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Acidentes e Complicações

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Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES 
ACIDENTES: acontecimento imprevisto/casual o qual 
resulta em um dano que dificulta ou impede o tratamento 
endodôntico. 
Mais comuns: 
• Formação de degraus. 
• Transporte apical de um canal radicular curvo. 
• Fratura dos instrumentos endodônticos. 
Perfurações endodônticas. 
COMPLICAÇÕES: ato/efeito que dificulta a resolução 
de um tratamento endodôntico. Pode vir dos acidentes ou 
ser inerente aos dentes (canais atresiados/ curvaturas 
radiculares, etc) 
As complicações inerentes aos 
dentes podem induzir acidentes. 
ISOLAMENTO ABSOLUTO 
Os dentes anteriores podem se quebrar caso o grampo 
esteja mal posicionado. 
Devemos isolar somente o dente de trabalho e pode-se 
utilizar barreira gengival para bloqueio mecânico. 
DURANTE O USO DE HIPOCLORITO DE SÓDIO 
 É raro ter reação alérgica, mas caso aconteça os 
sintomas são: 
Sensação de ardor e dor intensa. 
 Parestesia do lado da face do dente em 
tratamento. 
 Inflamação do lábio com hematomas. 
 Falta de ar, brancoespasmos e hipotensão. 
Pode ocorrer extravasamento acidental para os tecidos 
periapicais durante a irrigação. 
Canais radiculares com forame apical amplo. 
 Reabsorções radiculares ou perfurações 
(principalmente quando se pressiona demais o 
êmbolo da seringa durante a irrigação). 
EXTRAVASAMENTO ACIDENTAL 
O diagnóstico é imediato pois gera: 
 Dor súbita. 
 Edema. 
 Hemorragia intracanal. 
 Sensação de queimação. 
PREVENÇÃO: 
 A agulha de irrigação não deve ficar justa no canal. 
 Nunca irrigar o canal com a ponta da agulha presa, 
pois vai fazer muita pressão e pode ultrapassar o 
ápice. 
 Controle de pressão. 
 Avaliar comunicações com o periodonto. 
 Isolamento absoluto. 
TRATAMENTO 
Irrigar o intracanal com solução salina. 
Realizar compressas extrabucais com frio para 
minimizar o edema. 
Prescrever analgésicos, antibiótico e esteroides. Ex: 
Analgésico: 1 comprimido de 6 em 6h: 
⎯ Acetaminofeno (500mg). 
⎯ Ibuprofeno (600mg). 
Antibiótico: 1 cápsula de 8 em 8h: 
⎯ Amoxicilina ou amoxicilina+ ácido clavulânico 
(500mg). 
Esteroide: 1 comprimido de 12 em 12h: 
⎯ Dexametasona (0,75mg). 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES NA 
INSTRUMENTAÇÃO 
Durante a instrumentação de um canal radicular curvo 
pode ser detectadas 3 áreas onde tem um desgaste maior 
das paredes dentinárias, podendo provocar acidentes ou 
complicações. 
DEGRAU 
É uma irregularidade criada na parede de um canal 
radicular, além do CT e SEM comunicação com o ligamento 
periodontal. A parede externa do canal é desgastada, o que 
resulta na formação de um plano horizontal. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
Causado por: 
⎯ Desconhecimento da anatomia dentária e do 
sentido radicular. 
⎯ Erro no acesso a cavidade pulpar. 
⎯ Uso de instrumentos endodônticos com diâmetro 
não compatível com o diâmetro da anatomia do 
canal. 
⎯ Uso de instrumentos rígidos em segmentos curvos 
de canais radiculares. 
⎯ Obstrução do canal por raspas de dentina ou outros 
resíduos durante a instrumentação. 
Um acesso coronário adequado, removendo interferências 
anatômicas dentinárias da embocadura do canal (desgaste 
compensatório) facilita as fases subsequentes da 
instrumentação do canal radicular. 
A identificação precoce da formação de degraus favorece a 
manobra de retomada da trajetória original do canal 
radicular. Um degrau criado por um instrumento de maior 
diâmetro é mais difícil por ser ultrapassado do que o criado 
por um de menor diâmetro. 
Para ultrapassar o degrau, deve-se realizar um pequeno 
encurvamento da extremidade de um instrumento 
endodôntico de aço inoxidável tipo K nº15 ou menor. 
