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Problema 8 - Núcleos da Base

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1 
 
Núcleos da Base 
Problema 8 
 
 
 
1 - Compreender a anatomia e fisiologia do cerebelo. 
2 - Entender a morfofisiologia (anatomia, fisiologia e 
histologia) dos núcleos da base. 
3 - Compreender o funcionamento do sistema vestibular. 
4 - Conhecer os fatores do afastamento do idoso com a 
sociedade. 
 
1 – Compreender a anatomia e fisiologia 
do cerebelo 
 
O cerebelo repousa sobre a fossa cerebelar 
do osso occipital e está separado do lobo 
occipital do cérebro por uma prega da dura-
máter denominada a tenda do cerebelo. 
 
O cerebelo apresenta o córtex de substância 
cinzenta que envolve o centro de substância 
branca (o corpo medular do cerebelo) onde 
são observadas massas de substância 
cinzenta (os núcleos centrais do cerebelo). 
 
Da superfície para o interior do órgão 
distinguem-se as seguintes camadas: camada 
molecular, camada de células de Purkinje e 
camada granular. 
 
 
 
A parte central do cerebelo é chamada vermis 
e está ligado aos hemisférios cerebelares. 
 
É dividido em duas partes pela fissura póstero 
lateral: o lobo floculonodular (formado pelo 
floculo e pelo nódulo) e o corpo do cerebelo 
(pelo restante do órgão), e o corpo do 
cerebelo é dividido pela fissura prima em dois 
lobos, anterior e posterior. 
 
Cada hemisfério é composto por lobos 
separados por profundas e distintas fissuras. 
Os lobos anterior e posterior controlam 
aspectos subconscientes dos movimentos da 
musculatura esquelética. O lobo 
floculonodular da parte inferior contribui com o 
equilíbrio. 
 
Três pares de pedúnculos cerebelares 
conectam o cerebelo com o tronco encefálico. 
Estes feixes de substância branca são 
compostos por axônios que conduzem 
impulsos entre o cerebelo e outras partes do 
encéfalo 
 
Os pedúnculos cerebelares superiores 
contêm axônios que se estendem do cerebelo 
para o núcleo rubro e vários núcleos 
talâmicos. Os pedúnculos cerebelares 
superiores contêm axônios que se estendem 
do cerebelo para o núcleo rubro e vários 
núcleos talâmicos. 
 
 
 
 
2 
 
Os pedúnculos cerebelares médios são os 
maiores; seus axônios transmitem impulsos 
para movimentos voluntários dos núcleos 
pontinos (que recebem informações de áreas 
motoras do córtex cerebral) em direção ao 
cerebelo 
 
Os pedúnculos cerebelares inferiores são 
formados por (1) axônios dos tratos 
espinocerebelares que trazem informações 
sensitivas procedentes de proprioceptores no 
tronco e nos membros; (2) axônios do 
aparelho vestibular e dos núcleos vestibulares 
do bulbo que trazem informações de 
proprioceptores da cabeça; (3) axônios do 
núcleo olivar inferior que entram no cerebelo e 
regulam a atividade dos neurônios 
cerebelares; (4) axônios que se projetam do 
cerebelo para os núcleos vestibulares do 
bulbo e da ponte; e (5) axônios que se 
estendem do cerebelo até a formação 
reticular. 
 
As funções do cerebelo estão relacionadas a 
postura e o equilíbrio adequados, a 
aprendizagem e a realização de movimentos 
rápidos, coordenados e altamente 
habilidosos. As funçõescerebelares envolvem 
quatro atividades: monitoramento das 
intenções de movimento, monitoramento do 
movimento real, comparação dos sinais de 
comando com a informação sensitiva e envio 
de retroalimentação corretivas. 
 
→ Chegam ao cerebelo fibras nervosas que 
trazem informações de diversos setores do 
sistema nervoso que são processadas e tem 
a resposta enviada através de vias eferentes 
que influenciam os neurônios motores 
(homolateralmente). 
 
