Buscar

AULA 4 Aleitamento Materno

Prévia do material em texto

Aleitamento Materno
Profª. Me. Katia Monaisa Figueiredo Medeiros
E-mail: km-figueired@bol.com.br
Objetivos
• Distinguir os tipos de Aleitamento Materno;
• Compreender o que é e como ocorre o
Aleitamento Materno Exclusivo (AME);
• Implementar e orientar a técnica de amamentação
quando possível;
• Orientar quando possível as gestantes quanto aos
benefícios do aleitamento materno;
• Reconhecer e intervir sobre os problemas mais
frequentes da amamentação.
Alguns dados 
estatísticos...
A mesma pesquisa aponta o percentual de AME
em crianças de 0 a 6 meses de idade, no ano de
2008, nas regiões brasileiras
• Região Norte – 45,9%
• Região Centro Oeste – 45,0%
• Região Sul – 43,9%
• Região Sudeste – 39,4%
• Região Nordeste – 37%
O percentual geral do Brasil era de 41%
Prevalências do aleitamento materno, por faixa
etária e inquérito nacional. Brasil, 1986a , 1996b ,
2006c e 2013d
Tipos de Aleitamento Materno
Aleitamento Materno Exclusivo
Aleitamento Materno Predominante
Aleitamento Materno
Aleitamento Materno Complementado
Aleitamento Materno Exclusivo
• Somente leite materno:
• Direto da mama;
• Ordenhado;
• Leite humano de outra fonte. 
Aleitamento Materno Predominante
• Além do leite materno a criança recebe:
• Água ou bebidas a base de água e adocicadas
• Chás, sucos, infusões...
Aleitamento Materno
• É quando a criança recebe leite materno (direto
da mama ou ordenhado), independentemente
de receber ou não outros alimentos.
Aleitamento Materno Complementado
• Além do leite materno a criança recebe:
• Alimento sólido ou semissólido com a finalidade
de complementá-lo e não substituí-lo.
Aleitamento Materno Misto ou Parcial
• É quando a criança recebe leite materno e
outros tipos de leite.
Como ocorre a produção do 
leite materno?
Lactogênese – Fase I
A ação de hormônios favorece a
proliferação de ductos e lóbulos. Ocorre
atividade secretora e a secreção láctea se
inicia após 16 semanas de gravidez.
Lactogênse – Fase II
Ocorre a liberação de prolactina e
ocitocina, havendo secreção e expulsão
do leite contido nos alvéolos.
Lactogênse – Fase III
É a fase que se mantém por toda a
lactação, depende da sucção do bebê e
do esvaziamento da mama.
Características e funções 
do leite materno
Rico em proteínas
Todos os nutrientes para 
o desenvolvimento físico 
e cognitivo da criança
Colostro
Leite maduro
Fases do leite
1º ao 5º dia amarelado
Leite de transição
Rico em gordura 
e nutrientes
6º ao 15º dia
A partir do 
15º dia
1
2
3
O mito...
Leite fraco
Não existe leite fraco... Mitos...
O leite materno é de digestão rápida, fazendo
com que a criança mame mais vezes, de modo que o
número de mamadas variam, conforme a idade do
bebê e a capacidade gástrica.
• Só meu leite não sustenta e o bebê chora com fome;
• Criança prematura ou com baixo peso não deve
mamar no peito;
• Criança que arrota mamando faz o peito inflamar ou
o leite secar;
• Mãe que está amamentando não pode trabalhar
fora.
Benefícios do 
Aleitamento 
Materno
Para o bebê
Para a mãe
Para a família
Benefícios do aleitamento materno 
para o bebê
• Diminuição de morbimortalidade relacionada a
infecção;
• Redução de hospitalizações;
• Redução de alergias;
• Redução da obesidade;
• Diminuição do risco de HAS, DM e colesterol alto;
• Melhor nutrição;
• Efeito positivo no desenvolvimento intelectual;
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal.
Benefícios do aleitamento materno 
para a mãe
• Liberação de ocitocina (involução uterina
e redução da hemorragia uterina no pós
parto);
• Diminui o risco de CA de mama e ovários;
• Perda mais rápida do peso adquirido na
gestação;
• Maior interação mãe x bebê;
• Auxílio na anticoncepção.
Benefícios do aleitamento materno 
para a família
• Aspectos econômicos;
• Aspectos de organização da dinâmica 
familiar.
Preparo da mama 
para a lactação
Para sucesso no aleitamento materno se faz
necessária ações desde o período gestacional,
dentre elas a avaliação da mama e do mamilo e
orientações quanto ao preparo da mama para a
lactação.
