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Aula 1 - Aspectos Tributarios na atividade

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DESCRIÇÃO
Definição das diferentes formas de tributação das atividades comerciais e seus impactos
contábeis.
PROPÓSITO
Compreender o conceito e a importância das diferentes formas de tributação das atividades
comerciais para o cálculo correto margem de lucro da empresa e decisões acerca de seu
funcionamento.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos recursos computacionais, com acesso
a planilhas eletrônicas (Excel) e calculadora, visando efetuar o cálculo das questões.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir o conceito de tributo e base de cálculo
MÓDULO 2
Descrever os tributos federais
MÓDULO 3
Descrever os tributos estaduais, municipais e Simples Nacional
MÓDULO 4
Aplicar a contabilização correta dos tributos
INTRODUÇÃO
A tributação de uma empresa afeta as suas demonstrações contábeis e o seu resultado
financeiro. É fundamental para a tomada de decisão que a empresa conheça as suas formas
de tributação.
Para compreender como uma empresa é tributada, você precisará conhecer os diferentes tipos
de tributos, tanto federais como estaduais e municipais, bem como os tratamentos contábeis
para esses tributos e os possíveis créditos por eles gerados.
Os principais tributos que serão estudados neste conteúdo são: o Imposto de Renda e a
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (competência federal), o Imposto sobre Circulação
de Mercadorias (competência estadual) e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
(competência municipal).
MÓDULO 1
Definir o conceito de tributo e base de cálculo
CONCEITO DE TRIBUTO
Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas precisam pagar tributos, taxas, impostos e
contribuições.
Fonte: Shutterstock.com
O conceito de tributo está regulado no artigo terceiro da Lei 5.172/1996 (Código Tributário
Nacional), que o define como “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua de ato ilícito, instituída em lei cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada”. Ou seja, o tributo é caracterizado como “toda
prestação pecuniária compulsória” que o poder público estabelece.
Como já mencionado no parágrafo anterior, existem três modalidades tributárias principais
desde a promulgação da Constituição de 1988: os impostos, as taxas e as contribuições.
IMPOSTO
O imposto é o mais comum dos três e é caracterizado por um percentual cobrado pelo Estado
sobre a renda, o patrimônio, bens de consumo ou serviços. Esse imposto pode ser direto,
quando cobrado diretamente do contribuinte (como o Imposto de Renda ou o Imposto de
Transmissão de Bens Imobiliários, por exemplo), ou indireto, quando é embutido no valor do
bem ou do serviço que está sendo comprado ou consumido (o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo).
TAXAS
Já as taxas são diferentes dos impostos, pois é necessário que estejam vinculadas à prestação
de um serviço público específico, como é o caso da taxa de emissão de um passaporte ou a
taxa de coleta de lixo.
Em muitos casos, nenhuma taxa é devida pelo contribuinte se ele não utiliza o serviço público
específico em questão. Por exemplo, se um contribuinte não possui um veículo, então, não
precisa pagar a taxa de licenciamento anual, ou se um contribuinte não possui um passaporte,
não precisou pagar a taxa de emissão de um passaporte.
CONTRIBUIÇÕES
As contribuições, por sua vez, são utilizadas de forma não sistemática pelo governo. Por
exemplo, embora a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido tenha a palavra “contribuição”
em seu nome, muitos autores a definem como imposto, pois as contribuições, assim como as
taxas, normalmente são relativas a um serviço específico do governo (contribuições de
melhoria) ou a um propósito específico (como a contribuição do PIS/Pasep).
Antes de você conhecer os entes tributários brasileiros, vamos falar sobre dois conceitos muito
importantes para a correta apuração de impostos.
O primeiro conceito é a base de cálculo. A maioria dos impostos e contribuições são
calculados como percentual sobre um valor, que é a base de cálculo. Por exemplo, a base de
cálculo do Imposto de Renda simplificado é 80% da renda auferida pela pessoa física. Ou seja,
os 100% da renda menos um desconto de 20%. Portanto, a base de cálculo leva em
consideração possíveis deduções na sua composição. Cada imposto possui uma base de
cálculo diferente e, portanto, possuem apurações diferentes.
O segundo é o fato gerador, ele que faz nascer a obrigação tributária.
Por exemplo, aferir renda é o fato gerador do Imposto de Renda.
Uma operação de câmbio é um dos fatos geradores do Imposto sobre Operações Financeiras,
e assim em diante.
Prestar atenção ao fato gerador é importante por dois motivos: primeiro ele gera (como diz o
próprio nome) a obrigação de se pagar o tributo. Em segundo lugar, normalmente as
legislações tributárias dão um prazo para a realização do pagamento do tributo, e este,
normalmente, é contado a partir do fato gerador. Por exemplo, o vencimento para o pagamento
de um imposto pode ser de 20 dias corridos após o último dia do mês em que ocorreu o fato
gerador. Então, se o fato gerador ocorreu em 12 de março, o pagamento do tributo deverá ser
recolhido até 20 de abril.
Fonte: Shutterstock.com
ENTES TRIBUTÁRIOS
No Brasil, os entes tributários são os que possuem a competência para cobrar impostos, taxas
e contribuições. Essas competências são estabelecidas de modo que certos impostos, taxas e
contribuições sejam exclusivos de certos entes.
EXEMPLO
Nos EUA existe a figura do Imposto de Renda Federal, assim como no Brasil, mas também há
os Impostos de Renda Estaduais e, em alguns locais, o Imposto de Renda Municipal. No Brasil,
isso seria ilegal, pois a competência para a cobrança de Imposto de Renda é apenas do ente
federativo, ou seja, da União (governo federal), e, portanto, estados e municípios não poderiam
instituir algum tipo de imposto cuja base de cálculo seja a renda.
Os entes tributários, conforme já foi dito, possuem competências próprias de tributação,
descritas na Seção III da Constituição para a União; na Seção IV para os estados e Distrito
Federal; e na Seção V para os municípios. De todos os tributos, as contribuições de melhoria,
taxas e contribuições para o seu regime próprio de previdência são de competência de todos
os três entes.
