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Prof. Me. Erácliton Viana UNIDADE III Atividade Motora Aplicada a Populações Especiais O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo. Ocorrem diversas modificações psicológicas, como a perda da capacidade de adaptação do idoso ao meio, alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, além do aumento da prevalência de doenças e disfunções incapacitantes, como a perda do papel social, da renda e da independência. Atividade física para idoso O envelhecimento conduz o idoso a uma maior vulnerabilidade a fatores intrínsecos e extrínsecos que o predispõem ao risco de morbimortalidade, como a perda de peso não intencional, o autorrelato de fadiga; Diminuição da força de preensão, a redução das atividades físicas; Diminuição da velocidade da marcha; Diminuição das atividades diárias e Diminuição das relações sociais. Atividade física para idoso Considerando a abrangência multidimensional e progressiva do envelhecimento, desde o final da década de 1980, iniciou-se a discussão sobre a vulnerabilidade que o envelhecimento proporciona à pessoa idosa. Síndrome da Fragilidade do Idoso Uma das definições mais encontradas de “síndrome da fragilidade” diz respeito a uma síndrome biológica caracterizada pela diminuição da reserva homeostática e redução da capacidade de resistência do organismo às agressões, que resultam no declínio cumulativo em múltiplos sistemas fisiológicos, propiciando um quadro de vulnerabilidade e efeitos adversos. Atividade física para idoso Envelhecer pode variar muito ao se comparar os indivíduos; para alguns, acontece de forma mais rápida. O envelhecimento se relaciona com fatores biológicos associados ao estilo de vida, à condição socioeconômica e a doenças. Os aspectos biológicos estão ligados às questões moleculares, celulares, teciduais e orgânicas da pessoa. Na dimensão do psíquico, relaciona-se aos fatores cognitivos e psicoafetivos, que interferem na personalidade e no afeto. Atividade física para idoso O envelhecimento pode ser subdividido e compreendido em três etapas: envelhecimento primário: natural ou senescência, uma característica genética típica da espécie. Acontece de forma gradativa e progressiva, na qual ocorrem efeitos cumulativos. envelhecimento secundário: ou envelhecimento patológico, refere-se às diversas doenças que não se confundem com o processo normal de envelhecimento. envelhecimento terciário: também conhecido como terminal, que se caracteriza por um período de profundas perdas físicas e cognitivas. Atividade física para idoso Alterações do envelhecimento e a efetividade dos exercícios físicos. Composição corporal: declina 1 cm por década, tem associação com arco plantar + aumento das curvas da coluna + encurtamento da coluna vertebral. Há perda de tônus e fibras musculares + degeneração dos discos intervertebrais + desequilíbrio entre os músculos do quadril, MMII e iniciam as compensações como relaxamento do tibial medial. Ocorre o aumento do tecido adiposo + principalmente na cavidade abdominal + perda de massa magra. Efetividade dos exercícios físicos? Atividade física para idoso Atividade física para idoso Fonte: https://sites.google.com/site/aprendi0n a0web/ciencias/corpo-humano Úmero Fêmur Perônio Na parte esponjosa do osso idoso há a perda de lâminas ósseas em relação ao jovem, formando-se cavidades maiores entre as trabéculas ósseas. Os osteócitos, que controlam todo o metabolismo da matriz extracelular, diminuem em número e atividade. Com isso há o desequilíbrio do metabolismo do cálcio e a perda de cálcio na matriz. Essa talvez seja a alteração mais importante que ocorre no osso com o envelhecimento. A manutenção da massa óssea é regulada por estímulos bioquímicos (fatores de crescimento e hormônios) e mecânicos. Atividade física para idoso Efetividade dos exercícios físicos? Atividade física para idoso Fonte: http://noticiasenegocios.com.br/2017/ 06/remedios-para-osteoporose-e-os- riscos-para-saude-bucal/ Sistema articular: todos alteram com o envelhecimento. Nos discos intervertebrais, o núcleo pulposo perde água e as fibras colágenas aumentam em número e espessura. No anel fibroso, ao contrário, há a perda de células e o acúmulo de cálcio e as fibras colágenas ficam mais delgadas. Com tudo isso, a espessura do disco diminui, acentuando- se as curvas da coluna, especialmente a torácica, o que contribui para a cifose torácica e o aumento na compressão da coluna como um todo, comumente observados entre os idosos. Atividade física para idoso Efetividade dos exercícios físicos? Atividade física para idoso Fonte: Adaptada de: Nunes et al., 2007, p. 10. Nas articulações sinoviais, há perda de líquido, número de células, proteoglicanas, já as fibras colágenas aumentam em número e espessura. Como consequência, a cartilagem fica mais delgada e surgem rachaduras e fendas na superfície. Essas alterações aumentam em frequência com a idade. Exercícios evitam desidratação e degeneração acentuada, aumentam o volume de nutrientes intra-articular, ajustam e retardam alguns processos degenerativos. Exercícios de reequilíbrio muscular e mobilidade têm excelentes resultados. Atividade física para idoso Atividade física para idoso Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/osteoarthritis-vector- medical-poster-magnification-thinned- 1149968462?src=Rnoxwg3obWR0UeL4HIVTXg-1-98 No sistema respiratório, a função pulmonar declina após os 30 anos. No envelhecimento se espera uma caixa torácica mais rígida e uma diminuição da elasticidade pulmonar. A capacidade vital diminui e o volume residual aumenta. No entanto, na capacidade pulmonar total, observam-se poucas alterações. Há a redução do VO2 máx. devido à redução arteriovenosa de oxigênio e diminuição do débito cardíaco máximo. Recomendações de prescrição de exercícios incluem fortalecimento, aeróbios, flexibilidade, com um olhar para aptidão física, promoção à saúde e redução de FR. Atividade física para idoso O exercício físico regular pode diminuir, reverter a progressão do quadro clínico. Os efeitos deletérios do sistema se igualam à pessoa sedentária. Atividade física para idoso Variáveis Idoso Sedentário DAC+ IAM (Hemodinâmica) - RVP + FC D A-V + D. Cardíaco + D. Produto (Neuroendócrino) SRAA + SN Simpático Sens. Barorreflexa + Atividade Vagal (Musculoesquelética) Massa M. + T. Exercício + VO2 (Metabolismo) Enzima oxidativa Enz. Glicolíticas + acidose intracelular (Função) Fraqueza + fadiga + M. Magra Quanto à frequência e duração das atividades Atividades moderadas, acumular de 30 a 60 minutos/dia (150-300 min./semana). Atividade vigorosa, de 20 a 30 minutos/dia ou mais (75 a 150 min./semana). Treinar de 3 a 5 vezes/semana (treinar menos de 3 vezes aumenta o risco por excesso de carga por intensidade do treinamento). Utilizar, se necessário, alguma escala de percepção de esforço. Atividade física para idoso As contraindicações: PAS > 200 mmHg ou PAD > 110 mmHg em repouso; Queda da PA ortostática > 20 mmHg com sintomas; Hipotensão ao esforço maior que 15 mmHg; Arritmias não controladas; Doença aguda ou febre; Infarto ou embolismo pulmonar recente; Depressão de segmento ST maior que 2 mV em repouso; Problemas ortopédicos graves que proíbam os exercícios resistidos; E todas as demais restrições quando há doença de base. Atividade física para idoso É esperado que com o envelhecimento ocorram diversas alterações nos sistemas. O exercício físico regular pode reverter parte do quadro clínico e retardar vários outros. Sendo assim, leia as afirmativas a seguir sobre a prescrição de exercícios para idosos e assinale a única alternativa incorreta. a) Exercícios de mobilidade para idosos que têm degeneraçãonos discos intervertebrais não são recomendados. b) As recomendações incluem exercícios de fortalecimento, aeróbios, flexibilidade, com objetivo de melhorar aptidão física, promoção à saúde e redução de FR. c) Se o idoso treinar 2 vezes por semana, pode aumentar o risco por excesso de carga