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Aula 3 - Tutela Provisória

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
Tutela Provisória
Livro Eletrônico
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Sumário
Da Tutela Provisória ....................................................................................................................... 3
Da Tutela Provisória ....................................................................................................................... 3
Das Disposições Gerais acerca da Tutela Provisória .............................................................. 4
Da Tutela de Urgência .................................................................................................................... 9
Do Procedimento da Tutela Antecipada Requerida em Caráter Antecedente ................. 14
Do Procedimento da Tutela Cautelar Requerida em Caráter Antecedente ...................... 18
Da Tutela de Evidência ................................................................................................................. 22
Questões de Concurso ................................................................................................................. 25
Gabarito ...........................................................................................................................................44
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
DA TUTELA PROVISÓRIA
Olá, meu(minha) querido(a) guerreiro(a), que tem todo meu respeito e admiração por es-
tar empenhado nessa missão de ser aprovado no concurso do TJSP, a qual exige coragem e 
disciplina, duas valências que exigem sacrifícios, muitas vezes “amargos”, mas cujos “frutos” 
são “doces”, acredite, amigo(a)! Hoje tratarei dos temas relacionados à tutela provisória (tema 
de extrema importância para os operadores do Direito). Bem, trata-se de uma temática com 
alguns pontos controvertidos e de certa complexidade, que dependerá de um amadurecimento 
jurisprudencial e doutrinário. No entanto, a tutela provisória será trabalhada com base naquilo 
que é objeto de cobrança em exames (nosso objetivo com o curso). Bem, então, posto isso, 
vamos iniciar o bate-papo de hoje e, como diria o comentarista do UFC, Bruce Buffer... “Iiiiii-
it’s time!”.
Da TuTela Provisória
Bem, amigo(a) do Gran Cursos Online, quando me refiro à Tutela Provisória, faço menção 
a uma tutela (proteção) provisória (posto não possuir caráter de definitividade, ou seja, por 
mais que isso seja óbvio, não é uma decisão definitiva) a qual é concedida pelo Juiz sem que 
o Julgador faça uma análise exaustiva, minudente, do mérito da questão a ele carreada, isto é, 
conhece a problemática de forma “rasa”, superficial e concede a tutela. Nesse sentido, trata-se 
de uma tutela jurisdicional sumária (feita a partir de um juízo de probabilidade superficial) e 
não definitiva (porquanto deve ser substituída por outra).
À guisa de exemplificação, imagine uma situação em que uma pessoa precise de cirurgia 
cardíaca, em caráter de urgência, pois teve um infarto. Ora, no caso citado, é de extrema im-
portância que o infartado se submeta a um tratamento hemodinâmico ou mesmo realize um 
procedimento cirúrgico, a fim de normalizar a condição circulatória de seu corpo, sob pena de 
ir a óbito.
Contudo, suponha que o aludido enfermo tenha que discutir com o plano de saúde se há ou 
não cobertura para intervenção médica e disponibilização de um leito em Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) em hospital. Acho que você, estimado(a) leitor(a), deve ter concluído o racio-
cínio daí e tido, como intelecção lógica, a visão da problemática que esse paciente terá para 
conseguir ser submetido à intervenção médica mencionada.
Enfim, diante da negativa só restará se socorrer do Poder Judiciário. Certo! Mas o problema 
é: mesmo com o Novo Código, que visa celeridade, pense comigo... Seria necessário propor 
uma ação, a qual por registro ou distribuição, seria encaminhada a um Juiz competente, ha-
veria citação, uma audiência de autocomposição, contestação, saneamento e poderia ocorrer 
audiência de instrução, para, depois, a prolação da sentença... Nossa! Levei dois anos aqui, só 
para escrever!
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Amigo(a), eu exagero no exemplo para que você perceba a importância da tutela provisória 
por meio da situação esposada, a qual teria como via adequada o uso da tutela de urgência. 
Isso nos ajuda a fixar que alguns casos não permitem uma avaliação exauriente, mais profun-
da do caso. Não, ao largo disso, precisam ser decididos de forma rápida, pois são urgentes, ou 
não necessitam de uma avaliação exaustiva por estar evidente (é nítido, possuem um alto grau 
de probabilidade do direito) que uma pessoa tem direito a usufruir daquilo que fora pleiteado, 
de modo que o Juiz pode, em avaliação superficial, conceder a tutela de evidência. Um infarto 
tem como fator primordial o tempo e, em função disso, o Juiz pode conceder uma tutela em 
caráter de urgência para que o hospital seja compelido a proceder à intervenção cirúrgica e 
fornecer um leito em UTI, haja vista que o tramite normal levaria tempo e causaria um perigo de 
dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora), além de existir a probabilida-
de do direito alegado (fumus bonni iures) por quem teme um agravo à vida ou prejuízo à saúde.
Veja que interessante!
O Tribunal de Cidadania já se manifestou acerca da possibilidade de bloqueio e sequestro 
de verbas públicas para fornecimento de medicamentos por parte do Estado, quando a demora 
em cumprir com essa obrigação acarrete risco tanto à saúde como para a vida daquele que 
demandou (STJ. 1ª Seção. REsp 1.069.810-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado 
em 23/10/2013 (recurso repetitivo) (Info 532)).
Das DisPosições Gerais acerca Da TuTela Provisória
Bem, feitas as breves considerações acima, a título de introdução ao tema, podemos en-
frentá-lo, efetivamente, doravante. Veja, prezado(a) leitor(a), o assunto ora examinado está 
disciplinado a partir do artigo 294 do Código de Processo Civil ao 311 do mesmo diploma nor-
mativo. Assim como outros assuntos tratados pela Lei de Ritos, sofreu alterações importantes 
quando comparado com a codificação de 1973 e é objeto de dúvidas e divergências em alguns 
pontos, os quais deverão ser esclarecidos pela jurisprudência vindoura. A tutela provisória 
(concedida em exame superficial do caso por parte do Juiz) objetiva antecipar aquilo que se 
busca com a decisão final (tutela antecipada), isto é, que os efeitos referentes à sentença se-
jam antecipados, ou assegurar que o resultado prático da ação se concretize (tutela cautelar). 
Saliento que, em momento posterior, uma tutela definitiva irá confirmar, revogar ou modificar 
a decisão provisória.
Pode-se dizer que a tutela provisória é gênero, a qual possui duas espécies, quais sejam: a 
tutela de urgência e a tutela de evidência.