TRIBUTO ‒ CONCEITO E ESPÉCIES
COMPETÊNCIAS DOS ENTES TRIBUTÁRIOS
Os impostos da competência da União são, juntamente com seus fatos geradores:
Imposto de Importação (II), que tem como fato gerador a entrada de produtos do exterior
em território nacional;
Imposto de Exportação (IE), que tem como fato gerador a saída de produtos nacionais do
território nacional;
Imposto de Renda (IR), que tem como fato gerador a aferição de renda por pessoa física
(IRPF) ou a existência de lucro na Pessoa Jurídica (IRPJ);
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que tem como fato gerador a produção de
bens industrializados;
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que tem como fato gerador operações
financeiras específicas;
Imposto Territorial Rural (ITR), que tem como fato gerador a propriedade de imóvel fora
do perímetro urbano;
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), que, embora tenha previsão legal, ainda não foi
regulamentado;
Contribuições (como CSLL, PIS/PASEP, COFINS, CIDE, etc.), cada uma com seus fatos
geradores específicos.
Os impostos da competência dos estados e Distrito Federal são:
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que tem como fato gerador
a circulação (ou seja, a venda) de produtos em geral dentro do território nacional, da
importação de produtos do exterior e de serviços específicos;
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que tem como fato gerador a
transmissão de bens por falecimento ou por doação;
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que tem como fato gerador
a propriedade de veículos automotores.
Os impostosda competência dos municípios são:
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que tem como fato gerador a propriedade de
imóvel dentro do perímetro urbano;
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que tem como fato gerador a compra
e venda de bens imóveis.
Imposto sobre Serviços (ISS), que tem como fato gerador a prestação de serviços que
não estão enquadrados no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
CRÍTICAS AO MODELO DE REPARTIÇÃO DE
COMPETÊNCIAS BRASILEIRO
Uma grande crítica que é feita a esse modelo de repartição de competências é o fato de que a
repartição dessas competências foi realizada em 1988, quando o cenário econômico era muito
diferente do atual.
O setor de serviços cresceu muito no século XXI e a competência dessa tributação é de
exclusividade dos municípios, gerando grande aumento de arrecadação, concentrado nos
grandes municípios das regiões Sul e Sudeste, enquanto o setor de serviço de pequenos
municípios e de municípios do interior acabaram não sendo beneficiados.
Além disso, o Código Tributário Brasileiro é muito complexo, com regulamentações
contraditórias entre os entes e intraentes. Um exemplo é cada município possuir sua própria
legislação sobre como tributar serviços, ou cada estado possuir legislação sobre como tributar
o ICMS.
Nos últimos anos, vêm crescendo a pressão para uma reforma tributária que simplifique a
tributação, a legislação e os recursos gastos para fazer a aferição dos impostos. Tal ganho
também poderia resultar numa simplificação da fiscalização pelos entes públicos.
Embora muitas propostas tenham sido ventiladas, até o momento não existe nenhuma que
unificasse o apoio no Congresso Nacional. Consequentemente, este tema focará apenas em
analisar os atuais tributos sem entrar em detalhes sobre possíveis modificações.
Para finalizar esta seção, é preciso entender que, na operação de uma empresa, muitos
impostos podem ser devidos ao mesmo tempo. Por exemplo, uma empresa ao vender um
produto, paga o ICMS, porém, caso possua lucro, também paga o IRPJ e a CSLL, além do
PIS/Confins e outros impostos, como IPVA e IPTU. Portanto, a empresa deve estar sempre
atenta ao pagamento desses impostos, a fim de não se envolver em problemas com o fisco.
Esse trabalho para as empresas de pequeno porte e as microempresas foi facilitado com a
implementação do Simples Nacional, que permite haver o recolhimento de diferentes tipos de
impostos em uma única guia. Você vai se aprofundar nos conhecimentos do Simples Nacional
no Módulo 3.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO, ASSINALE A AFIRMAÇÃO
INCORRETA:
A) Os tributos são definidos como toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua de ato ilícito, instituída em lei cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
B) No Brasil, existem três tipos de tributos: os impostos, as taxas e as contribuições.
C) O ICMS é um tipo de tributo que se enquadra como contribuição.
D) As taxas são diferentes dos impostos porque são vinculadas à prestação de serviço de um
ente público.
E) Os impostos são normalmente calculados a partir de uma porcentagem aplicada sobre uma
base de cálculo.
2. SOBRE O IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS), PODEMOS DIZER QUE:
A) O Imposto sobre Serviços tem como fato gerador a circulação de mercadorias.
B) O Imposto sobre Serviços é um tributo de competência do ente federal.
C) O Imposto sobre Serviços é um tributo de competência do ente estadual.
D) O Imposto sobre Serviços é um tributo de competência do ente municipal.
E) Embora tenha o nome de “Imposto” o “Imposto sobre Serviços”, mais conhecido como ISS,
se caracteriza como uma taxa do ente municipal.
GABARITO
1. Sobre as afirmações abaixo, assinale a afirmação incorreta:
A alternativa "C " está correta.
De acordo com o artigo terceiro da Lei 5.172/1996, os tributos são definidos como toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua de ato ilícito, instituída em lei cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada. No Brasil, existem três tipos de tributos: os impostos, as taxas e as contribuições. O
ICMS é um imposto de competência do ente estadual e, portanto, não se enquadra como
contribuição. As taxas são diferentes dos impostos porque são vinculadas a uma prestação de
serviço de um ente público. Os impostos são normalmente calculados a partir de uma
porcentagem aplicada sobre uma base de cálculo.
2. Sobre o Imposto sobre Serviços (ISS), podemos dizer que:
A alternativa "D " está correta.
O Imposto sobre Serviços, como diz o próprio nome, é um imposto e não uma taxa, pois não
está vinculado à prestação de um serviço pelo ente público municipal. Ele é de competência do
ente municipal e seu fato gerador não é a circulação de mercadorias (esse é o fato gerador do
ICMS) e sim a prestação de serviços.
MÓDULO 2
Descrever os tributos federais
TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA FEDERAL –
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
IMPOSTOS MAIS COMUNS: IR, CSLL E
PIS/COFINS
IMPOSTO DE RENDA
O Imposto de Renda, devido tanto pelas pessoas jurídicas, quanto pelas físicas, é um dos
impostos mais conhecidos.
O IRPF é devido por todas as pessoas físicas que aferiram renda tributável além do limite de
isenção.
Por via de regra, toda renda é tributável a não ser renda de natureza indenizatória ou outros
tipos de renda tais como bolsas de estudo, poupança, dividendos etc. Caso a pessoa seja
empregada e tenha um contracheque, o imposto já é calculado automaticamente e o valor
deduzido do seu pagamento, caso contrário deverá emitir uma Guia do Carnê-Leão para o seu
pagamento.
No início de cada ano é feita a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) e,
portanto, os valores da renda daquela pessoa de todo ano anterior (o ano-calendários) são
juntados, incluindo as deduções legais.