por intensidade do treinamento. Interatividade d) Treinar um volume semanal entre 150 e 300 min./semana significa que com mais tempo de treino distribuído na semana os benefícios são maiores. e) O idoso pode realizar 2h30min de atividade vigorosa no seu programa de treino semanal. Interatividade A resposta correta é a A, pois é a única alternativa incorreta. Ao contrário do anunciado na afirmativa, os exercícios de mobilidade são essenciais para a coluna vertebral, pois somente com estresse físico que, no mínimo, a mobilidade articular promove, é possível que haja nutrição para os discos intervertebrais. Isso independente do grau de degeneração, a prescrição deve considerar a individualidade e necessidade da pessoa. Resposta A gravidez é entendida como uma alteração fisiológica, portanto, apesar das inúmeras adaptações gravídicas, não há impedimento para a prática de exercício físico quando a gravidez se desenvolve dentro da normalidade. As demandas energéticas são bem evidentes. O ganho de peso acontece, principalmente, devido ao aumento da quantidade de água dentro e fora dos vasos sanguíneos e, em menor proporção, devido ao acúmulo de componentes energéticos e estruturais (carboidratos, lipídeos e proteínas). O custo energético chega a 300 kcal/dia, chegando a 390 kcal no meio da gestação. Atividade física e gestante Há um desequilíbrio entre o metabolismo dos carboidratos e das gorduras. Com redução da glicemia de jejum e da glicemia basal materna às custas do armazenamento de gordura, de glicogênese hepática e da transferência de glicose para o feto. Isso na primeira metade da gestação, fase anabólica (de construção). Na segunda metade inicia a fase catabólica (fornecimento de energia), com lipólise, gliconeogênese e resistência a insulina. Acredita-se que o hormônio lactogênio placentário estimule a lipólise, com a liberação de ácidos graxos na corrente sanguínea materna. Período em que a mulher começa a utilizar suas reservas para se adequar ao crescimento fetal. Atividade física e gestante Atividade física e gestante Idade materna avançada. Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual. Deposição central excessiva de gordura corporal. História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau. Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio (líquido amniótico excessivo), hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual. Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, macrossomia ou DMG, entre outros. Há risco para DMG. Aproximadamente 14% (com variações). Atividade física e gestante Fonte: Adaptada de: Barakat, R.; Perales, M.; Garatachea, N. et al. Br J Sports Med;49:1377-1381. p. 2, 2015. Resistência vascular sistêmica Depósito de gordura Ventilação prejudicada (elevação do diafragma) Lactogênio placentário humano Atividade física e gestante Coração é deslocado para cima devido ao aumento do volume do útero. Volume sanguíneo ↑ em 30%; ↑circulação pela aorta, cerca de 50%; ↑pressão venosa nos MMII, pela compressão da veia cava, pelo ↑ do útero; Frequência cardíaca em repouso ↑100bpm; Elevação do diafragma pelo útero aumentado – dispneia (esta elevação não causa ↓ da capacidade dos pulmões, pois há uma ampliação da caixa torácica anteroposterior); ↑ Frequência respiratória e da quantidade de ar em cada ciclo – hiperventilação. Os exercícios de fortalecimento são eficientes e indicados por todos os benefícios já conhecidos. Avaliação clínica inicial é importante. Cautelosos para aquelas que não praticavam antes. Frouxidão ligamentar. Promove redução das dores lombares. Elevação da capacidade funcional do aparelho locomotor. Atividade física e gestante A sugestão da literatura: uso de EPE – 15 – difícil ou intenso. Sessão de 30-60 minutos. Indica-se repetições de 8-15. Recuperação entre 1-2 min. Frequência 2 a 3 vezes na semana. Teoricamente, repetições máximas são mais controladas, desde que feitas com segurança. O padrão de resposta cardiovascular em não gestantes parece se