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Fatores influenciadores da inadimplencia eseus impactos

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FATORES INFLUENCIADORES DA INADIMPLÊNCIA E SEUS IMPACTOS: 
um estudo nas instituições financeiras. 
 
INFLUENCING FACTORS OF DEFAULT AND ITS IMPACTS: a study in 
financial institutions. 
 
#1 - Lailson da Silva Rebouças 
Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Estado do Rio Grande do 
Norte. 
E-mail: lailson15@hotmail.com 
 
 
#2 - Ericka Maia da Rocha 
Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Estado do Rio Grande do 
Norte. 
E-mail: erika_12k@hotmail.com 
 
 
#3 - Msc. Wenyka Preston Leite Batista da Costa 
Docente do Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Estado do Rio 
Grande do Norte. 
E-mail: wenykapreston@hotmail.com 
 
RESUMO:A facilidade e a disponibilização por crédito oferecida pelas instituições financeiras 
tem se mostrado um auxiliador para o aumento do poder aquisitivo das pessoas, tanto físicas 
como jurídicas. Em face desta possibilidade tem-se um risco pela oferta de crédito, a 
inadimplência, que passa a ser um dos desafios das instituições, sendo lhes necessárias 
ferramentas de análise e a própria contabilidade como auxiliadora neste processo. Sendo 
assim, a presente pesquisa busca evidenciar os fatores que estão acarretando o aumento da 
inadimplência e seus impactos nas instituições financeiras. A metodologia possui natureza 
descritiva, abordagem qualitativa e o instrumento de pesquisa, correspondeu a um questionário 
direcionado aos gerentes de uma instituição financeiras da cidade de Mossoró/RN. O resultado 
busca mostrar o quanto as pessoas estão se endividando e as causas deste problema, e a 
relação do débito e pós-débito com a instituição bancária. 
 
Palavras-chave: Crédito, Inadimplência, Instituição financeira. 
 
 
ABSTRACT:The ease and availability of credit offered by financial institutions has proved to be 
an aid to increase people's purchasing power, both physical and legal. Given this possibility, 
there is a risk for the supply of credit, for delinquency, which becomes one of the challenges of 
institutions, being necessary tools of analysis and accounting itself as a helper in this process. 
Therefore, the present research seeks to highlight the factors that are leading to the increase in 
delinquency and its impacts on financial institutions. The methodology was descriptive in nature, 
qualitative approach and the research instrument corresponded to a questionnaire directed to 
the managers of a financial institution in the city of Mossoró / RN. The result seeks to show how 
much people are getting into debt and the causes of this problem, and the relationship of debit 
and post-debit with the banking institution. 
 
Keywords: Credit, Default, Financial institution. 
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1 INTRODUÇÃO 
 
 A crise atual no Brasil é um dos assuntos mais comentados entre as 
pessoas. A falta de desemprego, o aumento dos preços de produtos básicos e 
o grande índice de inflação tem se tornado algo bastante divulgado e 
vivenciado pelos brasileiros. O grande impacto destes fatores tem levado a 
muitas pessoas e empresas a se utilizarem de créditos disponibilizados pelas 
instituições financeiras para cobrir dívidas anteriormente adquiridas, a fim de 
minimizarem a sua situação econômica. 
 O oferecimento de créditos através de empréstimos, cartões de crédito, 
cheques especiais, entre outros, tem facilitado muito a procura por estas 
opções. Porém, em muitas situações os consumidores tem descumprido o 
pagamento das suas obrigações tornando-se inadimplentes e gerando o 
endividamento exagerado e outras consequências financeiras. 
Neste sentido, a inadimplência pode ser definida como a falta de 
pagamento e sendo sentido o termo jurídico, inadimplemento é utilizado para 
designar uma situação de não cumprimento de uma cláusula contratual 
(TEIXEIRA, 2001). 
Segundo Nichter et al. (2002), um dos motivos para a elevação da taxa 
de inadimplência das carteiras de microcrédito das Instituições de 
Microfinanças (IMFs) advém do desvirtuamento da metodologia de concessão 
do crédito, ao não serem empregados métodos característicos de concessão 
como o aval solidário. 
 As instituições responsáveis por essas concessões tem se precavido de 
forma a analisar a quem se estar concedendo crédito através da verificação 
das transações passadas e da vida financeira da pessoa ou empresa. Segundo 
Pirolo (2003) “recuperar crédito é a missão mais árdua de qualquer instituição 
financeira, principalmente quando essa instituição está nos limites da 
inadimplência resultando do não recebimento dos créditos concedidos.” O 
orçamento antecipado e a observância das pessoas físicas e jurídicas antes da 
concessão, ajudam no provisionamento da recuperação do crédito. 
 Nesta perspectiva, tem-se o seguinte questionamento: quais fatores 
estão acarretando o aumento da inadimplência e seus impactos nas 
instituições financeiras da cidade de Mossoró/RN? Como objetivo geral, a 
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presente pesquisa busca evidenciar os fatores que estão acarretando o 
aumento da inadimplência e seus impactos nas instituições financeiras da 
cidade de Mossoró/RN. 
Como objetivos específicos pretendem-se: identificar o nível de 
endividamento da maioria dos inadimplentes, evidenciar os principais fatores 
causadores da inadimplência e verificar se a análise de crédito previne a 
instituição financeira de um mal pagador. 
 A metodologia da presente pesquisa possui natureza descritiva, pois 
descreve características de uma determinada população, neste caso, das 
instituições financeiras da cidade de Mossoró, sendo este seu objeto de 
estudo. Para alcance dos objetivos foi escolhido o método de abordagem 
qualitativa. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICA 
 
