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Slides Atividade Motora Aplicada a Populações Especiais - Unidade II - UNIP

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Prof. Me. Erácliton Viana
UNIDADE II
Atividade Motora Aplicada
a Populações Especiais
 É um grupo de doenças especiais com características particulares que cursam 
longos períodos sem manifestações clínicas.
 Quando aparece em forma de síndrome normalmente é caso cirúrgico.
 O diagnóstico é dado por exames de imagem, eletrocardiograma, além do histórico 
pessoal e familiar.
Doenças Valvulares
 Importante: avaliação dos sintomas, como cansaço e falta de ar em esforço 
(dispneia), dor no tórax e desmaios. 
 Todo o tratamento, com ou sem exercício físico, será realizado de acordo com o 
tipo de doença, a gravidade e os sintomas.
 Palpitações são muito comuns nos portadores de 
valvopatia mitral; dor torácica anginosa ao esforço e 
síncope ao esforço (perda de consciência transitória) são 
mais frequentes em pacientes com valvopatia aórtica; e a 
rouquidão (síndrome de Ortner) pode estar associada à 
estenose mitral.
Doenças Valvulares
 Todas as valvopatias podem evoluir com sintomas de insuficiência cardíaca (IC), 
como dispneia aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna, tosse, chiado, 
hemoptise, edema periférico e fadiga.
 A estenose mitral representa uma resistência ao fluxo sanguíneo na passagem 
pela válvula mitral (localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdo) em razão do 
espessamento e da imobilidade dos folhetos da válvula.
 Entre outras possíveis causas destacam-se a congênita, lúpus eritematoso 
sistêmico, artrite reumatoide, entre outras.
Doenças Valvulares
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-
vector/heart-valves-anatomy-mitral-valve-pulmonary-
1364168324?src=Cz9NMN8hU67wYvkv_QEclQ-1-33
 Na maioria dos casos, a causa da estenose mitral é reumática e idiopática, 
atingindo indivíduos jovens, principalmente do sexo feminino.
 A gravidade da estenose mitral pode ser medida pela área valvar e pela estimativa 
de pressão nos pequenos capilares pulmonares em exercício, além da pressão 
sistólica da artéria pulmonar.
Doenças Valvulares
 A insuficiência mitral é caracterizada pelo retorno do fluxo de sangue para o átrio 
esquerdo durante a contração ventricular.
 Pode ocorrer por anormalidades em toda a estrutura das valvas cardíacas, 
incluindo os folhetos, o ânulo, as cordas tendíneas e os músculos papilares.
 Classificação: 
 Primária: envolve o prolapso da valva mitral, endocardite infecciosa, febre 
reumática, traumas e deformidades congênitas.
 Secundária: relaciona-se à isquemia miocárdica, à cardiomiopatia hipertrófica e à 
disfunção ventricular esquerda do tipo sistólica. 
Doenças Valvulares
Doenças Valvulares
Fonte: 
https://www.coladaweb.com/biologia/c
orpo-humano/coracao
 Estenose aórtica: é caracterizada pela obstrução da via de saída de sangue do VE 
pela calcificação das estruturas valvares.
 Causas: congênita, calcificação da valva aórtica bicúspide, calcificação da valva 
aórtica tricúspide, degenerativa e f. reumática.
 Pode evoluir para a hipertrofia ventricular concêntrica, levando à elevação das 
pressões de enchimento e, finalmente, à disfunção ventricular.
 Ao iniciar os sintomas (dor torácica, síncope e dispneia), o 
risco de morte súbita aumenta, com sobrevida média de 
dois a três anos.
Doenças Valvulares
 Insuficiência aórtica ou regurgitação aórtica: é um transtorno caracterizado pelo 
retorno do sangue da aorta para o VE.
 A lesão que leva à regurgitação pode estar relacionada à dilatação idiopática da 
aorta, anormalidades congênitas, calcificação, doença reumática, endocardite 
infecciosa, HAS, dissecção da aorta ascendente e Síndrome de Marfan.
