Intensidade moderada e longa duração Corrida de longa distancia Tipo II A Rápida Alta intensidade e curta duração Corrida de curta ditancia Tipo IIB Rápida Alta intensidade e curta duração Corrida de curta distancia Homens e mulheres sedentários e crianças pequenas possuem 45% a 55% de fibras de contração lenta. As pessoas que conseguem altos níveis de eficiência no esporte possuem a predominância de fibras e as distribuições características do seu esporte. ARQUITETURA DO MÚSCULO A forca que um músculo pode produzir é diretamente proporcional a área em transversal A velocidade e a excursão funcional do músculo são proporcionais ao comprimento do músculo Em geral... os músculos com fibras mais curtas e uma área em corte transversal maior se destinam a produzir força Enquanto.... Os músculos com fibras longas se destinam a produzir excursão e velocidade PAPEIS QUE OS MÚSCULOS DESEMPENHAM Dependendo das circunstâncias, um músculo pode atuar de variar maneiras. AGONISTA Quando um músculo sofre uma contração com encurtamento... Diz se que ele é movente ou agonista para as ações articulares resultantes. Ex.: o tríceps braquial é agonista para extensão do cotovelo ANTAGONISTA É um músculo cuja contração tende a produzir uma ação articular dada a outro músculo especificado. Um músculo extensor é, potencialmente, antagonista de um músculo flexor. SINERGISTA Músculo que atua juntamente com outro músculo ou músculos, como um membro de uma equipe. Ex manguito rotador do ombro ESTABILIZADOR Papel de fixador, é um músculo que ancora, firma ou sustenta um osso ou parte óssea a fim de outro músculo ativo possa ter uma base firme sobre a qual vai tracionar. TÔNUS E RELAXAMENTO O termo relaxamento pode referir se ao processo de relaxar... (o estágio durante o qual a força de contração está diminuindo) ... ou ao estado de inatividade. Entretanto, até mesmo um músculo relaxado tem um turgor residual ou consistência firme. Nos níveis mais baixos, isto é conhecido como tônus muscular. O tônus muscular é uma função de corpulência natural (turgor) do tecido muscular e fibroso e da resposta do sistema nervoso a estímulos. FATORES QUE INFLUEM NA FORÇA MUSCULAR Ângulo de Inserção do Músculo; Relação Comprimento Tensão; Relação Força Velocidade; Ciclo Alongamento Encurtamento; Músculos Uni e Biarticulares FIXAÇÃO DOS MÚSCULOS De 100 a 150 fibras musculares são agrupadas com um tecido conectivo denominado perimísio para formar um feixe designado fascículo Vários fascículos formam uma unidade maior. Estas unidades são coberturas de epimísio para formar um músculo A parte central, carnosa e macia de um músculo é chamada de ventre Próximo às extremidades do músculo, as cells contráteis desaparecem, mas seu revestimento de tecido conectivo (o perimísio e epimísio ) prossegue a fim de fixar os músculos aos ossos. Se o local da fixação óssea é distante do ventredo músculo, tais extensões das bainhas de tecido conectivo fundem se para formar um tendão semelhante a uma corda ou aponeurose plana. As fibras de tendão (forma de fita) ou aponeurose (laminares) são entrançadas umas às outras, de modo que a tração em qualquer parte de um músculo se distribui mais ou menos igualmente a todas as partes da fixação ao osso. Como um tendão reúne e transmite forças de muitas fibras musculares para uma pequena área do osso, o local da fixação tendínea é normalmente marcado por um tubérculo áspero no osso. Uma aponeurose da origem a uma linha ou crista em sua fixação no esqueleto O tendão é um elo muito importante entre o músculo e o osso, o esforço sobre ele aumenta qdoo músculo se contrai. Músculos grandes geralmente têm tendões grandes. Durante a atividade normal, um tendão sofre apenas 25% da tensão máxima que ele suporta; Esforços inesperados e muito rápidos de um tendão são condições comuns para sua ruptura. INSERÇÕES MUSCULARES A inserção muscular (seja proximal ou distal), é o local onde a força é aplicada ao osso. Os músculos se fixam aos ossos a uma certa distância da articulação A máquina músculo esquelética é basicamente um arranjo que proporciona forças relativamente grandes para a rápida manipulação de longos braços de alavanca. A estrutura interna dos músculos –isto é, o arranjo de suas fibras –guarda uma importante relação com a força e distância de sua contração. COMPONENTES ALAVANCA: Haste Rígida (ossos) EIXO: ponto de fixação, mas que permite mobilidade. RESISTÊNCIA: peso do próprio segmento, peso extra e força gravitacional. FORÇA: trabalho muscular. Quais são as alavancas corporais?? Segmento que gira ( alavanca)= osso Eixo de rotação (ponto fixo)= articulação Força que gira a alavanca =contração muscular; É DENOMINADA FORÇA POTENTE Resistência = FORÇA EXTERNA; massa dos segmentos, dos pesos aplicados e da gravidade. É DENOMINADA FORÇA RESISTENTE Alavanca de Equilíbrio :Apresenta ponto de apoio entre a força e a resistência Alavanca de Força ou de Esforço: Apresenta a resistência entre a força e o eixo Inter resistente : Ex.: Músculos posteriores da perna. A resistência situa se entre o ponto de apoio e a força. Produz > força e pouca velocidade. Ex: carrinho de mão, elevação do corpo na ponto do pé. Alavanca de Velocidade: Apresenta a força entre o eixo e a resistência Interpotente: Ex Bíceps A força é encontra se entre o ponto de apoio e a resistência Ex levantamento de uma pá, ação dos flexores de cotovelo sobre o antebraço RELAÇÃO FORÇA VELOCIDADE O músculo consegue ajustar a sua força ativa de forma a corresponder exatamente à carga aplicada. Qdo a carga é pequena, a força ativa pode tornar se proporcionalmente pequena através de um aumento apropriado na velocidade de encurtamento. Qdo a carga é alta , o músculo aumenta a sua força ativa no mesmo nível, tornando mais lenta a velocidade do encurtamento. Uma redução na velocidade de contração proporciona tempo ao paciente para desenvolver mais tensão durante as contrações. VELOCIDADE DO ENCURTAMENTO A capacidade do músculo de gerar tensão é inversamente proporcional a sua velocidade de contração. Um músculo que se contrai excêntrica ou isometricamente é capaz de produzir mais força que um músculo que se contrai oncentricamente”. RELAÇÃO COMPRIMENTO-TENSÃO A capacidade de um músculo produzir força depende do comprimento no qual o músculo é mantido com força máxima A relação entre força e comprimento é denominada propriedade de comprimento tensão do músculo. O número de sarcômeros em série determina a distância através da qual o músculo pode encurtar se e o comprimento no qual produz força máxima. O número de sarcômeros não é fixo, podendo aumentar ou diminuir. O número de sarcômeros é uma adaptação às mudanças no comprimento funcional do músculo. As modificações associadas ao comprimento podem ser induzidas por alinhamento postural incorreto ou por imobilização. “O aumento do número de sarcômeros em paralelo à fibra muscular, aumenta o número de miofibrilas e, conseqüentemente a força muscular”. O estímulo para as mudanças de comprimento dos sarcômerospode ser a quantidade de tensão ao longo das miofibrilasou da junção miotendinosa... Alta tensão = acréscimo de sarcômeros Baixa tensão = subtração de sarcômeros COMPRIMENTO MUSCULAR O pré-estiramento muscular, em até 15-25% de seu comprimento, cria condições ideais para a realização de uma contração eficaz, alcançando altos índices de força. O alongamento demasiado do músculo (mais de 30- 35%) provoca uma redução na força em função do afastamento entre os miofilamentosde actinae miosina, dificultando a formação da ligação actomiosínica. CICLO ALONGAMENTO ENCURTAMENTO O componente contrátil desenvolve ativamente a tensão e o encurtamento, que são transmitidos ao tendão muscular através do componente elástico. Este componente situa se em parte nos filamentos tendíneos nos quais as fibras musculares se inserem, e em parte o próprio músculo. Sua função está relacionada ao desenvolvimento da tensão em toda a unidade músculo tendão, sobretudo quando o músculo se encurta a partir da posição alongada. Na postura ereta e numa locomoção de baixa velocidade, o componente contrátil parece ser responsável pp. pelo trabalho mecânico e potência. Nas velocidades mais altas, as contrações de encurtamentos são precedidas de alongamento, onde os músculos ativos são alongados e a energia mecânica armazenada nos componentes elásticos