O instrumento deve ser movimentado girando-se à direita 
e à esquerda, com pequenos avanços e retrocesso em 
sentido apical, para desviar do degrau e encontrar o 
trajeto original do canal. 
Quanto MAIS PRÓXIMO DO CERVICAL estiver localizado o 
degrau, MAIOR SERÁ A POSSIBILIDADE DE ULTRAPASSÁ-
LO. 
 Avaliação clínica e radiográfica periódica é 
necessária. 
 Se o degrau não for ultrapassado, instrumenta-se e 
obtura-se o canal até ele. 
 Canais infectados podem comprometer o 
resultado. 
 Ocorrendo o fracasso, a intervenção cirúrgica é 
indicada. 
Aumenta a probabilidade de falha no tratamento quando 
o degrau é criado antes de uma limpeza adequada e da 
modelagem do segmento apical do canal radicular. 
 
Imagem da aula da 
profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
 
TRANSPORTE APICAL 
É a mudança do trajeto de um canal radicular curvo 
em segmento apical. 
Ocorre por conta de um desgaste progressivo da 
parede externa de um canal radicular curvo na região 
apical. E também pelo movimento de limagem e de 
instrumentos endodônticos rígidos. 
Quanto MAIORES A AMPLITUDE E A 
FREQUÊNCIA DO MOVIMENTO, bem como o 
DIÂMETRO e a RIGIDEZ DO INSTRUMENTO, 
MAIOR será o DESLOCAMENTO DA PAREDE 
EXTERNA do canal radicular. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
Transporte apical interno: é quando o desvio apical 
PERMANECE NA MASSA DENTINÁRIA , junto ao 
comprimento de trabalho sem exteriorizar-se. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
Transporte apical externo (ZIP): quando o desvio 
apical alcança o comprimento de patência E MODIFICA 
A FORMA ORIGINAL DO FORAME . Neste caso, o 
forame apical original é rasgado. É identificado pela 
hemorragia persistente na região apical do canal radicular. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
COMO PREVENIR: 
• Utilizar instrumentos de maior elasticidade, ex: 
instrumentos de NI-TI, pois acompanham a 
curvatura do canal com facilidade, impedindo ou 
minimizando o transporte apical. São deformados 
Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
elasticamente, com níveis inferiores de tensão e 
acompanham a curvatura do canal. 
• Aplicar movimento de alargamento 
• O instrumento deve trabalhar justo no interior do 
canal, pois nesse tipo de movimento o corte das 
paredes de um canal radicular é uniforme e não 
direcionado a uma parede. 
• O movimento de limagem não deve ser empregado 
na instrumentação apical de um canal radicular. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
PROGNÓSTICO: bastante favorável (desde que se 
consiga um selamento apical correto pela obturação). 
Casos de transporte apical externo (ZIP) a manutenção do 
material obturador no interior do canal é 
problemática, ocorrendo frequentemente o 
extravasamento. 
SOBREINSTRUMENTAÇÃO 
Instrumentação do canal até ou além da abertura 
foraminal. 
 CAUSAS: 
Radiografia de má qualidade 
Determinação incorreta do comprimento de patência e 
de trabalho 
Pontos de referência coronário deficiente. 
Cursos mal posicionado. 
Falta de atenção no controle da medida obtida do 
comprimento de trabalho. 
A perda da contrição apical cria um ápice aberto, 
aumentando a possibilidade de sobreobturação, que 
dificulta o selamento apical e favorece a infiltração de 
líquidos advindos dos tecidos perirradiculares. 
SINAIS CLÍNICOS: 
• Hemorragia persistente na região apical do canal 
radicular. 
• Dificuldade em travar o cone de guta-percha no 
momento de sua seleção. 
Um novo batente apical deve ser estabelecido dentro dos 
limites do canal radicular, situado aproximadamente de 2 a 
3mm a partir do ápice radiográfico. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
SUBINTRUMENTAÇÃO 
Preparo do canal radicular além do limite apical de 
instrumentação estimado. 
CAUSAS: 
Erros na determinação do comprimento de patência e 
de trabalho 
Movimento de limagem aquém do CT 
Obstrução do segmento apicaldo canal radicular por 
detritos da instrumentação por limagem 
Deficiente volume solução química auxiliar presente no 
interior do canal durante a instrumentação 
Deficiência quanto à frequência da irrigação-aspiração 
Não manutenção da patência do canal cementário 
durante a instrumentação 
→ A desobturação do segmento apical é tarefa fácil em 
canais retos. 