 A doença tem desenvolvimento lento, baixo índice de 
morte e de sintomas, raramente precisa ser tratada.
Doenças Valvulares
Exercícios físicos nas valvopatias: 
 Na classificação da NYHA (New York Heart Association).
 Na classe funcional III e IV estão aqueles que mais necessitam 
de intervenção cirúrgica.
 É certo que apresentam alto grau de comprometimento da 
função cardíaca e baixa tolerância ao esforço físico, além 
de uma redução considerável da capacidade funcional 
máxima (4 METs ou menos). 
Doenças Valvulares
 Essas pessoas com valvopatias têm características que se assemelham àquelas 
com IC, como as complicações cardíacas e circulação sanguínea, além dos 
sintomas referidos. 
 Os indivíduos submetidos ao treinamento físico após troca valvar apresentam 
melhora da capacidade funcional, que varia de 19% a 38%, quando comparados 
aos pacientes que não se exercitam (NAKAMURA et al., 1996, apud MORAES et 
al., 2005).
Doenças Valvulares
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-
photo/aged-rock-climber-mature-male-extreme-
231975178?src=H3DZVMnrxnM4nsgJ5u_eyA-2-17
 A recomendação de atividade física e esporte em valvopatas leva em 
consideração o tipo de doença valvar de base, o grau de acometimento 
e a gravidade.
 Feita essa avaliação, as recomendações serão individualizadas de acordo com o 
tipo de valvopatia, a gravidade e os sintomas.
 Para a estenose mitral, a AF é limitada pelos sintomas.
 Sintomas e/ou com estenose mitral grave podem ser submetidos ao teste 
ergométrico para avaliação funcional e a um bom prognóstico. 
 Na presença de alterações hemodinâmicas, é suficiente 
para iniciar uma avaliação de possível 
intervenção cirúrgica. 
Doenças Valvulares
 O monitoramento 
é indispensável!
Doenças Valvulares
A – Dinâmico leve
B – Dinâmico 
moderado
C – Dinâmico 
intenso
I – Estático 
leve
Bilhar
Boliche
Golfe
Tiro ao alvo
Beisebol
Softball
Tênis de mesa 
Tênis (duplas) 
Voleibol 
Badminton
Futebol
Corrida (fundo)
Tênis (individual)
Squash
II – Estático 
moderado 
Automobilismo 
Motociclismo 
Hipismo 
Mergulho 
Arco e flecha
Esgrima
Nado sincronizado
Corrida (sprint) 
Surfe 
Patinação
Rodeio 
Hóquei no gelo 
Basquetebol
Handebol 
Natação 
Corrida (meio fundo)
III – Estático 
intenso 
Artes marciais
Ginástica olímpica
Vela 
Levantamento de peso 
Alpinismo
Musculação 
Luta greco-romana
Esqui downhill
Boxe 
Decatlo
Ciclismo
Remo
Fonte: Adaptado de: Mitchell et al. (1994) apud Tarasoutchi et al., 2005, p. 153.
Classificação de esportes 
baseada nos componentes 
dinâmico e estático de 
pico.
 Importante relembrar 
utilização de escapa 
de percepção 
de esforço.
Doenças Valvulares
Características individuais
Sintomáticos com pior prognóstico
Exercícios aeróbios 
de baixa intensidade
Limita-se aos 
sintomas de dispneia
Necessidade de 
avaliação 
cuidadosa para
intervenção 
cirúrgica
Estenose mitral leve
E + fibrilação atrial
Qualquer atividade, 
inclusive competitiva
Estenose mitral leve
E + fibrilação atrial
moderada sinusal e/ou com pressão 
sistólica de artéria pulmonar < 50 
mmHg
Atividades estáticas 
e dinâmicas leves e 
moderadas
Em casos mais 
graves
Não participar 
de esportes 
competitivos
Estenose aórtica grave ou moderada 
sintomáticos
Não deve fazer 
esportes 
competitivos
Fonte: Adaptado do livro-texto
Vimos que pessoas com valvopatias classificadas funcionalmente como grau III e IV 
apresentam maiores necessidades, muitas vezes cirúrgicas, o grau de 
comprometimento funcional reduz a tolerância ao esforço físico e a capacidade 
funcional máxima (4 METs ou menos). Partindo desses saberes, leia atentamente as 
afirmativas abaixo e assinale a única correta dentro do contexto.
