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*Acadêmica do Curso de Pós Graduação Lato Senso para a obtenção do Título de Especialista em Psicopedagogia Institucional pela CESAP – Centro de Estudos Avançados e em Pós Graduação e Pesquisa. MAURA HERSBACH SANT`ANNA A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DO AUTISTA Autora: MAURA HERSBACH SANT`ANNA Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional Vitória – ES - 2019 RESUMO O Transtorno do Espectro Autista -TEA, é um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação (verbal e não-verbal) e comportamento restrito e repetitivo. O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica e vem abordar como a atuação do psicopedagogo pode contribuir com o processo de ensino- aprendizagem dos educandos com autismo. Para isso, o desenvolvimento do trabalho apresentará os seguintes itens: conhecendo o autismo; principais características do transtorno; causas; diagnóstico; intervenções: abordagens múltiplas e intervenção psicopedagógica. Esse estudo pretende ampliar o conhecimento pelo assunto a fim de colaborar com profissionais que lidam em seu dia a dia com indivíduos autistas. Palavras-Chave: Psicopedagogo; Aprendizagem; Autismo. 1 INTRODUÇÃO O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica e vem abordar como a atuação do psicopedagogo pode contribuir com o processo de ensino- aprendizagem dos educandos com autismo. Para isso, o desenvolvimento do trabalho apresentará os seguintes itens: conhecendo o autismo; principais https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquisi%C3%A7%C3%A3o_da_linguagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_verbal características do transtorno; causas; diagnóstico; intervenções: abordagens múltiplas e intervenção psicopedagógica. 2 A educação inclusiva, no mundo inteiro vem permitindo que estudantes com e sem deficiência percorram sua trajetória escolar lado a lado, na mesma sala de aula. A educação inclusiva é a prática indicada e reafirmada em diversas declarações internacionais, leis nacionais e políticas de educação. Essas políticas, somadas aos esforços dos defensores dos direitos das pessoas com deficiência, têm levado a um aumento substancial do número de alunos com deficiência que recebem educação escolar em escola regular. A educação inclusiva traz consigo uma mudança dos valores da educação tradicional, o que implica desenvolver novas políticas e reestruturação da educação. Para isso, é necessária uma transformação do sistema educacional, ainda exclusivo, direcionado para receber crianças dentro de um padrão de normalidade estabelecido historicamente. A inclusão ainda é uma realidade nova para os professores. A presença de alunos com necessidades educacionais especiais tem provocado nos educadores sentimento de impotência, frustração e angústia frente as limitações dos alunos e das próprias limitações, por não conseguirem oferecer atendimento individualizado a esses alunos (MATOS; MENDES, 2014). Portanto, as especificidades apresentadas pelas pessoas com diferentes características, como as síndromes e transtornos, aliado ao desenvolvimento de uma prática pedagógica não específica, dificulta o trabalho de intervenção adequado para esses alunos, causando assim, insegurança dos professores ao trabalharem com estas crianças. Transtorno do Espectro Autista é um termo que engloba um grupo de afecções do neurodesenvolvimento, cujas características envolvem alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja linguagem verbal e/ou não verbal, da interação social e do comportamento caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses. A inclusão de crianças com autismo nas escolas de ensino regular é uma conquista assegurada por lei, e de fundamental importância, o ingresso na escola é um marco importante no desenvolvimento das crianças. Não apenas para o aprendizado em si, mas também pelo desenvolvimento social e pela formação do ser humano como um todo” (SILVA, 2012). 