Tem-se, então:
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Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Do ponto de vista do objeto da tutela provisória, ou seja, àquilo que o Juiz concede proviso-
riamente, tem-se a tutela de urgência cautelar e antecipada (satisfativa).
• Cautelar: objetiva resguardar, assegurar um direito futuro, como no caso de uma relação 
obrigacional em que o credor pleiteia o arresto do patrimônio do devedor, pois soube 
que ele está a dilapidar o acervo patrimonial e caminha para a insolvência. A título de 
exemplo, seria o caso em que Pepe Nouglas deve uma quantia em dinheiro a Bill. Pepe 
reconhece a dívida, mas diz a Bill: “devo, não pago, nego enquanto puder”. Bem, no ce-
nário mencionado, suponha, ainda, que Pepe comece a se desfazer dos bens os quais 
possui e Bill, preocupado, pois receia não receber um real furado, maneja uma tutela 
cautelar para assegurar algum patrimônio do devedor, a fim de que o débito seja pago, 
afinal, no sistema brasileiro o credor se satisfaz no patrimônio do devedor, ao contrário 
de Direito Romano que permitia até esquartejar quem devia!
• Antecipada ou Satisfativa: Realiza o direito pleiteado. Seria o caso de conseguir uma 
cirurgia antes da decisão de mérito, ou seja, satisfez o direito pretendido.
O brilhante processualista, Fredie Didier, em magistral palestra, fez uma analogia fantásti-
ca para diferenciar os institutos mencionados. O Douto professor comparou a cautelar a uma 
geladeira, cuja função é conservar o alimento, o que equivale a conservar um direito para pos-
teridade. Então, imagine que faço compras e guardo um iogurte em baixa temperatura, a fim de 
consumi-lo posteriormente, pronto! Conservei. Quanto à tutela antecipada ou satisfativa, Didier 
a compara a uma frigideira, por meio da qual se pode fritar um bife e satisfazer a necessidade 
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de se alimentar naquele momento, em comparação à satisfação de um direito. (https:/www.
youtube.com/watch?v=RNuAm1ZkOAY).
Particularmente, achei o comentário esplendido, como é habitual do insigne doutrinador, e 
compartilho com você para melhor compreensão do tema.
A tutela provisória de urgência pode ser “satisfativa” ou “cautelar”. Mas a tutela provisória de 
evidência é sempre satisfativa!
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental.
Então, tem-se que a tutela de urgência pode ser cautelar ou antecipada (satisfativa), veja 
o gráfico:
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental.
Além do exposto, a tutela provisória de urgência pode ser concedida em caráter antece-
dente ou incidental, cujo enfoque se refere ao momento em que a tutela é requerida.
• Antecedente: a tutela provisória é requerida antes de apresentado o pedido principal. 
Veja, nesse caso é feita uma petição sumarizada (muitas delas sem todos os requisitos 
elencados no artigo 319 da Lei de Ritos), uma vez que, muitas vezes a urgência não per-
mite uma peça mais completa.
• Incidente: requerida antes da decisão final junto com a petição inicial ou de modo pos-
terior, por meio de petição, mas durante a tramitação do processo principal. Nesse caso, 
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o pedido urgente e incidental é feito no curso do processo. Consoante o artigo 295 do 
Novo Código de Processo Civil, a tutela requerida em caráter incidental independerá do 
pagamento de custas processuais.
O PULO DO GATO
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Chamo sua atenção para o fato de que o caráter antecedente ou incidental é cabível tanto 
na tutela de urgência cautelar como antecipada, conforme veremos no esquema abaixo:
Amigo(a), uma vez concedida a tutela provisória, os efeitos da decisão são conservados 
mesmo na pendência de processo e o Juiz pode revogá-la ou modificar a eficácia a qualquer 
momento. Além disso, a tutela conserva seus efeitos mesmo suspensa, exceto em caso de 
decisão judicial em sentido contrário.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer 
tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia duran-
te o período de suspensão do processo.
Nosso sistema processual confere poderes ao Juiz para a condução da marcha processu-
al. No bojo dos poderes do Julgador, tem-se o poder geral de cautela, que permite aos Juízes 
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adotarem medidas cautelares ou antecipadas no sentido de efetivar a tutela provisória, como, 
por exemplo, o sequestro de um bem a fim de garantir o cumprimento de uma possível obri-
gação de dar um veículo, em momento posterior, porquanto há a possibilidade de o devedor 
alienar o automóvel objeto do litígio. Além do exposto, vale ressaltar que a efetivação da tutela 
provisória observará normas referentes ao cumprimento provisório da sentença naquilo que 
for cabível, conforme estabelece o parágrafo único do artigo 297 da Lei n. 13.105 de 2015.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela 
provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento 
provisório da sentença, no que couber.
Veja que interessante!
O Código de 1973, em seu artigo 797, autorizava a concessão de tutela cautelar de ofício. 
Esse dispositivo não foi reproduzido pela Codificação de 2015; não há previsão de tutela pro-
visória de ofício, sendo, sempre, a requerimento, tendo em vista a responsabilidade objetiva 
sob os prejuízos que porventura advenham do cumprimento provisório de sentença. Todavia, 
cumpre destacar, que há entendimento doutrinário no sentido de que a tutela pode ser conce-
dida de ofício.
Amigo(a), por imperativo constitucional o Juiz deve motivar as sentenças por ele profe-
ridas. Bem, o Novo Código de Processo Civil determina que a fundamentação das decisões 
dos Juízes que concedam, neguem ou revoguem a tutela provisória devem ser motivadas de 
forma clara e precisa, para que a gente possa entender, né? Diga-se de passagem, não foi uma 
inovação na da Lei de Ritos de 2015, haja vista que a legislação de 1973 previa a motivação por 
meio do artigo 273, § 1º. A Lei n. 13.105 de 2015 estabelece que:
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Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz 
motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Veja que o Novo Código estabelece que a decisão a qual conceder, negar, modificar ou revogar 
a tutela provisória deverá ser motivada. Então, fundamentar a decisão judicial é de extrema 
importância. Corrobora-se o raciocínio acima por meio da leitura dos artigos 93, IX, da Consti-
tuição Federal e 489, § 1º, da Lei de Ritos.
Linhas acima, comentei sob a perspectiva do tempo com relação à tutela de urgência, cujo 
momento pode ser antecedente (antes do pedido principal) ou incidente (como por exemplo, 
no curso do pedido principal). Quanto à competência para o julgamento da tutela provisória, 
ela será requerida ao Juízo da causa (quando incidente) e, quando antecedente, será decidida 
pelo Juízo competente para conhecer do pedido principal feito pela peça vestibular ajuizada 
(há um prognóstico), conforme o artigo 299 da Lei de Ritos. O parágrafo único do artigo 299 
estabelece que salvo disposição especial, na ação de competência originária de Tribunal e 
nos recursos, a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apre-
ciar o mérito.