a) No grau funcional III, a limitação para esforços é semelhante à esperada para 
pessoas normais.
b) No grau funcional IV, os sintomas aparecem em repouso.
c) No grau funcional III, os sintomas desencadeiam com 
esforços intensos.
d) No grau IV, os sintomas estão presentes em repouso.
e) No grau IV, o indivíduo só não pode realizar 
esportes competitivos.
Interatividade
 A resposta correta é a “d”.
d) No grau IV, os sintomas estão presentes em repouso.
Considerando o alto grau e funcionalidade, na maioria das vezes passa a serum 
caso de intervenção cirúrgica.
Resposta
 A IC é uma síndrome associada à falência progressiva do coração.
 O coração não supre a demanda de sangue para o corpo.
 É uma via final. Lesões cardíacas prévias podem progredir gradualmente para a 
falência do coração.
 Além disso, seus sinais e sintomas relacionam-se à 
perfusão tecidual inadequada devido ao baixo débito 
cardíaco e à remodelação cardíaca associada à perda de 
cardiomiócitos e ao aumento da fração de colágeno, 
tornando o tecido mais rígido.
Insuficiência Cardíaca
 A força contrátil e o débito cardíaco diminuem, os mecanismos neuro-hormonais 
como o aumento da ANS e o SRAA são ativados com o objetivo de compensar 
essa redução e, assim, preservar a homeostase circulatória. 
 Embora, em um primeiro momento, essa seja uma resposta compensatória 
benéfica, a liberação de neuro-hormônios vasoconstritores proporciona efeitos 
deletérios no desenvolvimento da insuficiência cardíaca, pelo aumento da 
sobrecarga de volume e da pós-carga do ventrículo com contratilidade já 
diminuída, podendo potencializar a evolução da falência cardíaca já existente.
Insuficiência Cardíaca
 O estresse oxidativo piora o quadro, promovendo arritmias e aumentando 
a mortalidade.
É considerada uma síndrome de natureza neuro-humoral e o tratamento visa a:
 Aliviar sintomas; 
 Melhorar a capacidade funcional;
 Melhorar a qualidade de vida;
 Prevenir o desenvolvimento e a progressão da síndrome;
 Atenuar a remodelação ventricular e a redução 
da mortalidade.
Insuficiência Cardíaca
Alterações:
 Disfunção sistólica do VE;
 Hiperatividade S. Simpático;
 Arritmias;
 Necessita de medicamentos;
 Betabloqueadores;
 Conversor de AI, AII e Aldosterona.
Insuficiência Cardíaca
Fonte: Adaptado de: https://cte7.com.br/miocardiopatia-dilatada-cansaco-excessivo-e-principal-
sintoma/
Coração normal Cardiomiopatia dilatada
Ventrículo 
Dilatado
 A classificação da severidade da síndrome pode ser feita através da intensidade 
dos sintomas, incluindo a tolerância ao esforço.
 São 4 classes propostas pela New York Heart Association.
 Essas classes estratificam o grau de limitação associado à doença para atividades 
cotidianas do indivíduo.
 É importante ressaltar que essa classificação está relacionada a fatores funcionais 
e à qualidade de vida.
Insuficiência Cardíaca
 Classe I – ausência de sintomas (dispneia) durante atividades cotidianas. A 
limitação para esforços é semelhante à esperada em indivíduos normais. 