→ As fibras que penetram no cerebelo e se 
dirigem ao córtex o nome dois tipos: fibras 
musgosas e fibras trepadeiras, as trepadeiras 
são axônios de neurônios situados no 
complexo olivar inferior e as fibras musgosas 
representam terminações dos demais feixes 
de fibras que penetram no cerebelo. 
 
→ As vias aferentes podem vir do encéfalo ou 
da periferia 
 
Originadas em outras partes do encéfalo 
estão: 
 
 Via corticopontocerebelar: extensa e 
importante, se origina nos córtices motor, pré-
motor e somatossensorial, passa pelos 
núcleos pontinos e tratos pontocerebelares 
para as divisões laterais dos hemisférios 
cerebelares contralaterais. 
 
 Trato olivocerebelar: originado na oliva 
inferior, vai para todas as partes do cerebelo. 
É ativado na sua origem por fibras do córtex 
motor, núcleos da base, formação reticular e 
da medula espinhal. 
 
 Fibras vestibulocerebelares: se originam no 
aparelho vestibular ou em seus núcleos do 
tronco encefálico, terminam no lobo 
floculonodular e no núcleo fastígio do 
cerebelo. 
 
 Fibras reticulocerebelares: se originam na 
formação reticular do tronco encefálico e nas 
áreas medianas cerebelares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Originadas na periferia estão: 
 
 Trato espinocerebelar dorsal: chega ao 
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior e 
termina no verme e na zona intermediaria do 
cerebelo, no mesmo lado de sua origem. Seus 
sinais vêm de fusos musculares, e em menor 
grau de receptores somáticos, de todo o corpo 
e notificam sobre as condições momentâneas 
de contração muscular, da tensão nos 
tendões, das posições e velocidades de 
movimento e das forças sobre a superfície 
corporal. 
 
 Trato espinocerebelar ventral: entra no 
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior e 
termina em ambos os lados dele. São 
excitados por sinais motores que chegam aos 
cornos da medula espinhal vindos do encéfalo 
e dos geradores de padrão motor interno da 
medula, ou seja, essa via faz cópia de 
eferência dos sinais dos cornos anteriores 
 
 
 
 
 
→ Dos núcleos centrais saem as fibras 
eferentes o cerebelo e eles chegam os 
axônios das células de Purkinje. Os núcleos 
centrais do cerebelo são: 
➭ Núcleo dentado 
➭ Núcleo emboliforme 
➭ Núcleo globoso 
➭ Núcleo fastigial 
 
O núcleo dentado é o maior dos núcleos e 
localiza-se lateralmente, o núcleo 
emboliforme e globoso se localizam entre os 
núcleos fastigial e denteado, e o núcleo 
fastigial se localiza próximo ao plano mediano. 
Núcleo globoso e emboliforme são bastante 
semelhantes funcionalmente e 
estruturalmente, sendo frequentemente 
agrupados sob o nome de núcleo interpósito. 
 
→ As vias eferentes que levam os sinais 
efetores do cerebelo que saem dos núcleos 
são: 
 A via que se origina no verme e passa 
aos núcleos fastígios e se dirige para as 
regiões bulbares e pontinas do tronco 
encefálico, tem relação com o controle do 
equilíbrio (pelos núcleos vestibulares) e 
controle das atitudes posturais do corpo (pela 
formação reticular). 
 A via que se origina na zona 
intermediaria do hemisfério cerebelar e passa 
pelo núcleo interpósito para os núcleos 
ventrolateral e ventroanterior do tálamo em 
seguida para o córtex cerebral para seguir 
pela linha media do tálamo, núcleos da base, 
núcleo rubro e para a formação reticular do 
tronco encefálico. Ajuda a coordenar as 
contrações reciprocas de músculos agonistas 
e antagonistas nas periferias das 
extremidades (ex.: dedos). 
 A via que começa no córtex cerebelar 
e passa para o núcleo denteado seguindo 
para os núcleos ventrolateral e ventroanterior 
do tálamo e termina no córtex cerebral. Essa 
via desempenha papel importante de ajudar a 
coordenar atividades motoras sequenciais, 
iniciadas pelo córtex cerebral. 
 
