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Caso clínico Lombociatalgia Lorena Thaís iná apresentação Homem, 46 anos procurou ambulatório de ortopedia com história de dor lombar à esquerda, a qual se irradiava para região posterior da coxa e perna ipsilateral. Ao exame físico apresentou teste de Lasègue e de elevação de membros inferiores positivo à esquerda; dor à palpação do processo espinhoso de L3 a L5, sem história de queda e/ou trauma local; o exame neurológico realizado não teve alterações. Foi soli citada RM, que evidenciou hérnia de disco posterolateral esquerda nível L5-S1, a qual obliterava o forame intervertebral correspondente (Figura 41.2.1). Após receita de medicação analgésica, o paciente foi enca minhado para fisioterapia e RPG, com melhora da sintomatologia após meses de tratamento 2 apresentação 3 O nervo ciático se origina no plexo lombossacral. Descreva a formação desse plexo e seus principais ramos terminais. 4 Plexo lombossacral O plexo lombossacral é formado pelos ramos ventrais dos nervos espinais de T12 a S4. Fornece aporte nervoso para a parede abdominal, assoalho pélvico e membros inferiores. Esse plexo é dividido em dois segmentos: Plexo lombar e o plexo sacral. 5 Plexo lombar O plexo lombar é constituído pelos ramos ventrais dos nervos espinais de L1, L2, L3, L4. Esse plexo é responsável pelos nervos: ilio- hipogastrico, ilioinguinal, genitofemoral, cutaneo femoral lateral, femoral e obturatório. 6 Nervo ílio-hipogastrico Surge nas adjacências do músculo psoas maior, seguindo seu trajeto obliquamente sobre as fibras do músculo quadrado do lombo. Suas fibras motoras inervam os músculos da parede anterolateral do abdômen. 7 Nervo ílioinguinal Localiza-se imediatamente abaixo do nervo ílio-hipogastrico, e acompanha o seu trajeto. Fornece inervação sensitiva para a pele da região genital e inervação motora para os músculos da parede anterolateral do abdome. 8 Nervo genitofemoral Transpassa o músculo psoas maior, na sua superfície divide-se em um ramo genital e outro femoral. O ramo femoral acompanha o trajeto dos vasos femorais, fornecendo inervação à pele do trígono femoral. 9 Nervo cutâneo femoral lateral Origem: ramos ventrais dos nervos espinais de L2 e L3, ou seja, para que esse nervo seja formado, precisa ocorrer a junção do ramo superior oriundo de L2 e o ramo inferior oriundo de L3. Inervação: os ramos originados por esse nervo distribuem-se para inervar a pele da região anterolateral da coxa. 10 Nervo femoral É o maior e mais volumoso nervo do plexo lombar, um dos principais nervos do membro inferior. Faz a inervação motora dos músculos da loja anterior da coxa e fornece alguns ramos cutâneos. 11 Nervo obturatório Emerge na borda medial do músculo psoas maior direcionando-se ao forame obturado, penetrando-o. Na sua passagem pela loja medial da coxa, supre os músculos adutores e a pele dessa região. 12 Plexo sacral Esse plexo é constituído pelo tronco lombossacral e os ramos ventrais dos nervos espinais de S1, S2, S3 e S4. Os principais ramos desse plexo são: nervo glúteo superior e inferior, nervo isquiatico, nervo cutâneo femoral posterior e nervo pudendo 13 Nervo gluteo superior Origina-se da divisão posterior do plexo do qual recebe contribuições de L4, L5 e S1. Emerge da pelve pelo forame suprapiriforme, e segue acompanhando pelos vasos glúteos superiores. O nervo glúteo superior divide-se em ramo superior e inferior, o ramo superior faz a inervação motora do músculo glúteo mínimo, ao passo que o ramo inferior fornece ramificações para os músculos glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata. 14 Nervo ciático Também conhecido como nervo isquiático, é o mais espesso e longo nervo do corpo humano. Suas fibras originam-se dos ramos ventrais dos nervos espinhais de L4 a S3. Este nervo contribui para inervação sensitiva da pele do pé e da pele de maior parte da perna. Suas fibras motoras suprem os músculos da região posterior da coxa e os músculos de toda a perna e do pé 15 Nervo cutaneo femoral posterior Suas funções são puramente sensitivas. Dessa forma inerva sensitivamente a pele do períneo, a face posterior da coxa e a fossa poplítea. Em sua formação, recebe contribuições de fibras da divisão posterior dos nervos S1 e S2 e da divisão anterior dos nervos S2 e S3. O nervo emerge da pelve através do forame infrapiriforme acompanhado dos nervos pudendo, glúteo inferior e isquiático. 