e viscoelásticosdo músculo. Este ciclo de “alongamentos encurtamentos” comumente visto no músculo esquelético durante movimentos de velocidade moderada e alta, propicia um uso eficiente dos recursos musculares e um maior trabalho desenvolvido pelo sistema músculo esquelético. MÚSCULOS UNI E BIARTICULARES De acordo com o fato de cruzar entre suas inserções superior e inferior uma ou várias articulações, o músculo é dito uni ou bi articular. Alguns músculos atuam sobre duas ou mais articulações do esqueleto, o que afeta a eficiência do seu trabalho. Há muitos exemplos de músculos biarticulares no corpo humano, e as vantagens de usá los, ao invés dos músculos uniarticulares são: Movimentos de grande amplitude (precisam de fibras longas tanto para o alongamento elástico quanto para o encurtamento contrátil) A inserção distanciada da diáfise dá ás fibras um ângulo de ação que uma inserção sobre a diáfise não permitiria INERVAÇÃO DO MÚSCULO Os músculos apresentam vasos do sistema circulatório, e também são bem supridos com nervos. Um ou mais nervos contendo fibras motoras e sensitivas entram em cada músculo provenientes da parte central do sistema nervoso. Quando entra no músculo, o nervo divide-se em vários ramos terminais, cada um dos quais tem uma placa terminal motora numa única fibra muscular. O número de fibras musculares inervadas por um único nervo motor varia de três a centenas. O grupo de fibras musculares inervadas por um único nervo motor constitui o que chamamos de unidade motora. Inervação do músculo :quanto maior a precisãp de um músculo cada unidade motora é composta com poucas fibras musculares! Mãos – capacidade de realizar trabalho delicado e preciso – poucas fibras musculares por unidade motora Músculos posturais – grandes incrementos no aumento da tensão – muitas fibras por unidade motora. ADAPTAÇÃO NEUROLÓGICA O desempenho muscular é determinado pelo tipoe tamanhodos músculos envolvidos e pela capacidade do sistema nervosode ativar os músculos de maneira apropriada. ALONGAMENTOS •O termo mobilidade pode ser definido como... “A habilidade das estruturas ou segmento do corpo de se moverem ou serem movidos... Permitindo que haja amplitude de movimento para atividades funcionais!!!” Mobilidade e hipomobilidade Definição de alongamento Flexibilidade Encurtamento e contratura (tipos) Indicações alongamento Contra indicações alongamento Alinhamento Estabilização Velocidade Duração Freqüência Tipos de alongamentos •MOBILIDADE FUNCIONAL A habilidade que uma pessoa tem de iniciar, controlar ou manter movimentos ativos do corpo para realizar tarefas motoras simples e complexas. * Está associada à integridade articular e à flexibilidade (extensibilidade dos tecidos moles que atravessam ou cercam as articulações – músculos, tendões, fáscias, cápsulas articulares, ligamentos, nervos, vasos sanguíneos, pele). A mobilidade funcional... Deve ocorrer sem dor ou restrições durante as AVDs Não sendo necessário para isso uma ADM completa ou “normal”!!! •A mobilidade suficiente dos tecidos moles e a ADM das articulações precisam ter o suporte de certo nível de: Força muscular Resistência à fadiga Controle neuromuscular Para que o corpo acomode sobrecargas impostas a ele durante o movimento funcional! Fator importante na prevenção de lesões!!! HIPOMOBILIDADE MOBILIDADE RESTRITA... Causada pelo encurtamento adaptativo dos tecidos moles. Pode ocorrer como resultado de vários distúrbios ou situações: Imobilização prolongada Vida sedentária Desalinhamento postural e desequilíbrios musculares Desempenho muscular comprometido (fraqueza) Trauma tecidual (dor e inflamação) Deformidades congênitas ou adquiridas ALONGAMENTO •As intervenções de alongamento fazem parte do programa de reabilitação individualizado, assim como os exercícios de força e resistência são intervenções essenciais... ... Para melhora no desempenho muscular comprometido e prevenir lesões, quando há restrição de mobilidade!“ Alongamento é um termo geral usado para descrever qualquer manobra fisioterapêutica elaborada... ... para AUMENTAR A EXTENSIBILIDADE dos tecidos moles, melhorando, desse modo, a flexibilidade com o aumento das estruturas que, ...de modo a se adaptarem, encurtaram-se e tornaram-se hipomóveis com o tempo.” As intervenções de alongamento são elaboradas para aumentar o comprimento dos componentes contráteis e não contráteis das unidades musculo- tendínease das estruturas periarticulares. FLEXIBILIDADE É a capacidade de mover uma única articulação ou uma série de articulações de modo suave e com facilidade, ao longo de uma ADM sem restrições e indolor. É determinada pelo comprimento do músculo junto a integridade da articulação e a extensibilidade dos tecidos moles periarticulares DINÂMICA: Mobilidade ativa ou ADM ativa Até onde uma contração muscular ativa move um segmento do corpo na ADM disponível. PASSIVA: Mobilidade passiva ou ADM passiva Até onde uma articulação pode ser movida passivamente na ADM disponível CONTRATURA E ENCURTAMENTO •A restrição dos movimentos pode variar de um leve encurtamento muscular até contraturas irreversíveis. •CONTRATURA É definida como encurtamento adaptativo da unidade músculotendíneae outros tecidos moles que cruzam ou cercam uma articulação e resulta em resistência significativa ao alongamento passivo e ativo e na limitação da ADM. TIPOS DE CONTRATURA Por meio das alterações patológicas nos diferentes tecidos moles envolvidos: Miostática Pseudomiostática Artrogênicas ou periarticulares Fibrótica e irreversível MIOSTÁTICA Ou miogênica, não há uma patologia muscular específica presente. Resolvidas num período curto por meio de alongamento. PSEUDOMIOSTÁTICA Também resultado de hipertonicidade espasticidade ou rigidez) associada a uma lesão do SNC. O espasmo muscular ou defesa e dor podem também causar uma contratura pseudomiostática Estado de contração constante com uma resistência excessiva ao alongamento passivo. Quando inibidos para diminuir a tensão, é possível alonga-los. ARTROGÊNICAS OU PERIARTICULARES Resultado de patologia intra-articular, incluindo aderências, proliferação sinovial, edema articular, irregularidades na cartilagem articular ou formação de osteófitos. FIBRÓTICA E IRREVERSSÍVEL Resultado de alterações fibróticas no tecido conjuntivo do músculo e estruturas periarticulares, com formação de aderências. Difícil de restabelecer o comprimento ideal do tecido. Tecido muscular e conjuntivo substituído por aderências, tecido cicatricial. INDICAÇÕES PARA O ALONGAMENTO A ADM limitada porque os tecidos moles perderam extensibilidade em decorrência de aderências, contraturas e formação de tecido cicatricial causando limitações funcionais ou incapacidades. A restrição na mobilidade para evitar deformidades estruturais Na fraqueza muscular e encurtamento dos tecidos opostos Parte do programa de preparo físico prevenindo lesões Antes e após exercícios vigorosos, podendo minimizar a dor muscular CONTRA INDICAÇÕES PARA O ALONGAMENTO Bloqueio ósseo que limita o movimento articular Fratura em consolidação Em processo inflamatório agudo ou infeccioso ou na cicatrização Ocorre dor aguda imediata com a ADM Hipermobilidade Quando do o encurtamento proporciona estabilidade Quando o encurtamento possibilita realizar habilidades funcionais específicas DETERMINAÇÕES DAS INTERVENÇÕES •Há diversos elementos essenciais que determinam a efetividade das intervenções por meio de alongamentos, sendo todos inter- relacionados, são eles: Alinhamento Estabilização do corpo Intensidade Duração Velocidade Frequência Modo de alongamento ALINHAMENTO O posicionamento adequado do paciente e dos músculos e articulações específicos a serem alongados, é necessário para o conforto e estabilidade, influenciando diretamente na quantidade de tensão afetando assim a ADM disponível, e a eficácia do procedimento!!! ESTABILIZAÇÃO Para obter o alongamento de forma efetiva, é de extrema importância estabilizar a inserção proximal ou distal do músculo a ser alongado!!! INTENSIDADE • A intensidade de uma força de alongamento é determinada pela carga colocada sobre o tecido. • Deve ser aplicado com baixa intensidade por meio de uma carga leve. • Torna a manobra mais confortável e minimiza a defesa muscular voluntária ou involuntária. DURAÇÃO •Refere-se ao período durante o qual a força é aplicada mantendo na posição