2.1 INADIMPLÊNCIA 
 
É considerada uma pessoa inadimplente aquela que não possui 
condições suficientes para pagar as suas dívidas até a data do vencimento. 
Após a concessão do empréstimo, espera-se que os tomadores mantenham se 
leais (pontuais na amortização do empréstimo), sempre que o valor de seus 
recursos financeiros seja superior ao valor das prestações do empréstimo. 
Contrariamente, atribui-se uma maior probabilidade de inadimplência quando o 
valor da renda for insuficiente para amortizar as prestações do empréstimo 
(SANTOS; FAMÁ, 2006). 
As famílias que ficam inadimplentes tendem a perder a reputação de 
bons pagadores, o nome limpo e a capacidade de usar crédito em ocasiões 
futuras. (OLIVEIRA; CORONATO, 2016) 
 Existem dois tipos de endividamentos: endividamento passivo e 
endividamento ativo. Faria (2006) ressalta que o endividamento passivo 
acontece quando há um aumento de dívidas por consequência de alguma 
situação inesperada, ou seja, uma circunstância imprevista, podendo ser 
doença, morte, acidente, desemprego ou separação. Já o endividamento ativo 
se caracteriza por montantes de dívidas, sendo a maioria equivocada, de uma 
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má gestão financeira. São indivíduos que estão constantemente endividados, 
independente de sua renda financeira ou familiar. 
Alves (2007) relata que o problema das pessoas surge na falta de 
educação financeira, tendo como base a falta de planejamento. Nos dias atuais 
para que haja controle financeiro é preciso um bom orçamento seja feito, 
contudo, é necessário que possua uma boa estratégia para desviar dos 
momentos de difíceis evitando o consumismo desenfreado da população. 
O endividamento exagerado é um reflexo da sociedade de consumo e 
caracteriza-se como um problema de ordem social e não individual, que afeta 
consumidores e fornecedores (TRINDADE et. al., 2012). 
 
2.2 CRISE 
 
A Crise em nosso país vem acarretando diversas consequências 
financeiras, como as baixas vendas no mercado brasileiro e o alto 
endividamento por parte dos consumidores. A facilidade pela disposição de 
crédito, possibilitado pelas instituições financeiras através de empréstimos, 
cheque-especial, cartões de crédito, etc., vem crescendo muito e com isso. o 
aumento do endividamento. 
Para Douat(1994), as pessoas têm gastos que vão além do que a 
renda permite. Ao se deparar com este tipo de situação, o endividado recorre a 
bancos ou agiotas. A princípio isso pode parecer uma solução, mas também é 
um risco de piorar a situação. Dessa forma o endividado pode ficar com o 
nome cadastrado no SPC e no Serasa. A crise económica decorre em algum 
momento de dificuldade do consumidor de cumprir com uma obrigação, com 
isso lhe é ofertado propostas creditícias para a satisfação destas dívidas, 
criando assim, um amontoado de obrigações que são acumuladas e crescentes 
ao longo do tempo. 
Segundo Marx (1983), a possibilidade da crise reside na metamorfose 
da mercadoria, mas sua efetiva realização só se torna latente com a forma 
capitalista de acumulação, cuja aparência é o lucro monetário. Isso porque o 
processo que define o circuito do capital responde à incentivos diferentes que o 
da simples obtenção de valores de uso. A figura do capitalista, para Marx, 
encerra o desejo de acumulação de capital e não de maximização de utilidade. 
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E essa acumulação é submetida a uma taxa usual de lucro que perpetue o 
incentivo capitalista ao reinvestimento do excedente gerado no processo 
produtivo e realizado no processo de circulação. 
A crise será muito mais duradoura que esse biênio catastrófico. Para 
que um país com o nível de pobreza e o perfil demográfico do Brasil prospere 
realmente, a produção precisa crescer num ritmo médio próximo de 2,5% ao 
ano, no mínimo, durante vários anos consecutivos (OLIVEIRA; CORONATO, 
2016). 
 
