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1 Núcleos da Base Problema 8 1 - Compreender a anatomia e fisiologia do cerebelo. 2 - Entender a morfofisiologia (anatomia, fisiologia e histologia) dos núcleos da base. 3 - Compreender o funcionamento do sistema vestibular. 4 - Conhecer os fatores do afastamento do idoso com a sociedade. 1 – Compreender a anatomia e fisiologia do cerebelo O cerebelo repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital do cérebro por uma prega da dura- máter denominada a tenda do cerebelo. O cerebelo apresenta o córtex de substância cinzenta que envolve o centro de substância branca (o corpo medular do cerebelo) onde são observadas massas de substância cinzenta (os núcleos centrais do cerebelo). Da superfície para o interior do órgão distinguem-se as seguintes camadas: camada molecular, camada de células de Purkinje e camada granular. A parte central do cerebelo é chamada vermis e está ligado aos hemisférios cerebelares. É dividido em duas partes pela fissura póstero lateral: o lobo floculonodular (formado pelo floculo e pelo nódulo) e o corpo do cerebelo (pelo restante do órgão), e o corpo do cerebelo é dividido pela fissura prima em dois lobos, anterior e posterior. Cada hemisfério é composto por lobos separados por profundas e distintas fissuras. Os lobos anterior e posterior controlam aspectos subconscientes dos movimentos da musculatura esquelética. O lobo floculonodular da parte inferior contribui com o equilíbrio. Três pares de pedúnculos cerebelares conectam o cerebelo com o tronco encefálico. Estes feixes de substância branca são compostos por axônios que conduzem impulsos entre o cerebelo e outras partes do encéfalo Os pedúnculos cerebelares superiores contêm axônios que se estendem do cerebelo para o núcleo rubro e vários núcleos talâmicos. Os pedúnculos cerebelares superiores contêm axônios que se estendem do cerebelo para o núcleo rubro e vários núcleos talâmicos. 2 Os pedúnculos cerebelares médios são os maiores; seus axônios transmitem impulsos para movimentos voluntários dos núcleos pontinos (que recebem informações de áreas motoras do córtex cerebral) em direção ao cerebelo Os pedúnculos cerebelares inferiores são formados por (1) axônios dos tratos espinocerebelares que trazem informações sensitivas procedentes de proprioceptores no tronco e nos membros; (2) axônios do aparelho vestibular e dos núcleos vestibulares do bulbo que trazem informações de proprioceptores da cabeça; (3) axônios do núcleo olivar inferior que entram no cerebelo e regulam a atividade dos neurônios cerebelares; (4) axônios que se projetam do cerebelo para os núcleos vestibulares do bulbo e da ponte; e (5) axônios que se estendem do cerebelo até a formação reticular. As funções do cerebelo estão relacionadas a postura e o equilíbrio adequados, a aprendizagem e a realização de movimentos rápidos, coordenados e altamente habilidosos. As funçõescerebelares envolvem quatro atividades: monitoramento das intenções de movimento, monitoramento do movimento real, comparação dos sinais de comando com a informação sensitiva e envio de retroalimentação corretivas. → Chegam ao cerebelo fibras nervosas que trazem informações de diversos setores do sistema nervoso que são processadas e tem a resposta enviada através de vias eferentes que influenciam os neurônios motores (homolateralmente). → As fibras que penetram no cerebelo e se dirigem ao córtex o nome dois tipos: fibras musgosas e fibras trepadeiras, as trepadeiras são axônios de neurônios situados no complexo olivar inferior e as fibras musgosas representam terminações dos demais feixes de fibras que penetram no cerebelo. → As vias aferentes podem vir do encéfalo ou da periferia Originadas em outras partes do encéfalo estão: Via corticopontocerebelar: extensa e importante, se origina nos córtices motor, pré- motor e somatossensorial, passa pelos núcleos pontinos e tratos pontocerebelares para as divisões laterais dos hemisférios cerebelares contralaterais. Trato olivocerebelar: originado na oliva inferior, vai para todas as partes do cerebelo. É ativado na sua origem por fibras do córtex motor, núcleos da base, formação reticular e da medula espinhal. Fibras vestibulocerebelares: se originam no aparelho vestibular ou em seus núcleos do tronco encefálico, terminam no lobo floculonodular e no núcleo fastígio do cerebelo. Fibras reticulocerebelares: se originam na formação reticular do tronco encefálico e nas áreas medianas cerebelares. 