alongada. •Em geral quanto mais curta a duração de um único ciclo, maior o número de repetições. •Estudos mostram que 2 repetições de 30 seg, eram igualmente efetivas nos músculos isquiotibiais, quando comparadas a 6 repetições de 10 seg!!! •Na realidade o fator tempo é irrelevante, já que o fuso muscular adapta-se rapidamente ao alongamento quando realizado com segurança, sendo este o fator determinante para obter o alongamento máximo!!! •Não há um consenso sobre a combinação ideal do ciclo do alongamento, temos que levar em consideração outros parâmetros como intensidade, frequência e modo. VELOCIDADE •Deve ser lenta para assegurar o máximo relaxamento muscular e prevenir lesões dos tecidos. •Um alongamento aplicado lentamente tem menor possibilidade de aumentar as sobrecargas tensivas sobre os tecidos conjuntivos ou de ativar o reflexo de estiramento. FREQUÊNCIA Refere-se ao número de séries por dia ou por semana que o paciente executa em um programa de alongamento. A frequência semanal varia de 2 a 5 sessões. A decisão baseia-se na avaliaçãoclínica do fisioterapeuta, levando em conta as necessidades do pcte, desde o comprometimento, idade, cronicidade e a gravidade do encurtamento ou contratura. MODO DE ALONGAMENTO Forma ou maneira com que a força de alongamento é aplicada (estática, balística, cíclica) Grau de participação do paciente (passivo, assistido, ativo) Fonte da força de alongamento (manual, mecânico, o próprio pcte) TIPOS DE ALONGAMENTOS Alongamento passivo ou assistido Auxílio no final da ADM, mantida ou intermitente, com uma pressão adicional (contato manual ou dispositivo). Mover a articulação limitada um pouco além da ADM possível!!! O paciente relaxado é alongamento passivo. Paciente auxilia o movimento é assistido. Auto alongamento Feito independente por um paciente após instrução e supervisão de um fisioterapeuta. • ALONGAMENTO ESTÁTICO ou postural É um método comumente usado no qual os tecidos moles são alongados apenas um pouco além do ponto de resistência do tecido e, mantidos na posição alongada com uma força constante num certo tempo. Outros termos... Sustentado, mantido ou prolongado!!! • ALONGAMENTO DINÂMICO ou balístico Intermitente rápido e forçado, em alta velocidade e alta intensidade. Caracterizado por movimentos rápidos e bruscos. Acredita-se que cause um maior trauma aos tecidos alongados e mais dor muscular residual do que no estático. Em geral não é recomendado para pessoas idosas ou sedentárias, ou ainda em pctes com patologias musculoesqueléticas e contraturas crônicas. Ao abordarmos um músculo com manobras que causam o seu alongamento, ...obteremos a princípio, como reação normal, aumento da resistência ao movimento, de caráter puramente reflexo, ... denominado reação de alongamento, que aos poucos vai-se diluindo com a adaptação do fuso muscular. EXERCÍCIOS RESISTIDOS 1 -Definição; 2 -Força, Potência, Sobrecarga; 3 -Metas e Indicações; 4 -Tipos de Exercícios Resistidos; 5 -Especificidade de Treinamento; 6-Transferência de Treinamento; 7 -Precauções e Contra Indicações; DESEMPENHO MUSCULAR ...capacidade do músculo de produzir trabalho (força X distância). Influenciado por todos os sistemas corporais!!! Os músculos do corpo precisam ser capazes de: Produzir Sustentar Regular ... A tensão muscular de modo a suprir as demandas Os elementos funcionais do desempenho muscular são: Força Potência Resistência à fadiga Muitos fatores, como: Lesão; Doença; Imobilização; Desuso; Inatividade. Podem resultar no comprometimento do desempenho muscular, levando à fraqueza e à atrofia!!! 1 -DEFINIÇÃO O exercício resistido é uma forma de exercício ativo na qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida por uma força externa, que pode ser manual ou mecânica. A maioria dos programas de treinamento resistido busca obter um equilíbrio... Entre força, potência E resistência muscular à fadiga!!! De modo a suprir as necessidades e atingir metas individuais! 2 -FORÇA MUSCULAR É um termo geral que se refere à habilidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força resultante baseada nas demandas colocadas sobre o músculo. Especificamente é a maior força que pode ser exercida para vencer a resistência durante um esforço máximo. A força muscular insuficiente pode contribuir para grandes perdas funcionais até mesmo nas AVDs mais básicas. TREINAMENTO D FORÇA O desenvolvimento da força muscular é um componente integral da maior parte dos programas de reabilitação ou condicionamento para pessoas de todas as idades e níveis de habilidade. POTÊNCIA Relaciona-se com a força e a velocidade do movimento e é definida como o trabalho produzido por um músculo por unidade de tempo. Ou seja, a rapidez com que o trabalho é realizado. A rapidez com que um músculo se contrai e produz força!!! “Quanto maior a intensidade do exercício e mais curto o período de tempo para gerar força, maior a potência muscular” RESISTÊNCIA À FADIGA É a habilidade de um músculo de contrair se repetidamente contra uma carga, gerar e sustentar tensão e resistir à fadiga durante um período extenso. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA Para que o desempenho muscular melhore, é preciso aplicar uma carga que exceda a capacidade metabólica do músculo... ... Ou seja,... O músculo precisa ser desafiado a trabalhar em um nível mais alto do que estava acostumado!!! Aplicação: Enfoca o posicionamento de cargas progressivas sobre o músculo, manipulando a intensidade ou o volume de exercício. Intensidade (quanto de peso) Volume (repetições) Em um programa de treinamento de força a quantidade de resistência aplicada ao músculo é aumentada aos poucos. No treinamento de resistência à fadiga, o aumento do tempo no qual uma contração muscular é mantida ou o número de repetições são aumentados aos poucos. PRINCÍPIO DA SOBRECARGA FORÇA RESISTENCIA A FADIGA SOBRECARGA TEMPO DE CONTRAÇÃO RESISTENCIA CONTRA NÚMERO DE REPETIÇÕES RESUMINDO..... Os programas de exercícios resistidospodem ser elaborados para recrutar seletivamente diferentes tipos de fibra muscular, através do controle da intensidade duração e velocidade. Ex: músculos posturais: mais fibras I (tônicas) Ex: músculos que requerem um movimento repentino: mais fibras tipo II (fásicas 3-EXERCÍCIO RESISTIDO Aumentar a força Aumentar a resistência muscular a fadiga Aumento da potencia muscular Hipertrofia II A, aumento do recrutamento de unidades motoras Quanto maior a intensidade do exercício e mais curto o período de tempo para gerar força, maior a potencia muscular BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO Otimização do desempenho muscular: restauração, melhora ou manutenção da força. Aumento da força dos tecidos conjuntivos: tendões, ligamentos, tecido conjuntivo intramuscular. Aumentar a densidade óssea Diminuição da sobrecarga nas articulações. Redução do risco de lesões. Possível melhora do equilíbrio. Otimização do desempenho físico durante as AVDs (ocupacionais e recreativas) Aumento da sensação de bem estar físico 4 -TIPOS DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS ISOTÔNICO: Concêntrico e excêntrico ISOMÉTRICO ISOCINÉTICO EM CADEIA CINÉTICA ABERTA (C.C.A) EM CADEIA CINÉTICA FECHADA (C.C.F) 5 -ESPECIFICIDADE DE TREINAMENTO Ou especificidade do exercício. Os efeitos dos exercícios devem ser altamente específicos para o método de treinamento empregado. Ex: melhora da força, potência ou de resistência. Independente da simplicidade ou da complexidade da tarefa motora a ser aprendida ou melhorada, deve- se sempre enfatizar a prática específica para a tarefa. Sua base relaciona se com alterações morfológicas dentro do músculo , assim como o aprendizado motor e a adaptação neural ao estímulo empregado 6 -TRANSFERÊNCIA DE TREINAMENTO (ou extravasamento ou treinamento cruzado) Com o treinamento resistido o membro contralateral também será estimulado, devido a um efeito ou educação cruzada. Ex: paciente hemiplégico, trabalha o membro sadio e a força é passada para o membro prejudicado. Um programa de exercícios para desenvolver força muscular pode melhorar a resistência à fadiga muscular, mesmo que de forma moderada. Mas... ...Um treinamento de resistência à fadiga tem pouco ou nenhum efeito cruzado sobre a força. Apesar das evidências de que ocorre um pequeno grau de transferência de treinamento nos programas de exercícios resistidos... A maioria dos estudos confirma a importância de se elaborar um programa de exercícios que simule muito bem as atividades funcionais desejadas!!! PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE Após o término do tratamento dos exercícios resistidos, deve ser incorporado o quanto antes nas atividades funcionais, ou num programa de manutenção! Pois após 1 ou 2 semanas de interrupção, ocorre uma redução no desempenho muscular! 