 Classe II – sintomas desencadeados por atividades cotidianas. 
 Classe III – sintomas desencadeados por atividades menos intensas que as 
cotidianas ou pequenos esforços.
 Classe IV – sintomas em repouso. 
Insuficiência Cardíaca
 Exercícios físicos e principais efeitos
 Pode provocar alterações autonômicas positivas importantes;
 Treinamento aeróbio diminui a ANS e aumenta atividade parassimpática
(tônus vagal);
 Reduz a incidência de arritmias;
 Diminui a morte súbita;
 Melhora a tolerância ao esforço;
 Manutenção da massa magra;
Insuficiência Cardíaca
 Melhora a capacidade funcional;
 Diminuição da PA em repouso;
 Diminuição da FC submáxima;
 Aumenta o volume sistólico;
 Débito cardíaco;
 Diminuição da resistência vascular periférica.
Insuficiência Cardíaca
 O treinamento aeróbio proporciona adaptações na própria fibra muscular, tais 
como o aumento da densidade mitocondrial na sua função oxidativa e na 
redistribuição de fibras musculares do tipo 1 e do tipo 2 em indivíduos com 
insuficiência cardíaca.
 Redução das citocinas pró-inflamatórias.
 Diminuição do estresse oxidativo.
 Prevenção da atrofia muscular.
 Diminui a fadiga e melhora o controle da dispneia.
Insuficiência Cardíaca
Prescrição: de exercícios:
 A dispneia e a fadiga são sintomas que colaboram muito com a não adesão.
 Deve ser submetido a teste de esforço e ter um quadro estável tempo > 30 dias.
 O teste com carga progressiva sendo interrompido por sinais e sintomas.
 E ecocardiograma para acompanhar a função cardíaca.
 A baixa tolerância ao esforço e isquemia precoce apresentam maiores riscos.
 Monitoramento de PA, FC e palpação de pulso são 
imprescindíveis para a prescrição de exercícios.
Insuficiência Cardíaca
 Recomendações do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC)
 A intensidade inicial recomendada para a atividade física aeróbia é de 80% da 
frequência cardíaca medida no limiar anaeróbico, podendo atingir até 100% após 
quatro ou cinco semanas. 
 No Instituto do Coração (Incor), aplica-se entre 40-60% da FC no pico do esforço.
 Ou a média da FC no limiar ventilatório e menos 10% da obtida no ponto de 
compensação respiratória.
 Mesmo com o uso de medicamentos.
Insuficiência Cardíaca
 Sessões devem ser supervisionadas com profissionais treinados em RCP.
 Devido ao risco de angina, hipotensão arterial, arritmias ou dispneia associadas à 
síndrome.
 Mínimo de 3x/semana com monitoramento. 
 Se o quadro é estável, pode sugerir que pratiquem atividade física não 
supervisionada nos demais dias.
 O controle prende-se ao grau de cansaço e pela frequência de 
treinamento estabelecida.
 O aquecimento é mais longo e progressivo. 
 A duração do exercício deve aumentar progressivamente 
de acordo com a tolerância do indivíduo. 
Insuficiência Cardíaca
 Treinamento de força
 Utiliza-se como coadjuvante, principalmente nas semanas iniciais.
 O objetivo é aumentar o tônus e volume muscular e a flexibilidade.
 Por fim:
 Sessões domiciliares com supervisão indireta também são estimuladas, 
mas ainda com cautela.
Insuficiência Cardíaca
 Resumidamente, vimos que na IC, se a pessoa está em um quadro estável por mais 
de 30 dias, já é possível iniciar um programa de exercício físico. Sabe-se da 
necessidade de realizar exames de teste ergométrico e ecocardiograma. A partir 
desses saberes, leia as afirmativas abaixo sobre como deve ser a prescrição 
de exercício.
I. A intensidade do exercício aeróbio pode ser de 40-60% da FC estimada no pico do 
esforço durante o teste.