Diante do exposto no parágrafo acima, a competência para concessão da tutela se dará:
• Incidente: juízo da causa.
• Antecedente: juízo competente para conhecer o pedido principal.
Chamo sua atenção para o fato de que a tutela em caráter incidental não depende do paga-
mento de custas.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo com-
petente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e 
nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o 
mérito.
Da TuTela De urGência
Querido(a), quando nos referimos à urgência em nosso cotidiano, estamos diante de situa-
ções nas quais o fator tempo é primordial no desfecho de algum fato. Com a tutela de urgência 
não é diferente, voltemos ao exemplo do início da aula, quando uma pessoa que precisa da 
realização de uma cirurgia cardíaca ou mesmo um leito em Unidade de Terapia Intensiva. Cer-
tamente, ela não poderá esperar por uma decisão oriunda de um processo de conhecimento.
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Diante do caso supramencionado, pode-se conseguir uma intervenção cirúrgica por meio 
da concessão de tutela de urgência, a qual deverá atender a dois requisitos:
• Probabilidade do direito (fumus boni iuris): o qual é caracterizado por ser provável que a 
pessoa tenha direito aquilo que é pedido ao Juiz (o qual pode ser atestado por documen-
tos). No caso do enfermo, ele tem, por imperativo constitucional, direito à vida e à saúde 
e o Julgador visualiza esse fato, por meio de exames cardíacos comprobatórios da pa-
tologia, e se convence de que o decurso temporal poderá causar agravo à condição vital.
• Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora): caracteriza-
do pelo fato de que a situação pode levar ao dano, lesão ao direito daquele que o pleiteia, 
o qual pode ser irreparável (no caso ilustrado acima, aquele que possui o problema car-
díaco ser lesado no diz respeito ao direito à vida e à saúde), ou à utilidade do processo 
uma vez que, se não for conferido o direito, pode-se perder o objeto da discussão do 
processo (a vida ou a saúde do enfermo, no caso supratranscrito), o que acarretaria a 
perda de eficácia da demanda.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabi-
lidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Posto isso, temos a seguinte operação fundamental (e é fundamental, mesmo! Não espere por uma 
fórmula de Báskara aqui não!):
Veja que interessante!
Os dois clássicos pressupostos da tutela de urgência (fumaça do bom direito e perigo da 
demora) foram agora transformados nos seguintes termos: “probabilidade do direito” e “perigo 
de dano ou risco ao resultado útil do processo”. Acabou-se a menção à ‘prova inequívoca’, ‘ve-
rossimilhança do direito’, substituídas pelos termos acima mencionados. Para além do expos-
to, cumpre destacar que há um requisito negativo para a concessão da tutela de urgência sa-
tisfativa qual seja: não é admitido que a tutela de urgência mencionada seja capaz de produzir 
efeitos irreversíveis (como no caso da demolição de um prédio, afinal, pense em uma situação 
complicada de restituir ao estado anterior, ao status quo ante). Vejamos o que estabelece o 
artigo 300, § 3º, do Novo Código de Processo Civil.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabi-
lidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
(...)
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irre-
versibilidade dos efeitos da decisão.
Estimado(a) leitor(a), sabe-se que em uma demanda o Juiz poderá proferir uma sentença 
favorável ao autor, ao réu ou parcialmente favorável a ambos. Com base nesse raciocínio, o 
Juiz pode verificar que a concessão de uma tutela provisória de urgência pode causar dano 
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à outra parte e exigir uma caução real (que recaí sobre coisas, garantia real) ou fidejussória 
(uma garantia pessoal, alguém que possa ressarcir eventuais prejuízos sofridos por uma das 
partes). Contudo, chamo sua atenção para o fato de que as aludidas garantias podem ser dis-
pensadas em caso de hipossuficiência econômica.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução 
ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
A tutela de urgência pode ser concedida por meio de liminar (logo no início da demanda) 
e sem a oitiva da outra parte, do réu ou após uma audiência de justificação (que pode ocorrer 
quando o julgador precisa ter mais elementos acerca dos requisitos para conceder a tutela 
provisória de urgência).
Agora, como mencionado em linhas acima, é possível que o Juiz avalie que a concessão 
da tutela provisória de urgência possa gerar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão 
antecipatória e, em razão disso, não a conceder Nesse sentido, imagine uma situação fática 
que envolva um dano ambiental, em que, muitas vezes, será dotada de irreversibilidade.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Perceba que a liminar é uma concessão da medida antes de ouvir o réu.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irre-
versibilidade dos efeitos da decisão.
Querido(a), comentei, linhas acima, que o Juiz possui um poder geral de cautela, cujo esco-
po é de assegurar um direito, como no caso de devedor que caminha para a insolvência e tem 
em seu desfavor uma medida que assegure o posterior direito ao credor. O novo Código de Pro-cesso Civil elenca, por meio do artigo 301, as medidas de natureza cautelar (assecuratórias) 
que podem ser tomadas para assegurar que o direito posterior seja efetivado, quais sejam:
• Arresto: é caracterizado pela apreensão de bens indeterminados para garantir o adim-
plemento de quantia certa. Arresta-se diversos bens, a fim de atingir valor suficiente 
para saldar a dívida.
• Sequestro: incide sobre bens determinados, adequada para relações obrigacionais de 
entrega de coisa. Ocorre, a titulo ilustrativo, quando incide sobre um carro objeto de 
compra e venda.
• Arrolamento de bens: conserva os bens, os arrola, os lista por meio de depósito, com 
um depositário. Como no caso de inventário, cujo inventariante será o responsável pelo 
acervo patrimonial.
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• Registro de protesto contra alienação: embora não retire a propriedade do bem, isto é, o 
proprietário conserva os poderes relativos à propriedade, encartados no artigo 1.228 do 
Código Civil de 2002, o grava de ônus e, acaso sejam alienados, o adquirente não poderá 
alegar boa-fé, pois existirá uma averbação em cartório.
Veja que interessante!
O novo Código acabou com a disciplina das medidas cautelares típicas. Nos tempos atu-
ais, tem-se o artigo 301 do NCPC que prevê sobre arresto, sequestro, arrolamento de bens. 
Essas medidas continuam existindo, porém, serão concedidas pela regra geral.