manter preservado na gravidez durante exercício submáximo. Atividade física e gestante Há modificações na caixa torácica em altura e circunferência, diminuição dos volumes pulmonares de reserva. O perfil ventilatório em repouso é consequência do aumento do VO2 e ventilação VE e diminuição dos volumes residuais. Elevação da PAS. Discreta diminuição ou manutenção da PAD. Elevação da FC proporcional ao volume de VO2. Aumento do VS e DC. É consenso que os efeitos agudos do exercício aeróbio são aditivos aos efeitos promovidos pela gravidez. Portanto, a gestante apresenta maiores VS, FC e DC durante o exercício. Atividade física e gestante Gestantes iniciam com um patamar de atividade cardiovascular mais elevado quando começam atividade física. Este é um fator que reduz a capacidade de atingir a carga máxima. Quanto à duração, considere que: quanto maior o tempo, maior a diminuição do fluxo uterino e menor a concentração de glicose. O limiar de oferta que passa a ser insuficiente para o feto é em torno de 45 min. Sugere duração compatível à observada. Se for sedentária, iniciar com 15 min. Aumentando gradualmente até chegar nos 45 min. Atividade física e gestante Contraindicação absoluta para exercícios aeróbios na gravidez Doença cardíaca; Tromboflebite; Embolismo pulmonar recente; Doença infecciosa aguda; Risco de parto prematuro; Colo uterino incompetente; Gestação múltipla; Sangramento uterino, rotura de membrana; Doença hipertensiva grave; Suspeita de sofrimento fetal. Contraindicação relativa para exercícios aeróbios na gravidez Hipertensão arterial essencial; Acompanhamento inadequado de pré-natal; Anemia e outras alterações sanguíneas; Enfermidade de tireoide; Diabetes mellitus; Obesidade excessiva ou baixo peso. Atividade física e gestante Na gestação a mulher apresenta diversas modificações estruturais e metabólicas. É considerado que os efeitos agudos do exercício aeróbio são aditivos aos efeitos promovidos pela gravidez. Sendo assim, quanto aos cuidados que devemos observar durante as sessões de exercícios para que se atinja as metas, são: I. Elevação do diafragma pelo útero aumentado não causa diminuição da capacidade dos pulmões, pois há uma ampliação da caixa torácica anteroposterior. II. Anemia, doença de tireoide e diabetes mellitus são contraindicações absolutas. III. Quanto maior o tempo de sessão de treino, maior será a diminuição do fluxo uterino e menor a concentração de glicose. IV. O perfil ventilatório em repouso é consequência do aumento do VO2 e ventilação VE e diminuição dos volumes residuais. V. Tromboflebite; Embolismo pulmonar recente; Doença infecciosa aguda e Risco de parto prematuro são algumas das contraindicações absolutas para exercícios aeróbios na gravidez. Interatividade Assinale qual é a alternativa que apresenta as afirmativas corretas. a) I e II b) II, III e IV c) I, III, IV e V d) II, III, IV e V e) I, III e V Interatividade A resposta correta é C. Justifica-se pelo fato da afirmativa II estar errada ao afirmar “Anemia, doença de tireoide e diabetes mellitus são contraindicações absolutas”. A verdade é que estas doenças se enquadram nas contraindicações relativas. Resposta A Aids é uma doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês), que pode causar imunossupressão profunda e um consequente quadro de infecções oportunistas, neoplasmas secundáriose distúrbios neurológicos. O vírus ataca o sistema imunológico, as células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus altera o DNA dessa célula e faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. O HIV pode ser encontrado em diversos tipos de secreções, como sangue, saliva, esperma, secreções vaginais e leite materno. Todas as maneiras de possível contato com essas substâncias podem gerar contágio. HIV Positivo e Atividade Motora Quando a pessoa tem HIV, ela está se referindo à fase assintomática da doença. Quando a pessoa está com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), significa que ela apresenta