Para canais curvos, esta manobra tende a criar um 
falso canal ou mesmo uma perfuração radicular apical. 
→ Caso a obstrução não for vencida, instrumenta-se o 
canal até ela. 
→ Canais infectados podem comprometer o resultado do 
tratamento. 
→ Ocorrendo o fracasso, necessita-se de intervenção 
cirúrgica. 
FALSO CANAL 
Forma-se um canal dentinário sem comunicação com o 
ligamento periodontal, em virtude de um erro de 
instrumentação. É CRIADO A PARTIR DE UM 
DEGRAU. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
Os fatores que favorecem a sua formação e prevenção 
e as manobras utilizadas na solução dos acidentes são 
os mesmos abordados no degrau! 
Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
O degrau detectado no início da instrumentação 
pode, na maioria das vezes ser contornado e 
eliminado, o que raramente acontece com um falso 
canal. (torna-se mais difícil quando o falso canal está 
localizado no segmento apical dos canais curvos). 
Quando não se consegue retomar a trajetória do canal, o 
prognóstico é desfavorável, exigindo uma avaliação clínica 
e radiográfica periódica. 
Em situação de uso clínico, a FRATURA DOS 
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS P ODE OCORRER 
POR TORÇÃO, POR DOBRAMENTO ALTERNADO, 
POR FLEXÃO ROTATIVA OU COMBINAÇÕES. 
Quanto à resolução clínica de um instrumento fraturado, 
existem 04 alternativas: 
 Ultrapassagem e remoção do fragmento via 
coronária. 
 Ultrapassagem e não remoção do fragmento. 
 Não ultrapassagem do fragmento. 
 Remoção cirúrgica do fragmento. 
ULTRAPASSAGEM E REMOÇÃO DO FRAMENTO 
VIA CORONÁRIA 
1. Inicialmente deve-se procurar ampliar o 
diâmetro do canal até o nível do fragmento 
metálico. 
2. Com um instrumento de aço inoxidável tipo K nº 
08 ou 10, procura-se encontrar um espaço entre 
o fragmento metálico e a parede do canal 
radicular. 
3. Com movimento de exploração cauteloso, 
procura-se ultrapassar o fragmento metálico. 
4. O avanço e o retrocesso, assim como o ângulo 
de rotação devem ser curtos, procurando-se 
evitar a imobilização do instrumento, o que 
poderia induzir a sua fratura. 
Obtida a ultrapassagem, a remoção de um 
fragmento metálico de um instrumento fraturado do 
interior de um canal radicular depende: 
Tipo de fratura: 
Remoção de um fragmento de um instrumento 
fraturado por torção é muito mais difícil do que a 
remoção de um fragmento causado por uma fratura 
por fadiga. 
Da anatomia do canal radicular: 
A remoção de um fragmento fraturado em um canal 
radicular achatado e reto é mais provável de ocorrer 
do que em um canal circular e curvo. 
Uma vez realizada a ultrapassagem do fragmento, 
principalmente de dentes inferiores, deve-se ser 
preparado com cautela, de modo a não o deslocar 
em sentido mais apical. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
ULTRPASSAGEM E NÃO REMOÇÃO DO 
FRAGMENTO 
Situações em que se consegue ultrapassar o 
segmento fraturado do instrumento, mas não se 
consegue removê-lo, instrumenta-se o canal 
radicular e realiza-se a sua obturação. 
O material obturador sepulta o fragmento do 
instrumento no interior do canal radicular, uma vez 
que a sua permanência não interfere no resultado do 
tratamento endodôntico. 
Quando a extremidade do segmento fraturado do 
instrumento ultrapassar o forame apical 
(principalmente nos casos de dentes infectados) 
pode comprometer o resultado do tratamento 
endodôntico realizado. 
Ocorrendo fracasso, a cirurgia é indicada. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
NÃO ULTRAPASSAGEM DO FRAGMENTO 
No caso de não ultrapassagem, o canal radicular é 
preparado até onde está o segmento fraturado do 
instrumento, executando-se a obturação. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
É importante usar, como solução química auxiliar, 
hipoclorito de sódico com concentração mínima de 2,5%. 