4 
 
 
 
→ O sistema nervoso usa o cerebelo para 
coordenar as funções de controle motor em 3 
níveis: 
 
➭ Vestibulocerebelo – consiste nos pequenos 
lobos floculonodulares e proporciona circuitos 
neurais para a maioria dos movimentos 
associados ao equilíbrio do corpo. 
 
➭ Espinocerebelo – consiste na maior parte 
do verme do cerebelo e fornece os circuitos 
responsáveis principalmente pela 
coordenação dos movimentos daspartes 
distais das extremidades. 
 
➭ Cerebrocerebelo – formado pelas grandes 
zonas laterais dos hemisférios cerebelares, 
recebe aferências dos córtices motor, 
prémotor e somatossensorial, funciona como 
feedback para planejar movimentos 
sequenciais do corpo e das extremidades. 
 
 
 
2 Objetivo – Compreender a 
morfofisiologia dos núcleos da base 
 
 
→ Em cada hemisfério cerebral, existem 5 
núcleos, que são aglomerados substância 
cinzenta na substância branca, e são 
conhecidos como núcleos da base 
(antigamente, gânglios da base). 
 
 
 
 
5 
 
→ Laterais ao tálamo, estão o globo pálido e 
putâmen, juntos estes núcleos formam o 
núcleo lentiforme. 
 
 O terceiro núcleo da base é o núcleo 
caudado, e tem um corpo em forma de vírgula, 
e se junta com o núcleo lentiforme para formar 
o corpo estriado. As estruturas próximas que 
estão funcionalmente ligadas aos núcleos da 
base são substância negra do mesencéfalo e 
os núcleos subtalâmicos do diencéfalo, 
axônios da substância negra terminam no 
núcleo caudado e putâmen e os núcleos 
subtalâmicos se conectam com o globo pálido. 
 
Lateral ao putâmen, está o claustro, uma fina 
camada de substância cinzenta que é 
considerada uma subdivisão dos núcleos da 
base e corpo amigdaloide é uma substancia 
cinzenta no polo temporal do hemisfério 
cerebral e faz parte do sistema límbico. O 
conjunto da cabeça do núcleo caudado com o 
putâmen pode ser chamado de striatum, 
assim como os dois globos pálidos podem ser 
chamados de pallidum. 
 
 
 
 
 
→ Os núcleos da base recebem aferências do 
córtex cerebral e geram inferências para 
partes motoras do córtex por meio dos 
núcleos mediais e ventrais do tálamo e 
apresentam várias conexões entre si. 
 
Uma importante função desses núcleos 
auxiliar na regulação do início e no término 
dos movimentos, a atividade neuronal no 
putâmen precede ou antecipa movimentos 
corporais, no núcleo caudado acontece antes 
dos movimentos oculares, o globo pálido 
ajuda na regulação do tônus muscular para 
movimentos corporais específicos e os 
núcleos da base, em geral, também controlam 
contrações subconscientes dos músculos 
esqueléticos. 
 
→ Além disso, os núcleos ajudam no início e no 
término de alguns processos cognitivos, como 
atenção, a memória e o planejamento, e 
podem atuar no sistema límbico para regular 
comportamentos emocionais. 
 
