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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS AULA 002

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www.objetivoconcursos.com.br 
 
pág. 1 
 
DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL 
PROFESSOR: LUCAS NETO 
Direitos e Garantias Fundamentais: 
Direito à Liberdade 
O direito à liberdade pertence à primeira geração dos direitos fundamentais e expressa um dos 
direitos mais ansiados pela sociedade. 
Esta ideia de liberdade trazida pela Constituição Federal é bem ampla e abrange liberdades como 
locomoção, pensamento, reunião, consciência, entre outros. Conforme analisaremos a seguir. 
 
 
Liberdade de Ação 
De acordo com o inciso II da Carta Magna: 
II. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
Esta é a liberdade em sentido amplo. Aqui a Constituição traz que o particular só será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer algo, se houver lei ou norma que venha a proibir ou compelir determinada 
atitude ou comportamento. Por este motivo, este inciso também é chamado de Princípio da Lega-
lidade. 
A liberdade poderá, no entanto, ser entendida de duas formas diferentes, de acordo com o seu 
destinatário: 
❖ Para o particular: Para o particular, a liberdade significa “fazer tudo aquilo que não lhe é proi-
bido. ” Há aqui uma autonomia de vontade. 
❖ Para o agente público: Para o agente público, a liberdade significa “fazer apenas o que a lei 
manda ou permite”. 
 
Liberdade de Manifestação do Pensamento e Direito de Resposta 
 
Assim como os demais direitos fundamentais, o direito à manifestação do pensamento não é abso-
luto. A própria Constituição faz restrição ao anonimato. 
IV. É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
A exigência da vedação ao anonimato citada acima, não impede o jornalista de resguardar o sigilo 
de suas fontes. No entanto, em caso de opção pelo resguardo do sigilo da fonte, em casos de infor-
mações injuriosas, caluniosas ou difamantes, será o jornalista quem responderá perante o Poder 
Judiciário. 
 
XIV – e assegurado a todo o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário 
ao exercício profissional; 
 
A vedação ao anonimato, além de ser uma garantia à liberdade do pensamento, traz consigo a 
possibilidade do exercício do direito de resposta constante do inciso V. 
V. É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano ma-
terial, moral ou à imagem. 
 
O termo “proporcional ao agravo” significa que a resposta deverá ser o mesmo veículo de comuni-
cação, pelo mesmo tempo e com o mesmo destaque que foi dado à notícia injuriosa. 
 
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pág. 2 
 
 
A lei 13.188/2015 regulamenta o direito de resposta e assegura que o exercício deste direito seja 
de forma gratuita, conforme texto do Art. 2°. 
 
 
“Art. 2° Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação 
social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo”. 
 
 
Se liga !!! 
1. De acordo com o Art. 3° da Lei 13.188/2015, o prazo para o exercício do direito de resposta é 
decadencial de 60 dias; 
2. As indenizações por dano Material, Moral e à Imagem são cumulativas; 
3. O direito de resposta se dá nas esferas cíveis, administrativa e penal. 
 
 
Direito – Indenização – Dano Material – Perda financeira 
- Dano Moral – Ligado ao sofrimento da pessoa 
- Dano à Imagem – Como a pessoa ficou perante a sociedade diante da agressão 
 
 
E a denúncia anônima? 
De acordo com o entendimento do STF, a denúncia anônima poderá servir como ferramenta de 
comunicação de crime, no entanto, não poderá servir como amparo para a instauração de inquérito 
policial, ou como fundamento para a condenação de qualquer indivíduo. 
 
Liberdade de Consciência e Crença 
De acordo com o inciso VI. 
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos 
cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias; 
Este inciso marca a liberdade religiosa do Brasil, que se consagra como um Estado laico, leigo ou 
não confessional. Isso não quer dizer que o Brasil é um País ateu, mas sim que deve respeitar as 
convicções religiosas existentes. 
No Brasil existe uma relação de separação entre Estados e Igreja. Esta vedação está expressa na 
Carta Magna (Art. 19, I, CF) 
 
“Art. 19 É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-las, embaraçar- lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependências ou aliança, ressalvada, na forma 
da lei, a colaboração de interesse público”. 
 
