Buscar

Direito Internacional dos Refugiados

Prévia do material em texto

Deise Emanuelle via Passei Direto
Direito Internacional dos Refugiados 
Os motivos que normalmente levam uma
pessoa a migrar de seu país são de muitas
ordens: políticas, econômicas e sociais. Esses
emigrantes estão à procura de uma melhor
condição de vida, onde seus direitos sejam
respeitados. 
Os migrantes se dividem em duas categorias,
os forçosos e os não forçosos. 
São denominadas de refugiadas as pessoas
que se asilam em território distinto daquele
que pertence ao seu País. 
A Convenção de 1951 relativa ao estatuto dos
refugiados que estabeleceu o estatuto dos
refugiados define-o, no artigo 1º, como sendo
aquela pessoa que: 
“temendo ser perseguida por motivos de raça,
religião, nacionalidade, grupo social ou
opiniões políticas, se encontra fora do país de
sua nacionalidade e que não pode ou, em
virtude desse temor, não quer valer-se da
proteção desse país, ou que, se não tem
nacionalidade e se encontra fora do país no
qual tinha sua residência habitual em
consequência de tais acontecimentos, não
pode ou, devido ao referido temor, não quer
voltar a ele”.
OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES 
A lei brasileira nº. 9.474 de 1997 amplia ainda
mais o conceito de refugiado, vez que não
impõe condições especificas, em seu artigo 1,
inciso III, “devido à grave e generalizada
violação de direitos humanos, é obrigado a
deixar seu país de nacionalidade para buscar
refúgio em outro país” 
O Conare - Comitê Nacional para os
Refugiados é o órgão colegiado, vinculado ao
Ministério da Justiça, que reúne segmentos
representativos da área governamental, da
Sociedade Civil e das Nações Unidas, e que
tem por finalidade: 
- analisar o pedido sobre o reconhecimento da
condição de refugiado;
- deliberar quanto à cessação “ex officio” ou
mediante requerimento das autoridades
competentes, da condição de refugiado;
- declarar a perda da condição de refugiado;
- orientar e coordenar as ações necessárias à
eficácia da proteção, assistência, integração
local e apoio jurídico aos refugiados, com a
Deise Emanuelle via Passei Direto
participação dos Ministérios e instituições que
compõem o Conare; e -
 aprovar instruções normativas que
possibilitem a execução da Lei nº 9.474/97. 
STJ 
O Poder Judiciário não pode analisar a
oportunidade e a conveniência para que
estrangeiro tenha direito ao benefício do asilo
político. A decisão é do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que analisou recurso sobre
pedido de refúgio político formulado por um
israelense. É a primeira vez que a questão
chega à Corte. 
Artigo 1 
Para efeitos da presente Convenção
considera-se como criança todo ser humano
com menos de dezoito anos de idade, a não
ser que, em conformidade com a lei aplicável
à criança, a maioridade seja alcançada antes. 
Artigo 2 
1. Os Estados Partes respeitarão os direitos
enunciados na presente Convenção e
assegurarão sua aplicação a cada criança
sujeita à sua jurisdição, sem distinção alguma,
independentemente de raça, cor, sexo, idioma,
crença, opinião política ou de outra índole,
origem nacional, étnica ou social, posição
econômica, deficiências físicas, nascimento
ou qualquer outra condição da criança, de
seus pais ou de seus representantes legais.
2. Os Estados Partes tomarão todas as
medidas apropriadas para assegurar a
proteção da criança contra toda forma de
discriminação ou castigo por causa da
condição, das atividades, das opiniões
manifestadas ou das crenças de seus pais,
representantes legais ou familiares.
Artigo 3 
1. Todas as ações relativas às crianças,
levadas a efeito por instituições públicas ou
privadas de bem estar social, tribunais,
autoridades administrativas ou órgãos
legislativos, devem considerar,
primordialmente, o interesse maior da criança.
2. Os Estados Partes se comprometem a
assegurar à criança a proteção e o cuidado que
sejam necessários para seu bem-estar, levando
em consideração os direitos e deveres de seus
pais, tutores ou outras pessoas responsáveis
por ela perante a lei e, com essa finalidade,
tomarão todas as medidas legislativas e
administrativas adequadas.
3. Os Estados Partes se certificarão de que as
instituições, os serviços e os estabelecimentos
encarregados do cuidado ou da proteção das
crianças cumpram com os padrões
estabelecidos pelas autoridades competentes,
especialmente no que diz respeito à segurança
e à saúde das crianças, ao número e à
competência de seu pessoal e à existência de
supervisão adequada.
Deise Emanuelle via Passei Direto
Protocolos Opcionais à Convenção sobre os
Direitos das crianças 
DECRETO Nº 5.006, DE 8 DE MARÇO DE
2004 - Promulga o Protocolo Facultativo à
Convenção sobre os Direitos da Criança
relativo ao envolvimento de crianças em
conflitos armados. 
DECRETO Nº 5.017, DE 12 DE MARÇO DE
2004. Promulga o Protocolo Adicional à
Convenção das Nações Unidas contra o
Crime Organizado Transnacional Relativo à
Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de
Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças. 
