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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA FUNÇÃO E DISFUNÇÃO DOS PROCESSOS NUTRICIONAIS Nomes: Felipe Bertonha – RA 6666188 Mikael Aristarco Moreira da Silva – RA 2462235 Rodrigo Sampaio Santos – RA 6644750 Vitória Aparecida de Jesus Andrade – RA 6085133 Curso: Nutrição – Santo Amaro Semestre: 4º (Noturno) São Paulo 2021 1. ATIVIDADE 1: CASO CLÍNICO 1.1. Diagnóstico clínico e nutricional IMC: 31,25 kg/m² (Obesidade Grau I) CC: 99cm (> que 88cm, risco elevado para desenvolvimento de doenças cardiovasculares) Pressão Arterial: 140 X 88 mmHg (Hipertensão estágio 1) Dados bioquímicos apresentam hiperglicemia e hipercolesterolemia. O REC 24h da paciente demonstrou uma alimentação inadequada, com poucas e muito espaçadas refeições, contribuindo assim para sensação contínua de fome. Sua alimentação apresenta alto consumo de alimentos ricos em gorduras, elevado consumo de açúcar e pouco ou nenhum consumo de vegetais e fibras, contribuindo assim para as manifestações gastrointestinais citadas. Por ter sido uma criança macrossômica, possui níveis elevados de ácidos graxos e triglicérides nas células do fígado e do tecido adiposo, o que pode justificar o excesso de peso desde sua infância e adolescência, e contínua dificuldade para perder peso. O diagnóstico da paciente JBS é de obesidade grau I, Hipertensão estágio 1, Dislipidemia, pré diabetes, alto risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e risco de desenvolvimento de DM2. Sendo necessário o ajuste de conduta alimentar de forma rápida, efetiva e duradoura, aliado a mudanças comportamentais e prática de atividade física. 1.2. Fatores de risco para a doença em questão apresentados pelo paciente Doenças cardiovasculares, diabetes, osteoartrite, alguns tipos de cânceres, dificuldades respiratórias, colelitíase, esteatose, refluxo gastroesofágico, transtornos psicossociais e hipertensão arterial sistêmica. 1.3. Sinais e sintomas apresentados pelo paciente Sinais: CC elevada e pressão arterial alterada. Sintomas: dores, cansaço, sede, náuseas, constipação e flatulência. 1.4. Análise dos exames bioquímicos Hiperglicemia e hipercolesterolemia (TG muito elevado, LDL limítrofe e HDL baixo). 1.5. Tratamento Conduta e planejamento dietético visando perda de peso e redução do % de gordura. Evitar o consumo de alimentos ricos em farinha branca, açúcares e gorduras. Evitar o consumo de alimentos industrializados e moderar o consumo de frutas, visando evitar picos glicêmicos. Adoção de dieta hipocalórica, incentivo ao consumo de verduras e legumes, preferencialmente carnes brancas, alimentos com baixo índice glicêmico e ricos em fibras, alimentos ricos em gorduras boas e oleaginosas Aderir à prática de exercícios físicos com o acompanhamento de um profissional de educação física. 2. ATIVIDADE 2: RESENHA DE ARTIGO O aluno deverá realizar uma busca em banco de dados para pesquisar um artigo científico que aborde questões sobre manifestações clínicas desencadeadas por alterações nos processos metabólicos e elaborar uma resenha sobre o artigo. RESENHA CRÍTICA DE ARTIGO CIENTÍFICO Esta é uma resenha do artigo intitulado "Obesidade, inflamação e complicações metabólicas". Este artigo é de autoria de: Fabiane Valentini Francisqueti; André Ferreira do Nascimento; Camila Renata Corrêa. O artigo aqui resenhado foi publicado no periódico “Revista Nutrire", revista científica oficial da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), no Ano 2015, Vol. 40, n. 1, p. 81-89. FRANCISQUETI, Fabiane Valentini; NASCIMENTO, André Ferreira do; CORRÊA, Camila Renata. Obesidade, inflamação e complicações metabólicas. Nutrire, v. 40, n. 1, p. 81-89, 2015. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/141079>. Acesso em 26/10/2021. O objetivo do artigo científico em análise é “abordar os aspectos inflamatórios da obesidade e as complicações metabólicas associadas”, uma vez que a obesidade se caracteriza como doença epidemiológica e um problema de saúde pública global, seja em países desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos. Os hábitos alimentares desenvolvidos nas últimas décadas não são desejáveis, com um aumento do consumo de alimentos de alta densidade, baixo valor nutritivo, ultra processados e repleto de açúcares e gorduras. Isso, somado a baixa prevalência da prática de atividade física regular, resulta em um cenário de altos índices de sobre peso e obesidade, quadros clínicos esses, responsáveis diretamente por inúmeras e perigosas alterações metabólicas. Dados recentes publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que 2,3 bilhões de adultos estão com sobrepeso, sendo que 700 milhões podem ficar obesos até 2025. Ainda, de acordo com dados publicados pela Pesquisa http://hdl.handle.net/11449/141079 Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil, 60,3% da população adulta apresentava excesso de peso e 26,8%, obesidade. Ambos os indicadores apresentaram aumentos em todas as faixas etárias e sexo. A informação estatística é alarmante e as complicações metabólicas decorrentes de um estado nutricional inadequado, tais como, risco aumentado para desenvolvimento de doenças cardiovasculares, DM2, hipertensão arterial, dislipidemia, doença hepática e alguns tipos de cânceres, evidenciam um possível comprometimento dos serviços públicos de saúde, complicações com a gestão de verba pública e inúmeros efeitos adversos à saúde física e mental e qualidade de vida dos indivíduos. O tecido adiposo é um órgão dinâmico com diversas e diferentes funções, como estocar energia, proteção mecânica e regulador de temperatura corporal e uma série de processo metabólicos e fisiológicos. Além disso, o TA também se apresenta como um órgão secretor de inúmeras substâncias, dentre elas as adipocinas, que podem ter funções benéficas ou maléficas ao organismo. A obesidade é considerada um estado inflamatório crônico devido ao aumento sistêmico das citocinas liberadas pelo TA, devido a hipóxia desses adipócitos. Uma vez hipertrofiados, esses adipócitos comprometem a vascularização do tecido, reduzindo a chegada de oxigênio e está associado ao aumento de ácidos graxos circulantes, ao aumento da ingestão alimentar, a redução do gasto energético, promovendo o acúmulo de gordura, aumento do processo inflamatório e resistência à insulina. É evidente que a obesidade se apresenta como uma pandemia e deve ser considerada como um problema de saúde pública de primeira grandeza. Sua ocorrência estabelece um estado inflamatório crônico, denominado inflamação metabólica ou metainflamação. Dessa forma, o tecido adiposo e seus diferentes mecanismos são alterados, caracterizando-se como um tecido disfuncional, disfunções essas associadas a inúmeras alterações metabólicas, aumentando o risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares, DM2, hipertensão arterial, dislipidemia, doença hepática e alguns tipos de cânceres. Os mecanismos envolvidos nesse processo demandam mais estudos, o que possibilitará o melhor entendimento das desordens metabólicas “ligadas à obesidade, abrindo caminhos para uma possível intervenção útil para a prevenção e/ou tratamento das desordens metabólicas associadas à obesidade.”.
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