Assim é feita a base de cálculo do imposto para se verificar se a pessoa recolheu imposto a
maior ou a menor. Caso a pessoa tenha recolhido imposto, a maior é feita a devolução do
imposto de renda, caso o imposto tenha sido recolhido, a menor a pessoa deverá realizar o
pagamento da diferença entre eles.
IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA
No caso de pessoas jurídicas, o Imposto de Renda é normalmente chamado de IRPJ (Imposto
de Renda de Pessoas Jurídicas). Existem três principais formas de se apurar o IRPJ: Simples,
Lucro Presumido e Lucro Real.
Primeiramente, vamos falar do Lucro Presumido.
Nesse caso, é aplicado uma alíquota para compor a base de cálculo diretamente sobre o valor
da receita da empresa. Em regra geral, o setor de serviços tem uma alíquota de base de
cálculo de 32%, enquanto os outros setores têm uma alíquota de 8%.
EXEMPLO
No caso de uma empresa que faturou R$5.000.000,00 em um ano, ela pagaria IRPJ apenas
sobre uma base de cálculo de R$1.600.000,00, se fosse do setor de serviços, ou em cima de
R$400.000,00 se fosse de outros setores, como comércio.
Já no Lucro Real, a empresa teria que calcular o seu lucro líquido real (de acordo as regras
estabelecidas pela Receita Federal) e pagar o imposto sobre esse valor. Uma vantagem
tributária para o cálculo via Lucro Real ocorre para empresas que possuem margem de lucro
menor do que o arbitrado pelo Lucro Presumido.
SAIBA MAIS
Outra vantagem da tributação via Lucro Real é a possibilidade de compensar prejuízos. Por
exemplo, se uma empresa teve prejuízo de R$1.000.000,00 no ano 1 e lucro de R$800.000,00
no ano 2, ela não vai pagar IRPJ no ano 1 (pois não teve lucro, teve prejuízo) e nem no ano 2
(pois ela teve um prejuízo acumulado de R$200.000,00 nos dois anos).
Tanto no Lucro Real quanto no Lucro Presumido a alíquota do IRPJ é de 15% sobre a base
de cálculo, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceda R$20.000,00 no mês.
Tendo em vista que o valor de R$20.000,00 é bem pequeno para empresas de grande e médio
porte, é comum dizer que a alíquotaIRPJ para fins práticos é de 25%.
VAMOS CALCULAR ENTÃO: UMA EMPRESA DO
SETOR DE SERVIÇOS TEVE RECEITA BRUTA DE
R$8.000.000,00 E LUCRO DE R$3.500.000,00.
QUANTO ELA PAGARIA DE IR E DE CSLL SE
ELES FOSSEM APURADOS VIA LUCRO
PRESUMIDO? E VIA LUCRO REAL? QUAL SERIA
O MAIS VANTAJOSO?
RESPOSTA
Nesse caso, você deve calcular assim:
Lucro Presumido: 32% x R$8.000.000,00 = R$2.560.000,00 => R$2.560.000,00 x
34% = R$870.400,00 devidos de IRPJ mais CSLL.
Lucro real: R$3.500.000,00 x 34% = R$1.190.000,00 devidos de IRPJ mais CSLL.
Nota-se, portanto, que para fins de IRPJ é mais favorável que a empresa se enquadre no
Lucro Presumido.
Nem todas as empresas, porém, podem optar pelo lucro presumido, apenas empresas com
receita menor do que R$78.000.000, não financeiras (como bancos, corretoras, seguradoras
etc.), não podem receber lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior e não
podem usufruir de benefícios fiscais.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO
LÍQUIDO
A Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) é muitas vezes agrupada junto com o
Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ), tendo em vista que ambos possuem como
base de cálculo o lucro da empresa.
Assim como o IRPJ, a CSLL tem três formas de apuração: Simples, Lucro Presumido e Lucro
Real. A regulamentação é a mesma do IRPJ, e a alíquota é de 9%. Por isso, é comum dizer
que o imposto sobre o lucro das empresas é de 34% (9% da CSLL e 25% do IRPJ).
Portanto, utilizando o mesmo exemplo da seção anterior:
Nesse caso, você deve calcular assim:
Lucro Presumido: 32% x R$8.000.000,00 = R$2.560.000,00 => R$2.560.000,00 x
34% = R$870.400,00 devidos de IRPJ mais CSLL.
Lucro real: R$3.500.000,00 x 25% = R$1.190.000,00 devidos de IRPJ mais CSLL.
-->
Nota-se, portanto, que mesmo considerando-se a CSLL é mais favorável a empresa se
enquadrar no Lucro Presumido, o mesmo caso de quando se considerou apenas o IR.
PIS/COFINS
As contribuições PIS e Cofins, embora tenham objetivos diferentes (um é para o pagamento do
PIS, e a outra para a Seguridade Social) são normalmente tratadas juntas, pois possuem os
mesmos fatos geradores e as mesmas bases de cálculo.
O PIS/COFINS possui duas formas de apuração: cumulativo e não cumulativo. As empresas
enquadradas no regime de Lucro Presumido ou no Simples Nacional fazem a apuração por
meio do regime cumulativo e as enquadradas no Lucro Real fazem via regime não cumulativo.
A diferença se dá nas alíquotas e na forma de se chegar à base de cálculo.
No regime cumulativo, o cálculo é bem simples: aplica-se a alíquota de 3,65% (3% a título de
Cofins e 0,65% a título de PIS) sobre a receita bruta da empresa, que seria a base de cálculo
nesse regime cumulativo. Já no regime não cumulativo, o valor é de 9,25% (7,6% a título de
Cofins e 1,65% a título de PIS), mas exclui-se do valor final do imposto os créditos obtidos nas
compras de produtos ou serviços.
Portanto, se uma empresa possui faturamento (receita) de R$1.000.000,00 e fez compras de
produtos e serviços que somaram R$300.000,00, gerando créditos de PIS/Cofins, o cálculo
seria feito da seguinte maneira:
Regime cumulativo: 3,65% x R$1.000.000,00 = R$36.500,00
Regime não cumulativo: 9,25% x R$1.000.000,00 – 9,25% x R$300.000,00 = 9,25% x
R$700.000,00 = R$64.750,00.
Fonte: Shutterstock.com
OUTROS IMPOSTOS FEDERAIS: II, IE, IPI E
ITR
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
O Imposto de Importação é de competência exclusiva da União, e o fato gerador é a entrada de
mercadoria estrangeira em solo brasileiro. Como o Brasil faz parte do Mercosul, essa tarifa é
determinada por meio de um documento chamado Tarifa Externa Comum (TEC), que pode ser
consultado no site da Receita Federal. A base de cálculo desse imposto é o valor aduaneiro da
mercadoria.
