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aula 3 - Antissépticos no tratamento periodontal

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Antissépticos no tratamento periodontal – Perio II
Natália Carneiro
Antissépticos no tratamento periodontal
Gengivite Experimental em Humanos - Løe H. et al. 1965
12 estudantes foram mantido por 3 semanas sem nenhum tipo de higiene oral. Ao longo desse período, foi realizado monitoramento do Índice de Placa, do Índice Gengival e monitoramento microbiológico.
Resultados obtidos
Amadurecimento do biofilme: microrganismos predominantes passaram de aeróbios Gram(+) para anaeróbios Gram(-).
Quanto maior o índice de placa, maior o sangramento.
Ao parar com o estudo e retomar a higiene: quadro revertido.
Com isso: associaram placa e inflamação! 
Devido à associação do biofilme com a inflamação, na maioria dos casos a doença periodontal pode ser tratada com sucesso através da remoção mecânica de placa, da utilização de métodos de higiene oral pelo paciente e controlada com um programa de manutenção adequado. Em geral todos os casos de gengivite e a maioria dos casos de periodontite podem ser tratados desta forma com bons resultados.
Limitações da terapia mecânica
Pode ser necessário fazer repetidos tratamentos de sítios com doença recorrente ou refratária, resultando em perda de tecido.
O controle mecânico é altamente influenciado pela cooperação e destreza do indivíduo. Às vezes, é necessário controle químico de placa para tentar superar as limitações do controle mecânico (por exemplo, pacientes hospitalizados, com limitações motoras ou quadros inflamatórios muito agressivos, como GUN). O controle químico é sempre adjuvante do mecânico.
Controle químico da placa
Pode ser:
· Supragengival - soluções e dentifrícios.
· Subgengival - irrigação, mecanismos de liberação lenta.
A característica principal dos princípios ativos é a substantividade! Substantividade é a capacidade de:
· Retenção prolongada nas superfícies orais por adsorção.
· Manutenção da atividade antimicrobiana uma vez adsorvida.
· Neutralização mínima ou pequena da atividade antimicrobiana no ambiente oral, ou liberação lenta das superfícies.
Agentes antiplaca
· Enzimas
· Bisbiguanidas (ou biguanidinas)
Clorexidina.
· Compostos quaternários de amônio
Cetilpiridíneo (efeito antibacteriano menor que o da clorexidina, mas tem a vantagem de não causar pigmentação nos dentes).
· Fenóis 
Triclosan.
· Óleos essenciais
Timol, eucaliptol, mentol (estão no Listerine. Problema – Listerine tem alto teor alcoólico, causando descamação da mucosa oral e ardor).
· Produtos naturais
Mirra, casca de juazeiro.
· Flúor
Fluoreto de sódio, fluoreto estanhoso (melhor atividade antibacteriana que o fluoreto de sódio).
· Sais
· Detergentes
· Agentes oxigenantes
Água oxigenada.
· Compostos iodados
Veículos
· Enxaguatório
· Spray
· Irrigação
· Dentifrícios
· Vernizes
Os dois mais usados são os enxaguatórios e os dentifrícios.
Clorexedina
· É uma bisbiguanida. 
· É o antisséptico mais eficaz avaliado.
· Tem alta substantividade (permanece na boca por até 12 horas, pois possui carga e se liga à mucosa por adsorção).
· Larga ação antimicrobiana contra Gram (+) e (-).
· Reduz o sangramento de maneira indireta, em decorrência da diminuição ação bacteriana.
Efeitos adversos
· Causa pigmentação extrínseca reversível (por precipitar cromógenos na superfície do dente) – é o principal!
· Pigmentação de restaurações e próteses.
· Alteração do paladar (gosto metálico).
· Alergia.
Para evitar a pigmentação: não utilizar por mais de 14 dias ( exceto em pacientes hospitalizados).
Apresentações
· Soluções - Soluções aquosas e alcoólicas de 0,1- 0,2 %
· Gel - Géis de 0,1-0,2 % . Necessita de distribuição nos sítios para ser eficaz, mas auxilia na prevenção da pigmentação.
· Spray - Sprays de 0,1- 0,2 %. 
· Dentifrícios
· Vernizes
Triclosan
· Antimicrobiano tópico, sintético, não iônico, derivado do fenol.
· Ação aumentada quando utilizado com citrato de zinco ou com copolímero Gantrez (porque ele tem baixa substantividade, e esse compostos a aumentam).
· Efeito antiplaca moderado e efeito anti-inflamatório (esse efeito é a sua vantagem).
· Inibe a gengivite, principalmente em casos de má higiene oral. 
· Desvantagem: seu efeito anti-inflamatório pode mascarar o sangramento.
Meia-vida de uma droga na bolsa
· Baseado num volume de bolsa de 0,5mL (bolsa média) e um fluido gengival de 20L/h, Goodson (1989) estimou a meia-vida de uma droga colocada dentro da bolsa em 1 min. 
· Mesmo em concentrações altas uma droga potente cairia para níveis abaixo da concentração inibitória mínima (MIC) para microorganismos em minutos.
Tudo o que é colocado dentro da bolsa é lavado pelo fluido gengival. Para algo permanecer na bolsa, é necessário utilizar um mecanismo de liberação lenta. Portanto, não seria eficiente ficar irrigando bolsa com solução antisséptica, porque tudo seria rapidamente lavado.
Existia um chip de clorexidina que era colocado na bolsa e ia sendo biodegradado e liberando clorexidina. Também existem mecanismos de liberação lenta para antibióticos.
Efeito biofilme
Resistência natural do biofilme a agentes microbianos, devido à sua organização e produção de matriz extracelular. 
Um agente antimicrobiano só age nas camadas mais superficiais do biofilme. Então, romper o biofilme com ação mecânica (controle mecânico de placa) permite que os produtos de higiene oral (que contêm diferentes agentes antimicrobianos) possam ter ação maior sobre esses microrganismos.
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