3 É na escola também que são trabalhadas as questões de grupo, de socialização, as quais são de grande importância para uma criança com autismo, para aprender a conviver com outras pessoas e não apenas aquelas que fazem parte da sua família. A Psicopedagogia se estrutura em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento. A Psicopedagogia tem o papel de avaliar, investigar e detectar dificuldades e habilidades da criança com TEA, assim, é possível realizar a intervenção para desenvolver tais dificuldades e aumentar o repertório do indivíduo. Diante do exposto, o estudo pretende ampliar o conhecimento pelo assunto a fim de colaborar com profissionais que lidam em seu dia a dia com indivíduos autistas. 2 CONHECENDO O AUTISMO A primeira pessoa a usar a palavra “autismo”, deriva do grego “autos”, que significa “voltar-se para sí mesmo”, foi o psiquiatra austríaco Eugen Bleuler para se referir a um dos critérios adotados em sua época para a realização de um diagnóstico de Esquizofrenia, a palavra referia-se a tendência do esquizofrênico de “ensimesmar-se”, tornando-se alheio ao mundo social – fechando-se em seu mundo, como até hoje se acredita sobre o comportamento autista. No entanto, a denominação do autismo toma uma proporção maior em 1943, por meio do psiquiatra Leo Kanner, que em suas primeiras pesquisas já abordava características do autismo de forma relevante (CUNHA, 2015). Para Lüdke (2011), foi o teórico Kanner que distinguiu dois quadros em relação ao autismo: Autismo da Infância Primitiva e Autismo grave, este último teria como características atraso no desenvolvimento da linguagem, repetições obsessivas de certas atividades por longo tempo, extremo isolamento social, dificuldade em estabelecer vínculos, presença de certas habilidades exercidas com mais destreza. https://www.grupoconduzir.com.br/2017/08/autismo-a-avaliacao-do-repertorio-inicial/ 4 Dificuldade na interação social, na comunicação e comportamento repetitivo e restritivo. Essas são as principais características de quem convive com o autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70 milhões de pessoas em todo o mundo são autistas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos publicou em abril (2018), um novo relatório sobre a prevalência de Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) a atualização dos números indica 1 para cada 59 crianças. O número anterior era de 1 para cada 68 (referentes a dados 2012, divulgados em 2016) — um aumento de 15%. A proporção de 4 meninos para cada menina é mantida, de acordo com estudos anteriores ou disponíveis em outros países. O autismo pode ser classificado em leve, moderado e severo, e é um transtorno ímpar onde os sintomas podem aparecer de maneira distintas nos indivíduos apresentando comprometimento diferente e em diversos graus. Pode ou não estar associado a atrasos no desenvolvimento cognitivo ou a outros transtornos. Seguindo as inovações com relação às deficiências e focando nos aspectos próprios do universo autista, o Manual de Saúde Mental – DSM-V, altera a nomenclatura dos distúrbios, dentre eles o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não- especificado e Síndrome de Asperger, que unidos passam em um único diagnóstico, a chamar-se Transtornos do Espectro Autista – TEA. A partir do DSM-V, todas as subdivisões deixaram de existir e passaram a ficar sob um mesmo diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo – TEA, que designa agora todas as formas de autismo (a Síndrome de Rett, contudo, foi separada, por já conhecermosbem a genética que a causa). Identificando a natureza dimensional do conjunto de condições que fazem parte do espectro e as controvérsias em relação ao diagnóstico diferencial entre elas, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (American Psychiatric Association – APA) traz as manifestações comportamentais que definem o TEA que incluem comprometimentos qualitativos no desenvolvimento sócio comunicativo, como também a presença de comportamentos estereotipados e de um repertório restrito de interesses e https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/67/ss/ss6706a1.htm?s_cid=ss6706a1_w https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/67/ss/ss6706a1.htm?s_cid=ss6706a1_w https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/67/ss/ss6706a1.htm https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/67/ss/ss6706a1.htm https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html https://www.autismspeaks.org/science/science-news/cdc-increases-estimate-autism%E2%80%99s-prevalence-15-percent-1-59-children 5 atividades, sendo que os sintomas nessas áreas, quando tomados conjuntamente, devem limitar ou dificultar o funcionamento diário do indivíduo (APA, 2013). 