Bem, amigo(a) da Gran Cursos Online, chamo sua atenção para o fato de que o rol de cau-
telares é exemplificativo, porquanto a parte final do artigo 301 estabelece que o Juiz poderá, 
arvorado no poder geral de cautela, adotar outra medida idônea a fim de assegurar o direito.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea 
para asseguração do direito.
Estimado(a) leitor(a), vivemos em uma sociedade na qual há riscos e responsabilidades 
a serem avaliadas. Nesse conduto de raciocínio, cumpre destacar que se a tutela de urgência 
causar dano à parte adversa, o responsável responderá pelos prejuízos advindos da anteci-
pação, sem embargo da responsabilidade por dano processual. O artigo 302 da Lei de Ritos 
disciplina os casos nos quais haverá responsabilização. Esse artigo estabelece a responsa-
bilidade objetiva do requerente pela efetivação da tutela de urgência. Com base no raciocínio 
acompanhe comigo:
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que 
a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I – a sentença lhe for desfavorável;
Ou seja, responderá pelo prejuízo caso seja sucumbente na demanda.
II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a 
citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
A parte que obteve a liminar em tutela em caráter antecedente deve fornecer formas neces-
sárias para citar o réu em cinco dias, sob pena de ser responsabilizada.
III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV – o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, 
sempre que possível.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
A indenização referente às hipóteses consignadas nos artigos I a IV, será liquidada nos autos 
em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
Veja que interessante!
Sabe o que é a teoria do risco-proveito?
Bem com base na aludida teoria, há um risco de ressarcir a outra parte por danos experi-
mentados em razão da efetivação da tutela de urgência.
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo 
que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I – a sentença lhe for desfavorável;
II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para 
a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV – o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, 
sempre que possível.
001. (2020/CEBRASPE/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL) Ale-
xandre possui contrato de plano de saúde com uma empresa e, em razão da negativa de auto-
rização para realização de determinada cirurgia, ajuizou ação contra ela. Em sua petição inicial, 
deduziu pedido único principal objetivando a referida autorização e requereu a concessão de 
tutela provisória de urgência satisfativa, em caráter incidental. O juiz concedeu a tutela provi-
sória, determinando seu cumprimento imediato. Realizada a cirurgia, foi marcada audiência 
inicial de conciliação, oportunidade em que o autor apresentou pedido de desistência da ação, 
sob o argumento de que houvera perda de objeto. Por esse motivo, o magistrado prolatou sen-
tença terminativa, sem resolução de mérito. Posteriormente, a empresa apresentou, no mesmo 
processo, pedido de ressarcimento referente ao valor gasto com a cirurgia.
Nessa situação hipotética, a empresa
a) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é 
de natureza objetiva e, se possível, a indenização deverá ser liquidada no processo em que a 
medida havia sido concedida.
b) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é 
de natureza subjetiva e, se possível, a indenização deverá ser liquidada no processo em que a 
medida havia sido concedida.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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c) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é 
de natureza objetiva, sendo vedada a cobrança da indenização no mesmo processo em que a 
medida havia sido concedida.
d) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é 
de natureza subjetiva, sendo vedada a cobrança da indenização no mesmo processo em que a 
medida havia sido concedida.
e) não tem direito ao ressarcimento, porque somente existiria responsabilidade do autor se 
tivesse sido prolatada sentença de mérito pela improcedência do pedido.
A assertiva A está correta. A responsabilidade do autor é objetiva pelos danos causados à par-
te contrária. Ademais, veja o que estabelece o artigo 302 da Lei n. 13.105 de 2015:
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que 
a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I – a sentença lhe for desfavorável;
II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a 
citaçãodo requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV – o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, 
sempre que possível.
Letra a.
Do ProceDimenTo Da TuTela anTeciPaDa requeriDa em caráTer anTece-
DenTe
Amigo(a), quando a tutela antecipada for requerida em caráter antecedente, o proponente 
da ação poderá se limitar ao requerimento da tutela antecipada e indicar o pedido de tutela 
final, ou seja, poderá fazer uma petição simples e indicar na peça inicial a tutela antecipada. 
Nesse momento, expõe-se o litígio, a controvérsia, o que se pretende, o valor da causa conside-
rando o pedido final, além do binômio (probabilidade do direito mais o perigo de dano ou risco 
ao resultado útil do processo). Essa seria uma fase preliminar.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a 
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil 
do processo.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Bem, se o Julgador conceder a antecipação de tutela, o autor deve aditar (complementar), 
sem custas processuais (ou seja, pode manter o escorpião no bolso!) a peça inicial e juntar 
novos documentos (a inserção da documentação nos autos do processo) junto com a confir-
mação do pedido da tutela final em 15 dias.
Conquanto o Código estabeleça o prazo de 15 dias para confirmação do pedido da tutela final 
(prazo padrão do Novo Código), o Juiz poderá fixar prazo maior para o ato confirmatório, ou 
seja, a Nova Codificação está mais operável para o Julgador. Veja, se o aditamento não for 
realizado, o processo será extinto sem julgamento de mérito!
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro 
prazo maior que o juiz fixar;
Após a dinâmica narrada, o réu será citado e intimado para audiência de conciliação e auto-
composição e não sendo possível acordo, terá 15 dias para contestar o que fora alegado pelo 
requerente da ação.
Agora, é possível que o Juiz, ao examinar o pedido de tutela, entenda que não há elementos 
para a concessão do instituto antecipatório e, com isso, determinar a emenda da exordial em 5 
(dias). Perceba que é um prazo que difere da regra da Lei de Ritos! Se a determinação não for 
cumprida, a inicial pode ser indeferida e o processo extinto sem julgamento de mérito, conso-
ante o § 6º artigo 303 combinado com o do artigo 485 da Lei de Ritos.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicio-
nal determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o 
processo ser extinto sem resolução de mérito.
(...)
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial;
(...)
Somente a tutela de urgência pode ser antecedente. Não existe tutela de evidência anteceden-
te, pois é feita junto com o pedido principal.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Agora chamo sua atenção para uma situação de extrema importância para o assunto ora 
tratado, refere-se à estabilização dos efeitos da tutela. Veja, se a tutela de urgência for reque-
rida em caráter antecedente, o réu será citado e intimado para autocomposição e mediação, e 
se esta for infrutífera, poderá contestar em 15 dias. Certo! Após os fatos narrados, o Juiz po-
derá conceder a tutela e, se a parte a quem a decisão for desfavorável desejar recorrer, poderá 
interpor agravo de instrumento, lastreado pelo artigo 1015, I, do Código de Processo Civil.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I – tutelas provisórias;
(...)