Um passo importante para a empresa que importa produtos de origem estrangeira é que ela
deve habilitar-se para operar no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex),
procedimento regido pela Instrução Normativa RFB n. 1.603/2015.
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
Assim como o imposto de importação, o de exportação é de competência exclusiva da União, e
o fato gerador é a saída de entrada de mercadoria nacional de solo brasileiro. A base de
cálculo do imposto é definida no artigo 2º do Decreto-lei n. 1.578, de 1977:
ART. 2º A BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO É O
PREÇO NORMAL QUE O PRODUTO, OU SEU
SIMILAR, ALCANÇARIA, AO TEMPO DA
EXPORTAÇÃO, EM UMA VENDA EM CONDIÇÕES
DE LIVRE CONCORRÊNCIA NO MERCADO
INTERNACIONAL, OBSERVADAS AS NORMAS
EXPEDIDAS PELO PODER EXECUTIVO,
MEDIANTE ATO DA CAMEX ‒ CÂMARA DE
COMÉRCIO EXTERIOR. (REDAÇÃO DADA PELA
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.158-35, DE 2001)
§ 1º ‒ O PREÇO À VISTA DO PRODUTO, FOB OU
POSTO NA FRONTEIRA, É INDICATIVO DO PREÇO
NORMAL.
De acordo com a Receita Federal, a determinação do valor em reais da base de cálculo do
imposto, deve ser utilizada a taxa de câmbio disponível no Sisbacen, transação PTAX800,
opção 5, relativa ao dia útil imediatamente anterior ao da ocorrência do fato gerador do
imposto.
SISBACEN
O Sisbacen (Sistema de Informação do Banco Central) é o sistema eletrônico utilizado
pelo Banco Central do Brasil com a finalidade de catalogar e centralizar todas as
informações financeiras nacionais.
Por via de regra, a alíquota do Imposto de Exportação é de 30%, mas o governo federal pode
decidir aumentá-la ou reduzi-la de acordo com sua política externa e/ou cambial. Ressalta-se,
porém, que a alíquota do Imposto de Exportação nunca poderá ser superior a 150%.
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide nas seguintes etapas da produção:
transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento (ou recondicionamento), ou
renovação (ou recondicionamento).
Não são consideradas atividades industriais, para fins de IPI:
O preparo de produtos alimentares em restaurantes, bares, cozinhas para alimento aos
funcionários etc.;
O preparo de refrigerantes em restaurantes, bares e estabelecimentos similares;
Artesanato;
Confecção de vestuário na residência do preparador ou em oficina;
Manipulação farmacêutica, mediante receita médica;
Moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista;
Construção civil;
Montagem de óculos, mediante receita médica;
Cestas de Natal e semelhantes;
O conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados;
O reparo de produtos com defeito de fabricação;
A restauração de sacos usados;
Mistura de tintas para o consumidor final.
Além disso, são imunes do IPI:
Os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;
Produtos industrializados destinados à exportação;
Ouro enquanto ativo financeiro;
Energia elétrica.
O fato gerador do IPI é a saída do produto de estabelecimento industrial ou a chegada ao Brasil
de produtos de procedência estrangeira, com a base de cálculo sendo o total da operação e a
alíquota sendo definida para o produto conforme consta na Tabela de Incidência do IPI (TIPI).
Pesquise sempre a última versão da Tabela TIPI na Internet, que, constantemente, é
atualizada.
Indústrias e fábricas localizadas na Zona Franca de Manaus possuem redução ou isenção do
IPI em certos produtos, sendo necessária a consulta à legislação correspondente.
O IPI também pode ser encarado como um imposto utilizado como regulador pelo governo
federal, que pode aumentar o IPI de produtos aos quais queira desestimular a compra, ou
reduzir o tributo a fim de incentivar o consumo.
IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
O fato gerador do Imposto Territorial Rural (ITR) é definido como o domínio útil ou a posse do
imóvel, localizado fora do perímetro urbano do município.
A alíquota vai depender do tamanho e da utilização da propriedade. À diferença do IPTU, no
qual o valor das propriedades é arbitrado pelo município, o ITR é de responsabilidade do
proprietário, que deve lançar os valores das terras de sua propriedade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA DO LUCRO PRESUMIDO DO SETOR DE COMÉRCIO
TEVE UMA RECEITAANUAL DE R$2.500.000,00. CONSIDERANDO UMA
ALÍQUOTA DO IRPJ DE 25%, QUANTO ESSA EMPRESA PAGOU DE
IRPJ/CSLL NESSE ANO?
A) R$62.500,00
B) R$77.000,00
C) R$200.000,00
D) R$625.000,00
E) R$850.000,00
2. UMA EMPRESA DO LUCRO PRESUMIDO DO SETOR DE COMÉRCIO
TEVE UMA RECEITA ANUAL DE R$2.500.000,00. QUANTO ESSA
EMPRESA COMERCIAL PAGOU DE CONTRIBUIÇÕES PIS/COFINS NESSE
ANO?
A) R$16.250,00
B) R$75.000,00
C) R$85.000,00
D) R$91.250,00
E) R$231.250,00
GABARITO
1. Uma empresa do Lucro Presumido do setor de comércio teve uma receita anual de
R$2.500.000,00. Considerando uma alíquota do IRPJ de 25%, quanto essa empresa
pagou de IRPJ/CSLL nesse ano?
A alternativa "B " está correta.
No caso de uma empresa comercial, a base de cálculo do IRPJ é de 8% e a base de cálculo da
CSLL de 12%. Sendo assim, calcula-se 2.500.000 x 8% = 200.000,00 x 25% = 50.000 e
2.500.000 x 12% = 300.000 x 9% = 27.000.
Total de IRPJ e CSLL = 50.000 + 27.000 = 77.000
2. Uma empresa do Lucro Presumido do setor de comércio teve uma receita anual de
R$2.500.000,00. Quanto essa empresa comercial pagou de contribuições PIS/Cofins
nesse ano?
A alternativa "D " está correta.
Como a empresa está enquadrada no Lucro Presumido, a PIS/COFINS é cumulativa, de modo
que a alíquota do PIS é de 0,65% e a da Cofins é de 3%, com a base de cálculo sendo a
receita da empresa, que é R$2.500.000,00. Portanto, o valor devido de PIS/Cofins é de 3,65%
x R$2.500.000,00 = R$91.250,00.