2.3 CRÉDITO 
 
A origem da palavra “crédito” vem do latim, “coisa confiável”. Sendo 
assim podemos dizer que o crédito está ligado diretamente à confiança 
depositada a alguém ou a alguma coisa. O credito surgi em busca da 
necessidade de uma renda complementar. 
A palavra crédito é derivada do latim credere que significa acreditar, 
confiar. O conceito de crédito está presente no dia-a-dia das pessoas, seja ela 
física ou jurídica, pois é a disposição de alguém ceder parte do seu patrimônio, 
temporariamente, para recebê-lo de volta mais tarde, isto é, acredita-se que 
alguém vai honrar o compromisso assumido. “Crédito é a segurança de que 
alguma coisa é verdadeira: é confiança”. (FERREIRA apud SILVA, 2002, p. 19) 
A própria origem da expressão crédito significa confiar. Assim, todo 
crédito baseia-se na confiança, ou seja, na esperança de que o devedor pague, 
no futuro, pelo que lhe é fornecido no presente. Dessas considerações decorre 
que a concessão de crédito significa confiança, troca de coisas de valor 
econômico, futuridade e risco (SECURATO; FAMA, 1997). 
A atividade de crédito implica risco significativo para as instituições 
financeiras, pois se trata de uma modalidade de risco que está presente em 
qualquer atividade comercial, caracterizada pela probabilidade de não 
recebimento dos recursos emprestados (CAMARGOS et. al., 2010). 
 
2.4 ANÁLISES DE CRÉDITO 
 
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Através da análise de crédito é possível estabelecer critérios para saber 
se o tomador do crédito poderá futuramente arcar com as suas obrigações e 
diminuir o risco do concessor do crédito para que após a concessão do 
empréstimo os tomadores mantenham-se pontuais ao pagamento de seus 
compromissos e mantenham uma posição econômica estável e que o 
endividamento não seja mais um reflexo para a sociedade. (JERONIMO; 
PRAZERES, 2015) 
Para Blatt (1999) a análise de crédito é um processo organizado para 
analisar dados, de maneira a possibilitar o levantamento das questões certas 
acerca do tomador do crédito. "Este processo cobre uma estrutura mais ampla 
do que simplesmente analisar o crédito de um cliente e dados financeiros para 
a tomada de decisão com propósitos creditícios" 
 
2.5 OBJETIVOS DA ANÁLISE DE CREDITO 
 
As instituições financeiras estão com grande dificuldade de fornecer 
credito ao seus clientes, ou seja, as analises de créditos estão sendo cada vez 
mais rigorosas, através disso dificultar a tal saída. 
Com relação aos objetivos, Schrickel (2000) afirma que “o principal 
objetivo da análise de crédito é identificar os riscos nas situações de concessão 
de valores e evidenciar conclusões quanto à capacidade de amortização do 
tomador, além de proporcionar recomendações relativas à melhor estruturação 
e tipo de crédito a conceder”. 
Santos (2003) enfatiza que, “o objetivo do processo de análise de 
crédito é o de averiguar a compatibilidade do crédito solicitado com a 
capacidade financeira do cliente”. 
Já na concepção de Blatt (1999), os objetivos de uma análise de 
crédito podem ser definidos em cinco categorias: avaliar se um devedor irá 
honrar com o pagamento de suas dívidas no momento correto; avaliar se o 
cliente tem a capacidade de pagar a dívida (recursos disponíveis); avaliar a 
saúde financeira do tomador de crédito (nível de endividamento); avaliar as 
prioridades dos direitos da empresa credora em relação a outros credores; e 
avaliar o planejamento financeiro do tomador de crédito. 
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Analisar a quem se estar concedendo crédito previne, de certo modo, as 
instituições financeiras de possíveis calotes ou logro por parte dos tomadores 
de empréstimo, tornando a transação mais confiável entre as partes e 
exprimindo confiança à aquele que é concedente. 
 