7 PRECAUÇÕES Precauções cardiovasculares Evitar a manobra de Valsalva pois pode elevar a sua PA a 200 mmHg Cuidado com pctes de alto risco ( cardiopatas) Pctes submetidos a cirurgias abdominais ou portadores de hérnia abdominal Para evitar que pcte realize a manobra de Valsalva Diga lhe para que não prenda a respiração Faça o expirar enquanto executa o movimento Peça lhe para contar ou respirar ritmicamente durante os exercícios Cuidado com a Fadiga Fadiga muscular local (diminuição das reservas de energia, de O 2 e acúmulo de ácido lático) e fadiga corporal total (diminuição de glicogênio no músculo e no fígado) Fadiga associada a doenças clínicas específicas como esclerose múltipla, ou doenças cardíacas Outras diferenças de temperatura, falta de potássio, deficiência circulatória Treinamento e esforço excessivo Os programas de exercícios em que uma resistência pesada é aplicada ou um treinamento exaustivo feito repetidamente precisam ser progredidos com cuidado para evitar um problema conhecido como excesso de treinamento ou esforço excessivo Treinamento excessivo O termo é normalmente usado para descrever um declínio no desempenho físico em pessoas saudáveis que participam de programas de treinamento de força e resistência à fadiga de alta intensidade. Esforço excessivo O termo esforço excessivo, às vezes chamado de fraqueza por esforço excessivo, refere se à deterioração progressiva da força nos músculos já enfraquecidos por uma doença neuromuscular não progressiva. Recuperação do Exercício Em todos os programas de exercícios resistidos deverá ser incluído tempo adequado para a recuperação da fadiga. PORÉM um exercício leve durante este período é mais eficaz do que o repouso total. Deve se evitar a exaustão ocorre perda de fibras musculares devido a queda de proteínas no músculo Dor muscular induzida por exercícios Quase qualquer pessoa que não esteja acostumada a exercitar-se e comece um programa de treinamento resistido, sente dor muscular. Podendo ser aguda ou tardia. Dor muscular aguda A sensação é caracterizada por queimação ou dor, que se desenvolve durante ou logo após o exercício extenuante. Resultante da falta de fluxo sanguíneo adequado e oxigênio, e acúmulo temporário de metabólicos, como ácido láctico e potássio, no músculo que se exercitou. Transitória e cede rapidamente no período de desaquecimento. Dor muscular tardia Começa a se desenvolver aproximadamente 12 a 24 hs após o exercício ter cessado, atinge o pico álgico em 24 ou 48hs. Pode durar de 10 a 14 dias. Sentida no ventre muscular ou na junção miotendínea. Movimento Substitutivo: Este tipo de movimento ocorre diante de uma resistência excessiva, quando os músculos estão fracos devido à fadiga, paralisia ou dor; Ocorrem na tentativa de realizar um movimento específico “de qualquer maneira”. Osteoporose: Poderá ocorrer fratura patológica devido à resistência contra a estrutura óssea desmineralizada; PARA EVITAR: Aumentar gradualmente a intensidade e duração do exercício, através de exercícios de aquecimento e de resfriamento de baixa intensidade ouatravés de alongamentos. CONTRA INDICAÇÕES O treinamento resistido é mais frequente ser contra indicado durante períodos de inflamação aguda e em algumas doenças e distúrbios agudos. DOR INFLAMAÇÃO DOENÇA CARDIOPULMONAR GRAVE DOR Pacientes que apresentem dor articular ou muscular intensa durante movimentos ativos livres (sem resistência); não deve ser iniciado. Caso o paciente refira dor durante uma contração isométrica resistida; não deve ser iniciado. Se o paciente referir dor durante a realização do exercício resistido, e mesmo com a diminuição da resistência a dor não cesse, o mesmo deve ser interrompido. CICLO “DOR-ESPASMO-DOR” “ Para proteger a parte do corpo lesada, os músculos que a circundam se contraem ou entram em espasmo, dando uma certa estabilidade e proteção contra agressões na área lesada, e isto é indesejável, pois causa dor, que provoca mais espasmos musculares, e que causa mais dor, causando o ciclo dor-espasmo- dor, que é perpetuado”. INFLAMAÇÃO O treinamento resistido dinâmico e estático é absolutamente contra-indicado na presença de doença muscular inflamatória. Exercícios resistidos dinâmicos são contra- indicados em inflamação aguda da articulação, podendo aumentar o processo inflamatório; neste caso realizar exercícios de isometria com resistência insignificante. DOENÇA CARDIOPULMONAR GRAVE Doenças cardíacas ou respiratórias graves ou distúrbios associados com sintomas agudos contra indicam o treinamento resistido. Após um infarto do miocárdio ou cirurgia de revascularização coronariana, o treinamento resistido deve ser protelado por até 12 semanas. TIPOS DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS Os tipos de exercícios escolhidos para um programa de treinamento resistido dependem de muitos fatores... ... incluindo a causa e a extensão dos comprometimentos primários e secundários. É PRECISO CONSIDERAR... os déficits no desempenho muscular o estágio da cicatrização dos tecidos a condição das articulações e sua tolerância a compressão e movimento as habilidades gerais (físicas e cognitivas) do paciente a disponibilidade dos equipamentos as metas do paciente e os resultados funcionais desejados TIPOS DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS: estáticos (isométricos) ou dinâmicos: concêntricos ou excêntricos em cadeia aberta ou fechada manuais ou mecânicos e com resistência constante ou variável Exercício Isométrico Nas contrações isométricas, a intenção consiste em manter ou estabilizar uma posição. É uma forma de exercício em que um músculo se contrai e produz força sem uma mudança significativa no seu comprimento e sem movimento articular visível. AS FONTES DE RESISTÊNCIA PARA O EXERCÍCIO ISOMÉTRICO INCLUEM: Sustentar se contra uma força aplicada manualmente Segurar um peso em posição específica Manter uma posição contra a resistência do peso corporal Empurrar ou puxar um objeto imóvel As demandas funcionais normalmente envolvem a necessidade de manter uma posição. A resistência muscular à fadiga tem um papel mais importante do que a força muscular para manter a estabilidade postural suficiente e prevenir lesões durante tarefas diárias. Ex.: os mm posturais do tronco e MMII precisam contrair se isometricamente para manter o corpo ereto contra a gravidade e fornecer uma base de estabilidade para o equilíbrio e os movimentos funcionais na posição ereta. Exercício Isométrico Existem diferentes formas de exercícios isométricos, que usam graus variados de resistência e intensidade das contrações musculares Com exceção dos isométricos leves, são usados para melhorar a força estática ou desenvolver controle muscular sustentado. Tipos de exercícios isométricos ISOMÉTRICOS LEVES Envolvem contrações isométricas de baixa intensidade feitas contra pouca ou nenhuma resistência. Melhora a força muscular apenas em mm muito fracos, podem retardar a atrofia e manter a mobilidade. São usados para diminuir a dor muscular e o espasmo e para promover o relaxamento e a circulação depois de lesões no estágio agudo EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO Usada para desenvolver um nível submáximo, sustentado, melhorando a estabilidade postural ou a estabilidade dinâmica de uma articulação por meio de contraçõesisométricas resistidas no meio da amplitude. O peso do corpo ou a resistência manual geralmente são as fontes de resistência. ISOMÉTRICOS EM MÚLTIPLOS ÂNGULOS A resistência é aplicada, manual ou mecanicamente, em múltiplas posições articulares dentro da ADM disponível. É utilizada para melhora da força ao longo da ADM!!! EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS Uma contração isométrica deve ser mantida de 6 a 10s Para evitar lesões, aplique e libere a resistência gradualmente É comum prender a respiração durante a isometria, mas deve ser enfatizado a expiração