16 Nervo pudendo Recebe contribuições das divisões anteriores dos nervos S2, S3 e S4. O nervo pudendo sai da pelve pelo forame infrapiriforme, onde se encontra abaixo das fibras do músculo piriforme. Suas fibras motoras destinam-se à maioria dos músculos do períneo, ao passo que suas fibras sensitivas fornecem inervação para região anal e genital. 17 O nervo ciático foi acometido quando de sua origem na medula espinal. Descreva seu trajeto, da origem dos ramos terminais 18 Nervo Ciático 19 Nervo Ciático 20 Características Nervo ciático O nervo ciático se origina das raízes nervosas de L4, L5, S1, S2 e S3. Por causa dessas muitas origens ele é um nervo muito calibroso e isso facilita a ocorrência de compressões tanto em sua origem ou em seu trajeto. Possui porção anterior e posterior que irão se dividir dando origem a outros nervos. Nervo Ciático Trajeto do Nervo Ciático Atravessa a região posterior do quadril onde se relaciona com o músculo piriforme, passando entre o músculo piriforme e o músculo gêmeo superior. 21 Nervo ciático Trajeto do Nervo Ciático Segue pela região posterior da coxa onde irá inervar os músculos isquiotibiais (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) Bifurca-se no joelho na região da fossa poplítea dando origem ao nervo tibial (medial) e o nervo fibular comum (lateral). 22 Nervo ciático Nervo tibial Inicia seu trajeto na porção superior da fossa poplítea, e desce verticalmente pela face posteromedial da perna para se posicionar entre o calcanhar e o maléolo medial. Termina seu trajeto abaixo do retináculo dos mm. flexores, onde se ramifica em seus ramos terminais: o nervo plantar medial e o nervo plantar lateral que continuam em direção ao pé. 23 Nervo ciático Nervo plantar lateral Segue profundamente entre os mm. flexor curto dos dedos e quadrado plantar em sentido anterolateral. Termina seu trajeto quando chega ao compartimento lateral, dividindo-se em ramos superficial e profundo. 24 Nervo ciático Nervo plantar medial Partindo da sua origem (ramo do N.Tibial), passa inferiormente ao abdutor do hálux e, após, entre ele e o m. flexor curto dos dedos. A Partir de então origina um nervo digital próprio medial para o hálux e se divide próximo às bases metatarsais em três nervos digitais plantares comuns (ramos cutâneos). 25 Nervo ciático Nervo Fibular comum Advém do nervo Tibial e segue em direção descendente onde se ramifica dando origem a mais 3 nervos. 26 Nervo ciático Nervo fibular superficial No seu início, é profundo ao m. fibular longo e, em seguida perfura a fáscia muscular no terço distal da perna para se tornar cutâneo. Depois divide-se em um nervo cutâneo dorsal medial e um nervo cutâneo dorsal intermédio. 27 Nervo ciático Nervo fibular profundo Depois de sua entrada na face anterior, o n. fibular profundo acompanha a artéria tibial anterior, primeiro entre os mm. tibial anterior e extensor longo dos dedos, depois entre os mm. tibial anterior e extensor longo do hálux. Então desce com a artéria para o tornozelo, onde se divide em dois ramos terminais: ramo lateral e ramo medial. 28 Nervo ciático Nervo sural Tem origem na união do nervo cutâneo sural lateral (N. Fibular Comum) e cutâneo sural medial (N. Tibial). Desce entre as cabeças do m. gastrocnêmio e se torna superficial no meio da perna. Depois acompanha a veia safena e entra no pé posteriormente ao maléolo lateral. 29 Nervo Ciático30 N er vo C iá tic o Nervo Tibial Nervo Fibular Comum Nervo Plantar Lateral Nervo Plantar Medial Nervo Fibular Superficial Nervo Fibular Profundo Nervo Sural Justifique a clínica apresentada pelo paciente, descrevendo as inervações motora e sensorial do nervo ciático. 31 A clínica apresentada pelo paciente ● Dor lombar à esquerda irradiando para a região posterior da coxa e perna ipsilateral; ● Exame físico apresentou positivo para o teste de lasègue e de elevação de membros inferiores à esquerda; ● Dor à palpação do processo espinhoso da L3 a L5; ● RM comprovando uma hérnia de disco posterolateral esquerda nivel L5-S1, obliterando o forame invertebral correspondente. 