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Amanda- RESENHA CRITICA DO FILME MADAME BOVARY

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RESENHA CRITICA DO FILME MADAME BOVARY[footnoteRef:1] [1: Trabalho avaliativo referente à disciplina Literatura Portuguesa III: do Romantismo ao Realismo, ministrada pela professora Domingas Ferreira. ] 
Amanda Larisse da Costa PANTOJA[footnoteRef:2] [2: Acadêmica da turma de Letra- Língua Portuguesa, campus Breves- Marajó] 
Segundo o autor Silveira (1994), a denominação “realismo” faz referência a uma atitude epistemológica, segundo a qual há coisas, fora e independentes da consciência cognoscente.
Com os avanços da ciência física e biológicas, surge em meio a postulados científicos, um movimento artístico denominado Realismo. A qual este ocupa-se em retratar a vida como ela realmente é, por meio de poesias e prosa, apresentando as causas das mazelas humanas no meio social. Além do mais, as ideias realistas buscam expor dados concretos, palpáveis e visíveis no âmbito social.
No ano de 1857 é inaugurado na França o Movimento Realista, sendo considerado por muitos críticos literários a obra “Madame Bovary”, do escritor Gustave Flaubert sendo o marco inicial do Realismo.
A obra de Flaubert, custou ao autor um processo judicial por ultraje à moral e os bons costumes da época, pois o romance retrata a infidelidade de Emma para com seu marido, Charles Bovary, cuja esta, insatisfeita com o casamento e com a vida que leva; inspirada nos romances lidos no convento, procura rotas de fuga de sua realidade. Ou seja, Emma Bovary resolve viver uma vida comparada aos romances que lê.
Por ser uma das obras mais famosas do Realismo, o cineasta Vincente Minnelli adaptou a obra para o cinema. No ano de 1949 o filme foi lançado. Assim como na obra, o filme conta a história de Emma, uma jovem que frequentou um colégio de freiras, onde se tornou uma moça fina, com boas maneiras e muito sonhadora. Entretanto, não mostrando vocação para ser freira, retorna para casa do seu pai, onde vive uma vida pacata, sem emoções e lendo seus romances as quais a faziam idealizar e sonhar com uma vida glamorosa, ao lado de um marido que a amasse e pagasse os caprichos de uma vida cercada por pessoas nobres e com diversos sarais.
Em um belo dia, seu pai adoece e Charles Bovary vai atende-lo, e assim os dois se conhecem. Charles passa a frequentar mais vezes a casa de Emma e em pouco tempo se casam. Contudo, pouco tempo depois a jovem sonhadora percebe que o casamento a daria uma vida monótona, voltada para os afazeres domésticos e ao marido, sendo totalmente diferente do que lia nos romances que a fazia suspirar. Sendo assim, Emma entra em um profundo estado de nostalgia e arrependimento de ter-se casado com Charles.
A angustia causada pela insatisfação de Emma a levou ao encontro de outros homens, consumando o adultério, além de acumular muitas dividas decorrentes aos presentes destinados aos amantes. Além do mais, as mentiras e traições de Emma Bovary levaram-na a cometer o suicídio, pois ela ficou transtornada com as decepções que teve, ao se encontrar na realidade a qual estava naquele momento. Sua vida havia sido destruída por causa de sua grandeza, egoismo e orgulho. 
Por meio desta obra, é possível perceber que a personagem de Emma Bovary, criada por Gustave Flaubert, representa a futilidade feminina em meio a sociedade conservadora da época, assim como o histerismo e o consumismo compulsivo. Emma queria estar em uma ascensão social mais elevada a qual ela vivia.
Flaubert apresentou claramente as características do Movimento Realista, pois segundo Silveira (1994), “o Realismo enfoca o homem e as mazelas da civilização por meio de uma perspectiva sociológica”. Ou seja, o meio social é explorado e exposto da maneira que a sociedade realmente é, além de expor também a maneira em que encaramos a vida e a sociedade.
Analisando a obra de Flaubert, uma das características presentes em “Madame Bovary” é fuga da realidade. A personagem Emma apresenta claramente esta característica ao criar uma vida a qual ela não pertencia. No início da obra e do filme, após se casar com Charles e sentir-se angustiada com a vida que leva, procura o consumismo de bens materiais e glamour para assim, ter uma vida mais prazerosa. 
Além disso, Emma usa a morte como solução de seus problemas após Charles descobrir a infidelidade da amada esposa. A morte é bem representada nesta obra, também como rota de fuga da realidade.
Sendo assim, a obra “Madame Bovary” foi criticada e censurada por faltar com a ética da época. Entretanto, Gustave Flaubert apenas quis mostrar a realidade e como algumas pessoas agem em meio a sociedade. Sua principal personagem, Emma Bovary, foi considerada a heroína das feministas nos últimos anos, além de estar ganhando novos destaques menos idealistas, sendo até visto como naturalista. 
Referências
Filme Madame Bovary. 144min. Drama. direção: Vincente Minnelli, 1949.
SILVEIRA, Francisco M. Preliminares. In: A Literatura Portuguesa em Perspectiva: Romantismo/Realismo. São Paulo; Atlas, 1994, v. 3, p. 97- 104.

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