2.6 POLÍTICA DE CRÉDITO 
 
Busca equilibrar os objetivos de lucro com as necessidades do cliente. O 
foco é atingir um objetivo de lucro ajustando os risco, e satisfazer os clientes, 
ao mesmo tempo fornecer crédito. As políticas de crédito auxiliam a atingir 
esse equilíbrio e incluem regras que definem o comportamento apropriado; 
padrões ou critérios de desempenho, que permitem medir o cumprimento das 
políticas e objetivos do comércio, e procedimentos que definem atividades 
específicas para garantir que os padrões sejam satisfeitos. 
Na política de crédito são definidos os parâmetros básicos para a 
realização das vendas a prazo. Nela são encontrados os elementos 
necessários para a concessão, monitoramento e cobrança dessas vendas, 
devendo ser encarada como um fator de alavancagem das receitas e uma 
demanda por investimentos em ativos financeiros (crédito futuros) (SOUSA; 
CHAIA, 2000). 
 
2.7 RISCO DO CRÉDITO 
 
Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas 
ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas 
obrigações financeiras nos termos pactuados; à desvalorização de contrato de 
crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à 
redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na 
renegociação e aos custos de recuperação (BANCO CAIXA GERAL-BRASIL, 
2016). 
Segundo Pires (2008), a política de crédito de uma empresa, além de 
ser o próprio princípio organizacional, é um fator de extrema importância, que 
pode resultar no sucesso ou no fracasso dos negócios, pois define as diretrizes 
com os quais a empresa irá trabalhar para a concessão de créditos financeiros. 
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A política de crédito vem auxiliar as instituições financeiras na diminuição dos 
riscos de perda da lucratividade no fornecimento de empréstimos. 
 
2.8 CONTABILIDADE 
 
A contabilidade passou e vem passando por diversas mudanças. 
Antigamente a contabilidade de um país era diferente de outro. A uniformização 
da contabilidade trouxe um padrão significativo para as demonstrações 
contábeis em todos os países. A International Accouting Standards Board 
(IASB) realizou o inicio de suas atividades em 2001 em substituição ao antigo 
International Accounting Standards Committee (IASC), visando: “desenvolver 
um modelo único de Normas Contábeis Internacionais de alta qualidade, que 
requeiram transparência e comparabilidade na elaboração de Demonstrações 
Contábeis” (IBRACON, 2006, p.8). 
A contabilidade vem a ser uma grande ferramenta para auxiliar nesses 
momentos de crise financeira. Ela é um instrumento poucoutilizado pela 
pessoa física e pouco valorizado pela pessoa jurídica, diante das situações de 
endividamento e inadimplência dos tomadores de crédito. 
Um dos parâmetros que pode ser utilizado nestas situações é o CPC 
00 - Estrutura conceitual para a Elaboração e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis, onde há o desenvolvimento de novas normas, 
interpretações e comunicados técnicos, orienta aos órgãos reguladores 
nacionais, auxilia os usuários das demonstrações contábeis na interpretação 
de informações nelas contidas. Com isto, a análise das contas das empresas 
pode ser bem estruturada a ponto de fornecer informações relevantes para a 
tomada de decisões de forma mais detalhada (CPC, 2011). 
 
 2.9 ORÇAMENTO 
 
O orçamento é um instrumento de planejamento e controle onde as 
empresas buscam planejar com antecedência as ações a serem executados e 
os recursos a serem empregados. O implemento de planos que gerenciem a 
execução das atividades de uma empresa ou de uma pessoa, auxilia no 
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cumprimento dos objetivos fixados e provisiona o futuro e estabelece 
estratégias. 
Segundo Frezatti (2007) o orçamento é o plano financeiro para 
implementar a estratégia da empresa para determinado exercício. É mais do 
que uma simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos 
gestores em termos de metas a serem alcançadas. 
 
2.9.1 Orçamento Empresarial 
 
O orçamento empresarial é considerado um dos carros chefes da gestão 
e uma das ferramentas fundamentais para que a prestação de contas dos 
gestores seja objetiva. Segundo Frezatti (2007) O orçamento surge como 
sequência a montagem do plano estratégico, permitindo forçar e identificar, 
num horizonte menor, de um exercício fiscal as suas ações mais importantes. 
O orçamento existe para programar as decisões do plano estratégico. 
Organizar um orçamento bem estruturado e planejado previne o 
investidor ou tomador de crédito de possíveis e eventuais problemas 
financeiros que possam ocasionar inadimplências. Analisar o que possa ocorrer 
futuramente e criar possibilidades alternativas para gerenciar a falta de crédito 
é importante para que futuramente os juros, e a impossibilidade do pagamento 
do empréstimo venham ser prejudicial ao devedor. 
Para Frezatti (2000), o ato de pensar antes de decidir algo e agir de 
forma determinante e antecipada, é planejar, é escolher alternativas em relação 
às outras situações, em razão de possibilidades, grau de aceitação de risco e 
verificar aquilo que é preferível, tornando você mesmo controlador das 
situações futuras. 
Planejar o orçamento deixa apenas de ser algo obrigatório para as 
instituições como para o que realiza o empréstimo, e transforma em um 
dispositivo auxiliador para a previsão dos acontecimentos e fatos da empresa, 
ajudando-a a cumprir aquilo que foi determinado anteriormente. 
 