2.1 CAUSAS O Transtorno do Espectro Autista é uma condição caracterizada por um conjunto sintomático, isto porque não conhecemos ainda com exatidão as causas etiológicas que o definem. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos, biológicos e ambientais. No entanto, saber como é o cérebro dessas pessoas ainda é um mistério para a ciência. 2.2 CLASSIFICAÇÃO ESTATISTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE. O crescente corpo de trabalhos sobre o autismo influenciou a definição desta condição no DSM-III, em 1980, quando o autismo pela primeira vez foi reconhecido e colocado em uma nova classe de transtornos, a saber: os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs). O termo TID foi escolhido para refletir o fato de que múltiplas áreas de funcionamento são afetadas no autismo e nas condições a ele relacionadas. Na época do DSM-III-R, o termo TID ganhou raízes, levando à sua adoção também na décima revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID- 10). A CID-10 (ICD-10 na sigla em inglês para International Statistical Classification of Diseasesand Related Health Problems)foi conceituada para padronizar e catalogar as doenças e problemas relacionados à saúde, tendo como referência a Nomenclatura Internacional de Doenças, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde-OMS. No que se refere ao autismo, este é descrito pela CID-10 que considera como TEA os seguintes diagnósticos: 6 ▪ F84. - Transtornos Globais do Desenvolvimento; ▪ F84.0 - Autismo Infantil; ▪ F84.1 - Autismo Atípico; ▪ F84.5 - Síndrome de Asperger; ▪ F84.8 - Outros Transtornos Globais do Desenvolvimento; ▪ F84.9 - Transtornos Globais não Especificados do Desenvolvimento No dia 18 de junho de 2019, a OMS lançou a CID-11, a nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. O TEA passou a constar na nova Classificação, a CID-11. O documento seguiu a alteração feita em 2013 no DSM-V, assim como no DSM, o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, a nova CID une os transtornos do espectro num só diagnóstico A versão lançada agora é uma pré-visualização e permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde. A 11ª versão da CID reflete o progresso da medicina e os avanços na pesquisa científica e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. Autismo na CID-11 ▪ 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) ▪ 6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional; ▪ 6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional; ▪ 6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada; ▪ 6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada; ▪ 6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional; ▪ 6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional; https://icd.who.int/dev11/l-m/en 7 ▪ 6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado; ▪ 6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado. Com essa nova categorização será possível estabelecer diagnóstico mais adequado às especificidades do transtorno, contribuindo com o desenvolvimento de habilidades e melhora do manejo terapêutico daqueles que estão no espectro. Além disso, por meio da CID é possível ter acesso a um panorama do número de pessoas no mundocom TEA. CRITÉRIOS NO DIAGNÓSTICO NO DSM-V O diagnóstico do transtorno mostra-se fundamental tanto para as famílias, quanto para as próprias pessoas com TEA, norteando tratamentos e intervenções, contribuindo para que todos conheçam melhor as características próprias do transtorno. Hoje, constata-se que, embora as características diagnósticas sejam estudadas há mais de seis décadas, ainda permanecem inúmeras divergências e questões a serem respondidas nesse campo de investigação (MELLO, 2010). O diagnóstico se faz pelo quadro clínico, conforme critérios estabelecidos pela CID 10 (OMS, 1993, item 4), sendo que os instrumentos de triagem, de diagnóstico e escalas de gravidade podem auxiliar na avaliação e em sua padronização. De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para o diagnóstico do TEA o paciente deve preencher 3 critérios: 1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes: 2. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social; 3. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. 