II. O treinamento de força é importante para aumentar o tônus e volume muscular.
III. O treinamento deve ser supervisionado por médicos e 
demais profissionais treinados em RCP.
IV. Quanto às sessões de treinos, o aquecimento deve ser 
mais prolongado.
V. Pelo fato de o quadro dessa pessoa ser estável, ela pode 
realizar treinamento sem supervisão.
Interatividade
Assinale a única resposta correta:
a) I.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.
e) I, II, III, IV e V.
Interatividade
 A única alternativa correta é a “d”.
d) I, II, III e IV.
 Pois a última afirmativa “V” está errada ao relatar que pessoas com quadro estável 
de IC podem realizar exercícios sem supervisão. Até mesmo quando a pessoa 
está bem adaptada ao programa de exercícios, ainda assim haverá a 
semissupervisão. 
Resposta
 A DPOC caracterizada pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo é uma 
doença respiratória de possível prevenção e tratamento. 
 O fluxo aéreo pode não ser totalmente reversível.
 Geralmente progressiva e está associada a uma resposta anormal inflamatória dos 
pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente
pelo tabagismo.
 É um problema de saúde pública, sendo a 5ª causa de 
morte prematura no BR.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 Já foi relatado um percentual de DPOC atribuído ao trabalho entre não fumantes.
 Observou-se a alta relação à exposição nas indústrias de borracha, plástico, couro, 
têxtil, moagem de grãos, produtos alimentícios, entre outros segmentos 
de produção.
 Também teve associação com idade, IMC e condições socioeconômicas.
 Pode ser prevenida quando a pessoa deixa de utilizar o 
tabaco ou trabalhar com o agente causador.
 A história da doença mostra que ela passa a ser 
progressiva e irreversível após ocorrerem lesões noparênquima pulmonar.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 O diagnóstico tem como base os sintomas e o histórico da pessoa. 
 O principal teste é a espirometria, que avalia a função pulmonar e apresenta ampla 
aplicabilidade e reprodutibilidade.
 A espirometria mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras 
inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas.
 Vários parâmetros podem ser derivados.
 Vários parâmetros podem ser avaliados, veja a seguir.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 Capacidade Vital (CV): representa o maior volume de ar mobilizado em uma 
expiração. Pode ser obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas (CVL).
 Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): representa o volume de 
ar exalado no primeiro segundo durante a manobra de CVF. É considerado uma 
das variáveis mais úteis clinicamente.
 Relação VEF1/CV: razão entre o volume expiratório 
forçado no primeiro segundo e a capacidade vital, sendo 
muito importante para o diagnóstico de um distúrbio 
obstrutivo. Para isso, pode-se considerar tanto o 
VEF1/CVF quanto o VEF1/CVL.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 A tosse é o sintoma mais encontrado, pode ser diária ou intermitente, e pode 
preceder a dispneia ou aparecer simultaneamente a ela.
 O aparecimento da tosse no fumante é tão frequente que muitos pacientes não a 
percebem como sintomas de doença, considerando-a como o “pigarro do 
fumante”. A tosse produtiva ocorre em, aproximadamente, 50% dos fumantes.
 A dispneia é o principal sintoma associado à incapacidade, à redução da qualidade 
de vida e ao pior prognóstico.
 É geralmente progressiva com a evolução da doença.
 Muitos pacientes só apontam a dispneia em uma fase 
mais avançada da doença, pois atribuem parte da 
incapacidade física ao envelhecimento e à falta de 
condicionamento físico.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 A DPOC libera substâncias como elastase, colagenases e produtos oxidantes, 
que, superpostos aos oxidantes inalados da fumaça do cigarro, atuam modificando 
os componentes da matriz extracelular.