Ok! Porém, caso a parte sucumbente não manifeste inconformismo e, com efeito, não in-
terpuser recurso, não agravar, a tutela torna-se estável, ou seja, haverá a estabilização da 
decisão em sede de tutela antecipada (consoante o artigo 304 da Lei n. 13.105 de 2015) e o 
processo será extinto.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso.
Veja, se o juiz conceder a tutela antecipada e o réu não recorrer, o processo é extinto e a 
decisão torna-se estável, sendo que os efeitos da decisão continuam preservados.
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
A tutela só será estabilizada conforme o artigo 304 se for caso de tutela antecipada de urgên-
cia em caráter antecedente, o que não é aplicado à tutela cautelar ou de evidência.
Além do exposto, a tutela antecipada conservará todos os efeitos a ela colimados (pre-
tendidos) enquanto não houver reforma ou invalidação da concessão em sede de decisão 
de mérito.
Chamo sua atenção, para o fato de que o Juiz ter concedido a tutela antecipada não faz 
coisa julgada, de modo que o direto de rever, reformar ou invalidar a decisão proferida, extin-
gue-se em 2 (dois anos) contados a partir da ciência da decisão que extinguiu o processo.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extin-
gue-se após 2 (dois) anos, a partir da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do 
§ 1º.
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Não é cabível ação rescisória para atacar a decisão que concede a tutela, portanto não há de 
se falar em coisa julgada.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efei-
tos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por 
uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
Estimado(a) leitor(a), uma vez estabilizada, qualquer uma das partes pode promover uma 
ação autônoma para discutir a decisão exarada na tutela antecipada, no prazo de 2 anos, para 
se pedir a reabertura da discussão sobre a questão. Depois desse prazo de 2 anos, a decisão 
fica estabilizada. Concedida a tutela, tem-se dois anos para pedir o que quiser. Depois desse 
prazo, não há mais como pedir nada, nem mesmo rescisória. Ademais, segundo o Enunciado 
33 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC): “Não cabe ação rescisória nos ca-
sos de estabilização da tutela antecipada de urgência”.
Ocorre que essa estabilidade nãoé coisa julgada, pois a coisa julgada estabiliza a decisão, 
o conteúdo, a norma individualizada. O que fica estabilizado, nesse caso, são os efeitos da tu-
tela antecipada, as consequências, não sendo coisa julgada. Agora, cumpre destacar que esse 
tema é, digamos assim, “espinhoso”, não é pacífico.
Vamos organizar o que foi estudado por meio de um esquema:
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Se não houver recurso por parte do sucumbente, haverá a estabilização da tutela antecipada 
requerida em caráter de urgência.
Do ProceDimenTo Da TuTela cauTelar requeriDa em caráTer 
anTeceDenTe
Como escrevi, linhas acima, a tutela cautelar objetiva assegurar um direito, conservá-lo 
para a fruição em momento posterior. Bem, quando se pleiteia uma tutela cautelar, deve-se 
instruir a petição inicial com a indicação do lide, do fundamento do litígio, da exposição sucinta 
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do direito que tem por escopo assegurar o binômio em que se arvora a concessão da tutela 
de urgência, qual seja: probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil 
do processo.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente 
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz 
observará o disposto no art. 303.
Cumpre destacar que se o sujeito entrar com a cautelar e, na realidade, for de caráter satis-
fativo, prossegue pelo procedimento do art. 303 – tutela satisfativa (princípio da fungibilidade). 
O reverso também pode ser feito. Há uma convertibilidade.
Após o procedimento acima citado, o réu contará com 5 (cinco) dias (observe bem esses 
prazos porque saem da regra da codificação vigente, os quinze dias como padrão de contesta-
ção) para contestar o pedido realizado em sede de tutela cautelar em caráter antecedente, ati-
tude processual que acaso não seja feita acarretará aceitação dos fatos alegados pelo autor. 
O prazo mencionado também é o lapso conferido pela Lei de Ritos para indicação de provas. 
Caso o réu não apresente contestação, o Juiz terá 5 (dias) para decidir sobre o pedido de tute-
la cautelar.
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas 
que pretende produzir.
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo 
réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Observe que o parágrafo único indica que se houver contestação por parte do réu, o pedido 
de tutela antecipada em caráter antecedente fluirá pelo procedimento comum, ou seja, com as 
formalidades inerentes a esse tipo de procedimento. 
Bem, chamo sua atenção para o fato de que se a tutela cautelar antecedente for efetivada, 
isto é o autor foi beneficiado, ele terá de formular o pedido principal (a ser examinado pelo Juiz 
de forma mais exauriente) em 30 (trinta) dias. o qual poderá ser apresentado nos mesmos au-
tos nos quais foi requerida a tutela cautelar, o que não depende de novas custas processuais 
(as quais foram estabelecidas antes).
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 
30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de 
tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
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§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou 
de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova 
citação do réu.
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Amigo(a), caso o autor não deduza o pedido principal no prazo legal (30 dias), a medida 
não seja efetivada no prazo de 30 (trinta) dias, o Juiz julgar improcedente o pedido principal 
ou extinguir o processo sem resolução de mérito, a eficácia da tutela de urgência anteceden-
te terá sua eficácia cessada, de modo que a parte só poderá renovar o pedido formulado, se 
existir um novo fundamento para concessão, conforme o artigo 309 da Lei de Ritos.
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I – o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II – não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III – o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem 
resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte reno-
var o pedido, salvo sob novo fundamento.
Amigo(a), disse a você que o Juiz poderá negar o pedido de tutela cautelar, esse é um 
resultado possível. Entretanto, o aludido indeferimento não influirá no julgamento do pedido 
principal, exceto se o motivo do Julgador para indeferir o pleito se fundamentar em reconheci-
mento de prescrição (perda da pretensão) ou decadência (efeito corrosivo do tempo sobre o 
direito alegado).
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem 
influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência 
ou de prescrição.
Isso porque não há coisa julgada em relação ao direito acautelado. Mas perceba que em 
relação ao direito à cautela tem coisa julgada.
Amigo(a), chamo sua atenção para o fato de qualquer das partes podem requerer as tute-
las provisórias.
Enfim, feitas as considerações, vamos esquematizar tudo o que foi dito acerca da tutela 
cautelar requerida em caráter de urgência, venha comigo:
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Segundo o Superior Tribunal de Justiça, é possível que seja realizado o requerimento de ante-
cipação dos efeitos da tutela em sustentação oral (STJ, 4ª Turma. REsp 1.332.766-SP, Rel. Min. 