Mamilo Protuso Mamilo Plano Mamilo invertido
Invertido
Protuso
Plano
Semi plano
Orientações gerais
• Não usar hidratantes em creme ou óleo,
pomadas, sabão ou sabonete nos mamilos;
• Evitar a expressão da mama durante a
gravidez, a fim de retirar o colostro, pois
ocorre liberação de ocitocina, podendo
estimular contrações uterinas;
IMPORTANTE: a criança mama a aréola e
não o bico;
Orientações gerais
• Nenhum tipo de bico impede a
amamentação desde que o mamilo fique
saliente quando puxado;
• O uso de sutiã ajuda na sustentação da
mama, pois durante a gravidez ocorre
aumento do volume.
Como preparar a 
mama para a 
amamentação
Exercícios de Hoffman 
• Consiste em posicionar o
polegar e o dedo indicador em
lados opostos da base do
mamilo;
• Aperta para dentro e puxa
suavemente para fora.
Tracionando a pele da aréola,
puxando-a para os lados e
depois, para cima e para
baixo.
Técnica de amamentação
• Nivelamento (cabeça do bebê x mama);
• Boca bem aberta;
• Lábio inferior voltado para fora;
• Bochechas;
• Aureola;
• Mama deve está arredondada;
• Sucção (lenta e profunda), a mãe escuta 
a deglutição;
• Posição (barriga com barriga);
• Cabeça e corpo do bebê alinhados e o corpo
do bebê deve está voltado para o corpo da mãe; 
• Mãe sentada de forma confortável e relaxada.
Pega correta
Pega incorreta
Orientações gerais
• As mamadas são mais frequentes no 1º mês;
• O bebê é quem escolhe o horário de mamar
e quanto tempo deve durar a mamada;
• Atenção quanto a mamadas muito longas,
pois pode indicar pega incorreta;
• O leite do início da mamada é mais ralo,
pois contém mais água, açúcar e fatores de
proteção;
• O leite do final da mamada é rico em
gordura;
Orientações gerais
• O peito muito cheio pode
“atrapalhar” a pega, assim antes
de amamentar, a mãe deve fazer
uma ordenha manual para
amaciar a aréola e a mama.
Utilizando o indicador e o polegar,
a mãe deve comprimir as regiões
acima e abaixo do limite da
aréola, retirando algumas gotas
de leite, amaciando assim o bico;
Orientações gerais
• A mãe deve encostar o bico do peito na
boca do bebê, assim o mesmo vira a
cabeça e pega o peito (reflexo da busca);
• O bebê deve ser levado ao peito e não o
peito e não ao bebê;
• A mãe deve segurar o peito com o polegar
acima da aréola e o indicador e a palma da
mão abaixo. Isto facilita a “pega”
adequada;
• O bebê abocanhando a maior parte da
aréola suga mais leite e evita rachaduras.
1
2
3
4
Como amamentar...
• O peito deve ser ofertado ainda na sala de
parto, independente do tipo de parto;
• Tanto durante o dia quanto a noite a oferta
da mama deve ser em livre demanda;
• Oferecer um peito até o bebê soltar e depois
oferecer o outro;
• A próxima mamada deve ser iniciada com o
peito que o bebê sugou por último na
mamada anterior.
Como terminar a mamada...
• Geralmente, o bebê solta sozinho
o peito;
• Caso haja necessidade de a mãe
interromper a mamada, a mesma
coloca a ponta do dedo mínimo no
canto da boca do bebê para que
ele solte o peito sem machucar;
• O peito não precisa de limpeza
antes ou após as mamadas. O
banho diário é suficiente.
Como terminar a mamada...
• Para promover o arroto do bebê, o
mesmo deve ficar elevado coma
cabeça apoiada no ombro de
quem o segura, faz-se leve
massagem nas costas. É importante
a participação da família neste
momento;
• Outra posição para arrotar é dispor
o bebê sentado no colo da mãe, o
mesmo deve ser inclinado para
frente com as pernas flexionadas,
apoiado no braço da mãe.
Ordenha 
A ordenha é a retirada do leite das mamas. É
indicada quando as mamas estão muito
cheias dificultando a “pega” do bebê,
podendo ainda provocar fissuras nos mamilos
ou mastite.
Quando realizar a ordenha?
Quando e como guardar
o leite para o próprio filho?
Como retirar o leite do peito?
Antes da ordenha
Orientar quanto a realização de massagens que
reduzem o ingurgitamentomamário e facilitam
a ordenha.
Prevenção e manejo dos 
principais problemas mais 
frequentes da amamentação
Bebê que não suga ou sucção fraca
Demora na descida do leite
Mamilo plano ou invertido
Ingurgitamento mamário
Dor no mamilo/mamilo machucado
Mastite
Abcesso mamário
Bebê que não suga/sucção fraca
• É quando por alguma razão a sucção do bebê é
ineficaz.