3 Originadas na periferia estão: Trato espinocerebelar dorsal: chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior e termina no verme e na zona intermediaria do cerebelo, no mesmo lado de sua origem. Seus sinais vêm de fusos musculares, e em menor grau de receptores somáticos, de todo o corpo e notificam sobre as condições momentâneas de contração muscular, da tensão nos tendões, das posições e velocidades de movimento e das forças sobre a superfície corporal. Trato espinocerebelar ventral: entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior e termina em ambos os lados dele. São excitados por sinais motores que chegam aos cornos da medula espinhal vindos do encéfalo e dos geradores de padrão motor interno da medula, ou seja, essa via faz cópia de eferência dos sinais dos cornos anteriores → Dos núcleos centrais saem as fibras eferentes o cerebelo e eles chegam os axônios das células de Purkinje. Os núcleos centrais do cerebelo são: ➭ Núcleo dentado ➭ Núcleo emboliforme ➭ Núcleo globoso ➭ Núcleo fastigial O núcleo dentado é o maior dos núcleos e localiza-se lateralmente, o núcleo emboliforme e globoso se localizam entre os núcleos fastigial e denteado, e o núcleo fastigial se localiza próximo ao plano mediano. Núcleo globoso e emboliforme são bastante semelhantes funcionalmente e estruturalmente, sendo frequentemente agrupados sob o nome de núcleo interpósito. → As vias eferentes que levam os sinais efetores do cerebelo que saem dos núcleos são: A via que se origina no verme e passa aos núcleos fastígios e se dirige para as regiões bulbares e pontinas do tronco encefálico, tem relação com o controle do equilíbrio (pelos núcleos vestibulares) e controle das atitudes posturais do corpo (pela formação reticular). A via que se origina na zona intermediaria do hemisfério cerebelar e passa pelo núcleo interpósito para os núcleos ventrolateral e ventroanterior do tálamo em seguida para o córtex cerebral para seguir pela linha media do tálamo, núcleos da base, núcleo rubro e para a formação reticular do tronco encefálico. Ajuda a coordenar as contrações reciprocas de músculos agonistas e antagonistas nas periferias das extremidades (ex.: dedos). A via que começa no córtex cerebelar e passa para o núcleo denteado seguindo para os núcleos ventrolateral e ventroanterior do tálamo e termina no córtex cerebral. Essa via desempenha papel importante de ajudar a coordenar atividades motoras sequenciais, iniciadas pelo córtex cerebral. 4 → O sistema nervoso usa o cerebelo para coordenar as funções de controle motor em 3 níveis: ➭ Vestibulocerebelo – consiste nos pequenos lobos floculonodulares e proporciona circuitos neurais para a maioria dos movimentos associados ao equilíbrio do corpo. ➭ Espinocerebelo – consiste na maior parte do verme do cerebelo e fornece os circuitos responsáveis principalmente pela coordenação dos movimentos daspartes distais das extremidades. ➭ Cerebrocerebelo – formado pelas grandes zonas laterais dos hemisférios cerebelares, recebe aferências dos córtices motor, prémotor e somatossensorial, funciona como feedback para planejar movimentos sequenciais do corpo e das extremidades. 2 Objetivo – Compreender a morfofisiologia dos núcleos da base → Em cada hemisfério cerebral, existem 5 núcleos, que são aglomerados substância cinzenta na substância branca, e são conhecidos como núcleos da base (antigamente, gânglios da base). 