Luís Felipe Salomão, julgado em 01/06/2017 (Info 608)).
Da TuTela De eviDência
Como dito, linhas acima, a tutela de evidência é uma espécie do gênero tutela provisória.
Bem, pode-se dizer que, quando se fala em evidência, em linhas gerais, refere-se a algo 
mais claro, sobre o qual recaí um juízo de alto grau de probabilidade de direito (fumus boni 
iuris). Ora, o raciocínio exposto, à luz do Código de Processo Civil, traz a análise de um direito 
material que está bem evidente, arvorado nas hipóteses previstas no artigo 311 do Código de 
Processo Civil.
O primeiro ponto digno de nota, no que se refere ao assunto, diz respeito ao fato de que a 
tutela de evidência não depende da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado 
útil ao processo, então, o binômio é prescindível, desnecessário (algumas bancas adoram uti-
lizar esse termo).
A tutela de evidência é uma tutela provisória concedida apenas com base na demonstra-
ção de evidência (fato que autoriza uma tutela provisória) do direito da parte, sem urgência.
Nas lições do ilustre professor Alexandre Freitas Câmara: “Denomina-se tutela da evidên-
cia à tutela provisória, de natureza satisfativa, cuja concessão prescinde do requisito da ur-
gência (art. 311). Trata-se, então, de uma tutela antecipada não urgente, isto é, de uma medida 
destinada a antecipar o próprio resultado prático final do processo, satisfazendo-se na prática 
o direito do demandante, independentemente da presença de periculum in mora. Está-se, aí, 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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pois, diante de uma técnica de aceleração do resultado do processo, criada para casos em 
que se afigura evidente (isto é, dotada de probabilidade máxima) a existência do direito ma-
terial” (Câmara, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro – 6. ed – São Paulo: Atlas, 
2020. P. 172).
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
Perceba, estimado(a) leitor(a), que não é necessária a demonstração do perigo de dano 
ou risco ao resultado útil do processo. Entretanto, é necessário que algumas situações sejam 
caracterizadas, as quais passo a analisar com você logo abaixo:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
Temos uma “zona de penumbra”, gris, em relação aos conceitos acima, porquanto não 
possuem uma definição precisa, mas entende-se que a parte adota condutas que protelam a 
decisão, a marcha do processo, como ouvir uma testemunha que está em outro país, mas que 
em nada contribui para o deslinde da causa, apenas para protelar “ganhar tempo” quanto à 
condenação, ou a despeito dos limites que o direito impõe se excede na finalidade dele. Nesse 
caso, é uma tutela de evidência punitiva ou sancionatória, com o objetivo de punir o compor-
tamento abusivo.
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firma-
da em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
No inciso supra, verifica-se que é cabível a tutela de evidência quando o fato debatido 
contiver documentos probatórios suficientes para comprovar o direito, como por exemplo, um 
contrato de compra e venda cabal acerca do negócio jurídico e tese firmada em julgamento de 
casos repetitivos acerca dos fatos ou súmulas vinculantes. É hipótese que admite concessão 
de liminar (logo no início).
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de 
multa;
Professor, pedido reipersecutório... Que isso? Acho que já tomei um remédio com esse 
nome! Rs. 
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Amigo(a), isso se refere a perseguir a coisa, no sentido de tê-la de volta. Essa obrigação, 
advém da relação obrigacional (relativa a um contrato de depósito) por meio do qual alguém 
está como depositário de um bem e deve restituí-lo da forma que a coisa se encontrava. Nesse 
caso, o Juiz pode decidir liminarmente sobre a tutela.
Vale ressaltar que eliminaram a ação de depósito e acrescentaram aqui a tutela de evidên-
cia. Aqui estamos diante de um pedido para entrega de coisa (medida de sub-rogação), que 
normalmente é efetivado por busca e apreensão, mas que o Código de Processo Civil manda 
que seja efetivado sob pena de multa (execução por coerção).
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito 
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Nesse caso, a petição traz elementos probatórios tais, os quais evidenciam o direito, que 
o Magistrado não necessita instruir mais o processo para se convencer daquilo que alega o 
autor e o adverso não consegue refutá-las.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente, sem ouvir a 
outra parte (inaudita altera parte).
Perceba que nos incisos I e IV é necessária a defesa do réu.
Certo, então vamos analisar o que foi exposto por meio do esquema a seguir:
Amigo(a), em que pese respeitável entendimento de alguns autores no sentido de que o rol 
previsto no artigo 311 é taxativo, sigo a corrente de pensamento a qual entende se tratar de rol 
exemplificativo, na perspectiva de que o artigo 311 não é o único a prever a tutela de evidência. 
Nesse sentido, veja as ações monitórias e a liminar nas ações possessórias. Chamo sua aten-
ção para o fato de qualquer das partes podem requerer as tutelas provisórias.
Então, feitas as consideração relativas ao tema trabalhado, chegou o momento de fixá-los 
por meio da nossa habitual bateria de exercícios, vamos a eles!
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2015/CESPE/TCE-RN/Assessor Técnico Jurídico - Cargo 2) No que diz respeito às nor-
mas processuais, à função jurisdicional, à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos processu-
ais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue o item que se segue.
Com o objetivo de garantir valores fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 
1988, é vedado ao juiz conceder tutela provisória de urgência contra uma das partes sem que 
ela seja previamente ouvida.
A tutela provisória de urgência poderá ser concedida sem que a parte seja previamente ouvida.
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que elaseja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I – à tutela provisória de urgência;
Errado.
002. (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo - Área Administrativa - Direito) Julgue 
o item a seguir, referentes à tutela provisória e aos meios de impugnação das decisões judi-
ciais conforme o novo Código de Processo Civil.
A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez que essa modalida-
de de tutela jurisdicional se presta unicamente a assegurar a futura eficácia de tutela definitiva, 
resguardando direito a ser satisfeito.
Negativo, vimos, no decorrer da aula, que a tutela de urgência poderá ter natureza satisfativa e 
cautelar, conforme o parágrafo único do artigo 294 da Lei de Ritos.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental.
Errado.
003. (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo - Área Fiscalização - Direito) No que 
se refere à formação, extinção e suspensão do processo bem como à tutela provisória, julgue 
o item que se segue.
A tutela provisória requerida pela parte em caráter incidental depende de pagamento de custas.