 O pulmão é remodelado (estiramento e desaparecimento dos septos alveolares, 
formando espaços aéreos maiores e compressões brônquicas associadas a áreas 
de hiperinsuflação), neste caso, é irreversível.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Brônquio saudável; 
Inflamação e 
excesso de muco
Membrana 
alveolar 
saudável;
Alvéolos 
crescem, se 
unem e perdem 
elasticidade
Fonte: Adaptado de: 
https://www.shutterstock.com/pt/image-
vector/chronic-obstructive-pulmonary-disease-
copd-90015376
 São observados marcadores inflamatórios, como proteína C reativa, IL-6, TNF, 
entre outros.
 A intolerância ao exercício está relacionada às limitações do sistema ventilatório e 
à troca gasosa.
 Outro fator é a disfunção da musculatura periférica, como a redução da massa 
muscular e a relação capilaridade/mitocondrial. 
 Mudanças no tipo e tamanho das fibras musculares e a 
redução das enzimas oxidativas.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 As perdas funcionais, como a redução da força e resistência, além da 
bioenergética muscular, como a redução no consumo de oxigênio, o aumento do 
nível de lactato e a diminuição/desequilíbrio do pH.
 A intolerância ao exercício conduz ao descondicionamento físico, com evidente 
diminuição da área transversa da coxa.
 Fato que é explicado pela diminuição da marcha para evitar a dispneia.
 Uso de corticoide oral, perda de peso 
e a questão nutricional.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Exercícios físicos:
 Inclui equipe multidisciplinar e busca a reabilitação respiratória desses pacientes.
 Utiliza-se de exercícios físicos e respiratórios, além do acompanhamento médico e 
psicológico dos doentes com DPOC. 
 A utilização de exercícios físicos busca melhorar a resistência muscular, aumentar 
a capacidade respiratória e a troca gasosa, diminuindo, assim, os efeitos da 
fadiga muscular.
 Avaliação específica da caixa torácica e dos músculos 
torácicos é bem aceita para acompanhamento e análise 
da capacidade de expansão do tórax.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 Recomendações: liberação médica, que irá indicar as limitações importantes.
 O teste de esforço de esteira pode mostrar se o paciente apresenta queda de 
oxigênio.
 Se sim, certamente utilizar oxigênio extra (suplemento de oxigênio) através de um 
cateter nasal durante o exercício.
 A pessoa que precisa de suplemento de oxigênio 
enquanto se exercita deve ter o cuidado de realizar as 
inspirações pelo nariz e, no momento da expiração, deve 
fazer um bico. Essa manobra facilita a distribuição de ar 
em mais áreas do pulmão.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 A falta de ar é comum nesses pacientes.
 Como estratégias, o aquecimento pode ser mais prolongado, gradativo e com 
intervalos de recuperação de acordo com o programa de exercícios previsto.
 O objetivo, nesse caso, é proporcionar uma estimulação mais adequada no 
sistema vascular, auxiliando o sistema a se adaptar dentro dos limites individuais 
na vasodilatação, inclusive das artérias pulmonares.
 Evita-se, assim, o aumento da pressão em consequência 
do volume sanguíneo circulante e a isquemia precoce, 
considerando que o indivíduo com DPOC já apresenta, na 
base fisiopatológica, dificuldade na troca gasosa.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 Para exercícios aeróbios, a intensidade para prescrição pode estar primeiro 
limitado à dispneia.
 Sendo assim, a intensidade passa a ser bem individualizada, a literatura também 
sugere trabalhar no limiar da dispneia ou calcular a prescrição a partir do pico de 
esforço alcançado no teste de esforço.
 Não há na literatura grandes trabalhos que discutam protocolos de exercícios.
 As prescrições de exercícios de força encontradas têm como base os testes de 
carga máxima, e as intensidades variam entre 40 e 50% do teste, chegando 
até a 90%. 
 Mas também é observado que muitos estudos não 
detalham o protocolo quanto à intensidade ou carga. Os 
detalhes da prescrição sempre dependem de 
características como as limitações e os sintomas dos 
pacientes.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 Também é sugerida a prescrição a partir do teste de repetições máximas.