para evitar o aumento da P.A.!!! EXERCÍCIO ISOTÔNICO OU DINÂMICO Nas contrações isotônicas , a intenção do paciente consiste em executar um movimento!!! Uma contração muscular dinâmica causa movimento articular e a excursão de um segmento do corpo enquanto o músculo se contrai e encurta (CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA ) ou se alonga sob tensão (CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA) Concêntrica X Excêntrica O termo exercício concêntrico refere se à forma dinâmica de posicionamento de carga sobre um músculo onde a tensão se desenvolve, e ocorre o encurtamento físico do músculo à medida que uma força externa (resistência) é vencida, como ao levantar um peso. O exercício excêntrico envolve uma carga dinâmica além da capacidade do músculo de produzir força, causando seu alongamento físico enquanto se tenta controlar a carga, como abaixar um peso. Concêntricas: encurtamento ativo de um músculo Excêntricas: alongamento ativo de um músculo Cadeia aberta ou fechada As habilidades motoras funcionais são compostas de uma combinação de movimentos executados em várias posições no ambiente. Num programa de exercícios terapêuticos funcionalmente relevante é a inclusão de movimentos específicos para as tarefas e o controle postural associado com as demandas funcionais necessárias, esperadas e desejadas na vida do paciente. Esses conceitos, que foram introduzidos durante as décadas de 1950 e 1960 na literatura de biomecânica e cinesiologia Foram propostos para descrever como os segmentos (estruturas) e movimentos do corpo estão vinculados, e como o recrutamento muscular se modifica durante diferentes tipos de movimentos e em resposta a condições diferentes da carga no ambiente. Cadeia cinética aberta: Movimento completamente irrestrito no espaço de um segmento periférico do corpo. * acenar com a mão ou balançar a perna Cadeia cinética fechada: O segmento periférico fica com “considerável resistência externa”. * Segmento terminal permanece fixo, a resistência encontrada move os segmentos proximais sobre os segmentos distais estacionários. CCF – co-contrações musculares – equilíbrio em quadríceps e isquiotibiais – pé sem contato com uma superfície CCA – pes sem contato com uma superficie CCF X CCA Durante os exercícios resistidos em cadeia aberta , é possível um nível maior de controle com uma única articulação em movimento do que com múltiplas articulações em movimento, como ocorre durante o treinamento em cadeia fechada. No exercício em cadeia aberta em geral a estabilização é aplicada externamente, por meio de contatos manuais do fisioterapeuta ou com cintas e faixas Em contraste, durante os exercícios em cadeia fechada é mais frequente o paciente usar a estabilização muscular para controlar as articulações Exercícios resistidos para manguito rotador CCA Exercícios em cadeia cinética fechada Exercício com Resistência Manual É um exercício ativo no qual a resistência é feita pelo terapeuta É útil nos estágios iniciais de um programa de exercícios quando o músculo a ser fortalecido está fraco É útil quando a amplitude de movimento precisa ser bem controlada A quantidade de resistência aplicada é limitada somente pela força do terapeuta Exercício com Resistência Mecânica É um exercício ativo no qual a resistência é feita por equipamentos ou aparelhos mecânicos A quantidade de resistência pode ser mensurada quantitativamente e progredir com o tempo É útil quando a resistência necessária é maior do que a que o terapeuta pode aplicar EXERCÍCIO RESISTIDO Exercício com Resistência Manual É um exercício ativo no qual a resistência é feita pelo terapeuta É útil nos estágios iniciais de um programa de exercícios quando o músculo a ser fortalecido está fraco É útil quando a amplitude de movimento precisa ser bem controlada A quantidade de resistência aplicada é limitada somente pela força do terapeuta A força aplicada pelo fisioterapeuta pode ser contra uma contração dinâmica ou estática A resistência é geralmente aplicada ao longo da ADM disponível O exercício é feito nos planos anatômicos de movimento , em padrões diagonais , ou em padrões combinados que simulam atividades funcionais. Um músculo específico pode ser fortalecido da mesma forma como foi realizado no teste muscular. Os exercícios resistidos geralmente são realizados após os exercícios ativo assistido e ativos!!! São utilizados na melhora ou restauração da força muscular e resistência muscular à fadiga. Mecânica corporal do FISIOTERAPEUTA Se for possível, regular a altura da maca, para favorecer uma correta mecânica corporal. Posicione-se próximo ao pacientepara evitar sobrecarga na lombar e maximizar o controle dos MMSS e MMII do paciente. Use uma base alargada para manter uma postura estável enquanto a resistência manual é aplicada; transfira o peso de modo que acompanhe o movimento do membro do paciente. Maca elétrica VANTAGENS São mais efetivos durante os estágios iniciais da reabilitação. São uma forma efetiva de exercício na transição dos movimentos assistidos para mecanicamente resistidos. A resistência é graduada de forma mais precisa. A resistência é ajustada ao longo da ADM. A ADM pode ser cuidadosamente controlada pelo fisioterapeuta. São úteis para fortalecimento dinâmico ou estático. A estabilização manual direta previne movimentos compensatórios. Podem ser feitos com o paciente em diferentes posições. O posicionamento da resistência é facilmente ajustado. O fisioterapeuta monitora de perto o desempenho de seu paciente. DESVANTAGENS A carga do exercício é subjetiva. A quantidade de resistência é limitada à força do fisioterapeuta. Têm pouco valor para grupos musculares fortes. Não pode ser feita de forma independente. A velocidade de movimento é lenta a moderada. São intensivos para o fisioterapeuta, em termos de tempo e trabalho. Não são práticos para melhora de resistência muscular à fadiga. APLICAÇÃO DA RESISTÊNCIA MANUAL Estabilize a inserção proximal do músculo em contração com uma mão, enquanto aplica a resistência distalmente ao segmento em movimento. Use contatos manuais apropriados para fornecer pistas táteis e proprioceptivas que ajudem o paciente a compreender melhor em que direção deve fazer o movimento Aplique e libere gradualmente a resistência de modo que os movimentos sejam suaves e não inesperados ou descontrolados. Mantenha o membro do paciente perto do seu corpopara que a força aplicada venha também do seu corpo, e não apenas dos MMSS. Ao realizar resistência em contrações isométricas alternadas de agonistas e antagonistas, visando a estabilidade articular, mantenha o contato manual durante todo o tempo. COMANDOS VERBAIS Coordene o momento do comando com a resistência. Os comandos verbais devem ser simples e diretos. Para exercícios isométricos utilize... “segure” “empurre a minha “sem deixar que eu mova” (CUIDADO: uso do Não) “faça força igual a minha MMSS Flexão do Ombro A resistênciaé aplicada na face anterior do braço distalmente ou na porção distal do antebraço, se o cotovelo estiver estável e sem dor Estabilização da escápula e do tronco é feita pela mesa de tratamento Extensão do Ombro A resistência é aplicada à face posterior do braço distalmente ou na porção distal do antebraço A estabilização da escápula é feita pela mesa Adução e Abdução de Ombro A resistência é aplicada na porção distal do braço com o cotovelo do pcte fletido 90 graus Para resistir à abdução, a resistência é feita na face lateral do braço para resistir à adução, a resistência é aplicada na face medial do braço Se necessário, estabilizar a face superior do ombro para impedir que o pcte inicie a abdução fazendo elevação da escápula. Rotação Interna e Externa do Ombro Flexione o cotovelo 90 graus e abduza o ombro 90 graus A resistência é feita na porção distal do antebraço durante a rotação interna e externa A estabilização é feita na porção anterior do ombro durante a rotação interna A coluna e a escápula são estabilizadas pela mesa durante a rotação externa Elevação e Depressão da Escápula Paciente sentado ou DD ou em DL A resistência é feita ao longo da face superior da cintura escapular logo acima da clavícula durante a elevação da escápula Para resistir à depressão escapular, faça com que o pcte tente descer sua mão em direção ao chão, empurrando com sua mão a mão do terapeuta Quando o pcte