8 O TEA apresenta uma enorme variabilidade em termos de comportamento, cognição e mecanismos biológicos, construindo-se a ideia de que o TEA é um grupo heterogêneo, com etiologias distintas. Os pacientes se beneficiam de avaliação individualizada para propor a melhor composição de acompanhamento para o caso. Uma vez identificado sinais de autismo ou mesmo estabelecido o diagnóstico (precoce), a intervenção é fundamental para a aquisição dos repertórios de comunicação, socialização, autonomia e motora, fundamentais para o desenvolvimento da criança. Condições médicas frequentemente associadas ao TEA incluem: • Síndrome do X frágil (8-27,9%); • Esclerose Tuberosa (24 -60%); • Encefalopatia Neonatal/ Encefalopatia Epiléptica/ Espasmo Infantil (36-79%); • Paralisia Cerebral (15%); • Síndrome de Down (6-15%); • Distrofia Muscular (3-37%); • Neurofibromatose (4 -8%). Em 2013, Matson e Goldin defenderam que as comorbidades mais comuns encontradas com o autismo são epilepsia, distúrbio do sono, transtorno de atenção e hiperatividade - TDAH, ansiedade, estereotipia, comportamento infrator e Deficiência Intelectual e também Deficiência Auditiva. Essas condições são comumente associadas ao autismo e são fonte de intervenção específica, já que podem criar condições que dificultam o desenvolvimento do sujeito. De acordo com Tierney, em 2015, outra comorbidade que crescentemente aparece juntamente com o autismo é a apraxia (cerca de 63% das pessoas com TEA), que é também de origem neurológica e dificulta a relação entre os comandos para a fala e sua execução pelo aparelho motor responsável pela fala. 3 INTERVENÇÃO: ABORDAGENSMÚLTIPLAS 9 Em grande parte dos casos,o autismo ainda é detectado tardiamente. Porém, é crescente o número de estudos voltados à importância da detecção precoce. Ainda na primeira infância. Neste período inicial da vida, há alguns comportamentos que fogem ao chamado “desenvolvimento típico”, e já podem servir de alerta a familiares e profissionais da saúde. Quanto mais cedo a família e a escola forem orientadas sobre o quadro da criança, melhor será sua inserção social e aquisição de autonomia. A intervenção precoce (que pode ocorrer mesmo antes do diagnóstico conclusivo) visa estimular as potencialidades e auxiliar no desenvolvimento de formas adaptativas de comunicação e interação. Ao enfrentar um diagnóstico de autismo, as famílias especulam sobre qual tipo de intervenção é a mais efetiva. A intervenção intensiva nos primeiros anos de vida tem impacto significativo sobre o funcionamento de muitas crianças autistas. Os primeiros sinais do autismo geralmente são observados pelo pediatra, que acompanha o desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Após tal identificação, os pais são orientados a procurar um médico da área psiquiátrica ou neurológica para fazerem o diagnóstico. A partir daí estes profissionais prescrevem tratamentos que abrangem especialistas que trabalham em conjunto e com avaliações periódicas da criança e por um longo período. Os profissionais que habitualmente fazem parte da equipe multidisciplinar são Psiquiatra/Neurologista, Psicólogo/Analista do Comportamento, Fonoaudiólogo, Pedagogo/Psicopedagogo, Terapeuta Ocupacional e Fisioterapeuta/Educador Físico, que devem avaliar e desenvolver um programa de intervenção orientado a satisfazer as necessidades particulares a cada indivíduo. Alguns autores afirmam que o planejamento do tratamento deve ser estruturado de acordo com as etapas de vida do paciente. Desta forma, com crianças pequenas, a prioridade deveria ser terapia da fala, da interação social/linguagem, educação especial e suporte familiar. Já com adolescentes, os alvos seriam os grupos de habilidades sociais, terapia ocupacional e sexualidade. Com adultos, questões como as opções de moradia e tutela deveriam ser focadas. Infelizmente, há poucas opções de moradia em nosso país – uma área que tem sido grandemente negligenciada, causando preocupações para os pais. 10 Esses autores também salientam quatro alvos básicos de qualquer tratamento: 1) estimular o desenvolvimento social e comunicativo; 2) aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas; 3) diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano; 4) ajudar as famílias a lidarem com o autismo, os quais serão abordados a seguir. Vale ressaltar que cada caso é único, e