5 → Laterais ao tálamo, estão o globo pálido e putâmen, juntos estes núcleos formam o núcleo lentiforme. O terceiro núcleo da base é o núcleo caudado, e tem um corpo em forma de vírgula, e se junta com o núcleo lentiforme para formar o corpo estriado. As estruturas próximas que estão funcionalmente ligadas aos núcleos da base são substância negra do mesencéfalo e os núcleos subtalâmicos do diencéfalo, axônios da substância negra terminam no núcleo caudado e putâmen e os núcleos subtalâmicos se conectam com o globo pálido. Lateral ao putâmen, está o claustro, uma fina camada de substância cinzenta que é considerada uma subdivisão dos núcleos da base e corpo amigdaloide é uma substancia cinzenta no polo temporal do hemisfério cerebral e faz parte do sistema límbico. O conjunto da cabeça do núcleo caudado com o putâmen pode ser chamado de striatum, assim como os dois globos pálidos podem ser chamados de pallidum. → Os núcleos da base recebem aferências do córtex cerebral e geram inferências para partes motoras do córtex por meio dos núcleos mediais e ventrais do tálamo e apresentam várias conexões entre si. Uma importante função desses núcleos auxiliar na regulação do início e no término dos movimentos, a atividade neuronal no putâmen precede ou antecipa movimentos corporais, no núcleo caudado acontece antes dos movimentos oculares, o globo pálido ajuda na regulação do tônus muscular para movimentos corporais específicos e os núcleos da base, em geral, também controlam contrações subconscientes dos músculos esqueléticos. → Além disso, os núcleos ajudam no início e no término de alguns processos cognitivos, como atenção, a memória e o planejamento, e podem atuar no sistema límbico para regular comportamentos emocionais. → Em resumo, os núcleos da base estão relacionados com a etapa de programação do comando motor, exercendo, junto ao cerebelo, a modulação do estímulo excitatório que o tálamo exerce sobre o córtex motor. Tais funções do corpo estriado são exercidas através de um circuito básico que o liga ao córtex cerebral, o qual, por sua vez, é modulado ou modificado por circuitos subsidiários (satélites) que a ele se ligam ➭ Circuito básico: origina-se no córtex cerebral e, através das fibras córticoestriatais, liga-se ao striatum, de onde os impulsos nervosos passam para o globo pálido. Este, por sua vez, através das fibras pálido- talâmicas, liga-se aos núcleos ventral anterior e ventral lateral (VA e VL) do tálamo, os quais se projetam de volta para o córtex cerebral. Fecha-se, assim, o circuito em alça córtico- estriado-tálamo-cortical, considerado o circuito básico do corpo estriado. Neste 6 circuito, as fibras córticoestriatais originam-se em virtualmente todas as áreas do córtex cerebral, enquanto as fibras tálamo-corticais convergem para a área motora suplementar do córtex e para a própria área motora, onde tem origem o trato córtico-espinhal. Acredita- se que este circuito tenha função importante no planejamento e programação do comando motor, assim como o cerebelo também mantém com o córtex cerebral. O corpo estriado pode também influenciar áreas não motoras do córtex, como a área pré-frontal ligada exclusivamente a funções psíquicas. ➭ O Circuitos subsidiários: podemos citar dois circuitos subsidiários que se ligam ao circuito básico: Circuito nigro-estriato-nigral: estabelece uma conexão recíproca entre a substância negra do mesencéfalo e o córtex cerebral. Fato importante é que as fibras nigro-estriatais são dopaminérgicas e exercem ação puramente moduladora sobre o circuito básico, fazendo sinapses com os chamados neurônios espinhosos do neoestriado. Lesões das fibras nigro-estriatais causam a doença de Parkinson Circuito pálido-subtalálamo-palidal: por meio deste, o núcleo subtalâmico é capaz de modificar a atividade do circuito básico, agindo assim diretamente sobre a motricidade somática. Por esta razão, lesões do núcleo subtalâmico causam o hemibalismo, doença em que há grave perturbação da atividade motora. → Nos núcleos da base, as vias contém