A assertiva contraria o que estabelece o artigo 295 da Lei de Ritos.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Errado.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
004. (2016/CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO) Acerca de tutela provisória, cum-
primento de sentença e processos nos tribunais, julgue o item a seguir.
A tutela provisória antecipada poderá ser concedida em caráter antecedente, liminarmente 
e incidentalmente a qualquer tempo, ao passo que a tutela provisória cautelar só poderá ser 
concedida em caráter antecedente.
Conforme o artigo 294, parágrafo único, ambas podem ser concedidas em caráter antecedente 
e incidental.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental.
Errado.
005. (2017/CESPE/SEDF/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL - DIREITO E LEGISLA-
ÇÃO) Acerca do Ministério Público e da tutela de urgência, julgue o próximo item.
Concedida e efetivada a tutela provisória de urgência antecipada em caráter antecedente, se 
o réu não interpuser recurso contra essa decisão, a tutela concedida se estabilizará mesmo 
que o processo seja extinto sem resolução de mérito. Todavia, essa decisão poderá ser revista, 
reformada ou invalidada a pedido da parte interessada no prazo de dois anos, contados da 
ciência da decisão que extinguir o processo.
Veja, a assertiva se alinha com o que estabelece o artigo 304, § 5º, do Novo Código.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a 
tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por 
decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a 
medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela 
antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extin-
gue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do 
§ 1º.
Certo.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
006. (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça Substituto) De acordo com expressa previ-
são do CPC, o fenômeno processual denominado estabilização da tutela provisória de urgên-
cia aplica-se apenas à tutela
a) cautelar, requerida em caráter antecedente.
b) antecipada, incidental ou antecedente.
c) cautelar, incidental ou antecedente.
d) antecipada, requerida em caráter antecedente.
A assertiva D se harmoniza com o artigo da Lei de Ritos, acompanhe comigo:
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a 
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil 
do processo.
(...)
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que 
a conceder não for interposto o respectivo recurso.
Letra d.
007. (2017/CESPE/DPE-AC/Defensor Público/Adaptada) Uma criança necessita, com urgên-
cia, de internação em UTI. Alegando ser hipossuficientes, seus pais procuraram a DP e informa-
ram que não havia leitos disponíveis nos hospitais da rede pública. Além disso, relataram que 
haviam perdido todos os laudos de exames da criança e que não poderiam aguardar a segunda 
via deles, tampouco submetê-la a novos exames, em razão do risco iminente de morte dela.
Nessa situação, a fim de garantir a pronta internação da criança, a DP deverá ajuizar
Ação ordinária, formulando pedido de tutela de urgência de caráter antecedente.
Conforme comentei, logo no início da aula, esse é um caso em que é cabível a tutela de ur-
gência em razão da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco útil ao resultado 
do processo.
Certo.
008. (2018/CESPE/MPE-PI/Analista Ministerial - Área Processual) Acerca de normas proces-
suais, atos processuais, tutela provisória e atuação do Ministério Público no processo civil, 
julgue o item subsequente.
A concessão de tutela provisória, em qualquer de suas modalidades previstas no Código de 
Processo Civil, depende da demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo judicial.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Veja, no decorrer da aula, vimos que a tutela provisória pode ser de urgência e, aí sim, haver a 
demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do 
processo. Porém, a tutela de evidência não depende da demonstração do perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo, o que torna a questão incorreta. Nesse sentido, veja o 
artigo 311 do NCPC.
Errado.
009. (2018/CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO - ÁREA JURÍDICA) Acerca do valor da 
causa, da tutela provisória, do Ministério Público, da advocacia pública, da defensoria pública 
e da coisa julgada, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Em ação proposta por Luísa, a petição inicial limitou-se ao requerimento 
da tutela antecipada em caráter antecedente e à indicação do pedido de tutela final. O julgador, 
entendendoque não havia elementos suficientes para a concessão da medida antecipatória, 
determinou a emenda da inicial no prazo de cinco dias. Assertiva: Nessa situação, se a autora 
não emendar a inicial, o pedido será indeferido e o processo será julgado extinto sem resolu-
ção de mérito.
Querido(a), a questão está correta, porquanto, segundo o artigo 303, § 6º, da Lei de Ritos, se 
o Juiz entender que não há elementos suficientes para conceder a tutela antecipada, deter-
minará a emenda inicial no prazo de 5 dias sob pena de extinção do processo sem resolução 
de mérito.
(...)
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicio-
nal determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o 
processo ser extinto sem resolução de mérito.
Certo.
010. (2018/CESPE/PGM - MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) À luz das disposi-
ções do CPC relativas aos atos processuais, julgue o item subsequente.
Para a concessão da tutela de evidência, o juiz deverá verificar, além da probabilidade de direi-
to, o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
Esses elementos são exigidos para a tutela de urgência e não para a tutela de evidência, ao 
contrário do que assevera a questão mencionada.
Errado.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
011. (2018/CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Julgue os itens a seguir, a respei-
to do procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente.
I – Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial com a comple-
mentação de argumentação e confirmação do pedido de tutela final e, se for o caso, 
com a juntada de novos documentos.
II – O aditamento da petição inicial deverá ocorrer nos mesmos autos, no prazo de quinze 
dias, mediante o pagamento de novas custas processuais.
III – O processo será extinto sem resolução do mérito quando não for realizado o aditamen-
to à petição inicial.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
I – Correto. O item está correto, conforme o artigo 303, § 1º, inciso I da Lei de Ritos.
II – Errado. Consoante o artigo 303, § 3º, não haverá incidência de novas custas processuais.
III – Correto. O item está correto, conforme o artigo 303, § 2º, inciso I da Lei de Ritos.
Letra c.
012. (2017/CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/Analista Judiciário - Área Judiciária) A respeito da peti-
ção inicial, da tutela provisória, da suspensão do processo e das nulidades, julgue o próximo 
item à luz do Código de Processo Civil vigente.
Para a concessão da tutela de evidência, é exigido que a parte demonstre o perigo de dano ao 
direito alegado.
A exigibilidade de demostrar o perigo de dano ao direito alegado se refere à concessão da tute-
la de urgência, não da evidência a qual se arvora nas condições do artigo 311 do Novo Código.
Errado.
013. (2016/CESPE/TCE-PA/Área Administrativa - Direito) Julgue o item a seguir, referentes à 
tutela provisória e aos meios de impugnação das decisões judiciais conforme o novo Código 
de Processo Civil.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez que essa modalida-
de de tutela jurisdicional se presta unicamente a assegurar a futura eficácia de tutela definitiva, 
resguardando direito a ser satisfeito.