nem todas as crianças dentro do espectro necessitam de todos os profissionais. A equipe irá traçar as metas, definir as habilidades que são mais importantes, investigar o motivo dos comportamentos, buscando assim minimizar os comportamentos disruptivos e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Enfim, muitos outros profissionais podem acabar fazendo parte desta equipe de intervenção em algum momento, a depender das necessidades de cada caso. O importante é que esta equipe seja parceira, mantenha contato frequente e atue de forma coesa em direção a uma meta comum: o desenvolvimento e a melhora na qualidade de vida da criança com TEA e sua família. 4 INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DO AUTISTA As intervenções são terapias que especialistas realizam com os pacientes a fim de promover o desenvolvimento de aspectos fundamentais para a sua autonomia. De acordo com definições acadêmicas, a Psicopedagogia é uma área destinada a investigar a relação do sujeito com a aprendizagem, o que inclui uma abordagem que transita entre aspectos psicológicos, pedagógicos, cognitivos e afetivos. Segundo a autora Bossa (2000), é função do psicopedagogo: “saber como se constitui o sujeito, como este se transforma em suas diversas etapas da vida, 11 quais os recursos de conhecimentos de que ele dispõe e a forma pela qual produz conhecimento e aprende”. O psicopedagogo pode atuar tanto em área clínica como institucional. Segundo o Código de Ética do Psicopedagogo, está expresso no artigo 1º: A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referenciais teóricos. Artigo 2º A psicopedagogia é de natureza inter e transdisciplinar, utiliza métodos, instrumentos e recursos próprios para compreensão do processo de aprendizagem, cabíveis na intervenção (BRASIL, 2011). A intervenção psicopedagógica visa identificar e tratar as dificuldades da aprendizagem proporcionando recursos, organizando projetos de prevenção, auxílio, criando estratégias para que se alcance a construção da aprendizagem. É fundamental o psicopedagogo trabalhar com todos os envolvidos no processo de aprendizagem, pais, professores, alunos, escola, atuando juntamente como uma equipe multidisciplinar, para que cada profissional em sua abordagem pesquise as informações necessárias para solucionar o problema. Precisa além do seu conhecimento teórico e prático, o psicopedagogo deve ter responsabilidade, sensibilidade em compreender que um autista aprende, mas também ensina, pois toda a bagagem que carrega consigo deve ser considerada. É responsabilidade do psicopedagogo intermediar o relacionamento entre o ensinante e aprendente na construção de um vínculo Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são diretrizes elaboradas pelo Governo Federal com o objetivo principal de orientar os educadores por meio da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina. Segundo declara o Ministro da Educação e do Desporto, no texto “Ao Professor”, que inicia todos os volumes da série, é um documento que foi elaborado “com a intenção de ampliar e aprofundar um debate educacional que (...) dê origem a uma transformação positiva no sistema educacional brasileiro”. De acordo com os PCNs, as manifestações de dificuldades de aprendizagem na escola apresentam-se como um contínuo, desde situações leves e transitórias que podem se resolver espontaneamente no curso do trabalho pedagógico até situações mais graves e persistentes que requerem o uso de recursos especiais para a sua solução. Atender as demandas de dificuldades 12 contínuas mais graves e persistentes no contexto escolar, requer respostas educacionais adequadas envolvendo graduais e progressivas adaptações do currículo. No Brasil, a necessidade de se pensar um currículo para a escola inclusiva tomou maior dimensão após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 9.394/96, bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, aprovada em setembro de 2001 e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, aprovada em 2008, para uma análise de como contemplam as adaptações e adequações curriculares necessárias para oferecer um ensino de qualidade aos educandos com necessidades educacionais especiais incluídos no sistema comum de ensino. Relacionando, Diniz (2012) destaca que “[...] o papel do psicopedagogo dentro de uma instituição