 
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3 METODOLOGIA 
 
A pesquisa tem caráter descritivo por ter como preocupação principal a 
identificação de fatores que contribuem para o aumento da inadimplência no 
Brasil, como por exemplo, a falta de orçamento empresarial, o uso da 
contabilidade como ferramenta de decisão e planejamento acarretará no 
descontrole financeiro. 
De acordo com Gil (2008), as pesquisas descritivas possuem como 
objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de 
uma experiência. Por exemplo, quais as características de um determinado 
grupo em relação a sexo, faixa etária, renda familiar, nível de escolaridade etc. 
Outro instrumento de pesquisa utilizada foi o método qualitativo, onde o 
intuito principal é o aprofundamento das questões relativas ao foco da 
pesquisa, onde se procura obter o máximo de informações para a 
compreensão do fato abordado. Este método não quantifica seus resultados, 
apenas estabelece critérios de entendimento através da descrição do assunto, 
criando, através dos questionamentos, a explicação, os fatores e os motivos 
para a ocorrência do fato, no caso, a inadimplência. 
Segundo Minayo (2008) a pesquisa qualitativa é destacada pela 
importância dada à objetivação, pois durante a investigação científica é preciso 
reconhecer a complexidade do objeto de estudo, rever criticamente as teorias 
sobre o tema, estabelecer conceitos e teorias relevantes, usar técnicas de 
coleta de dados adequadas e, por fim, analisar todo o material de forma 
específica e contextualizada. 
O estudo de caso, realizado de forma prática, da coleta de dados, foi 
utilizada a abordagem direta, e a técnica exercida foi o questionário com 
perguntas estruturadas, que foram respondidas pessoalmente pelos 
entrevistados. 
A pesquisa foi realizada em uma agência do Banco do Brasil S.A. no 
Estado do Rio Grande do Norte- Mossoró/RN. Foram escolhidos como 
respondentes dos questionários os gerentes de contas de pessoa física, 
jurídica e de atendimento, por serem estes os responsáveis pelos índices de 
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inadimplência da carteira sob sua responsabilidade e pelo maior 
acompanhamento que fazem dos clientes e suas operações. 
 
4 RESULTADOS 
 
Na pesquisa realizada no ano de 2016, em uma agência do Banco do 
Brasil S/A, no município de Mossoró, foram aplicados 16 (Dezesseis) 
questionamentos diretamente a 16 (Dezesseis) empregados da entidade, sobre 
o perfil dos clientes da agência em relação ao endividamento e a inadimplência 
destes, sendo os escolhidos para responder ao questionário de forma aleatória, 
e tendo como taxa de resposta 100%. 
Inicialmente o primeiro questionamento realizado pela pesquisa, 
evidenciou a faixa etária de maior inadimplência, de acordo com o a percepção 
dos respondentes do questionário, conforme pode ser observado na tabela 01. 
 
 
Tabela 1- Faixa Etária de Maior Inadimplência. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
De 18 a 30 anos 10 62.5% 
De 31 a 40 anos 5 31.25% 
Acima de 40 1 6.25% 
Total 16 100% 
 Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Constatou-se que, através das respostas obtidas pelos 16 (Dezesseis) 
entrevistados da Instituição Financeira pesquisada e exposta de acordo com os 
dados da tabela 1 acima, a faixa etária de maior inadimplência é de 18 a 30 
anos, a cerca de 62,5%. Identificando dessa forma que é um público 
relativamente jovem que se encontra em situação inadimplente, e que os 
31,25% seria relativo aos que possuem de 31 a 40 anos de idade, o restante 
corresponde a 6,25% acima de 40 anos. 
Neri (2011) salienta que no período inicial da vida profissional e, 
consequentemente, no início da maturidade do indivíduo, o desejo de consumo 
é normalmente maior do que a renda obtida, o que resulta em uma demanda 
muito maior por empréstimos nessa fase do ciclo de vida. 
 