Bem, a tutela provisória pode sim ter a natureza satisfativa, a fim de satisfazer o direito. Já a 
natureza cautelar se presta a resguardar o direito a ser satisfeito.
Errado.
014. (2018/FCC/DPE-AP/Defensor Público) Em relação ao procedimento da tutela cautelar 
requerida em caráter antecedente,
a) o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem 
influi em seu julgamento, qualquer que seja o motivo do indeferimento.
b) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas a se-
rem produzidas; se não contestar, presumir-se-ão os fatos alegados pelo autor como ocorridos.
c) cessada a eficácia da tutela cautelar, poderá a parte renovar o pedido, mesmo sob igual fun-
damento, pois na hipótese não haverá a formação de coisa julgada.
d) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 
trinta dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de 
tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
e) o pedido de tutela cautelar é autônomo, motivo pelo qual o pedido principal deve ser sempre 
formulado separadamente.
�a) Errada. Negativo, se o indeferimento se der em razão de decadência ou prescrição, impedirá 
o que a parte formule o pedido principal, consoante o artigo 310 da Lei de Ritos.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem 
influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência 
ou de prescrição.
�b) Errada. Na verdade, o réu será citado para contestar o pedido no prazo de 5 dias, consoante 
o artigo 306 da Lei de Ritos.
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas 
que pretende produzir.
�c) Errada. A tutela provisória cautelar não produzirá efeitos para sempre, terá seus efeitos de-
terminados até que a situação que a autorizou cesse ou quando houver o exame exauriente da 
questão, ou seja, será definitiva por sentença. Caso a eficácia da cautelar seja cessada, a parte 
só poderá renovar o pedido sob novo fundamento, consoante o § único do artigo 309.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I – o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II – não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III – o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem 
resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte reno-
var o pedido, salvo sob novo fundamento.
�d) Certa. A questão está em consonância com o que estabelece o artigo 308 do Código de 
Processo, veja comigo:
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 
30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de 
tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
�e) Errada. O parágrafo 1º do artigo 308 da Lei de Ritos consigna que o pedido principal pode 
ser formulado com o pedido de cautelar, ou seja, conjuntamente.
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
Letra d.
015. (2018/FCC/PGE-TO/PROCURADORDO ESTADO) A tutela provisória
a) conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada 
ou modificada.
b) na decisão em que concedida, modificada ou revogada, o juiz motivará fundamentadamente 
seu convencimento; quando negar a tutela, porém, não há necessidade de motivação, pois do 
ato caberá agravo interno ao colegiado.
c) somente pode fundamentar-se na urgência da situação fática.
d) de urgência será concedida apenas em caráter antecedente; somente a tutela cautelar pode 
ser concedida também em caráter incidental.
e) dependerá do pagamento de custas, quando concedida em caráter incidental.
�a) Certa. Querido(a), a assertiva estabelece exatamente o que prevê o artigo 296 do Código. 
Confira comigo:
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer 
tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia duran-
te o período de suspensão do processo.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
�b) Errada. Vimos, durante a aula, que o julgador tem o dever de motivar a decisão proferida, 
consoante o artigo 298 da Lei de Ritos. Isso vale tanto para decisão que concede como a que 
nega a tutela provisória.
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará 
seu convencimento de modo claro e preciso.
�c) Errada. A tutela provisória é gênero que admite duas espécies: de urgência e de evidência, ou 
seja, não há de se falar apenas de urgência para a existência a aludida proteção jurisdicional.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
�d) Errada. Consoante o parágrafo único do artigo 294, a tutela de urgência poderá ser concedi-
da em caráter antecedente ou incidental.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental.
�e) Errada. Não, como visto em aula, a tutela proposta em caráter incidental, tramita junto com 
a principal e independe de custas.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Letra a.
016. (2017/FCC/TJ-SC/Juiz Substituto) Em relação às tutelas provisórias, de urgência e da 
evidência, considere os enunciados seguintes:
I – A tutela provisória de urgência, se cautelar, só pode ser concedida em caráter antece-
dente, podendo a qualquer tempo ser revogada ou modificada.
II – A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, seques-
tro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra 
medida idônea para asseguração do direito.
III – Entre outros motivos, a tutela da evidência será concedida, independentemente da de-
monstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, se se tratar de 
pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósi-
to, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob comina-
ção de multa.
IV – Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve, conforme o caso, exigir caução 
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, 
só podendo a garantia ser dispensada se os requerentes da medida forem menores ou 
idosos com mais de sessenta anos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
b) I e II.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II e III.
I – Errado. A tutela provisória pode ser concedida de forma antecedente o incidente.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em 
caráter antecedente ou incidental.
II – Correto. De fato, para efetivar a tutela cautelar é possível o mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida 
idônea para asseguração do direito, o que consagra o poder geral de cautela do juiz.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea 
para asseguração do direito.
III – Correto. O item se fundamenta no caput do artigo 311, e no inciso III do aludido dispositivo, 
veja comigo:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
(...)
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de 
multa;
(...).
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
IV – Errado. Amigo(a), o erro da questão reside no fato de ela afirmar que a garantia é dispen-
sada a depender do critério etário, aplicado a menores ou idosos, quando na verdade a dispen-
sa mantém relação com a situação de hipossuficiência econômica.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabi-
lidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução 
ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Letra a.
017. (2017/FCC/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) Com base no Código de Processo Civil de 
2015, a respeito da tutela provisória, é correto afirmar:
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Tutela Provisória
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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a) É vedada a exigência de recolhimento de custas para apreciar requerimento de tutela pro-
visória incidental, cuja decisão, se assim subordiná-lo, é recorrível por meio de agravo de 
instrumento.
b) A tutela provisória de urgência, assim como a tutela provisória de evidência, pode ser conce-
dida em caráter antecedente ou incidente.
c) É cabível ação rescisória no prazo decadencial de dois anos da decisão que estabiliza os 
efeitos da tutela antecipada.
d) A tutela de evidência prescinde de risco ao resultado útil do processo e do perigo de dano, 
e poderá ser concedida de maneira liminar quando ficar caracterizado o abuso do direito 
de defesa.
e) Na denunciação da lide, fica vedada a concessão de tutela provisória quando o denunciante 
for o réu.
�a) Correta. Quando a tutela e requerida em caráter incidental ela é interposta após a petição 
inicial, independe do pagamento de custas consoante o artigo 295 do Código.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas
�b) Errada. A tutela de evidência não será concedida em caráter antecedente, haja vista não 
estarmos

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