• Orientar a mãe a ordenhar pelo menos 5 vezes ao
dia, garantindo a produção de leite.
• Evitar uso de bicos artificiais.
• Avaliar posição e pega.
Manejo:
• Irá variar conforme a identificação do problema.
Demora na descida do leite
• Conhecida também como apojadura, em algumas
mulheres pode ocorrer alguns dias após o parto.
Manejo
• Medidas de estimulação da mama (sucção
frequente do bebê e ordenha).
• Uso de translactação.
• Consiste em um recipiente (copo ou xícara) contendo
leite (de preferência leite humano pasteurizado),
colocado entre as mamas da mãe e conectado ao
mamilo por meio de uma sonda.
Mamilo plano ou invertido 
• Pode dificultar mais não impedir.
• Quando a mama é trabalhada ainda no pré-natal
(exercícios de Hoffman) o problema pode ser
evitado.
Manejo
• Estimular a sucção, pois esta torna o mamilo mais
propício a amamentação;
• Favorecer a pega;
• Tentar diferentes posições.
Ingurgitamento mamário
• Ocorre por 3 fatores básicos
• Congestão/aumento da vascularização da mama;
• Retenção de leite nos alvéolos;
• Edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem
do sistema linfático.
• Geralmente ocorre nas duas semanas posterior ao
parto;
• É caracterizado pelo excesso de leite;
• Ocorre nas duas mamas;
• Pode ser fisiológico ou patológico.
Manejo
• Ingurgitamento fisiológico – é um efeito positivo,
pois está ocorrendo a descida do leite, não é
necessário intervenção.
• Ingurgitamento patológico:
• Ordenha manual, facilitando a pega;
• Mamada em demanda livre;
• Massagens com movimentos circulares, fluidificando
o leite viscoso e facilitando a retirada;
• Uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
• Uso ininterrupto de sutiãs de alças largas;
• Crioterapia.
Dor no mamilo/Mamilo 
machucado/Fissura mamilar
• Ocorre:
Quando a posição e a pega não
estão corretas.
• Como evitar:
Manter a mama e os mamilos
enxutos;
Evitar que as mamas fiquem
muito cheias ou doloridas;
Ao amamentar, posicionar
o bebê adequadamente.
Como tratar as fissuras
• Posicionar melhor o bebê no peito
e corrigir a “pega”;
• Começar a dar o peito pela mama sadia e
depois passar para a mama com fissuras;
• Expor as mamas aos raios do sol ou à luz
artificial;
• Ordenhar manualmente o excesso de leite
para evitar que a mama fique ingurgitada;
Como tratar as fissuras
• Caso ocorra febre alta ou muita dor, o
médico deverá ser consultado;
• Rachadura pode levar ao ingurgitamento
(leite empedrado) e este à mastite.
Mastite
• É uma complicação do 
ingurgitamento mamário;
• Geralmente acomete só uma mama
e após duas semanas do parto;
• A mama apresenta-se avermelhada,
dolorida, quente, endurecida e
pode ocorrer febre;
• Quando não tratada
adequadamente pode evoluir para
abcesso.
Manejo
• Identificação e tratamento da causa que provocou a
estagnação do leite;
• Esvaziamento adequado da mama. Preferencialmente, a
mama deve ser esvaziada pelo próprio lactente. A retirada
manual do leite após as mamadas pode ser necessária se
não houver esvaziamento adequado;
• Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas
graves.
• Suporte emocional, pois essa condição é muito dolorosa,
com comprometimento do estado geral;
• Outras medidas de suporte: repouso da mãe, uso de
analgésicos ou anti-inflamatórios não-esteroides, iniciar a
amamentação na mama não afetada e usar sutiã bem
firme.
Abcesso mamário
• É causado por mastite não tratada ou com tratamento tardio
e/ou ineficaz.
• Quadro clínico: dor intensa, febre, mal-estar, calafrios e
presença de áreas de flutuação à palpação no local afetado.
Manejo
• Drenagem cirúrgica com anestesia local;
• Antibioticoterapia e esvaziamento regular da
• mama
• Manutenção da amamentação. A mãe pode
continuar amamentando a criança na mama
comprometida. Porém, se a sucção for muito dolorosa, a mãe
pode interromper temporariamente a amamentação na
mama afetada até a dor melhorar. A amamentação deve ser
mantida na mama sadia
Obrigada!!!
Referências
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/albam.pdf
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab33
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/albam.pdf
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab33

Continue navegando