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Tabela 2 - Fatores causadores da inadimplência. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Desemprego/Atraso Salarial 7 43,75% 
Comprometimento de 
Renda 
4 25% 
Despesas não Previstas 0 0% 
Possível má Administração 
de Recursos 
5 31,25% 
Outros 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Questionou-se aos entrevistados, quais fatores influenciadores citados 
tem maior destaque no cenário atual do país, e conforme demonstra a Tabela 
2, percebeu-se que a maior parte do endividamento estaria relacionada ao 
desemprego/Atraso Salarial, representando deste modo 43,75% da pesquisa. 
Os outros indicadores demonstrados nesta Tabela 2 estão formados por 
possível má administração de recursos de 31,25% e 25% comprometimento de 
renda com outras dividas. O fator mostra o quanto à crise tem relevância nos 
dados. 
Segundo Ferreira (2007) as variáveis que influenciariam na 
inadimplência são aqueles em que o endividamento ocorre por falta de 
recursos (em função, por exemplo, de aumento de filhos, desemprego ou 
emprego precário) e os que estão endividados, não por apresentarem tanta 
dificuldade financeira em pagar suas contas, mas por competência insuficiente 
em administrar seu dinheiro, ou insuficiência derenda. Analisou-se também má 
administração estar mais relacionada à pessoa jurídica, por precisarem de uma 
analise mais minuciosa de recursos através de seus contadores e 
administradores. Desemprego prevalece fortemente entre pessoas físicas com 
o mercado com baixo investimento dificulta a contratação de novos 
funcionários. 
 
Tabela 3 - Nível de Endividamento. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Muitíssimo endividado 0 0% 
Muito endividado 14 87,5% 
Mais ou menos endividado 2 12,5% 
Pouco endividado 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
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Quando questionados sobre o nível de endividamento dos clientes, 
percebeu-se conforme a Tabela 3, que a maior parte dos clientes está muito 
endividado, representando 87,5% do resultado. Os demais fatores se dividem 
em mais ou menos endividados, representando 12,5%, muitíssimo endividados 
e pouco endividado representa 0% do questionamento. Observou-se que no 
processo de inadimplência os índices e os riscos dos clientes estarem muito 
endividado seguem em uma crescente pelo acumulo de dividas. 
 
Tabela 4 - Forma que pretendem regularizar a dívida. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
A vista 0 0% 
Parcelado 14 87,5% 
Não pretende regularizar 2 12,5% 
Total 10 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Os entrevistados ao serem questionados sobre como seria feita a forma 
de regularização das dividas mais procuradas pelos clientes, constatou-se 
conforme a tabela 4 acima, que houve um consenso entre os entrevistados que 
a forma de normalizar a divida se daria pela realização do parcelamento da 
obrigação representando 87,5%, visto que há uma possível facilidade de 
extensão do prazo e com parcelas menores que se adequariam ao novo 
orçamento gerado pelos clientes, ou seja, não comprometeria sua renda 
familiar ou empresarial. Desta forma ficou descartada a forma de pagamento a 
vista, pelo fato do alto valor do endividamento, além dos juros e multas 
inclusos, e considerando também aqueles que não pretende regularizar de 
nenhuma forma com 12,5%. 
 
Tabela 5 - Fase em que ocorre a maior parte das regularizações dos créditos. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
1 a 5 1 6,25% 
15 a 30 3 18,75% 
Acima de 30 12 75% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
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Tendo em vista a tabela anterior, percebe-se que a maioria dos clientes 
procura regularizar suas dividas de forma parcelada, sendo ela portanto feita, 
segundo 75% dos entrevistados em prazo superior a 30 dias, e 18,75% diz que 
é entre os 15 a 30 dias depois do vencimento da obrigação, e também com 
6,25% entre 1 a 5 após o vencimento. 
Tabela 6 - Controle mensal do Orçamento 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sim 13 81,25% 
Não 3 18,75% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
 Os entrevistados foram questionados acerca do controle mensal das 
dividas dos clientes, sendo que 81,25% respondeu que existe sim, a falta de 
equilíbrio mensal por parte dos devedores e 18,75% respondeu que não, 
segundo a tabela 6. Para Miotto (2013), o autocontrole tem uma relação 
positiva com o gerenciamento das despesas, bem como com a propensão de 
planejar e ainda coíbe o ato de compras compulsivas pelos indivíduos. 
 