Proteção à criança na CF/88: 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e
do Estado assegurar à criança, ao adolescente
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. 
Convenção Internacional Sobre a Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação Racial
de 1965, feita pela ONU e ratificada pelo
Brasil em 1968. 
Em seu artigo 1º tem-se que a expressão
"discriminação racial" significa toda
distinção, exclusão, restrição ou preferência
baseada em raça, cor, descendência ou origem
nacional ou étnica que tenha por objeto ou
resultado anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício em um
mesmo plano (em igualdade de condição) de
direitos humanos e liberdades fundamentais
nos campos político, econômico, social,
cultural ou em qualquer outro campo da vida
pública. 
O parágrafo 4º do artigo 1º da referida
Convenção dispõe: "Não serão consideradas
discriminação racial as medidas especiais
tomadas com o único objetivo de assegurar o
progresso adequado de certos grupos raciais
ou étnicos ou de indivíduos que necessitem da
proteção que possa ser necessária para
proporcionar a tais grupos ou indivíduos igual
gozo ou exercício de direitos humanos e
liberdades fundamentais, contanto que tais
medidas não conduzam, em consequência, à
manutenção de direitos separados para
diferentes grupos raciais e não prossigam
após terem sido alcançados os seus
objetivos".
CONVENÇÃO INTERAMERICANA
CONTRA O RACISMO, A
DISCRIMINAÇÃO RACIAL E FORMAS
CORRELATAS DE INTOLERÂNCIA 
Art. 1º Discriminação racial é qualquer
distinção, exclusão, restrição ou preferência,
Deise Emanuelle via Passei Direto
em qualquer área da vida pública ou privada,
cujo propósito ou efeito seja anular ou
restringir o reconhecimento, gozo ou
exercício, em condições de igualdade, de um
ou mais direitos humanos e liberdades
fundamentais consagrados nos instrumentos
internacionais aplicáveis aos Estados Partes. 
A discriminação racial pode basear-se em
raça, cor, ascendência ou origem nacional ou
étnica. 
Discriminação racial indireta é aquela que
ocorre, em qualquer esfera da vida pública ou
privada, quando um dispositivo, prática ou
critério aparentemente neutro tem a
capacidade de acarretar uma desvantagem
particularpara pessoas pertencentes a um
grupo específico, com base nas razões
estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em
desvantagem, a menos que esse dispositivo,
prática ou critério tenha um objetivo ou
justificativa razoável e legítima à luz do
Direito Internacional dos Direitos Humanos.
Discriminação múltipla ou agravada é
qualquer preferência, distinção, exclusão ou
restrição baseada, de modo concomitante, em
dois ou mais critérios dispostos no Artigo 1.1,
ou outros reconhecidos em instrumentos
internacionais, cujo objetivo ou resultado seja
anular ou restringir o reconhecimento, gozo
ou exercício, em condições de igualdade, de
um ou mais direitos humanos e liberdades
fundamentais consagrados nos instrumentos
internacionais aplicáveis aos Estados Partes,
em qualquer área da vida pública ou privada.
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS 
Artigo 5º, incisos XLI e XLII - considera a
prática do racismo crime inafiançável,
imprescritível e sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei. 
Artigo 1º, inciso III - Princípio da Dignidade
da Pessoa Humana é um valor essencial nos
países livres. 
Artigo 3º, inciso IV - é um dos objetivos
principais da República combater o
preconceito e a discriminação. 
Artigo 4º, inciso VIII - reafirma o
compromisso da República de combater o
racismo em todas as suas manifestações. 
Artigo 2 
Para os efeitos desta Convenção, entender-se-
á por tortura todo ato pelo qual são infligidos
intencionalmente a uma pessoa penas ou
sofrimentos físicos ou mentais, com fins de
investigação criminal, como meio de
intimidação, como castigo pessoal, como
medida preventiva, como pena ou com
qualquer outro fim. 
Deise Emanuelle via Passei Direto
Entender-se-á também como tortura a
aplicação, sobre uma pessoa, de métodos
tendentes a anular a personalidade da vítima,
ou a diminuir sua capacidade física ou mental,
embora não causem dor física ou angústia
psíquica. 
Não estarão compreendidos no conceito de
tortura as penas ou sofrimentos físicos ou
mentais que sejam unicamente consequência
de medidas legais ou inerentes a elas,
contanto que não incluam a realização dos
atos ou a aplicação dos métodos a que se
refere este artigo. 
Artigo 3 
Serão responsáveis pelo delito de tortura: 
a) Os empregados ou funcionários públicos
que, aluando nesse caráter, ordenem sua
comissão ou instiguem ou induzam a ela,
cometam-no diretamente ou, podendo impedi-
lo, não o façam; 
b) As pessoas que, por instigação dos
funcionários ou empregados públicos a que se
refere a alínea a, ordenem sua comissão,
instiguem ou induzam a ela, cometam-no
diretamente ou nele sejam cúmplices. 
Artigo 4 
O fato de haver agido por ordens
superiores não eximirá da responsabilidade
penal correspondente.

Continue navegando