sinais e sintomas que caracterizam a doença, como imunodepressão com infecções oportunistas, perda de peso e degeneração do sistema nervoso central (SNC), o que geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais. HIV Positivo e Atividade Motora O tratamento tem como base medicamentos com o objetivo de impedir a replicação do vírus e impedir a fusão do vírus com o linfócito, diminuindo a proliferação. O tratamento promove efeitos colaterais como diarreia, vômitos, náuseas, rash cutâneo (vermelhidão), agitação e insônia. Outras alterações a longo prazo são resultantes de ações inflamatórias do HIV no organismo e da toxicidade dos medicamentos somadas aos fatores individuais e genéticos. Sendo doença cardiovascular, alterações metabólicas, ósseas e minerais e lipodistrofia. HIV Positivo e Atividade Motora A pessoa com o HIV pode apresentar alta prevalência de alterações da densidade mineral óssea, como osteoporose e osteopenia, que são alterações metabólicas do tecido ósseo caracterizadas pela diminuição da densidade mineral e pelo comprometimento da resistência e da qualidade óssea. Podem ser fisiológicas ou patológicas e predispõem à elevação do risco de fratura. O efeito do exercício físico faz parte da terapia coadjuvante e complementar em indivíduos infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Ainda existem muitas lacunas no conhecimento sobre os tipos de exercícios ideais, a duração, a frequência e a intensidade em que devem ser prescritos para essa população. HIV Positivo e Atividade Motora Alguns estudos relatam que o exercício físico diminui efetivamente alguns efeitos colaterais associados ao estresse fisiológico da infecção pelo vírus. Melhora o perfil lipídico e reduz o risco de doença cardiovascular. O exercício melhora a função imunológica, fatores psicológicos, condicionamento cardiorrespiratório, força, composição corporal e qualidade de vida, capacidade funcional, depressão, ansiedade e a saúde em geral. HIV Positivo e Atividade Motora Há alguns fatores que podem impedir a prática de atividade física, por este motivo, a liberação médica é importante. Idade superior a 34 anos para homens e 44 anos para mulheres. Dois ou mais fatores de riscos cardiovasculares. Pressão arterial sistólica > 120 milímetros de mercúrio (mmHg); pressão arterial diastólica > 80 mmHg. LDL > 160 mg/dL; Triglicérides > 150 mg/dL; HDL < 50. Glicemia > 100 mg/dL; IMC < 18 e > 25. Pacientes com sinais ou sintomas de anomalias cardiovasculares ou portadores de doença cardíaca, pulmonar ou metabólica. HIV Positivo e Atividade Motora A prescrição do exercício deve ser individual e levar em consideração o nível de aptidão física relacionado à saúde, ao estágio da doença e ao esquema terapêutico (medicação) e seus efeitos. Avaliação física, funcional, da qualidade de vida, testes de capacidade física entre outros são importantes de serem aplicados para se ter um acompanhamento mais adequado da melhora da qualidade de vida desta pessoa. A frequência de 3 vezes por semana nos treinos tem mostrado bons resultados. Recomenda-se uma intensidade para exercícios aeróbios entre 40-60% da FC de reserva. Alguns estudos consideram também intensidade alta. HIV Positivo e Atividade Motora Exercícios resistidos podem variar entre 50-80% de 1RM, dependerá do quadro da pessoa com HIV. Parece que o teste mais indicado é de repetições máximas. Em geral, uma sessão de treino pode variar por tempo entre 20-45 minutos de duração, 3 vezes por semana. HIV Positivo e Atividade Motora Vimos que a prescrição do exercício para pessoa com Aids deve ser individual e levar em consideração o nível de aptidão física relacionado à saúde, ao estágio da doença e ao esquema terapêutico (medicação) e seus efeitos. Ainda há poucos estudos sobre protocolos de exercícios mais indicados para este público. Sendo assim, leia abaixo as afirmativas sobre o que temos sobre o assunto. I. Exercícios resistidos podem variar entre 50-80% de 1RM. II. O teste de repetições máximas