 
 
→ Em resumo, os núcleos da base estão 
relacionados com a etapa de programação do 
comando motor, exercendo, junto ao 
cerebelo, a modulação do estímulo excitatório 
que o tálamo exerce sobre o córtex motor. 
Tais funções do corpo estriado são exercidas 
através de um circuito básico que o liga ao 
córtex cerebral, o qual, por sua vez, é 
modulado ou modificado por circuitos 
subsidiários (satélites) que a ele se ligam 
 
➭ Circuito básico: origina-se no córtex 
cerebral e, através das fibras córticoestriatais, 
liga-se ao striatum, de onde os impulsos 
nervosos passam para o globo pálido. Este, 
por sua vez, através das fibras pálido-
talâmicas, liga-se aos núcleos ventral anterior 
e ventral lateral (VA e VL) do tálamo, os quais 
se projetam de volta para o córtex cerebral. 
Fecha-se, assim, o circuito em alça córtico-
estriado-tálamo-cortical, considerado o 
circuito básico do corpo estriado. Neste 
 
6 
 
circuito, as fibras córticoestriatais originam-se 
em virtualmente todas as áreas do córtex 
cerebral, enquanto as fibras tálamo-corticais 
convergem para a área motora suplementar 
do córtex e para a própria área motora, onde 
tem origem o trato córtico-espinhal. Acredita-
se que este circuito tenha função importante 
no planejamento e programação do comando 
motor, assim como o cerebelo também 
mantém com o córtex cerebral. O corpo 
estriado pode também influenciar áreas não 
motoras do córtex, como a área pré-frontal 
ligada exclusivamente a funções psíquicas. 
 
➭ O Circuitos subsidiários: podemos citar dois 
circuitos subsidiários que se ligam ao circuito 
básico: 
 
 Circuito nigro-estriato-nigral: estabelece uma 
conexão recíproca entre a substância negra 
do mesencéfalo e o córtex cerebral. Fato 
importante é que as fibras nigro-estriatais são 
dopaminérgicas e exercem ação puramente 
moduladora sobre o circuito básico, fazendo 
sinapses com os chamados neurônios 
espinhosos do neoestriado. Lesões das fibras 
nigro-estriatais causam a doença de 
Parkinson 
 
 Circuito pálido-subtalálamo-palidal: por meio 
deste, o núcleo subtalâmico é capaz de 
modificar a atividade do circuito básico, agindo 
assim diretamente sobre a motricidade 
somática. Por esta razão, lesões do núcleo 
subtalâmico causam o hemibalismo, doença 
em que há grave perturbação da atividade 
motora. 
 
→ Nos núcleos da base, as vias contém 
dopamina, da substância negra para o núcleo 
caudado e putâmen, contém ácido gama-
aminobutírico (GABA), do núcleo caudado e 
putâmen para o globo pálido e substância 
negra, contém acetilcolina do córtex para o 
núcleo caudado e putâmen e secretam 
norepinefrina, serotonina, encefalina e vários 
outros neurotransmissores nos diversos 
núcleos dos gânglios da base. Vale lembrar 
que o GABA funciona como agente inibitório, 
portanto os neurônios gabaérgicos fazem com 
que o feedback seja negativo, dando 
estabilidade sistemas de controle motor e a 
dopamina também inibitória, funciona como 
estabilizador sob algumas condições. 
 
3 Objetivo – Compreender o 
funcionamento do sistema vestibular 
 
→ O sistema vestibular é o órgão sensorial 
para detectar sensações do equilíbrio, se 
localiza na parte petrosa do osso temporal, no 
labirinto ósseo da orelha interna, que é 
formado por tubos e câmeras ósseas e dentro 
do sistema estão tubos e câmeras 
membranosas, no labirinto membranoso, a 
parte funcional do sistema. 
 
→ O labirinto ósseo é formado por uma série 
de cavidades na parte petrosa do temporal 
divididas em três áreas: (1) os canais 
semicirculares, (2) o vestíbulo e (3) a cóclea. 
O labirinto ósseo é revestido por periósteo e 
contém a perilinfa, que reveste o labirinto 
membranáceo, uma série de sacos e tubos 
epiteliais dentro do labirinto ósseo que têm o 
mesmo formato geral do labirinto ósseo, 
abrigando os receptores para a audição e o 
equilíbrio, o labirinto membranáceo epitelial 
contém a endolinfa. 
 