tiver força adequada, deverá erguer seu corpo com ambas as mãos sentado na beira de uma mesa baixa Flexão do Cotovelo Para fortalecer os flexores do cotovelo é aplicada uma resistência na face anterior do antebraço distalmente Extensão do Cotovelo Paciente em DV ou DD Aplicar a resistência na face distal do antebraço A estabilização é feita na porção superior do úmero durante ambos os movimentos Pronação e Supinação do Antebraço A resistência é aplicada no rádio na porção distal do antebraço com o cotovelo do pcte fletido em 90 graus Pode ser preciso estabilizar o úmero para prevenir movimentação do ombro Flexão e Extensão do Punho A resistência é aplicada nas faces palmar e dorsal da mão no nível dos metacárpicos, tanto para resistir à flexão quanto à extensão A estabilização é feita na face palmar ou dorsal do antebraço distalmente MMII Extensão do quadril A resistência é aplicada à face posterior da coxa distalmente com uma mão A estabilização da pelve e coluna lombar é feita pela mão proximal e pela mesa Flexão do quadril com joelho fletido Paciente em DD. A resistência é aplicada à face anterior da coxa distalmente com uma mão, enquanto a mão proximal sustenta o MI através do tornozelo. A estabilização da pelve e coluna lombar é feita pela mesa. Adução e Abdução do quadril A resistência é aplicada nas faces lateral e medial da coxa distalmente para resistir à abdução e à adução respectivamente, ou nas faces lateral e medial da perna distalmente logo acima dos maléolos, se o joelho estiver estável e sem dor Flexão do Joelho Pcte em dv e quadril estendido A resistência é aplicada na face posterior da perna logo acima do calcanhar A estabilização é feita na parte posterior da pelve, sobre as nádegas Dorsiflexão e flexão do tornozelo Auto Resistidos PROPRIOCEPÇÃO A percepção consciente da posição ou movimento articular é um dos fundamentos do aprendizado motor durante a fase inicial do treinamento para controle neuromuscular dos movimentos funcionais. Depois de uma lesão de tecidos moles ou da articulação, a propriocepção e a cinestesia são afetadas e alteram o controle neuromuscular O restabelecimento e o uso efetivo e eficiente das informações sensoriais para iniciar e controlar o movimento é uma alta prioridade na reabilitação Acredita se que o treinamento em cadeia fechada proporciona mais feedback proprioceptivo e cinestésico do que o treinamento em cadeia aberta. Como múltiplos grupos musculares que cruzam a articulação são ativados durante os exercícios em cadeia fechada , mais receptores sensoriais em mais músculos e estruturas intra e extra articulares são ativados para controlar o movimento do que durante os exercícios de cadeia aberta. Acredita se que o elemento de apoio de peso dos exercícios em cadeia fechada, que causa aproximação articular, estimula os mecanorreceptores nos músculos dentro e ao redor das articulações para favorecer os impulsos sensoriais no controle de movimento. O posicionamentoé a escolha óbvia para melhorar o equilíbrio e controle postural na posição ereta. O treino de equilíbrio é um elemento essencial da reabilitação abrangente de pacientes após lesões ou cirurgias musculoesqueléticas, principalmente nos MMII, para restaurar as habilidades funcionais e prevenir a ocorrência de novas lesões. EQUILÍBRIO DEFINIÇÕES: Coordenação: É a capacidade de realizar movimentos uniformes, precisos e controlados. É necessária para a execução das habilidades motoras aprimoradas (costurar, vestir se) ou grosseiras (caminhar, correr). * O conceito de coordenação inclui o equilíbrio, que é capacidade de manter o centro de gravidade sobre a base de apoio. DEFICIÊNCIA DE EQUILÍBRIO DEFINIÇÕES: Estabiliade / oscilação postural É o deslocamento normal e contínuo do centro de gravidade sobre a base de apoio. * O equilíbrio requer que a pessoa mantenha uma posição, que se estabilize durante as atividades voluntárias e que reaja às perturbações externas. A identificação das causas e a prescrição do tratamento para as deficiências do equilíbrio exigem uma boa compreensão dos sistemas que participam no controle do equilíbrio e em suas interações normais. CONTRIBUIÇÕES DOS SISTEMAS SENSORIAIS Três sistemas sensoriais contribuem para a manutenção da postura ereta: visual vestibular somatossensorial Considerados a tríade do controle postural!!! Interações entre o indivíduo, o meio ambiente e a tarefa funcional. Os sistemas visual e somatossensorialreúnem a informação proveniente do meio ambiente (posição em relação a outros objetos, estabilidade da superfície)... ...e o sistema vestibular proporciona uma referência interna fornecendo informação acerca da orientação da cabeça no espaço. AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA DE EQUILÍBRIO Três categorias de avaliação: Equilíbrio durante as atividades funcionais com ou sem o uso de dispositivos Equilíbrio (estático e dinâmico) Segurança durante a marcha (considerar relatos de quedas) Estratégia de tornozelo ( ântero posterior No apoio tranquilo e durante pequenas perturbações os movimentos de tornozelo agem para restaurar a posição estável. *Com a perda de equilíbrio para frente a ativação muscular inicia pela atividade do músc gastrocnêmio e depois os isquiotibiais , para finalmente os paraespinhais *À instabilidade para atrás, a atividade muscular começa no tibial anterior, seguida pelos quadríceps e abdominais. Estratégia do quadril ou tranferênciade peso (lateral) Envolve transferir o peso do corpo lateralmente de uma perna para outra. Os quadris são os pontos chaves deste controle, principalmente por meio da ativação dos músculos abdutores e adutores, com contribuição dos inversores e eversores do tornozelo. Estratégia do passo Se uma força intensa desloca o centro de gravidade, um passo a frente ou para atrás é usado para alargar a base e recuperar o equilíbrio. Ocorre por exemplo após um tropeço. EXERCÍCIOSPARA TREINO DE EQUILIBRIO Realizar exercícios com apoio unipodal em bases instáveis como disco, balanço e pranchas Acrescentar atividades para os MMSS Podendo ainda ser realizada de olhos fechados Exercícios na postura sentada, pode ser realizado na bola com atividades sendo acrescentadas, e alteração no apoio ATIVIDADE RESPOSTAS PROGRESSÃO Sentar – levantar- sentar Força MMII Habilidade funcional Múltiplas tarefas Diminuir a altura da cadeira acrescentar mov. MMII Segurar itens nas mãos Passo em todas as direções Escolher o tempo força e coordenação de MMII Aumentar a velocidade dp passo Fechar os olhos Estender as mãos Fortalecimento de MM desafiar a estabilidade Colar objetos em uma parede ao corpo em todas as direções Subir e descer degraus Fortalecimento e resistência à fadiga de MMII Dar passos em todas as direções sobre os blocos STEP Prática das estratégias de equilíbrio Fortalecimento de MMII Treinamento das estratégias Ficar de pé e utilizarassocian do movimentos com os MMSS Tarefa de alcaçar objetos Desafiar a estabilidades Múltiplas tarefas Estimulação vestibular Atividades em pé sobre base instáveis ou alturas diferentes Jogos com bola Múltiplas tarefas Coordenação olhos –mão Atividade balística de MMII e MMSS Usar bolas e progredir para menores e mais pesadas 2 ou 3 por vez Acrescentar tarefa cognitiva, com citar um animal que comece com a letra G PLIOMETRIA •O termo pliometria refere-se a exercícios específicos que envolvam o Ciclo Alongamento-Encurtamento (CAE), isto é, um rápido alongamento da musculatura seguido de uma rápida ação concêntrica. •Durante o CAE é acumulada energia-elástica na musculatura utilizada durante a fase concêntrica do movimento. •Exercícios pliométricos podem ser parte fundamental do treinamento em todos os eventos esportivos. •Exercícios pliométricos ajudam a desenvolver ritmo, velocidade, força e até resistência muscular. •São utilizados com mais frequência em jovens •Uma grande vantagem do exercício pliométricos é a prevenção de lesões. •Um simples teste de salto pode mostrar a importância do CAE no aumento do desempenho. •Primeiro, com as mãos na cintura, agache até uma posição de aproximadamente 90º da articulação do joelho. Segure nesta posição durante 3 segundos e então salte o máximo que puder ( “squatjump” ). •Depois execute o salto de forma livre, flexionando e estendendo o quadril dinamicamente, com as mãos na cintura (“counter-movimentjump”). •Pesquisas