tem sido o mais indicado. III. Em geral, uma sessão de treino pode variar por tempo entre 20-45 minutos de duração. IV. Ao menos a osteoporose é uma situação que não se observa no quadro clínico da pessoa com Aids. Interatividade Responda a única alternativa que apresenta as afirmativas corretas. a) I b) I e II c) I, II e III d) II, III e IV e) I, II, III e IV Interatividade A resposta correta é a C. A afirmativa IV está errada. O correto é que a pessoa com Aids pode apresentar alta prevalência de alterações da densidade mineral óssea, como osteoporose e osteopenia. Resposta Num conceito simplificado do câncer, ele é um conjunto de doenças caracterizadas pelo acúmulo de mutações no genoma de uma célula. Essas mutações induzem mudanças no ambiente celular, que se prolifera, bem como desenvolve maior resistência aos mecanismos de morte celular programada (apoptose). É entendido como um microambiente ideal para a progressão do crescimento tumoral por meio dos elementos celulares que o compõem. Esses elementos podem vir da interação das células geneticamente modificadas, das células normais, com os fibroblastos das células do sistema imune, dos vasos sanguíneos e de diferentes moléculas produzidas localmente ou provenientes da capilarização. Câncer Assim, após uma alteração no DNA, as células cancerosas começam a se dividir descontroladamente, podendo se multiplicar por outros tecidos, e formam tumores ou neoplasias malignas que afetam o funcionamento do corpo, utilizando energia e nutrientes acima do normal e se concentrando fora das células normais. A maioria dos tratamentos cirúrgicos aplicados, quimioterápicos e/ou radioterápicos tem efeito prejudicial na saúde do indivíduo, podendo levar a uma série de morbidades associadas ao câncer, que diminuem drasticamente a qualidade de vida do indivíduo. Câncer Dois exemplos são a caquexia e a toxicidade cardiovascular induzida pelos quimioterápicos. São necessárias, assim, estratégias para atenuar as comorbidades e aumentar a qualidade de vida e o exercício físico é uma dessas estratégias. O avanço do câncer, na maior parte das vezes, se dá por fatores externos, que envolvem aspectos físicos, ambientais, econômicos e sociais, compondo um complexo sistema conceitual que engloba desde os aspectos individuais – caracterizados pela maior acessibilidade na tomada de consciência sobre o que pode aumentar o risco de desenvolver o câncer, – até a escolha da adoção de hábitos saudáveis e as condições econômicas que possibilitem a efetivação dessa escolha. Câncer As alterações imunológicas, as mutações hereditárias e as infecções prolongadas por vírus e bactérias, consideradas fatores internos causadores do câncer são, muitas vezes, resultados das influências externas do meio a que o indivíduo está submetido, evidenciando que, além da genética e das questões biológicas, o comportamento – incluindo a alimentação saudável e a higiene – também é um fator importante a ser considerado na prevenção do câncer. Câncer Um tumor benigno significa uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original e que, raramente, constituem um risco de morte. 80% a 90% estão relacionados a fatores ambientais Os agentes indutores dos danos celulares podem ser químicos, físicos ou patológicos e também iniciadores ou promotores. Câncer Um agente iniciador é a radiação solar: Quando um indivíduo se expõe por longo tempo à radiação solar, é gerado um processo inflamatório no qual ocorre uma série de alterações celulares locais. A longo prazo, a radiação pode ser, portanto, um iniciador do tumor. Já os agentes promotores não causam danos diretamente, mas atuam sobre as células já danificadas pelo agente iniciador. Um bom exemplo seria o consumo de álcool. Os tumores também são influenciados pelos componentes genéticos individuais. A partir disso fica mais fácil compreender a relação entre atividade/inatividade física versus o possível aparecimento de um câncer. Câncer A atividade física é altamente recomendada