 
 
→ O labirinto membranoso é composto pela 
cóclea (ducto coclear), três canais 
semicirculares e duas grandes câmeras, o 
utrículo e sáculo. A cóclea é o principal órgão 
sensorial para audição e tem pouco a ver com 
o equilíbrio já os canais semicirculares são 
 
7 
 
partes integrantes do mecanismo ligado ao 
equilíbrio. 
 
→ Na superfície interna de cada utrículo e 
sáculo, existe uma pequena área sensorial 
chamada mácula, no utrículo se situa no plano 
horizontal e desempenha papel importante na 
determinação da orientação da cabeça, 
quando ereta, a mácula do sáculo está no 
plano vertical e sinaliza a orientação da 
cabeça quando a pessoa está em decúbito. 
Cada mácula é coberta por uma camada 
gelatinosa, onde estão imersos cristais de 
carbonato de cálcio chamados estatocônias e 
células ciliadas que projetam cílios para cima 
na camada gelatinosa, as bases e os lados 
das células ciliadas fazem sinapse com as 
terminações sensoriais do nervo vestibular e 
as estatocônias calcificadas tem gravidade 
específica maior que a gravidade do líquido e 
dos tecidos circunjacentes e o seu peso curva 
os cílios na direção da tração gravitacional. 
 
 
 
→ Células ciliadas tem de 50 a 70 cílios, 
chamados estereocílios e um grande cílio, o 
cinocílio. Ligações filamentosas se unem a 
ponta de cada estereocílio ao próximo 
estereocílio mais longo e ao cinocílio,por 
conta disso quando os estereocílios e o 
cinocílio se curvam na direção do cinocílio, os 
filamentos puxam os estereocílios, afastando-
os do corpo celular, esse movimento abre 
várias centenas de canais na membrana 
celular neuronal das bases dos estereocílios 
que são capazes de conduzir grande número 
de íons positivos, ocorrendo um influxo 
considerável de íons para o interior das 
células de líquido endolinfático circunjacente, 
causando a despolarização da membrana do 
receptor. Inversamente, a deformação do 
conjunto de estereocílios na direção oposta 
reduz a tensão nas fixações, esse movimento 
fecha os canais iônicos acarretando assim a 
hiperpolarização do receptor. 
 
 
 
→ Sob condições normais de repouso, as fibras 
nervosas que saem das células ciliadas 
transmitem continuamente impulsos nervosos 
na frequência de 100 por segundo, quando os 
estereocílios se curvam em direção ao 
cinocílio, aumenta o tráfico de impulsos e 
quando se curvam para longe do cinocílio, 
diminui ou inibe o tráfico de impulsos. 
Portanto, a medida que muda a orientação da 
cabeça no espaço e o peso das estatocônias 
distorce os cílios, são transmitidos os sinais 
apropriados para o sistema nervoso central 
controlar o equilíbrio. 
 
→ Em cada mácula, cada uma das células 
ciliadas é orientada em direção diferente para 
que algumas delas sejam estimuladas, 
quando se formam para trás, enquanto outras 
são estimuladas quando se der formam para 
o lado, e assim por diante, ocorrendo assim, 
um padrão diferente de excitação nas fibras 
nervosas maculares para cada orientação da 
cabeça no campo gravitacional, é esse padrão 
que notifica o sistema nervoso central sobre a 
orientação da cabeça no espaço. 
 