MÓDULO 3
Descrever os tributos estaduais, municipais e Simples Nacional
IMPOSTOS ESTADUAIS: ICMS, IPVA E
ITCMD
IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS E SERVIÇOS
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, mais conhecido como ICMS, é um
imposto de competência estadual que incide sobre a circulação de mercadorias e sobre
serviços específicos. O ICMS está previsto na Constituição e regulamentado na Lei Kandir (LC
87/1996, alteradas posteriormente pelas Leis Complementares 92/1997, 99/1999 e 102/2000).
O fato gerador do ICMS é a comercialização de bens no interior do país ou na importação
desses bens para o território nacional. Conforme já mencionado no primeiro módulo, esse
imposto é indireto, pois o valor do imposto vem embutido no valor do produto. Até o ano de
2019, o valor do ICMS era repartido entre o estado do comprador e o estado do vendedor,
passando então a ser recolhido apenas no estado do comprador do produto.
Portanto, se um consumidor do estado de Pernambuco comprar um produto do estado de São
Paulo, o ICMS será recolhido em Pernambuco.
Por causa disso, e também do fato que cada estado possuir a sua regulamentação legal, esse
é o imposto mais complexo de cálculo. Com as vendas via Internet ficou cada vez mais comum
a prática de vender para diferentes estados, o que faz com que uma empresa tenha que, em
caso extremo, recolher o ICMS em todos as 27 unidades da federação, cada uma com suas
regras e alíquotas específicas.
ATENÇÃO
Essas alíquotas interestaduais variam entre 7% e 12%, mas as estaduais variam entre 17% e
20% (no caso do Rio de Janeiro, estado com o maior ICMS do Brasil). Essa diferença entre as
alíquotas, chamado de Difal (diferencial de alíquotas) é recolhida no estado de destino, a fim de
manter a igualdade tributária.
Além da comercialização de bens e mercadorias, também pagam ICMS o fornecimento de
energia elétrica, transportes intermunicipais, serviços de telecomunicação e serviços prestados
no exterior.
Normalmente, os tributos são calculados “por fora”, mas o ICMS é calculado “por
dentro”, ou seja, considera-se o valor do imposto na sua base de cálculo.
Vejamos um exemplo a seguir:
EXEMPLO
Suponhamos que há uma empresa comercial, em um estado com alíquota do ICMS de 18%,
que realizou uma venda com as seguintes características:
Valor de compra dos produtos vendidos na Nota Fiscal = R$2.000,00
Valor do IPI = R$300,00
Valor da margem da empresa = R$500,00
Total da Nota Fiscal = R$2.800,00
Tendo em vista que a alíquota do imposto é de 18%, devemos dividir o valor da Nota Fiscal por
0,82 (100% - 18%) antes de aplicar a alíquota:
R$2.800,00/0,82 = R$3.414,63
R$3.414,63 x 18% = R$614,63
Portanto, o valor do ICMS a pagar seria de R$614,63. Note que a diferença entre R$3.414,63 e
o valor de R$2.800,00 é justamente o valor de R$614,63, e por isso esse tipo de cálculo é
chamado de “por fora”. Note ainda que, nesse caso, a alíquota real foi de 21,95%, que é a
razão entre o imposto de R$614,63 e o valor original da Nota Fiscal. Caso o imposto fosse “por
dentro”, o valor do ICMS seria de R$2.800,00 x 18% = R$504,00, e o valor da Nota Fiscal seria
de R$2.800,00 + R$504,00 = R$3.304,00 em vez de R$3.414,63.
O ICMS também funciona por meio do sistema de créditos, no qual a empresa poderá
descontar o ICMS pago anteriormente para evitar o chamado “efeito cascata”. No exemplo
anterior, a empresa comprou R$2.000,00 de produtos, gerando um crédito de 18% do ICMS
que já foi pago anteriormente, de modo que a empresa deverá pagar o valor de:
R$614,63 – (R$2.000,00 x 18%) = R$614,63 – R$360,00 = R$254,63.
Por fim, devemos falar da Substituição Tributária (ST). Esse é o regime pelo qual a
responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é
atribuída do contribuinte substituído ao contribuinte substituto. Ou seja, a obrigação de um
contribuinte que deveria recolher o ICMS é transferida a outro contribuinte. Essa legislação
varia de estado para estado e não nos aprofundaremos nela.
Para finalizar esta seção, vejamos um último exemplo ilustrativo:
EXEMPLO
Uma empresa de São Paulo vende uma mercadoria para o Rio de Janeiro e, nesse caso, a
alíquota interestadual é de 12%, a alíquota de São Paulo é de 18% e a alíquota do Rio de
Janeiro é de 20%. Ela pagou R$10.000,00 pelo produto. Logo em seguida ela revendeu o
produto por R$15.000,00 (sem incluir nesse valor o ICMS) para o consumidor final no próprio
Rio de Janeiro. Qual é o valor de ICMS que a empresa pagará nessas operações?
Como a empresa comprou de São Paulo para o Rio de Janeiro, a empresa fluminense terá de
pagar o DIFAL de 20% - 12% = 8% para o Rio de Janeiro, e poderá utilizar os 12% como
crédito de ICMS. Ou seja:
• DIFAL = 8% x R$10.000,00 = R$800,00
• Crédito do ICMS = 12% x R$10.000,00 = R$1.200,00
A venda final no valor de R$15.000,00 e o ICMS a pagar seria de:
15.000/0,80 = R$18.750,00 – R$15.000,00 = R$3.750,00.
Porém, como ela tem créditos de ICMS no valor de R$1.200,00, pagará o valor de R$3.750,00
– R$1.200,00 = R$2.550,00.
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE
VEÍCULOS AUTOMOTORES
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores é também um imposto de
competência estadual e incide sobre a propriedade de veículos automotores (fato gerador).
Esse imposto é bem comum de ser pago por empresas que possuam frota de veículos
automotores, especialmente para fins de entrega.
Juntamente com esse imposto, podem estar associadas outras taxas, como a de licenciamento
anual e a de vistoria do veículo. As regulações variam de estado para estado.
IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E
DOAÇÃO
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação, também conhecido como ITCMD, assim
como o ICMS e o IPVA também é de competência estadual. É popularmente conhecido como o
“imposto de herança”, pois o fato gerador desse imposto é a morte e a transmissão do bem aos
seus herdeiros. Em diversos estados, inclusive, a alíquota do imposto varia com o grau de
parentesco do contribuinte.
Além disso, como diz o nome do imposto, outro fato gerador que enseja na incidência dessa
obrigação tributária é a doação, agrupada com a herança justamente por ser, em geral, um
instrumento de planejamento sucessório muito utilizado, principalmente por empresas
familiares, com a doação (ou venda por valor simbólico) de participação acionária do sucedido
a seu(s) sucessor(es).
TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA ESTADUAL –
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
IMPOSTOS MUNICIPAIS: ISS, IPTU E ITBI
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOSO Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, também conhecido como ISSQN, ou mais
comumente chamado de Imposto sobre Serviços, ou pelo acrônimo ISS, é um imposto de
competência municipal (e do Distrito Federal), que incide, como diz o próprio nome, sobre
serviços de qualquer natureza prestados em território nacional (conforme vimos anteriormente,
os serviços prestados em território estrangeiro contribuem como ICMS de competência
municipal).
O fato gerador é, portanto, a prestação de serviços, a base de cálculo é o valor cobrado pelo
serviço prestado e a alíquota varia conforme municípios e atividades, mas, normalmente, fica
na casa de 2% a 5%. Diferentemente do ICMS, ele é calculado “por fora”.
Essa parte da lei está sendo judicializada junto ao Supremo Tribunal Federal devido ao fato que
isso criaria uma obrigação de difícil operacionalização, tendo em vista que há mais de 5.000
municípios no Brasil e o recolhimento do ISS em cada um deles seria extremamente
dispendioso para as empresas.
Para fins de exemplificação, suponhamos que uma empresa tenha prestado um serviço no
valor de R$10.000,00 e a alíquota do ISS é de 5%. Nesse caso, o ISS a recolher seria de
R$10.000,00 x 5% = R$500,00.
A Lei Complementar 175 sancionada em 23 de setembro de 2020, alterou a regra de
recolhimento do ISS, determinando que alguns serviços deverão recolher o ISS no município
do cliente e não mais no município da sede, entre eles: planos de saúde, administração de
fundos e arrendamento mercantil.
IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO
O Imposto Predial e Territorial Urbano, mais conhecido como IPTU, é cobrado dos proprietários
de imóveis urbanos pelos municípios. O fato gerador é a propriedade de imóvel em perímetro
urbano, e o imposto é de periodicidade anual.
A base de cálculo do IPTU é o valor arbitrado do imóvel pela prefeitura e a alíquota varia de
acordo com o valor da propriedade e de acordo com a legislação municipal. Por ser um imposto
que o proprietário de um imóvel repassa para o locatário, todas as empresas tendem a ser
contribuintes do IPTU, mesmo que a propriedade seja própria ou alugada.
IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS
IMÓVEIS
O Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis, mais conhecido como ITBI, é cobrado dos
compradores de imóveis pelos municípios. O fato gerador é a transmissão de propriedade do
imóvel dentro do município, e o imposto é devido apenas quando o imóvel muda de
proprietário.
É importante lembrar que o ITBI só é devido em transmissão inter vivos (compra ou doação),
ou seja, se for herança ou inventário, o imposto correto é o ITCMD, imposto de competência
estadual.
Fonte: Shutterstock.com
SIMPLES NACIONAL
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de
tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte, previsto na Lei
Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Os tributos unificados no Simples Nacional
são IRPJ, CSLL, PIS/Cofins, IPI, ICMS, ISS e Contribuição Previdenciária.
Todos esses impostos são calculados e pagos em apenas uma guia. Isso facilita muito o
cálculo de tributos e o seu recolhimento por microempresas e empresas de pequeno porte, que
deixam de se preocupar com o pagamento para os diferentes entes.
SAIBA MAIS
Para ser considerada microempresa, é necessário que a receita anual seja inferior a
R$360.000,00. Já para ser considerada empresa de pequeno porte, deve-se ter receita anual
superior a R$360.000,00 e inferior a R$4.800.000,00. Além disso, as atividades ― listadas no
Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) ― devem ser compatíveis com o
cadastro no Simples Nacional.
A alíquotas são determinadas conforme tabela e o vencimento do pagamento é até o dia 20 do
mês subsequente ao mês do fato gerador. Para fins de impostos, considera-se a data do fato
gerado como a data da emissão da Nota Fiscal.
O MEI (Microempreendedor Individual) é um caso especial do Simples Nacional. O MEI paga
de Imposto apenas 5% do Salário Mínimo como contribuição previdenciária, mais R$5,00 de
ICMS (se for enquadrado como contribuinte do ICMS) e R$1,00 de ISS (se for enquadrado
como contribuinte do ISS).
Os requisitos para MEI são: ter receita máxima de R$81.000,00 por ano (R$6.750,00 por mês),
não ser sócio de nenhuma outra empresa, possuir no máximo um emprego registrado, e que o
CNAE da ocupação esteja entre as ocupações elegíveis para se fazer parte do MEI (por
exemplo, via de regra, serviços regulados e/ou que precisem de ensino superior para serem
prestados não podem se registrar como MEI, tais como engenheiros, advogados, médicos,
etc.).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA REALIZA A VENDA DE UM PRODUTO QUE ELA HAVIA
COMPRADO POR R$1.200,00. O VALOR DA NOTA FOI DE R$ 2.000,00 (JÁ
INCLUSO O VALOR DO ICMS) E NÃO HOUVE A INCIDÊNCIA DE IPI. A
ALÍQUOTA DO ICMS QUE ELA DEVE RECOLHER É DE 18%. LEVANDO EM
CONSIDERAÇÃO QUE A EMPRESA NÃO POSSUI OUTROS CRÉDITOS DE
ICMS, QUAL É O VALOR DO ICMS A SER RECOLHIDO POR ESSA
EMPRESA COMERCIAL?
A) Não deve ser feito recolhimento, pois os créditos de ICMS superam o valor devido do
imposto.
B) R$216,00
C) R$144,00
D) R$360,00
E) R$439,02
2. UMA EMPRESA DE SERVIÇOS PRESTOU DURANTE O ANO DE X1 UM
TOTAL DE R$5.000.000,00 EM SERVIÇOS. O CUSTO DOS SERVIÇOS
PRESTADOS FICOU EM R$3.000.000,00. SABENDO QUE A ALÍQUOTA DO
ISS É DE 5% NO MUNICÍPIO DESSA EMPRESA, CALCULE O VALOR
DEVIDO DE ISS POR ESSA EMPRESA NO ANO DE X1.
A) R$250.000,00
B) R$150.000,00
C) R$100.000,00
D) R$50.000,00
E) Não é devido o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
GABARITO
1. Uma empresa realiza a venda de um produto que ela havia comprado por R$1.200,00.
O valor da nota foi de R$ 2.000,00 (já incluso o valor do ICMS) e não houve a incidência
de IPI. A alíquota do ICMS que ela deve recolher é de 18%. Levando em consideração que
a empresa não possui outros créditos de ICMS, qual é o valor do ICMS a ser recolhido
por essa empresa comercial?