Enquanto a liberdade de crença está ligada à convicção íntima do indivíduo, a liberdade de culto 
está relacionada à exteriorização desta convicção. Sendo assim, a Carta Magna se preocupou não 
somente em garantir a liberdade de culto, mas também em proteger os locais de culto e liturgias, 
contra a ação de terceiros. 
Outros incisos interessantes a ser visto é o seguinte: 
 
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pág. 3 
 
 
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e mi-
litares de internação coletiva; 
Aqui o Estado garante o exercício do direito de crença também daqueles que estão custodiados, 
enfermos ou em quaisquer outros locais de internação coletiva. 
 
→ Escusa de Consciência 
VIII – ninguém será privada de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir 
prestação alternativa, fixada em lei; 
 
O inciso VII permite que qualquer indivíduo deixe de cumprir uma obrigação importa por convicção 
religiosa, filosófica ou política, sem que sofra qualquer punição. No entanto, no caso de obrigação 
a todos imposta, caso o indivíduo se recuse a cumprir, lhe será oferecida uma prestação alternativa. 
Se ainda assim, esta indivíduo se recusar a cumprir essa prestação, ele sofrerá as punições previstas 
no ARt. 15, IV. 
 
 
Art. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: IV 
– recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5°, VIII; 
 
 
Em relação à presença de símbolos religiosos em repartições públicas, o STF entende que tais sím-
bolos não destituem a laicidade do País, mas fazem parte da cultura. 
Já no que diz respeito ao ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental, a matricula 
será facultativa. 
 
 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar 
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
§ 1° O ensino religioso, de matricula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das es-
colas públicas de ensino fundamental. 
 
O conteúdo ministrado deve ser não confessional (conhecimento da história e características das 
diversas religiões) ou interconfessional (princípios comuns a diversas religiões). 
 
 
Exercícios 
 
1. A liberdade de manifestação de pensamento pode ser exercida de modo anônimo, se assim o 
preferir o indivíduo. 
 
 
2. De acordo com a CF, e com base no direito à escusa de consciência, o indivíduo pode se recusar 
a praticar atos que conflitem com suas convicções religiosas, políticas ou filosóficas, sem que 
essa recusa implique restrições a seus direitos. 
 
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pág. 4 
 
 
 
3. No Brasil, está garantida a liberdade do exercício de culto religioso, uma vez que é inviolável a 
liberdade de consciência e de crença. 
 
4. Segundo o Supremo Tribunal Federal, os direitos e deveres individuais e coletivos não se res-
tringem ao artigo 5º da Constituição Federal de 1988, podendo ser encontrados ao longo do 
texto constitucional, expressos ou decorrentes do regime e dos princípios adotados pela Magna 
Carta, ou, ainda, em virtude de tratados internacionais de que o Brasil seja signatário. Sobre o 
tema, assinale a alternativacorreta. 
 
 
a) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias 
b) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, em qual-
quer horário, por determinação judicial 
c) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento 
d) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento involuntário e 
escusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel 
 
5. É correto afirmar sobre os Direitos e Garantias Fundamentais que ninguém é obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão por vontade própria. 
 
6. Acerca de direitos e garantias fundamentais, julgue o item a seguir. 
 
Se, com o intuito de eximir-se de obrigação legal a todos imposta, uma pessoa se recusar a 
cumprir prestação alternativa, invocando convicção filosófica e política ou crença religiosa, os 
direitos associados a tais convicções poderão ser restringidos. 
 
7. O princípio da legalidade permite ao Estado enunciar direitos e deveres não somente por lei em 
sentido estrito, mas também por meio dos chamados atos normativos secundários. 
 
Gabarito 
 
1. Errado 
2. Certo 
3. Certo 
4. a 
5. errado 
6. certo 
7. Errado.

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