 Geralmente, as prescrições sugerem repetições entre 8 e 10, e intervalo entre 
séries mais prolongadas.
 Há poucos estudos com treinamento de força, e estes reconhecem o 
desenvolvimento da força muscular para melhoria da eficiência da 
musculatura respiratória.
 Já foi observada melhor resposta nas atividades de endurance.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Fonte: 
https://www.shutterstock.com/pt/ima
ge-photo/closeup-nasal-cannula-
oxygen-delivery-on-338653205
 Vimos que a DPOC é obstrutiva crônica do fluxo aéreo, é geralmente progressiva e 
está associada a uma resposta anormal inflamatória dos pulmões à inalação de 
partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. Até ocorrerem 
lesões no parênquima pulmonar, a DPOC é de possível regressão. Partindo desse 
conhecimento, leia as afirmativas abaixo sobre o tratamento com exercícios físicos. 
I. O principal objetivo é a reabilitação respiratória desses pacientes.
II. Os exercícios físicos visam ao ganho de resistência muscular, capacidade 
respiratória.
III. Inicialmente, o exercício de força é evitado por não haver protocolo com sugestão 
de intensidade de trabalho.
IV. Uma forma de avaliar a capacidade respiratória é a 
medida de perímetro do tórax.
V. O teste de esforço pode indicar se o paciente apresenta 
queda de oxigênio, e, nesse caso, o exercício não 
é recomendado.
Interatividade
Indique qual é a única resposta correta relacionada às afirmativas explanadas.
a) I.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) I, II e V.
e) II, III, IV e V.
Interatividade
 A resposta correta é a “b”.
 Visto que, quanto à afirmativa III,o correto é que o exercício de força é indicado 
mesmo não havendo tantos trabalhos esclarecedores sobre protocolos, os 
pesquisadores reconhecem a importância na manutenção e ganho de massa 
muscular, que auxiliam na capacidade respiratória do paciente com DPOC.
 E na afirmativa V, mesmo quando o teste de esforço 
revela queda de oxigênio, o paciente é indicado para o 
programa de exercícios, neste caso, é necessária a 
utilização de suplemento de oxigênio.
Resposta 
 Quando se fala de doença crônica metabólica, a relação é com alguma disfunção 
metabólica de duração prolongada e progressiva.
 Faremos uma abordagem resumida que interliga as doenças que vimos até o 
momento com disfunção metabólica incomum entre elas.
 Iniciamos com a resistência à insulina
 Trata-se da disfunção metabólica provocada 
principalmente pela obesidade visceral, onde a oxidação 
de carboidratos, gordura e proteínas está prejudicada.
 Isso gera grandes compensações no sistema.
Interação entre as Doenças Crônicas
 Nesse processo, já são observados marcadores inflamatórios importantes e a 
obesidade centralizada.
 Logo, temos uma doença inflamatória crônica.
 São observadas muitas citocinas e proteínas (reguladores de resposta imune) 
da fase aguda da inflamação em pacientes obesos.
 Interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral (TNF-a), a adiponectina que modula 
processos como a glicemia e catabolismo do AG, e a leptina que atua como 
sinalização entre o tecido adiposo e o sistema nervoso central, o qual regula a 
ingestão alimentar, o gasto energético e, consequentemente, a massa corporal.
 Todos estão descompensados.
 Esse processo inflamatório está associado à resistência 
à insulina.
Interação entre as Doenças Crônicas
 Uma vez não dada a devida importância à prevenção e ao tratamento, esse 
processo progride de forma deletéria e é observado em diversas doenças crônicas.
 Obesidade
 HA
 DAC
 IC
 DPOC
Interação entre as Doenças Crônicas
Interação entre as Doenças Crônicas
Falha no metabolismo Resulta
Falha no mecanismo de 
oxidação de carboidratos, 
proteínas e gorduras. Associado 
ou não com aumento de 
circunferência abdominal.