apontam que 20-30% da diferença de altura entre os dois saltos se deve a energia-elástica acumulada durante o CAE. •Sendo assim atletas que participam de modalidades que dependam da execução de força-rápida como basquete, vôlei, tênis, atletismo podem se beneficiar da pliometria. •A pliometria pode ser executada tanto nos membros superiores quanto inferiores. •Tradicionalmente a pliometriatem sido associada aos Saltos em Profundidade (SP ), porém todos os tipos de saltos e lançamentos (desde que executados em velocidade) ativam o CAE, podendo ser utilizados como forma de treino do mesmo. Os exercícios pliométricos podem ser divididos em: •Saltos no lugar, •Saltos em progressão, •Saltos em profundidade e •Exercícios para os membros superiores. •A intensidade pode ser modificada através da altura do salto, tipo de salto e altura de queda (no SP). Dentro destas quatro categorias existe uma variedade de exercícios que podem ser utilizados com os atletas. •É importante frisar que a pliometria não deve ser usada para se “entrar em forma”, fazendo se necessário uma fase adaptativa de força antes de adicioná-la ao programa de treinamento, principalmente para a realização de movimentos mais avançados como os SP. •Para obter sucesso com a pliometriano programa de treinamento é necessário fazer algumas considerações. •Primeiro, a escolha dos exercícios deve refletir as demandas específicas da modalidade esportiva (princípio da especificidade). •Segundo,a técnica de execução é extremamente importante, devendo o atleta aprender o padrão correto do movimento antes de treiná-lo. •Um típico ciclo de pliometriapode variar de oito a dez semanas, realizando duas sessões semanais. A integração do treino pliométricocom o treino de força é fundamental, por exemplo, executar a pliometriaantes do treino de força evitando assim o estado de fadiga. PROVAS DE AVALIAÇÃO Os dois testes mais utilizados são: o Squat jump (SJ) e o Counter-movement jump(CMJ). Estes testes nos permitem obter informações críticas além de serem rápidos e de fácil execução. Para a mensuração dos saltos recomenda-se a utilização de uma plataforma de salto eletrônica -como o Ergo jump e o Axon jump–pois é bastante prática e precisa, podendo ser utilizada no próprio ambiente de treinamento. Hoje em dia o custo para se obter uma ferramenta tecnológica como essa não é tão alto. Squat jump: •Desde a posição de flexão dos joelhos a 90º e as mãos apoiadas na cintura, se realiza um salto vertical máximo. •O valor do SJ está relacionado ao nível de força concêntrica das pernas. Counter-movement jump: •Desde a posição em pé com as mãos na cintura, se realiza um salto vertical máximo (flexionando e estendendo rapidamente o quadril e os joelhos). •O valor do CMJ está relacionado com a capacidade reativa do sujeito, isto é, a capacidade do CAE. Análise dos Resultados •Em função da ação de contra-movimento do CMJ, que põe à prova a capacidade reativa do sujeito, estima-se que um atleta bem treinado pode obter uma diferença em torno de 25% em relação ao SJ (2). •Assim, os dados obtidos desses testes permitem direcionar a sequência de treinamento. Na tabela 01 segue um exemplo de resultados obtidos nestes testes por atletas juvenis: •Desta forma estão identificadas as fraquezas e qualidades de cada atleta. Para o aumento da força nas pernas podem ser utilizados exercícios como agachamento, afundo e subida no banco. Volume X Intensidade •A inclusão de exercícios pliométricos dentro de um programa de treinamento físico tem como objetivo o aumento do desempenho atlético, portanto necessita de cuidado e planejamento. •Três aspectos precisam ser observados: •1) a escolha dos exercícios pliométricos a serem utilizados deve refletir as demandas específicas da modalidade esportiva. Por exemplo, um lutador de boxe precisa de força- rápida do tronco e braço, portanto se beneficiara de exercícios como flexões de braço em queda. •2-) a pliometriadeve estar integrada com o programa geral de treinamento do atleta. •3-) o domínio técnico dos exercícios é fundamental. •Em geral -na maior parte da literatura disponível -um programa de pliometria deve durar entre 8-10 semanas, com 02 sessões semanais de treino. A integração entre o treino pliométricos e o treinamento de força é o mais importante. Não adianta utilizar os exercícios pliométricos como treinamento inicial para se “entrar em forma”, por exemplo. É necessário um nível básico de força antes para que a pliometria tenha o efeito desejável. A época do ano (mês o ciclo) e o tipo de exercício pliométricos utilizado servem para determinar o número de séries, repetições e intervalo (carga geral do exercício). •A tabela 01 mostra a classificação dos exercícios pliométricos segundo o tipo de exercício: nível de exigência ao aparelho locomotor (baixo, médio, alto e choque), tipo de exercício (saltos no lugar, em progressão,...)e nível atlético exigido (iniciante, intermediário e avançados). •A tabela 02 apresenta o numero de repetições (volume) em função do mesociclo e nível atlético. Conclui-se que: •Por exemplo, para um atleta iniciante a intensidade do treino pliométricos precisa ser baixa, portanto basta combinar os exercícios da primeira coluna da tabela 01 com o volume de saltos para o mesociclo deste atleta (tabela 02). TREINO FUNCIONAL •Se baseia nos movimentos naturais do ser humano, como pular, correr, puxar, agachar, girar e empurrar. O praticante ganha força, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento, resistência e agilidade. Ele tira a pessoa dos movimentos mecânicos e eixos definidos ou isolados, como acontece na musculação. •Para trabalhar a musculatura profunda, são utilizados acessórios como elásticos, cordas, bolas, cones, discos e hastes. •É um método que ajuda a prevenir lesões, gera melhorias cardiovasculares, a redução do percentual de gordura, emagrecimento e definição muscular. •A possibilidade de combinar diferentes habilidades, como o treino aeróbico com o de equilíbrio, cria uma infinidade de variações e acabam com a monotonia, tornando inclusive o corpo mais “inteligente”. FNP FNP Histórico Final da década de 1940 Dr Herman Kabat , neurofisiologista médico Pesquisa clássica em neurofisiologia para abordagem terapêutica à incapacidade neurológica Associou ao trabalho de Sir Charles Sherrington acerca da facilitação e padrões de facilitação do sistema nervoso com observações no movimento humano funcional Colaboração de duas fisioterapeutas: Maggie Knott Dorothy Voss Juntas com Kabat criaram essa abordagem funcional ao exercício terapêutico e à reabilitação. FNP é definida como um conjunto de métodos para promover ou acelerar a resposta do mecanismo neuromuscular através da estimulação do proprioceptor. Resulta de uma redução na resistência neural através de um estímulo, permitindo que um segundo estímulo possa evocar uma resposta mais facilmente. OBJETIVOS Pode existir vários, mas um objetivo importante consiste em restaurar ou aprimorar as respostas posturais ou padrões normais de movimento. Demandas específicas são usadas para facilitar... efeito direto sobre o grupo muscular alvo efeito indireto sobre os sinergistasou os antagonistas do grupo alvo PRINCÍPIOS NEUROFISIOLÓGICOS BÁSICOS PARA FNP ATIVIDADE NEUROMUSCULAR Dentro de um padrão de movimento, vários grupos musculares podem trabalhar em sinergia para criar um movimento específico. Os agonistas trabalham para produzir o movimento, enquanto os antagonistas se relaxam para permitir que o movimento ocorra. Os neutralizadores impedem que determinado músculo realize mais de uma ação. Os músculos de apoio estabilizam o tronco e as extremidades proximais e os fixadores mantêm os ossos estáveis. As contrações musculares são classificadas como: Dinâmicas = isotônicas Estáticas = isométricas Nas contrações isotônicas, a intenção do paciente consiste em executar um movimento. Nas contrações isométricas, a intenção consiste em manter ou estabilizar uma posição. As contrações dinâmicas são: Concêntricas -encurtamento ativo de um músculo Excêntricas -alongamento ativo de um músculo Isotônicas mantidas (termo FNP) –intenção do paciente em realizar um movimento que, no entanto, não ocorre Contrações estáticas são aquelas nas quais não ocorre movimento. DIAGONAIS DE MOVIMENTO Três planos de movimento ocorrem simultaneamente durante a