dopamina, da substância negra para o núcleo caudado e putâmen, contém ácido gama- aminobutírico (GABA), do núcleo caudado e putâmen para o globo pálido e substância negra, contém acetilcolina do córtex para o núcleo caudado e putâmen e secretam norepinefrina, serotonina, encefalina e vários outros neurotransmissores nos diversos núcleos dos gânglios da base. Vale lembrar que o GABA funciona como agente inibitório, portanto os neurônios gabaérgicos fazem com que o feedback seja negativo, dando estabilidade sistemas de controle motor e a dopamina também inibitória, funciona como estabilizador sob algumas condições. 3 Objetivo – Compreender o funcionamento do sistema vestibular → O sistema vestibular é o órgão sensorial para detectar sensações do equilíbrio, se localiza na parte petrosa do osso temporal, no labirinto ósseo da orelha interna, que é formado por tubos e câmeras ósseas e dentro do sistema estão tubos e câmeras membranosas, no labirinto membranoso, a parte funcional do sistema. → O labirinto ósseo é formado por uma série de cavidades na parte petrosa do temporal divididas em três áreas: (1) os canais semicirculares, (2) o vestíbulo e (3) a cóclea. O labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém a perilinfa, que reveste o labirinto membranáceo, uma série de sacos e tubos epiteliais dentro do labirinto ósseo que têm o mesmo formato geral do labirinto ósseo, abrigando os receptores para a audição e o equilíbrio, o labirinto membranáceo epitelial contém a endolinfa. → O labirinto membranoso é composto pela cóclea (ducto coclear), três canais semicirculares e duas grandes câmeras, o utrículo e sáculo. A cóclea é o principal órgão sensorial para audição e tem pouco a ver com o equilíbrio já os canais semicirculares são 7 partes integrantes do mecanismo ligado ao equilíbrio. → Na superfície interna de cada utrículo e sáculo, existe uma pequena área sensorial chamada mácula, no utrículo se situa no plano horizontal e desempenha papel importante na determinação da orientação da cabeça, quando ereta, a mácula do sáculo está no plano vertical e sinaliza a orientação da cabeça quando a pessoa está em decúbito. Cada mácula é coberta por uma camada gelatinosa, onde estão imersos cristais de carbonato de cálcio chamados estatocônias e células ciliadas que projetam cílios para cima na camada gelatinosa, as bases e os lados das células ciliadas fazem sinapse com as terminações sensoriais do nervo vestibular e as estatocônias calcificadas tem gravidade específica maior que a gravidade do líquido e dos tecidos circunjacentes e o seu peso curva os cílios na direção da tração gravitacional. → Células ciliadas tem de 50 a 70 cílios, chamados estereocílios e um grande cílio, o cinocílio. Ligações filamentosas se unem a ponta de cada estereocílio ao próximo estereocílio mais longo e ao cinocílio,por conta disso quando os estereocílios e o cinocílio se curvam na direção do cinocílio, os filamentos puxam os estereocílios, afastando- os do corpo celular, esse movimento abre várias centenas de canais na membrana celular neuronal das bases dos estereocílios que são capazes de conduzir grande número de íons positivos, ocorrendo um influxo considerável de íons para o interior das células de líquido endolinfático circunjacente, causando a despolarização da membrana do receptor. Inversamente, a deformação do conjunto de estereocílios na direção oposta reduz a tensão nas fixações, esse movimento fecha os canais iônicos acarretando assim a hiperpolarização do receptor. → Sob condições normais de repouso, as fibras nervosas que saem das células ciliadas transmitem continuamente impulsos nervosos na frequência de 100 por segundo, quando os estereocílios se curvam em direção ao cinocílio, aumenta o tráfico de impulsos e quando se curvam para longe do cinocílio, diminui ou inibe o tráfico de impulsos. Portanto, a medida que muda a orientação da cabeça no espaço e o peso das estatocônias distorce os cílios, são transmitidos os sinais apropriados para o sistema nervoso central controlar o equilíbrio. → Em cada mácula, cada uma das células ciliadas é orientada em direção diferente para que algumas delas sejam estimuladas, quando se formam para trás, enquanto outras são estimuladas quando se der formam para o lado, e assim por diante, ocorrendo assim, um padrão diferente de excitação nas fibras nervosas maculares para cada orientação da cabeça no campo gravitacional, é esse padrão que notifica o sistema nervoso central sobre a orientação da cabeça no espaço. 