A alternativa "C " está correta.
Tendo em vista que o valor da nota já inclui o do ICMS, precisamos descobrir o valor da nota
sem o ICMS a partir da seguinte fórmula: X/0,82 = R$2.000,00, logo X = 0,82 x R$2.000,00 =
R$1.640,00. Portanto, o ICMS da nota é de R$2.000,00 – R$1.640,00 = R$360,00. Porém, a
empresa possuía créditos de ICMS no valor de R$1.200,00 x 18% = R$216,00. Portanto, o
ICMS a ser recolhido é de R$360,00 – R$216,00 = R$144,00.
2. Uma empresa de serviços prestou durante o ano de X1 um total de R$5.000.000,00 em
serviços. O custo dos serviços prestados ficou em R$3.000.000,00. Sabendo que a
alíquota do ISS é de 5% no município dessa empresa, calcule o valor devido de ISS por
essa empresa no ano de X1.
A alternativa "A " está correta.
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, mais conhecido como Imposto sobre
Serviços ou ISS, é calculado sobre o valor bruto da despesa, portanto, o valor do imposto deve
levar em consideração como base de cálculo o valor da receita bruta de R$5.000.000,00. Sobre
esse valor, é aplicado o percentual na alíquota de 5%, totalizando R$250.000,00 de imposto
devido.
MÓDULO 4
Aplicar a contabilização correta dos tributos
INTRODUÇÃO
Até este momento, consideramos os aspectos financeiros dos tributos dos três tipos de entes:
federais, estaduais e municipais, tais como os fatos geradores, as bases de cálculo e as
alíquotas. A partir de agora, iremos considerar como é realizado o tratamento contábil desses
tributos.
CONTABILIZAÇÃO DOS PASSIVOS
TRIBUTÁRIOS
De modo geral, os tributos são recolhidos com um pouco de atraso em relação ao seu fato
gerador. Por exemplo, para uma empresa optante pelo Simples Nacional, que realiza uma
venda no dia 5 de agosto, ela pagará os impostos devidos por essa venda somente no dia 20
de setembro. Portanto, no dia 5 de agosto o fato gerador deu origem à obrigação tributária, que
só será paga no dia 20 de setembro, ou seja, durante o período entre o fato gerador e o
pagamento, a empresapossui uma obrigação devida ao ente tributário.
Na contabilidade, as obrigações são contabilizadas como passivo, e, portanto, a empresa
incorreu em um passivo no dia 5 de agosto, que só será quitado em 20 de setembro, e durante
esse período tal valor constará no Balanço Patrimonial da empresa como passivo. Como o
passivo é para pagamento em curto prazo, este é categorizado como passivo circulante. Como
na contabilidade, os lançamentos são efetuados pelo sistema de partidas dobradas, há a
necessidade de uma conta para se fazer o débito. Essa conta é a de despesa, que representa
a saída de recursos da entidade.
Vamos supor a seguinte situação, a empresa presta um serviço no valor de R$1.000,00 em 5
de agosto e recolhe o imposto sobre serviços no dia 20 de setembro com a alíquota de 5%.
Portanto, a contabilidade ficaria da seguinte maneira:
5 de agosto
D – Despesa Tributária = R$50,00 (5% x R$1.000,00)
C – Tributos a Recolher = R$50,00
20 de setembro
D – Tributos a Recolher = R$50,00
C – Caixa e Equivalentes = R$50,00
Note, portanto, que após o pagamento contabilizou-se a despesa contra a conta de caixa, já
que houve a saída de recursos da entidade que estavam no caixa para o pagamento desse
imposto.
Fonte: Shutterstock.com
CONTABILIZAÇÃO DE ATIVOS TRIBUTÁRIOS
Um outro ponto importante é que a empresa também pode conseguir ativos por meio de
créditos tributários. Isso é comum quando a empresa possui créditos de ICMS obtidos
mediante compras de produtos ou com pagamentos a maior de Imposto de Renda, que
acontecem quando a empresa tem prejuízo ao fim do ano, mas recolheu tributos em algum
trimestre durante o ano.
São contabilizados como ativos pela entidade, pois vão reduzir o tributo a ser pago no futuro.
São normalmente contabilizados como Ativo Circulante, pois os créditos são normalmente
utilizados em menos de 12 meses em empresas comerciais.
De acordo com o CPC 32: “Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em
período futuro relacionado a: (a) diferenças temporárias dedutíveis; (b) compensação futura de
prejuízos fiscais não utilizados; e (c) compensação futura de créditos fiscais não utilizados”.
Ainda de acordo com o CPC 32, o ativo fiscal diferido é reconhecido no período em que surgem
as diferenças temporárias dedutíveis.
EXEMPLO
Vamos supor que no dia 2 de julho a empresa compre um produto no valor de R$1.000,00, e o
venda no dia 8 de agosto com margem de lucro de 50% sobre o valor de R$1.000,00. O ICMS
incidente foi de 18% tanto na entrada quanto na saída, e realizou o pagamento do ICMS no dia
10 de setembro. Considere que não houve a incidência de nenhum outro imposto. Qual foi o
valor de venda do produto? E quais foram os lançamentos contábeis?
A empresa quer vender o produto, sem o ICMS, a R$1.500,00. Como o ICMS é de 18%, ela
deverá pagar R$1.500,00/0,82 – R$1.500,00 = R$329,27. Porém, como a empresa tinha crédito
de ICMS no valor de R$180,00 (18% aplicado sobre o valor de compra de R$1.000,00), o valor
de venda deve ser de R$1.500,00 + R$329,27 – R$180,00 = R$1.649,27, com o valor de
R$149,27 sendo recolhido pela empresa a título de ICMS.