 
8 
 
 
 
→ Os três canais semicirculares em cada órgão 
vestibular, canais semicirculares anterior, 
posterior e lateral (horizontal), ficam dispostos 
em ângulos retos entre si de modo que 
representa em todos os ângulos planos no 
espaço, os canais anteriores estão nos planos 
verticais que se projetam para frente e 45 
graus para fora enquanto os canais 
posteriores estão nos planos verticais que se 
projetam para trás e 45 graus para fora, cada 
ductos semicirculares tem alargamento em 
uma de suas extremidades chamado ampola, 
e os canais e as ampolas ficam cheios de 
líquido chamado endolinfa, o fluxo desse 
líquido ao longo dos canais e sua ampola 
excita o órgão sensorial da ampola. Em cada 
ampola há uma pequena crista chamada 
crista ampular e na parte superior desta crista 
um tecido gelatinoso frouxo, a cúpula, quando 
a cabeça da pessoa começa a girar, a inércia 
do líquido em um ou mais dos canais 
semicirculares faz com que o líquido 
permanece estacionário enquanto canal gira 
com a cabeça fazendo com que o líquido flua 
do ducto para ampola deformando a cúpula 
para o lado, onde se projetam centenas de 
cílios que se forem orientados na mesma 
direção da cúpula causa despolarização das 
células ciliadas, enquanto, a deformação na 
direção oposta hiperpolariza as células. Em 
seguida, pelas células ciliadas são enviados 
os sinais apropriados por meio do nervo 
vestibular para notificar o sistema nervoso 
central sob a alteração da rotação da cabeça 
e da velocidade da alteração em cada um dos 
três planos do espaço. 
 
 
→ Nas máculas dos utriculos e dos sáculos, as 
células ciliadas estão entalhadas em 
diferentes direções, para que, com diferentes 
posições da cabeça as células ciliadas 
distintas sejam estimuladas, padrões de 
estimulação modificam o sistema nervoso 
central sobre a posição da cabeça em relação 
a atração da gravidade, sistemas nervosos 
vestibular, cerebelar e motor reticular excitam 
os músculos posturais apropriados para 
manter o equilíbrio. 
 
→ Quando o corpo se acelera, as estatocônias 
se deslocam para trás sobre os cílios das 
células ciliadas e envia informações de 
desequilíbrio para os centros nervosos, 
fazendo com que o indivíduo sinta como se ele 
estivesse caindo para trás, automaticamente 
faz com que o indivíduo se inclina para frente 
até que o desvio anterior resultante das 
estatocônias iguale exatamente a tendência 
dê as estatocônias caírem para trás devido a 
aceleração, nesse ponto, o sistema nervoso 
detecta estado de equilíbrio apropriado e não 
mais inclina o corpo para frente, desse modo, 
as máculas eram para manter o equilíbrio. 
 
 
9 
 
 
 
→ Quando a cabeça começa a girar 
(aceleração angular), a endolinfa nos canais 
semicirculares tende a continuar estacionária 
em quantos canais giram, esse mecanismo 
causa fluxo relativo do líquido nos canais na 
direção oposta a rotação da cabeça. Quando 
a cabeça começa a girar as células ciliadas se 
deformam para um lado e a frequência de 
descarga de impulsos nervosos aumenta, 
com a rotação continua, o excesso de 
descarga das células ciliadas gradualmente 
retorna ao nível de repouso, a razão para essa 
adaptação no receptor é que durante os 
primeiros segundos de rotação e após a 
deformação da cúpula, a endolinfa começa a 
se deslocar tão rapidamente quanto o próprio 
canal semicircular, após alguns segundos, a 
cúpula retorna de modo lento a sua posição 
de repouso no meio da ampola devido a sua 
retração elástica. Quando a rotação para a 
endolinfa continua a girar enquanto o canal 
semicircular para, desta forma, a cúpula se 
deforma na direção oposta fazendo com que 
as células ciliadas parem inteiramente de 
descarregar impulso, depois de alguns 
segundos ainda a limpa para de se 
movimentar e a cúpula gradualmente retorna 
a sua posição de repouso, permitindo a 
descarga de impulsos em seu nível normal. 
Dessa forma, o canal semicircular transmite 
sinal com uma polaridade quando a cabeça 
começa a girar da polaridade oposta quando 
ela para. 
 
