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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA TH 1 MOTIVACIONAL MOTIVAÇÃO Caracteriza-se como processo dinâmico, segundo o modelo transteórico desenvolvido por Prochasca e Diclement (1983) Modelo descreve os estágios da mudança comportamental, por meio dos quais o indivíduo transita de forma não linear; Não necessariamente não linear e cronológica; o paciente pode ir e voltar no mesmo estágio → ex: recuperação de drogas Estágios: Pré-contemplação Contemplação Determinação Ação Manutenção Recaída Entrevista Motivacional (EM) Abordagem criada para auxiliar indivíduos a reconhecer seus problemas quando há ambivalência quanto à mudança comportamental e estimular o comprometimento para a mudança por meio de abordagem psicoterápica encorajadora (vem do médico); Origem da influência da motivação: Externa (pressões, ações coercitivas); Interna (do próprio indivíduo); EM extensamente utilizada e adaptada para o uso em muitos pacientes; Impacto e limitações – nº limitado de estudos científicos com rigor metodológico Falta compressão teórica da entrevista: Maioria das pesquisas foca na eficácia da avaliação, negligenciando o fornecimento de perguntas envolvidas nos processos afetados pela intervenção Pesquisadores reconhecem limitações – impossibilidade de conclusões como e porque a EM tem uma influência. Engloba técnicas de várias abordagens: psicoterapias breves, terapia cognitiva, terapia sistêmica e psicologia social de persuasão (sessão de terapia centrada no paciente) Papel do terapeuta é não diretivo: oferece condições de crítica que propiciem espaço para uma mudança natural (Não propõe soluções ou sugestões) – técnicas: Empatia (escuta técnica reflexiva) Terapeuta não assume papel de expert; Autonomia, liberdade de escolha do cliente; (paciente é peça chave na decisão) Evitada confrontação direta, imediata e persuasão; Componente diretivo – propósito e direção 2 conceitos básicos Ambivalência: relutância a fazer algo e experiência de um conflito psicológico para decidir entre dois caminhos diferentes Paciente que deseja mudar → se depara em sentimentos de ambivalência Paciente quer mudar, mas o hábito traz boas lembranças → recaídas Entrevista MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA TH 1 Prontidão para a mudança: motivação como um estado de prontidão ou vontade de mudar (mudança se faz através de um processo e para tal, a pessoa passa por diferentes estágios) A vontade de mudar deve partir do paciente Estágios da mudança Estágios de pré-contemplação Entrada para o processo de mudança (ainda não está considerando a mudança) Pessoa sequer encara seu comportamento como um problema (resistente, negação) Alguma consciência do problema aparece – estágio seguinte Há negação → resistência (Ex: paciente Edison nos 1º dias) Paciente não compreende o problema ou não vê que isso atrapalha sua qualidade de vida Estágio de contemplação Considera a mudança, mas ao mesmo tempo a rejeita; Paciente começa compreender a dimensão do problema e que aquilo atrapalha sua qualidade de vida Ambivalência no ápice deve ser trabalhada – possibilitar um movimento rumo à decisão de mudar; Colocar na balança os pontos a favores e contra Trabalhada a ambivalência – passa-se ao próximo estágio Estágio de preparação: Pessoa pronta para mudar e compromissada com a mudança Aumenta a responsabilidade pela mudança Fase boa para elaborar um plano específico de ação → AUTONOMIA! Bolar estratégias de quando fazer/executar Estágios de ação: Paciente já muda e usa a terapia como meio de assegurar-se do seu plano, para ganhar autoeficácia e para criar condições externas para a mudança Paciente pode mudar hábito da família toda para ajudar nessa mudança O paciente pode precisar de alguma terapia farmacológica ou não, para assegurar essa mudança Estágio manutenção: Teste para comprovar-se a efetividade da mudança – estabilidade neste novo estádio por anos; Muitos acabam recaindo – recomeçar o processo novamente (nem sempre pelo estágio inicial – processo de mudança como uma espiral) individualizado Estágio da recaída recorrência dos sintomas da doença após um período de melhora; fracasso de atingir objetivos estabelecidos por um indivíduo após um período definido momento de vulnerabilidade ficar mais próximo do paciente quando isso ocorrer ex: paciente Cleison Estratégias Motivação – estado mutável (estratégias que aumentem a probabilidade de mudança) 8 estratégias de A a H (em inglês) Aconselhar (give advice): Identificar o problema ou a área de risco, explicar porque a mudança é necessária e recomeçar uma mudança específica Anamnese bem coletada → compreender os pontos chaves Recomendar mudanças Remover barreirar (remove barriers): abordagem mais cognitiva que prática – auxiliar cliente a identificar essas barreiras e ultrapassá-las, assistindo-o na busca de soluções práticas; entender a rotina do paciente compreender o hábito e sua associação (Ex: fumar com tomar café → mantêm o tabagismo) ex: sair e ingerir álcool PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA TH 1 Oferecer opções de escolha (providing choices): motivação é maior quando a pessoa se percebe capaz de decidir livremente sem influência externa ou sem ter sido obrigado a fazê-lo (terapeuta deve ajudar o cliente a sentir sua liberdade e responsabilidade de escolha) sempre dá várias possibilidades ao paciente – sempre de acordo com a rotina dele Diminuir a vontade (decressing desirability): terapeuta deve identificar os aspectos positivos do comportamento de uso de uma substância do cliente que o está estimulando a manter-se nele, buscar formas de diminuir esses incentivos; reforços positivos Praticar empatia (practicing empathy) entender o outro através da escuta se colocar no lugar do outro não ser autoritário (o médico) Dar feedback (providing feedback): Deixar o paciente a par de seu estado presente – elemento essencial para motivar à mudança elogios – reforços positivos sem julgamentos Clarear objetivos (clariffing goals): auxiliar a estabelecer objetivos realistas e atingíveis relembrar a importância dessa mudança planejar pequenas mudanças, gradativamente Ajuda ativa (active helping) terapeuta ativo e positivamente interessado no processo de mudança (iniciativa de ajudar e expressão de cuidado); acompanhar de perto o paciente