escolar inclusiva é analisar os fatores que favorecem, intervém ou prejudicam uma boa aprendizagem”. Assim seus objetivos são: ▪ Conduzir a criança ou adolescente, o adulto ou a instituição a reinserir- se, reciclar-se numa escolaridade normal e saudável, de acordo com as possibilidades e interesses dela. ▪ Promover a aprendizagem, garantindoo bem-estar das pessoas em atendimento profissional, valendo-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional. ▪ Atender indivíduos que apresentam dificuldades para aprender por diferentes causas, estando assim, inadaptados socialmente ou pedagogicamente. ▪ Encorajar aquele que aprende a tornar-se cada vez mais autônomos em relação ao meio, em interagir com os colegas e resolver os conflitos entre eles mesmos; a ser independente e curioso; a usar iniciativa própria; ter confiança na habilidade de formar idéias próprias das coisas; a exprimir suas idéias com convicção e conviver construtivamente com os medos e angústias. Indivíduos com TEA possuem necessidades educacionais especiais às condições clinicas, comportamentais, cognitivas, de linguagem e de adaptação social, cabe ao psicopedagogo conhecer as características do indivíduo com 13 TEA, para que tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir as necessidades e os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais, ajudando o sujeito autista a se sentir pertencente e inserida no contexto escolar, integrada a família e a sociedade. O papel do psicopedagogo é ser o intermediário de facilitações e possibilidades de aprendizagens. Ao se pensar na educação de crianças com TEA é preciso ter conhecimentos prévios sobre o transtorno e sobre o padrão normal das demais crianças. Requer a primazia da observação para atingir o verdadeiro caminho do saber, selecionar estímulos que tornem receptiva a prática usada, saber enriquecer o aprendizado, abordar as características da ação psicopedagógica. Em toda intervenção é necessária a consciência das possibilidades educacionais da criança com TEA, sabendo nortear um currículo eficaz e de acordo com suas peculiaridades, pois o aluno autista é um aprendiz que a sua maneira elabora suas idéias, ordena suas ações, sincroniza o funcionamento psíquico e a capacidade motora. As adaptações curriculares constituem em possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõe que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com deficiência. Não se trata de propor um novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam na planificação pedagógica e as ações docentes fundamentadas nos critérios básicos que a define, ou seja: o que o aluno deve aprender; como e quando aprender; que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem e como e quando avaliar o aluno. Segundo Pereira e Vieira(2003) para ensinar uma criança com TEA, como qualquer outra criança seja ela deficiente ou não, devemos responder às seguintes questões: “o que vamos ensinar?”, “como vamos ensinar?” e “como vamos avaliar?”. Sendo papel do psicopedagogo orientar os professores e a equipe escolar a: usar instruções claras, diretas e simples; utilizar estímulos visuais para o estabelecimento da rotina e instruções; ensinar comportamentos de obediência a regras; ensinar comportamentos de solicitação; estimular o 14 desenvolvimento da autonomia e da independência; controlar os estímulos antecedentes; avaliar a funcionalidade do comportamento; utilizar o reforço positivo (elogios, acesso a jogos e brinquedos,...) para modificação de comportamento. O uso de estímulos visuais para o estabelecimento de rotina e instruções; ensino de comportamentos de obediência a regras. É um equívoco pensar que crianças com autismo não precisam seguir regras como as outras (KHOURY, 2014). Devem-se reforçar positivamente os comportamentos adequados e não se devem reforçar os comportamentos inadequados. Quando ocorrer um comportamento inadequado, deve-se ensinar o comportamento adequado que é esperado. Repete-se o ensino todas as vezes que sejam necessárias e controla-se o ambiente para evitar que eventos do ambiente determinem, propiciem ou favoreçam a emissão de problemas de comportamento ou comportamentos inadequados (KHOURY, 2014). Direcionar uma rotina diária é importante para oferecer uma previsibilidade de acontecimentos permitindo situar a criança no espaço e