em mulheres pós-menopausa na prevenção de câncer de mama. Sabe-se que os níveis elevados do IMC e do hormônio estrona são fatores determinantes de câncer e podem ser diminuídos com o exercício físico. O câncer colorretal que atinge o cólon (intestino grosso e o reto). Também pode ser prevenido com exercícios físicos. Seu fatores de risco são: idade acima de 50 anos; história familiar de câncer de cólon e reto; história pessoal pregressa de câncer; dieta com alto teor de gordura; inatividade física; obesidade. Câncer O exercício é uma intervenção segura durante ou após o tratamento. Efeitos indiretos do exercício físico são relevantes. Capacidade aeróbia, força, redução da fadiga e melhora do sistema imune. É necessário observar que pessoas mais velhas podem apresentar outras doenças. São necessários para garantir a segurança do programa de exercícios. Uma anamnese detalhada, exame clínico do oncologista, exame físico que avalie sinais e sintomas cardíacos, pulmonares, neurológicos e musculoesqueléticos. Câncer Recomendações de: 150 min./semana de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício físico intenso. Não é aconselhada para indivíduos sedentários durante ou imediatamente após a terapia citotóxica. Prescrição deve ser individualizada. Indivíduos com câncer, portanto, devem receber atenção especial quanto às variações patofisiológicas da doença, ao gerenciamento terapêutico e ao prognóstico das malignidades e características individuais. Câncer Indivíduos que já fazem exercícios conforme recomendações gerais quanto a tempo, sessões por semana e intensidade, a sugestão é que continuem. O aumento progressivo na quantidade de exercício físico pode promover benefícios adicionais à saúde. Esses benefícios são alcançados pela variação da intensidade, da frequência, da duração e do tipo de exercício, que pode ser modificado a cada duas ou três semanas para evitar lesões e estresse excessivo, melhorando a capacidade cardiorrespiratória. Câncer O mais desafiador da prescrição de exercícios é encontrar a intensidade apropriada. Medidas mais subjetivas podem ser explicadas aos indivíduos, mas, se possível, recomenda-se utilizar medidas com maior efetividade, como os cálculos das zonas-alvo de treinamento, que podem ser feitos por equações ou, preferencialmente, por testes de esforço. Câncer Apesar de se encontrar poucos artigos na literatura nos quais se discute formas ou protocolos de treinamento, é possível perceber que a prática regular de exercícios físicos é importante durante e após o tratamento, assim como alguns tipo câncer podem ser prevenidos com a prática regular de exercícios. Leia as afirmativas a seguir sobre a prescrição de exercícios para a população com câncer. I. O aumento de intensidade, duração e frequência pode trazer prejuízo a longo prazo. II. Indivíduos que já fazem exercícios conforme recomendações gerais quanto a tempo, sessões por semana e intensidade, a sugestão é que continuem. III. Não é aconselhada para indivíduos sedentários, durante ou imediatamente após a terapia citotóxica, a prática geral recomendada de 150 e 75 min./semana de exercícios moderados e intensos. Interatividade IV. Em geral, o exercício ainda não é uma intervenção segura durante ou após o tratamento. Assinale a alternativa que aponta as afirmativas corretas. a) I e II b) I, II e III c) II e III Interatividade d) II, III e IV e) I, II, III e IV A resposta correta é a C. Pois a afirmativa I está errada ao afirmar que “o aumento de intensidade, duração e frequência pode trazer prejuízo a longo prazo”. Verdadeiramente, é importante aumentar estes fatores para se ter maiores benefícios à saúde da pessoa com câncer. E na IV é errado afirmar que “Em geral o exercício ainda não é uma intervenção segura durante ou após o tratamento”. É exatamente o inverso, o exercício é altamente recomendado, durante e após o tratamento. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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