32 Inervação motora do nervo ciático 33 Inervação motora do nervo tibial Inervação motora dos nervos plantar medial e plantar lateral 35 Legenda Plantar medial Plantar lateral Inervação motora dos nervos plantar medial e plantar lateral 36 Inervação motora fibular comum 37 Extensor digitorum brevis Extensor curto do hálux **os que estão dentro do retângulo são os músculos referente ao nervo fibular profundo Inervações sensoriais/cutâneas 38 Fibular comum - Lateral do joelho e ⅓ da perna; Fibular superficial - lateral da perna e ⅓ do médio Tibial - medial de calcâneo Inervações motoras e sensoriais 39 PLANTAR LATERAL NERVO TIBIAL NERVO CIÁTICO FIBULAR COMUM PLANTAR MEDIAL FIBULAR PROFUNDO FIBULAR SUPERFICIAL SURAL Poplíteo / Plantar/ Gastrocnêmio / Sóleo / Tibial posterior / Flexor longo dos dedos / Flexor longo do hálux Quadrado planar / Abdutor do dedo mínimo / Flexor curto do dedo nínimo / 2º,3º e 4º lumbricais / Adutor do hálux Abdutor do hálux / Flexor curto dos dedos / Flexor curto do hálux / 1° lumbrical. Tibial anterior / Extensor longo dos dedos / Extensor longo do hálux / extensor curto dos dedos Extensor curto do hálux / Fibular longo / Fibular curto Snb. cutanêa póstero-lateral da perna e Margem lateral do pé Isquitibiais / Piriformes / Quadrado da coxa / Obturatorio interno / Adutor magno / Gêmeo superior / Gêmeo inferior EXAME FÍSICO 1)Avaliação da sensibilidade: Nessa avaliação observamos os reflexos tendinosos profundos. Cada reflexo tendinoso profundo ocorre por ação de determinada raiz nervosa(dermátomo). Nas compressões nervosas pode haver diminuição (hiporreflexia) ou ausência (arreflexia) de reflexo. Por outro lado, lesões medulares produzem aumento dos reflexos (hiperreflexia). Para testar reflexos tendinosos, o médico utiliza um martelo específico para essa finalidade. ***dermátomo: uma área da pele que é inervada por fibras nervosas que se originam de um único gânglio nervoso dorsal. Cada dermátomo é nomeado de acordo com o nervo espinal que o inerva. 40 EXAME FÍSICO 2) Avaliação da motricidade: Realizado pelo teste de força motora. Nesse exame, são testados os principais grupos musculares, de modo que a força motora é graduada entre zero (ausência completa de contração motora) a cinco (força normal). 41 EXAME FÍSICO 3) teste de sinal Lasègue: Também conhecido como teste de elevação do membro inferior. Trata-se de teste provocativo, que busca reproduzir sintomas da compressão neural. Quando positivo, provoca dor glútea e/ou irradiada para o membro inferior. É o teste mais comum para diagnóstico de hérnia de disco lombar. 42 HÉRNIA DE DISCO A palavra “hérnia” significa projeção ou saída por meio de uma fissura ou orifício de uma estrutura contida. O disco intervertebral é uma estrutura fibrosa e cartilaginosa que contém um líquido gelatinoso no seu centro, chamado núcleo pulposo. O disco fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral. Esse anel fibroso, quando fissura ou está desgastado, permite que o líquido gelatinoso que está mantido no seu centro realize uma expansão ou abaulamento da sua estrutura e também pode se extravasar. Quando esse fenômeno ocorre em pequenas proporções, chamamos protusão discal. Se a lesão no anel fibroso que mantém o núcleo for grande, o líquido contido no núcleo poderá sair para o meio externo e, quando isso acontece, o disco poderá diminuir de volume, achatando-se 43 https://www.google.com/url?q=http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/nucleo-pulposo/&sa=D&source=editors&ust=1631208127428000&usg=AOvVaw3kGuVNofp0drDtjDR7P7dM https://www.google.com/url?q=http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/nucleo-pulposo/&sa=D&source=editors&ust=1631208127428000&usg=AOvVaw3kGuVNofp0drDtjDR7P7dM https://www.google.com/url?q=https://itcvertebral.wpengine.com/doencas-da-coluna/protrusao-discal/&sa=D&source=editors&ust=1631208127429000&usg=AOvVaw3hHK0PP21cn2IIp0_oFbII Imagens de RM 44 Thanks! any questions ? You can find me at @username / user@mail.me 45
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