Para a OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR, 
devemos DAR PRIORIDADE À TÉCNICA DE 
COMPACTAÇÃO DE GUTA-PERCHA 
TERMOPLASTIFICADA. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
PROGNÓSTICO: 
• As condições do tecido pulpar do canal além do 
segmento fraturado do instrumento terão uma 
influência direta no resultado do tratamento 
endodôntico. 
• A possibilidade de sucesso é maior nos casos de 
polpa viva e em canais já preparados. 
• Nos casos de necrose, é importante usar uma 
medicação intracanal com atividade 
antimicrobiana. 
Neste caso, se a fratura do instrumento ocorreu 
após o canal ter sido esvaziado, o prognóstico é 
mais favorável do que se a fratura tivesse ocorrido 
no início do esvaziamento. 
FRATURAS DE ALARGADORES GATES-GLIDDEN 
E LARGO 
Geralmente fraturam próximo à haste de fixação e 
acionamento independentemente do diâmetro do 
alargador (torção ou flexão rotativa). 
A extremidade do segmento fraturado está aquém da 
embocadura do canal radicular, o que permite a fácil 
remoção através de sua apreensão por meio de uma pinça 
clínica ou porta-agulhas. 
Por conta da forma da parte de trabalho e da capacidade 
de deformação elástica (flexão) do intermediário, não 
devem ser pressionados lateralmente, com o intuito de 
desgaste lateral das paredes de canais achatados ou 
mesmo no desgaste anticurvatura. 
COMO USAR COM SEGURANÇA: 
• Uma força suave me sentido apical e jamais serem 
pressionadas em lateralidade (movimento de 
pincelamento ou de escovagem). 
• Os alargadores gates-glidden e largo de diâmetros 
menores, por apresentarem maior flexibilidade, podem 
avançar durante a instrumentação em segmentos 
curvos de canais radiculares, neste caso a falha ocorre 
no ponto do corpo em que houver maior tensão de 
solicitação. 
• Quando o segmento fraturado não puder ser 
removido, não impedindo, contudo, a passagem no 
sentido apical, ele poderá ser sepultado junto ao 
material obturador do canal radicular. 
PERFURAÇÕES ENDODÔNTICAS 
Comunicações acidentais da cavidade pulpar de um dente 
com o meio bucal e/ou com os tecidos perirradiculares. São 
classificados em coronários e radiculares. 
PERFURAÇÕES CORONÁRIAS 
CAUSAS: 
Câmara pulpar atresiada 
Canais atresiados 
Desconsideração da inclinação do dente na arcada 
dentária 
Desconhecimento da anatomia externa e interna da 
câmara pulpar 
Presença de coroas protéticas 
Uso de brocas e instrumentos endodônticos 
inadequados 
PERFURAÇÃO CORONÁRIA SUPRAGENGIVAL 
LOCALIZAÇÃO: aquém da inserção gengival. 
OCORRE: através das paredes circundantes 
(mesial,distal,vestibular, lingual ou palatina) da câmara 
pulpar. 
TRATAMENTO: selamento via interna e/ou externa 
com materiais habitualmente empregados em dentística 
restauradora. 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
PERFURAÇÃO SUBGENGIVAL SUPRAÓSSEA 
LOCALIZAÇÃO: além da inserção gengival e aquém do 
nível ósseo. 
OCORRE: através das paredes circundantes da câmara 
pulpar. 
TRATAMENTO: exposição cirúrgica da perfuração ou 
através da extrusão ortodôntica e seladas com os materiais 
restauradores. 
Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
PERFURAÇÃO CORONÁRIA INTRAÓSSEA 
Comunica acidentalmente a câmara pulpar com o tecido 
ósseo. 
→ A contaminação microbiana e o processo 
inflamatório resultante podem levar a problemas 
endoperiodontais. 
→ No momento da perfuração intraóssea, a área frontal 
a ela é destruída em maior ou menor intensidade, 
desse modo, estabelece um processoinflamatório de 
intensidade variável. 
→ Isso destrói o osso alveolar, formando um tecido de 
granulação, o qual poderá invaginar para o interior 
do dente através do trajeto da perfuração, formando 
um pólipo. (O não tratamento dessa perfuração 
permite a contaminação via meio bucal, 
determinando a progressão do processo inflamatório 
que, por sua vez, leva a maior destruição do osso 
alveolar. 
