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Resenha do texto A gramatologia, uma ruptura nos estudos sobre a escrita (1)

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Universidade Estadual do Ceará
 Curso: Letras português
 Disciplina: Fala e escrita em Língua Portuguesa
 Aluna: Larissa Bruna da Silva Lemos
 
 A gramatologia, uma ruptura nos estados sobre a escrita de autoria da Sonia Borges Vieira da Mota, uma obra de 23 páginas. O artigo tem como o objetivo que para Derrida a filosofia vai de Platão a Hegel e que concebe a linguagem escrita como representação da fala. Isto significa que a escrita é atribuída a um caráter técnico e funcional. E o artigo irá focalizar nisso na desconstrução dessa concepção tomando por base a crítica de Derrida e as interpretações que reduzem o pensamento de Saussure.
 O presente artigo inicia com enfatizando que Jacques Derrida é um dos pensadores mais polêmicos do nosso tempo, o seu trabalho desperta a atenção de vários estudiosos, sem dúvida por conta do seu trabalho de desconstrução que no caso é desmontar uma construção para todo mundo entender o que foi destruído, essa desconstrução procede sobre o pensamento ocidental, que ele classifica como logogonocentrico. Sobre a desconstrução de logocentrismo, Derrida irá tomar como ponto crucial a noção de representação, as letras e a escrita são essa representação, vai partir de uma discussão sobre o conceito de escrita, mostrando que a escrita vem sendo atribuída, no campo da filosofia e das ciências que tem como objeto a linguagem. No sentido para descontruir a relação, em que a escrita ocupa um lugar subalterno, inicia particularmente, da noção saussuriana de língua.
 Na palavra gramatologia “grámma, grámmatos”, remete à letra, à escritura, e a noção de escritura, em Derrida, compreende e excede a de linguagem, mas no caso o conhecimento é sempre a ordem da escritura. A gramatologia, para Derrida, é a ciência que permite pensar as possibilidade de se fazer ciência. Essa fazer ciência não mais que “escrever o reincidente, o que se repete no real. Essa concepção, é absolutamente diferente da confere as representações cientificas o caráter de verdade e para o Derrida, as representações de real x realidade não são uma cópia imagética de algo entendido como um real em si. Não temos acesso a todo nosso inconsciente, eles são incompletos, portanto não podem ser apresentado na escrita e na oralidade. Freud reitera que o inconsciente, é a verdadeira realidade psíquica, em sua natureza mais intima, ele nos é tão desconhecido quanto a realidade do mundo exterior, e é tão incompletamente apresentado pelos dados da consciência. Para Derrida, o conhecimento é sempre da ordem da escritura, da repetição do que nele se repete, e não a representação/reprodução da sua suposta essência, e essa repetição é importante para Derrida, pois língua tem uma característica de repetição, que ele irá chamar de repetipilidade, então todas as vezes que você repete um nome, na repetição você tem um sentido novo, e ele fala que linguagem é altamente ambígua, quando você escreve a sua escritura é ambígua. Derrida então cita Saussure, como um exemplo privilegiado e que a linguística é devido ao seu fundamento fonológico, porem entra questões do estilo e os surdos, os mudos, e as pinturas. Portanto para Saussure a escrita é subalterna a oralidade.
 Segundo Aristóteles, os sons que são símbolos dos estados de espirito como gritos, o medo, e as palavras escritas, os símbolos das palavras emitidas pela voz, dessa forma todos os homens escrevem de maneira diferente, também as palavra pronunciadas não são as mesmas. Porém não só no pensamento de Aristóteles, mas em todo o pensamento ocidental, os sons emitidos pela voz são os símbolos dos estados da alma, e as palavras da escritas voz produtora dos primeiro símbolos, teria com a alma, com o pensamento uma relação não igual mas próximas essencial e imediata. Hegel, também concede ao som um papel privilegiado na idealização, na produção do conceito, e este movimento ideal, o qual se diria que se manifesta a simples subjetividade, e ressoando a alma do corpo, o ouvido percebe-o da mesma maneira teórica pela qual o olho percebe a cor ou a forma, porem mas dentro disso temos a questão de quem é cego, como ficaria a cor ou a forma. A farmácia de Platão, fala da escrita como é enfocada no Fedro de Platão, no qual Sócrates apresenta o mito de Theuth, e o Deus da escrita oferece a escrita ao rei como remédio, como phármakon. E então faz o elogio da escrita, mostra seus benefícios para a memória, escondendo a ambiguidade do termo que pode ter efeito de droga, para convencer o rei, essa droga é algo que mata, pois não consegue acende aquela ambiguidade. Platão irá continuar mostrando que, diferentemente da pintura, a escrita não cria nem mesmo a cópia ou o fantasma da coisa, nunca é a proporia coisa, nem mesmo a pintura, a fotografia é você real.
 A imagem, a representação são condições para a “realidade” do objeto, de modo que a relação jamais é pensada com “diferença simples”, e sem compromisso com a grade de noções, para pensar na realidade você precisa ir para um sistema interno, logo para ele a linguagem é sempre figurada no sentido de simbólica. Derrida aponta a “incoerência” de Saussure, ele desvaloriza a escrita, reforçando o que dela se falou em toda tradição, e chama a atenção para o alfabetos dos surdos, a dança, as formas de polidez, aquilo é uma escrita. A fala permitiria a “presentação” do objeto na consciência, “presentação” é o que emerge, é mais do que apresentar, é fazer-se presente no nosso consciente, a que entra o sentido. Derrida então conclui que Saussure nunca teria pensado que a escrita fosse verdadeiramente uma “imagem” uma “figuração”, uma “representação” da língua falada e precisou dessas noções “inadequadas” para detectar a “exterioridade” da empiria gráfica, a gráfica é algo altamente externo e essas significações e estão dentro da gente. A palavra “traço” para Derrida remete à noção de “arbitrário”, e de que deve entender que o significado não depende da livre escolha do que fala” e assim não tem nenhuma “amar natural” com o que significa. Em um permanente “vir-a-ser” o signo, como traço atravessa a etapa do símbolo, de modo que “em linguagem saussuriana, é preciso dizer o que Saussure não disse: não há símbolo e signo, e sim um vir-a-se-signo-do-símbolo”. E Saussure afirma num parágrafo que além disso, é impossível que o som, pertença por si a língua. Ele não é para ela mais que uma coisa secundária, matéria que coloca em jogo, todos os valores convencionais apresentados, esse caráter de não se confundirem com o elemento tangível que lhes serve de suporte e em sua essência, o significante linguístico não é de modo algum fônico, ele é incorpóreo, não por sua substância material, mas somente pelas diferenças que separam sua imagem acústica de todas as outras. Derrida não menciona uma reabilitação da escrita que significaria a inserção da ordem de dependência, mas observa que o estudo do estrato gráfico do texto está aberto as pesquisas inédita. Portanto constitui aquilo mesmo que se deixa reduzir sob a forma de presença, enquanto condição de todo o sistema linguístico, ele encontra o sistema linguístico, pois somos mais que esse sistema.

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