→ Função dos canais semicirculares está 
relacionada uma rapidez da detectação que 
irá notificar o sistema nervoso central e que a 
pessoa sairá equilíbrio, ou seja, o mecanismo 
dos canais circulares prediz se o desequilíbrio 
vai ocorrer e faz com que os centros de 
equilíbrio realizem ajustes preventivos 
antecipatorios apropriados. 
 
→ O nervo vestibular, parte do nervo 
vestibulococlear (VIII) consiste nos nervos 
ampular, utricular e sacular. Esses nervos 
contêm neurônios sensitivos de primeira 
ordem e neurônios motores que formam 
sinapses com os receptores de equilíbrio. Os 
neurônios sensitivos de primeira ordem 
carregam a informação sensorial proveniente 
dos receptores e os neurônios motores 
carregam sinais de retroalimentação para os 
receptores, aparentemente para modificar sua 
sensibilidade. Os corpos celulares dos 
neurônios sensitivos encontram-se 
localizados nos gânglios vestibulares. 
 
 
 
→ Existem dois tipos de equilíbrio. O equilíbrio 
estático se refere à manutenção da posição do 
corpo (principalmente a cabeça) em relação à 
força da gravidade. Os movimentos corporais 
que estimulam os receptores do equilíbrio 
estático incluem girar a cabeça e a aceleração 
e a desaceleração lineares, como 
experimentado quando o corpo é movido 
dentro de um elevador ou em um carro que 
acelera ou desacelera. O equilíbrio dinâmico é 
a manutenção da posição corporal 
(principalmente da cabeça) em resposta a 
movimentos súbitos como a aceleração ou a 
desaceleração rotacional. Coletivamente, os 
órgãos receptores para o equilíbrio são 
chamados de aparelho vestibular; que 
incluem o sáculo, o utrículo e os ductos 
 
10 
 
semicirculares. Os três ductos semicirculares 
agem sobre o equilíbrio dinâmico. 
 
 
4 Objetivo – Conhecer os fatores de 
afastamento dos idosos com a sociedade 
 
Os sentimentos de solidão que atingem os 
idosos não são apenas apanágio dosque se 
encontram institucionalizados (embora pareça 
ser mais frequente nestes últimos). Sua 
prevalência aumenta, sobretudo, quando 
surgem acontecimentos de vida que se 
traduzem em perdas ou, quando sua 
capacidade de adaptação está diminuída. 
 
A não compreensão destas situações por 
parte de quem se relaciona com o idoso pode 
agravar neste os sentimentos de tristeza 
desencadeados pelas perdas e despertar 
sentimentos de solidão. A associação desses 
sentimentos pode precipitar uma síndrome 
depressiva, que, por no idoso ter 
frequentemente manifestações atípicas, pode 
passar despercebido e surgir então uma 
síndrome de fragilidade (mais frequente nos 
grandes idosos). 
 
A personalidade de cada idoso, o suporte 
social, bem como a forma como viveram a sua 
vida, podem influenciá-lo a se sentir só, ou a 
forma como arranjam estratégias de cooping 
para lidar com esse sentimento de solidão. Os 
idosos que não conseguem superar os 
sentimentos de solidão são aqueles em risco 
de uma institucionalização precoce ou mesmo 
de tenderem, de forma mais acelerada, para a 
fragilidade, ou mesmo para a morte.20-23 
 
Russel (2004), citado por Fernandes24 e 
Neto,22 afirma que “a solidão é uma das 
queixas mais frequentes entre a população 
idosa”, podendo ter como causa: a viuvez, a 
saída dos filhos para o mercado de emprego 
ou a aposentadoria; nesta situação, a solidão 
pode contribuir para uma institucionalização 
precoce. 
 
Esses dados retratam uma realidade 
preocupante na vida dos idosos que é: o 
envelhecimento sem qualidade e a carência 
no aspecto político e social que dêem suporte 
para um envelhecimento saudável.

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