8 → Os três canais semicirculares em cada órgão vestibular, canais semicirculares anterior, posterior e lateral (horizontal), ficam dispostos em ângulos retos entre si de modo que representa em todos os ângulos planos no espaço, os canais anteriores estão nos planos verticais que se projetam para frente e 45 graus para fora enquanto os canais posteriores estão nos planos verticais que se projetam para trás e 45 graus para fora, cada ductos semicirculares tem alargamento em uma de suas extremidades chamado ampola, e os canais e as ampolas ficam cheios de líquido chamado endolinfa, o fluxo desse líquido ao longo dos canais e sua ampola excita o órgão sensorial da ampola. Em cada ampola há uma pequena crista chamada crista ampular e na parte superior desta crista um tecido gelatinoso frouxo, a cúpula, quando a cabeça da pessoa começa a girar, a inércia do líquido em um ou mais dos canais semicirculares faz com que o líquido permanece estacionário enquanto canal gira com a cabeça fazendo com que o líquido flua do ducto para ampola deformando a cúpula para o lado, onde se projetam centenas de cílios que se forem orientados na mesma direção da cúpula causa despolarização das células ciliadas, enquanto, a deformação na direção oposta hiperpolariza as células. Em seguida, pelas células ciliadas são enviados os sinais apropriados por meio do nervo vestibular para notificar o sistema nervoso central sob a alteração da rotação da cabeça e da velocidade da alteração em cada um dos três planos do espaço. → Nas máculas dos utriculos e dos sáculos, as células ciliadas estão entalhadas em diferentes direções, para que, com diferentes posições da cabeça as células ciliadas distintas sejam estimuladas, padrões de estimulação modificam o sistema nervoso central sobre a posição da cabeça em relação a atração da gravidade, sistemas nervosos vestibular, cerebelar e motor reticular excitam os músculos posturais apropriados para manter o equilíbrio. → Quando o corpo se acelera, as estatocônias se deslocam para trás sobre os cílios das células ciliadas e envia informações de desequilíbrio para os centros nervosos, fazendo com que o indivíduo sinta como se ele estivesse caindo para trás, automaticamente faz com que o indivíduo se inclina para frente até que o desvio anterior resultante das estatocônias iguale exatamente a tendência dê as estatocônias caírem para trás devido a aceleração, nesse ponto, o sistema nervoso detecta estado de equilíbrio apropriado e não mais inclina o corpo para frente, desse modo, as máculas eram para manter o equilíbrio. 9 → Quando a cabeça começa a girar (aceleração angular), a endolinfa nos canais semicirculares tende a continuar estacionária em quantos canais giram, esse mecanismo causa fluxo relativo do líquido nos canais na direção oposta a rotação da cabeça. Quando a cabeça começa a girar as células ciliadas se deformam para um lado e a frequência de descarga de impulsos nervosos aumenta, com a rotação continua, o excesso de descarga das células ciliadas gradualmente retorna ao nível de repouso, a razão para essa adaptação no receptor é que durante os primeiros segundos de rotação e após a deformação da cúpula, a endolinfa começa a se deslocar tão rapidamente quanto o próprio canal semicircular, após alguns segundos, a cúpula retorna de modo lento a sua posição de repouso no meio da ampola devido a sua retração elástica. Quando a rotação para a endolinfa continua a girar