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Intervenções Fisioterapêuticas e Lesões Encefálicas: Também chamado de traumatismo craniano, mas TCE é mais atualizado. A maior incidência de TCE é acidentes automobilísticos O TCE muitas vezes causa morte cerebral, mas o coração ainda bate, então pcte pode sobreviver por muito tempo – vegetativo ou semivegetativo Definição: É uma lesão ou um conjunto de lesões produzidas por um impacto ou por bruscas acelerações ou desacelerações na cabeça. Efeito chicote: A cabeça vai para frente e vai para trás de forma rápida. A calota craniana é composta por osso díploe (duas camadas compactas) – pode gerar lesão na frente, atrás e no meio. Pode envolver danos a partes ósseas do crânio e às delicadas estruturas que compõem o encéfalo. Pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico. Pode também resultar no distúrbio do funcionamento comportamental ou emocional (principalmente área pré- frontal). Este pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total, ou mau ajustamento psicológico. O nível de consciência deve ser acompanhado em um pcte pós TCE, por 4 dias, pois nesse período o estado pode mudar, avaliamos através da Escala de Glasgow (ECG). Etiologia: Traumas por acidentes: − Automobilísticos (principal) − Domiciliares − Trabalho − Violência − Quedas − Esportes e atividades de lazer O galo chama hematoma subgaleal, não atinge o encéfalo – entre a pele e o osso Incidência • Trauma – alta taxa de mortalidade • Acomete mais homens • Faixa etária: 15 a 24 anos • Queda da própria altura – média de idade mais alta (fase laboral e idosa) • Alcoolismo – perda da consciência e queda Lesão craniana traumática é uma agressão ao cérebro, não de natureza degenerativa ou congênita, mas causada por uma força física externa. Quadro Clínico: • Alteração de nível de Consciência • Hipertensão intracraniana (devido ao edema, pode ser ou não diminuído) • Déficit motor (imediato ou tardio) • Alteração de sensibilidade • Alterações do tipo frontal (comportamento, pode ficar agressivo) • Alterações de reflexos • Disfunções autonômicas (vomito, IU, I, fecal) • Alterações do ritmo e padrão respiratório (Cheyne-stokes) • O pcte pode ter todos ou pode ter apenas um Classificação: Através da escala de coma de Glasgow TCE leve: 13-15 TCE moderado: 9-12 TCE grave: 3-8 – Estado de coma São 3 itens avaliados: • Abertura ocular • Resposta verbal • Resposta motora Importante seguir a ordem No mínimo 1 em cada = 3 No máximo 5 em cada = 15, sendo nível de consciência preservado Mais usada a nível hospitalar e deve ser aplicada em todo plantão – obrigação. A classificação do TCE sempre pela ECG. O ideal é avaliar a resposta motora dos 4 membros, mas nem sempre é possível, com isso adaptamos Tipos de lesão: Primárias: Resultam diretamente do evento traumático (mecânico). Ocorrem no momento do trauma. São de dois tipos: • Fraturas de crânio (o osso, prognóstico é melhor) • Lesões dos vasos sanguíneos e envoltórios cerebrais (meninges): focais (hematomas e contusões) ou difusas (lesão axonal difusa - LAD). Secundárias (complicações): inicia no momento do trauma e resultam de processos associados ao trauma. Ex.: edema; lesões da face, coluna vertebral, insuficiência respiratória, lesões de outros órgãos. Nem todos terão lesões secundarias Às vezes o pcte não morre da lesão primaria, mas sim das complicações. Quando tem um aumento muito grande da pressão, as tonsilas do cerebelo descem para o canal medular, comprimindo a região, onde as informações não passam e o pcte morre. Pode ter só a fratura do osso ou pode ser fratura por afundamento Os 3 principais sinais: Edema (tumor), perda de função (relacionada com nível de consciência) e muita dor TCE – Fratura Afundamento Desvio de linha média, apagamento do ventrículo lateral direito Primárias - Lesões dos vasos sanguíneos e envoltórios cerebrais Hematomas epidurais ou extradurais HED (focal) • Rompimento de artéria ou veia meníngea. • Extravasamento de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio. Isso é péssimo, pois a duramater é grudada no osso • Coágulo é mais focal. Abordagem cirúrgica. • Evolução aguda: observação do nível de consciência – intervalo lúcido (cefaleia, vômitos, sonolência e coma) – uma complicação do hematoma extradural, como manobra de proteção do encéfalo. • Prognóstico é bom, pois drenando volta ao normal, podendo deixar sequelas. Monitorar Pressão Intracraniana (PIC): Até 15 é uma PIC boa Hemorragia Subaracnoídea (HSA) • Sangue se mistura com o líquor (por isso não fica tão hipertransparente). • Acontece entre o espaço subaracnóide e pia mater. • Será reabsorvido por volta de 4 dias, por isso prognostico é bom e com poucas sequelas. • Arterial ou venoso Forma biconvexa Hiperdensa Efeito de massa Hematoma subdural • Hematoma venoso. Mais fácil de reabsorver. • Coágulos entre a dura-máter e aracnoide • Não tem intervalo lúcido • Prognóstico, se bem localizado é bom Lesão Axonal Difusa (LAD): − Não precisa decorar os graus Golpe (lesões no local do impacto): Lesão na região frontal Contragolpe (lesões distantes da parte do cérebro que recebeu o golpe): Lesão na região occipital Lesão do bebê sacudido pode causar LAD Os corpos de neurônios estão no córtex e dentro tem os axônios (substância branca), quando chacoalha as estruturas dilaceram (separam/torcem) Imagem clássica de LAD Cisalhamento amplamente disseminado dos axônios no interior de suas bainhas de mielina (desarranjo da anatomia axonal). Recuperação é lenta e progressiva – sequelas são frequentes – afeta função motora e coordenação. Hiperdensa Isodensa Hipodensa Tratamento Multiprofissional: • Proteção contra lesão secundária e complicações • Exames subsidiários • Suporte ventilatório • Elevação do leito 30° • Posicionamento em posição neutra • Integridade articular • Prevenção de úlcera de decúbito • Avaliação contínua • Orientação familiar/cuidadores Fazendo ponte Nivel ambulatorial Diagonal Treino de marcha Treino de propriocepção
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