tempo, facilitando a organização de todo o contexto interno, diminuindo a angústia, ansiedade e frustração. Segundo Bereohff (1995), devemos entender a rotina com planejamento e organização. Cunha (2015) abordou quatro critérios de mediação psicopedagógica para ser aplicada em crianças com TEA: A intencionalidade, reciprocidade, significado e transcendência. A intencionalidade se refere ao modo de interação entre mediador e mediado, para que ambos aprendam moldar e interpretar estímulos. Reciprocidade, diz respeito à troca, é um caminho que torna visível o retorno do aprendente ao processo de aprendizagem, é importante o mediador nesse processo procurar recompensar as respostas positivas, pois assim o aprendente percebe que está no caminho certo. Significado, o mediador deve dar significado as ações, o mediado precisa compreender a função, a utilidade de tal ato, de tal objetivo. Transcendência, esta tem por objetivo promover a aquisição de estratégias que podem servir para diversas situações. O trabalho psicopedagógico deve ser visto como uma ferramenta para ajudar na organização e estrutura cognitiva e comportamental dos indivíduos, sendo 15 necessário intervenções específicas para melhor atender as crianças autistas. Dentre essas intervenções destacam-se dois métodos o ABA e o TEACH. Segundo Tramujas (2010), a ABA (Apleid Behavioranalysis – Análise do Comportamento aplicada), de acordo com o manual de treinamento ABA, é um termo advindo do campo científico do Behaviorismo, que tem como objetivo avaliar, analisar, observar e explicar a associação entre o ambiente e o comportamento humano e a aprendizagem. Alguns dos procedimentos utilizados em ABA são: 1 – Modelagem: tem como finalidade reforçar de forma diferencial as respostas que se aproximam do que está sendo pedido. É importante iniciar reforçando positivamente aquelas respostas próximas ao que é desejado e, assim, de forma gradual o psicopedagogo exigir maior refinamento da resposta até que a criança esteja capacitada a responder a atividade de forma correta. 2 – Aprendizagem sem erro: É importante que o psicopedagogo assegure o sucesso do aprendizado e a motivação da criança, oferecendo as dicas necessárias para a aprendizagem, ou seja, ajudar a criança a concretizar o comportamento-alvo, levando em conta os pré-requisitos que ela possui e os que faltam aprender. Para que isso ocorra, o profissional deve seguir a hierarquia de dicas, iniciando com a dica mais intrusiva e esvanecendo até a criança realizar de forma independente. 3 – Uso de reforçadores: É importante que o psicopedagogo utilize itens de preferência da criança para motivá-las a realizar as atividades desejadas. Para Tramujas, os elementos que compõem o currículo de um programa de ABA são: a) Programa de Linguagem Receptiva: Aponta para objetos quando solicitado; Segue instruções de um passo ; Aponta para partes do corpo b) Programa Habilidades de Imitação: Imita ações motoras amplas; Imita ações motoras finas; Imita ações com objetos c) Programa Habilidades de Cuidados Pessoais:Tira as roupas; Usa colher e garfo; Usa o toalete.(TRAMUJAS, 2010). https://www.grupoconduzir.com.br/2017/06/saiba-o-que-e-terapia-aba/ https://www.grupoconduzir.com.br/2017/08/tecnica-aprendizagem-sem-erro/ https://www.grupoconduzir.com.br/2017/08/mitos-e-verdades-sobre-aba-e-reforcadores/ 16 O Método TEACCH (Treatmentand Education of Autisticand Related Communication Handicapped Children), que traduzido em português significa Tratamentoem Educação para Autista e Crianças com Deficiências Relacionadas à Comunicação, é um programa de intervenção terapêutica educacional e clínica, conforme afirma Schwartzman (2012). O TEACCH é um trabalho de intervenção terapêutico baseado na determinação de objetivos bem definidos e direcionados aos comportamentos que se pretende mudar, com o propósito de extinguir ou amenizar comportamentos indesejáveis, reforçando positivamente. Segundo Schwartzman (2012), o reforço positivo dos estímulos aumenta a probabilidade das condutas entendidas como adequadas e negativas para serem realizadas na convivência social. O TEACCH tem como objetivo apoiar o portador de autismo em seu desenvolvimento para ajudá-lo a conseguir chegar à idade adulta com o máximo de autonomia possível. Isto inclui ajudá-lo a compreender o mundo que o cerca através da aquisição de habilidades de comunicação que lhe permitam relacionar-se com outras pessoas, oferecendo-lhes, até onde for possível, condições de escolher de acordo com suas próprias necessidades. Sua meta é o desenvolvimento da comunicação e da independência e sua proposta é analisar e eliminar as causas dos problemas de comportamento. Na terapêutica psicopedagógica, trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa. Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em sequência (potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola. De acordo com Sianlian et al. (2009), os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo professor. As crianças autistas são mais responsivas às situações dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos. 17 Contudo, os instrumentos podem colaborar com o trabalho do psicopedagogo, levando-o a realizar intervenções ativas e positivas, criando estratégias para que se alcance a construção da aprendizagem no contexto da educação inclusiva de crianças autistas. O papel do psicopedagogo vem de ser o auxiliador com um olhar sistêmico, para tentar enxergar ao máximo sua capacidade cognitiva de aprendizado e tornar o currículo funcional para que seja desenvolvida a autonomia do aluno com TEA. Por meio da intervenção psicopedagógica se fará a eliminação de barreiras e criação de estratégias que muitas vezes são simples, mas que fazem parte da estratégia de ensino utilizada pelo professor regente e que irá possibilitar um currículo que atenda esse aluno. Sua meta é o desenvolvimento da comunicação e da independência e sua proposta é analisar e eliminar as causas dos problemas de comportamento. É um instrumento de apoio para ensinar o que vem antes, o que acontece depois, possibilitando o planejamento de ações e seu encadeamento em uma sequência de trabalhos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012 sobre a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista vêm reforçar a Lei da Inclusão e a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 que trata a Educação Especial como uma modalidade de educação escolar direcionada a formação do indivíduo, garantindo o exercício de cidadania permeando todos os níveis de modalidades de ensino dentro da educação escolar. Sendo assim, a inclusão acaba incorporando os princípios de uma educação em que todos os cidadãos são participantes ativos e sujeitos da construção do conhecimento. A psicopedagogia é uma área relevante para o desenvolvimento de uma pessoa autista. No entanto, é imprescindível que os terapeutas saibam abordar cada caso de forma separada a fim que as intervenções promovam os pontos desejados para a criança e adolescente: capacidade de compreensão e 18 assimilação na interação com outras pessoas; desenvolvimento de técnicas comunicativas, entre outro. Para que haja uma superação dos problemas de aprendizagem em autistas é fundamental um planejamento que inclua atividades diversificadas e individuais propostas pelo psicopedagogo. Afinal, cada pessoa é diferente da outra, o que não poderia ser distinto nos autistas. Podem ser iguais em algumas características, mas irão aprender cada uma do seu jeito, de forma diferente. Por isso as atividades devem ser individuais. Trabalhar com autistas especificamente, exige conhecimento, auto-controle, disposição e amor. É preciso ter uma visão estratégica, e ter consciência da responsabilidade profissional e social que tem em suas mãos. O aluno autista é capaz de desenvolver sua aprendizagem tal como os outros, na sala de aula. O que ele precisa é de método e tempo diferenciado para realizar as atividades. Contudo, uma intervenção psicopedagógica só terá resultados se o sujeito for devidamente acompanhado pela comunidade escolar, pela família e por toda equipe multidisciplinar como foi citado acima, dando aos mesmos recursos para que seu pleno desenvolvimento seja cognitivo, afetivo e social. REFERÊNCIAS APA - American Psychiatric Association. Diagnosticand Statistical Manual of Mental Disorders. Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. 2013 BEREOHFF, Ana Maria P; LEPPOS, Ana Lúcia E FREIRE, Helena Vasconcelos. Considerações Técnicas sobre o atendimento psicopedagógico do aluno portador de condutas típicas da síndrome do autismo e de psicoses infanto- juvenis. 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