enquanto o canal semicircular para, desta forma, a cúpula se deforma na direção oposta fazendo com que as células ciliadas parem inteiramente de descarregar impulso, depois de alguns segundos ainda a limpa para de se movimentar e a cúpula gradualmente retorna a sua posição de repouso, permitindo a descarga de impulsos em seu nível normal. Dessa forma, o canal semicircular transmite sinal com uma polaridade quando a cabeça começa a girar da polaridade oposta quando ela para. → Função dos canais semicirculares está relacionada uma rapidez da detectação que irá notificar o sistema nervoso central e que a pessoa sairá equilíbrio, ou seja, o mecanismo dos canais circulares prediz se o desequilíbrio vai ocorrer e faz com que os centros de equilíbrio realizem ajustes preventivos antecipatorios apropriados. → O nervo vestibular, parte do nervo vestibulococlear (VIII) consiste nos nervos ampular, utricular e sacular. Esses nervos contêm neurônios sensitivos de primeira ordem e neurônios motores que formam sinapses com os receptores de equilíbrio. Os neurônios sensitivos de primeira ordem carregam a informação sensorial proveniente dos receptores e os neurônios motores carregam sinais de retroalimentação para os receptores, aparentemente para modificar sua sensibilidade. Os corpos celulares dos neurônios sensitivos encontram-se localizados nos gânglios vestibulares. → Existem dois tipos de equilíbrio. O equilíbrio estático se refere à manutenção da posição do corpo (principalmente a cabeça) em relação à força da gravidade. Os movimentos corporais que estimulam os receptores do equilíbrio estático incluem girar a cabeça e a aceleração e a desaceleração lineares, como experimentado quando o corpo é movido dentro de um elevador ou em um carro que acelera ou desacelera. O equilíbrio dinâmico é a manutenção da posição corporal (principalmente da cabeça) em resposta a movimentos súbitos como a aceleração ou a desaceleração rotacional. Coletivamente, os órgãos receptores para o equilíbrio são chamados de aparelho vestibular; que incluem o sáculo, o utrículo e os ductos 10 semicirculares. Os três ductos semicirculares agem sobre o equilíbrio dinâmico. 4 Objetivo – Conhecer os fatores de afastamento dos idosos com a sociedade Os sentimentos de solidão que atingem os idosos não são apenas apanágio dosque se encontram institucionalizados (embora pareça ser mais frequente nestes últimos). Sua prevalência aumenta, sobretudo, quando surgem acontecimentos de vida que se traduzem em perdas ou, quando sua capacidade de adaptação está diminuída. A não compreensão destas situações por parte de quem se relaciona com o idoso pode agravar neste os sentimentos de tristeza desencadeados pelas perdas e despertar sentimentos de solidão. A associação desses sentimentos pode precipitar uma síndrome depressiva, que, por no idoso ter frequentemente manifestações atípicas, pode passar despercebido e surgir então uma síndrome de fragilidade (mais frequente nos grandes idosos). A personalidade de cada idoso, o suporte social, bem como a forma como viveram a sua vida, podem influenciá-lo a se sentir só, ou a forma como arranjam estratégias de cooping para lidar com esse sentimento de solidão. Os idosos que não conseguem superar os sentimentos de solidão são aqueles em risco de uma institucionalização precoce ou mesmo de tenderem, de forma mais acelerada, para a fragilidade, ou mesmo para a morte.20-23 Russel (2004), citado por Fernandes24 e Neto,22 afirma que “a solidão é uma das queixas mais frequentes entre a população idosa”, podendo ter como causa: a viuvez, a saída dos filhos para o mercado de emprego ou a aposentadoria; nesta situação, a solidão pode contribuir para uma institucionalização precoce. Esses dados retratam uma realidade preocupante na vida dos idosos que é: o envelhecimento sem qualidade e a carência no aspecto político e social que dêem suporte para um envelhecimento saudável.
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