atividade motora do funcionamento normal. Flexão X extensão Abdução X adução Rotação interna X rotação externa Combinações desses componentes trabalham juntas para produzir.... ... as diagonais de movimento. Existem duas diagonais de movimento (D1 e D2) para cada parte importante do corpo: Cabeça Pescoço e parte superior do tronco Parte inferior do tronco Extremidades superiores Extremidades inferiores Apesar de as diagonais de movimento terem sido isoladas para facilitar a descrição, os padrões diagonais de cabeça, pescoço e tronco ocorrem simultaneamente com os padrões diagonais das extremidades. Os padrões de movimento normais e coordenados, que facilitam a potência máxima, são de direção diagonal com os componentes espiralados. Esses padrões refletem a relação funcional do tronco e das extremidades nas atividades esportivas e do trabalho. As diagonais de movimento são úteis durante o tratamento. O terapeuta pode confiar nesses padrões normais de movimentos funcionais para identificar a qualidade das contrações, a amplitude de movimento (ADM) e as deficiências ou limitações funcionais. MMSS: -D1 –Flexão-extensão–abdu, exte RI ombro; pronação, extpunho e desvio ulnar, extde dedos e abd de polegar -D2 –Flexão-extensão–adu, exte RI ombro; pronação; flexpunho; desvio ulnar, flexde dedos e adude polegar MMII: -D1 –Flexão-extensão–abdu, exte RI quadril; plantiflexão; -D2 –Flexão-extensão–adu, exte RE quadril; plantiflexão; Técnicas de alongamento de FNP EXAME E AVALIAÇÃO O sucesso na fisioterapia é medido pelo aprimoramento da função básica. Um exame ou avaliação subjetivo e objetivo abrangente permite ao terapeuta diagnosticar as deficiências e as limitações funcionais. São avaliados as deficiências: de ADM e comprimento muscular de desempenho muscular De equilíbrio De postura De controle motor Dor Um plano de tratamento individualizado maximiza as forças e minimiza as fraquezas do paciente. PADRÕES DE FACILITAÇÃO O terapeuta pode sugerir e resistir aos padrões diagonais em espiral de pescoço, tronco, pelve e extremidades e face ... a fim de promover uma resposta máxima por parte dos grupos musculares e conduzir o paciente através de ganhos funcionais. Os padrões de facilitação são exercícios resistidos manualmente que criam diagonais de movimento pela acoplagem de pares de padrões antagonísticos,... ... proporcionando um trajeto para reversão dos movimentos e utilizando a relação agonista antagonista do sistema nervoso à medida que as técnicas são aplicadas. PRINCÍPIOS DE FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA 1) os seres humanos possuem potenciais que não são plenamente desenvolvidos 2) o desenvolvimento motor normal prossegue numa direção cervicocaudale proximal distal 3) o comportamento motor inicial é dominado pela atividade reflexa. O comportamento motor maduro é reforçado ou apoiado por mecanismos reflexos posturais 4) o crescimento do comportamento exibe tendência cíclica, conforme evidenciado pelos desvios entre a dominância dos flexores e extensores 5) a atividade dirigida aos objetivos é constituída por movimentos de reversão. 6) movimento e postura normais dependem do sinergismo e de uma interação balanceada dos antagonistas Movimentos combinados de extremidades pareadas: Simétricos: Movimentos semelhantes ao mesmo tempo Assimétricos: Executar movimentos em direção oposta ao mesmo tempo Movimentos combinados das extremidades inferiores e superiores Ipsilaterais: As extremidades do mesmo lado se movimentam na mesma direção ao mesmo tempo Contralaterais: As extremidades dos lados opostos se movimentam na mesma direção ao mesmo tempo Recíprocos diagonais: As extremidades contralaterais se movimentam na mesma direção ao mesmo tempo enquanto as extremidades contralaterais opostas se movimentam na direção oposta PROCEDIMENTOS Os procedimentosbásicos de facilitação incluem: posicionamento e mecânica corporais contatos manuais (contato lumbrical) resistência manual e máxima irradiação sugestões verbais e visuais tração e aproximação estiramento (alongamento) sincronização Posicionamento e mecânica corporais Estar posicionado “na diagonal” Contatos manuais -O terapeuta utiliza os contatos sobre o grupo muscular agonista para fortalecer as contrações ou orientar o movimento. -Os contatos terão de proporcionar ao paciente um sensação de segurança e ao terapeuta uma ação de alavanca apropriada para poder aplicar resistência. Resistência manual e máxima -Um princípio clássico do exercício terapêutico, é que a resistência ao movimento aprimora a ativação muscular. -Na FNP, a direção, a qualidade e a quantidade de resistência são ajustadas de forma a promover uma resposta uniforme e coordenada, seja para estabilidade, facilidade, uniformidade e ritmo de movimento. -A quantidade de resistência aplicada deve levar em conta o objetivo determinado, se deve ser realizado de forma isotônica ou isométrica. Irradiação -Também denominada transbordamento, é a propagação da energia do agonista principal para os agonistas e antagonistas complementares dentro de um padrão. -Os grupos musculares mais fracos são beneficiados pela irradiação que conseguem enquanto trabalham em sinergia com os parceiros mais fortes. -Tratar primeiro a extremidade “boa”, como um modelo motor. Sugestões verbais e visuais -As sugestões verbais efetivas coordenam os esforços do terapeuta com os do paciente. -Devem ser claras, concisas e apropriadas. -Um terapeuta habilidoso utiliza uma voz tranquila para promover a concentração e inibir a hipertonia, e uma voz progressivamente mais alta para estimular um maior recrutamento ou uma ADM maior. Tração e aproximação -Os efeitos da aproximação são utilizados pelo terapeuta para a sustentação do peso e acrescentar força manual à gravidade. -A tração separa as superfícies articulares, proporciona um estímulo de alongamento e acelera o movimento graças ao alongamento dos músculos adjacentes. Estiramento (alongamento) -É feito com frequência na posição inicial de um padrão ou movimento, e produz um alongamento adicional. -A resistência através de toda amplitude disponível torna possível o alongamento contínuo graças a tensão. -Pode ser repetido durante o movimento para redirecionar ou fortalecer a resposta do paciente. Sincronização -Coordenação apropriada e proporcional por parte dos grupos musculares proximais e distais. -O terapeuta pode interromper intencionalmente a sequência normal para aplicar contatos específicos para promover um melhor desempenho. TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO Iniciação rítmica Alongamento e contrações repetidas Reversões dos antagonistas : dinâmicas, estabilizadoras e rítmica Manter e relaxar Contrair e relaxar Combinação de exercícios isotônicos Iniciar o movimento Definir a direção ou o padrão do movimento Estabelecer o ritmo apropriado Aprimorar a coordenação e o sentido do movimento Promover o relaxamento geral Alongamento e contrações repetidas Ajudar a iniciar o movimento Fortalecer o padrão de movimento dos agonistas a partir da amplitude alongada Fortalecer o padrão de movimento dos agonistas de dentro da ADM ativa disponível Redirecionar o movimento dentro de um padrão ou de uma tarefa Reversões dos antagonistas Manter e relaxar / Contrair e relaxar Combinação de exercícios isotônicos Aumentar a ADM ativa e passiva Melhorar a força na ADM disponível Melhorar o equilíbrio, estabilidade e a coordenação dos antagonistas Melhorar a endurancedos padrões antagonísticos Integrar na função uma nova postura ou ADM Melhorar a dor por relaxamento reflexo Ensinar o controle funcional FNP -Conclusões As posturas nos exercícios que irão desafiar a força e a estabilidade em um nível apropriado para o paciente. A resistência é proporcionada pela gravidade, manualmente, acrescentando pesos livres ou faixas elásticas. A quantidade de resistência, a amplitude e o ritmo de movimento, as repetições e séries, e a duração das sessões de exercícios são dosadas para se adequarem ao perfil físico do paciente. Essas técnicas estão se revelando coadjuvantes valiosos em outras abordagens terapêuticas, tais como mobilização articular, liberação miofasciale exercícios de estabilização. Sendo adaptadas também nas atividades aquáticas, na medicina esportiva e em outros ambientes terapêuticos.
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