Tabela 7 – Proteção e Favorecimento da Legislação ao inadimplente. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sim 8 50% 
Não 8 50% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
 
Em questionamento acerca das leis referentes ao ser inadimplente, 
verifica-se que, segundo a Tabela 7, 50% dos entrevistados afirmam que os 
clientes que estão em débito coma instituição são de certa forma protegidos 
pela legislação, e 50% acredita que não há proteção. 
Existe na legislação varias leis que amparam o inadimplente e o auxiliam 
quando estes estão endividados como o Código de Defesa do Consumidor (Lei 
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8.078/90) que dispõe no seu art.42 sobre a cobrança das dividas e as 
excessivas aplicações de juros e multas por parte das instituições. Porém, 
existem leis que estabelecem obrigações aos devedores e a imposição de 
encargos aos inadimplentes, como por exemplo, o Código Civil (lei 10.406/02). 
 
Tabela 8 - Conhecimento financeiro/orçamentário e a diminuição da 
inadimplência. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sim 16 100% 
Não 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Verifica-se pelo resultado estabelecido com respondentes e na Tabela 8 
que, 100% dos entrevistados acreditam que se houvesse uma maior educação 
financeira por parte dos clientes, existiria um menor numero de devedores. 
Zerrenner (2007) descreve que a educação financeira constitui uma 
ferramenta que auxilia a mudar as preferências do consumidor, monitorando o 
seu comportamento, alterando incentivos e modificando regras que podem não 
apenas diminuir os gastos, mas contribuir para uma maior segurança nas 
compras realizadas pelos consumidores. 
Tabela 9 - Maioria dos inadimplentes 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Pessoa Física 9 56,25% 
Pessoa Jurídica 7 43,75% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Além disso, segundo a Tabela 9, percebe-se que 43,75% dos devedores 
são constituídas por pessoas jurídicas e 56,25% são pessoas físicas. 
 
Tabela 10 - A inadimplência pode estar mais relacionada 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Cartão de crédito 5 31,25% 
Financiamento 8 50% 
Concessão de crédito 2 12,5% 
Cheque especial 1 6,25% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
16 
 
Foi perguntado aos entrevistados do questionário quais os meios 
disponibilizados pelo banco, que existiam a maior taxa de inadimplência, e 
verificou-se que há uma distribuição dos fatores, sendo o financiamento aquele 
que apresentou um percentual um pouco mais alto que os outros, cerca de 
50%. O cartão de crédito apresentou 31,25% e a concessão de crédito com 
12,5% e o cheque especial, ficou em 6,25%. 
 
Tabela 11 - Verificação da avaliação de crédito do cliente. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sempre 11 68,75% 
Quando necessário 1 6,25% 
Na maioria dos casos 4 25% 
Nunca 0 0% 
Outros 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
É fato que a facilidade de crédito tem contribuído significativamente para 
um nível maior de endividamento e inadimplência do consumidor (FEINBERG, 
1986; MIOTTO, 2013; THOMAS; DESAI; SEENIVASAN, 2011). É por este 
motivo que a analise do crédito é um dos métodos a serem utilizadas pelas 
instituições que disponibilizam aos seus clientes empréstimos, financiamentos 
e outros meios de credito. 
Segunda a pesquisa, exposta pela Tabela 11, cerca de 68,75% das 
pessoas que responderam, disseram que sempre há a realização de avaliação 
de credito do que capta o recurso. Cerca de 25% responderam que na maioria 
dos casos realiza na maioria dos casos e os 6,25% restantes disseram que 
quando necessário à averiguação do credor. 
 
Tabela 12 - Necessidade de documentos emitidos por contadores para análise 
de crédito. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sempre 2 12,5% 
Quando necessário 13 81,25% 
Nunca 1 6,25% 
Outros 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
17 
 
Foi verificada que os documentos emitidos pelo contador representa 
apenas 81,25% m casos quando necessário, 22,5% sempre e 6,25% nunca é 
necessário a obtenção de papeis em que o contador é participante da ação de 
concessão creditícia. 
 
Tabela 13 - Os documentos emitidos pelo contador são suficientes para a 
verificação da condição de pagamento do cliente. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sim 3 18,75% 
Não 13 81,25% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Percebe-se na Tabela 13 que, 81,25% dos entrevistados concordam que 
a documentação emitida pelo contador não verifica a condição de pagamento 
dos clientes sendo, portanto ela insuficiente para tal análise. Cerca de 18,75% 
concordou que estes papeis são suficientes para tal comprovação. 
Segundo Souza e Gewehr 2016 “O papel do profissional em 
contabilidade é fundamental para redução da assimetria de informaçãoe 
produção de material confiável para tomada de decisão dos bancos”. 
 
