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OBESIDADE (CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E TRATAMENTOS) E SINDEMIA GLOBAL

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Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
OBESIDADE: CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E DIAGNÓSTICO 
 
 
 
Acredita-se que as mudanças de comportamento alimentar e o sedentarismo atuam sobre genes 
de susceptibilidade são os principais determinantes do crescimento da obesidade. Recentemente 
pôde ser considerada a principal desordem nutricional, tendo em vista o aumento da sua incidência 
pelo mundo. A mudança nos hábitos alimentares, sociais, exercícios físicos e psicossociais 
influenciam diretamente nesse problema de saúde pública. 
 
CAUSAS: A obesidade é um grupo heterogêneo de condições com múltiplas causas que em última 
análise resultam no fenótipo de obesidade (fatores genéticos + não genéticos). 
 Ingestão em excesso de energia, principalmente, de lipídeos, favorecendo o aumento da 
adiposidade; 
 A frequência alimentar 
 A ausência de prática de exercícios físicos. 
 Fatores genéticos: consumo e gasto energético; comportamento alimentar e controle do 
apetite e susceptibilidade a obesidade, algumas síndromes genéticas (Prader-Willi (SPW) e 
a síndrome de Bardet-Biedl (SBB)). 
 Envelhecimento reduz o metabolismo energético (declínio da taxa metabólica basal – TMB), 
propiciado o acúmulo de gordura. 
 Desordens Endócrinas: hipotireoidismo, problemas no hipotálamo, alterações no 
metabolismo de corticoesteróides, hipogonadismo em homens e ovariectomia em mulheres, 
e a síndrome do ovário policístico, a qual pode estar relacionada a mudanças na função 
ovariana ou à hipersensibilidade no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal 
 Problemas psicológicos: estresse, ansiedade, depressão, etc 
 OBS: Possui múltiplas causas e é o resultado de complexas interações entre fatores 
genéticos, psicológicos, socioeconômicos, culturais e ambientais. 
 
COMPLICAÇÕES/CONSEQUÊNCIAS: Comparando com pessoas de peso normal, homens com 
20% acima do peso desejável têm 20% a mais de chance de morrer por todas as causas. 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
A distribuição da gordura corporal, é um fator determinante quando associado a essas 
complicações, a qual pode estar localizada na região central ou abdominal (conhecida como 
obesidade em forma de maçã ou andróide) ou na região inferior ou do quadril (conhecida como em 
forma de pêra ou ginóide). A presença de tecido adiposo intra-abdominal é um fator de risco para 
distúrbios metabólicos e é determinada pela relação entre as circunferências da cintura e do quadril 
ou cintura-altura. 
 Diabetes mellitus não-dependente de insulina: a gordura abdominal é a mais influente 
nesse caso. Para aumento de 10% no peso corporal, há aumento de 2 mg/dl na glicemia 
em jejum, a circunferência da cintura maior do que 100 cm pode isoladamente elevar o risco 
do desenvolvimento de diabetes em 3,5 vezes, mesmo após um controle do IMC. 
. O tecido adiposo atua aumentando a demanda por insulina e, em pacientes obesos, criando 
resistência à esta, o que ocasiona aumento na glicemia e consequente hiperinsulinemia. 
 
 Hipertensão: 
 Doenças cardiovasculares 
 Neoplasias 
 Disfunções endócrinas 
 Disfunção da vesícula biliar 
 Problemas pulmonares 
 Artrites 
 
DIAGNÓSTICO: Quando se avalia clinicamente um paciente obeso, deve-se considerar que 
diversos fatores predisponentes genéticos (respondem por 24% a 40% da variância no IMC) podem 
estar desempenhando um papel expressivo no desequilíbrio energético determinante do excesso 
de peso, por determinarem diferenças em fatores como taxa de metabolismo basal, resposta à 
superalimentação e outros. 
 
TRATAMENTOS: Perder gordura. Para conseguir essa diminuição da massa gordurosa é 
necessário um balanço energético negativo, condição na qual o gasto supera o consumo de 
energia, pois os estoques de energia do organismo são consumidos para sustentar processos 
metabólicos, levando a perda de peso. 
Gasto energético = TMB + Eexercício físico + ETA na qual a TMB é a taxa metabólica basal, Eexercício 
físico corresponde à energia gasta nas atividades físicas e ETA é o efeito térmico do alimento. 
A taxa metabólica basal depende da idade, sendo determinada principalmente pelo total de massa 
magra 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
 
 
 Medicamentos: O tratamento medicamentoso para redução da obesidade utiliza as 
seguintes drogas: anfetaminas, fenfluraminas, fenterminas, dietilpropriona, mazindol, 
pemolina, fenilpropanolamina e os anti-depressivos, fluoxitena e sertralina, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
SINDEMIA GLOBAL 
 
Uma sindemia é uma sinergia de 
pandemias que coexistem no 
tempo e no espaço, interagem 
entre si e compartilham fatores 
sociais fundamentais comuns. 
A Sindemia global é a 
combinação sinérgica entre as 
pandemias de obesidade, 
desnutrição e mudanças 
climáticas, as três decorrentes, 
principalmente, do sistema 
agroalimentar global, além de 
outros fatores sociais em 
comum. 
Alimentos ultraprocessados, nutrição, sistema alimentar e sustentabilidade estão 
conectados. E, com o aumento considerável nas últimas décadas no consumo de alimentos 
ultraprocessados, estes passaram a moldar o sistema alimentar e a influenciar os padrões 
alimentares populacionais, impactando negativamente a qualidade da alimentação, saúde, 
cultura e do meio ambiente. 
O Brasil usa como princípio o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e implementou 
políticas estruturantes para a superação da pobreza e da desnutrição e empreendidos esforços 
intersetoriais na construção de respostas à epidemia da obesidade, iniciativas baseadas Sistema 
de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nicole Silva Malheiros – Medicina Funorte – XXXI 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
1. A construção social de um sistema público de segurança alimentar e nutricional A experiência 
brasileira. [s.l.]: , [s.d.]. Disponível em: <https://raisco.files.wordpress.com/2015/02/a-
construc3a7c3a3o-social-de-um-sistema-adrandh.pdf>. 
2. SUSTENTAREA, Sindemia Global - Sustentarea, Sustentarea, disponível em: 
<http://www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/11/12/sindemia-global/>, acesso em: 26 Mar. 2021. 
3. COUTINHO, Walmir. ARTIGO DE REVISÃO ETIOLOGIA DA OBESIDADE. [s.l.]: , [s.d.]. 
Disponível em: <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1564.pdf>. 
4. FRANCISCHI, Rachel Pamfilio Prado de et al, Obesidade: atualização sobre sua etiologia, 
morbidade e tratamento, Revista de Nutrição, v. 13, n. 1, p. 17–28, 2000. 
5. ANJOS, Luiz Antonio dos. Obesidade e saúde pública. Rio De Janeiro: Editora Fiocruz, 2006. 
Disponível em: <http://books.scielo.org/id/rfdq6>. Acesso em: 26 Mar. 2021. 
6. Nelson, David L. Princípios de bioquímica de Lehninger / David L. Nelson, Michael M. Cox – 
6. ed 
7. HARVEY, R.A.; F_ERRIER, D.R. Bioquímica Ilustrada, 5ª ed., Artmed, 2012 
8.