Lançamentos contábeis
2 DE JULHO
8 DE AGOSTO
10 DE SETEMBRO
2 DE JULHO
D – Estoque = R$820,00
D – ICMS a Recuperar = R$180,00
C – Caixa e Equivalentes = R$1.000,00
8 DE AGOSTO
D – Caixa e Equivalentes = R$1.649,27
C – Receita = R$1.649,27
D – Custo das Mercadorias Vendidas = R$820,00
C – Estoque R$820,00
D – Despesa com ICMS = R$329,27
C – ICMS a Recuperar = R$180,00
C – ICMS a Recolher = R$149,27
10 DE SETEMBRO
D – ICMS a Recolher = R$149,27
C – Caixa e Equivalentes = R$149,27
Note que, do ponto de vista do caixa da empresa, ela teve os seguintes lançamentos:
2 de julho: crédito de R$1.000,00
8 de agosto: débito de R$1.649,27
10 de setembro: crédito de R$149,27
Consequentemente, o valor da margem foi de (R$1.649,27 – R$149,27)/R$1.000,00 = 50%, o
que era justamente o objetivo da empresa. Porém, ao considerar o valor da majoração do
ponto de vista do consumidor, é de R$1.649,27/R$ 820,00 (o valor da nota fiscal sobre o valor
contabilizado do estoque), totalizando 101,13% de majoração. A diferença é justamente o valor
pago do ICMS, de R$329,27, aumentando o numerador em R$149,27 e diminuindo o
denominador em R$180,00.
Como seria, então, o valor do produto caso a margem de lucro da empresa não considerasse o
valor de caixa, mas o valor contabilizado no estoque, i.e., excluindo o valor do ICMS pago na
compra?
Nesse caso, a empresa teria como margem o valor de 50% x R$820,00 = R$410,00. O valor
que a empresa cobraria seria de R$1.000,00 + R$410,00 = R$1.410,00 sem o ICMS.
Considerando o ICMS, o valor seria de R$1.410,00/0,82 – R$1.410,00 = R$309,51, mas como
a empresa possui créditos de ICMS de R$180,00, o valor do ICMS a recolher seria de
R$129,51. Portanto, o valor do produto seria de R$1.539,51.
Lançamentos contábeis
2 DE JULHO
8 DE AGOSTO
10 DE SETEMBRO
2 DE JULHO
D – Estoque = R$820,00
D – ICMS a Recuperar = R$180,00
C – Caixa e Equivalentes = R$1.000,00
8 DE AGOSTO
D – Caixa e Equivalentes = R$1.539,51
C – Receita = R$1.539,51
D – Custo das Mercadorias Vendidas = R$820,00
C – Estoque R$820,00
D – Despesa com ICMS = R$309,51
C – ICMS a Recuperar = R$180,00
C – ICMS a Recolher = R$129,51
10 DE SETEMBRO
D – ICMS a Recolher = R$129,51
C – Caixa e Equivalentes = R$129,51
Considerando o ponto de vista do caixa da empresa, a margem foi de (R$1.539,51 - R$
129,51)/R$1.000,00 = 41% de margem. Porém, considerando o ponto de vista do consumidor,
a margem é consideravelmente maior: R$1.539,51/R$820,00 = 87,75% de majoração.
Portanto, a empresa tem de decidir, no seu planejamento, como calcular a margem de seus
produtos, considerando ou o valor pago (i.e., considerando o valor do dispêndio de caixa), ou o
valor do bem no estoque. Essa diferença tem impacto direto na política de preços dos produtos,
como pudemos ver.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA REALIZA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
CONSULTORIA E COBROU O VALOR DE R$2.500,00 EM UM SERVIÇO.
SABENDO QUE O SERVIÇO CUSTOU R$1.000,00, E QUE O ISS É DE 4%,
COMO A EMPRESA DEVERÁ RECONHECER A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
RESULTANTE?
A) Deverá reconhecer no Ativo, no valor de R$40,00.
B) Deverá reconhecer no Passivo, no valor de R$40,00.
C) Deverá reconhecer no Ativo, no valor de R$100,00.
D) Deverá reconhecer no Passivo, no valor de R$100,00.
E) Não deverá reconhecer obrigação tributária.
2. UMA EMPRESA COMERCIAL COMPRA UM PRODUTO NO VALOR DE
R$2.750,00, COM O ICMS NO VALOR DE 18%. COMO ELA DEVERÁ
CONTABILIZAR O ICMS A RECUPERAR?
A) Como Ativo Circulante no valor de R$495,00.
B) Como Ativo Não Circulante no valor de R$495,00.
C) Como Passivo Não Circulante no valor de R$495,00.
D) Como Passivo Circulante no valor de R$495,00.
E) Como Imobilizado no valor de R$495,00.
GABARITO
1. Uma empresa realiza a prestação de serviços de consultoria e cobrou o valor de
R$2.500,00 em um serviço. Sabendo que o serviço custou R$1.000,00, e que o ISS é de
4%, como a empresa deverá reconhecer a obrigação tributária resultante?
A alternativa "D " está correta.
Como a empresa possui uma obrigação, ela deverá ser reconhecida no Passivo. O valor a ser
reconhecido no Passivo é de R$2.500,00 x 4% = R$100,00.
2. Uma empresa comercial compra um produto no valor de R$2.750,00, com o ICMS no
valor de 18%. Como ela deverá contabilizar o ICMS a recuperar?
A alternativa "A " está correta.
O valor do crédito de ICMS é de 18% x R$2.750,00 = R$ 495,00. Esse valor deverá ser
contabilizado pela empresa como Ativo Circulante, pois ela tem o direito de recuperar esse
tributo na venda do produto, e como trata-se de uma empresa comercial, pressupõe-se que ela
efetuará a venda em curto espaço de tempo, ou seja, em até 12 meses.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, você aprendeu sobre os principais tributos, federais, estaduais e municipais, com
foco em empresas da áreacomercial. Foram abordadas a decisão entre ser enquadrada no
Lucro Real ou no Presumido, bem como o tratamento contábil desses tributos, além do caso de
tributos diferidos.
Além disso, abordamos outros tipos importantes de impostos que, não necessariamente, são
comuns para empresas comerciais, tais como o Imposto sobre Produtos Industrializados ou o
Imposto sobre Serviços. Foi dada atenção especial ao Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços, muito importante para as empresas do ramo comercial.
Os conhecimentos adquiridos nesse conteúdo ajudarão você a contabilizar corretamente
diferentes tipos de tributos e entender os impactos das decisões tributárias nos demonstrativos
financeiros das empresas.
REFERÊNCIAS
DECRETO-LEI Nº 1.578, DE 11 DE OUTUBRO DE 1977. Presidência da República ― Casa
Civil ― Subchefia para Assuntos Jurídicos
FABRETTI, L. C. Contabilidade Tributária. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
LUZ, E. E. Contabilidade Tributária. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2014.
PÊGAS, P. H. Manual de Contabilidade Tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
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Para quem quiser se aprofundar nos aspectos minuciosos dos tributos brasileiros, é
recomendável a leitura da obra Manual de Contabilidade Tributária, 9ª edição, de Paulo
Henrique Pêgas, considerada a mais completa da área.
CONTEUDISTA
Rodrigo de Oliveira Leite
CURRÍCULO LATTES

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