→ Uma vez reconhecida e localizada a perfuração 
coronária intraóssea, esta deverá ser fechada o mais 
rápido possível. 
→ O não selamento da perfuração permite a infiltração 
de fluidos bucais para o interior da cavidade (o que 
favorece o desenvolvimento microbiano responsável 
pela indução e manutenção do processo 
inflamatório. 
Vários materiais podem ser empregados: pastas de 
hidróxido de cálcio com veículo viscoso ou oleosas e 
MTA. 
1. Deve ser limpo com abundante irrigação-aspiração 
(hipoclorito de sódio 1%) caso necessário, a remoção 
de resíduos com auxílio de curetas. 
2. Cessada a hemorragia imediatamente coloca-se 
pastas de hidróxido de cálcio com veículo viscoso ou 
oleoso ou MTA (o material é levado com o 
instrumento na perfuração e a seguir compactado 
sendo o excesso removido). 
Imagem da aula da profº: Mariana Pereira Lima de Moraes. 
PERFURAÇÕES RADICULARES 
Comunicação acidental de um canal radicular com o tecido 
ósseo. 
PRINCIPAL MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: 
hemorragia intensa. 
DIAGNÓSTICO: confirmado pelo exame radiográfico. 
LOCALIZAÇÃO: cervicais, médias e apicais. 
PERFURAÇÃO RADICULAR CERVICAL 
LOCALIZAÇÃO: no segmento cervical da raiz dentária. 
Frequente em canais curvos de raízes achatadas. 
TRATAMENTO ENDODÔNTICO deve ser 
realizado o mais rápido possível (recomenda-se que a 
perfuração radicular cervical seja selado durante a 
obturação do canal radicular). 
A TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO LATERAL 
DEVE SER EMPREGADA, a operação é 
acompanhada radiograficamente. Não se deve usar esse 
canal para receber retentor interradicular. 
PERFURAÇÃO RADICULAR MÉDIO 
POSSÍVEIS CAUSAS: 
 Degraus. 
 Falsos canais. 
 Canais atresiados e curvos. 
 Canais atresiados e com obstruções do segmento 
médio. 
Nos casos em que for possível a remoção das 
obstruções e a reformada trajetória original 
do canal, a perfuração radicular média será 
considerada e tratada como sendo um canal 
lateral de um sistema de canais radiculares. 
(não havendo contaminação, a obturação do canal deverá 
ser realizada imediatamente após o PQM. 
A não remoção das obstruções e a não retomada da 
trajetória original do canal sugerem um prognóstico 
desfavorável ao tratamento endodôntico, principalmente 
se o dente apresentar lesão perirradicular. 
Caso fracasse, pode optar pela resolução cirúrgica. 
PERFURAÇÃO RADICULAR APICAL 
Não remoção das obstruções + não retomada 
da trajetória original do canal sugerem um 
prognóstico desfavorável ao tratamento 
endodôntico (principalmente se o dente 
apresenta lesão perirradicular). 
Nesses casos, a retomada da trajetória do canal original é 
uma tarefa bastante difícil de ser alcançada. 
Acidentes e complicações Heloisa Cogo - Endodontia Profº Mariana Pereira Lima de Moraes 
 Nos casos em que foi possível a remoção das 
obstruções e a retomada da trajetória do canal 
original (a perfuração será considerada e tratada 
como sendo um canal secundário). 
 A não remoção da obstrução e a não retomada da 
trajetória do canal original podem ser 
desfavoráveis ao resultado do tratamento 
endodôntico (nesses casos a opção cirúrgica é de 
prognóstico bastante favorável). 
 Se após a perfuração radicular, se observa hemorragia 
intensa, a cavidade pulpar e o defeito devem ser 
preenchidos com sulfato de cálcio ou pasta de 
hidróxido de cálcio associado com veículo hidrossolúvel 
(com o objetivo de cessar a hemorragia e cauterizar 
superficialmente o tecido junto à área da perfuração). 
 03 a 07 dias depois, retira-se o material e realiza-
se a obturação do canal e da perfuração com uma 
das opções mencionadas. 
 
REFERÊNCIA: AULA PROFº MARIANA PEREIRA 
LIMA DE MORAES.

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