 
 
Tabela 14 - Os riscos de crédito dos clientes são medidos. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sempre 9 56,25% 
Quando necessário 7 43,75% 
Depende do tomador 0 0% 
Outros 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Em conformidade com o que foi apresentado na Tabela 14, verifica-se 
que 56,25% da população da pesquisa é afirmativa ao dizer que existe sempre 
à análise do crédito, e que este são medidos antes da concessão ao cliente. 
43,75% destes acreditam que quando necessário é realizada tal intervenção. 
Silva (1983, p. 53-54) afirma que (...) a atividade bancária de intermediação 
financeira consiste em captar e emprestar recursos. (...) um banco é uma 
18 
 
instituição que vive de avaliar e assumir riscos, tendo forte responsabilidade 
perante a comunidade, seus empregados, o governo e seus acionistas. 
 
Tabela 15 - A análise de crédito previne a instituição de um mal pagador. 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sim 8 50% 
Na maioria dos casos 8 50% 
Nunca 0 0% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Na mesma perspectiva a Tabela 15, de na maioria dos casos (50%) 
acha que a análise prévia do crédito ao cliente preveniria a instituição de 
possíveis más pagadores, sendo que 50% afirma que sim, existiria uma 
prevenção à entidade. Identificando assim uma igualdade sobre tal 
questionamento. 
 
Tabela 16 - O cliente que já foi inadimplente, e que realizou o pagamento da 
sua dívida em situação passada, pode realizar outra operação futuramente nas 
mesmas circunstâncias da anterior? 
ITEM FREQUÊNCIA PORCENTAGEM 
Sim 11 68,57% 
Não 5 31,25% 
Total 16 100% 
Fonte: Dados da Pesquisa (2016). 
 
Em encerramento ao questionário, foi perguntado aos entrevistados se o 
cliente que passou por uma situação de inadimplência poderia realizar outra 
operação nas mesmas condições anteriores. O resultado mostrou que 68,75% 
afirmam que sim e 31,25% afirma que não, como mostrado na Tabela 16. 
Mesmo o cliente já tivesse sido inadimplente poderia fazer novos créditos sem 
nenhum prejuízo com os resultados ocorridos no passado. 
 
 
19 
 
5 CONCLUSÕES 
A partir do desenvolvimento da pesquisa, verificou-se que as instituições 
financeiras têm disponibilizado, em um amplo contexto, créditos de maneira 
facilitada, auxiliando as pessoas físicas e jurídicas nesta concessão. Em meio 
as dificuldades e crises que o país vem passando, a inadimplência relacionada 
ao não pagamento das obrigações, tornou-se um problema para as entidades 
bancárias. O auxilio da verificação e analise do crédito e até a contabilidade, 
como forma de ajuda para o controle do orçamento pessoal e empresarial. 
A análise das condições e aspectos dos devedores, além das 
características do débito destes, formou uma base para a contextualização do 
problema da pesquisa e sua possível relação e causas da grande 
inadimplência. 
Verificou-se na conclusão desse trabalho de pesquisa que os índices de 
inadimplências entre pessoas físicas e jurídicas estão em uma crescente 
evolução. É perceptível a necessidade de uma melhor organização financeira e 
estabilidade financeira, construindo adequadamente um orçamento 
familiar/empresarial. Entretanto as instituições financeiras estão diminuindo a 
concessões de créditos aos clientes buscando minimizar o aumento das 
constantes perdas decorrente destas concessões, principalmente relacionada 
ao fato da inadimplência por partes dos clientes, procurando efetuar uma 
análise mais cautelosa dos credores da instituição financeira. 
Contudo, mesmo com a redução na liberação de credito, a instituição 
financeira sofre com o nível de inadimplência apresentado, a procura de 
métodos que melhor se adaptem ao orçamento apresentados pelos clientes, 
sem que haja diminuição na liberação de créditos e retorno financeiro para 
entidade. Desta forma, depreende que a contabilidade não vem sendo utilizada 
como ferramenta de informações, tanto, pessoa física quanto jurídica, como 
deveria ser, pois ela é um instrumento que melhor fornece informações de 
qualidade e fidedignidade para um eficiente gerenciamento e tomada de 
decisões. 
Estre trabalho limita-se por ter sido realizado apenas um estudo de caso, 
em instituições bancárias da cidade de Mossoró/RN, fato que não se podem 
generalizar seus resultados, entretanto torna-se relevante por evidenciar a 
20 
 
relevância da ciência contábil, por esse motivo sugere-se a aplicação desta 
pesquisa em outros segmentos e/ou setores econômicos. 
 
 
 
21 
 
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