Resistência 
à insulina.
Complicações 
Aumento da gordura abdominal, que 
resulta no aumento de triglicérides, ↑↑ 
aumento de ácidos graxos, ↑↑ produção de 
glicose que resulta em hiperinsulinemia, + 
↑↑ de ácidos graxos, ↑↑ LDL e diminuição 
do HDL, que resulta na retenção de sódio, 
que ↑↑ da atividade nervosa simpática que 
resulta na diminuição da atividade anti-
inflamatória da insulina, que colabora com 
o aumento da PA.
Pense nesta cascata de eventos em paciente com uma ou mais doenças crônicas.
Interação entre as Doenças Crônicas
Falha no 
metabolismo
Resulta
Disfunção nos 
sistemas 
reguladores da 
PA + fatores 
ambientais
HA
Complicações 
↑ PA resulta > acúmulo de ateroma que resulta + processo
inflamatório, que resulta em endurecimento do sistema
arteriovenoso, que resulta > perda de propriedade elástica, que
resulta < atividade anti-inflamatória, que resulta < controle da PA
através dos rins, que resulta > FC, que resulta no ↑ de radicais
livres, que resulta > facilidade de formação de edema e placa
aterosclerótica, que acelera a coagulação nas artérias, alcança
um estado inflamatório complexo, que resulta + atividade
simpática, que resulta fadiga precoce, que resulta < tolerância
ao exercício e que conduz à DAC.
Interação entre as Doenças Crônicas
Falha no 
metabolismo
Resulta
Doença arterial 
coronariana
Disfunção e 
readaptação 
no órgão-alvo
Complicações 
Remodelação, diminuição das câmeras, capacidade
reduzida de trabalho, atrofia das paredes, disfunção
elétrica, arritmias, anginas [...]
Interação entre as Doenças Crônicas
 A mudança de comportamento é o primeiro item dos protocolos médicos que 
inclui alimentação mais saudável e prática de atividade física.
 No entanto, é a parte mais difícil de se conseguir.
 Nas doenças crônicas metabólicas temos em comum a resistência à insulina, que 
desencadeia uma cascata de eventos que a longo prazo podem conduzir uma 
pessoa a ter insuficiência cardíaca, se combinada com outras doenças em que a 
base da progressão é acelerada. Considerando todo o seu conhecimento até aqui 
adquirido, pense que para a prescrição de exercícios devemos estar atentos às 
combinações de sinais e sintomas. Leia as afirmações abaixo dentro deste contexto.
I. O Sr. João apresenta um quadro de obesidade centralizada e resistência à insulina 
com diagnóstico precoce, considerando apenas esses fatores e suas associações, 
é certo dizer que para a prescrição de exercícios não há contraindicação absoluta.
II. Para o Sr. João citado acima, já consta em seu quadro o 
estresse oxidativo importante, que progrediu para HAS e 
DM2, considerando apenas esses fatores e suas 
associações, a prescrição de exercícios deve ter como 
respaldo um bom monitoramento da PA.
Interatividade
III. O Sr. João citado anteriormente, agora com mais de 60 anos, soma em seu 
quadro clínico DM2, HAS, DAC, angina e arritmia extrassístole. Para a 
prescrição de exercícios, deve-se ter base no teste de esforço, nos sintomas, 
indicação médica, entre outros detalhes. Além disso, é fundamental o 
monitoramento da PA, da glicemia e da arritmia extrassístole através do 
frequencímetro.
Responda a única alternativa correta.
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) I, II e III.
e) II e III.
Interatividade
 A resposta correta é a “b”.
 A afirmativa III está errada no ponto relacionado ao monitoramento da arritmia 
extrassístole através do frequencímetro. A extrassístole, além dos exames de 
rotina, só é possível monitorar com palpação de pulso.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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